REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/fa10202408281932
Ana Karolyna Sena Santos Silva1
Deuzeli Guimarães Nolêta2
Edaiane Sales de Sousa3
Laura Annyelba Macedo de Brito4
Luziane Damasceno Silva Bezerra5
RESUMO
O brincar são atividades inerentes ao universo infantil, sendo assim, o artigo “A importância das atividades lúdicas no universo da educação infantil” pretende investigar como a ludicidade é usado como estratégia para a construção do ensino na educação infantil, desde a memorização, habilidade e atenção. A metodologia adotada para realização desta pesquisa foi bibliográfico, por meio de consulta a autores que já possuem uma discussão neste campo, bem como, artigos científicos dentre outros. Os autores que fizeram parte desta pesquisa valoriza o trabalho com os jogos e brinquedos, o qual se constitui um recurso pedagógico eficaz no desenvolvimento da criança. Portanto, concluiu-se por meio das atividades lúdicas, a criança comunica-se consigo mesma e com o mundo onde está inserida, aprende a respeitar o outro, auxilia no amadurecimento cognitivo, obedece comandos, estabelece relações sociais, constrói conhecimentos, desenvolvendo-se integralmente
PALAVRAS-CHAVE: Lúdico. Brincadeiras, Educação Infantil
1- INTRODUÇÃO
O trabalho sobre o lúdico na Educação Infantil objetiva investigar como as atividades lúdicas contribuem para o processo de ensino aprendizagem. O lúdico promove na educação infantil uma pratica educacional de conhecimento de mundo, oralidade, pensamento e sentido, além de várias habilidades como a atenção, memorização, imaginação, enfim, todos os aspectos básicos para o processo da aprendizagem, que está em formação. Por meio da ludicidade a criança começa a expressar-se com maior facilidade, ouvir, respeitar e discordar de opiniões, exercendo sua liderança, e sendo liderados e compartilhados sua alegria de brincar. A educação infantil é a base para que a criança cresça como um ser social e o lúdico retrata esse social em atividades com o aluno permitindo a criança se desenvolver cognitivamente. Valorizando o trabalho com brinquedos e jogos os professores terão uma ferramenta indispensável para o trabalho cotidiano na aprendizagem de seus alunos, Todas as atividades em que as crianças necessitam de atenção e concentração ao participarem dos jogos e brincadeiras auxiliam no amadurecimento cognitivo e serve de estímulo para o desenvolvimento da criança na educação infantil.
2- DESENVOLVIMENTO
2.1- O LÚDICO NA EDUCAÇAO INFANTIL
Na educação infantil o lúdico é muito importante pois é através dele que a criança vem desenvolvendo habilidades para a aprendizagem. Em todas as épocas entre os povos e estudiosos a educação lúdica sempre esteve presente, sendo de grande importância no desenvolvimento na educação infantil. Desde a antiguidade os jogos e brinquedos sempre estiveram presentes, mas nos dias de hoje a visão sobre o lúdico é diferente. Implicam-se o seu uso e em diferentes estratégias em torno da pratica no cotidiano. A educação infantil é a base da formação sócio educacional do ser humano e por isso, as atividades lúdicas têm muito a contribuir em seu desenvolvimento intelectual, cognitivo e social. Por meio de brincadeiras e jogos, fica muito mais fácil para a criança entender o mundo que a rodeia, pois a linguagem dos adultos pode ser complexa em algumas fases da infância. Para que o lúdico contribua na construção do conhecimento faz-se necessário que o educador direcione toda a atividade e estabeleça os objetivos fazendo com que a brincadeira tenha um caráter pedagógico e não uma mera brincadeira, promovendo, assim, interação social e o desenvolvimento de habilidades intelectivas, pois as brincadeiras são capazes de estimular a capacidade da criança, mesmo sem que ela perceba, pois ela aprende brincando. Outro ponto importante do lúdico é que a criança aprende sem aquela cobrança dos métodos de ensino tradicionais e, se combinarem as metodologias, o ensino se torna mais significativo e de qualidade. Além de desenvolver as atividades intelectuais da criança, as brincadeiras ajudam no desenvolvimento físico e mental.
2.2- LUDICIDADE E SEU CONTEXTO HISTÓRICO
Na Idade Média, mostra que os jogos, sempre esteve presente nas atividades educativas, porém havia uma certa dificuldade de serem reconhecido como um recurso pedagógico que tem a capacidade de auxiliar na aprendizagem. Ariés (1981) afirma que:
Na Idade Média, os jogos eram basicamente destinados aos homens, visto que as mulheres e as crianças não eram consideradas cidadãos e, por conseguinte, estando sempre à margem, não participavam de todas as atividades organizadas pela sociedade. Porém, em algumas ocasiões nas quais eram realizadas as festas da comunidade, o jogo funcionava como um grande elemento de união entre as pessoas. (ARIÉS, 1981, p.1)
Nessa época todas as crianças era obrigatório trabalhar e somente os homens tinham o direito de participar dos jogos, crianças e mulheres não eram considerados cidadãos. Com tudo que acontecia nessa época os jogos eram considerados uma forma de integrar e unir a sociedade.
Entre os meados do século XIV e o fim do século XVI, inicia-se o período do renascimento nessa época o brincar deixa de ser apenas uma distração e começa se a observar que é de grande relevância no processo da educação infantil. Ariés (1986) enfatiza que a ideia de infância teve sua origem a partir do momento histórico e social da modernidade, com a alta redução dos índices de mortalidade infantil. De acordo Com Krammer (2007), as crianças nessa época teve um modelo o qual foi desconsiderado os aspectos sociais, políticos econômicos tendo como modelo as crianças da idade média. Porém, a psicologia no século XX trouxe avanços aos estudos sobre a infância, na vertente de teóricos como Vygotsky. Para entendermos o aspecto lúdico, é imprescindível a análise ao mundo infantil, bem como a brincadeira da criança. Nesse sentido, buscamos explicar acerca da infância e ludicidade na sociedade Primitiva, Antiguidade, Período Medieval, e Renascimento a respeito do lúdico a partir de Vigotski (2003), afim de justificar a necessidade de uma educação que contemple o jogo, a brincadeira e a imaginação como fator de aprendizagem na instituição de educação infantil. Sobre isto, Kishimoto (2002, p. 62):
O renascimento vê a brincadeira como conduta livre que favorece o desenvolvimento da inteligência e facilita o estudo. Por isso, foi adotada como instrumento de aprendizagem de conteúdos escolares. Para se contrapor aos processos verbalistas de ensino, à palmatória vigente, o pedagogo deveria dar forma lúdica aos conteúdos
Durante o Renascimento a autora retrata que os jogos eram indispensáveis para a saúde mental, emocional e física, servindo para divulgar vários princípios de moralidade, ética e conteúdos de áreas de geografia e história, com base de que o lúdico era um procedimento livre que favorecia a criança no seu desenvolvimento e entendimento em relação a algumas especificidades infantis.
2.3- A IMPORTÂNCIA DAS ATIVIDADES LÚDICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
O lúdico é de grande importância no desenvolvimento da criança, pois auxilia no seu desenvolvimento emocional e cognitivo, onde os jogos e brincadeiras faz parte da realidade das crianças, intercalando a realidade e o faz de conta é através do lúdico que a criança consegue se expressar seus sentimentos e emoções. A criança se sente mais preparada com as atividades lúdicas para desempenhar um papel na sociedade vivenciando as emoções e compreendendo o que se passa ao seu redor.
Para Vygotsky (1984), a brincadeira não é apenas uma dinâmica interna da criança, mas uma atividade dotada de um significado social que necessita de aprendizagem. Tudo gira em torno da cultura lúdica, pois a brincadeira torna-se possível quando conquista elementos da cultura para internalizá-los e cria uma situação imaginária de reprodução da realidade. É através da brincadeira que a criança consegue adquirir conhecimento, superar limitações e desenvolver-se como indivíduo.
Os Portugueses e os índios foram os percursores dos modelos no desenvolvimento do lúdico no contexto histórico do Brasil, lidamos com uma miscigenação de várias etnias raças e povos ampla étnica, ficando difícil a contribuição especifica de brancos, negros e índios nos jogos tradicionais infantis atuais no Brasil.
Neste sentido, Kishimoto (2002, p.22) afirma que:
Desde os primórdios da colonização a criança brasileira vem sendo ninada com cantigas de origem portuguesas. E grande parte dos jogos tradicionais popularizados no mundo inteiro como, jogo o de saquinho (ossinho), amarelinha, bolinha de gude, jogo de botão, pião e outros, chegou ao Brasil, sem dúvida por intermédio dos primeiros portugueses. Posteriormente, no Brasil receberam novas influências aglutinando-se com outros elementos folclóricos como, o do povo negro e do índio.
A cultura brasileira sofreu forte influência por parte dos portugueses tanto com as brincadeiras como com as cantigas de roda, não podendo esquecer das contribuições das culturas de outros povos. O Século XX é marcado por um período de diversão e lazer, chamando atenção de toda sociedade por tornar-se de grande significado, atenções e desejos, faz-se necessário resgatar sua essência, no seu real significado.
Alguns autores defendem que o brincar depende da qual contexto esta inserido, desempenando um papel de oportunizar a criança para que ela possa compreender as regras de cada grupo e poder absorver aquilo que é de suma importância para sua vida. Vale dizer que inserir as atividades lúdicas na educação infantil é repensada por vários educadores e de uma reponsabilidade da permanência da criança na escola para elar desenvolver de melhor forma seus valores e seu relacionamento entre colegas e todo ser que está no seu meio.
Em algumas escolas ainda hoje, existem lugares que ainda não utilizam no seu cotidiano atividades lúdicas para enriquecer no processo de ensino aprendizagem, sendo que o lúdico auxilia de forma segura sua capacidade de desenvolvimento no raciocinar, argumentar, possibilitando a conquista e a formação de sua identidade. A educação lúdica, que sempre esteve presente em todas as épocas, é ainda desvalorizada em algumas instituições, defasando o processo de construção de conhecimento.
2.4- OS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇAO INFANTIL
O jogo tem um caráter de recurso de ensino, enquanto para a criança é uma atividade do seu dia-a-dia. O trabalho do professor, nesse contexto, deve ser o de organizador da sala de aula como espaço lúdico, selecionando jogos que facilitem o desenvolvimento cognitivo, sócio afetivo e motor do aluno. (PERES, 2004, p.39).
Brincar é algo natural e deve estar no dia a dia da criança. Aprender brincando se torna uma aprendizagem prazerosa e sem cobranças, pois facilita a construção de reflexão, da autonomia e da criatividade
Diante disso Nhary diz o seguinte:
O jogo se vincula ao prazer, a satisfação de estar junto, ao companheirismo, aos antagonismos (competição), as complementaridades (equipes), faz-se presente cotidianamente, sobretudo entre crianças, levando-nos no campo da educação a investigá-lo com um olhar sensível, capaz de compreendê-lo como fenômeno social e cultural onde o brincar/jogar faz parte do aprendizado dos indivíduos, levando-os a vivenciar emoções e situações próprias da natureza humana. (NHARY, 2006.p.42)
Brincar com jogos pode ser um excelente meio incentivador do desenvolvimento da linguagem e da aprendizagem, além de auxiliar no ensino educativo de ditar regras e facilitar a transmissão de conhecimentos.
No ensino-aprendizagem o jogo apresenta duas funções. A primeira é de forma lúdica, onde a criança encontra o encanto e a satisfação no jogar, e a segunda é educacional, onde a criança está sempre em processo de desenvolvimento proporcionando uma boa convivência social. Não podemos esquecer dos jogos simbólicos onde o mundo real se mistura com o imaginário a criança cria seu próprio mundo atribuindo seus próprios sentimentos nos brinquedos e nas histórias.
A contribuição do jogo para a educação, é o desenvolvimento e a aprendizagem da criança, como uma forma de diversão através de momentos de interação, diversão e raciocínio. Dentre as formas de apresentação lúdica, os jogos são os mais preferidos, estando presente na vida do ser humano desde os tempos mais remotos, podendo ser usados por crianças, jovens e adultos, pois, além de divertirem, aumentam a capacidade mental e intelectual do jogador, funcionando como instrumento eficiente na aquisição do conhecimento e desenvolvimento das diferentes habilidades.
Uma outra forma de motivar a atenção e concentração das crianças é através das brincadeiras, pois a mesma tem um papel fundamental no desenvolvimento da criança na educação infantil. Segundo o Referencial Curricular para a Educação Infantil (1998, p.25) “as brincadeiras que compõem o repertório infantil e que variam conforme a cultura regional apresenta-se como oportunidades privilegiadas para desenvolver habilidades no plano motor”. As brincadeiras fazem parte da infância, assim é algo natural na educação infantil. As brincadeiras desenvolve o respeito ao próximo aceitando as diferenças e convivendo melhor em sociedade.
O ato do brincar traz muitos benefícios para quem participa dessa atividade, pois, contribui para o desenvolvimento físico, social, intelectual, respeito ao outro, a criança supera os desafios através da brincadeira ou jogo, além disso, os educando aprendem a serem cooperativos, aprendem regras, a lidar com seus limites, enfim, não é somente uma atividade que proporciona alegria, prazer, divertimento, direta ou diretamente está trabalhando na formação do sujeito, para que ele aprenda a conviver com os outros, a respeitar, a aceitar as pessoas que são diferentes, independente que tenham ou não alguma deficiência (SOARES 2010 , p. 12).
O brincar ajuda criança trabalhar sua relação com o mundo da imaginação e consegue realizar seus desejos, dividir seus espaços com os outros e construir uma aprendizagem sem frustrações.
Assim o prazer que a atividade do brincar proporciona é fundamental para este processo de aprendizagem, pois sem ele (o prazer), o brincar perde seu significado (FERLAND, 2006 apud OLIVEIRA 2013 p.9).
Através dos jogos e brincadeiras facilita o aprendizado e ativa a criatividade, por meio das brincadeiras os educadores percebe a necessidade de cada criança e percebe em qual nível está o seu desenvolvimento.
Estudos psicológicos e educacionais revelam que brincar é fundamental para a construção do pensamento e para aquisição de conhecimento pela criança, pois além de contribuir para que ela aprenda a se expressar e a lidar com suas próprias emoções, a brincadeira contribui para o desenvolvimento da autoestima. (ALMEIDA 2014, p.7).
Através dos jogos e brincadeiras as crianças começam a atribuir significados diferentes aos objetos e começam a explorar a formulação de conceitos. Os jogos e brincadeiras estimulam a imaginação e ajuda a desenvolver soluções para determinados tipos de problemas. Podendo assim ser considerados como uma metodologia de suma importância para o desenvolvimento e aprendizagem da criança. Os recursos educacionais contidos nos jogos e brincadeiras promovem o desenvolvimento e a obtenção de novos conhecimentos, pois acentuam a curiosidade, os contatos sociais que possibilitam atitudes para uma aprendizagem de qualidade.
Segundo Oliveira (2002), o jogo é fundamental para a educação e o desenvolvimento infantil, o jogo e a criança caminham juntos desde o momento em que se fixa a imagem da criança como um ser que brinca, a infância carrega consigo brincadeiras que se perpetuam e se renovam a cada geração.
2.5- O LÚDICO E A APRENDIZAGEM
O brincar é muito importante para a aprendizagem e desenvolvimento do aluno da educação infantil, pois contribuem para o desenvolvimento pessoal e social da criança de maneira significativa e prazerosa.
As brincadeiras, para a criança é uma forma de comunicação, pois facilita a construção da autonomia da reflexão, além de trazer inúmeros benefícios na maneira de pensar e de agir. Negrine (1994, p.19) afirma que:
As contribuições das atividades lúdicas no desenvolvimento integral indicam que elas contribuem poderosamente no desenvolvimento global da criança e que todas as dimensões estão intrinsecamente vinculadas: a inteligência, a afetividade, a motricidade e a sociabilidade são inseparáveis, sendo a afetividade a que constitui a energia necessária para a progressão psíquica, moral, intelectual e motriz da criança.
O lúdico na educação teve uma resposta bastante significativa no desenvolvimento cognitivo e de aprendizagem da criança, pois o brincar desenvolve a capacidade de atenção, percepção e que por este meio a criança desenvolve seu pensamento, sua maneira de agir, compreende o meio em que vive e desenvolve sua criatividade.
Para VELASCO (1996), o brinquedo é capaz de estimular a criança a desenvolver muitas habilidades na sua formação geral e isso ocorre espontaneamente, sem compromisso e obrigatoriedade.
Conforme exposto anteriormente a brincadeira deve estar inserida no cotidiano da criança, desde que seja usada de uma maneira correta, por meio do brincar origina-se na criança a zona de desenvolvimento proximal, das funções que ainda estão em desenvolvimento, funções simples que estão no dia a dia, é no brincar que as crianças utilizam a imaginação de diversas formas .
Para Vygotsky (1989), a brincadeira pode ter papel fundamental no desenvolvimento da criança. Seguindo a ideia de que o aprendizado se dá por interações, o jogo lúdico e o jogo de papéis, como brincar de “mamãe e filhinha” permite que haja uma atuação na zona de desenvolvimento proximal do indivíduo, ou seja, cria-se condições para que determinados conhecimentos e/ou valores sejam consolidados ao exercitar no plano imaginativo capacidades de imaginar situações, representar papéis, seguir regras de conduta de sua cultura
Nesse sentido, a criança se espelha muito no mundo adulto, desde seus hábitos, seus comportamentos, mesmo que a criança ainda não esteja preparada, mas que de certa forma ela internaliza aquilo que é real e desenvolve o pensamento cognitivo. A brincadeira, como uma forma de atividade dirigida, com normas e regras ajuda a desenvolver o físico, motor o cognitivo e o social.
Negrine (1994), em estudos realizados sobre aprendizagem e desenvolvimento infantil, afirma que “quando a criança chega à escola, traz consigo toda uma pré-história, construída a partir de suas vivências, grande parte delas através da atividade lúdica”.
O lúdico é a forma mais prazerosa de se aprender, pois é um método menos rígido e prazeroso, através do lúdico a criança explora mais conhecimentos necessários para uma aprendizagem significativa.
A Educação infantil e o lúdico se completam, pois o brincar está diretamente ligado à criança, porque o brincar desenvolve os músculos, a mente, a sociabilidade, a coordenação motora e além de tudo deixa qualquer criança feliz (MALUF, 2003, p.19).
Faz se necessário o professor interceder no imaginário das crianças, fazendo com que as atividades lúdicas criem cores mais vivas na imaginação das crianças, é entrar no mundo imaginário e sonhar com elas, transformando sonhos em trabalhos pedagógicos.
O ensino lúdico é uma ferramenta importante no processo de ensino aprendizagem, através pois a criança aprende brincando, quanto mais ela explora as coisas do mundo, mas ela relaciona fatos e ideias, tirando suas próprias conclusões, ou seja, quanto mais ela pensa mais ela compreende.
A criança quando ela não brinca, ela não consegue se socializar, torna-se uma criança agressiva, impedindo de alcançar novos objetivos.
A educação por meio do lúdico deixa de ser um simples divertimento e tornando-se uma ponte entre a infância e a vida adulta, priorizando a liberdade de expressão e criação.
CONCLUSÃO
Por meio da pesquisa realizada para este trabalho conclui-se que o lúdico é uma forma de facilitar o aprendizado. Com ele a criança desenvolve vários aspectos afetivos, cognitivos, motores e sociais, podendo assim interagir de forma dinâmica e prazerosa no meio em que vive. Ao longo das leituras realizadas ficou demonstrado que os jogos, as brincadeiras, os brinquedos auxiliam no desenvolvimento da criança e facilita o processo de alfabetização e letramento de uma forma mais prazerosa, fazendo com que a criança construa seu aprendizado de uma forma mais significativa. Muitos professores ignoram essa fase, até mesmo por falta de conhecimento, e estão habituados com o tradicional e se fecham para as mudanças, deixando de utilizar as atividades lúdicas, como um método tão rico no processo de formação da criança. Precisamos incentivar os professores para trabalharem de forma dinâmica, criando atividades que possam chamar a atenção da criança no ambiente escolar, possibilitando a construção de ideias e conceitos que contribuam na sua vida como seres que vivem, lutam e participam em uma sociedade que precisa lutar pelos direitos humanos. Segundo Almeida (1998, p. 123), “o bom êxito de toda atividade lúdico-pedagógica depende exclusivamente do bom preparo e liderança do professor”. Desta forma, conclui-se que o lúdico é resultado de aprendizagem, e depende de uma ação educacional voltada para o sujeito social criança.
Portanto, a realidade observada mostra que, com o passar do tempo, esta dificuldade também estará superada. Mas, cabe ao professor aceitar e planejar de forma diversificada, permitindo mudanças gradativas, não só para os professores mas todos educadores, o qual ofereceram melhores condições de aprendizagem, proporcionando atividades que desenvolvam as crianças em sua totalidade.
Dessa forma, verificou se que as crianças aprendem com o lúdico de forma mais prazerosa e motivadora, além de aliviar tensões e frustações, vividas no seu cotidiano e meio social. Afinal, educar o ser humano é prepará-lo para a vida, independente dos desafios que possamos encontrar.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, P. N. EDUCAÇAO LÚDICA: Técnicas e jogos pedagógicos. São Paulo: Loyola. 2000.
ARIÈS, P. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: Guanabara, 1978.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, Lei n°. 9394, de 20 de dezembro de 1996.
Ferland, F. (2006). Vamos brincar? Na infância e ao longo de toda a vida. (1ª Edição). Lisboa: Climepsi Editores.
FERREIRA, Nilda T. O jogo infantil e o imaginário da criança. Rio de Janeiro: UFRJ, 2003.
KRAMER, S. Educação infantil: enfoques em diálogos. Campinas, SP: Papirus, 2011. pp.349 – 366.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogos infantis: o jogo, a criança e a educação. 14. ed. Petrópolis, RJ, 2007
KISHIMOTO, Tisuko.M. (2000). O jogo e a educação infantil. São Paulo: Pioneira Learning .2002.
LEONTIEV, A. N. Os princípios psicológicos da brincadeira em idade pré-escolar.In: VIGOTSKI, L. S. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone EDUSP, 1988. Tradução: Maria da Penha Villa Lobos.
MALUF, Angela Cristina Munhoz. Brincar na Escola. Disponível na Internet via: http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=270. Arquivo capturado 31 de maio 2009.
NHARY, Tania Marta da Costa. O que está em jogo no jogo. Cultura, imagens e simbolismos na formação de professores. Dissertação de Mestrado em Educação. UFF. Niterói: RJ, 2006.
NEGRINE, Airton. Aprendizagem e desenvolvimento infantil. Conteúdo: v. 1. Simbolismo e jogo. Porto Alegre: Prodil, 1994.
OLIVEIRA, Marta Kohl. Vigotsky: Aprendizado e desenvolvimento – um processo sócio-histórico. São Paulo: Scipione, 1997.
PERES, Regina Cristiane N. C. O lúdico no desenvolvimento da criança com paralisia cerebral espástica. Rev. Bras. Cresc. Des. Hum. S. Paulo, 14(3), 2004. Disponível em: file:///C:/Users/Familia/Downloads/40114-47351-1-SM%20(1).pdf acesso 25 de março de 2017.
Revista Maringá Ensina nº 10 – fevereiro/abril 2009.Aimportância da formação lúdica para professores de educação infantil. Rúbia Renata das Neves Gonzaga. (p. 36-39).
Revista Maringá Ensina nº 10 – fevereiro/abril 2009. Brincar é passa tempo? Elaine Regina Machado. (p.18-19).
Revista Maringá Ensina nº 12 – julhoagostosetembro 2009. A criança e o faz de conta. Vera Lúcia Camara F. Zacharias. (p. 36-37).
Revista Maringá Ensina nº 10 – fevereiro/abril 2009. Brincar é passa tempo? Elaine Regina Machado. (p.18-19).
Revista Maringá Ensina nº 12 – julhoagostosetembro 2009. A criança e o faz de conta. Vera Lúcia Camara F. Zacharias. (p. 36-37).
SANTOS, Santa Marli Pires dos. O lúdico na formação do educador. 5 ed. Vozes, Petrópolis, 2002.
SILVA, Divino José da. Educação, Preconceito e Formação de Professores. In: SILVA, Divino José da; LIBÓRIO, Renata Maria Coimbra (Org.). Valores, preconceitos e práticas educativas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005. p. 125-141.
SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2001.
VELASCO, Cacilda Gonçalves. Brincar: o despertar psicomotor. Rio de Janeiro: Sprint Editora, 1996.
VYGOTSKY, L.S; LURIA, A.R. & LEONTIEV, A.N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone: Editora da Universidade de São Paulo, 1998.