SÍNDROME DE BURNOUT EM PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11374350


Francisca Christiane Coelho Almeida Rodrigues1
Jaime Rodrigues Parrião2
Valquíria Feitosa Araújo3
Orientator: Especialista Prof. Hytalo Mangela4


Resumo: A Síndrome de Burnout é um agravo emocional amplamente estudado na psicologia organizacional, inclusive, na educação de modo geral, entretanto, no contexto específico da educação básica, mostra-se carente de pesquisas científicas. Esse fenômeno, segundo o Malasch Inventory Burnout (MBI), referenciado em: fatores associados a piores níveis na escala de Burnout em professores da educação básica, é caracterizado por exaustão emocional, despersonalização e baixa realização profissional, podendo resultar em consequências desfavoráveis ao bem-estar mental dos docentes, bem como causar reflexos negativos à qualidade do ensino. Nessa direção, produziu-se o presente estudo com o objetivo de demonstrar a prevalência e os fatores associados à Síndrome de Burnout em professores da educação básica. Foi realizada revisão de literatura narrativa, buscando produções literárias que abordassem esse assunto, incluindo artigos científicos, teses, dissertações, dentre outros. Além disso, foram discutidas estratégias de prevenção e intervenção para mitigar os efeitos negativos dessa síndrome e promover o bem-estar dos docentes. Este estudo é relevante, pois contribui para a melhor compreensão dos desafios enfrentados pelos regentes de classe em educação básica, ante à Síndrome de Burnout, enfatizando sua prevenção, acometimento e tratamento. Reconhecer e abordar esse agravo mental, é primordial na busca da promoção de seu enfrentamento, visando oferecer ambiente de trabalho saudável e satisfatório aos professores em estudo, evitando, assim, a ocorrência desse fatigante agravo.

Palavras-chave: Síndrome de Burnout; Professores; Educação Básica; Prevenção; Acometimento; Tratamento.

1. INTRODUÇÃO

A Síndrome de Burnout, segundo Maslach, Schaufeli e Leiter (2001 apud Perniciotti, et al. 2020), foi observada, primeiramente, pelo psiquiatra Herbert Freudenberger em 1974. Posteriormente, Malasch (1976), propôs um paradigma teórico para nominar a Síndrome de Burnout, como uma resposta prolongada a fatores desencadeantes de estresse interpessoais permanentes no ambiente laboral, manifestando-se em três fenômenos interdependentes: exaustão emocional, despersonalização e redução da realização pessoal. Atualmente, catalogada pela Classificação Internacional de Doenças -CID-11, da Organização Mundial de Saúde (OMS), sob o código identificador QD85 (OMS, 2019). 

Sob interpretação mais próxima de Santini e Molina Neto (2005 apud Silva, p. 18, 2017), ainda se pode distinguir a Síndrome de Burnout como um tripé caracterizado por: exaustão emocional – esgotamento anímico e somático, associados à falta de vontade para realização de quaisquer tarefas;  despersonalização – que se destaca pela deformação do jeito de ser (personalidade) do docente, levando-o a ter atitudes inadequadas diante de seus colegas de trabalho e, ainda, a falta de realização profissional – que equivale à autoavaliação pejorativa de sua atuação na ambiência laboral, com sentimentos de frustração, impotência e infelicidade. 

A Síndrome de Burnout é um sofrimento emocional cotidiano que afeta os professores da educação básica e se manifesta, invariavelmente, na forma de estresse laboral crônico, com consequências graves e desestabilizadoras da saúde emocional, tendo como características exaustão física e mental – sensação de esgotamento e falta de energia para lidar com as demandas do trabalho, despersonalização – distanciamento emocional em relação aos alunos e colegas, resultando em atitudes negativas e insensíveis e falta de realização pessoal – perda do senso de realização e satisfação para desenvolver suas atividades laborais, estando bem evidenciados os comportamentos de desinteresse e desmotivação  (Carlotto e Câmara, 2015, apud Kanan; Dresch, 2022, p. 99).

Contribuindo com essa situação, o docente ainda passa por momentos antagônicos no cotidiano de suas atribuições no que se refere ao desejo de ter uma boa convivência social com seus alunos e, ao mesmo tempo, ter que avaliá-los em seus mais amplos aspectos. Acrescem a esse contexto, a baixa contrapartida financeira, condições insuficientes de trabalho, banalização da figura do professor e seu pequeno envolvimento nas ações de planejamento estratégico institucional (Koga, et al. 2015, p. 269).

Em face dessa vulnerabilidade, estudar a prevalência da Síndrome de Burnout entre os professores da educação básica se torna um tema agudamente necessário, levando-se em conta o impacto negativo que causa na vida dos profissionais, bem assim na qualidade do ensino, seja pelo absenteísmo ou pela falta de equilíbrio emocional que o professor pode apresentar ao ministrar as aulas.

Segundo Carlotto e Câmara (2015 apud Kanan; Dresch, 2022, p. 99), é oportuno mencionar que a Síndrome de Burnout é constituída por três dimensões: exaustão emocional, caracterizada por falta de energia, escassez de entusiasmo; despersonalização, que se caracteriza por tratar os alunos, clientes, colegas e a organização como objetos; e baixa realização no trabalho, que consiste em uma tendência do trabalhador a se criticar de maneira pejorativa.

Os professores que assumem a responsabilidade de regência de classe, encontram inúmeras barreiras ao exercício da profissão, tais como: carência de recursos à sustentação profissional, turmas com número exagerado de alunos, relações interpessoais conturbadas, fazendo o exercício da profissão um caminho extenuante e perigoso à sua própria sanidade mental. As instigações provenientes de suas atividades se tornam fatores desencadeantes da Síndrome de Burnout, agravo que acomete, com muita frequência, trabalhadores da saúde e da educação, devido à indispensabilidade de relações interpessoais diretas (Bergamini, 2023, p. 14880 apud Vidal, v. 9, n. 1. 2017).

O Ministério da Saúde (2024), em seu Portal na Internet, reconhecendo a gravidade da Síndrome de Burnout, recomendou adoção de condutas saudáveis que podem, primariamente, auxiliarem os trabalhadores na prevenção desse flagelante agravo, da seguinte forma:

[…] As principais formas de prevenir a Síndrome de Burnout são: Defina pequenos objetivos na vida profissional e pessoal; Participe de atividades de lazer com amigos e familiares; Faça atividades que “fujam” à rotina diária, como passear, comer em restaurante ou ir ao cinema; Evite o contato com pessoas “negativas”, especialmente aquelas que reclamam do trabalho ou dos outros; Converse com alguém de confiança sobre o que se está sentindo; Faça atividades físicas regulares. Pode ser academia, caminhada, corrida, bicicleta, remo, natação etc; Evite consumo de bebidas alcoólicas, tabaco ou outras drogas, porque só vai piorar a confusão mental; Não se automedique nem tome remédios sem prescrição médica (Brasil, 2024).

Para Paschoal e Tamoyo (2008 apud Kanan; Dresch, 2022, p. 100), para que situações propícias ao adoecimento não se apoderam dos professores, é necessário que sejam feitos profundos investimentos visando qualidade de vida saudável dos docentes, desafio que deve ser abraçado, incondicionalmente, pelos gestores da educação. Diante do antagonismo entre satisfação laboral e angústia no trabalho, verifica-se ser de extrema urgência reconhecer a importância do trabalho do professor da educação básica, para que ele se sinta importante, valorizado, gratificado e livre para o exercício de suas atribuições sem qualquer espécie de coação, ou seja, com a autonomia que lhe é presumida como detentor do conhecimento.

Nesse contexto, ao desenvolver este trabalho, observou-se que, embora a Síndrome de Burnout seja, repetidamente, estudada por pesquisadores da saúde mental,  existem poucas pesquisas dessa temática sobre os professores da educação básica, indicando ser esse assunto deficitário de persecução científica, tornando-se de relevante importância seu desbravamento, com o interesse de trazer informações suficientes à categoria atingida, aos profissionais de saúde mental e aos gestores da educação básica, com o objetivo de minimizar o potencial de surgimento de novos casos, proteger os docentes desse flagelante mal e beneficiar a sociedade de forma geral. Com esse entendimento, amparados nos resultados de pesquisas existentes, mostra-se, nesta pesquisa, a identidade entre a categoria estudada e a Síndrome de Burnout. 

2. REFERENCIAL TEÓRICO

Santos e Sobrinho (2011 apud Koga et al. 2015, p. 269), entendem que os trabalhadores da educação básica são muito predispostos ao desencadeamento da Síndrome de Burnout, pois fazem parte de um ambiente de elevada cobrança de cumprimento de responsabilidades, a exemplo de  serviços extraclasse, carga horária desmedida, não disponibilidade de tempo para convívio social, condições de trabalho insatisfatórias, falta de reconhecimento social e acanhada parcela de participação  na criação de políticas institucionais para educação básica, somando-se a isso, a baixa contrapartida salarial. Por conseguinte, o docente pode se sentir esgotado, sem alegria e vulnerável ao desenvolvimento da Síndrome de Burnout.

Como medidas preventivas de autocuidado que podem ser adotadas por docentes da educação básica, o Blog SAE DIGITAL (2024), apresenta o seguinte alerta: 

Para prevenir ou tratar o burnout, é importante adotar estratégias de autocuidado, como gerenciar o estresse, estabelecer limites saudáveis no trabalho, buscar apoio psicológico quando necessário e manter o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal (Blog Sae Digital, 2024).

Conforme Batista et al. (2010 apud Oliveira e Santos, 2021, p. 1073), quando o professor da educação básica é acometido pela Síndrome de Burnout, pode ensejar situações muito negativas ao ambiente escolar, a exemplo de não atingimento dos objetivos pedagógicos, desenvolvimento de processo de alienação de si mesmo, desumanização das relações, falta de pontualidade e assiduidade, apatia, outros problemas de saúde e intenção de abandonar a profissão, impactando, diretamente, na qualidade do ensino e, indiretamente, contribuindo para a evasão escolar.

O Ministério da Saúde-MS (2024), em sua página na Internet, prescreve o tratamento da Síndrome de Burnout da seguinte forma:

O tratamento da Síndrome de Burnout é feito basicamente com psicoterapia, mas também pode envolver medicamentos (antidepressivos e/ou ansiolíticos). O tratamento normalmente surte efeito entre um e três meses, mas pode perdurar por mais tempo, conforme cada caso. Mudanças nas condições de trabalho e, principalmente, mudanças nos hábitos e estilos de vida.
A atividade física regular e os exercícios de relaxamento devem ser rotineiros, para aliviar o estresse e controlar os sintomas da doença.  Após diagnóstico médico, é fortemente recomendado que a pessoa tire férias e desenvolva atividades de lazer com pessoas próximas – amigos, familiares, cônjuges, etc.
Sinais de piora: Os sinais de piora do Síndrome de Burnout surgem quando a pessoa não segue o tratamento adequado. Com isso, os sintomas se agravam e incluem perda total da motivação e distúrbios gastrointestinais. Nos casos mais graves, a pessoa pode desenvolver uma depressão, que muitas vezes pode ser indicativo de internação para avaliação detalhada e possíveis intervenções médicas (Brasil, 2024).

Durante o desenvolvimento deste trabalho, não foi possível encontrar um mapeamento geral da prevalência da Síndrome de Burnout entre professores da educação básica em nível nacional, entretanto, obteve-se acesso aos resultados de um estudo epidemiológico realizado nas escolas de educação básica do Município Mineiro de Montes Claros-MG,  produzido por um grupo de pós-graduandos de instituições de ensino superior do Município em referência (Universidade Estadual de Montes Claros, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Faculdades Unidas do Norte de Minas, Departamento de Odontologia, Universidade Estadual, Programa de Pós-Graduação em Cuidado Primário em Saúde, Faculdades Pitágoras-Psicologia), que chegou à alarmante prevalência de 13,8% de adoecimentos entre a categoria estudada, o que representa um quantitativo expressivo, inspirando preocupação e busca de estratégias para minimizá-lo (Magalhães, et al. 2021, p. 1).

Em face dessa alarmante estatística, cabe às autoridades de saúde/educação, mediante seus mecanismos de gestão, executarem estratégias de políticas públicas para gerenciamento desse agravo, seja com medidas preventivas ou curativas, tendo em vista o reconhecimento da Síndrome de Burnout, pela Organização Mundial de Saúde (OMS, 2019), como doença ocupacional, CID-11, QD085, abrindo caminho à ampliação dos direitos de reivindicação dos professores. 

Como programas específicos que visem a combater o Burnout, pode-se sugerir que, no caso específico da educação básica, sejam criados e instalados, ainda que de forma regional nos municípios, Comitês de Gestão profilática e curativa, com composição paritária de governo, professores, usuários e profissionais da saúde mental, com o interesse de promover ações pontuais para vítimas já estabelecidas e avaliações periódicas para todos os regentes de salas de aula, além de promover campanhas específicas para discussão do tema, seja em fórum próprio ou em oportunidades surgidas em outras programações no ambiente escolar. 

2.1 FATORES DE RISCO PARA OS PROFESSORES 

Souza, Carballo e Lucca (2023, p.6), apontam como riscos ao desenvolvimento da Síndrome de Burnout em professores da educação básica, a readequação das atividades do trabalho, imposição de grande quantidade de atribuições, elevado número de alunos por sala de aula, as muitas valências impostas ao docente, a conduta insubordinada dos alunos, inadequadas condições laborais, falta de governabilidade para deliberar sobre questões da escola e a falta de aprovação social, são, dentre outros, fatores psicossociais do ofício docente que o levam ao afastamento da escola e o subjugam ao adoecimento.

De acordo com o manual Guia Prático sobre a Síndrome de Burnout (2020, p. 8), publicado pelo Ministério Público do Piauí, o assédio moral, exposição do obreiro à situação de constrangimento, aparece com muita regularidade no ambiente de trabalho e pode ser um predispor à ocorrência da Síndrome de Burnout. Para clarear a percepção sobre esse fato, o referido assédio pode ser evidenciado por sequências de investidas do agressor contra a vítima, tendo como resultado, lesão a sua integridade moral. 

Esse assédio apresenta-se de forma imoderada mediante desaprovações verbais, gesticulações, alusões diretas ou indiretas de cunho ofensivo, humilhações, exposição a vexames, anulação e exclusão das atividades sociais do ambiente de trabalho, levando o trabalhador a se sentir insatisfeito com o trabalho, com pouca esperança de permanecer no trabalho, gerando comprometimento da sanidade física e mental do trabalhador. É corrente que a vítima perceba-se como rebaixado, pequeno e sem valor em relação aos demais colegas. 

Diante de tudo isso, o trabalhador sente-se esgotado e escolhe o silêncio com o objetivo de, mesmo assim, manter-se no trabalho. Integram-se a isso, exigência de metas a alcançar, aperfeiçoamento dos resultados, excessivas horas de atividades. Por fim, todos esses fatos podem trazer estresse absoluto ao obreiro, colapsando-o psicologicamente, propiciando o surgimento da Síndrome de Burnout, dentre outros transtornos mentais. 

Foster e Bennett (1993 aput Silva, 2019, p.19), defendem o pensamento de que o cuidar de si mesmo, quando encarado com vigilância e efetividade, ampara e mantém a higidez da estrutura corporal, bem como sua movimentação, sendo, todavia, indispensável à precaução de acometimentos ameaçadores da boa ordem física e mental do ser humano.

O propósito do trabalho do professor da educação básica traduz-se em apresentar e desenvolver, primariamente, o conhecimento indispensável à criança e ao adolescente, introduzindo-os ao entendimento do exercício da cidadania, bem assim, preparando-os para o acesso à graduação em todas as áreas do saber. Seguindo esse elementar entendimento sobre os degraus da educação, concebe-se a relevância do educador (docente) da educação básica nesse processo de consecução dos objetivos pedagógicos, objetivando a promoção humana.

Nessa perspectiva, Guglielmi e Tatrow (1998 apud Carlotto 2002, p.1), sustentou:

Burnout em professores afeta o ambiente educacional e interfere na obtenção dos objetivos pedagógicos, levando estes profissionais a um processo de alienação, desumanização e apatia e ocasionando problemas de saúde e absenteísmo e intenção de abandonar a profissão.

Para mitigar a prevalência e tratar os professores acometidos pela Síndrome de Burnout, é necessário que as gestões escolares tenham consciência de que se trata de um agravo ocupacional incapacitante, com severos reflexos negativos sobre os educadores e os usuários de seus serviços, mas suas consequências desastrosas podem ser minimizadas mediante providências de prevenção, identificação e tratamento, encaminhando-os aos profissionais de saúde mental, ou seja, psicólogos ou psiquiatras, respectivamente. 

2.2 CONSEQUÊNCIAS PARA A SAÚDE FÍSICA E MENTAL

A Síndrome de Burnout manifesta-se por meio de alterações no equilíbrio somático e mental do indivíduo, trazendo-lhe incontáveis prejuízos, tanto para a carreira profissional, quanto para para seu desenvolvimento social e familiar. 

No entendimento de Pêgo e Pêgo (2015, p.173), são encontrados na literatura múltiplos sintomas relacionados ao Burnout, sendo os físicos mais comuns: o cansaço contínuo e gradual, dores nos músculos e ossos, insônia ou hipersonia, falta de ar, dor de cabeça, indisposição gastrointestinal, imunodepressão, doenças cardíacas, alterações no desejo sexual e desequilíbrio menstrual nas mulheres. Na parte psicológica, manifesta-se com desatenção, esquecimentos, morosidade de pensamento, alheamento, fragilidade/isolamento, mudança exagerada e sucessiva do estado de humor, comportamento ansioso e agressivo, autoestima baixa, debilidade física, acabrunhamento/depressão e comportamento paranóico.

Na visão de Carlotto (2002), os efeitos negativos da Síndrome Burnout em professores atingem não só a sua pessoa, mas transitam, também, em toda a esfera do ambiente escolar no qual a vítima está inserida, repercutindo, negativamente, no objeto da existência da escola – a regular aprendizagem dos educandos. Docentes altamente comprometidos por essa síndrome, ponderam, frequentemente, a possibilidade de se evadirem da profissão, que, em se concretizando, poderá desestabilizar a escola local, bem como, também, a organização escolar em sentido mais amplo.

Lima e Dolabela (2021, p.15), em seu trabalho de pesquisa científica integrativa sobre a Síndrome de Burnout, chegaram à conclusão de que na esfera individual, deve o trabalhador:

No campo individual é importante realizar um diagnóstico da gravidade do Burnout, os fatores estressores laborais e extra laborais e traçar um plano de tratamento individualizado. Este pode envolver atividades de autocuidado, psicoterapias, práticas alternativas complementares, bem como para cursos que visem a auxiliar no enfrentamento dos fatores estressores.

Schaufeli, Leiter e Maslach (2009 apud Silva 2017, p.108), inferem que existem  numerosos profissionais treinados e prontos para atendimento, análise e tratamento de pessoas acometidas com a Síndrome de Burnout, tais como psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais, conselheiros, agentes de serviços sociais, consultores de organizações, dentre muitos, que proporcionam variedades de ações terapêuticas apropriando-se de instrumentos como oficinas de treinamento, terapias de grupo, com a finalidade de promover a prevenção de situações conflitantes no contexto organizacional. Entretanto, no que se refere, especificamente, ao Burnout, costumam atuar somente quando a situação já está instalada. 

2.3 IMPACTO DO AMBIENTE ESCOLAR NA SAÚDE EMOCIONAL

Conforme Paiva (2021), o ambiente escolar desempenha um papel indispensável na saúde emocional dos professores da educação básica, pois é nesse contexto que eles passam a maior parte do seu tempo e interagem com diversos atores. O clima organizacional, por exemplo, pode agir diretamente no conforto dos profissionais, sendo que um ambiente cooperativo e hospitaleiro é fundamental para impedir o desenvolvimento da Síndrome de Burnout. 

Além disso, cabe acrescentar que é de incontestável importância que o professor receba apoio da direção da escola ante às investidas desestabilizadoras dos discentes e seus responsáveis, no sentido de preservar a saúde emocional do docente, bem assim, beneficiar toda a comunidade escolar.

As incompreensões hostis vividas pelos professores no ambiente escolar são diversas e podem abalar, consideravelmente, sua saúde emocional. O excesso de trabalho, a falta de reconhecimento, aprovação, valorização profissional, cobranças por resultados e os conflitos em lidar com comportamentos difíceis dos alunos são apenas alguns exemplos de fatores que podem originar estresse crônico, exaustão emocional e despersonalização dos professores, aumentando, assim, o risco de desenvolvimento da síndrome de burnout (Souza, Carballo, Lucca, 2023).

2.4 ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO E EFEITOS PREJUDICIAIS 

De acordo com Carver, Scheier e Weintraub (1989 apud Mazon, Carlotto e Câmara, p.3 e 4, 2008), a partir da proposta de Folkman e Lazarus (1980), as estratégias de enfrentamento da Síndrome de Burnout em professores, consistem em criar caminhos contínuos para extinguir, reduzir ou atenuar os efeitos dos agentes estressores; desenvolver planos de ação para o combate de eventuais estressores; suprimir atribuições concomitantes que potencializam a instalação de situações estressoras de sobrecargas; desenvolver atividades previstas com antecedência no intuito de evitar surpresas carregadas de impulsividades; obter apoio social visando a sustentação emocional e moral; criar consciência da presença de fatores desencadeantes de estresse nas atividades e evitá-los; cuidar-se para não ser absorvido pelos estressores em atingimento de metas; não envolver-se com atividades alternativas como veículo de distanciamento de problemas; ressignificar situações negativas, dando-lhes entendimento positivo; reconhecer a existência e potencialidade dos estressores em causarem estragos na saúde mental; perceber a realidade do estressor e ao mesmo tempo tê-lo como natural no exercício do trabalho; ter sustentação religiosa para renovar de esperanças e esvaziamento de tensões; ter bom humor como forma de minimizar a situação estressora; finalmente, não utilizar substâncias psicoativas que possam desvirtuar a capacidade cognitiva de criticar e avaliar situações.  

Assim, os fatores organizacionais que contribuem para o desenvolvimento da Síndrome de Burnout, em professores, incluem a falta de recursos materiais e humanos nas escolas, que podem sobrecarregar os profissionais e comprometer a qualidade do ensino. 

Além disso, a ausência de políticas institucionais voltadas para o bem-estar dos professores pode gerar um ambiente laboral desfavorável à saúde mental dos docentes (Coelho, 2022, p. 25).

Os efeitos prejudiciais da Síndrome de Burnout na excelência do ensino são percebidos através do crescimento das faltas dos professores, ocasionando um impacto direto no desenvolvimento educacional dos estudantes. A diminuição do rendimento dos alunos também é uma consequência imediata do esgotamento emocional dos professores, os quais podem encontrar dificuldades para proporcionar um ensino eficiente e inspirador frente às exigências sobrecarregadas. (Silva, AEC da; Araújo, A.C.C. de; Ouro, A.C.C. et al. 2023).

2.5 PREVALÊNCIA DA SÍNDROME NESSE GRUPO

Segundo Krug (2021), a Síndrome de Burnout em professores é fortemente influenciada por dois fatores: a pressão por resultados e o excesso de trabalho. Os profissionais podem experimentar desgaste físico e emocional como resultado de uma sobrecarga de atividades, longas jornadas laborais e uma exigência constante de excelência. É evidente que a saúde mental dos professores pode ser prejudicada.

As consequências da Síndrome de Burnout para o desempenho profissional dos professores são significativas. O estado de exaustão emocional e o desgaste físico comprometem diretamente a qualidade do ensino oferecido aos alunos, refletindo-se em baixos índices de aprendizagem, falta de engajamento dos estudantes e clima escolar tenso. O impacto negativo na relação interpessoal entre professor-aluno pode gerar um ciclo vicioso que perpetua a manifestação da síndrome (Souza, Carballo e Lucca, 2023, p.5).

As organizações educacionais encontram diversos tipos de problemas, para prevenir os conflitos da síndrome de burnout nos professores e preservar a saúde mental desses profissionais, as instituições precisam ajustar políticas que garantam um contexto de trabalho caloroso e saudável. É possível reduzir significativamente o número de casos de síndrome do estresse nas escolas, por meio da implementação de programas de treinamento em gestão do estresse, acompanhamento psicológico, regulação e programas preventivos focados nas necessidades dos professores (Souza, Carballo e Lucca, 2023, p.6).

No que diz respeito às perspectivas futuras para o enfrentamento da Síndrome de Burnout em professores da educação básica, considera-se que o professor faz parte de um grupo de risco iminente ao adoecimento pela síndrome, e que, em assim sendo, demandará, sobremaneira, mais investimentos para garantir sua saúde mental e qualidade de vida aceitável; sejam tais investimentos de caráter monetário ou de políticas estratégicas, ressaltando que as experiências documentadas na literatura sobre o Burnout, poderão servir de parâmetros assertivos ao desenvolvimento dessas políticas de saúde, pois, partindo-se da primícia de que o professor deve estar saudável para ministrar as aulas, deve-se esperar, também, bons resultados em seu produto final, ou seja, uma educação básica de qualidade para seus usuários (Oliveira e Santos, 2021, p.1074).

3. METODOLOGIA

A metodologia utilizada à realização desta pesquisa teve caráter qualitativo-quantitativo, pois se baseou integralmente no método de revisão de literatura na modalidade narrativa, evidenciando tendências e lacunas no trato do assunto em matérias científicas publicadas em sites da Internet. 

Foram utilizados critérios de inclusão e exclusão para selecionar as fontes que foram analisadas, como por exemplo, as origens da psicopatologia estudada, sua relevância para o trabalhador da educação básica, ancoradas na credibilidade das informações. Os textos encontrados foram analisados e comparados, de forma estruturada, com o propósito de encontrar tendências e lacunas relativas ao tema abordado.

A metodologia contemplou a busca sistemática de dados para garantir, de forma abrangente e robusta, a compreensão do objeto do estudo, ou seja, a Síndrome de Burnout em professores da Educação Básica, esclarecendo seu conceito, prevenção, acometimento e tratamento, constantes das fontes consultadas no acervo virtual da rede de comunicação instantânea global – Internet.

Por fim, os resultados obtidos foram discutidos e confrontados com a Teoria existente sobre o assunto, a fim de responder às questões de pesquisas propostas neste estudo. 

4. DISCUSSÃO

A síntese da produção literária pesquisada, indicou a grande prevalência da Síndrome de Burnout entre professores da educação básica. O estresse crônico, produzido pela sobrecarga de trabalho, pode trazer consequências exacerbadas como a exaustão emocional, a despersonalização e a baixa realização profissional.

Problemas como readequação das atividades do trabalho, imposição de grande quantidade de atribuições, elevado número de alunos por sala de aula, muitas valências impostas ao docente, a conduta insubordinada dos alunos, inadequadas condições laborais, falta de governabilidade para deliberar sobre questões da escola e a falta de aprovação social, são, dentre outros, fatores psicossociais do ofício docente que o levam ao afastamento da escola e o subjugam ao adoecimento.

A relação entre o ambiente escolar e o desenvolvimento da Síndrome de Burnout nos professores é complexa e multifacetada. O apoio psicológico e emocional aos professores que estão enfrentando sintomas da síndrome é imprescindível para conduzi-los à superação dessa condição. Providências de intervenções específicas, como criação de programas de apoio psicossocial, redução da carga horária, melhoria das questões estruturais, como a melhoria das condições laborais e reconhecimento profissional.

Assim sendo, estratégias conjuntas que unam suporte emocional com o estrutural são fundamentais à mitigação dos impactos indesejados que possam surgir, acarretar estresse laboral e coibir o bem-estar dos docentes, com reflexos na qualidade do ensino.

5. CONCLUSÃO 

A Síndrome de Burnout é um fenômeno psicossocial com um conjunto de sintomas físicos e psíquicos. Caracterizado por três dimensões: exaustão emocional, que se manifesta por sintomas de falta de energia e sentimento de esgotamento emocional; despersonalização, que ocorre quando alunos, pacientes e colegas de trabalho se distanciam afetivamente um do outro; e pouca realização profissional, que demonstrada por comportamento daqueles que trabalham com pessoas, como os educadores, têm mais a síndrome. 

Durante o desenvolvimento desta pesquisa, buscou-se encontrar na literatura os indicadores da prevalência da Síndrome de Burnout entre professores da educação básica, constatando que existe uma escassez de disponibilidade desse material. Entretanto, pôde-se constatar que essa síndrome é muito corrente na categoria, apresentando relevante prevalência.

A Síndrome de Burnout é caracterizada por exaustão emocional – esgotamento anímico e somático, associados à falta de vontade para realização de quaisquer tarefas;  despersonalização – que se destaca pela deformação do jeito de ser (personalidade) do docente, levando-o a ter atitudes inadequadas diante de seus colegas de trabalho e, ainda, a falta de realização profissional – que equivale à autoavaliação pejorativa de sua atuação na ambiência laboral, com sentimentos de frustração, impotência e infelicidade.

Os professores da educação básica devem adotar estratégias para prevenir o Burnout, mantendo o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, incentivando o autocuidado, praticando atividades físicas regulares, fazendo dieta saudável, tendo tempo livre, evitando sobrecarga emocional e o excesso de trabalho, praticando atividades relaxantes fora da escola e psicoeducar-se para enfrentar o estresse do dia a dia. 

Os professores ao se exporem aos fatores desencadeantes, contraem para si, a possibilidade de sofrerem as dores da exaustão, da despersonalização e da irrealização profissional, que têm como manifestações comuns a sensação constante de cansaço e falta de energia, irritabilidade frequente, ansiedade e depressão, dentre outros sintomas.

O tratamento da Síndrome de Burnout constitui-se basicamente de intervenções psiquiátricas e psicoterápica, podendo envolver medicamentos (antidepressivos e/ou ansiolíticos). O tratamento normalmente surte efeito entre um e três meses, mas pode perdurar por mais tempo, conforme cada caso. Mudanças nas condições de trabalho e, principalmente, mudanças nos hábitos e estilos de vida.

Investigar Burnout no âmbito da educação básica é de relevante importância para minimizar os efeitos negativos do estresse crônico no ambiente escolar, melhoria da qualidade de vida dos professores e satisfação dos usuários de seus serviços.

Visando a contribuir com o aprimoramento de futuras pesquisas sobre a ocorrência da Síndrome de Burnout na seara escolar básica, acredita-se ser urgente mais investimentos na investigação profilática agentes estressores dos docentes na sala de aula, com acompanhamento sistemático e implementação de políticas públicas com o interesse de equacionar a ocorrência desse agravo.

REFERÊNCIAS

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1Bacharelanda em Psicologia, Uninassau –  E-mail: /christiannecoelho.psi@gmail.com
2Bacharelando em Psicologia – Uninassau – E-mail: jp1@uol.com.br
3Bacharelanda em Psicologia – Uninassau – E-valquiria69@gmail.com
4Especialista em Saúde Mental/Universidade Católica Dom Bosco-MS, Docente do Curso de Psicologia da Uninassau/Palmas – E-mail: hytalo09@gmail.com