FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA EM TEMPOS DE PANDEMIA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11080027


Elaine Cristina Tiriba


RESUMO- Este estudo objetiva conhecer cálculos e formas de diluir os novos custos trazidos pela Pandemia de forma que o preço final de venda permaneça atrativo aos clientes, mantendo saudáveis o fluxo de caixa e a competitividade no mercado global. Para tanto, optou-se a metodologia de revisão bibliográfica, realizada através de livros, artigos, teses, de diversos autores e mediante documentos e sites relevantes ao tema proposto. Conclui-se que apesar de inevitável o repasse de aumentos ao consumidor final, é possível utilizar ferramentas para diluição correta destes custos mantendo -se competitivo ao mercado global adaptando-se a este novo cenário econômico.

Palavras-Chave: pandemia- formação- preços-cenários- econômicos

1. INTRODUÇÃO

Há sempre grandes dúvidas quando o assunto é proteger um empreendimento em tempos de Turbulências. Nem sempre as organizações conseguem lucro ou a estabilidade desejada. Durante nossa história superamos diversas crises como a Grande depressão de 1929, a Crise Financeira de 2008, que teve início com a quebra do Lehman Brothers, um grande Banco dos Estados Unidos da América e neste momento sofremos com a crise financeira causada pelos transtornos de uma pós pandemia trazido pelo Covid 19.

Superar momentos difíceis requer sempre muita habilidade por parte dos administradores que baseiam- se em tecnologia atual e ao mesmo tempo, na experiência de antecessores para criar.

Utilizando dos conhecimentos de ilustres autores recebemos boas ferramentas para nos amparar, servindo de alicerce para novos estudos em busca em busca de reverter uma situação negativa e elevar uma instituição de volta a um patamar lucrativo.

Sabendo-se que cada corporação é única, possuindo visão, missão e valores que são a alma destas estruturas. Não há fórmula mágica que funcione perfeitamente para todo tipo de empresas. Necessitando então, mesclar diversos planos administrativos e personalizar um plano de ação modelado sobre as reais necessidades daquela unidade em questão.

O cálculo do preço de venda já é uma peça fundamental para a engrenagem do sucesso de um negócio em tempos estáveis. Tornando-se algo importantíssimo em tempos de crise.

Manter um preço de venda atrativo diante de um mercado global em caos é um enorme desafio. Neste momento vivemos em um cenário novo onde a preservação da vida e da saúde dos trabalhadores deve ser priorizada enquanto tenta- se manter o fluxo de caixa o menos abalado possível.

Dentro deste contexto houve escassez de matérias primas, alta de moeda estrangeira, instabilidade na bolsa de valores, riscos inflacionários, mudanças comportamentais dos consumidores, atrasos de entregas forçando descumprimento de prazos de entrega, multas contratuais, incertezas e medo.

Diversas são as consequências desse cenário prolongado na atividade do setor industrial, mas para a maioria das Empresas, o principal efeito da interrupção na cadeia de suprimentos tem sido o aumento dos custos de produção”

Diante disto surgiu a necessidade de adaptações e busca de soluções criativas para manter-se competitivo.

Com novos problemas surgiram novas soluções como o uso de mais tecnologias, implementação das plataformas de home office, investimentos em produtos de higiene e equipamentos de proteção individual, adaptações em instalações coletivas, horas extras para substituir funcionários afetados pelo Covid-19, renegociações em valores de matérias primas entre outros.

Segundo Lígia Tuon, em publicação para a CNN Brasil, o impacto financeiro desse movimento foi uma perda média de R$ 116 bilhões de janeiro de 2020 a junho de 2021, o número foi 57% maior que o esperado em um período sem pandemia (CNN, 2021).

As novas soluções foram fundamentais para preservar o funcionamento dos negócios, porém, gerou novos custos para produtos e serviços prestados. Sendo imprescindível repassar este custo ao cliente final. De acordo com Leandro Reale, professor de administração da Faap (Fundação Armando Alvares Penteado) as empresas não podem mesmo absorver todo o aumento dos preços dos últimos dois anos ou porque não tem “gordura” para fazê-lo. E ainda existe uma falta de controle não só no fornecimento, mas na operação logística.

Conhecer cada custo em cada etapa de transformação de produto, e ou, cada custo para fornecimento de cada etapa de uma prestação de serviço é fundamental para se calcular uma precificação justa e ao mesmo tempo eficiente para cobrir os gastos e permitir margem de lucro aos investidores.

Partindo deste entendimento, este estudo objetiva conhecer cálculos e formas de diluir os novos custos trazidos pela Pandemia de forma que o preço final de venda permaneça atrativo aos clientes, mantendo saudáveis o fluxo de caixa e a competitividade no mercado global.

Para tanto, optou-se a metodologia de revisão bibliográfica, realizada através de livros, artigos, teses, de diversos autores e mediante documentos e sites relevantes ao tema proposto.

2. pandemia covid-19

A COVID-19, pertence a uma família de vírus chamada Coronaviridae, sendo uma doença infectocontagiosa causada pelo coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2). Os primeiros casos de pneumonia foram descritos em 31 de dezembro de 2019, em Wuhan, na China. Em janeiro de 2020, foi compartilhado o sequenciamento do genoma viral pela China, disponibilizado para a OMS e para outros países no Banco de Dados Internacional Global on Sharing All Influenza Data (GISAID). Rapidamente, os casos começaram a se propagar pelo mundo e em março de 2020, a COVID-19 foi caracterizada pela OMS como uma pandemia, após atingir 118 países (WANG; XIE; ZHAO et al., 2020).

Segundo estudos, de 70% a 80% dos infectados são assintomáticos ou apresentam sintomas leves da doença e 20% desenvolvem a forma mais grave da doença em cuidados hospitalares e podendo chegar a 5%-10% de cuidados intensivos (FELLET, 2020; WADMAN, COUZIN, KAISER, MARACIC, 2020; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2021).

Como forma de tentar conter a disseminação do vírus em seu território, em 31 de janeiro de 2020, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos anunciaram que todos os cidadãos que estivessem como origem a província de Hubei, China, estariam sujeitos a quarentena obrigatória por um período máximo de 14 dias. Como a contaminação ocorre de forma rápida e contínua, diversos países estabeleceram regras de restrições e aglomerações de pessoas, com o objetivo de tentar conter o vírus e vidas das pessoas (WHO, 2021; MINISTÉRIO DA SAÚDE).  

Segundo dados da Organização Internacional de Trabalho (OIT, 2020), essas medidas de bloqueio, sejam elas totais ou parciais, afetaram cerca de 2,7 bilhões de trabalhadores, representando aproximadamente 81% da força de trabalho mundial. Além da crescente taxa de desemprego, é importante ressaltar que a oferta e a demanda, seja de mercadorias ou serviços, também foi afetada.

De acordo com Ozili e Arun (2020), em razão da globalização, há expectativas de impactos decorrentes da pandemia em países emergentes e em desenvolvimento, uma vez que neles há dependência de países desenvolvidos para a importação de bens e serviços.

3. novos Cenários Demandam novas precificações

Analisando este cenário de crise e pandemia que vem abalando a economia global e os novos hábitos de consumo surge a necessidade de uma nova análise de mercado e despesas de uma corporação.

Diante da pandemia os padrões de consumo sofreram alterações devida a adaptações como home office, queda de renda e insegurança financeira. Mesmo implementando as entregas e o e-commerce foi difícil manter o ritmo de vendas e serviços de antes. Devido a este cenário não há parâmetros nem regras claras para manter a margem de lucro e o fluxo de caixa.

Ainda sem se recuperar dos prejuízos causados pela pandemia, nos deparamos com a instabilidade de um mundo em iminência de guerra. A invasão de territórios da ucrânia por parte da Rússia agravou ainda mais alta do petróleo e do dólar estremecendo ainda mais a já sofrida economia Global.

Apesar do intuito e foco deste estudo ser a crise ser apenas o cenário pandêmico, as soluções servem para crises financeiras independentemente das causas quando se trata de estabelecer novas estratégias de precificação.

Permanecendo nesta linha de raciocínio, nos apoiamos em Amorim (2021) ao entender que, pesquisa de preços ou estimativa de custos é um tópico muito perigoso na contratação. Possivelmente porque, ao estimar custos, o representante que representa a administração é levado a adotar métodos rígidos e muito burocráticos, através de uma metodologia comparativa simplista, para determinar a referência para algo altamente dinâmico e flexível, que é o preço.

 Nem sempre as Empresas conseguem lucros há turbulências de mercado como ocorreu na grande depressão de nem 1929, na crise financeira de 2008, que iniciou se com a quebra do Banco Lehman Brothers dos E.U.A e neste ano devido a pandemia. A expansão da bolha imobiliária nos Estados Unidos em 2008, foi um dos fatores de expressão de uma crise que estava em formação nos últimos anos no centro do mundo capitalista, fundamentada na expansão desmedida da especulação financeira     (MAZZUCCHELLI, 2008; NUNES, 2012).                                                   

Analisando-se tanto a administração pública como a privada em termos de formação de preço para compras e vendas de forma assertiva, é fato conhecido que vivemos em um país capitalista, regido por normas concorrenciais baseadas na lei da oferta e da procura e este motivo causa preços abaláveis pela dinâmica de mercado. Firma- se concordância com Michael J. Sandeli na obra “Justiça- O que é Fazer a Coisa Certa “(2011) ao destacar que nos tempos medievais, filósofos e teólogos acreditavam que a troca de mercadorias deveria ser regida por um preço justo.

 Porém, nem sempre encontramos preços justos. Diversos comerciantes aproveitaram-se da insegurança deste momento para extorquir seus consumidores.

Assim, milhares foram os relatos de consumidores que se viram prejudicados pela elevação arbitrária de preços no contexto de comoção e isolamento social causados pelo novo Coronavírus. Muitas vezes os relatos atribuíam a responsabilidade aos comerciantes, muito embora há necessidade de efetiva apuração deve ser destacado, já que o aumento abusivo e injustificado está, por vezes a refletir uma ação tomadas pelos fabricantes do produto (BAHIA, TUMELERO, SOUZA, 2021).

Sendo difícil de distinguir os aumentos ou repasses de custos que realmente foram necessários de aumentos das margens de lucro ocorridos durante o período, impulsionando a inflação e causando insegurança ao cliente final. Há uma constante necessidade em estudar-se precificação de produtos e formas justas e honradas de equilibrar o caixa de uma empresa com a satisfação do consumidor.

3.1 Novos Custos

“O problema inicial de toda empresa é o custo fixo. O que, em teoria, não teria muito como resolver. Na prática, por outro lado, você consegue dar um jeito”, afirma Denis Forte, professor do Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas da Universidade Presbiteriana Mackenzie. (BLOG COBLI, 2020).

Sabendo-se que existem diversos tipos de mercado e cada um necessita de uma precificação exclusiva como por exemplo: valor à vista, valor a prazo, preço para exportação para mercado a prazo, entre outros. Buscaremos demonstrar de forma superficial, pois cada ramo de negócios tem suas particularidades, onde se alocam os custos trazidos pela pandemia. Para tal demonstração será utilizada uma tabela inspirada em uma planilha de cálculo do preço de venda do autor Luiz Antônio Bernardi e preenchida com algumas informações e sugestões obtidas durante esta pesquisa.

3.2 Atuando em Cenário Pandêmico

           Tabela 1- Novos Custos    

1-CUSTO DO PRODUTOAlterações devido fornecedores e mão de obra
2-CUSTO DO SERVIÇOAtestados médicos, licenças, afastamentos, horas extras para coberturas de afastados.
3-CUSTO DA MERCADORIAAlterações Cambiais, escassez de matéria Prima e atrasos por parte de fornecedores.
4-DESPESAS FIXAS DE VENDASCusto de álcool gel, EPIs, plataformas digitais
5-DESPESAS ADMINISTRATIVASHome office, redução de produtividade e plataformas digitais entre outros
6-TOTAL 
LUCRO DESEJADO ANTES DO IR 
MARK- UP DESPESAS VARIÁVE4IS DE VENDAREFERÊNCIAS
8-ISS DE VENDA%
9-ICMS DE VENDA%
10-PIS/COFINS%
11-COMISSÕES%   Sob negociações para reduzir custos- falta de verbas
12-EMBALAGENS%   Aumento de custos devido a demanda pois Se necessita reforçar proteção contra contaminações
13-FRETE%   Altas com grande impacto devido a constantes variações de preços de combustíveis e alta de moeda estrangeira
14-PUBLICIDADE%   mudanças nos padrões de consumo necessitando investimentos e divulgação sobre e-commerce
15-EXPEDIÇÃO% Perde de agilidade devido atestados.
16-OUTROS% Despesas com indenizações trabalhistas devido a cortes para contenção de custos
17-DESPESAS FIXAS%
18-LUCRO ANTES DO IR%
19-IR (40% x LINHA 18)%
20-LUCRO APÓS O IR%
21-TOTAL (LINHA 8 A 17 + 19 + 20)%
22-MARK- UP DIVISOR 100 – LINHA 21 / 100 
23-MARK- UP MULTIPLICADOR 1 / LINHA 22 
24-PREÇO (LINHA 6 x 23) 
PREÇO [LINHA (6 + 7) x 23] 

Fonte: Própria Autora (2023) adaptada de Luiz Antônio Bernardi (2017)

3.3 Conceitos de Formação de Preços Convencionais

Traçando um paralelo com a reflexão proposta por Heráclito, assim como ninguém pode entrar duas vezes no mesmo rio, no mundo real, dificilmente todas as condições que influenciaram a formação do preço irão se reproduzir de forma exatamente igual (NOBREGA, 2014)

Para se manter competitivo no Mercado Global, seja qual for o segmento de negócios é necessário saber cobrar pelos produtos e serviços.

O cliente paga melhor por aquilo que valoriza mais. Analisando diversos diferenciais de acordo com sua necessidade, uns escolhem pelo menor preço, outros tem necessidade de rapidez e optam pela praticidade. Se buscam status escolhem por exclusividade. Mas, se buscam por qualidade, pagaram o preço exigido.

Para calcular com assertividade a precificação de algo, deve-se compreender a composição do seu preço com muita clareza. Se você não conseguir mapear seus custos com clareza o cliente também não entenderá.

Quando se procura no dicionário por valor e preço, as definições são bem parecidas. Mas, para o mundo dos negócios a diferença é significativa. O preço de uma peça acabada está vinculado ao custo e a margem de lucro que varia de acordo com fatores externos como demanda, concorrência, fornecedor, entre outros.

O valor pode ser algo mais utópico como a sensação de prazer do comprador por possuir determinado item, ou a necessidade dele por determinada peça. Para que possamos compreender a importância das escolhas na precificação devemos compreender o seu processo de formação observando suas sequencias lógicas, assim poderemos compreender o próximo tópico sobre Mark-up.

Há diversas necessidades de formação de preço. Onde, cada uma é composta por itens distintos de acordo com o mercado almejado. Merecendo cada qual um cálculo específico de acordo com suas características. Em seguida observaremos alguns exemplos destes conceitos com base em suas fórmulas mais utilizadas.

3.3.1 Markup

       Neste cálculo o multiplicador usado em cima dos custos não se trata da margem real de lucro de venda. Mas, sim de uma estimativa mais adequada para o negócio, seguindo a fórmula =

MARKUP= 100/ [100- (DV + DF +LP)]

Onde as siglas se referem a;

DV= Percentual das despesas variáveis.
DF= Percentual das despesas fixas
LP= Percentual do lucro desejado.

3.3.2 Fórmula com Base no Lucro

Este cálculo pode ser feito com base no percentual de lucro que se deseja obter com a venda do produto.

CUSTO INICIAL + PERCENTUAL DAS DESPESAS FIXAS + PERCENTUAL DE LUCRO ESPERADO= PREÇO DE VENDA

3.3.3 Margem de Contribuição

Trata- se do principal método de formação de preços e também a mais recomendada. Por ela se consegue determinar o lucro dentro do custo de venda, após subtrair os custos e despesas. A margem de contribuição permite justar-se de acordo com a realidade de mercado Global e interesses de uma corporação.

MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO= VALOR DE VENDA – VALOR DE CUSTO E DESPESAS VARIÁVEIS

Para obter a porcentagem da margem de contribuição usa-se a fórmula:

MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO = (VALOR DE VENDA – CUSTOS E DESPESAS VARIÁVEIS) /VALOR DE VENDA

3.3.4 Pesquisa de Preços

Este método de precificação leva em consideração a análise dos preços dos concorrentes praticados em vendas diretas. A partir desta coleta de dados a empresa pode destacar-se diante de seus concorrentes. É importante saber quanto custa cada item e observar os concorrentes diretos e indiretos para compreender sobre a média de preço de mercado. Esta pesquisa não dever ser o único método utilizado, mas aliado a outros demais cálculos se torna uma ótima ferramenta para referencias.

3.3.5 Gestão de Fluxo de caixa

Acomodar-se é o pior pecado de um gestor. Deve-se atentar-se a diversas possibilidades e alternativas para sobreviver e recuperar-se de uma crise.

A Gestão de Fluxo de Caixa é uma fermenta que quando bem utilizada, pode amenizar a crise gerada pela falta ou pelo aumento do preço da matéria prima, custos por afastamento de funcionários, aumento de fretes, combustíveis, alta de moeda estrangeira, custos de materiais de higiene (álcool gel e mascaras, inclusive) e instabilidade econômica.

Levando em consideração que a quebra do fluxo de caixa é na maior parte das vezes motivo de falência nas corporações deve-se haver atenção a novos métodos de gestão e estar aberto a novidades e tecnologias para manter o setor bem atualizado.

O poder de negociação e barganha de um bom administrador pode amenizar os resultados causados por uma crise. A curto prazo, estratégias devem ser traçadas para caso haja retirada de valores pagamentos ou compras utilizando sempre reservas ou compensações para evitar fluxo negativo.

Usar a posição de estoque para organizar o fluxo, gerenciar contratos e relacionamento com os fornecedores podem fazer a empresa ganhar tempo antes das datas de vencimento.

O uso de parcelamentos pode trazer sérios risco quando não são bem calculados. Como aconteceu com as ” Lojas Americanas ” que recentemente anunciou um rombo de aproximadamente R$ 2 Bilhões, com data Base de setembro de 2022, segundo diretor presidente Sergio Rial, o problema foi motivado por um lançamento errado nas demonstrações contábeis da empresa (ESTADÃO, 2023).

O lançamento errado, seria pagamentos intermediários a credores o que aparentaria estabilidade e até crescimento da Instituição quando na verdade essas dívidas representavam este rombo gigantesco que ocasionou em queda de 77,33% a R$ 2,72, após um dia entre leilão e retomada das negociações. Às 16h29 o ativo tombava 76,42%. Na primeira abertura, as ações iniciaram o dia em queda de 76,25%, a R$ 2,85 por papel, depois entraram em leilão novamente com queda de 78,08%, em 12/01/23 segundo o site Valor investe. Apesar destas grandes empresas ter anunciado receita líquida de R$ 4,06 bilhões entre janeiro e março, com aumento de 14,2% na comparação com um ano antes segundo o site financeiro Forbes em 8 de 2020, está em risco de falência. Firmando a necessidade de uma boa gestão de fluxo de caixa acompanhada sempre de um planejamento estratégico bem elaborado (ESTADÃO, 2023).

Em tempos difíceis deve-se demonstrar agregar o máximo de valor ao produto final ou serviço e maior respeito ao cliente.

Novas formas de financiamento externos, subsídios e prazos são bem vindos tanto para equilibra o caixa quanto para o bolso do cliente. Analisando também as estratégias de concorrentes e situação do mercado global.

3.4 Compreensão Sobre Alguns Sistemas de Custeios

A Cada etapa do processo de um produto ou serviço se agregam novos valores e a cada etapa nos aproximamos do preço final de vendas. Para cada valor acrescentado também há custos inseridos. Entre gastos, despesas, tributos, valores de mão de obra, investimentos, insumos, materiais, estoques e etc., focaremos nosso olhar apenas nos custos de forma mais simplificada e de fácil entendimento para que possa ser utilizada por uma gama mais ramificada de empreendedores iniciantes.

Diante desta situação de Pandemia onde há uma necessidade de agregar novos custos sem enxerga- lós diretamente pois, foi uma mudança repentina e inesperada, vale a pena olhar para formas de custeios que englobem essa nossa situação de pressa e falta de dados exatos. Quando se engloba a produção de tipos variados de produtos ou serviços a coleta de dados sofre dificuldades.

Aqui encontram-se problemas mais complexos quanto ao cômputo das despesas para a formação de preços. Como não há, na prática, meios de identificar despesas por tipo de produtos, a forma mais simples e objetiva é o desenvolvimento de um percentual médio de despesas sobre vendas, aplicado na forma do preço de venda” (Bernardi, 2004 p. 55).

Buscar-se há, por esta necessidade, sistemas de custeio cabíveis.

3.4.1 Custeio Por Absorção

Este tipo de custeio pode ser associado ao volume de produção como uma forma de rateio dos custos fixos e indiretos que não podemos calcular com exatidão sobre o produto unitário. É um direcionamento de todos os custos sejam indiretos ou diretos, variáveis e fixos de uma produção finalizada. Como se a cada passo os custos fossem absorvidos por um todo e totalizados no preço final para serem inseridos posteriormente em cálculos de precificação.

O fluxo de informações deve ser objetivo, adequado a quem recebe a informação e na frequência necessária para que haja os dados necessários para o custeio.

3.4.2 Custeio por Variabilidade

“Pode se estudar o custo e a despesa de um produto, mercadoria ou serviço, de uma forma: classificando os custos e despesas em variáveis e fixos, não mais em diretos e indiretos”. (Bernardi, 2004, p.51).

Custos variáveis são diretamente ligados aos volumes produzidos, porém, sem rateios entre os produtos e são inexistentes quando não há produção.

Neste caso sobre pandemia, imagine-se em uma prestadora de serviço por exemplo, para se executar uma tarefa necessitamos de um funcionário. Este, necessitará de EPIs (como máscaras, luvas, álcool gel, adaptações no local e etc.). Caso nenhum cliente solicite o serviço, a tarefa não será realizada.

Custo relacionado ao volume produzido.

Visto como um custo difícil de calcular pois não se sabe exato quanto é o consumo exato de álcool gel e demais insumos por exemplo, quando cada tarefa é executada por isso é um custo variável de acordo com a produção.

Em uma pequena produção o consumo de insumos como EPIs é irrisório já em uma fábrica de grandes proporções este custo se revela mais significativo.

3.5 Planejamento Estratégico

“Gestores, precisam, por assim dizer manter um olho no chão e o outro no céu “. (Peter Drucker, 2016) 

A importância dada ao planejamento estratégico pode ser a determinante do sucesso de uma organização.

Nas crises como a atual situação com a Covid-19, não é o momento para focar em lucros. A importância maior é manter-se ativo no mercado. Em alguns casos até absorvendo certos prejuízos enquanto se programa para retomar a um patamar lucrativo como de costume. Arquitetando novas projeções e metas baseadas em estudos sobre economia local, público alvo, preços e negociações para a busca de melhores fornecedores, adaptabilidade às novas condições, liquidação de estoques para alimentar o fluxo de caixa, entre outros.    

A retomada da estabilidade deve vir acompanhada de inovação. Novos lançamentos são bem vindos para evidenciar a marca. Este entendimento vai ao encontro com frases citadas por Peter Drucker: “Se você quer algo novo, tem que parar de fazer o velho.” Druckercita ainda: “Inovação é o instrumento específico do empreendedor. É o ato de dotar recursos com nova capacidade para criar riqueza.”

O marketing é uma ferramenta valiosa em tempos de retomada aos grandes mercados consumidores. Aliado ao Status e as novas inovações implementadas ao produto, o marketing deve encantar o público alvo, fazendo-o indivíduo sentir -se privilegiado por poder consumir aquele determinado produto.

Em tempos de retração do mercado, o marketing é o principal aliado das empresas para alavancar o crescimento, fidelizar clientes e alcançar a rentabilidade do negócio, pois o marketing da um direcionamento a empresa por meio de suas análises e pesquisas oferecendo um produto/serviço ideal ao mercado e não oferecer ao produto/serviço um mercado ideal (NETO, 2016).

É interessante faze-lo demonstrando o status e comodidade do bem a ser adquirido, mesmo em caso de produtos ou serviços voltados as classes sociais mais populares. Demonstrando o prazer de consumir determinado bem a um preço acessível, tornando sua compra atrativa.

Durante uma crise vale ressaltar que o consumidor também foi afetado, também sentiu os impactos negativos por hora, se privou de certos luxos ou vontades. Mantendo-se em posição defensiva de consumo.        

3.6 Casos de sucesso durante a Pandemia

“Finalmente, toda organização terá de aprender e inovar e a inovação agora pode e deve ser organizada por um processo sistemático” (Peter Drucker, 2001, pág. 36).

Com criatividade e coragem alguns gestores inovaram em seu Planejamento Estratégico e se redescobriram durante a crise. Conseguindo lucros inesperados diante de um cenário caótico. 

Um exemplo de sucesso foi a Empresa Magazine Luiza, ou Magalu, como é conhecido, viu suas vendas totais cresceram 66% no período, a 14,9 bilhões de reais, impulsionadas pelo salto de 121% do e-commerce, que representou 63,8% do total. As vendas no conceito mesmas lojas avançaram 11%, apoiadas pelo relaxamento de restrições à circulação no período. As despesas operacionais cresceram 47,4%, para 1,986 bilhão de reais, mas caíram 1,2 ponto como proporção da receita (GLOBO, 2021).

Pensar na coletividade foi a chave desta ignição. A Empresa criou um ominichanel em parceria com pequenos comerciantes dando visibilidade a estes e ao mesmo tempo ampliando seu leque de produtos na plataforma de vendas sob o slogan “pra que procurar, a Magalu tem!”. A praticidade de encontrar tudo o que se deseja em apenas um único site aliado ao nome forte desta marca aumentou o número de visitantes em seus canais de venda favorecendo o número de fechamento de vendas.

A Estratégia “ Ganha- Ganha”, diz –se quando o negócio é bom para ambas as partes, possibilitou que os menores comerciantes aliados pudessem se manter ativos no mercado e trazendo lucratividade a todos os envolvidos.

A diversificação de ramos de negócios também foi uma das ferramentas do Magalu que apostou no Agronegócio e assim lançou uma linha de credito para financiamento de máquinas agrícolas. E em seu marketing citava “De fogão a máquinas agrícolas, no Magalu tem!”.

De acordo com Peter Drucker (2001) esta tarefa é justamente a indicada para empresas se tornarem produtivas:

“A tarefa de uma Empresa é fazer com que os recursos se tornem produtivos. Cada Empresa, portanto, precisa de objetivos de produtividade referentes aos seus três maiores recursos Terra, trabalho e capital e referentes à produtividade global em si.” (Drucker, 2001, p. 221).

Unir- se com concorrentes e enxergar um novo nicho de mercado valorizou as ações da marca na bolsa de valores, melhorou a imagem da Empresa diante do consumidor e trouxe crescimento acima do esperado para os sócios.

Fundada em 1952, a Empresa Lojas Cem, não possui plataforma de vendas digital. Com receita zerada por ao menos 70 dias no ano devido a quarentena, a tradicional varejista encerrou 2020 com faturamento bruto aproximado de 5,4 bilhões de reais, desempenho em linha com o ano anterior (VEJA, 2021).

Durante a quarentena constantes propagandas de tv eram exibidas anunciando o fechamento temporário das lojas, pedindo a população que não se expusessem às ruas e enaltecendo seus cuidados com a saúde de seus colaboradores. Utilizando- se do slogan “Fique em casa, a lojas Cem cuida de você!”. Todos os seus clientes foram isentados de qualquer taxa de juros por falta de pagamento em seus carnês.

Esta estratégia melhorou a imagem da marca diante de seus consumidores, que se sentindo valorizados e confiantes logo voltaram a consumir a marca, fidelizando assim grande clientela e obtendo lucros de 70% acima do esperado.

  Para Pozo (2002), quando a imagem da empresa se desgasta isso acarreta um custo elevado e difícil de medir. Acompanhando está lógica, onde a má reputação de uma marca pode trazer prejuízos, o inverso é também válido, a imagem da marca é algo tremendamente valioso. E neste contexto foi base para este case de sucesso.

A Marca Minerva Foods, evidenciou crescimento de 54% quando comparado a março do ano anterior. Embora menos falada que suas concorrentes JBS e BR Foods, a empresa de alimentos tem sido apontada como “oportunidade da década” para investimentos devido a seu crescimento.

Em uma época de isolamento e insegurança financeira, as pessoas redescobriram o conforto do lar e a necessidade de uma boa alimentação já que todos os demais luxos como carros, viagens ou roupas de grife já não eram tão essenciais. Voltando os olhos para oportunidades em investimentos no setor alimentício. Sem necessitar de marketing caro nem de propagandas de tv para obter atenção. Aumentando o número de interessados em suas ações na bolsa de valores.

3.7 Comparativos

Cada Empresa é única, contém peculiaridades e diversidades únicas. Necessitando de sistemas de precificação que enquadrem seus custos, em suas realidades. De forma a produzir dados certeiros para que se possa contabilizar lucros ou riscos de prejuízos. Sabendo-se que todo produto ainda não vendido pode ser considerado aguardando em estoque.

Segundo Pozo (2002), considera os três custos abaixo como os mais importantes na formação dos estoques:

1- Custo do pedido: A cada pedido ou requisição emitida, incorrem custos fixos (salário do pessoal envolvido no processo) e variáveis (recursos necessários para concluir o pedido) referentes a esse processo. Esse custo está diretamente determinado com base no volume destes pedidos e requisições.

2- Custo de manutenção de estoque: Incluem custos de armazenamento como altos volumes, demasiados controles, enormes espaços físicos, sistema de armazenamento e movimentação de pessoal alocado, equipamentos e sistemas de informação específicos; custos associados aos impostos e seguros de incêndio e roubo de material alocado; custos sujeitos a perdas, roubos e obsolescência; custo ao capital imobilizado em materiais e bens.

3- Custo por falta de estoque: Esse custo ocorre quando as empresas buscam reduzir ao máximo seus estoques, podendo acarretar no não-cumprimento do prazo de entrega, proporcionando uma multa por atraso ou cancelamento do pedido do cliente. Além disso, a imagem da empresa se desgasta e isso acarreta um custo elevado e difícil de medir.

Com base em Custo do pedido, custo de manutenção de estoque e custo por falta de estoque, notou-se certa segurança em escolher dois sistemas de custeios para esta analise dentre outras múltiplas possibilidades de combinações. Serão foco neste tópico Custeio por absorção e custos variáveis associados ao índice Mark-up como fórmula de cálculo. 

“O mark-up pode então ser definido como um índice ou percentual que irá adicionar-se aos custos e despesas, o que não significa que deva ser aplicado linearmente ” (Bernardi, 2004, pág. 162)

Segundo Bernardi (2004), o preço deve ser suficiente para cobrir os custos, despesas, impostos e propiciar um lucro de vendas.  Associaremos então a forma de custeio ao conceito Mark-up nas seguintes possibilidades.

Mark-up + custeio por absorção

Está fórmula seria interessante para bases de dados onde os custos não são enxergados com facilidade no custo do produto acabado unitário. (Fórmula ilustrativa representando os custos e despesas ou gastos em geral de uma produção como custos absorvidos)

MARKUP= 100/ [100- (DV + DF +LP)] =

MARKUP= 100/ [100- (Custo por absorção; associado ao volume de produção rateio dos custos fixos e indiretos que não podemos calcular com exatidão) + LP)

Simplificando;

MARKUP= 100/ [100- (custo por absorção +LP)]

Mark-up + Custos variáveis

Como explicado anteriormente, os custos variáveis tem relação com o volume produzido, zerando quando não há produção. Podendo ser útil em setores de produção de serviços, devido a esta peculiaridade. Sugere-se calcular da seguinte maneira:

MARKUP= 100/ [100- (DV + DF +LP)] =

MARKUP= 100/ [100- (Custos variáveis +LP)] =

MARKUP= 100/ [100- (CV +LP)]

Ressalta-se que se trata de uma fórmula ilustrativa para representar como custo variável as despesas de uma produção.

4. cONCLUSÃO

Desde sempre há relatos de crises na história da humanidade seja por guerras, catástrofes, pandemias ou falências, as crises sempre irão existir e não há uma fórmula mágica para evita- lás. Restando nos apenas usar de sabedoria e criatividade para supera- lás.

Os custos ou melhor, prejuízos causados pela crise atual impactaram em todos os setores de bens ou serviços independente do seguimento e agora todos lutam para recompor-se e estabilizar a saúde de seu fluxo de caixa.

Ficou evidente que mesmo reduzindo suas margens de lucros as corporações precisam repassar ao consumidor estes novos custos embutidos em seus preços finais dificultando negociações e afetando suas vendas.

É válido ter na cabeça que essa conversa é importante para os dois lados. Claro que o valor do aluguel é crucial para quem recebe, mas não é interessante para o dono vagar um imóvel só porque você não está conseguindo acompanhar as contas”, afirma Denis Forte, professor da FGV em entrevista para o blog Cobli.

Tanto do ponto de partida, os fornecedores, quanto ao ponto final de uma linha de produção, o consumidor final, há a necessidade de se rever prazos e valores a fim de que se consiga amenizar custos de multas por atrasos e garantir compradores. O poder de negociação dos Gestores acompanhados de transparência sobre as possibilidades reais da organização pode gerar bons acordos durante conversas francas.

Durante a pesquisa, observou-se que a combinação das ferramentas mark-up associada ao sistema custeio por absorção poderia ser interessante para auxiliar produtores a calcular os novos custos, ou gastos trazidos pela pandemia. Enquanto, seguindo a mesma linha de raciocínio, a associação do índice Mark-up associado ao conceito de custo variável pode ser útil para se ter ideias sobre precificação de serviços. Onde se engloba os mesmos custos pandêmicos, porém sem um valor de produto unitário padronizado pois a prestação de serviço é um ramo mais diversificado onde um entendimento pode não ser exatamente igual ao outro necessitando de uma margem de cálculo menos restritiva. Se adequando dentro da possibilidade de sistema de custeio por variabilidade.

Já que necessita- se deste repasse de ônus ao próximo elo da cadeia de suprimentos que seja criado também novas linhas de crédito, novas possibilidades de financiamento e especialmente novos prazos que em comum acordo possam favorecer vendedores e compradores.

Há de se observar um bom nicho de mercado para se investir, o mercado dos Financiamentos. Como exemplo da marca “Magalu” que expandiu seus negócios até este setor.

Buscar inovação e ouvir a necessidade de seu cliente é fundamental. Está é a parte humana e mais valiosa de toda organização, a capacidade de seus gestores, pois fora do expediente com as instalações vazias toda empresa é igual. Podem conter os mesmos softwares, os mesmos ERPs, os mesmos KPIs, mas mão de obra humana com sensibilidade e inteligência é que diferencia empresas comuns de grandes casos de sucesso.

5. REFERÊNCIAS

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Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título de especialista em Controladoria e Finanças Corporativas