ENFERMAGEM FORENSE NO CUIDADO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 

FORENSIC NURSING IN THE CARE OF VICTIMS OF DOMESTIC VIOLENCE: A LITERATURE REVIEW 

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11079946


Brenda Milhomem Loiola Carvalho1
João Victor Conceição Silva2
Diego Alves de Medeiros3


Resumo

A violência doméstica contra a mulher é um problema global com graves consequências. A enfermagem forense oferece um papel crucial na assistência a essas vítimas, além de identificar, documentar e encaminhá-las para serviços de apoio e justiça. O objetivo geral é analisar a atuação da enfermagem forense no cuidado às vítimas de violência doméstica, a partir de uma revisão bibliográfica da literatura, entre o anos de 2018 e 2024, em bases de dados eletrônicas. Pode-se evidenciar que violência doméstica atinge pessoas de diferentes idades, sexos, etnias, religiões, orientações sexuais e classes sociais. O papel da enfermagem forenseé acolher e triar as vítimas, realizar um exame físico minucioso para identificar lesões e coletar amostras biológicas, orientar e fornecer apoio emocional, quando necessário preservar a cena do crime e coletar de vestígios, elaborar laudos periciais e participar de processos jurídicos. A falta de conhecimento e treinamento específico, a sobrecarga de trabalho, a estrutura física, materiais de coleta inadequados, dificuldades na comunicação com as vítimas e revivência do trauma durante o atendimento, são os desafios enfrentado pelo enfermeiro forense. Conclui-se que a enfermagem forense desempenha um papel fundamental na assistência às vítimas de violência doméstica, e através de uma atuação especializada e humanizada, o enfermeiro(a) podem fazer a diferença na vida dessas mulheres, oferecendo apoio, orientação e esperança. A formação especializada em enfermagem forense é essencial para garantir um atendimento de qualidade e contribuir para o combate à violência contra a mulher.

Palavras-chave: Enfermagem Forense. Violência doméstica. Atuação especializada. 

Abstract

Domestic violence against women is a global problem with serious consequences. Forensic nursing offers a crucial role in assisting these victims, as well as identifying, documenting, and referring them to support and justice services. The general objective is to analyze the performance of forensic nursing in the care of victims of domestic violence, based on a literature review, between the years 2018 and 2024, in electronic databases. It can be evidenced that domestic violence affects people of different ages, genders, ethnicities, religions, sexual orientations, and social classes. The role of forensic nursing is to welcome and triage victims, perform a thorough physical examination to identify injuries and collect biological samples, guide, and provide emotional support when necessary to preserve the crime scene and collect traces, prepare forensic reports, and participate in legal proceedings. The lack of specific knowledge and training, work overload, physical structure, inadequate collection materials, difficulties in communicating with victims, and re-experiencing trauma during care are the challenges faced by forensic nurses. It is concluded that forensic nursing plays a fundamental role in the care of victims of domestic violence, and through a specialized and humanized performance, the nurse can make a difference in the lives of these women, offering support, guidance, and hope. Specialized training in forensic nursing is essential to ensure quality care and contribute to the fight against violence against women. 

Keywords: Forensic Nursing. Domestic violence. Specialized performance

1  INTRODUÇÃO

A violência doméstica contra mulheres é um infortúnio, de nível global, que ultrapassa as fronteiras geográficas, culturais e socioeconômicas, deixando um marcas de sofrimento físico, psicológico e emocional. No contexto brasileiro, essa forma de violência é, especialmente, preocupante, com estatísticas alarmantes, que demandam a urgência de intervenções eficientes e inclusivas. Nesse cenário, a enfermagem forense oferece, não apenas cuidados de saúde essenciais, mas também identifica, documenta e encaminha as vítimas da violência para serviços de apoio e justiça (Lima, 2021; Moreira, 2021).

A violência doméstica, diante da sensibilidade e gravidade da situação, requer diferentes e variadas intervenções com o objetivo de atenuar os refeitos e promover o bem0estar e a segurança de mulheres atingidas. À vista disso, a enfermagem forense está implantada em um campo transdisciplinar que associa conhecimentos de enfermagem, ciências forenses, direito e saúde pública para prestar uma assistência completa e compassiva às vítimas. Ao aprofundar nas funções da enfermagem forense no cuidado às vítimas de violência doméstica, entende-se que essa especialidade colabora na resposta global a esse grave problema de saúde pública (Vital, 2023).

A enfermagem forense, enquanto disciplina especializada, tem suas raízes na interseção entre os cuidados de saúde e a investigação criminal, com um histórico que remonta ao século XIX. Sua evolução gradual coincidiu com o reconhecimento crescente da importância da enfermagem na coleta de evidências em casos de violência, incluindo a violência doméstica. Ao longo do tempo, este campo do conhecimento ofereceu um enfoque holístico para o cuidado às vítimas, combinando conhecimentos clínicos qualificado com competências investigativas e jurídicas. No contexto específico da violência doméstica, a enfermagem forense contribui com a identificação precoce, o tratamento adequado das lesões e o apoio às vítimas em sua jornada de recuperação e busca por justiça (Ferreira, 2018; Janeiro, 2020).

Esta revisão bibliográfica busca explorar as principais contribuições da literatura científica, no que tange à atuação da enfermagem forense no cuidado às vítimas de violência doméstica. Ao analisar estudos e pesquisas relevantes, pretende-se identificar lacunas de conhecimento, tendências emergentes e melhores práticas que possam informar e aprimorar a assistência prestada por profissionais de enfermagem nesse contexto desafiador.

A violência doméstica contra mulheres é um problema considerado grave, e que persiste no mundo todo, afeta milhões de pessoas. ela representa uma ofensa aos direitos humanos, por isso, torna-se uma questão de saúde pública. No contexto brasileiro, essa forma de violência é preocupante, devido os dados estatísticos, que indicam altos índices de casos reportados e uma realidade que, muitas vezes, permanece subnotificada. Nesse sentido, a enfermagem forense tem por objetivo oferecer suporte na identificação, atendimento e encaminhamento adequado às vítimas de violência doméstica, contribuindo para a diminuição dos danos físicos, psicológicos e sociais causados por esses eventos que provoca tantos traumas. 

No entanto, apesar da importância desse campo de atuação, há uma lacuna significativa na compreensão e na análise das práticas de enfermagem forense no contexto brasileiro, destacando a necessidade de uma revisão crítica e sistemática da literatura científica sobre o tema. Portanto, esta revisão bibliográfica se justifica pela urgência em expandir o conhecimento sobre as abordagens e intervenções realizadas pela enfermagem forense no cuidado às vítimas de violência doméstica, visando informar políticas públicas, diretrizes clínicas e programas de capacitação profissional que possam melhorar a resposta a esse grave problema de saúde pública.

O objetivo geral desta revisão bibliográfica é analisar a atuação da enfermagem forense no cuidado às vítimas de violência doméstica, a partir de uma revisão bibliográfica da literatura, nos últimos 8 anos, entre o anos de 2018 e 2024. 

Os objetivos específicos são: Identificar os aportes, irregularidades e adversidades enfrentados pelos enfermeiros no contexto do atendimento às vítimas de violência doméstica; Informar aos acadêmicos de enfermagem a importância e relevância do tema para o cenário atual da enfermagem moderna, através da publicação deste trabalho; Oferecer uma palestra aos servidores da polícia civil do IML, sobre o papel do enfermeiro forense, no  acolhimento e abordagem com as vítimas da violência doméstica, após aprovação desta pesquisa.

2  METODOLOGIA 

O caminho metodológico para o desenvolvimento desta pesquisa é uma revisão bibliográfica, de publicações dos últimos 8 anos (entre 2018 e 2024),  envolverá uma abordagem criteriosa na seleção e análise dos estudos relevantes sobre o tema da enfermagem forense no cuidado às vítimas de violência doméstica. Inicialmente, será realizada uma busca extensiva em bases de dados científicas, como PubMed, , Web of Science e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), entre outros, utilizando termos de busca adequados, como “enfermagem forense”, “violência doméstica”, “mulheres vítimas”, entre outros. Em seguida, os estudos identificados serão avaliados quanto à sua relevância e qualidade metodológica, utilizando critérios de inclusão e exclusão predefinidos.

A análise dos estudos selecionados será feita de maneira crítica e sistemática, com ênfase na identificação de tendências, lacunas de conhecimento e principais achados relacionados à atuação da enfermagem forense no cuidado às vítimas de violência doméstica. Serão utilizadas ferramentas adequadas para a síntese e a organização dos dados, como tabelas ou mapas de evidências, para facilitar a interpretação e a apresentação dos resultados.

Além disso, são adotados princípios éticos e de rigor científico ao longo de todo o processo, garantindo a confiabilidade e a validade dos achados obtidos. Por fim, os resultados da revisão estão interpretados à luz da literatura existente e discutidos de maneira crítica, oferecendo esclarecimentos importantes para a prática clínica, a pesquisa e as políticas de saúde voltadas para o enfrentamento da violência doméstica contra mulheres.

3  RESULTADOS E DISCUSSÕES 

Nesta pesquisa, que tem como metodologia uma revisão bibliográfica, de publicações datadas o ano de 2018 e 2024, os autores pretendem compreender quais são os desafios enfrentados pelos enfermeiros, quando estes têm que darem assistência à mulher, vítima de violência sexual. Este estudo se inicia conceituando em que consiste a violência contra a mulher, percorrendo diferentes tipos e suas origens socioculturais. Compreender essa teia complexa contribui para o reconhecimento da magnitude do problema e a necessidade de múltiplas ações.

Este estudo abordará fatores socioeconômicos, dependência emocional, medo e até mesmo a crença de que a violência é normal, buscando entender essa complexa dinâmica, pois a violência contra a mulher assola a sociedade, deixando profundas marcas, tanto físicas quanto psicológicas.

Ao se chegar ao cerne da pesquisa, será discorrido sobre os desafios da Enfermagem no cuidado à mulher vítima de violência sexual, evidenciando a importância do papel da Enfermagem na assistência a mulher vítima de violência sexual. Através de um atendimento especializado e humanizado, os profissionais de enfermagem podem fazer a diferença na vida dessas mulheres, oferecendo apoio, orientação e esperança.

3.1.  Perfil Epidemiológico

A violência doméstica atinge muitas pessoas, em diferentes circunstâncias. Este tipo de violência pode acontecer em qualquer contexto, independentemente da idade, sexo, etnia, religião, orientação sexual ou status socioeconômico. Entretanto, as mulheres são as mais impactadas pela violência doméstica, principalmente, aquelas que se encontram em situações socioeconômicas vulneráveis. Adicionalmente, crianças e idosos também são alvos de abuso dentro do ambiente doméstico. A violência doméstica envolve muitos fatores, por isso demanda uma maior compreensão para que o combate seja efetivo. 

As ocorrências de violência doméstica vão muito além da identificação dos grupos vulneráveis. Assim, é imprescindível compreender os fatores que influenciam a ocorrência desse tipo de evento. Dentre as diversas causas, pode-se citar o consumo de álcool e substância psicotrópicas, o estresse, as dificuldades econômicas e a exposição à violência.

A sociedade precisar emitir respostas para essa questão. A existência de recursos de apoio, as leis e políticas de proteção às vítimas e a atitude geral da comunidade em relação à violência doméstica tem um impacto significativo na incidência e nas consequências para as vítimas (D’avila; Do Nascimento, 2024).

As características que estão relacionadas a violência doméstica não se mantêm inalteradas, elas se adaptam ao passo que a compreensão sobre essa ação aumenta e as circunstâncias sociais e culturais sofrem alterações. Com o avanço da tecnologia e das redes sociais, surgiram novas formas de abuso, como o cyberbullying e o sexting sem consentimento, que podem ser, especialmente, relevantes para os jovens. A ascensão dessas maneiras de violência doméstica, não se enquadram nos padrões tradicionais agressão, o que requer novas abordagens e estratégias de intervenção, ou seja, novas maneiras de lhe dar com isso (Martinelli, 2020).

Portanto, é salutar apontar que, embora os perfis epidemiológicos possam auxiliar na identificação de grupos de risco e na alocação de recursos e intervenções, a violência doméstica pode impactar qualquer indivíduo, apesar da sua situação demográfica ou social. Assim, as estratégias de prevenção e intervenção devem ser amplas e inclusivas, visando proteger todos os membros da sociedade.

3.2.  Violência Doméstica No Brasil

Até o século XX, os feminicídios eram justificados como legítima defesa da honra. Somente em 1984, com a ratificação do Tratado Internacional da Convenção, essa perspectiva começou a mudar. No entanto, levou 18 anos para que essa mudança fosse oficialmente promulgada. A violência contra mulheres tem raízes profundas e, frequentemente, resulta em traumas graves. Muitas vítimas optam por não denunciar os abusos sofridos, seja por medo de serem rejeitadas pela família, sentimento de culpa, receio de represálias por parte do agressor ou o temor da humilhação, entre outros motivos (Martinelli, 2020).

De acordo com o Instituto Patrícia Galvão, “todos os indicadores de violência contra a mulher cresceram” e que “[…] mulheres vítimas de feminicídio e demais mortes violentas em 2022 no Brasil eram negras, em idade adulta e foram assassinadas pelo companheiro atual ou ex-companheiro dentro de casa”. O Anuário expõe ainda que no ano de 2022, os casos de estupro contaram com maior número de registros da história (FBSP, 2023).

Em 2020, com as medidas de isolamento social e quarentena decorrentes da pandemia de Covid-19, os casos de violência aumentaram. Embora o isolamento seja uma medida eficaz para conter a propagação do vírus, muitas mulheres enfrentaram graves consequências, sendo obrigadas a permanecer trancadas em suas residências, muitas vezes sem condições adequadas de sobrevivência, enquanto seus agressores perpetravam violências, sendo cometidas, ocasionalmente, na presença dos próprios filhos (Dos Santos et al., 2020).

Apesar do aumento no número de vítimas, as denúncias têm diminuído, pois a maioria das mulheres não consegue se afastar do agressor para realizar a denúncia. O Secretário-Geral da ONU sugeriu diversas medidas para auxiliar na realização de denúncias, como a disponibilização de pontos de alerta em locais como farmácias e supermercados. Observou-se uma queda nas denúncias registradas de violência em muitos estados, porém, os números de feminicídio e homicídio têm aumentado, indicando um possível aumento proporcional da violência doméstica e intrafamiliar (Rodrigues et al., 2023).

3.3.  Características dos crimes e fatores desencadeantes

A violência doméstica, agressão que apresenta diversas particularidades, pode também surgir em diversos cenários e se manifestar de formas variadas. Diante desse cenário, existem diversos tipos de violência como: 

  1. Violência física: Relacionada ao uso da força, resultando em traumatismos físicos.
  2. Violência Psicológica ou emocional: como a ameaça, a intimidação, a humilhação, o isolamento e o controle da vítima.
  3. Violência sexual: coação sexual, abuso sexual e outras formas do uso da força ligados ao sexo.
  4. Violência Econômica e Financeira: domínio das finanças da outra pessoa ou até mesmo limitação dos recursos.

A dinâmica em muitos relacionamentos abusivos é basicamente a mesma. Ele é marcado por dessemelhantes fases, que avançam com o tempo, que coopera para a continuidade de atos violentos. Embora nem todos os casos seguirem um padrão, compreender esse ciclo ajuda a esclarecer a natureza da violência doméstica e os desafios que as vítimas enfrentam para lhe dar e acabar com essa situação (Silva et al., 2022).

A primeira fase designada de tensão é caracterizada por ansiedade e se manifesta no relacionamento de maneira gradual. Ela pode ser provocada por fatores externas, como problemas financeiros, profissionais ou sociais. Durante esse período, a comunicação pode ser difícil, e a pessoa afetada percebe que algo ruim está por acontecer. O agressor tende a se tornar mais dominador, crítico e propenso a sentimentos ruins (Dos Santos et al., 2020; Silva et al., 2022).

Nomeada de fase de explosão, a segunda etapa se caracteriza por um surto de violência. A tensão acumulada atinge seu ápice, que pode conduzir a agressões físicas, verbais ou emocionais. É nesse período que acontecem os incidentes de abuso, nos quais a vítima é o alvo da raiva e insatisfação do agressor. Esses acontecimentos deixam sequelas físicas e emocionais nas vítimas (Dos Santos et al., 2020).

Na terceira etapa, reconciliação (lua de mel), o agressor demonstra remorso, arrependimento, culpa e tenta reconciliar-se com a vítima. Pode-se fazer juramentos de mudança de comportamento, demonstrar amor e carinho, e até presentear a vítima. Nessa fase, acredita-se, de maneira utópica, que a relação retornará à normalidade, fazendo com que a vítima acredite que o agressor irá mudar sua forma de agir ou que a ação foi um evento isolado (Dos Santos et al., 2020; Silva et al., 2022).

A próxima etapa, chamada de clamaria ou acomodação é uma fase transitória, marcada por uma aparente tranquilidade ou estabilidade. O agressor pode se apresentar mais contido, e o relacionamento torna, aparentemente, normal, por um tempo. No entanto, essa calma é frágil e, frequentemente, serve como um anúncio para a gradual acumulação de tensão, reiniciando o ciclo (Silva et al., 2022).

No entanto, o ciclo da violência doméstica não tem as mesmas características em todos os casos. Algumas vítimas podem ficar presas no relacionamento abusivo por anos, enquanto outras conseguem interrompê-lo mais cedo. Devido à complexidade das ações, muitas vezes, as vítimas precisam de ajuda psicológica, conselhos, abrigos para fugirem de seus agressores e ensinamentos sobre relacionamentos saudáveis, a fim de preparar as vítimas a interromperem com o ciclo da violência e procurarem por segurança e justiça (Fonseca, 2019).

Entender os fatores de risco e o que desencadeia esse tipo de comportamento contribuem para que se criem ações preventivas adequadas e programas de conscientização que visem reduzir a violência doméstica e fomentar relacionamentos saudáveis e seguros.

Abaixo estão alguns dos principais fatores associados à violência doméstica, assim como seu aumento.

  • Histórico familiar de violência – Quando uma pessoa é exposta à violência na infância, isso pode desencadear a tendência para repetição desses padrões abusivos no futuro. – Desigualdade de gênero: regras culturais que perpetuam a disparidade entre os gêneros, especialmente, quando se acredita que os homens são superiores às mulheres.
  • Abuso de substâncias: consumo abusivo de álcool e drogas.
  • Estresse financeiro: podem impulsionar as brigas familiares.
  • Problemas de saúde mental: depressão, ansiedade e distúrbio de personalidade. – Isolamento social: falta de apoio da sociedade e o isolamento da vítima podem dificultar a busca por ajuda, com o propósito de pôr fim na relação abusiva.

Os fatores desencadeadores podem ser gatilhos para os fatores de risco, e podem ser exemplificados da seguinte forma: conflitos diários têm o potencial de iniciar episódios de violência, sobretudo, quando a resolução de disputas de forma saudável é difícil; ciúme excessivo pode induzir comportamentos controladores e agressivos, nutrindo um ciclo de violência; situações traumáticas, como perda de emprego, morte de um familiar ou experiências de guerra, podem acrescer a possibilidade de comportamentos violentos; fatores externos, como pressão da sociedade, diferenças culturais ou comunitárias, podem cooperar para o aumento do estresse e da violência; não realização de expectativas individuais ou sociais pode levar a frustrações e manifestações de violência; pessoas que tem dificuldade de controlar a raiva e impulsividade podem responder de forma violenta em situações de conflito; uso de substâncias tóxicas pode levar a comportamentos agressivos, tornando-se um gatilho para episódios de violência (Machado, 2020).

3.4.  A importância da Enfermagem Forense X Polícia Civil-IML

A enfermagem forense atua no âmbito do sistema de justiça criminal, cooperando com a Polícia Civil e o Instituto Médico Legal (IML). Essa parceria contribui para que a resolução dos casos criminais seja mais precisa, sobretudo os relacionados a agressões sexuais e violência doméstica. A relação dessas áreas proporciona são benéficas, incluindo ações que vão desde a coleta de evidências até o apoio às vítimas. A enfermagem forense é responsável pela coleta e preservação de evidências físicas em vítimas de crimes. Profissionais da enfermagem especializados nesse campo são preparados para conduzir exames clínicos minuciosos, identificar lesões, colher amostras biológicas e assegurar a integridade das evidências (Bernardes; Vilarim; De Araújo, 2023). 

Outra função do enfermeiro forense é a assistência às vítimas de violência. Esses profissionais possuem habilidades específicas para tratar o trauma físico e emocional dessas pessoas. Adotando uma atitude centrada na vítima, buscam diminuir o impacto psicológico do crime, incentivando as pacientes a relatarem, com detalhes precisos o acontecimento e cooperarem com as autoridades (Medeiros; Pôrto, 2023).

A parceria entre a enfermagem forense, a Polícia Civil e o IML contribuem para inquéritos mais céleres e incontestáveis. A coleta imediata de evidências, após um crime, aumenta as chances de sucesso nas investigações, uma vez que a preservação e análise de vestígios biológicos ajudam a identificar os agressores e a reconstruir os eventos. Em situações de óbito sob suspeita, a enfermagem forense também faz os exames de corpo de delito conduzidos pelo IML. Os enfermeiros auxiliam na especificação e documentação das lesões, na coleta de amostras e na observação de detalhes clínicos pertinentes para definir as causas da morte (Medeiros; Pôrto, 2023; Vital, 2023).

3.5.  Papel da Enfermagem Forense nesse Cenário e suas atuações

A enfermagem forense apresenta diversos benefícios para a sociedade. Entre as principais contribuições, estão os cuidados e apoio prestados pelos enfermeiros às vítimas de violência doméstica. A assistência de enfermagem às mulheres vítimas de violência acontece com mais frequência do que as pessoas possam imaginar (Souza Ribeiro, 2022). 

Quando um paciente violentado chega ao pronto-socorro, na maioria das vezes, ele é, inicialmente, atendido por um enfermeiro para se fazer a triagem. Esse profissional avalia a gravidade da situação, proporciona os primeiros cuidados aos ferimentos físicos e oferece apoio psicológico antes de encaminhá-lo para a equipe médica. Portanto, o enfermeiro como um dos primeiros profissionais a realizar o atendimento aos pacientes vítimas de abuso doméstico (Santos et al., 2019).

O primeiro atendimento oferecido pelos enfermeiros é muito importante para as vítimas de violência doméstica. Isso se deve ao fato de que, quando a assistência é prestada de forma adequada, garante a segurança, uma avaliação precisa, e encaminhamento apropriados, bem como o fornecimento de apoio emocional aos pacientes (Silva, 2021).

Além disso, o enfermeiro forense tem a responsabilidade de “coletar materiais pertinentes, tanto criminais quanto biológicos e não biológicos, preservando-os e considerando o contexto de cada ocorrência e vítima, sempre em conformidade com os requisitos legais” (Santos, 2021, p. 27). É importante seguir os protocolos adequados de coleta de vestígios, realizando o processo de forma ordenada e consecutiva, visando minimizar qualquer contaminação do material coletado O enfermeiro necessita instruir o paciente, por exemplo, para que não lave os machucados quando ocorrer lesões físicas ou retirar as roupas usadas durante a agressão, pois estas podem conter provas cruciais para o inquérito (Lima et al., 2019; Santos, 2021).

A equipe de enfermagem, sobretudo, aqueles encarregados da triagem das vítimas, possuam diversas habilidades para oferecer o atendimento adequado. É nesse momento que a ciência forense entra em cena, pois esses profissionais estarão encarregados de coletar evidências tanto da vítima quanto do agressor, além de examinar o local onde o crime ocorreu, lidando com questões legais, jurídicas e relacionadas à saúde (Madeira, 2019). 

[…]não somente um protocolo específico para atendimento às vítimas de violência doméstica seria o suficiente, mas sim que o profissional enfermeiro deveria se especializar em enfermagem forense. Pois a preservação dos vestígios para que seja feita de forma correta deve-se examinar, coletar, identificar e preservar […] o primeiro passo trata-se da documentação dos registros realizados, informações sobre a vítima como nome, idade, sexo, data, hora, motivo de entrada na unidade ou serviço de urgência, estado geral, sinais e sintomas que apresenta, tratamento do espólio e todas as informações restantes que o enfermeiro achar importante. Realizar o exame físico completo na vítima é indispensável, através dele o enfermeiro reconhece informações no corpo da mesma que devem ser coletadas e registradas como, por exemplo, feridas, arranhões, mordidas, hematomas, presença de material biológico (Madeira, 2019, p.14).

Nesse contexto, entende-se que o enfermeiro forense deve estar capacitado para realizar atividades que exigem conhecimento e habilidades específicos da área, como coletar e armazenar adequadamente os vestígios conexos ao crime, garantindo a preservação das provas. Além disso, é necessário que esse profissional demonstre empatia para gerenciar o estresse emocional e oferecer suporte às vítimas (Lima et al., 2019).

Duas habilidades são ressaltadas como primordiais para o enfermeiro forense: atenção e ética profissional. A atenção visa identificar os sintomas de violência que a vítimas sofreu, independentemente de serem relatadas abertamente ou não (Souza Ribeiro, 2022). Já a ética profissional é utilizada para manter a confidencialidade em relação a qualquer informação compartilhada durante o atendimento, garantindo a preservação da dignidade e do respeito à vítima, evitando a revitimização e proporcionando um ambiente privativo (Santos, 2021).

Além da ética, em ralação a confidencialidade, é imperativo que o enfermeiro forense demonstre respeito pelos seus pacientes, considerando seus direitos e o livre-arbítrio, ao mesmo tempo que previne qualquer manifestação discriminatória ou preconceituosa. É preciso proporcionar um ambiente privado e afável, onde a vítima se sinta confortável para desabafar sobre o ocorrido e ser escutado pelo enfermeiro. Este último deve se esforçar para compreender a questão e reconhecer os problemas enfrentados pela vítima (Queiroz, 2021).

Considerando tamanha importância dessa área, discute-se se os cursos de graduação em Enfermagem oferecem disciplinas relacionadas à Enfermagem Forense, uma vez que

A assistência de enfermagem às mulheres vítimas de violência é mais comum do que pensamos, porém, este assunto é pouco abordado durante a graduação de Enfermagem, o que faz com que os futuros profissionais, ao saírem da graduação, possam se sentir desamparados ou inseguros em sua atuação, por não saberem a conduta que devem tomar ao se depararem com esse tipo de assistência, visto que não se aproximaram dessa temática durante a graduação. Razão pela qual, é fundamental, que, enquanto acadêmicos de enfermagem, tenham os contato com a temática, violência à mulher, embora não seja abordada durante a academia, resultando em provável dificuldade do futuro Enfermeiro, no cuidado às mulheres que se encontram nesse tipo de situação, não deve ser motivo de empecilho para quem deseja se especializar na área e dar maior atenção às vítimas de violência  (Souza Ribeiro, 2022, p.200).

Em um estudo com 45 enfermeiros, relacionado a enfermagem forense, revelou que apenas 20% dos participantes relataram ter discutido sobre enfermagem forense durante sua formação acadêmica. Diante disso, conclui-se que a maior parte dos profissionais entrevistados não possui informação suficiente sobre os aspectos legais e éticos necessários para atender as vítimas de violência doméstica (Neves; Werneck; Ferreira, 2021).

Outra referência relevante é o estudo conduzido por Cividini, no ano de 202, que conclui se que a Enfermagem Forense é uma área desconhecida, mesmo que tenham experiência em lidar com situações de violência. Isso é preocupante, considerando que a violência contra a mulher é uma realidade comum no ambiente de trabalho desses profissionais de saúde. O autor destaca que, “apesar de estarem em contato direto com a população atendida pelos serviços de saúde, os participantes não compreendiam plenamente a importância de seu papel na equipe multidisciplinar para esse tipo de atendimento” (Cividini, 2021, p. 124)

Apesar de o ato de acolher e coletar evidências serem atividades essenciais para os enfermeiros forenses, entende-se que esses profissionais ainda se deparam com dificuldades para desempenharem suas funções, como a maneira de lidar com possíveis vítimas de violência doméstica e o manejo dos vestígios que podem ser encontrados (Lima et al., 2019).

A falta de preparo e treinamento para cuidar, não apenas dos machucados físicos, mas emocionais e psicológicos, com neutralidade, evitando se envolver nos casos, prejudica muito e êxito desses profissionais. Além disso, os enfermeiros ainda se deparam com a sobrecarga de trabalho em certos contextos, resultando atendimentos rápidos e superficiais (Fonseca, 2019).

Independentemente do motivo que levou o paciente a buscar atendimento em instituições de saúde, ele deve ser tratado com cuidado e sensibilidade. Isso assegura um diagnóstico preciso para uma orientação de tratamento adequado.

No entanto, apenas profissionais capacitados não é o suficiente. É preciso ter uma estrutura física e materiais de coleta próprios para obter evidências precisas do diagnóstico (Queiroz, 2021).

[…] as ferramentas da Enfermagem Forense para a identificação das situações de violência e dos processos de atendimento, coleta e preservação de vestígios, trazem para os profissionais de saúde mais segurança no atendimento, pois a partir do momento em que eles reconhecem como as manifestações da violência acontecem, eles possuem instrumentos para orientar sua paciente num atendimento efetivo e adequado às suas necessidades (Cividini, 2021, p. 152).

Portanto, entende-se que é necessária uma formação abrangente que incorpore conhecimentos científicos, jurídicos e assuntos pertinentes ao dia a dia do enfermeiro forense, a fim de que este profissional se depare com um ambiente propício para o exercício de suas funções, bem como a materiais adequados para o desempenho de suas funções, como ressalta Silva (2021, p. 33)

Em um ambiente ideal e padronizado para esse enfermeiro com especialização em forense terá toda a perícia para realizar a coleta de material biológico como unhas, cabelo, sangue, saliva, compossíveis secreções, exame de Papanicolau, toda essa coleta antes de realizar qualquer profilaxia medicamentosa. Realização de fotografias das lesões e estado da vítima, recolhimento roupas e/ou de qualquer material que possa ser relevante. Contudo, Neves, Werneck e Ferreira (2021, p.12) destaca que ainda não há a valorização necessária desta área, o que pode ser observado na “ausência de conteúdos forenses nas grades curriculares dos cursos de graduação e na escassez de cursos de especialização”, o que, possivelmente, prejudica os enfermeiros forenses no que tange o trabalho com vítimas de violência de qualquer natureza, como a violência doméstica

4  CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do que foi dito, é evidente que a enfermagem forense tem um papel crucial no apoio e cuidado às vítimas de violência doméstica. Esses profissionais, primeiros a conversar e interagir com as vítimas, tem a responsabilidade de criar um ambiente seguro para receber, acolher e orientar diante das circunstâncias. Adicionalmente, são incumbidos de coletar evidências relevantes para fins judiciais e identificação dos agressores envolvidos. No entanto, a análise dos estudos apresentados revela que enfermeiros enfrentam desafios nesse contexto, seja por dificuldades em identificar aspectos relacionados à violência doméstica ou pela carência de habilidades ao lidar com tais situações.

Outro ponto digno de nota é que a maioria das pesquisas examinadas neste estudo adota como metodologia a pesquisa bibliográfica ou a revisão de literatura, que se assemelha a abordagem adotada pelos autores. Apesar de ser reconhecida a importância dessas abordagens para a área, ressalta-se a relevância de conduzir pesquisas de campo ou envolvendo sujeitos participantes. Dessa forma, será possível observar e analisar dados provenientes de situações concretas, potencialmente contribuindo de maneira substancial para o avanço da enfermagem forense no âmbito da saúde.

A necessidade de iniciativas educacionais para proporcionar aos enfermeiros um acesso cada vez maior a temas relacionados ao campo forense é imperativa, capacitando-os e colaborando não apenas nos cuidados às vítimas, mas também na prevenção de eventuais casos de violência doméstica.

Diante dos objetivos propostos, os autores se comprometem, após a aprovação da pesquisa pela banca examinadora, divulgar este trabalho no meio acadêmico e oferecer uma palestra aos servidores da polícia civil do IML, sobre o papel do enfermeiro forense, no  acolhimento e abordagem com as vítimas da violência doméstica.

Com isso, entende-se que a enfermagem forense precisa ser reconhecida e integrada, não apenas no âmbito acadêmico, mas  além dele, com o intuito de capacitar os profissionais enfermeiros a lidarem com casos de violência doméstica em seu cotidiano.

REFERÊNCIAS

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CIVIDINI, F. R. Contribuições da enfermagem forense no atendimento à mulher em situação de violência em região de tríplice fronteira (Brasil – Paraguai – Argentina). 2021.  Tese(Doutorado em Sociedade, Cultura e Fronteiras)  -Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Foz do Iguaçu – PR, 2021. Disponível em: https://tede.unioeste.br/handle/tede/5951. Acesso em: 1 mar. 2024.

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1Discente do Curso Superior de Enfermagem do Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos – UNITPAC Araguaína – TO, e-mail: brendaa_milhomem@hotmail.com 

2Discente do Curso Superior de Enfermagem do Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos – UNITPAC Araguaína – TO, e-mail: Enf.joaovictorcsilva@outlook.com 

3Docente do Curso Enfermagem do Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos – UNITPAC Araguaína – TO.  Especialista. e-mail: prof.enfdiego.medeiros@gmail.com