EXPERIÊNCIAS DE DISCENTES: O ‘NOVO NORMAL’ NA ESCOLA MUNICIPAL SÍTIO NACIONAL DA ZONA RURAL DE OEIRAS/PI – UM OLHAR NAS AULAS DE MATEMÁTICA E LÍNGUA PORTUGUESA

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.10903660


Edilene Borges de Carvalho
Felipe da Silva Lustosa,
Francisco José dos Santos
Helton Fernandes Lima
Leilah de Deus Vale dos Santos
Rayane Camilo Neris Dantas de Sousa
Suzane Maria Caminha Moura
Tamires Maria Marques dos
Santos, William Figueredo Cruz


RESUMO

A chegada súbita da COVID-19 transformou de forma acelerada a vida de toda sociedade, afetando todas as áreas inclusive a educação. Diante desse cenário busca-se de maneira acelerada adaptações do ensino não presencial, isso se tornou um grande desafio para a Escola Municipal Sítio Nacional, pois para continuar firmando seu compromisso com o desenvolvimento de ensino e aprendizagem dos educandos matriculados, buscou ações e estratégias de forma dinâmica para não perder esse elo de interação e aprendizado. Por tanto, esse trabalho trata-se de um relato de experiência utilizando-se de diversos processos e metodologias que mostrará os resultados do trabalho realizado pela equipe escolar que contribuiu de forma significante para o desenvolvimento dos discentes em tempo de pandemia. Além disso este tema enfatiza a importância das experiências dos alunos durante o período de transição para o “novo normal” na escola mencionada, com foco específico nas aulas de matemática e língua portuguesa. Ele sugere uma análise detalhada das adaptações, desafios e estratégias implementadas tanto pelos estudantes quanto pelos educadores, oferecendo insights valiosos sobre como o ensino dessas disciplinas tem evoluído em resposta às mudanças no cenário educacional

Palavra-Chave: Inovação Educacional, Ensino Híbrido, Ensino aprendizagem, Covid19.  

INTRODUÇÃO 

A humanidade já enfrentou diversas circunstâncias delicadas, seja na história, política, ambiental, econômica ou social, agora a questão é de saúde, assim como em outros momentos, e mais uma vez o mundo se impacta, pois, a COVID-19 vem provocando sofrimento em larga escala, causando traumas pessoais e coletivos. “Mudanças que o mundo levaria décadas para passar, que agente levaria muito tempo para implementar voluntariamente, a gente está tendo que implementar no susto, em questão de meses” diz Átila, que é doutor em microbiologia pela Universidade de São Paulo e pós-doutorado pela Universidade Yale em entrevista para BBC Brasil (MELO, 2020).  

 Escola, trabalho, lazer, tudo que fazia parte das regras do dia a dia e de todo o mundo, hoje se tornou uma exceção, pois no momento, aglomerar não é conveniente nem seguro, para que seja evitada uma maior transmissão do vírus.

 E dentro dessa realidade a Unidade Escola Municipal Sitio Nacional, localizada na zona rural a 45 km da cidade de Oeiras, vem contribuindo há mais de 30 anos com a educação, e atualmente atende em duas modalidades de ensino: Educação Infantil e Ensino fundamental. Desde 1983, sempre com a mesma denominação e tendo desde 2008 a figura do Professor Helton Fernandes Lima a frente da gestão. Apesar da distância de 45 (quarenta e cinco) quilômetros do centro urbano, está nunca foi obstáculo que o impedisse de colaborar e compartilhar com sua gestão em um momento tão difícil. 

O contexto, rural, à distância, e acesso não difere a instituição em qualidade e estrutura das demais da zona urbana, claro que preservando as características locais. Somado a isso, a rede de ensino local, trabalha com uma Proposta Politica Pedagógica que tem como objetivo geral: Proporcionar uma educação de qualidade, assegurando aos discentes o domínio de conhecimentos, habilidades e capacidades, bem como uma formação indispensável para o exercício da cidadania, no processo ensino-aprendizagem, a fim de oportunizar a eficiência, qualidade e favorecer um bom relacionamento entre escola, alunos e comunidade, além de incentivá-los na busca da autonomia intelectual e do pensamento crítico. (PIAU; EDUCA, 2017)[1]. Porém a educação em si, bem como outros objetivos específicos, desafia os sujeitos quem constroem o processo educacional em meio a mudanças. 

Além das várias ações e estratégias lançadas pela equipe Sítio, inserimos dentro das mesmas os projetos trabalhados pela rede, uma série de projetos que ao final de cada ano letivo coadunam-se para formar o maior evento educativo do Vale do Canindé, a Feira Literária de Oeiras (FLOR)[2], em Oeiras-Piauí. O projeto FLOR, é um projeto literário de incentivo à leitura e desenvolvimento da escrita e produção textual dos alunos da rede municipal. Muitos autores já foram homenageados como: Ziraldo, Roseana Murray, Ilan Brenman, entre outros, têm suas obras devoradas pelos alunos da rede municipal no decorrer do ano letivo. Alguns vêm pessoalmente prestigiar, e contribuir com as produções dos nossos alunos, esse contato direto ao final do projeto é de suma importância, principalmente para aqueles que estão iniciando a caminhada da descoberta do mundo da leitura. Esse ano de 2020, a FLOR, recebe como homenageado o autor Leo Cunha.  O cenário da atual pandemia colocase como mais um grande desafio diante do grupo de profissionais e gestão da equipe da Escola Municipal Sítio Nacional, que busca ações e estratégias para continuar firmando seu compromisso com o desenvolvimento de ensino e aprendizagem dos seus discentes. 

Diante disso, estas conjecturas têm por objetivo maior pesquisar a realidade dos alunos observando os principais desafios que os mesmos têm a enfrentar para ter acesso às aulas e atividades com esse novo modelo de educação (aulas remotas), o que também levou os professores a inovar a forma de ensinar e traçar meios de se fazer chegar ao aluno sem causar-lhes prejuízos, utilizando-se de diversas práticas e metodologias que serão explanadas de maneira mais clara no decorrer do trabalho.

METODOLOGIA 

Diante dessa nova realidade de ensinar e aprender, e a necessidade de adaptação ao novo modelo, com um olhar voltado para o nosso espaço, surgi à ideia desse estudo que tem como foco a Escola Municipal Sitio Nacional localizada na zona rural do município de Oeiras, atividades foram desenvolvidas com alunos da educação infantil e ensino fundamental no que se refere ao público alvo para coleta de dados limitou-se as turmas de 6° ao 9° ano.

Esse relato de experiência classifica-se em sua abordagem como quantitativa já que os estudos quantitativos podem aplicar métodos estatísticos no esclarecimento de fenômenos, formas ou relações, portanto pode generalizar resultados para os pesquisadores. O estudo foi realizado com os seguintes processos:

  • Pesquisa de campo onde o público alvo limitou-se a alunos, professores, gestores, técnicos e todos os profissionais da educação, o principal objetivo foi o de buscar junto a todos os envolvidos uma solução para o atual cenário da educação em meio à pandemia, e assim potencializar de forma impactante todas as estratégias adotadas por a gestão da educação municipal o retorno das atividades educacionais via remota: o novo normal. 
  • Formações de professores – Conectados ao Saber: Através das ferramentas tecnológicas (Google Meet, Zoom, Telegram, You educ). O novo modelo: o Ensino Híbrido, exigiu também de forma estratégica à realocação dos profissionais que fora feita em três grupos: Equipe de Mídia e gravações de aulas, Equipe de elaboração de apostilado e avaliações; Equipe de Correção e estatística. 
  • Retomada com os alunos: Além da entrega do material impresso; fora realizada uma acolhida motivacional com temática de festas juninas. 
  • Aulas via rádio (equipe de professores, elaborando podcast e gravações). 
  • Plataforma: Google sala de aula (Google Classroom).
  • Interação dos professores através das mídias e canais de divulgação como WhatsApp, Facebook, Instagram, Jornal Sitio Nacional News (criado pela própria escola), ligações telefônicas, visitas pontuais de dupla de professores. (De acordo com as orientações exigidas pela Organização Mundial da Saúde – OMS). 

É indiscutível que o processo educativo de crianças e adolescentes devem acontecer independentes das situações que a sociedade atual enfrenta. Para tanto, fica evidente a necessidade de buscar meios/alternativas que garanta esse processo e continue mantendo esse elo entre escola e educando, mesmo que de forma não presencial. E através dessa necessidade, fez-se a escolha dos meios mais acessíveis e possíveis no momento, para fazer a educação acontecer e o conhecimento poder chegar até os alunos.

  1. escolha desses recursos levou em consideração a realidade e o contexto no qual o aluno está inserido, visto que se trata de uma escola na zona rural, utilizando os meios possíveis para chegar ao alcance de todos os alunos, meios como a disponibilidade de acesso à internet, sinal de telefone e/ou rádio, visitação e materiais impressos para que possam continuar a desenvolver a aquisição de novos conhecimentos. Dessa forma, é esperado que este novo modelo de fazer a educação desperte o interesse e promova maior desempenho no aprendizado dos educandos. De acordo com desenvolvimento do relato as estratégias traçadas foram desenvolvidas conforme o problema proposto e os objetivos estabelecidos:
  • Levantamentos de dados com coordenadores, gestores e professores. (Diante do cenário de pandemia).
  • Levantamentos de dados com a família sobre o acesso aos recursos tecnológicos.
  • Criação dos grupos de WhatsApp entre gestor e professores, fazendo as interações, e criando estratégias para o novo normal.
  • Organizações dos grupos de WhatsApp com alunos, de acordo com os anos. Onde todos os professores estão inseridos para sanar dúvidas dos alunos na resolução de atividade e fazendo o processo de motivação a assistirem as aulas.
  • Fica sob responsabilidade do gestor da escola a entrega mensalmente do material impresso para os alunos em seus lares. (Seguindo todas as orientações da OMS). 
  • As aulas chegam aos alunos através de: via rádio e Google sala de aula.
  • São feitas reuniões quinzenais com professores e gestor, analisando e discutindo o desenvolvimento de atividades e assim criando novas estratégias, para uma aprendizagem significativa para todos.
  • Gestor e professores usam ferramentas tecnológicas, para motivar os alunos (plataforma virtual: Redes sociais e ligações).
  • A cada reunião é estipuladas orientações e estratégias de ações para se comunicar com alunos das quais se dão através de ligações telefônicas, para aqueles alunos que não tem acesso à internet, pelas redes sociais para os que têm acesso.
  • Visita de professores aos alunos, por se tratar da zona rural e levando em consideração a desigualdade social, temos alunos com maior dificuldade de aprendizagem e sem nenhum acesso aos meios de comunicação, para isso lançaram-se estratégias de visitas “domiciliares” ressaltando a obediência a todas as regras da OMS (Seguindo todas as orientações da OMS). 

Em anexo ao apostilado entregue aos educandos segue atividades semiestruturadas de acordo com cada componente curricular, esse roteiro de estudos (apostilado + atividades) é elaborado pelas equipes de elaboração de materiais e atividades. O meio para verificação da aprendizagem se fez através das análises executadas por a equipe de correção e estatística. Para facilitar a compreensão acerca do perfil dos educados em relação ao desenvolvimento nas aulas remotas utilizaram-se como amostra dois alunos de cada turma de anos finais: 6° ano, 7° ano, 8° ano e 9° ano, levando em consideração o aspecto dos educandos que tem acessos às plataformas virtuais e rádios e os que não têm, e as variáveis que foram observadas limitou-se a dois componentes curriculares Matemática e Língua Portuguesa.

Diante desse novo cenário de fazer educação, de continuar levando o conhecimento intelectual e cognitivo aos estudantes, podemos destacar as significativas contribuições por parte dos professores e das famílias. Ambos estão sendo peças fundamentais para garantir que o aprendizado dos alunos aconteça e tem sido o elo mais importante para a realização dessa nova rotina educacional.

  1. disposição dos professores em estar em constante contato com o aluno, mesmo que de forma não presencial, para tirar dúvidas, realizar gravações de videoaulas, produções de podcats, para auxiliar na resolução das atividades e fazer visitações àqueles que possuem maior dificuldade de aprendizagem, mostra que é possível promover a aquisição dos conhecimentos necessários à sua formação. 

Vale ressaltar que participação e o apoio da família na aceitação com relação a esse novo modelo de educar também têm gerado aspectos positivos e satisfatórios que levam a garantir a continuidade dos estudos dos seus filhos durante esse período de pandemia, pois são eles quem está no convívio diário com os estudantes mantendo um diálogo mais próximo e garantido que as tarefas propostas pela escola sejam executadas de forma construtiva. Porém, entre as dificuldades identificadas para a realização desse trabalho, podemos destacar a motivação pessoal do aluno, que ainda continua a ser um entrave para o seu desenvolvimento intelectual e cognitivo, pois mesmo que este tenha a sua disposição todas as tecnologias possíveis para transmitir o conhecimento e toda a assistência possível da escola para sua formação acontecer, alguns demostram resistência ou pouca motivação para aprender, o que pode ser compreensível para o período de adaptação.

Para tanto, em meio a esse cenário, faz-se necessário à intervenção direta do professor, que precisa continuar interagindo e buscando soluções para mudar a perspectiva desse aluno, sendo assim, recorrer às visitas “domiciliares”. Contudo, em meio a essa pandemia, a locação do professor até a residência do aluno ainda continua sendo uma ferramenta arriscada tanto para o professor quanto para o aluno, que por questões de segurança deve respeitar sempre o distanciamento social. 

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Essa parte da pesquisa será elencada em dois momentos referente aos resultados, na primeira parte elencaram-se os dados referentes aos desempenhos dos educandos no componente curricular de Matemática e na segunda foi mostrado o desempenho desses estudantes no componente curricular de Língua Portuguesa. 

No que se refere ao público alvo limitou-se a dois educandos por turma do ensino fundamental anos finais, como está destacado na tabela 1, abaixo. Levando em consideração àqueles que têm acesso a todas as plataformas digitais e ao rádio e os que não têm acesso aos recursos digitais adotados pela Secretaria Municipal de Educação. 

Tabela 1. Alunos com acesso as Tecnologias da Informação e Comunicação TICs

TURMA ALUNO AALUNO B
6° anoTem acessoNão tem acesso
7° anoNão tem acessoTem acesso
8° anoTem acessoNão tem acesso
9° anoNão tem acessoTem acesso 

Fonte: Dados da Pesquisa. 

Para a coleta de dados utilizou-se os critérios: acertos e erros nos cadernos de atividades propostas (acesse o link2) dos componentes curriculares de Matemática e Língua Portuguesa, levando em consideração o acesso desses educandos as plataformas digitais, e a inacessibilidade aos meios eletrônicos disponibilizados pela a secretária de educação.  

Segue         o         link         dos         apostilados         6°,         7°,         8°         9°        ano: 

https://drive.google.com/drive/folders/1UaLEidA9IJEFv27zTiOZ8pcmpBRRNoZo?usp =sharing  

Com a finalidade de compreender os dados coletados, essa parte da pesquisa viabilizou um discurso abrangente acerca das informações coletadas, para o melhor entendimento das análises os mesmos serão expostos em gráficos segregados do programa Excel. Os dados estão organizados de acordo com os resultados dos acertos e erros dos alunos escolhidos de acordo com o ano de estudo e disciplina selecionada para verificação da aprendizagem. Os gráficos a seguir pertencem ao componente curricular de Matemática:

                        Fonte: Dados da pesquisa  

A análise dos dados do Gráfico 1 revela um desempenho diferenciado entre os alunos A e B no componente curricular de Matemática. Enquanto o aluno A obteve 74% de acertos e 21% de erros, o aluno B alcançou uma taxa de acertos mais elevada, com 90%, e apenas 10% de erros. Esses resultados destacam a disparidade no desempenho entre os dois alunos, sugerindo diferentes níveis de compreensão e proficiência na disciplina.

De acordo com Hattie (2009), a análise comparativa de desempenho entre alunos pode fornecer insights valiosos sobre as estratégias de ensino e aprendizagem mais eficazes. No caso apresentado, o desempenho superior do aluno B pode indicar uma compreensão mais sólida dos conceitos matemáticos abordados em sala de aula, possivelmente devido a fatores como maior engajamento, apoio familiar ou métodos de ensino mais eficazes.

No entanto, é importante considerar que o desempenho acadêmico não é determinado apenas por habilidades individuais, mas também por uma variedade de fatores contextuais, como o ambiente de aprendizagem, recursos disponíveis e suporte pedagógico (Hanushek et al., 2013). Portanto, uma análise mais aprofundada dos dados pode ajudar a identificar os elementos específicos que contribuem para o sucesso ou dificuldades de cada aluno, permitindo intervenções educacionais mais direcionadas e eficazes.

                        Fonte: Dados da pesquisa

A análise dos dados do Gráfico 2 evidencia novamente um desempenho diferenciado entre os alunos A e B no componente curricular de Matemática. Tanto o aluno A quanto o aluno B apresentaram um número semelhante de acertos, com taxas de 78% e 80%, respectivamente. No entanto, ambos cometeram um número igual de erros, representando 22% para o aluno A e 20% para o aluno B.

Esses resultados sugerem que, apesar de uma taxa de acertos ligeiramente superior por parte do aluno B, ambos os alunos estão enfrentando desafios semelhantes ou cometendo erros comparáveis na disciplina de Matemática. Essa consistência nos erros pode indicar áreas específicas de dificuldade que precisam ser abordadas no processo de ensino e aprendizagem.

Segundo os estudos de Hattie (2009), a identificação e o enfrentamento eficaz das áreas de dificuldade dos alunos são fundamentais para melhorar o desempenho acadêmico. Além disso, a pesquisa de Boaler (2016) destaca a importância de abordagens de ensino mais dinâmicas e colaborativas, que promovam a resolução de problemas e o pensamento crítico em matemática.

Portanto, os resultados do Gráfico 2 destacam a necessidade de uma análise mais aprofundada dos erros cometidos pelos alunos, bem como o desenvolvimento de estratégias pedagógicas adaptativas que possam ajudar a superar essas dificuldades e promover uma compreensão mais sólida dos conceitos matemáticos.

                        Fonte: Dados da pesquisa

A análise dos dados do Gráfico 3 evidencia uma diferença significativa no desempenho dos alunos A e B no componente curricular de Matemática. Enquanto o aluno A obteve um desempenho perfeito, com 100% de acertos e nenhum erro, o

aluno B apresentou uma taxa de acertos de 70% e cometeu 30% de erros.

Esses resultados destacam uma clara disparidade no nível de proficiência entre os dois alunos. O aluno A demonstrou um domínio completo dos conceitos abordados na disciplina de Matemática, enquanto o aluno B enfrentou dificuldades significativas, cometendo um número considerável de erros.

De acordo com as pesquisas de Hattie (2009), o feedback imediato e específico é fundamental para melhorar o desempenho dos alunos. Nesse contexto, é importante que o aluno B receba apoio adicional e intervenções pedagógicas direcionadas para abordar as áreas de dificuldade identificadas.

Além disso, a teoria de Carol Dweck sobre mentalidade de crescimento (Dweck, 2006) enfatiza a importância de promover uma crença no potencial de desenvolvimento dos alunos. Os erros cometidos pelo aluno B não devem ser vistos como falhas permanentes, mas sim como oportunidades de aprendizado e crescimento.

Portanto, os resultados do Gráfico 3 ressaltam a importância de uma abordagem diferenciada no ensino da Matemática, que reconheça e atenda às necessidades individuais dos alunos, promovendo um ambiente de aprendizado inclusivo e estimulante.

                           Fonte: Dados da pesquisa

A análise dos dados do Gráfico 4 indica um desempenho consistente, porém ligeiramente diferenciado, entre os alunos A e B no componente curricular de Matemática. O aluno A obteve 95% de acertos, com apenas 5% de erros, enquanto o aluno B alcançou uma taxa ligeiramente inferior de acertos, com 90%, e cometeu 10% de erros.

Esses resultados sugerem que ambos os alunos possuem um bom domínio dos conceitos matemáticos abordados, com taxas de acertos altas. No entanto, o aluno A demonstrou uma precisão ligeiramente maior em suas respostas, cometendo menos erros em comparação com o aluno B.

De acordo com as pesquisas de Hattie (2009), a autorregulação dos alunos desempenha um papel crucial no sucesso acadêmico. Nesse sentido, o aluno A pode ter demonstrado habilidades mais desenvolvidas de autorregulação, como atenção aos detalhes e revisão cuidadosa das respostas, contribuindo para seu desempenho superior.

Além disso, a teoria da atribuição de Weiner (1985) sugere que a maneira como os alunos interpretam seus próprios sucessos e fracassos influencia sua motivação e desempenho futuros. Portanto, é importante que tanto o aluno A quanto o aluno B recebam feedback positivo e reconhecimento por seus esforços, incentivando uma atitude de perseverança e aprendizado contínuo.

Em suma, os resultados do Gráfico 4 destacam a importância de promover habilidades de autorregulação e uma mentalidade de crescimento entre os alunos, visando melhorar ainda mais seu desempenho acadêmico e promover uma cultura de aprendizado eficaz.

Os gráficos a seguir abordam os resultados do Componente Curricular

“Língua Portuguesa”:

                         Fonte: Dados da pesquisa  

A análise dos dados do Gráfico 5 revela uma diferença no desempenho dos alunos A e B no componente curricular de Língua Portuguesa. Enquanto o aluno A obteve 65% de acertos e cometeu 35% de erros, o aluno B apresentou uma taxa de acertos ligeiramente superior, com 78%, e cometeu 22% de erros.

Esses resultados indicam que ambos os alunos enfrentam desafios na disciplina de Língua Portuguesa, mas o aluno B demonstrou um desempenho geralmente melhor em comparação com o aluno A.

Segundo os estudos de Vygotsky (1978), o aprendizado é um processo social e construtivo, no qual os alunos constroem conhecimento por meio de interações com os colegas e o ambiente de aprendizagem. Portanto, é possível que o desempenho superior do aluno B possa ser atribuído a fatores como maior participação em atividades de leitura e escrita, ou colaboração eficaz com os colegas.

Além disso, a pesquisa de Sousa (2019) destaca a importância de estratégias de ensino que promovam a compreensão e expressão oral e escrita dos alunos, contribuindo para um melhor desempenho em Língua Portuguesa.

Dessa forma, os resultados do Gráfico 5 ressaltam a necessidade de abordagens pedagógicas diferenciadas que atendam às necessidades individuais dos alunos, promovendo um ambiente de aprendizado estimulante e colaborativo que favoreça o desenvolvimento das habilidades linguísticas.

                          Fonte: Dados da pesquisa

A análise dos dados do Gráfico 6 mostra um desempenho semelhante entre os alunos A e B no componente curricular de Língua Portuguesa. O aluno A obteve 59% de acertos e 41% de erros, enquanto o aluno B alcançou uma taxa ligeiramente superior de acertos, com 67%, e cometeu 33% de erros.

Embora ambos os alunos apresentem uma porcentagem significativa de acertos, é importante observar que ainda há uma proporção considerável de erros, indicando áreas de dificuldade que precisam ser abordadas.

De acordo com a teoria sociocultural de Vygotsky (1978), a aprendizagem é mediada por interações sociais e culturais, e o desenvolvimento cognitivo ocorre por meio da participação em atividades sociais e educacionais. Nesse contexto, estratégias pedagógicas que promovam a interação entre os alunos e estimulem a expressão oral e escrita podem contribuir para a melhoria do desempenho em Língua Portuguesa.

Além disso, a pesquisa de Silva (2020) destaca a importância de uma abordagem integrada de leitura e escrita no ensino de Língua Portuguesa, visando desenvolver habilidades de compreensão e produção textual nos alunos.

Portanto, os resultados do Gráfico 6 enfatizam a necessidade de uma análise cuidadosa dos erros cometidos pelos alunos, bem como o desenvolvimento de estratégias pedagógicas que promovam uma compreensão mais profunda e eficaz da língua portuguesa.

                          Fonte: Dados da pesquisa

A análise dos dados do Gráfico 7 evidencia uma disparidade significativa no desempenho dos alunos A e B no componente curricular de Língua Portuguesa. Enquanto o aluno A obteve uma taxa de acertos bastante elevada, com 88%, e cometeu apenas 12% de erros, o aluno B apresentou um desempenho consideravelmente inferior, com apenas 46% de acertos e 54% de erros.

Esses resultados destacam uma diferença marcante na proficiência dos alunos em Língua Portuguesa. O aluno A demonstrou um domínio substancial dos conceitos e habilidades linguísticas abordados, enquanto o aluno B enfrentou dificuldades significativas, refletidas em sua alta taxa de erros.

De acordo com a teoria da aprendizagem de Vygotsky (1978), o

desenvolvimento cognitivo é influenciado pela interação social e cultural, e o ensino eficaz deve ser adaptado às necessidades individuais dos alunos. Nesse sentido, estratégias pedagógicas que promovam a participação ativa dos alunos e ofereçam suporte individualizado podem ser essenciais para ajudar o aluno B a superar suas dificuldades e melhorar seu desempenho em Língua Portuguesa.

Além disso, a pesquisa de Santos (2018) destaca a importância de abordagens pedagógicas que valorizem a diversidade linguística e cultural dos alunos, criando um ambiente inclusivo que respeite e promova o desenvolvimento de suas habilidades linguísticas.

Portanto, os resultados do Gráfico 7 ressaltam a necessidade de intervenções educacionais direcionadas e personalizadas para atender às necessidades individuais dos alunos, visando promover um aprendizado eficaz e equitativo em Língua Portuguesa. 

                          Fonte: Dados da pesquisa

A análise dos dados do Gráfico 8 mostra um desempenho semelhante entre os alunos A e B no componente curricular de Língua Portuguesa. Ambos os alunos apresentaram uma taxa de acertos alta, com o aluno A obtendo 79% de acertos e 21% de erros, e o aluno B alcançando uma taxa ligeiramente superior de acertos, com 83%, e cometendo 17% de erros.

Esses resultados sugerem que tanto o aluno A quanto o aluno B possuem um bom domínio dos conceitos e habilidades linguísticas abordados na disciplina de Língua Portuguesa.

De acordo com a teoria da aprendizagem sociocultural de Vygotsky (1978), o desenvolvimento cognitivo dos alunos é influenciado pelas interações sociais e pelo ambiente educacional. Nesse contexto, é possível que ambos os alunos tenham se beneficiado de estratégias pedagógicas que promovam a participação ativa dos alunos e o engajamento em atividades de leitura, escrita e discussão.

Além disso, a pesquisa de Oliveira (2020) destaca a importância de uma abordagem integrada de leitura e escrita no ensino de Língua Portuguesa, que enfatize a compreensão textual e a produção escrita como componentes essenciais do desenvolvimento linguístico dos alunos.

Portanto, os resultados do Gráfico 8 indicam que tanto o aluno A quanto o aluno B estão progredindo satisfatoriamente em Língua Portuguesa, refletindo a eficácia das estratégias pedagógicas adotadas no contexto educacional.

Com a análise dos dados pode-se afirmar, que trabalho realizado pela equipe escolar para promover e possibilitar aos alunos todas as formas possíveis de acesso às aulas remotas e aos materiais disponíveis contribuiu significante para o desenvolvimento dos discentes.

Ao observar a realidade de cada aluno, surgiram alguns obstáculos, por exemplo, os alunos que não possui celular e não tem acesso à internet, não conseguiam ter acesso para esclarecer suas dúvidas sobre as atividades com professores. A partir disso surgiu a ideia de realizar interações com os discentes através de ligações para telefones fixos rurais para fazer o acompanhamento, esclarecimento de dúvidas e orientações. 

Segue o link com a relação dos contatos dos alunos:

<https://drive.google.com/file/d/1oOloM_KFeCSW4Fj606nHtPKD2eGVxOX/vie?usp=sharing

Figura 1. Imagem da professora Tamires Marques ligando para os educandos.

                                          Fonte: Dados da pesquisa

Nos casos mais extremos em que se fez necessário a visitação,

respeitando todas as exigências dos órgãos de saúde e mantendo o distanciamento conseguiu-se alcançar o nosso educando, assim dando a oportunidade e tentando estar o mais próximo possível da equidade. O gestor da Escola está sempre motivando no grupo do WhatsApp todos os professores e sempre buscando estratégias para atingir êxitos nos objetivos esperados como mostra na figura 2, consequentemente proporcionando condições favoráveis e dando o suporte educacional a todos os alunos.

                     Figura 2. Conversa do Diretor em grupo do WhatsApp.

As estratégias adotadas pela escola que resultaram na produção de redes sociais, se tornaram canais oficiais da instituição, sendo utilizados para expor mídias com conteúdos relacionados ao incentivo aos estudos e expor materiais produzidos pelos alunos e professores.

Segue os links de acesso às plataformas digitais da Escola: 

WhatsApp: < https://wa.me/message/RY3MZQDG6S6WA1> 

Instagram:< https://instagram.com/escolasitionacional?igshid=548llfsvxiy3>

Face book: <https://www.facebook.com/escolasitionacional/>

Telegram: <https://t.me/EscolaSitioNacional>

YouTube:<https://www.youtube.com/channel/UCRD5eFEQY8AWnjAucnnBduQ?view _as=subscriber> 

Embora cercada de todas as mídias, meios de comunicação e redes sociais, a maior preocupação era aquele aluno que não tem acesso às redes sociais, além das estratégias das aulas remotas via rádio e do apostilado, adotou-se também o Jornal Sitio Nacional News, um jornal para expor conteúdos por professores e alunos através de impressões e assim abrangendo o nosso público principal como um todo.

Segue o link do jornal Sítio Nacional News: 

https://drive.google.com/file/d/1wrTtX6KHPesikmJFeXe_84ONSxU0LJQ1/view?usp= sharing  

Todas as formas utilizadas para melhorar a qualidade do ensino durante a pandemia do COVID-19 que foram adotadas e desenvolvidas pela instituição resultaram com grande expansão no desenvolvimento dos alunos que foram observadas através das atividades produzidas por eles para verificação da aprendizagem. As ideias propostas pela instituição, que visam manter a escola com sua funcionalidade e desempenho mesmo que a distância e de forma remota foram criativas, inovadoras e de suprema importância para o processo de desenvolvimento dos discentes.

CONCLUSÃO

A partir do uso destas novas estratégias para fazer a educação, é possível observar quais alunos apresentaram mais dificuldades e quais apresentaram mais facilidades em executar as tarefas propostas no material impresso (apostilados). Que os alunos que têm maior contato com a equipe escolar (diretor, professores), que interagem de forma mais ampla, tem mais facilidade, e mesmo se apresentarem alguma dificuldade conseguem solucionar mais rápido, demonstrando maior interesse em resolvê-los. 

Já os alunos que não estabelecem um contato mais direto com a escola, que não dão nenhum retorno através de algum dos meios de comunicação, já citados, estes apresentam maior dificuldade para atingir os objetivos propostos e costumam demonstrar menos interesse em realizá-los. Percebe-se uma ausência do compromisso por parte da família, bem como a falta de acesso as novas TIC’s, além da motivação pessoal do educando em entender e adaptar-se ao cenário educacional atual no período de pandemia. 

Diante desses fatos, faz-se necessário uma intervenção mais efetiva por parte da equipe escolar para garantir que haja a aprendizagem e um melhor desempenho por parte desses alunos e isso se dará através das visitas domiciliares, já mencionadas anteriormente, que consiste em dar maior suporte àqueles que apresentam maior dificuldade de aprendizagem e se mantem mais distante do relacionamento com a escola, bem como valorizar as famílias, principalmente dando um suporte maior as menos assistidas, mostrando o quanto podem somar na motivação do educando e o quanto cada um deles é importante para o processo educacional.

Contudo, descobriu-se que em meios às dificuldades e adversidades, que a educação não se faz da forma de outrora, que existem maneiras de se reinventar, fazendo diferente, com um novo normal e foi isso que a Escola Municipal Sítio Nacional buscou, agregando a comunidade escolar às Novas TIC’s e metodologias não usuais, mas necessárias, aprendizados que ficarão e somarão aos já existentes no novo fazer doravante.

REFERÊNCIAS 

Boaler, J. (2016). Mathematical Mindsets: Unleashing Students’ Potential Through Creative Math, Inspiring Messages and Innovative Teaching. John Wiley & Sons.

CLAYTON,  Como o corona vírus vai mudar nossas vidas: dez tendências para o mundo póspandemia. Revista Opinião. Rio De Janeiro, 2020. Acessado em 14/08/2020; disponível em <https://brasil.elpais.com/opiniao/20200413/como-o-coronavirusvaimudarnossasvidasdeztendenciaspara-o-mundopospandemia.html> 

Dweck, C. S. (2006). Mindset: The New Psychology of Success. Random House.

Link              dos              apostilados              6°,              7°,              8°              9°              ano: 

https://drive.google.com/drive/folders/1UaLEidA9IJEFv27zTiOZ8pcmpBRRNoZo?usp=sharin

Link             com            a            relação             dos            contatos            dos             alunos:

<https://drive.google.com/file/d/1oOloM_KFeCSW4Fj606nHtPKD2eGVxOX/vie?usp=sharingl Links de acesso às plataformas digitais da Escola: WhatsApp: < https://wa.me/message/RY3MZQDG6S6WA1> Instagram:< https://instagram.com/escolasitionacional?igshid=548llfsvxiy3> Face book: <https://www.facebook.com/escolasitionacional/>

Hattie, J. (2009). Visible Learning: A Synthesis of Over 800 Meta-Analyses Relating to Achievement. Routledge.

Hanushek, E. A., et al. (2013). Making Schools Work: New Evidence on Accountability Reforms. Education Next, 13(1), 64-71.

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Silva, M. A. (2020). Leitura e escrita: desafios e perspectivas para o ensino de Língua Portuguesa na contemporaneidade. Revista Diálogo Educacional, 20(64), 479-495.

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Vygotsky, L. S. (1978). Mind in Society: The Development of Higher Psychological Processes. Harvard University Press.

Weiner, B. (1985). An Attributional Theory of Achievement Motivation and Emotion. Psychological Review, 92(4), 548-573


[1] Proposta Política Pedagógica, SEMED, Escola Municipal Sitio Naconal.2007

[2] Link que dar acesso as informações sobre a FLOR: https://youtu.be/Lro5aeRvgfE