VARIAÇÃO TERMINOLÓGICA DA APICULTURA: ELEMENTOS PARA  UM GLOSSÁRIO

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7544069


Maria Betânia de Araújo Rodrigues
Wellington Vieira Mendes
João Marcos Rosendo de Sousa


INTRODUÇÃO

  Com o avanço da ciência e tecnologia aumenta a necessidade de estudos terminológicos em razão da multiplicação de termos técnicos e científicos. No mundo moderno são muitas descobertas e invenções e tudo isso requer denominações de termos; o processo de globalização proporciona muitos intercâmbios entre as nações aumentando as transações comerciais, sendo assim, torna-se necessário uma comunicação mais eficaz para a transferência dessas tecnologias de forma mais apropriada para se fechar contratos comerciais e disseminar o conhecimento tecnológico e científico aos pequenos produtores rurais do país, já que essa atividade tem impacto financeiro positivo na economia do Brasil.

Além do exposto, nos motivamos para a realização dessa pesquisa com o tema sobre Apicultura dando ênfase às variações terminológicas apresentando uma metodologia básica contendo elementos para a elaboração de um glossário, pela função social que a área representa na agricultura familiar, contribuição na agroecologia e na sustentabilidade. O Brasil participa de estudos sobre pesquisas importantes no campo da terminologia, estando incluído entre países como Alemanha, França, Espanha, Canadá e Cuba. Sabemos que as linguagens comuns e técnicas se distinguem por possuírem funções diferentes e que os vocabulários técnico científicos têm características próprias, porém possuem interação entre as unidades básicas apesar de estilos, propósitos e léxicos diferentes.

A produção de vocabulários, glossários e dicionários em áreas de especialidades como da Apicultura são sempre muito importantes; as pesquisas desenvolvidas em Lexicologia, Lexicografia e Terminologia vêm contribuindo para reflexões, discrepâncias e conformidades que abrangem as finalidades, desempenho e caracterização operacional.

Nesse contexto, baseados na Teoria Comunicativa de Maria Teresa Cabré (1999),  que se direciona ao léxico especializado, utilizando a Linguística de Corpus de Beber Sardinha (2000; 2004). Procuraremos responder às seguintes questões:

  • Para a elaboração de um glossário terminológico da Apicultura, quais serão as bases teóricas utilizadas?
  • Qual a metodologia de investigação terminológica, que contribuirá no desenvolvimento de conceitos?

 Algumas pesquisas que serviram de referência ao nosso trabalho

Para nos dar respaldo a respostas de nossas questões nos baseamos em algumas teses, nos espelhamos em pesquisas prévias que nos nortearam por possuírem objetivos semelhantes, referencial teórico e abordagens, sobretudo no tocante à constituição das linguagens especializadas, essas obras fazem uma investigação de cunho científico e desenvolvem  protótipos de uma obra lexicográfica, que auxiliam na criação de dicionários, glossários e vocabulários, utilizando como base teórica a Teoria comunicativa da Terminologia (TCT) e na metodologia foram empregadas a Linguística de Corpus, e o uso do Programa computacional e como público-alvo, pesquisadores e profissionais da área técnica ou científica. 

As obras terminológicas que nos serviram como referências foram: Os termos da cultura e industrialização do caju (PONTES, 1996) e O Léxico da Apicultura e da Meliponicultura no Brasil: limites e flexibilidade para sua fixação em um dicionário terminológico (PERUCHI, 2014).

Essas obras foram estudadas  e escolhidas por nós para dar respaldo ao  trabalho. Observamos os conceitos e teses que elas divulgaram e o funcionamento da linguagem apresentada.  De acordo com Krieger (2001), é necessário respeitar o funcionamento da linguagem com toda a sua complexidade, só assim, poderemos descrever, em melhores condições, a especificidade dos contextos discursivos que ela se manifesta e sua total diversidade de configuração

Entendemos que muitos profissionais da área da Apicultura aparentemente não apresentem problemas, em transferir entre si, conhecimento especializado, como: professores, profissionais da área técnica em Agropecuária, estudantes do curso agrônomos, biólogos, zootecnistas, entomologistas, ecologistas, e técnicos em agropecuária entre outros que trabalham na área. 

Porém, em via contrária, existe um intercâmbio de informações e troca de ideias em distâncias mais curtas, como a influência da tecnologia digital que proporciona a comunicação entre profissionais e leigos, que necessitam de referências terminológicas capaz de norteá-los nas áreas científicas e técnicas, como é o caso dos apicultores da comunidade de Barreirinhos da cidade de Parnamirim-PE, que utilizam o termo ‘nogueira’ em referência a ‘melgueira’, ‘caixa’ para  referir-se à ‘colmeia’, abelha ‘oropa’ para referir-se a abelha ‘europeia’ ou ‘africanizadas’. Nesse contexto, os glossários e dicionários especializados constituem-se como um facilitador na comunicação dos campos especializados no mundo moderno.

Entretanto, métodos e recursos tradicionais usados pela Terminologia e Terminografia precisam a todo tempo ser modernizados para acompanhar o universo de textos que são publicados em periódicos, páginas da internet, editoras, revistas e outros.

Na área da Apicultura Racional é preciso dicionários técnicos e glossários como forma de apoio para ajudar no desenvolvimento da área, tanto cumprindo a função social de registrar o conhecimento técnico-científico como a função de divulgá-lo de maneira a facilitar a comunicação e colaborar no gerenciamento, manejo de qualidade e de produtividade apícola.

A esse respeito vimos que a adesão à criação de abelhas aumenta a cada ano, e que os dicionários e glossários são destinados a um público de especialistas ou pouco ou quase nada especializados. Porém, estudantes, profissionais de várias áreas e técnicos em formação utilizam as obras para encontrar explicação de termos que não conhecem ou buscam termos que apresentem melhor expressão as suas necessidades de comunicação.

Apresentaremos na sequência uma breve revisão da literatura sobre as teorias que sustentaram a pesquisa; a metodologia com uso do software Sketch Engine e a Linguística de Corpus (LC) de Beber Sardinha (2000), criação do corpus; organização, recolhemos os dados e os analisamos para selecionamos os termos simples e compostos, as palavras-chaves para os subdomínios, as concordâncias, os contextos e elaboramos a árvore de domínio para as fichas terminológicas e Glossário Demonstrativo.

A Lexicografia

        A Lexicografia é uma disciplina muito antiga e tradicional relacionada ao estudo dos dicionários. No princípio dos tempos modernos se inicia a Lexicologia ocidental, apesar de ter sido antecipada nos glossários latinos medievais, as obras apresentadas se resumiam em listas de palavras, que serviam de explicação para as pessoas, que estudavam textos da antiguidade clássica e buscavam interpretar a Bíblia sagrada.

Em estudos se constata que a Lexicografia se iniciou na íntegra, nos séculos XVI e XVII com a organização dos primeiros dicionários monolíngues e bilíngues (latim e uma língua moderna). De acordo com Bidermam (2001, p.17),

Os primeiros dicionários em língua portuguesa dignos do nome são: o Vocabulário Português-Latino de Rafael Bluteau (1712-1728), obra bilíngue em 8 volumes e o Dicionário da Língua Portuguesa de Antônio de Morais Silva (1ªed. 1789; 2ª ed. 1813). Quanto aos dicionários técnicos-científicos, no português, eles são obra do século vinte. 

Para a autora, os dicionários técnico-científicos são obras que estão apenas se iniciando no Brasil, tem muita estrada à frente para ser percorrida, a elaboração de dicionários requer ainda muito campo de estudo e pesquisas para a elaborações deles. Para Peruchi (2014, p. 106), diferentes pensamentos sobre a linguagem desenvolveram a lexicografia, várias ideias sobre o conceito “palavra” e além das necessidades diferentes dos consulentes de dicionários e ao final do século XVIII surgiu uma grande euforia pela lexicografia. 

A lexicografia apoia-se atualmente em corporações digitais, tem fundamentação em estudos científicos que fazem parte de estudos da linguística teórica, possui como umas das funções valorizar a unidade lexical dentro de contextos. 

Para Weinrich (1979, p. 314), 

fazer um dicionário é um assunto sumamente laborioso que requer, além de capacidades científicas tão espetaculares agudeza de espírito, fantasia, coerência e juízo crítico, muitas virtudes discretas, aparentadas com as dos artífices, como paciência, assiduidade, constância, precisão nos pormenores e – por último, mas não ínfimo lugar – uma grande paixão de colecionador.

Reconhecemos em Weinrich (1979), um autor que se destaca para refletirmos sobre a lexicografia. Para ele, um trabalho sobre “Linguística Aplicada” será relacionado a três elementos básicos como: 1- Um corpus de referência; 2- Uma concepção de gramática e de língua; 3- Uma concepção determinada de descrição do significado. Porém, notamos que o termo em destaque sobre Linguística Aplicada tinha conceitos bastantes resumidos na década de 70, e atualmente eles se modernizaram, aumentando o campo de estudos e produção. Mesmo assim, consideramos, com afinco, as ideias do autor sobre a lexicografia e reconhecemos sua importância.

A Terminologia

A prática terminológica tem sido realizada desde o século XVIII, em que atestamos trabalhos nos campos da Botânica e Zoologia pelo pesquisador Linné, constatando, assim, que os conceitos científicos já tinham sua denominação sistematizada. Com as mudanças no mundo moderno e os avanços tecnológicos, percebemos que é necessário sempre ajustar as denominações adequadas para novos conceitos no campo da zoologia, que é onde se encontra a nossa pesquisa.

O escritor austríaco, engenheiro de formação Eugen Wüister (1898 -1977), foi considerado o precursor da terminologia moderna, ele acreditava que a língua científica e técnica não deveria ter obstáculos como: imprecisão, diversificação e polissemia e criou uma disciplina que iniciou os estudos da teoria moderna, porém se fundamentado em metodologias prescritivas que estabelecem termos unívocos multirreferenciais. 

O engenheiro publicou em sua tese de Doutorado na Universidade Técnica de Stuttgart (Alemanha), em 1931, a normalização internacional da terminologia técnica. A partir desse trabalho, Wüster introduz a chamada Teoria Geral da Terminologia, denominada como disciplina autônoma, definida como um campo próprio de relação entre as ciências das coisas e outras disciplinas como a linguística, a lógica, a ontologia e a informática (CABRÉ, 1996).

Se desenha, então, o caráter multidisciplinar da Terminologia e se propaga a versão russa da tese de Wüster que provoca um maior interesse pela Terminologia nos domínios especializados e influencia a criação do Comitê Técnico 37 “Terminologia” (TC37) da ISA (International Standardization Association) da Federação Internacional das Associações Nacionais de Normalizadores, que precede a criação da atual ISO (International Standardization Organization) (CABRÉ, 1993:22; 1996:11).

Na primeira metade do século XX, não havia muito interesse dos linguistas pela Terminologia, apenas interesse dos próprios especialistas de cada área. O interesse foi surgindo após a década de 50, em que a Terminologia deixa de ser vista como objeto de normalização de termos, para torna-se mais uma ferramenta de comunicação (CABRÉ, 1993). 

Os estudos da disciplina foram avançando, se modernizando e, com isso, outros conceitos sobre a comunicação foram surgindo. Baseado nessa questão, entendemos que a Terminologia deve estabelecer uma relação entre a estrutura conceptual e a estrutura léxica dessa língua. 

METODOLOGIA 

        Este trabalho está incluso no quadro teórico-metodológico da Terminologia e a Linguística de Corpus, ele compreende proporções descritivas, que se baseiam em um Corpus de textos especializados com abordagem qualitativa e quantitativa. Na metodologia utilizamos um software Sketch Engine para análise lexical, estatística e gramatical, em textos que serão baseados em corpo. Acreditamos que, sem a ajuda de uma ferramenta computacional, o nosso trabalho demoraria muito tempo para a compilação dos termos de especialidade, além disto, a constituição do corpus, a organização dos dados em fichas terminológicas com devidas informações, que servirão para adicionar a microestrutura.

Para a realização de estudos da linguagem utilizamos a Linguística de Corpus (LC), uma vez que ela oferece vantagens para a pesquisa que se baseia em corpus, como trabalhar com uma grande quantidade de textos escritos ou de discursos orais, tanto de áreas específicas quanto comuns. Este estudo torna a investigação de análise de dados mais autêntica, porque sua metodologia se compromete com o uso da língua em situações reais, muito utilizada por pesquisadores do léxico, ela se destaca no ramo da Terminologia.

Como explica Beber Sardinha (2000, p. 325), a Linguística de Corpus:

[…] ocupa-se da coleta e da exploração de corpora, ou conjunto de dados linguísticos textuais coletados criteriosamente, com o propósito de servirem para a pesquisa de uma língua ou variedade linguística. Como tal, dedica-se à exploração da linguagem por meio de evidências empíricas extraídas por meio de computador.

Baseados nessa metodologia, utilizamos o programa computacional Sketch Engine, que segundo Maia-Pires (2019):

[…] é um programa disponível online por meio de pagamento, que disponibiliza ferramentas para explorar o funcionamento de línguas, com análises de textos autênticos e algoritmos que identificam instantaneamente o que é tópico na língua em estudo e o que é raro, incomum ou emergente, informações úteis a linguistas, lexicográficos, tradutores, estudantes e professores. […], para esclarecimentos recomenda-se o acesso à página do programa disponível em https://www.sketchengine.eu

A Criação e a Organização do Corpus

Sabemos que um corpus é imprescindível para pesquisas na área da terminologia, pois representa o objeto pesquisado. Conforme Beber Sardinha (2000, p. 342), “um corpus, seja de que tipo for, é tido como representativo da linguagem de um idioma ou de uma variedade dele”. Escolhemos um corpus composto pôr vinte e dois textos dentro da área da Apicultura, porque consideramos esse tamanho importante para a representatividade do trabalho.

Para a criação do corpus usamos o software Sketch Engine, onde construímos um corpus combinando upload de arquivos e conteúdos baixados da Web. Adicionamos os dados ao corpus apenas documentos em PDF, porém, o software aceita em doc. txt. e oferece opções para baixar arquivos nos formatos de CSV; XLSX; XML e em PDF, que é o formato o qual escolhemos por ser mais conhecido.

Figura 1: Informações Gerais sobre o Corpus

Fonte: Sketch Engine

Para a escolha dos textos do corpus, fomos assessorados por Antônio Ferreira Coelho Muniz Júnior, Técnico em Apicultura, Instrutor do SENAR-PE e presidente da Câmara Setorial de Apicultura, Diretor Presidente da AAMC (Associação dos Apicultores e Meliponicultores do Cabo de Santo Agostinho – PE).

De acordo com Almeida (2006, p. 87), “uma pesquisa terminológica fundamentada na TCT deve prever, inicialmente, a organização de um corpus”. Baseados nesse pressuposto, fizemos a escolha dos textos para o corpus cientes dos nossos objetivos, que estão relacionados à extração em corpora de termos técnicos e comuns da Apicultura e observamos a variação nessas línguas de especialidade, tendo como suporte a LC e logicamente seus pressupostos para um bom corpus, como: a autenticidade (linguagem de ordem comunicativa); a naturalidade (linguagem de uso dos falantes nativos) e critérios (corpus construído de acordo com a pesquisa desenvolvida).

Quadro 1: Composição Bibliográfica do Corpus

LAIDLAW, Harry H. Jr. Criação Contemporânea de Rainhas. DADANT & SONS – HAMILTON, ILLINOIS. Davis, Califórnia, 26 de outubro de 1978. Traduzido por Carlos Alberto Osowski.
APICULTURA: Manual do Agente de Desenvolvimento Rural. Organizado por Darcet Costa Souza. 2. ed. rev. Brasília: Sebrae, 2007. 186p.
LANGSTROTH, L. L. A Colmeia e a Abelha do Langstroth. O Manual Clássico de Apicultura. Tradução de C. A. Osowski. Oxford, Butler County, 1859.
SOUSA, A. R; ARAUJO. A. G. de: Cartilha do Apicultor. Teresina: EMBRAPA – CPAMN 1995. 24 p. (EMBRAPA-CPAMN. Documentos, 14).
VIEIRA, Armindo Jr. O Manual de Mapeamento Apícola. Cia da Abelha. 
SOARES, Ademilson Espencer Egea; FREITAS, Geusa Simone de; AKATSU, Ivan Paulo; SANTANA, Weyder Cristiano. Introdução ao Mundo das Abelhas. USP, Ribeirão Preto, 2011.
SENAR. Mel: manejo de apiário para produção do mel. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. 2. ed. Brasília: SENAR, 2010. (Coleção SENAR; 142)
SENAR. Abelhas Apis mellifera: instalação do apiário. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. 3. ed. Brasília: SENAR, 2011. (Coleção SENAR; 141)
SOUZA, Celso Ribeiro Cavalcante de. Capacitação na Apicultura: produção de pólen. Módulo III.  SENAR. São Paulo 2012. 
WOLFF, L. F.; LOPES, M. T. do R.; PEREIRA; F. de M.; CAMARGO, R. C. R. de; NETO, J. M. V. Localização do Apiário e Instalação das Colmeias. EMBRAPA. Documento 151. Teresina, dezembro de 2006. 
CADERNOS TÉCNICO DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA. Apicultura. N 96, junho de 2020. CRMV-MG.
WOLFF, Luis F.; ALVES, Rosângela da C.; WOLFF, Claudia B. Confecção de jaleco de proteção para apicultura. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2009. 28 p. (ABC da Agricultura Familiar, 22).
BRETZ, W. Própolis: muito além de um antibiótico natural. Petrópolis, RJ: Vozes, 2020 (Coleção Medicina Alternativa).  
WOLFF, L. F. Como alimentar enxames. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2011. 51 p. (ABC da Agricultura Familiar, 31).

Fonte: elaborado pela pesquisadora 

Elaboração da Árvore de Domínio

Para atingirmos o objetivo temático do nosso trabalho, elaboramos uma árvore de domínio, ou seja, um mapa conceitual. Baseados em Krieger e Finnato (2004, p.134), “uma árvore de domínio é um diagrama hierárquico composto por termo chave de uma especialidade semelhante a um organograma”. Portanto, esse mapa conceitual é uma parte importante da pesquisa terminológica.

No nosso trabalho, os termos extraídos para a árvore de domínio foram escolhidos previamente, para tornar possível uma aproximação mais sistemática do nosso campo de especialidade, buscando respeitar as ramificações das áreas-objeto.

Para a pesquisa no campo da Apicultura, nós planejamos os seguintes subdomínios: Biologia das Abelhas; Apiário; Manejo; Produtos Apícolas; 

          Figura 2: Mapa Conceitual da Apicultura

 Fonte: elaborado pela pesquisadora

Apontamentos sobre as Fichas Terminológicas

Os trabalhos terminológicos pressupõem várias etapas para a construção do produto, que podem ser um glossário, vocabulários específicos ou dicionários. Entre essas etapas, consideramos as fichas terminológicas uma das mais importantes, porque organiza os dados recolhidos. A autora Cabré (1993) exemplifica o que pode ser uma dessas fichas:

Las fichas terminológicas son materiales estructurados que deben contener toda la información relevante sobre cada término. Las informaciones que presentan se extraen de las fichas de vaciado o de la documentación de referencia, y se representan siguiendo unos criterios fijados previamente.Hay muchos modelos de fichas terminológicas, de acuerdo com los objetivos de cada trabajo y las necesidades de cada organismo. De entrada, podemos distinguir entre fichas monolingües, fichas monolingües com equivalencia y fichas bilingües o plurilingües.

Sabemos que as fichas terminológicas passaram muito tempo sendo elaboradas e preenchidas manualmente, e que esse trabalho dependia de muito tempo dos lexicólogos/terminólogos. Então, foi a partir do avanço tecnológico computacional, que as fichas começaram a ser informatizadas e o formato para pesquisa em corpora cresceu, com a chegada da Linguística de Corpus.

Pesquisas Terminológicas e o Público-alvo

As pesquisas terminológicas, em geral, precisam definir um público-alvo para desenhar estratégias, que atinjam as necessidades de pessoas com um determinado perfil, proporcionando informações léxico-semânticas de áreas de conhecimento especializadas quando consultadas. Nosso público-alvo está voltado para estudantes (iniciantes), profissionais da área como professores e pesquisadores.

O Processo e a descrição da proposta voltado à microestrutura do glossário

Nesse espaço, caracterizamos como se deu o processo de produção da proposição da microestrutura, que são essenciais para o formato da nossa pesquisa, vejamos os três passos: 

  1.  Escolha de critérios para a recolha dos termos especializados;
  2.  Elaboração das fichas terminológicas e seu devido preenchimento;
  3.  Escolha de critérios para organizar a microestrutura do glossário.

INSTRUMENTOS PARA RECOLHA DE DADOS E ANÁLISES 

    Como já mencionado utilizamos a ferramenta computacional Sketch Engine (SE) pois possui como um dos principais recursos ‘esboço de página’, ou seja, resumos de páginas automáticas, procedente de um corpus, de comportamento gramatical e de colocação de uma palavra, ferramenta computacional que permite se carregar um corpus textual de até 1 milhão de palavras (na versão gratuita), que podem ser tematizados automaticamente. O (SE) também possui um corpus de referência já inserido no sistema. O linguista de corpus e lexicógrafo Adam Kilgarriff participou como coautor deste programa que suporta e fornece corpora em pelo menos 90 idiomas. Informação coletada do Idiomas no Sketch Engine (2018).

O primeiro passo foi utilizamos as ferramentas da seguinte forma: abrimos o programa Sketch Engine e selecionamos a ferramenta 1-Manage Corpus para adicionarmos os textos escolhidos sobre Apicultura e Meliponicultura e, com isso, criamos as Corpora utilizando os comandos nessa sequência, passo 2-Make Bigger, 3– I Have My Own Texts, 4-Upload Files, 5- Compile Corpus, 6- Corpus Dashboard.

          Após a compilação dos corpora intitulado Apicultura, utilizamos a função WORD SKETCH para encontramos as colocações e combinações dos termos, na forma BASIC e digitamos o lema (a forma básica como seria visto em um dicionário, ou seja, infinitivo para verbos, singular para substantivo etc.). Ainda na função Word Sketch na forma ADVANCED selecionamos o lema; Subcorpus (onde, as colocações podem ser calculadas a partir de todo o corpus ou apenas de sua parte subcorpus) e clicamos ok; em seguida aparece AS A LIST – que está relacionado à frequência mínima; frequência máxima; com colocações e frequência por milhão. Observamos a demonstração a seguir:

Figura 3: Word Sketch, As a List, segunda janela

Fonte: Sketch Engine

A partir dessa informação fizemos a primeira análise do corpus e observamos as listas de palavras retiradas dos termos simples e compostos juntamente com suas frequências. Ao analisarmos, preferimos separar alguns itens em tabelas para facilitar a organização do nosso trabalho. Como apresentamos abaixo. 

Quadro 2: Termos Simples

APICULTURA

Nº TERMOSFREQUÊNCIA
1Apicultor4.682
2Abelha28.256
3Aerogeradores2.643
4Carretilha3.696
5Centrifugação1.689
6Cera22.500
7Colmeia8.344
8Colônia15572
9Decantação2539
10Formão531
11Fumigador83
12Manejo88.007
13Mel74.336
14Ninho34818

          Fonte: elaborado pela pesquisadora

Na sequência, para vermos quais seriam os possíveis termos compostos da área análise, utilizamos a ferramenta N-GRAMS, e obtivemos 3.137 termos dos quais extraímos os que entendemos ser mais relevantes para nossa pesquisa.

     Figura 4: Ferramenta N-Grams

  Fonte: Sketch Engine

         No momento em que analisamos os termos compostos, fizemos a extração de alguns itens, e continuamos separando esses termos em tabelas para dar praticidade ao nosso trabalho, pois as listas após a escolha dos termos serviriam para preencher as fichas terminológicas.     

Quadro 3: Termos Compostos

APICULTURA

TermosFrequênciaTermosFrequência
1Abelhas operárias498Tela excluidora146
2Cera alveolada979Gênero Apis30
3Cria operculada3610Colmeia de quadro150
4Geleia real11111Alvéolos de operárias32
5Pólen apícola4512Colmeia materna176
6Postura da rainha3213Enxameação natural76
7Pão de pólen6214Larvas jovens70

      Fonte: elaborado pela pesquisadora

 Ao terminarmos a primeira análise do corpus, sobre os termos simples e compostos do objeto pesquisado, criamos as palavras-chave, para encontrarmos os subdomínios, e assim, utilizamos a ferramenta KEYWORD nas formas BASIC e ADVANCED. Consideremos o passo a passo dos comandos que nós utilizamos.  No caso, para recolha de palavras-chave simples, a ferramenta BASIC (SINGLE-WORD), e para palavras-chave compostas o ADVANCED (MULTI-WORD TERMS). Como representados nos comandos abaixo

    Figura 5: Keywords

 Fonte: Sketch Engine
Figura 6: Keyword na função Single-words

 Fonte: Sketch Engine

Ao analisarmos no corpus as palavras-chave da Apicultura, tivemos o cuidado de atentar para a quantidade de frequência que essas palavras apareciam. Logo após, selecionamos os subdomínios para serem utilizados na árvore de domínio

Quadro 4: KEYWORD (palavras-chave da Apicultura)

TERMOSFREQUÊNCIA
1Produtos Apícolas122.713.83
2Beneficiamento103.45
3Biologia das abelhas45.180.10
4Manejo21.173.85
5Apiário1.536.66

Fonte: Elaborado pela pesquisadora

        Desse modo, percebemos que a quantidade de palavras frequentes que apareciam nesse corpus fazia jus ao nosso mapa conceitual, elaborado anteriormente. Assim, decidimos permanecer com as mesmas palavras-chave para a formação dos subdomínios. Após recolher os termos simples e compostos e as palavras-chave, o próximo passo foi observar contextos de uso no contexto em forma de lista e, para isso, utilizamos a ferramenta CONCORDANCE, que apresentou concordâncias que serviram para preenchimento do item (contextos) do nosso glossário demonstrativo. Disponibilizaremos aqui, o passo a passo.

Fonte: Sketch Engine
Figura 8: Tela Concordance Context

 Fonte: Sketch Engine

          Figura 9: Tela Concordance segunda modelo

 Fonte: Sketch Engine
Figura 10: Exemplo de contextos na função Concordance

  Fonte: Sketch Engine

Em síntese: separamos os textos assessorados por técnicos; estudamos o software; compilamos os corpora; extraímos os termos simples e compostos com as referidas frequências; as palavras chaves; as concordâncias; os contextos: a forma básica como seria visto em um dicionário, ou seja, infinitivo para verbos, singular para substantivo etc.; separamos os textos em tabelas; dividimos os subdomínios e os domínios e criamos a Árvore de Domínio.

Quadro 5: Árvore de Domínio Resumida

Fonte: elaborado pela pesquisadora

Organização das Fichas Terminológicas

Elaboramos as fichas terminológicas selecionando os termos extraídos do programa computacional Sketch Engine, após preenchermos a árvore de domínio, como exemplo, mostraremos apenas quatro delas, pelo motivo da tese ainda está em andamento. A ficha terminológica a qual elaboramos para esta pesquisa contém os itens abaixo:

 Quadro 6: Ficha Terminológica de termos


FICHA TERMINOLÓGICA DE TERMOS SIMPLES DA APICULTURA
INFORMAÇÕES GERAIS
INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual do Rio Grande do Norte, Campus – Pau dos Ferros.
NOME DO PROJETO: VARIAÇÃO TERMINOLÓGICA DA APICULTURA: ELEMENTOS PARA UM GLOSSÁRIO 
AUTOR DA FICHA: Maria Betânia de Araújo Rodrigues
FICHA: 01
TERMO ENTRADA: Mel
INFORMAÇÃO GRAMATICAL: n. m. 
DEFINIÇÃO:  O mel é um alimento produzido pelas abelhas melíferas, produzidos a partir do néctar das flores ou de partes vivas das plantas, é um produto higroscópico, por ter uma alta capacidade de absorver água. Ele é elaborado ao redor dos favos de cria, onde a temperatura varia em torno de 34ºC – 35ºC. O mel pode ser classificado com a sua origem em mel floral, quando é obtido néctares das flores e mel de melato quando é obtido a partir de secreções das partes vivas das plantas.
FONTE DA DEFINIÇÃO: Apicultura: Manual do Agente de Desenvolvimento Rural. Organizado por Darcet Costa Souza _ 2 edi. ver.. Brasília: Sebrae, 2007. 186p.
CONTEXTO: Sendo o mel um alimento necessário que se adote medidas higiênicas desde a colheita no apiário. Para colher o mel os apicultores devem estar em boas condições de saúde e realizar procedimentos de higiene pessoal. Os utensílios e indumentarias devem estar limpos com atenção especial para as luvas 
FONTE DO CONTEXTO: Apicultura: Manual do Agente de Desenvolvimento Rural. Organizado por Darcet Costa Souza _ 2 edi. ver.. Brasília: Sebrae, 2007. 186p.
SUBDOMÍNIO: Produtos Apícolas 
REMISSIVA (S): Melgueira, melato, meleiro

Quadro 7: Ficha Terminológica de termos

    Fonte: elaborada pela pesquisadora

    Critérios Elaborados para a organização da Microestrutura

             Elaboramos nossa proposta considerando trabalhos anteriormente produzidos para a produção de dicionário ou glossários, no que se refere à organização da microestrutura.

    De acordo com Barbosa (1995, p. 266), a microestrutura voltada para a organização de uma obra terminológica, poderá ser formada por:

    Quadro 7: Exemplo de Microestrutura de uma obra terminológica

    Ao organizarmos a nossa pesquisa, fizemos a escolha do modelo de microestrutura apresentado por Barbosa (1995), como mencionado no quadro acima. Porém, adequamos à nossa realidade.

    Quadro 8: Organização da Microestrutura

    Fonte: Elaborado pela pesquisadora

    Portanto, descreveremos como se especifica cada elemento que formam o verbete: 

    a) Termo entrada – é a parte principal do glossário, é a partir desse termo que a unidade léxica de qualquer extensão, que na composição do verbete lexicográfico, é objeto de definição ou explicação, e que porventura de tratamento enciclopédico (PONTES, 2009). Devemos utilizar algumas regras que já são definidas como: a utilização de letras maiúsculas, em negrito e tematizadas, podendo ter a forma de substantivo e o adjetivo no masculino singular, aparecendo verbos deverão ficar no infinitivo.

    b) Paradigma informacional – (categoria gramatical), mostrando a natureza do termo. Estará disposto em itálico e abreviado. Vejamos: Adjetivo – adj.

    c) Paradigma Definicional – De acordo com Almeida (2006, p. 90), “para a elaboração da definição terminológica parte da busca por contextos explicativos e definitórios no próprio corpus e na fase definicional”. No nosso estudo optamos pela definição por compreensão, pelo fato dela descrever o conteúdo do conceito. O termo é apresentado genericamente seguido de características que os individualizam.

    d) Paradigma Pragmático – apresenta-se entre sinais < > amostra de emprego específico da qual a área foi deslocada do contexto.

    e) Remissivas – elas podem existir ou não, remetem ao consulente, outro termo que se relaciona ao termo do verbete.

    f) Notas – são usadas para dar outras informações, se necessário, a respeito do termo no verbete. 

    Apresentamos uma simples amostra de verbete de como consultar o glossário da Apicultura e no andamento da tese melhoramos a amostra e faremos o glossário demonstrativo da Meliponicultura.

    GLOSSÁRIO DEMONSTRATIVO – APICULTURA

    DESOPERCULAÇÃO: n.f.

    É um processo feito à mão ou à máquina para retirar os opérculos dos favos; quando feito à mão se utilizada uma faca bem afiada, aquecida em água quente para cortar a cera, já o processo também pode ser feito pelas máquinas que dois rolos passados seguindo a borda do caixilho que contém o favo de mel.

    FONTE: Apicultura: Manual do agente de desenvolvimento rural. Organizado por Darcet Costa Souza. 2 ed. rev. Brasília: Sebrae, 2007. 186p.

    < > As melgueiras devem ser levadas para a sala de manipulação à medida em que se vai processando a desoperculação, evitando assim o acúmulo de caixas. Com o objetivo de organizar o trabalho na sala de manipulação, deve-se estabelecer um local para a colocação das melgueiras com quadros a serem desoperculados, assim como, com os quadros já centrifugados; A melgueiras devem ser mantidas sobre estrados plásticos. A desoperculação será realizada por pessoal treinado para esta tarefa e será realizada com o auxílio de garfos e facas desoperculadoras, em uma mesa desoperculadora.

    FONTE: Apicultura: Manual do agente de desenvolvimento rural. Organizado por Darcet Costa Souza. 2. ed. rev. Brasília: Sebrae, 2007. 186p.

    TR.: opérculos, desopercular, desoperculados.

    CONSIDERAÇÕES FINAIS

              A criação de abelhas Apis mellifera vem crescendo a cada ano no Brasil, contribuindo com a economia do país, a criação racional intitulada de Apicultura, aplicada com as técnicas corretas tem sempre bons resultados, não sendo necessário grandes proporções de terra para sua exploração, apenas pasto apícola e uma agrofloresta em seu entorno, não polui nem destrói o meio ambiente e é uma atividade desenvolvida por pequeno produtor rurais ou agricultor familiar, sendo uma atividade muito importante para o processo de polinização dos ecossistemas. (EMBRAPA, 2007).

                   Dessa forma, ao iniciarmos essa pesquisa, utilizamos alguns trabalhos prévios que nos deram respaldo como já mencionados anteriormente. Então preocupados em colaborar com trabalho termográficos, elaboramos uma proposta sobre elementos para um glossário, partindo da TCT,   formamos um corpus com referências bibliográficas sugeridas por um especialista da área, a partir de textos especializados, e extraímos textos e contextos de uso, e uma metodologia utilizando a ferramenta computacional Sketch Engine, que facilitou o trabalho, escolhemos os termos mais frequentes e organizamos em uma árvore de domínio e as fichas terminológicas a qual dispusemos apenas uma pelo formado do texto que aqui apresentamos com dados retirados do corpus.

              No percurso do trabalho foi possível responder as perguntas feitas na   introdução 1) para a elaboração de um glossário terminológico da Apicultura, quais serão as bases teóricas utilizadas?  e 2) Qual a metodologia de investigação terminológica, que contribuirá no desenvolvimento de conceitos?

            Por meio dessa pesquisa, podemos concluir que trabalhos término gráficos  na área da Apicultura são muito úteis, pois a área encontra-se em expansão no Brasil, representando um aumento econômico significativo para pequenos produtores rurais e de forma geral na  agricultura familiar, além da preservação do meio ambiente com o processo de polinização que as abelhas fazem. Embora essa contribuição tenha sido pequena. Todavia esperamos que a pesquisa contribua como incentivo para outras futuras sobre este assunto, a fim de contribuir com os termos da Apicultura.

    REFERÊNCIAS

    ALMEIDA, Gladis Maria de Barcellos. A Teoria Comunicativa da Terminologia e a sua prática. In: Alfa, São Paulo, v. 50, n. 2, p. 85-101, 2006.

    APICULTURA: Manual do agente de desenvolvimento rural. Organizado por Darcet Costa Souza. 2. ed. rev. Brasília: Sebrae, 2007. 186p.

    BARBOSA, Maria Aparecida. Contribuição ao estudo de aspectos da tipologia de obras lexicográficas. Ciência da Informação, Brasília, v. 24, n.3, set / dez 1995.

    BEBER SARDINHA, Tony. Linguística de Corpus: histórico e problemática. DELTA, v. 16, n. 2, p. 323-367, 2000. 

    BERBER SARDINHA, Tony. Linguística de Corpus. São Paulo: Manole, 2004.

    BIRDEMAN, Maria Tereza Camargo. As Ciências do Léxico: lexicologia, lexicografia, terminologia. 2. ed. Campo Grande, MS: Es. UFMS, 2001. 268 p

    CABRÉ, Maria Thereza. La terminología – teoría, metodología, aplicaciones. Tradução castelhana de Carles Tebé. Barcelona: Editorial Antártida/Empúries, 1993. 529 p.

    CABRÉ, Maria Thereza. Importancia de la terminología en la fijación de la lengua. Revista internacional de língua portuguesa. Lisboa: Editorial Notícias, n. 15, p. 9-24, jul. 1996.

    CABRÉ, Maria Thereza. La terminología: representación y comunicación – elementos para una teoría de base comunicativa y outros artículos. Barcelona: Institut Universitari de Lingüística Aplicada, 1999, 369 p.

    EMBRAPA. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Criação de Abelhas (apicultura). ABC da agricultura familiar. Brasília, DF: Embrapa Informações Tecnológicas. 2007. Disponível em: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/11943/2/00081610.pdf. Acesso em: 06 dez. 2022.

    KRIEGER, M. T. O termo: questionamentos e configurações. In: Kriger, M. T. e Maciel, A. M. B. Temas de Terminologia. Porto Alegre/São Paulo: Editora Universidade/UFRGS/Humanitas/USP, 2001.

    KRIEGER, Maria da Graça; FINATTO, Maria José Bocorny. Introdução à terminologia: teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2004.

    MAIA-PIRES, Flávia de Oliveira. Algumas informações sobre software Sketch Engine. Apostila. UnB, 2019.

    PERUCHI. Rosane Malusá Gonçalves. O Léxico da Apicultura e da Meliponicultura no Brasil: limites e flexibilidade para sua fixação em um dicionário terminológico. 2014. 447 f. Tese (Doutorado em Língua Portuguesa e Linguística) Universidade Estadual de São Paulo. Araraquara, 2014.

    PONTES, Antônio Luciano. Os termos da cultura e industrialização do caju. Tese (Doutorado em Linguística) – Universidade Estadual de São Paulo Júlio de Mesquita – UNESP, 1996. 

    SKETCH ENGINE. Learn How Language Work. Disponível em: https://www.sketchengine.eu

    WEINRICH, H. A verdade dos dicionários. In: VILELA, Mario (org.) Problemas de lexicologia e lexicografia. Porto: Civilização, 1979, p.314-337.