UTILIZAÇÃO DA BANDAGEM ELÁSTICA EM ATLETAS DE FUTEBOL

USE OF ELASTIC BANDAGING IN SOCCER ATHLETES

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.11395813


Day Mara de Souza1
Fernanda Ferrari2
Thalita Bárbara Gomes de Souza3
Orientadora: Profª. Hana Barros Bezerra Lobo de Brito


Resumo: A utilização da bandagem elástica em atletas de futebol tem ganhado notoriedade como recurso complementar na fisioterapia esportiva, destacando-se principalmente por suas potenciais aplicações na prevenção de lesões e na recuperação muscular. Este método, que envolve a aplicação de fitas elásticas adesivas sobre a pele, é recomendado pelos fabricantes por sua capacidade de oferecer suporte e estabilidade aos músculos e articulações sem restringir o movimento. A flexibilidade e a aderência da bandagem elástica permitem que ela acompanhe os movimentos dinâmicos típicos do futebol, o que é crucial para atender às demandas de um esporte que exige velocidade, resistência e agilidade. Além disso, a bandagem elástica atua na circulação sanguínea e linfática, podendo reduzir o inchaço e melhorar a recuperação de lesões musculares. Esta característica é particularmente benéfica em um ambiente esportivo onde contusões e lesões são comuns. O estudo utilizou uma metodologia exploratória e qualitativa, focando em uma revisão bibliográfica de artigos selecionados nas bases de dados Scielo, PUBMED e PEDro, publicados entre 2019 e 2024. Os resultados revelam que, embora a bandagem elástica proporciona alívio temporário da dor e possa melhorar a percepção de estabilidade articular, seus efeitos diretos sobre o aumento do desempenho esportivo são limitados. O estudo também destaca a necessidade de pesquisas futuras para aprofundar o entendimento sobre a eficácia da bandagem em diferentes contextos esportivos. O objetivo geral do trabalho é apontar os benefícios que a bandagem elástica pode proporcionar aos atletas de futebol.

Palavras-chave: Fita Atlética. Bandagem Elástica. Atletas de Futebol

Abstract: The use of elastic bandaging in soccer players has gained notoriety as a complementary resource in sports physiotherapy, standing out mainly for its potential applications in injury prevention and muscle recovery. This method, which involves applying adhesive elastic bands to the skin, is recommended by manufacturers for its ability to offer support and stability to muscles and joints without restricting movement. The flexibility and adherence of the elastic bandage allows it to accompany the dynamic movements typical of soccer, which is crucial for meeting the demands of a sport that requires speed, endurance and agility. In addition, the elastic bandage acts on blood and lymph circulation, which can reduce swelling and improve recovery from muscle injuries. This feature is particularly beneficial in a sports environment where bruises and injuries are common. The study used an exploratory and qualitative methodology, focusing on a bibliographic review of articles selected from the Scielo, PUBMED and PEDro databases, published between 2019 and 2024. The results reveal that although elastic bandaging provides temporary pain relief and can improve the perception of joint stability, its direct effects on increasing sports performance are limited. The study also highlights the need for future research to deepen understanding of the effectiveness of bandaging in different sporting contexts. The overall aim of the study is to point out the benefits that elastic bandaging can provide to soccer athletes.

Key-words: Athletic tape. Elastic bandage. Soccer athletes

1  INTRODUÇÃO

A fisioterapia esportiva tem evoluído significativamente nas últimas décadas, buscando constantemente novas abordagens e técnicas para otimizar a recuperação e o desempenho dos atletas. Entre as inúmeras modalidades terapêuticas disponíveis, a aplicação da bandagem elástica emergiu como uma intervenção promissora, suscitando considerável interesse entre profissionais da saúde e praticantes de atividades físicas, em particular, atletas de alto rendimento (Annino et. al., 2022).

A bandagem elástica foi desenvolvida pelo japonês Dr. Kenzo Kase na década de 1970 (Annino et. al., 2022), e é reconhecida atualmente por sua aplicabilidade no esporte. Essa técnica tem sido estudada intensivamente quanto à sua eficácia na prevenção de entorses de tornozelo, lesões musculares e tendinites, visando fornecer suporte externo aos músculos e articulações, reduzindo o risco de lesões durante atividades físicas (Lee, 2020), além de potencial melhora, na propriocepção e estabilização articular, o que é essencial para prevenir lesões em esportes que envolvem corridas, saltos e mudanças rápidas de direção (Rahane et. al., 2020).

A aplicação da bandagem é proposta para melhorar a performance física e auxiliar na recuperação e prevenção de lesões sendo sugerida para ajudar atletas a melhorar a consciência corporal e o controle de movimentos, o que pode ser crítico em esportes que exigem alta coordenação e estabilidade articular (Martonick et. al., 2020).

Outro aspecto relevante da aplicação da bandagem é a sua potencial capacidade de melhora da circulação sanguínea e do líquido linfático, ajudando na remoção de metabólitos que podem causar dor e inflamação, e na redução de edemas, sendo um processo crucial para a recuperação rápida de lesões musculares e para a manutenção da saúde muscular a longo prazo (Annino et. al., 2022). Além disso, estudos têm indicado que a aplicação de bandagem elástica pode influenciar na percepção de dor em atletas, possivelmente devido a mecanismos de modulação sensorial que alteram os sinais de dor enviados ao cérebro, o que permite que os atletas continuem a treinar e competir enquanto gerenciam condições de dor leve a moderada. (Martonick et. al., 2020).

Enquanto alguns estudos indicam benefícios mínimos ou nenhum em comparação com outras modalidades de tratamento ou com a ausência de bandagem, outros sugerem que certas populações, como aqueles com desordens específicas ou padrões de movimento prejudicados, podem experimentar melhorias no controle muscular e articular (Martonick et. al., 2020).

A realização deste trabalho científico reside na necessidade de aprofundar o entendimento sobre os efeitos da bandagem elástica especificamente em atletas de futebol. Tendo em vista que este esporte demanda uma combinação única de força, velocidade, resistência e agilidade, e lesões musculoesqueléticas são comuns devido às exigências físicas da prática. Portanto, investigar a eficácia e os benefícios desta técnica específica nesse contexto torna-se fundamental para orientar práticas clínicas e protocolos de tratamento mais eficazes para atletas de futebol.

Esse trabalho tem como objetivo apontar quais benefícios a bandagem elástica pode proporcionar aos atletas de futebol.

2  PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O presente estudo adotou a revisão bibliográfica como método de pesquisa, que caracteriza analisar informações disponibilizadas por estudos relevantes sobre determinado tema. A pesquisa ocorreu nas seguintes bases de dados: Scielo, Pubmed e PEDro e foram utilizados os descritores: Fita Atlética; Bandagem elástica; Atletas de futebol. Foram definidos como critérios de inclusão artigos originais, com o idioma em português e inglês, com publicações de 2019 a 2024, que abordavam o uso da bandagem elástica em atletas de futebol, e foram excluídos os artigos que não se relacionavam diretamente com a proposta estudada. Com base nisso, o fluxograma 1 aborda a metodologia utilizada para a seleção dos artigos na base de dados e os critérios utilizados.

Fluxograma: Produzido pelos autores – 2024.

3  DESENVOLVIMENTO

A literatura recente sobre o uso da bandagem elástica em contextos esportivos revela uma série de descobertas variadas, algumas apontando para eficácia limitada e outras sugerindo benefícios mínimos. Neste comparativo, examina-se em detalhe a pesquisa conduzida por Annino et. al. (2023) e Hanayouglu et. al. (2023), destacando-se as conclusões divergentes e explorando as potenciais razões para tais diferenças.

Annino et. al. (2023) concluíram que a bandagem elástica não proporciona uma melhoria imediata nas habilidades funcionais em jogadores de futebol ou outras modalidades esportivas. Esse estudo sugere que, embora a bandagem seja amplamente utilizada com a expectativa de potencializar o desempenho esportivo de forma rápida, na realidade, ela não oferece vantagens significativas nesse sentido para atletas saudáveis. A recomendação dos autores para estudos futuros é de explorar durações de aplicação mais longas e diferentes técnicas de aplicação, como a inibitória, para verificar se podem haver impactos diferenciados no desempenho.

A variação nos resultados desses estudos pode ser atribuída a vários fatores, incluindo diferenças nas metodologias aplicadas, nas características dos participantes, na localização exata e na técnica de aplicação da bandagem, bem como nos objetivos específicos de cada estudo. Enquanto Annino et. al. (2023) focam em uma visão mais geral da funcionalidade sem mudanças imediatas, Hanayouglu et. al. (2023) exploram melhorias específicas em tarefas de agilidade após 48 horas do uso da bandagem elástica.

A aplicação da bandagem elástica em contextos esportivos, especialmente em esportes como futsal e futebol, onde as lesões são frequentes, gera debate e discussão quanto à eficácia real do método. Através da análise das conclusões de três estudos distintos Alrawaili (2019), Rahane et. al. (2020) e Lee (2020) é possível observar tantos pontos de convergência quanto divergências significativas em suas descobertas, que ilustram a complexidade da aplicação da bandagem elástica e o espectro de respostas fisiológicas que ela pode provocar.

Lee (2020), examinando um caso específico de entorse aguda por inversão de tornozelo, conclui que a bandagem elástica pode ser eficaz no tratamento dessa condição. Já Inglês et. al. (2019) relatou que o uso da bandagem elástica na correção funcional do tornozelo não é eficaz no controle postural estático e dinâmico. Contudo, Lee (2020) adverte sobre a carência de evidências mais abrangentes e sugere a necessidade de pesquisas mais extensas para validar a eficácia da bandagem em uma variedade maior de casos. Este ponto é essencial, pois ressalta a variabilidade na eficácia da bandagem elástica, dependendo das circunstâncias específicas do tratamento e da natureza da lesão.

No entanto, as divergências deste estudo surgem quanto à capacidade da bandagem elástica de influenciar aspectos como desempenho físico, a estabilidade articular e a recuperação a longo prazo. Enquanto Hanayouglu et. al., (2023) observam uma melhoria no desempenho da agilidade, Lee (2020) sugere que os resultados podem não ser generalizáveis, destacando a necessidade de investigações adicionais para fundamentar as práticas de bandagem.

Na análise comparativa entre quatro estudos distintos que avaliam a eficácia da bandagem elástica em diferentes contextos esportivos, fica evidente a diversidade de resultados e conclusões obtidas por cada grupo de pesquisa. Os estudos de Abellán et. al. (2021), Alrawaili (2019) e Hanayoğlu et. al. (2023) oferecem uma perspectiva abrangente sobre como a bandagem elástica pode afetar o desempenho esportivo, a agilidade e a recuperação de lesões.

Abellán et. al. (2021), por sua vez, investigaram os efeitos imediatos e após 24 horas da aplicação da bandagem elástica nos músculos quadríceps e glúteo máximo, concluindo que não houve impacto significativo no desempenho de saltos ou corridas. Este estudo realça que a eficácia da bandagem pode ser limitada ou variar dependendo do tipo de atividade e do grupo muscular alvo, ecoando a necessidade de pesquisas mais aprofundadas que Lee (2020) também sugere.

Alrawaili (2019) também não encontrou diferenças significativas no torque de pico e no trabalho total dos músculos quadríceps após a aplicação de bandagem elástica, indicando que a bandagem pode não melhorar o desempenho muscular em atletas jovens e saudáveis. Este resultado corrobora com as conclusões de Abellán et. al. (2021) ao sugerir que o impacto da bandagem pode ser limitado ou específico a certas condições ou tipos de exercício.

Por último, Hanayoğlu et. al. (2023) observaram que a bandagem elástica não melhorou significativamente a velocidade, agilidade e flexibilidade em árbitros de futebol, apesar de ter notado um aumento na agilidade 48 horas após a aplicação em músculos específicos.

4  RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram selecionados 07 artigos que abordam a utilização da bandagem elástica em atletas de futebol, essa seleção dos textos permitiu uma abordagem mais precisa do estudo, garantindo que a análise final fosse construída com base em fontes de alta qualidade e pertinência para o tema em questão. Baseado nisso, o Quadro 1 apresenta as particularidades pertencentes a cada estudo.

Quadro 1 – Classificação dos artigos publicados a partir de 2019 que relacionam o tema utilização da bandagem elástica em atletas de futebol

Autor / AnoObjetivoMetodologiaResultadosConclusão
Annino, et al,2023Investigar os efeitos agudos da aplicação da fita Kinesio (KT) no desempenho funcional de atletas saudáveisNeste estudo cruzado randomizado e controlado, um total de dezesseis jogadores de futebol saudáveis foram distribuídos aleatoriamenteemKT sobre quadríceps, KT sobre isquiotibiais, KT sobre quadríceps mais isquiotibiais ou nenhuma intervenção. condição de controle.Os testes de corrida, salto e flexibilidade foram utilizados para avaliar o desempenho funcional de atletas saudáveis.Um total de dezesseis participantes completaram o estudo. Não foram relatadas diferenças significativas nos testes de salto, flexibilidade e corrida entre as condições ( p >0,05).A aplicação do KT não parece ser útil na melhoria imediata do desempenho funcional em atletas saudáveis, especificamente jogadores de futebol. Noentanto, estudos adicionais com o aumento do tempode aplicação e utilizando a aplicação de inibição do KT são fortemente recomendados para compreender o efeito da aplicação do KT no desempenho atlético.
Hanayouglu et al, 2023Examinar o efeito dafita(KT) aplicada em diferentes partes do corpo na velocidade, agilidade e flexibilidade.Participaram do estudo 32 voluntários do sexo masculino com idade entre 18 e 38 anos. O KT foi aplicado nos músculos quadríceps e gastrocnêmio dos atletas em 4 momentos diferentes com intervalos de uma semana.Não foi encontrada diferença significativa entre os valores de velocidade, agilidade e flexibilidade do KT. Verificou-se que houve aumento no desempenho de agilidade em ambos os grupos musculares nas medidas de 48 horas após a aplicação do KT, aumentou o desempenho de velocidade apenas no músculo gastrocnêmio (p<0,05) e não aumentou o desempenho de flexibilidade em ambos os grupos musculares. Não houve melhoraestatisticamente significativa nas medidas de 30 minutos e 24 horas(p>0,05).Pode sugerir que a aplicação do KT nos músculos quadríceps e gastrocnêmio com 25-50% de tensão por48 horas é eficaz na melhoria do desempenho da agilidade.
Abellán al., 2021etAnalisar o efeito do KT no salto com contramovimento (SCM) e nos sprints de 20m (sp) imediatamente e 24 horas após sua aplicação no quadríceps do glúteo máximo.37 jogadores de futebol do sexo masculino foram distribuídos aleatoriamente em um dos três grupos: grupo experimental; ativação KT (KTact), grupo placebo: fita simulada (KTst) e grupo controle (GC).Os resultados intergrupos não encontraram diferenças significativas no pós-teste(CMJ, p = 0,115; sp, p = 0,307) ou após 24 horas (p =0,053).A aplicação do KT no glúteo máximo e quadríceps em jovens jogadores de futebol aumenta o tempo de execução do sprint imediatamente e 24 horas após a aplicação, mesmo que o tempo de execução do sprint não tenha sido maior que um décimo de segundo(0,08 s).
Rahane et al.2020 Verificar o efeito dos exercícios convencionais de fisioterapia versus Kinesiotaping em jogadores de futebol com fascite plantar.Foram incluídos 40 jogadores de futebol com fascite plantar.Eles foram divididos aleatoriamente em 2 grupos com 20 indivíduos cada. O Grupo A foi tratado com exercícios convencionais e o Grupo B com Kinesiotaping juntamente com exercícios convencionais durante duas semanasDe acordo com o resultado, noGrupo A e no Grupo B hádiferença significativa na dor e nas medidas do índice de função do pé com valor de p< 0,0001.Os resultados obtidos no estudo de ambos os grupos deste estudo sugerem que no tratamento da fascite plantar a terapia convencional associada ao Kinesiotaping é mais eficaz do que a terapia convencional isoladamente.
Lee, 2020 Investigar os efeitos de curto prazo da bandagem de eversão de tornozelo (AET) usando fita cinesiológica em entorses agudas bilaterais de inversão de tornozelo em um goleiro amador defutebol universitárioEstudo de caso – A bandagem de tornozelo foi aplicada por duas semanas (média de 16 horas/dia) em um goleiro de 24 anos com entorse aguda de inversão de tornozelo grau 2 bilateral com inchaço (tornozelo esquerdo mais grave) durante uma partida de futebol.O sujeito teve um escore de desfecho pé-tornozelo(FAOS) de 41%; pontuações na escala visual analógica (EVA) de 5/10 e 7/10 para os tornozelos direito e esquerdo, respectivamente; pontuação na escala funcional e de dor específica do paciente (PSFS) de12/50; e amplitude limitada de movimento do tornozelo.Os dados apresentados neste relato de caso parecem provar que esta intervenção foi um método de tratamento bem-sucedido, mas não há comprovação científica deque este método será umtratamento clínico bem-sucedido em todos os casos de entorse aguda por inversão de tornozelo com inchaço.
Inglês, et2019al.,Determinar   o efeito do KT, sozinho ou em combinação comexercícios de equilíbrio (BE), sobre parâmetros relacionados ao controle postural, como equilíbrio dinâmico, equilíbrio estático e flexibilidade.Estudo randomizado com 44 jogadores de futebol amador do sexo masculino entre 24 45 anos divididos em 3 grupos: KT(kinesiotape) + BE ( exercícios de equilíbrio); KTp (Kinesiotape placebo) + BE e KT isoladamente. O período de intervenção durou 4 semanas. Foram realizadas três avaliações: no início do estudo (pré), ás 2 semanas (durante) eObservada   melhora significativa no SEBT (Star Excursion Balance Teste) durante e pós treinamento e no UST ( Teste de apoiounipodal) pós treinamento, mas não houve melhora no TTT ( Teste de toque no dedo do pé) nos grupos KT + BE e KTp + BE pós tratamento .A técnica de correção funcional KT não melhora o equilíbrio estático e dinâmico quando aplicada isoladamente, enquanto exercícios de equilíbrio sozinho ou combinado com KT alcança efeitos benéficos significativos no equilíbrio dinâmico e estático mas não na flexibilidade.
  às 4 semanaspós-tratamento(pós)  
Alrawaili, 2019Investigar o impacto clínico do KT no desempenho muscular em jovens jogadores de futebol saudáveis.Entre 25 de março e 21 de abril de 2017, dezesseis jogadores de futebol saudáveis foram incluídos neste estudo prospectivo.As diferenças no pico de torque e no trabalho total entre as três condições não foram significativas (p > 0,05). Além disso, a aplicação de KT nos músculos da coxa não diminuiu nem aumentou o desempenho de jogadores de futebol saudáveis e não lesionados ( p>0,05).O KT não leva a resultados benéficos no desempenho muscular em jovens jogadores de futebol saudáveis.

Fonte: Produzido pelos autores – 2024

5  CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho explora os benefícios da bandagem elástica em atletas de futebol, com um foco particular em sua eficácia na prevenção de lesões, melhoria do desempenho muscular e suporte durante a recuperação de atividades intensas.

Os resultados indicam que, embora a bandagem elástica ofereça certos benefícios, como o alívio temporário da dor e potencial melhoria na percepção de estabilidade articular, sua eficácia como ferramenta de melhoria de desempenho atlético é limitada já que fatores, como psicológicos, podem influenciar diretamente nos resultados.

Assim, recomenda-se cautela na interpretação dos resultados e aplicação prática, e sugere-se que futuros estudos explorem mais a fundo essas questões para fornecer orientações mais claras e embasadas para treinadores, atletas e profissionais de saúde.

REFERÊNCIAS

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HANAYOĞLU, T., CAN, S. The Effect of Kinesio Taping Applied to Quadriceps and Gastrocnemius Muscles on Speed, Agility and Flexibility: A Cross-Sectional Study. Journal of musculoskeletal & neuronal interactions, v. 23, n. 4, p. 417. Turquia, 2023.

INGLÊS, M., MÉNDEZ, A. G., et. al. Effect of Kinesio Taping and balance exercises on postural control in amateur soccer players: A randomised control trial. Journal of Sports Sciences, v. 37, n. 24, p. 2853-2862. Espanha, 2019.

LEE, J. H. Short-term effect of ankle eversion taping on bilateral acute ankle inversion sprains in an amateur college football goalkeeper: a case report. Healthcare, v. 8, n.403, p.1-8. Coreia, 2020.

MARTONICK, N., KOBER, K., et. al. The effect of kinesio tape on factors for neuromuscular control of the lower-extremity: A critically appraised topic. Journal of Sport Rehabilitation, v. 29, n. 6, p. 841-846. Moscou, 2020.

RAHANE, P., CHOTAI, K., et. al. Effectiveness of Conventional Physiotherapy Exercises Versus Kinesiotaping in Recreational Football Players with PlantarFasciitis. Indian Journal of Forensic Medicine & Toxicology, v. 14, n. 2, Índia, 2020.


1 Graduando do curso de Fisioterapia – e-mail: day.lima96@lseducacional.com
2 Graduanda do curso de Fisioterapia – e-mail: fernanda.ferrari06@lseducacional.com
3 Graduanda do curso de Fisioterapia – e-mail: thalita.souza52@lseducacional.com