EXCESSIVE SCREEN USE: THE IMPACT OF SCREENS ON THE PSYCHOSOCIAL DEVELOPMENT OF CHILDREN AND ADOLESCENTS
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7699652
Cristiane Ferreira de Oliveira
Daiana Batista dos Santos
Elessandra Alves do Prado Da Silva
Lucimar Mota Moreira
Sonia Maria de Carvalho
RESUMO
A tecnologia avança diariamente e oportuniza que as informações sejam apresentada em tempo real e traz muitos benefícios, entretanto é imprescindível que o uso destas tecnologias precisam ser monitoradas de maneira a não se tornarem um problema grave no desenvolvimento, uma vez que é um assunto em constante discussão, e que precisa ser estudado, o que justifica a escolha do tema. A pesquisa teve como problemática norteadora, os impactos negativos causados pelo uso excessivo de telas no desenvolvimento psicossocial de crianças e adolescentes e como objetivo apresentar o trabalho de conclusão tem o propósito de apresentar como como o uso excessivo das telas podem comprometer o desenvolvimento psicossocial. Como metodologia serão realizadas pesquisas bibliográficas utilizando o método qualitativo e descritivo, uma metodologia de revisão da literatura que contará com publicações editadas de livros físicos, e-books, artigos originais de revistas científicas. O trabalho traz em sua pauta um tema que ainda que muito discutido precisa ser estudado e compreendido por profissionais da área da saúde pois influencia a longo prazo na formação do indivíduo, podendo ter impactos catastróficos.
Palavras-chave: Desenvolvimento. Telas. Psicossocial.
ABSTRACT
Technology advances daily and provides the opportunity for information to be presented in real time and brings many benefits, however it is essential that the use of these technologies need to be monitored so that they do not become a serious problem in development, since it is a subject in constant discussion, and that needs to be studied, which justifies the choice of theme. The research had as a guiding problem, the negative impacts caused by the excessive use of screens on the psychosocial development of children and adolescents and as an objective it presents the conclusion work has the purpose of presenting how the excessive use of screens can compromise the psychosocial development. As a methodology, bibliographic research will be carried out using the qualitative and descriptive method, a literature review methodology that will have edited publications of physical books, e-books, original articles from scientific journals. The work brings on its agenda a topic that, although much discussed, needs to be studied and understood by health professionals because it influences the long term in the formation of the individual, which can have catastrophic impacts.
Keywords: Development. Screens. Psychosocial.
INTRODUÇÃO
Com o avanço da tecnologia, o seu emprego no ensino, vem cada dia mais sendo usada com objetivo de ganho no aprendizado escolar, hoje não mais pode se pensar em usar os métodos do século passado para ensinar a nova geração de alunos que já nasceram a era digital, sendo que hoje o aluno que entra no sistema de ensino, em sua maioria já teve contato com smartphone, computador, tablet, ou outra sistema de tecnologia em sua vida, com isso a empolgação e curiosidade, tem que ser aguçada pelo professor com sua didática, mais também com o uso da tecnologia. Entretanto, apesar de uma excelente ferramenta, o uso das telas por crianças e adolescentes sem supervisão passou a ser um problema de saúde pública, tornando-se até mesmo um vício.
Para compreender as causas prejudiciais psicossociais em crianças e adolescentes causadas pelo uso excessivo de telas por crianças e adolescentes, partiu-se a necessidade de um estudo que evidenciasse como e porque isso acontece e como isso impactaria no desenvolvimento deste indivíduo, justificando assim a escolha do tema.
Embora seja um assunto que tem crescido significativamente, ainda existem pontos relevantes que merecem uma atenção especial, por isso a problemática norteadora do trabalho de conclusão de curso foi: Quais os impactos negativos causados pelo uso excessivo das telas no desenvolvimento psicossocial de crianças e adolescentes?
Como objetivo geral o artigo traz a importância de estudar sobre o uso excessivo de telas entre crianças e adolescentes e quais impactos ele causa no seu desenvolvimento psicossocial, e como objetivos específicos conceituar sobre o uso excessivo de telas na infância e adolescência, contextualizar o impacto que o uso excessivo de telas pode causar no desenvolvimento psicossocial da criança e adolescente, discorrer sobre o que pode ser feito para reduzir o uso excessivo das telas.
TECNOLOGIA, ADOLESCÊNCIA E SEUS CONCEITOS
Na atualidade, cada dia mais crianças e adolescentes têm acesso precoce à tecnologia transmitida a partir do uso de telas. Muitas vezes o primeiro contato parte-se primeiramente pelos pais, e/ou responsáveis, como entretenimento, na ideia de estimular os desenvolvimentos entre diversos outros motivos. Já nas escolas nos dias de hoje, a partir da pandemia, se viram obrigadas a se reinventarem.
Vendo a necessidade de continuar levando conteúdo aos seus alunos, optou-se por aderirem ao ensino remoto, onde os alunos podem continuar recebendo orientações de seus professores de maneira online, com isso a forma de ensinar foi inovada com o avanço da tecnologia, partindo inicialmente do uso de aparelhos eletrônicos como Datashow, computadores e outros dispositivos eletrônicos, porém observamos todos os dias o surgimentos de novas tecnologias sendo lançadas, as quais possibilitam acesso ao conhecimento de forma rápida, podendo, deixar muita expectativa nos alunos para entender o que se está explicando, com a realização do experimento real que não deixa de ser uma tecnologia aplicada em sala, se desperta a curiosidade e o censo de participação do aluno (TEIXEIRA, 2010).
Para que se tornasse possível o acesso às aulas online, atualmente utiliza-se de ferramentas para o acesso remoto como:
WhatsApp: Utilização para conversas individuais, em grupos ou através de listas de transmissão, Google Hangout Meets: Plataforma de webconferência para até 100 pessoas ao mesmo tempo, Skype: Plataforma de comunicação para uma quantidade reduzida de pessoas; Google Forms: Criação de avaliação, simulados e provas para resolução no formato digital; Microsoft Teams: Trabalhe em equipe usando chat, compartilhando arquivos e fazendo chamadas com vídeo. (G.1, 2020)
No meio das possibilidades de se manter a transferência de conhecimento, o que não era esperado, foi a forma como a pandemia avançou, não houve tempo suficiente para as escolas se adaptarem às novas mudanças, tanto quando em formação por parte de seus professores, quanto na obtenção de ferramentas de trabalho.
A infância é uma fase de desenvolvimento e modificações no aspecto cognitivo, afetivo, social e motor. Nesse sentido, diversos são os fatores que influenciam no processo de desenvolvimento infantil. Quanto ao uso de telas, este é elencado como fator de risco para interferências no desenvolvimento neuropsicomotor, podendo estar relacionado aos déficits e atrasos na linguagem, comunicação, habilidades motoras e saúde emocional (Madigan et al., 2019).
Diante desta evolução nos meios didáticos, busca se cada vez mais achar o ponto de equilíbrio entre as opções, didáticas tradicionais e as novas didáticas com tecnologia, uma vez que se tivermos a exclusão de umas das duas não será possível manter o foco da turma, mais também utilizar uma sem a dosagem certa, pode-se também perder este foco, mais qual esse ponto de equilíbrio é a questão pois hoje temos vários estudiosos, com várias visões de como deve ser aplicada a tecnologia na educação. Como Chaves cita ao dizer que:
Não há por que negar, entretanto, que, hoje em dia, quando a expressão “Tecnologia na Educação” é empregada, dificilmente se pensa em giz e quadro-negro ou mesmo de livros e revistas, muito menos em entidades abstratas como currículos e programas. Normalmente, quando se usa a expressão, a atenção se concentra no computador, que se tornou o ponto de convergência de todas as tecnologias mais recentes (e de algumas antigas). E especialmente depois do enorme sucesso comercial da Internet, computadores raramente são vistos como máquinas isoladas, sendo sempre imaginados em rede – a rede, na realidade, se tornando o computador. Faz sentido lembrar aos educadores o fato de que a fala humana, a escrita, e, consequentemente, aulas, livros e revistas, para não mencionar currículos e programas, são tecnologia, e que, portanto, educadores vêm usando tecnologia na educação há muito tempo. É apenas a sua familiaridade com essas tecnologias que as torna transparentes (i.e., invisíveis) a eles. (1999 apud GUAREZI; MATOS, 2009, p. 21)
No seu lado positivo, a tecnologia possibilita que informações sejam repassadas em tempo real, conectando várias pessoas em diversos lugares do mundo e assim trocar experiência, e ainda criar novas expectativas de buscar novas realidades.
Cada pessoa passa pela adolescência de uma forma e por um período específico. Sendo marcado na sua grande maioria por sensações mais intensas, buscando aventuras e adrenalina, entretanto em alguns casos, na adolescência o sentimento de exclusão pode aproximar excessivamente das telas, como inicialmente distração, passatempo ou diversão e posteriormente como uma fuga da necessidade de enfrentar o mundo real. Segundo Frota (2007),
Para a maior parte dos estudiosos do desenvolvimento humano, ser adolescente é viver um período de mudanças físicas, cognitivas e sociais que, juntas, ajudam a traçar o perfil desta população. Atualmente, fala-se da adolescência como uma fase do desenvolvimento humano que faz uma ponte entre a infância e a idade adulta. Nessa perspectiva de ligação, a adolescência é compreendida como um período atravessado por crises, que encaminham o jovem na construção de sua subjetividade. (FROTA, 2007, p.152)
A adolescência ainda que é relacionada com a puberdade, não tem relação com esta transformação hormonal, estando na verdade relacionada a transição da infância para a vida adulta.
Com o avanço da tecnologia, o seu emprego no ensino, vem cada dia mais sendo usada com objetivo de ganho no aprendizado escolar, hoje não mais pode se pensar em usar os métodos do século passado para ensinar a nova geração de alunos que já nasceram a era digital, sendo que hoje o aluno que entra no sistema de ensino, em sua maioria já teve contato com smartphone, computador, tablet, ou outra sistema de tecnologia em sua vida, com isso a empolgação e curiosidade, tem que ser aguçada pelo professor com sua didática, mais também com o uso da tecnologia.
Atualmente a tecnologia está em alta na educação. Antigamente era tudo diferente. Hoje em dia, nós dependemos cada vez mais da tecnologia, para podermos realizar as tarefas que garantem a nossa sobrevivência. Os avanços tecnológicos, foram criados pelos homens, para poder ter mais conhecimento, aprender mais e ir em busca de melhores condições de vida. As novas tecnologias, avançaram muito depressa e trouxeram muitas informações, alterando a nossa forma de viver e aprender, facilitando o nosso trabalho diário.
Daí, veio a necessidade de nós nos mantermos informados, sobre as novas mudanças tecnológicas, que vieram para ampliar o nosso conhecimento neste mundo tão moderno, que nem sempre são fáceis e exigem comprometimento e dedicação. São os desafios enfrentados por todos nós, pois a tecnologia está invadindo o nosso cotidiano (DAMASIO, 2007, p.03).
Diante desta evolução nos meio didáticos, busca se cada vez mais achar o ponto de equilíbrio entre as opções, didáticas tradicionais e as novas didáticas com tecnologia, uma vez que se tivermos a exclusão de umas das duas não será possível manter o foco da turma, mais também utilizar uma sem a dosagem certa, pode-se também perder este foco, mais qual esse ponto de equilíbrio é a questão pois hoje temos vários estudiosos, com várias visões de como deve ser aplicada a tecnologia na educação, além do receio dos educadores de serem substituídos ou mais desvalorizados do que são.
Quando a tecnologia for implementada em larga escala no meio acadêmico, esta preocupação é algo presente ainda mais com o surgimento de curso a distância, que necessita cada vez mais de menos profissionais para administrá-los ou para ensinar, uma vez que a uma grande biblioteca digital de fácil acesso disponível 24 horas por dia ao alcance de todos, ainda temos as aulas digitais que estão disponíveis em aplicativos que são colocadas regularmente por profissionais da educação e outros, que possibilitam o aluno a acessar a qualquer hora e tirar suas dúvidas, deixando cada vez mais o profissional da educação preocupado em se reciclar e incorporar estas novas tecnologias ao seu dia a dia.
Não há porque negar, entretanto, que, hoje em dia, quando a expressão “Tecnologia na Educação” é empregada, dificilmente se pensa em giz e quadro-negro ou mesmo de livros e revistas, muito menos em entidades abstratas como currículos e programas. Normalmente, quando se usa a expressão, a atenção se concentra no computador, que se tornou o ponto de convergência de todas as tecnologias mais recentes (e de algumas antigas). E especialmente depois do enorme sucesso comercial da Internet, computadores raramente são vistos como máquinas isoladas, sendo sempre imaginados em rede – a rede, na realidade, se tornando o computador. Faz sentido lembrar aos educadores o fato de que a fala humana, a escrita, e, consequentemente, aulas, livros e revistas, para não mencionar currículos e programas, são tecnologia, e que, portanto, educadores vêm usando tecnologia na educação há muito tempo. É apenas a sua familiaridade com essas tecnologias que as torna transparentes (i.e., invisíveis) a eles. (CHAVES, 1999, p.02)
Buscando estar presente no futuro da educação, o profissional de ensino precisa assimilar as novas tecnologias, buscar novas formas de interação com os alunos, meios novos de mesclar a sua didática e a tecnologia, a evolução do ensino busca preparar mais rápido e com maior quantidade de conteúdo os futuros profissionais do mercado de trabalho, possibilitando um profissional mais completo e com conhecimento mais amplo, que pode desempenhar várias funções e atender a demanda do seu empregador, podendo desempenhar outras funções na falta ou perda de um funcionário até sua substituição não deixando que isso afete o processo de trabalho da empresa, mais até aonde este processo é benéfico, até onde se aprende realmente se despejarmos conteúdos programáticos e desenvolvidos de forma ampla e sem a interação com um profissional da educação.
As consequências da evolução das novas tecnologias, centradas na comunicação de massa, na difusão do conhecimento, ainda não se fizeram sentir plenamente no ensino como previra McLuhan já em 1969, pelo menos na maioria das nações, mas a aprendizagem a distância, sobretudo a baseada na Internet, parece ser a grande novidade educacional neste início de novo milênio. A educação opera com a linguagem escrita e a nossa cultura atual dominante vive impregnada por uma nova linguagem, a da televisão e a da informática, particularmente a linguagem da Internet. A cultura do papel representa talvez o maior obstáculo ao uso intensivo da Internet, em particular da educação a distância com base na Internet. Por isso, os jovens que ainda não internalizaram inteiramente essa cultura adaptam-se com mais facilidade do que os adultos ao uso do computador. Eles já estão nascendo com essa nova cultura, a cultura digital. Os sistemas educacionais ainda não conseguiram avaliar suficientemente o impacto da comunicação audiovisual e da informática, seja para informar, seja para bitolar ou controlar as mentes. Ainda trabalha-se muito com recursos tradicionais que não têm apelo para as crianças e jovens. Os que defendem a informatização da educação sustentam que é preciso mudar profundamente os métodos de ensino para reservar ao cérebro humano o que lhe é peculiar, a capacidade de pensar, em vez de desenvolver a memória. Para ele, a função da escola será, cada vez mais, a de ensinar a pensar criticamente. Para isso é preciso dominar mais metodologias e linguagens, inclusive a linguagem eletrônica. (GADOTTI, 2000, p.02)
É comum que alguém possa completamente autodidata digital, sem a interferência de um profissional da educação, são estas perguntas que deixam os profissionais da educação preocupados, mas por mais que a tecnologia propicie as informações, o profissional da educação ainda é essencial para que haja interação no aprendizado e para que possa se perceber particularidades do aprendizado de cada um.
O uso excessivo de telas é um assunto muito atual, e que cabe a grandes debates dividindo opiniões, entretanto o que ficou claro no decorrer dos últimos 10 anos é que, cada vez mais crianças e adolescentes estão abdicando da sua vida para ficar presos na frente de telas e consequentemente, perdendo de viver as duas mais importantes fases para a construção do seu caráter, bem como, do seu convívio social
Atualmente assistimos à proliferação do uso da tecnologia no dia a dia das famílias, para fins diversos, desde o trabalho ao entretenimento, comunicação e organização pessoal. As crianças crescem familiarizadas com tecnologias como os computadores, a Internet, os videojogos, os tabletes e os telemóveis, usando-as para brincar, aprender e comunicar. A linguagem digital faz parte das vidas destes nativos digitais, podendo até alterar os seus padrões de pensamento e a forma como aprendem (PRENSKY, 2001).
Estudos já mostram como vício o uso excessivo de telas na infância e na adolescência, vício esse que precisa de tratamento e acompanhamento com profissionais especializados, como psicólogos e terapeutas, sem deixar de mencionar que é de extrema importância a responsabilidade da família, afinal é nos primeiros anos de vida que são apresentados os aparelhos eletrônicos e que muitas vezes não tem seu uso supervisionado, pois os pais, na sua grande maioria precisam trabalhar e encontram nos aparelhos eletrônicos uma maneira de aprender a atenção dos filhos na sua ausência, entretanto, desconhecem a gravidade da influência que podem haver nas programações e conteúdos assistidos pelos seus filhos e que posteriormente podem causar danos irreversíveis a saúde mental.
A substituição da “infância tradicional pela eletrônica” de forma desequilibrada e inadequada favorece o desenvolvimento e evolução de condições patológicas como: obesidade, isolamento social, dores musculares, problemas posturais, déficit de atenção, depressão, enxaqueca, hiperatividade, aceleração da sexualidade, diminuição do rendimento escolar, dessensibilização dos sentimentos e favorecimento à vícios (tabagismo, alcoolismo).
É importante salientar que atraso no desenvolvimento cognitivo, na linguagem, atrasos sociais e descontrole emocional, além de comportamentos agressivos, ansiosos e alterações do sono são prejuízos associados ao excesso de exposição a telas na infância (ARANTES; MORAIS,2021). Outros sim, ou só de tais tecnologias vêm aumentando significativamente pelas crianças, o que faz com que menos tempo seja gasto em atividades físicas, cognitivas, sociais e acadêmicas (LIN, et al.,2020).
É importante compreender que a principal solução deve partir da família, que precisa desde o início da infância supervisionar o uso de telas bem, como motivar e incentivar a socialização, atividades coletivas e o resgate de atividades simples como a leitura de um livro, a inserção à cultura através do teatro, dança esportes e outras intervenções que venham a contribuir com o desenvolvimento coletivo emocional e social das crianças e dos adolescentes. Como diz Vygotsky, citado por Wajskop (1999):
A brincadeira cria para as crianças uma zona de desenvolvimento proximal que não é outra coisa senão a distância entre o nível atual de desenvolvimento, determinado pela capacidade de resolver independentemente um problema, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da resolução de um problema, sob a orientação de um adulto, ou de um companheiro mais capaz. (Wajskop, 1999. p. 35).
Muitas pessoas acreditam ainda, que estar dentro de casa mexendo no celular ou no computador é mais seguro do que brincar na rua, porém o que muitas vezes passa batido é que com esse perfil crianças e jovens cada dia mais estão deixando de se relacionar, tendo assim dificuldade na criação de vínculos eu não tenho dificuldades também na socialização sobre o peso problemas psíquicos como em disparada a depressão ansiedade infelizmente os casos de suicídio aumentam e uma característica semelhante na grande maioria dos casos entre as crianças e do adolescentes que cometem suicídio e a reclusão e o uso excessivo de telas.
Em consonância a tal fato, Aishworiya et al. (2018) afirmam que o alto tempo de exposição diário à tela, provavelmente, afeta mais ainda os desafios já existentes na vida das crianças diagnosticadas com TEA e TDAH, principalmente academicamente, visto que um maior tempo diário de tela está associado a uma menor duração do sono. Todavia, atualmente, a exposição média do tempo de tela dessas crianças é maior do que a quantidade recomendada. Desse modo, para amenizar tais consequências é importante que os médicos perguntem sobre a exposição ao tempo de tela e hábitos de sono para fornecer orientação adequada e que os pais sejam informados sobre os efeitos negativos da exposição excessiva às telas em crianças
Com muita facilidade podemos encontrar rodas de conversas onde a discussão é a comparação de anos atrás com a atualidade, sendo que pessoas que viveram nos anos 80 e 90 tinham uma liberdade quando crianças ou adolescentes, bem como um círculo de amigos bem mais amplo do que atualmente. Lembra-se que antigamente jogar bola na rua, brincar de pique-esconde, pega-pega era muito mais frequente do que vemos nos dias de hoje, aparentemente não é nada se preocupar pois relaciona-se às mudanças nas preferências das crianças e dos adolescentes com o avanço da tecnologia, pela necessidade de que estes estejam atualizado, ou são privados de brincar fora de casa pelo aumento da criminalidade e outros pontos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ficou claro que, apesar de ser um tema atual e que está em constante discussão, ainda existe muito a se compreender. Escuta-se com muita frequência sobre os benefícios da tecnologia principalmente os benefícios voltados à área da educação, entretanto é de extrema necessidade que o uso dessas tecnologias especialmente de telas seja monitorado.
Foi possível compreender que o uso excessivo de telas pode causar vício e trazer danos irreversíveis no desenvolvimento cognitivo de crianças e adolescentes, podendo ainda, privar de alguns momentos necessários para seu desenvolvimento social.
O uso excessivo de telas causa exclusão depressão ansiedade e outros problemas e consecutivamente limita a capacidade de socialização dos jovens trazendo problemas comportamentais psíquicos afetando o desenvolvimento a saúde física e emocional e em casos mais graves podendo levar ao suicídio.
Acredita-se que este trabalho será de grande valia para os seus leitores, principalmente como fonte de inspiração para a busca contínua de conhecimento, uma vez que o profissional precisa estar ciente de ferramentas que podem ser utilizadas tanto a seu favor ou podendo ainda ser um ponto de alerta para a saúde mental de seus pacientes.
REFERÊNCIAS
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