A BIBLIOGRAPHICAL REVIEW ON THE ROLE OF NURSES WITH PATIENTS WITH SYSTEMIC ARTERIAL HYPERTENSION IN ADULTS.
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10105914
Raiane Maria Dos Santos Silva1
Taciely Lopes dos Santos Aguiar1
Alaeste Rodrigues Negreiros²
RESUMO
A hipertensão Arterial Sistêmica é uma doença crônica e comum entre adultos e requer muitos cuidados. Tem como objetivo ressaltar a importância da atuação do enfermeiro no tratamento de pacientes portador de hipertensão. O artigo se trata de uma pesquisa bibliográfica onde as buscas foi realizadas no: Google acadêmico e SciELO. Selecionamos 17 artigos para realização da pesquisa, onde usamos como referência para maior compreensão do tema. O estudo nos permitiu salientar a importância do enfermeiro com portador de HAS.
Palavras-Chave: Cuidados. Tratamento. Saúde.
ABSTRACT
Systemic Arterial Hypertension is a chronic and common disease among adults and requires a lot of care. It aims to highlight the importance of the nurse’s role in treating patients with hypertension. The article is a bibliographical research where searches were carried out on: Google Scholar and SciELO. We selected 17 articles to carry out the research, which we used as references for greater understanding of the topic. The study allowed us to highlight the importance of nurses with SAH.
Keywords: Care. Treatment. Health.
1. INTRODUÇÃO
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (2016), hipertensão arterial (HA) é uma doença crônica, caracterizada por elevação sustentada dos níveis pressóricos ≥ 140 e/ou 90 mmHg. Alguns fatores que podem desencadear hipertensão arterial são: consumo exagerado de sal, sobrepeso/obesidade, sedentarismo, fumo, genética, consumo exagerado de álcool, e entre outros.
Araújo et.al(2019) refere que o Brasil nos últimos anos vem crescendo a prevalência de hipertensão arterial sistêmica e assim tornando as doenças cardiovasculares umas das principais causas de morte entre os brasileiros.
Costa et.al(2014), por se tratar de uma doença assintomática, o portador de hipertensão só percebem sua presença , quando algum órgão já está em estado comprometido. O tratamento da HAS é medicamentoso e não medicamentoso. O medicamentoso é feito através de medicações onde tem o intuito de controlar os níveis pressóricos, já o não medicamentoso é orientar o paciente quanto ter uma alimentação saudável, fazer atividades físicas.
O enfermeiro pode realizar diretamente o cuidado por meio de ações educativas que consigam mudar o hábito de vida do portador de hipertensão através da detecção antecipada da doença, com a finalidade de manter os níveis pressóricos incluído nos padrões da normalidade (RABELO et. al., 2019).
O conceito da atuação do enfermeiro rente aos hipertensos é evidente, especialmente relacionado à aceitação ao tratamento, que muitas vezes requer grandes mudanças em estilos de vida e modo de viver das pessoas, e que essas mudanças são visualizadas em médio ou longo tempo. Sendo assim , a continuação de elos por meio de programas de gestão de doenças crônicas, ainda é principal e deve ser incentivado (RAYMUNDO; PIERIN, 2014).
A objetivo desse artigo como objetivo de ressaltar a importância da atuação do profissional de enfermagem no controle da hipertensão arterial sistêmica.
2. Referencial teórico
2.1.1. Hipertensão Arterial
Por se tratar de uma doença crônica a hipertensão arterial (HÁ) ou conhecida popularmente como ‘pressão alta é um quadro onde os níveis pressóricos ficam acima 140/90 mmHg. A genética, idade, sexo, etnia, obesidade, sedentarismo, ingestão de sódio e potássio, ingestão de sódio e potássio e algumas medicações sem prescrição médica são fatores de riscos para hipertensão arterial (BARROSO et al. 2020).
Na tabela 1 encontra-se a classificação da pressão arterial.
Tabela 1- Classificação da PA sistólica e diastólica
CLASSIFICAÇÃO | PRESSÃO SISTÓLICA (MMHG) | PRESSÃO DIASTÓLICA (MMHG) |
Ótima | < 120 | <80 |
Normal | <130 | <85 |
Limítrofe | 130-139 | 85-89 |
Hipertensão estágio 1 | 140-159 | 90-99 |
Hipertensão estágio 2 | 160-179 | 100-109 |
Hipertensão estágio 3 | >180 | >110 |
Hipertensão sistólica isolada | >140 | >90 |
Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia,2016.
O número de pessoas portador de HAS aumenta de acordo com a idade, aumentando a probabilidade de danos cardiovasculares. A pressão arterial alta aumenta a carga cardíaca e o risco de danos estruturais para o coração e vasos sanguíneos (MATAVELLI, et al., 2014).
Para se chegar no diagnóstico de HAS é necessário o paciente passar por uma anamnese, exame físico, laboratorial e ECG. Esses exames contribuem para chegar no diagnóstico da doença, e descobrir a sua causa e a condição dos órgãos- alvos (AMADO, V.S, 2020).
Durante a aferição da pressão arterial (PA) é recomendado que o paciente esteja com a bexiga esvaziada, não tenha consumido café, tabaco por pelo menos 1 hora antes da aferição. Antes da aferição é importante o paciente esperar pelo menos de 3 a 5 minutos sentado e aferir em em um ambiente silencioso. As pernas do paciente deve estar descruzada, o braço relaxado e o manguito tem que está adequado pra circunferência do braço. O local da aferição deve estar no nível do coração.
2.1.2. Programa Hiperdia
Criado em 2001, o programa HIPERDIA com intuito de reorganizar a atenção à hipertensão arterial e a diabetes mellitus. Tem o propósito de estabelecer a assistência na atenção primária à saúde (APS), capacitando a equipe de saúde (NICOLAU, 2017).
Nesse programa, os pacientes são atendidos por dirigentes capacitados de saúde e utilizam, além de prescrição farmacológica para o controle da pressão arterial, como também apoio psicológico apoio nutricional e é orientado a realizar atividade física regular (FERREIRA, N.S, 2014).
Os profissionais do PSF precisam conhecer o programa e sua finalidade, além de identificar dados clínicos e epidemiológicos relacionados a esses pacientes. O comprometimento dos profissionais de saúde poderá proporcionar uma identificação do quadro de saúde, local e de como os dirigentes podem desenvolver estratégias levando em consideração as necessidades de cada paciente (SILVA, F.O; SUTO, C.L.S; COSTA, L.E.L, 2015).
2.1.3. Tratamento
É um problema de saúde pública, que merece atenção a hipertensão arterial, por fazer parte do grupo de doenças crônica não transmissíveis (DCNT), a busca por tratamento ainda é pouca, e isso gera preocupação, pois a HÁ pode acarretar outros problemas de saúde e que pode levar a óbito (DIAS, E.G; SOUZA, E.L.S; MISHIMA, S.M, 2016).
O tratamento não-medicamentoso integra a adoção de práticas de vida saudáveis. A atuação terapêutica exige empenho para transmitir e educar o paciente portador da doença e qual a melhor de forma de iniciar e continuar o tratamento. Possibilitando o controle da pressão arterial, promovendo o efeito do tratamento medicamentoso e diminuindo o risco cardiovascular. A diminuição do peso corporal e o cuidado com o peso ideal, levando em consideração o Índice de Massa Corpórea (IMC) (entre 18,5 e 24,9 kg/m²) diminuí os ricos de desenvolvimento da HAS (SANT’ANA, Djalma, 2014)
Ao se tratar dos medicamentos para hipertensão, é indicado que o tratamento seja iniciado por um medicamento ou por uma preparação combinada. Os anti-hipertensivos servem para controlar os níveis pressóricos e diminuir os riscos que a hipertensão pode trazer. (AMADO, Verônica Spani, 2020).
2.1.4. Epidemiologia
Hipertensão como já se sabe não tem cura, há um controle se realizar o tratamento e mudanças no hábito de vida e alimentares. O mundo apresenta um número alto de pessoas portadora de hipertensão, sendo 12% população idosas (Tavares, R.E., et al. 2017).
Mais de 36 milhões de Brasileiros possuem hipertensão arterial, sendo 60% na população idosa, assim colaborando com 50% das mortes por doenças cardiovascular (Malachias et al., 2016).
Barroso et al. (2020), afirma a hipertensão arterial por lesões que causa nos órgãos alvo, como já foi explicado no artigo. A prevalência da hipertensão é maior em homens, e o número de casos de hipertenso aumenta coma idade devido alguns fatores já ressaltados.
2.1.5. Assistência do Enfermeiro ao hipertenso
Uma equipe multiprofissional capacitada é essencial nos cuidados ao hipertenso, para ter o sucesso nas mudanças de hábitos de vida e no tratamento medicamentoso e não medicamentoso. A enfermagem, por exemplo, age orientando, incentivando e promovendo a prevenção e a promoção de saúde (BARROSO, et al., 2020).
Santos et al. (2017), ressalta a importância do Processo de Enfermagem durante a consulta de enfermagem. A PE é constituído por 5 etapas sendo elas: histórico, diagnóstico de enfermagem, planejamento, implementação e avaliação.
Consulta de enfermagem, pedidos exames laboratoriais, visita domiciliar, estratificação de risco, prescrição de medicamentos de acordo com os protocolos e entre outros são algumas ações realizadas pelo enfermeiro. Na consulta de enfermagem, o enfermeiro faz um levantamento e identifica os fatores de riscos e as complicações da hipertensão arterial sistêmica (NOGUEIRA, A.J.S; SILVA, J.L.V; PACHÚ, C.L, 2021).
Na tabela 2 encontra- os principais fatores de riscos doenças cardiovascular e renal estabelecida para avaliação do risco adicional no hipertenso.
Tabela 2- Fatores de riscos.
Fatores de risco para hipertensão arterial | Doença CV e renal estabelecida para avaliação do risco adicional no hipertenso |
Idade( (homem > 55 e mulheres > 65 anos) | Doença cerebrovascular |
Dislipidemias: triglicérides > 150 mg/dl | AVE isquêmico |
LDL-C > 100 mg/dl; | Hemorragia cerebral |
HDL-C < 40 mg/dl | Doença da artéria coronária |
DM | Angina estável ou instável |
História familiar prematura de DCV | Infarto do miocárdio |
Sexo e Etnia | Revascularização do miocárdio: percutânea (angioplastia) ou cirúrgica |
Ingestão de sal | Insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida ou preservada |
Ingestão de álcool | Doença arterial periférica sintomática dos membros Inferiores |
Sedentarismo | Doença renal crônica estágio 4 (RFG-e < 30 ml/min/1,73m2) ou albuminúria > 300 mg/24 h |
Fatores socioeconômicos | Retinopatia avançada: hemorragias, exsudatos, papiledema |
Fonte: Elaborado pelas autoras, a partir de MALACHIAS et al 2016.
Santana e Djalma, (2014). Afirma que a hipertensão arterial sistêmica é um fator desencadeante para o avanço de doenças cardiovasculares assim como também de doenças cerebro-vasculares e renais, tornando-se causador de pelo menos 40% das mortes por AVC, por 25% das mortes por doença arterial coronariana e 50% dos casos de insuficiência renal terminal junto da DM. A importância do diagnóstico precoce e controle da hipertensão arterial sistêmica, consiste na diminuição dos seus agravos. Trazendo assim uma melhor qualidade de vida para seus pacientes.
3. METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica, afim de avaliar atuação do enfermeiro com o portador de hipertensão arterial sistêmica. Foi realizado um levantamento bibliográfico em artigos e revistas de saúde sobre a hipertensão arterial sistemica e o papel do enfermeiro. Foram coletadas informações referente ao ano de 2014 a 2021. Realizou-se, uma revisão na base de dados Google acadêmico e SciELO, ultilizando os descritores: cuidados, enfermagem e hipertensão
A pesquisa bibliográfica consiste em levantamento de estudos já publicados, durante esse levantamento o pesquisador deve analisar, ler, refletir e anotar sobre o estudo. É importante que os estudos selecionados sejam organizados para que assim o pesquisador consiga construir e aperfeiçoar fundamentos teóricos (SOUZA, A. S.; OLIVEIRA, S. O.; ALVES, L. H. 2021).
Durante o levantamento de dados para pesquisa bibliográfica, analisamos 43 artigos, onde selecionamos 17 artigos para desenvolver o presente trabalho.
Figura 1- Fluxograma do processo de seleção
Fonte: Elaborado pelas autoras.
Sobre o fluxograma acima, na primeira etapa pesquisamos nas base de dados do Google acadêmico e SciELO. Na segunda etapa fizemos a análise e a leitura dos títulos do artigo que tinham relação com nosso tema, os que não tinham relação foram excluídos. Durante a terceira etapa verificamos se estava disponível na íntegra e na quarta etapa selecionamos 43 artigos relacionados ao tema, mas somente 17 foram utilizados para realização desse artigo.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
No decorrer do estudo, analisamos artigos e avaliamos condutas, prescrições, cuidados e tratamento que o enfermeiro oferece para portador de hipertensão arterial sistêmica. A pesquisa Obteve os dados necessários para os resultados.
Na tabela 2, estão os artigos selecionados que utilizamos como referência na pesquisa que contém o nome do autor, ano de publicação, periódico de cada artigo.
Tabela 3- Descrição dos artigos localizados na base de dados Google acadêmico, SciELO 2014 a 2021.
AUTOR | ANO DE PUBLICAÇÃO | PERIÓDICO |
AMADO, VERÔNICA SPANI. | 2020 | Faculdade vale do cricaré mestrado profissional em ciência, tecnologia e educação |
BARROSO et al | 2020 | Diretrizes Brasileira de Hipertensão Arterial |
COSTA et al. | 2014 | Revisão integrativa da literatura |
RABELO et al. | 2019 | Revista Brasileira de Pesquisa em Ciências da Saúde – v. 6, n. 12 |
NICOLAU et al. | 2017 | J Manag Prim Health Care |
MALACHIAS et al. | 2016 | Sociedade Brasileira de Cardiologia • ISSN-0066-782X • Volume 107, Nº 3, Supl. 3 |
DIAS, EG; SOUZA, ELS ; MISHIMA, SM | 2016 | Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção 138-144 |
FERREIRA, et al | 2014 | Rev Bras Hipertens vol. 21(1):31-37, |
NOGUEIRA, A.J.S; SILVA, J.L.V; PACHÚ, C.L; | 2021 | Research, Society and Development, v. 10, n. 12 |
RAIMUNDO e PIERIN | 2014 | Rev Esc Enferrmagem USP; 48(5):811-9 |
MATAVELLI et al. | 2014 | Revista Brasileira de Ciências da Saúde; Volume 18 Número 4 Páginas 359-366; |
SILVA et al. | 2015 | Rev. Saúde Col. UEFS, Feira de Santana, 5(1): 33-39 |
SOUSA, A. S.; OLIVEIRA, S. O.; ALVES, L H. | 2021 | Cadernos da Fucamp, v.20, n.43, p.64-83/ |
SANT’ANA, Djalma. | 2014 | Universidade federal de minas gerais |
ARAÚJO et al | 2019 | Revista Brasileira Interdisciplinar de Saúde |
TAVARES et al. | 2017 | Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., Rio de Janeiro, vol. 20, n.6, p. 889-900 |
SANTOS et al. | 2017 | Enferm. Foco; 8 (4): 49-53 |
Fonte: Elaborado pelas autoras
Os artigos que estão na tabela 2 serviu para compreendermos melhor a atuação do profissional de enfermagem na saúde do hipertenso.
Utilizamos no presente artigo a pesquisa bibliográfica que é muito usada por estudantes com finalidade de aperfeiçoamento e melhoria no conhecimento, através de uma busca em estudos já publicados (SOUSA, A. S.; OLIVEIRA, S. O.; ALVES, L H.A. 2021).
AMADO, Verônica Spani (2020) explica que Hipertensão arterial sistêmica é uma patologia que acomete grande parte da população, por se tratar de uma doença assintomática se torna mais grave, o que gera uma preocupação na saúde pública. Acreditamos que é de suma importância o check-up na saúde anualmente, tanto para prevenir como reduzir as complicações de determinadas patologias, como por exemplo a HAS. Sempre é bom ressaltar que cuidar da saúde é essencial.
A Hipertensão arterial sistêmica é definida por se mostrar uma doença silenciosa na maior parte dos casos e tem alguns fatores de risco que a conduz, classificadas tanto quanto variáveis, como é o caso do tabagismo, da bebida alcoólica, sedentarismo, obesidade, dos hábitos alimentares e do estresse, assim como dos não variáveis, como a idade, sexo e do histórico familiar do paciente (MATAVELLI et al 2014).
A prática frequente de exercícios físicos que trazem inumeráveis benefícios para o paciente que se apresentam perante todos os sentidos do organismo. É uma doença que se não tratar pode causar danos e levar ao óbito, então mudanças devem ser feitas para diminuir os riscos.
Rabelo et al., (2019) afirma que HAS pode desenvolver em todas faixa etária, mas tem prevalência em idosos devido ao envelhecimento que traz alteração metabólicas, morfológica e psíquicas. Por se tratar de uma doença crônica e assintomática a HAS, pode trazer consigo doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e insuficiência renal crônica, ou pode agravar alguma doença já existente no portador. A monitorização da PA é importante para o controle da hipertensão.
Segundo Malachias et al., (2016) a primeira avaliação de um paciente com hipertensão arterial sistêmica (HAS) integra a comprovação do diagnóstico, além de avaliar o risco. As lesões de órgão-alvo (LOA) e doenças relacionada também devem ser investigadas. Fazem parte dessa avaliação a medição da PA no consultório ou fora dele, usando técnica apropriada, história médica (pessoal e familiar), exame físico e averiguação clínica e laboratorial.
De acordo com Barroso et al., (2020), apesar de ser oferecido gratuitamente o tratamento de hipertensão e ser comprovado cientificamente a eficácia do uso de anti-hipertensivos no tratamento de hipertensão, grande parte da pessoa portadora da HAS não faz o uso corretamente dos medicamentos e nem o acompanhamento regularmente nas UBS como deve ser feito. Alguns por não querer o tratamento, outros por falta de informação, aumentando assim o risco de mais complicações devido a HAS (Barroso et al. (2020).
Ainda sobre o assunto acima, é possível controlar a hipertensão, basta seguir corretamente o tratamento medicamentoso e não medicamentoso, mas exige mudanças nos hábitos alimentares, seguir corretamente a prescrição medicamentosa, praticar exercícios físicos, ter uma alimentação saudável e evitar o consumo exagerado de sal, práticas essas que podem salvar vidas.
Costa et al., (2014) afirma que para os pacientes portador de HAS iniciar o tratamento é necessário que haja um reconhecimento e uma aceitação da doença. Isso é muito importante pois um dos fatores que interfere na adesão ao tratamento é falta de informação sobre a doença.
Raimundo e Pierin (2014) afirma que na atualidade, encontram-se medidas terapêuticas, farmacológicas e não farmacológicas de fato eficiente para o tratamento da hipertensão. No entanto, tem sido notado taxas insuficiente no controle da doença.A nao adesão ao tratamento é uma adversidade que necessita ser enfrentado por todos: pessoa hipertensa, família, comunidade, instituições e equipe de saúde.
Um caso de suma importância para a adesão ao tratamento medicamentoso tem sido o oferecimento dos medicamentos na unidade básica de saúde, por meio do programa Hiperdia ,visto que a maioria dos medicamentos prescritos para tais pacientes, afim de atingir os objetivos do programa. A disposição de medicamentos fica Indispensável para a população por ser uma população de baixa renda (Silva et al., 2015).
Segundo Araújo et al (2019) os medicamentos mais utilizados com anti-hipertensivos são os hidroclorotiazida, losartana, captopril, enalapril, atenolol e anlodipino. Esses medicamentos pode ser usados em associação, e tem por finalidade diminuir o volume da PA.
O programa HIPERDIA foi criado em 2001 pelo governo com objetivo de reorganizar a atenção à Hipertensão arterial e Diabetes Mellitus, atualizando e capacitando as equipes da Atenção Primária à Saúde (NICOLAU et al., 2017).
O controle, a promoção e a prevenção dessas doenças são desenvolvidas pela Atenção Básica, o enfermeiro tem uma grande importância nesse programa, por fazer parte da equipe de saúde, pois desenvolve metas e planos para melhorar a qualidade de vida do paciente.
Hiperdia soma alguns fatores que levam a não adesão ao tratamento como o não comparecimento dos pacientes nas consultas podem está ligado ao fato do intervalo entre uma consulta e outra ser grande, fazendo assim que o paciente se esqueça da próxima consulta ou até mesmo a insuficiência no quadro de agentes comunitários de saúde (FERREIRA et al., 2014). Isso mostra a importância de passar as informações correta para o paciente sobre a frequência das consultas.
Segundo (Nogueira et al., 2021) A consulta de enfermagem é regulamentada pelo Conselho Federal, por meio da Resolução nº 358/2009, a qual dispõe sobre a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado exercido por enfermeiros, autorizando o levantamento de fatores de risco da HAS. Sendo assim é de suma importância o papel do enfermeiro no programa Hiperdia, auxiliando no tratamento medicamentoso e não medicamentoso, trazendo assim uma maior qualidade de vida para o paciente.
Concordamos com Tavares et al. (2017), quando ele ressalta que a adoção hábitos e comportamento saudáveis são motivos que diminui os riscos para DCNT ( doenças crônicas não transmissíveis) que no caso HAS é umas delas.
É importante a enfermagem conhecer e dominar o PE, para conseguir chegar para facilitar a relação entre enfermeiro e paciente, o que gera uma segurança na assistência de enfermagem (Santos et al. 2017).
Deste modo, é importante conhecer a HAS como um problema de saúde pública, entender que a carga social que os portadores dessa doença se encontram inseridos, afim de trazer melhores formas para o tratamento do paciente. Compreender as dificuldades de entendimento da doença pelo indivíduo e a importância da terapêutica tem se tornado uma grande instigação para os profissionais da área da saúde (SANT’ANA, Djalma, 2014).
O papel do enfermeiro no tratamento de HAS, é fundamental, pois durante a consulta de enfermagem ele realiza planos de ações e estratégias de modo que o paciente compreenda a importância da adesão do tratamento de hipertensão (Dias, EG; Souza, ELS; Mishima, SM, 2016). É importante salien que antes da adesão do tratamento, o paciente deve compreender e entender que apenas os medicamentos não controlam a HAS, é necessário mudanças no hábito de vida.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A HAS é o aumento da força dos vasos sanguíneo, se não for tratada pode ocorrer ou agravar doenças e complicações que pode levar ao óbito.
Este estudo permitiu explorar e reconhecer os essenciais cuidados oferecidos na assistência de Enfermagem ao portador de HAS, no qual a literatura constatou maior destaque à educação em saúde, principalmente, na Atenção Primária.
Diante destas circunstâncias, é essencial o aumento do cuidados frente a esses pacientes portador de hipertensão arterial.
Nesse sentido podemos demostrar a importância do profissional de enfermagem no programa Hiperdia, o enfermeiro tem papel de educador que é essencial ao tratamento da hipertensão arterial, ocasionando assim a uma maior adesão ao tratamento, sendo importante essa educação tanto em palestras como na consulta de enfermagem. também mostra a necessidade da educação e informação com os pacientes, afim de esclarecer dúvidas e proporcionar o melhor atendimento possível.
6. Agradecimentos
Primeiramente agradecemos a Deus, por nos darmos força para seguir em frente.
As nossas famílias por ter nos apoiado e investido em nossos sonhos durante esses longos 5 anos, tivemos muitos obstáculos, mas nunca desistimos. Foram anos de luta, pensamos em desistir algumas vezes, mas, Deus nos permitiu chegar até aqui.
Agradecemos aos professores que ao longos dos anos contribuíram para nossa formação acadêmica, sentimos- nos privilegiadas por ter nos passados seus conhecimentos.
7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMADO, VERÔNICA SPANI. Avaliação do perfil epidemiológico e clínico dos usuários cadastrados no programa HIPERDIA da Estratégia Saúde da Família “Barra” do município de Marataízes – ES. 123 f. Dissertação (Mestrado) -Faculdade Vale do Cricaré, 2020.
ARAÚJO, G.S.B et al. Hipertensão Arterial Sistêmica: Problema de Saúde Pública Nos Dias Atuais. ReBIS. 2019;1(1):39-43.
BARROSO, W.K.S et al. VII Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Arquivos Brasileiros de Cardiologia [online]. V. 116, n. 3, 2020. [Acessado 25 Agosto 2023], pp. 516-658. Disponível em: https://doi.org/10.36660/abc.20201238.
COSTA, YS et al. O papel educativo do enfermeiro na adesão ao Tratamento da Hipertensão Arterial Sistêmica: Revisão integrativa da literatura, 2014.
DIAS, EG; SOUZA, ELS ; MISHIMA, SM. Contribuições da enfermagem na adesão ao tratamento da hipertensão arterial: uma revisão integrativa da literatura brasileira. Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção. 2016, 6(3), 138-144[fecha de Consulta 28 de Agosto de 2023].
FERREIRA, N.S et al. Abordagem Multiprofissional no Cuidado À Saúde de Pacientes do Programa HIPERDIA. Ver Bras Hipertens vol. 21(1):31-37, 2014.
NICOLAU, Silvio et al. PRÁTICAS de Educação Em Saúde Realizadas Por Enfermeiros Para Pacientes do Programa Hiperdia. J Manag Prim Health Care, 2018.
NOGUEIRA, A.J.S; SILVA, J.L.V; PACHÚ, C.L. Assistência de Enfermagem aos portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica: Uma Revisão Integrativa Research, Society and Development, v. 10, n. 12, 2021.
MALACHIAS et al. 7ª DIRETRIZ BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL. Sociedade Brasileira de Cardiologia • ISSN-0066-782X • Volume 107, Nº 3, Supl. 3, Setembro 2016.
MATAVELLI, et al., Hipertensão Arterial Sistêmica e a Prática Regular De Exercícios Físicos como Forma de Controle: Revisão de Literatura; Revista Brasileira de Ciências da Saúde; Volume 18 Número 4 Páginas 359-366; 2014.
RABELO et al. Papel do Enfermeiro na Prevenção da Hipertensão Arterial Sistêmica em Idosos; Revista Brasileira de Pesquisa em Ciências da Saúde – v. 6, n. 12 2019.
RAYMUNDO, A.C.N; PIERIN, A.M.G. Adesão ao Tratamento de Hipertensos em um Programa de Gestão de Doenças Crônicas: Estudo Longitudinal Retrospectivo. Rev Esc Enferm USP, 2014.
1 Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos – UNITPAC, Araguaína/TO, Brasil.
E-mail: rayanegsilva@outlook.com
ORCID: https://orcid.org/0009-0009-8147-3988
E-mail: tacielelopes2000@gmail.com
ORCID: https://orcid.org/0009-0002-9198-8984
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