UM OLHAR SOBRE A OBESIDADE NO PERÍODO DA PANDEMIA DA COVID-19

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7271739


Flora Rebeca de Souza Costa1 
Francisca Marta Nascimento de Oliveira Freitas2
 José Carlos de Sales Ferreira3


RESUMO 

Fornecer dados que comprovem o aumento do transtorno alimentar que causa a obesidade em tempo de pandemia da Covid-19 apresentando condições afim de preservar a saúde através de hábitos saudáveis e atividades físicas resultam o objetivo desse trabalho. Tratando-se de um estudo reflexivo, bibliográfico, descritivo e qualitativo sobre a obesidade em tempos de pandemia covid-19 e atualmente.  Resultando a reflexões importantes para os profissionais de saúde, pesquisadores e graduandos em nutrição e áreas afins, trazendo um olhar do princípio da pandemia e a obesidade como um transtorno alimentar crescente nesse período, período no qual a obesidade não era reconhecida como fator de risco, até o cenário atual. Assim, tem-se a obesidade como um fator de risco para agravamento da COVID-19 por ajudar a desenvolver comorbidades, e contribuir para sequelas do vírus pós recuperação. 

Palavras-chave: Transtorno alimentar. Nutrição. Covid-19. Obesidade. 

ABSTRACT 

The objective of this work is to provide data that prove the increase in the eating disorder that causes obesity in the time of the Covid-19 pandemic, presenting conditions in order to preserve health through healthy habits and physical activities. This is a reflective, bibliographic, descriptive and qualitative study on obesity in times of the covid-19 pandemic and currently. Resulting in important reflections for health professionals, researchers and undergraduates in nutrition and related areas, bringing a look at the beginning of the pandemic and obesity as a growing eating disorder in this period, a period in which obesity was not recognized as a risk factor, up to the current scenario. Thus, obesity is a risk factor for the worsening of COVID-19 by helping to develop comorbidities, and contributing to post-recovery virus sequelae. 

Keywords: Eating disorder. Nutrition. Covid-19. Obesity.  

1. INTRODUÇÃO   

Na humanidade já tivemos algumas doenças que trouxeram grandes desafios para as sociedades, entre elas estão “ebola, a síndrome respiratória aguda grave e a H1N1” que foram surtos espalhados pelo mundo que trouxeram desafios e transtornos diversos a saúde da população mundial (INSTITUTO BUTANTAN, 2022, p. 01). 

Os primeiros casos de ebola surgiram em 1976 no Sudão e na República Democrática do Congo em uma região próxima ao Rio Ebola. A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) é uma doença causada por um coronavírus da família SARS. O primeiro caso de SARS ocorreu em 2003 em um surto na China e se propagou por países vizinhos. A H1N1, causada por uma mutação do vírus Influenza, atingiu o mundo entre os anos 2009 e 2010 (INSTITUTO BUTANTAN, 2022, p.02). 

Essas três doenças foram as últimas endemias antes da Covid-19. A SARS-CoV-2, causador da doença COVID-19, ocasionou uma pandemia que até a atualidade ainda se luta para combate-la e desenvolver vacinas com maior eficácia no seu controle ou erradicação. Dentro desse contexto é possível identificarmos algumas outras mazelas sociais que a pandemia desencadeou desde então, como transtornos do sono, transtornos dos nervos, transtornos alimentares, entre muitos outros (INSTITUTO BUTANTAN, 2022, p. 02). 

Pesquisas relatam que a cada dia surgem novos transtornos alimentares na sociedade. “Os transtornos alimentares podem ser caracterizados por perturbações comportamentais relacionadas aos hábitos alimentares. Geralmente, envolvem uma preocupação excessiva com a imagem corporal, gerando comportamentos como a ingestão reduzida de alimentos, uso de laxantes e diuréticos, ou a provocação de vômitos logo após o consumo de alimentos”. Mas o que se observa na sociedade mundial é o aumento dos transtornos alimentares compulsivos que levam a obesidade (OMS, 2019). 

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade pode ser compreendida como um agravo de caráter multifatorial decorrente de balanço energético positivo que favorece o acúmulo de gordura, associado a riscos para a saúde devido à sua relação com complicações metabólicas, como aumento da pressão arterial, dos níveis de colesterol e triglicerídeos sanguíneos e resistência à insulina. Entre suas causas, estão relacionados fatores biológicos, históricos, ecológicos, econômicos, sociais, culturais e políticos (OMS, 2019). 

Com a nova problemática social vivida atualmente, o surgimento do novo coronavírus, denominado por SARS-CoV-2, causador da doença COVID-19, notou-se um aumento nos transtornos alimentares e a obesidade foi um dos que mais se destacou. Logo, surgiu o interesse em aprofundar o estudo mediante a essa demanda. Devido à grande quantidade de diabéticos com taxas glicêmicas muito altas, assim como pacientes com sequelas, por conta disso, o presente ensaio busca analisar a interface entre as pandemias de inatividade física, obesidade e COVID-19, e, chamar a atenção da importância da continuidade e/ou aumento da prática de atividade física como estratégias para minimizar os efeitos adversos da atual e de futuras pandemias que demandem distanciamento social.  

Assim, tem-se por objetivo geral fornecer dados que comprovem o aumento do transtorno alimentar que causa a obesidade em tempo de pandemia da Covid-19. 

2. METODOLOGIA 

2.1 Tipo de Estudo 

O presente estudo é caracterizado como pesquisa exploratória com abordagem. Para atingir os objetivos propostos neste estudo, a abordagem utilizada foi de levantamento bibliográfico. Quanto aos meios, trata-se de uma pesquisa bibliográfica, “pois serão necessários elementos que permitam fazer um levantamento teórico sobre metodologia de pesquisa, a consulta e as metodologias mais utilizadas”. Utilizou-se a abordagem descritiva, “onde tende a descrever um fenômeno atual” (ANDRADE, 2010 & LAKATOS & MARCONI, 2011). 

2.2 Coleta de Dados 

Utilizou-se como procedimento a analises de dados secundários e artigos recentes e normativas e leis do país. Foi elaborado a partir da leitura e interpretação de dados encontrados em estudos elaborados por outros autores. (ANDRADE, 2010 & LAKATOS & MARCONI, 2011). 

Temos como descritores desse artigo os termos: Transtorno alimentar. Nutrição. Covid-19. Obesidade.  

2.3 Análise de dados 

 Partindo do olhar de pesquisa, esse trabalho reuniu dados compilados em uma pesquisa realizadas em artigos científicos, revistas cientificas, dados atuais que prevaleceram fornecer dados que comprovem o aumento do transtorno alimentar que causa a obesidade em tempo de pandemia da Covid-19.  

Foram selecionados par analise os seguintes critérios de inclusão: artigos escritos em Português, com disponibilidade de texto completo em suporte eletrônico, publicado em periódicos nacionais e critérios, de exclusão: artigos de jornais, matérias sensacionalistas e dados de textos populares de Aplicativos entre outros. 

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 

3.1 OBESIDADE. 

 Para melhor entendimento do estudo é preciso aprofundarmos o conceito de obesidade e como ela está dividida. A obesidade “é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um acúmulo anormal ou excessivo de gordura corporal que pode atingir graus capazes de afetar a saúde que pode ser definida por um IMC≥30, mas inclui subdivisões, reconhecendo o facto de que a abordagem e as opções terapêuticas devem ser diferentes quando o IMC é superior a 35” (OMS, 2019). 

 Santos (2018, p.02) afirma que “a prevalência de sobrepeso e obesidade vem aumentando rapidamente no mundo, sendo considerada um importante problema de saúde pública tanto para países desenvolvidos como em desenvolvimento”, ou seja, é um problema que pode ser encontrado em toda sociedade independente da classe social o status podendo ser definida em graus. 

  Pode-se definir a obesidade em graus tais quais: obesidade de grau I, II e III. A obesidade causa comorbidades que podem ser definidas como: “outras doenças causadas pelo excesso de peso. Entre as mais comuns estão hipertensão, diabetes, dislipidemias, doenças cardíacas e circulatórias” (ABESO,2009, p.02). 

FIGURA 1: TABELA DE COMO CALCULAR ÍNDICE DE OBESIDADE. 

Fonte: Moura (2019). 

LEÂO et al (2005, p.01) apresenta a obesidade androide também conhecida como obesidade central, “que é a gordura localizada na parte superior do corpo (gordura visceral). A obesidade do tipo androide está relacionada a maior risco de doenças cardiovasculares”. Essa obesidade, também conhecida popularmente como obesidade maçã, segundo pesquisas “é a mais frequente nos homens, refere-se à distribuição de gordura que neste caso se localiza na zona abdominal” (MELLO,2011, p. 02). 

A obesidade ginecóide, por sua vez, é conhecida como obesidade periférica, na qual a gordura que “se localiza principalmente na parte inferior do corpo, quadril nádegas e coxas”. Essa qualificação de obesidade é mais comum no público feminino (CORDEIRO et al, 2016). 

Mello (2011, p. 02) afirma que “a obesidade ginóide é conhecida, também, como obesidade baixa, periférica ou glúteo-femoral. Este tipo de obesidade associa-se à figura de pêra e induz um menor risco de complicação metabólica”. Raskin et al (2000, p. 05) afirmam que: 

O acúmulo de gordura visceral com distribuição central ou abdominal predominante, que caracteriza o perfil andróide e é encontrado em mulheres climatéricas e pós-menopáusicas, é metabolicamente diferente da periférica ou glúteo-femural que define o padrão ginecóide, prevalente no período reprodutivo (p.05). 

Observa-se que mesmo que os dois tipos de classificação, “obesidade androide e a obesidade ginecóide, não são conceitos totalmente femininos ou masculinos, ou seja, não se pode classificar como única para os públicos”, vai depender da distribuição de gordura de cada corpo (MELLO, 2021, p.02).  

Há possíveis causas da obesidade e vários fatores que podem desencadear a obesidade, segundo Brasil (2016), esses fatores podem ser “endócrinos; sociais; culturais; comportamentais; genéticos; ambientais e neurológicos”, tais fatores geram ou cooperam para o surgimento de doenças diversas cardiovasculares, metabólicas, a diabetes, hipertensão, entre outras. 

  Dentro dessa perspectiva, a “OMS (Organização Mundial da Saúde) estabelece pontos de corte para risco cardiovascular aumentado, medidas de circunferência abdominal igual ou superior a 94 cm em homens e 80 cm”, temse um padrão saudável para cada pessoa e seu tipo de corpo e sabe-se quando algo está anormal por meio de exames clínicos e medidas podendo classificar seus riscos e tipos de obesidade (TAVARES, 2010, p.02). 

Pesquisas afirma que “em 2021, o excesso de peso era maior entre os homens, com 59,9%. Das mulheres, 55% estavam acima do peso. Os quilos extras eram mais encontrados nas faixas etárias: 45 a 54 (64,4%), 55 a 64 (64%) e 35 a 44 (62,4%). Quanto à obesidade, esta aumentou em relação a 2020” esse fator é desencadeado pelo transtorno alimentar (BRASIL, 2021). 

3.1.1 Obesidade como transtorno alimentar. 

A obesidade é um transtorno alimentar causado pela compulsão alimentar, onde é preciso entender o que são transtornos alimentares que podem desencadear a obesidade. Pesquisas afirmam quem no mundo, “cerca de 40 milhões de crianças com menos de 5 anos e 340 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 19 anos apresentam sobrepeso ou obesidade e se as tendências atuais continuarem, haverá mais crianças e adolescentes com obesidade do que com desnutrição moderada e grave até 2022” (MINISTÈRIO DA SAÙDE, 2018). 

Dados do IBGE (2019) mostram que “entre 2003 e 2019, a proporção de obesos na população com 20 anos ou mais de idade do país mais que dobrou, passando de 12,2% para 26,8%. No período, a obesidade feminina passou de 14,5% para 30,2% e se manteve acima da masculina, que subiu de 9,6% para 22,8%” observa-se que ocorreu uma mudança na faixa etária. 

Para Mattos (2018, p.01) “os Transtornos Alimentares e a Obesidade são patologias contemporâneas que nos últimos 20 anos sofreram um importante aumento de incidência”. Para a autora “os Transtornos Alimentares podem se manifestar de diversas formas, intensidades e gravidades, mas sempre relacionados à perda ou ganho de peso corporal e a dificuldades emocionais”. 

A obesidade é o ganho de peso corporal que pode gerar diversas comorbidades e limitar a vida das pessoas, dentro desse espaço de tempo, em 2019 o mundo vive a pandemia do covid-19 que trouxe ou despertou “gatilhos” na população e um desses eventos é o transtorno alimentar da obesidade: 

Os transtornos alimentares (TA) são doenças psiquiátricas caracterizadas por alterações graves do comportamento alimentar e que afetam, na sua maioria, adolescentes e adultos jovens do sexo feminino, podendo originar prejuízos biológicos, psicológicos e aumento da morbidade e mortalidade. A anorexia e a bulimia nervosas são os dois tipos principais (DOYLE; BRYANT-WAUGH, 2000; SAIKALI et al., 2004). Essas duas doenças estão intimamente relacionadas por apresentarem alguns sintomas em comum: preocupação excessiva com o peso, distorção da imagem corporal e um medo patológico de engordar (SAIKALI et al., 2004, p.08). 

Esses transtornos são comuns, entretanto, ainda são possíveis se camuflar na sociedade como algo comum. “Os transtornos alimentares têm uma etiologia multifatorial, ou seja, são determinados por uma diversidade de fatores biológicos, genéticos, psicológicos, socioculturais e familiares que interagem entre si para produzir e perpetuar a doença” (BORGES et al., 2006, p. 02). 

É importante salientar que a obesidade está dentro do perfil de transtorno alimentar, quando se come compulsivamente e resulta em ganho de peso, diferente do que muitos pensam, pois se define transtorno alimentar como anorexia e bulimia e não se pensa em obesidade que também está dentro do grupo defino por transtorno alimentar. “Obesidade tem um forte componente genético e um forte componente ambiental, social e cultural” (NEGRÂO, 2006, p. 03). 

Entende-se que a obesidade é o acúmulo de gordura no corpo causado quase sempre por um consumo de energia na alimentação, superior àquela usada pelo organismo para sua manutenção e realização das atividades do diaa-dia. Ou seja: “a ingestão alimentar é maior que o gasto energético correspondente” (OMS, 2019). 

A obesidade ou transtorno compulsivo alimentar: 

Caracteriza-se por episódios de ingestão de alimentos em quantidades maiores do que o esperado em um espaço curto de tempo, acompanhados de uma sensação de falta de controle. Nesses casos, o contexto é importante para considerar se a ingestão excessiva se dá por um transtorno ou por uma ocasião aceitável (como em festas, por exemplo) (SOUZA, ALVARENGA, 2016, p. 04). 

 Pode-se observar sintomas do transtorno alimentar compulsivo que leva a obesidade: 

É caracterizado por episódios recorrentes de hiperfagia – ingestão de quantidades exarcebadas de comida -, com sentimento de sofrimento, associado e ausência de comportamentos compensatório. Num período de aproximadamente duas horas, a pessoa come uma quantidade de alimentos muito elevada maior do que a maioria das pessoas consumiriam normalmente, mesmo não estando com fome fisiológica e com rapidez até sentir-se “desconfortavelmente cheio” (ASSAL, 2014, p. 10). 

 Observa-se que, com a pandemia da Covid-19 a obesidade teve um aumento na população mundial devido as normas a serem seguidas de quarentenas, de alimentação compulsiva e fatores psicológicos que desencadearam um alarmante crescimento da obesidade na população, confirmando dados acima e com “portas abertas” pelo transtorno alimentar compulsivo, ou outros devendo ter um olhar clinico. Segundo OPAS (2022), outros problemas surgiram ou se acentuaram na pandemia e isolamento como “a Solidão, medo de se infectar, sofrimento e morte de entes queridos, luto e preocupações financeiras também foram citados como estressores que levam à ansiedade e à depressão” que levam também a obesidade. 

Levitan e Nardi (2006, p. 13) afirmam que “devido à complexidade do entendimento e do tratamento desses quadros de transtornos alimentares tornase essencial que o trabalho multidisciplinar seja realizado por grupos de pesquisa bem estruturados” contando com auxílio de psicólogos e especialistas da área da saúde. Porém, “a base do tratamento são mudanças no estilo de vida, como dieta e exercícios” (OMS, 2019). 

3.2 COVID-19: A obesidade e seus riscos 

 Dentro do que já se conhece da obesidade, seus princípios, tipos e classificações pode-se observar que a mesma implica em diversas comorbidades. Muitos ainda nem sabiam o verdadeiro sentido da palavra “comorbidade” até surgir a covid-19, o “significado do termo cresceu tanto que ele se tornou um dos mais buscados no Google em 2021” (REVISTA VEJA, 2022, p.18).  

 Pode ser entendida como “uma palavra usada para descrever a existência de mais de uma doença ou condição manifesta no organismo ao mesmo tempo. Também recebe o nome de “condições coexistentes ou multimorbidades”. dentro do que se pode entender por comorbidades, um dos grandes causadores da mesma é a obesidade (TORRES, 2019, p.02). 

Melo (2019, p. 01) as doenças mais comuns desencadeadas pela obesidade são: “diabetes, doenças cardiovasculares (DCV) e alguns cânceres”. Essas doenças crônicas podem ser potencializadas com o descontrole do peso podendo gerar outros tipos de comorbidades e assim limitar cada vez mais a vida da pessoa que as possui. Com a chegada da covid-19 as pessoas do grupo de comorbidades ocasionadas pela obesidade correm um grande risco. 

O novo coronavírus, denominado SARS-CoV-2, causador da doença COVID-19, foi detectado em 31 de dezembro de 2019 em Wuhan, na China. Em 9 de janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou a circulação do novo coronavírus, a mutação do vírus trouxe inúmeras dúvidas de como trata-lo ou até mesmo inibi-lo, muitas foram as tentativas, mas o que se sabe é que levou milhões de pessoas no mundo a óbito (LANA et. al, 2020, p. 02).  

 Fatores genéticos e doenças crônicas, conhecidas como comorbidades, foram a causa de muitos óbitos no ápice da pandemia da Covid-19. O estudo (E5), realizado com 5.700 pacientes no maior sistema de saúde acadêmico de Nova Iorque, apontou que a obesidade estava presente em 1737 (41,7%) pacientes internados. Outro estudo (E3), também realizado em dois hospitais de Nova Iorque com 257 adultos em estado grave de COVID-19, apontou que 119 (46%) pacientes apresentavam obesidade IMC ≥30kg/m2 e, desses, 39 (71%) dos 55 pacientes tinham menos de 50 anos de idade (SILVA et. al, 2021, p. 22).  Outro fator levado em consideração foi que, a maioria das pessoas obesas e com doenças crônicas foram a que mais morreram devido a complicações na pandemia da Covid-19 despertando assim uma maior preocupação com esse público.  

O aumento da adiposidade pode prejudicar o microambiente pulmonar com o tráfego de citocinas inflamatórias podendo contribuir para um ciclo de inflamação local e lesão secundária.  Os autores chamam atenção, ainda, para a importância de modificações no estilo de vida  (alimentação  saudável  e  atividade  física)  como  forma  de  reduzir  o  impacto  da  pandemia  nesta  população  específica.  Relatam,  também,  que  maiores  níveis  de  atividade  física  podem  estar  associados  a  redução do risco (PITANGA, BECk e PITANGA, 2021, p. 14). 

 Assim, compreende-se que, a obesidade aumenta o risco de mortalidade ao vírus da Covid-19 o próximo tópico visa sugerir possíveis caminhos para o controle desse transtorno alimentar. 

3.3 CAMINHOS PARA CONTORNAR A OBESIDADE NA ATUALIDADE: Pós pandemia covid-19 

 Halbwachs (2009, p.205) afirma que “o ser humano é um ser social e parcialmente emocional”, ou seja, com a pandemia da covid-19 o ser humano em sociedade perdeu muitos dos seus conceitos de vida em conjunto ou social desencadeando transtornos diversos como a obesidade. O tempo de conluio, a pressão social e psicológica levou o ser social a uma realidade distante para muitos, a facilidade das entregas com apenas um “click” gerou uma população mais obesa e sedentária. 

Pesquisas afirmam que desde o início de 2020, o mundo todo vem passando por transformações impostas pela chegada da Covid-19. A pandemia estabeleceu novas formas de viver e de se relacionar, sendo esse um dos maiores desafios do período pandêmico. Especialmente quando se leva em consideração a principal característica humana, que é: socializar (OMS, 2020).  

Muitas pessoas levadas pelo medo, ansiedade e depressão encontraram na comida um caminho para passar pela pandemia. Melo (2019, p.01) afirma que um dos caminhos para vencer a obesidade é a educação física, pois, “auxilia na queima de calorias, pois repercute na saúde de forma global, melhorando a condição física e no funcionamento biológico, reduz o estresse, melhora o humor e diminui o risco de doenças cardiovasculares”.  Segundo a (OMS, 2020, p. 02): 

Publicação feita por pesquisadores italianos apresenta lições aprendidas com estudos sobre a influenza e atividade física em pacientes obesos, e, sugere que os achados possam vir a ser considerados para o  COVID-19. Nesse trabalho, os autores  ressaltam  a  importância  da  atividade  física  a  fim  de potencializar  a imunomodulação positiva proporcionada pela prática do exercício físico de leve a moderada intensidade, principalmente em indivíduos obesos12. No caso específico da obesidade, outra recente publicação chama a atenção para a possibilidade de maior patogenicidade viral em obesos, fato que foi demonstrado em estudos retrospectivos após a pandemia do H1N1, em  2009. 

Outro caminho a ser percorrido na luta contra a obesidade é a alimentação saudável, o consumo diário das quantidades recomendadas conforme a Organização Mundial de saúde é essencial. Melo (2019) salienta: 

A recomendação do consumo alimentar de cada nutriente – carboidratos (CHO), proteínas (PTN), lipídeos (LIP), vitaminas e minerais. Estes nutrientes são encontramos em frutas, verduras, arroz, grupo oleaginosas (como: feijão ou lentilha, carne e ingestão hídrica (água e sucos naturais sem adição de açúcar). Mas, para manter ou iniciar uma rotina com hábitos saudáveis é preciso um pouco de esforço, afinal de contas consumir comidas gordurosas e rápidas é muito mais prático (MELO, 2019, p. 03).   

Mediante as informações é possível afirmar que o Covid-19 associado, incialmente a uma doença respiratória, apesar de estudos já demonstrarem que atinge outras partes do corpo, a vida sem sedentarismo e com bons hábitos alimentares pode sim influenciar o corpo a lutar contra o vírus. Assim, torna-se de grande importância a continuidade da prática de atividade física para potencializar as respostas imunológicas e fazer com que as pessoas, mesmo com obesidade, estejam mais bem preparadas para o enfrentamento da atual pandemia. Nahas (2017, p. 01) salienta a importância e benefícios “da atividade física na recuperação de várias doenças físicas e psicoemocionais”. 

Considerando os benefícios da prática regular da atividade física para diferentes sistemas orgânicos, entende-se que o aumento dos seus níveis na população poderá nos deixar melhor preparados para futuras pandemias similares a atual. Pessoas com os sistemas cardiovascular, metabólico, imunológico e saúde mental ajustados podem conseguir suportar melhor os efeitos de possíveis contaminações por infecções virais.  

3.4 NUTRIÇÃO NO PROCESSO DE INIBIÇÃO DA OBESIDADE PÓS PANDEMIA DA COVID-19. 

Historicamente, a nutrição surgiu após um caos mundial, Torres (2019, p, 01) afirma que os “primeiros indícios da nutrição na sociedade foram após a Segunda Guerra Mundial”. Alves e Martinez (2016, p. 04), afirmam que “os primeiros relatos do surgimento da nutrição/dietética no mundo datam de 1670 no Canadá que apontam para um trabalho realizado por Irmãs da Ordem Insulina de Quebec, depois em Ontário (1867), no ensino da economia doméstica”. 

Nota-se que o surgimento da nutrição vem para atenuar, melhorar a sobrevivência do ser em sociedade e que está presente em todas as situações do cotidiano e depois vamos ver sua profissionalização. Martinelli (2018, p. 02) afirma que a nutrição surgiu como profissão “em 1980 que a história da nutrição virou mais uma página. Neste momento, as políticas nutricionais passaram a conter limites máximos e mínimos de consumo diário de nutrientes em função da manutenção da boa saúde”. 

Soares (2017, p.01) afirma que “a prevalência de pessoas com sobrepeso e obesidade na população brasileira aumentou muito; são quase 51% das pessoas adultas com sobrepeso e mais ou menos 18 ou 19% com obesidade”. Com o surgimento da pandemia da covid-19 esse número aumentou. 

Com o aumento da obesidade e outros transtornos alimentares, a nutrição vem percorrendo um caminho ligado ao bem-estar social. Com a chegada da covid-19 os profissionais atuam além do que atuavam salientando a importância de bons hábitos alimentares acompanhados de rotinas saudáveis. A Associação Brasileira de Nutrição – ASBRAN (2020, p.03) lançou o Guia para uma alimentação saudável em tempos covid-19 “a obra visa informar a população, sobre a necessidade de mudanças de hábitos alimentares e adoção de medidas que contribuam para o fortalecimento do organismo(…) neste período de enfrentamento da doença no país”. 

Com essa nova demanda oriunda da pandemia da covid-19, muitos profissionais precisaram se adaptar e até mesmo atualizar em suas funções de atendimento frente aos inúmeros casos de pessoas com transtornos alimentares e em sua maioria, a obesidade. Matta et al (2021, p.02) afirmam que “a pandemia mexeu com a esfera global dos poderes e isso fez com que a sociedade lutasse contra inimigos internos e externos”, originando diversos fatores a serem enfrentados posteriormente. 

Escobar (2020, p.01) salienta que a pandemia foi um grande desafio profissional visto que “uma das principais recomendações desde o início da disseminação da COVID-19, foram a restrição de contato físico e o distanciamento social, fazendo com que os atendimentos presenciais fossem substituídos pelos online”. Além disso, lidar com pacientes com obesidade e comorbidades na covid-19 tem sido um grande desafio.  

Moreira, Freire e Reis (2020, p. 07) afirmam que: 

Dentre os fatores de risco para a evolução com piora dos pacientes infectados por SARSCoV-2, a obesidade surge como uma condição comum entre os pacientes hospitalizados com maior gravidade, sendo relevante compreender melhor os mecanismos fisiopatológicos que podem ser a chave da correlação entre obesidade e agravamento da COVID-19.  

 No ápice da pandemia, a condição dos pacientes obesos com covid-19 é pior em relação aos demais pacientes devidos as comorbidades apresentadas em um estudo realizado apontam que “por meses, a idade e doenças como diabetes e hipertensão apareceram como fatores determinantes de risco, mas agora estudos conduzidos nos Estados Unidos e na França constataram que a obesidade é fator crônico mais importante e o maior marcador” (SBCBM, 2020, p.01). 

 Além da alimentação o nutricionista tem outras funcionalidades para que o processo de recuperação do paciente infectado pela covid-19 se restabeleça para Argolo (2020, p.05): 

Os nutricionistas nas unidades de saúde estão empenhados em ofertar o melhor cardápio possível, sendo necessário também o conhecimento do quadro respiratório do paciente, para definição da consistência das refeições, atentando-se para pacientes em nutrição enteral. 

 A reeducação alimentar com acompanhamento do nutricionista e atividade física visam reiterar e o estado nutricional expressa a categoria na qual as necessidades fisiológicas de nutrientes estão sendo atingidas, para manter a composição e funções adequadas do organismo. Uma avaliação nutricional consente o diagnóstico de mudanças corpóreas, como a obesidade e a desnutrição, e avaliar o risco de doenças crônicas não transmissíveis, condições frequentes no indivíduo idoso (CINTRA, OLIVEIRA, SILVA et al. 2012, p. 03).  

Argolo (2020, p.03) afirma que “o consumo excessivo de açúcar, gorduras saturadas, processados e ultraprocessados, a propaganda de alimentos não saudáveis direcionadas ao público infantojuvenil e a inatividade física são fatores que preocupam”.  atualmente organizações nacionais e internacionais enfrentam o aumento da população obesa e isso traça um novo cenário social marcado pela pandemia da Covid-19, nunca um profissional em nutrição foi tão importante no enfrentamento dessa problemática. 

Programas de combate e enfrentamento a pandemia vem sendo trabalho no país: 

O Ministério da Saúde vem trabalhando em diferentes estratégias de promoção de uma alimentação adequada e saudável para melhorar o perfil alimentar da população brasileira. Para isso são necessárias diferentes ações que incluem a educação alimentar e nutricional, medidas que facilitem escolhas alimentares mais saudáveis e que levem o setor produtivo de alimentos a ofertar produtos com melhor perfil nutricional (BRASIL, 2021). 

Ao profissional em nutrição tem a responsabilidade de lidar com os pacientes com os transtornos alimentares e indicar o melhor caminho para o enfrentamento. Pessoas com obesidade agravadas pós pandemia buscam novos caminhos para uma possível reabilitação da saúde. OPAS (2021), afirma que “profissionais são ferramentas indispensáveis como controle e combate as comorbidades em tempos de pandemia da covid-19”. 

Geralmente pessoas com obesidade pós pandemia da covid-19 tendem a fazer acompanhamento em outros profissionais da saúde criando assim uma rede de apoio de profissionais ligados a nutrição. Segundo dados do CONASEMS (2021, p. 32) “a fisioterapia, acompanhamento psicológico, seguido de orientações de treinos com fisioterapeutas e profissionais em educação física são receituários de muitos pacientes pós covid-19”. 

Por isso, podemos afirmar que a nutrição faz parte dos pilares do combate a obesidade no pós pandemia. Ernsen (2021, p.01) em sua pesquisa afirma que o fato “dos profissionais em nutrição serem vacinados como linha de frente mostrou a importância do mesmo no processo de enfrentamento da covid-19”. 

Esse trabalho consolidado pós pandemia no combate as mazelas oriundas do período de isolamento, como por exemplo a obesidade, continua sendo um campo para os profissionais da nutrição. Para Silva et al (2019, p. 02) a “terapia nutricional, antes usada apenas com crianças deve ser utilizada no processo de emagrecimento e combate a obesidade” e tem sido uma potente ferramenta no enfrentamento da obesidade pós pandemia por muitos profissionais em nutrição. 

4. CONCLUSÃO 

Todo trabalho de pesquisa se desvela no seu desenvolvimento e surgem novas propostas a serem trabalhadas no decorrer de sua construção, este não é diferente. O que se objetivou, inicialmente foi responder ao objetivo central da pesquisa e assim corresponder as expectativas dos objetivos específicos dentro da visão da nutrição. 

A Covid-19 é um fator preponderante causador da obesidade na população em tempos de pandemia por ser algo novo que causou muito medo, perdas e frustações na população mundial que ocasionou ansiedade e depressão levando muitos a adotarem hábitos desordenados de alimentação. 

Nesse estudo foram apresentados caminhos para contornar o transtorno alimentar (obesidade) no período de pandemia da Covid-19, tais como adotar bons hábitos de alimentação e atividade física junto ao paciente com diferentes graus de obesidade. 

A importância do nutricionista no processo de reabilitação ao bem-estar social das pessoas no período pós pandemia da covid-19 foi um assunto trabalhado nesse contexto, visto que, o mesmo atua desde o início da pandemia na linha de frente e conhece o processo de recuperação do paciente com comorbidades ocasionadas pela obesidade.  

 Assim, conclui-se que, por ser uma questão nova social, a pandemia da Covid-19 trouxe inúmeros desafios na área da saúde, na área social, econômica, entre outras. Espera-se construir um novo acervo bibliográfico afim de produção de conteúdo produtivo no combate as inúmeras questões sociais oriundas da nova pandemia tendo como foco a obesidade nos tempos de pandemia e na atualidade. 

REFERÊNCIAS 

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1Graduanda do Curso de Bacharelado em Nutrição pelo Centro Universitário FAMETRO

2 Orientadora do TCC, Doutora em Biotecnologia pela Universidade Federal do Amazonas. Docente do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO.

3Co-orientador do TCC, Mestre em Ciências do alimento pela Universidade Federal do Amazonas. Docente do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO.