A COMPARATIVE STUDY BETWEEN A PUBLIC SCHOOL AND A PRIVATE SCHOOL IN THE USE OF VIDEOS IN NATURE SCIENCE CLASSES IN ELEMENTARY SCHOOL II, IN THE WEST AREA OF THE CITY OF MANAUS.
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7986325
William Ferreira de Souza1
Resumo
Este artigo é o resumo da tese de doutoramento que teve como objetivo comparar o uso de vídeos nas aulas de Ciências da Natureza entre uma escola pública e uma escola privada, medindo o nível de aprendizagem dos alunos nas escolas da Zona Oeste de Manaus-AM/BR. Sua metodologia incluiu a análise comparativa com uso de uso de pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo com a escuta de 300 alunos do 6º ano 9º do Ensino Fundamental II, sendo 200 alunos da escola pública e 100 alunos da escola particular, além de 15 professores de Ciências da Natureza do Ensino Fundamental II, sendo 10 da escola pública e 5 da escola particular. Percebeu-se que na escola privada o uso de vídeos nas aulas de Ciências é prática cotidiana; já na escola pública, dadas às dificuldades de orçamento, isso ocorre de forma esporádica.
Palavras-chave: Ciências da Natureza; Aprendizagem criativa; Escola.
Abstract:
This article is the summary of the doctoral thesis that aimed to compare the use of videos in Natural Science classes between a public school and a private school, measuring the level of student learning in schools in the West Zone of Manaus-AM/ BR Its methodology included a comparative analysis using bibliographic research and field research by listening to 300 students from the 6th and 9th grades of Elementary School II, 200 from public schools and 100 from private schools, in addition to 15 teachers from Natural Sciences of Elementary School II, 10 from public schools and 5 from private schools. It was noticed that in the private school the use of videos in Science classes is a daily practice; in public schools, given the budget difficulties, this occurs sporadically.
Keywords: NATURE SCIENCES; CREATIVE LEARNING; SCHOOL.
1. INTRODUÇÃO
No Brasil, o uso de vídeos educativos nem sempre foi uma força das instituições de ensino, razão pela qual a educação nos últimos tempos é questionada pela não utilização de estratégias de ensino que auxiliam o professor em sua prática, uma ferramenta que permite melhorar a qualidade da educação.
No Brasil, nas escolas públicas, o uso da tecnologia em sala de aula sempre foi um ponto fraco, muita das instituições de ensino não possui os meios audiovisuais que ajudam a melhorar a qualidade da educação e as estratégias para fornecer conteúdo que perdure no tempo.
Da mesma forma, em alta porcentagem, a maioria das instituições públicas não possuem os meios que permitem ao professor aprimorar seu Ensino-Aprendizagem. Hoje a educação requer o uso de televisão, DVD, computador, internet, etc., para poder projetar vídeos educativos que o ajudem a fortalecer os assuntos com uso desses meios e melhora notavelmente a abstração.
Os sites de compartilhamento de vídeos permitem assistir a videoclipes, pequenos documentários, palestras e até enviar os próprios vídeos. Os relatórios estatísticos sugerem que os jovens passam grande parte do tempo na Internet, embora nem sempre usem esse recurso adequadamente. De fato, o upload ou a exibição de vídeos geralmente está associada a ações impróprias, violência ou imitação do comportamento negativo de outras pessoas, como costuma ser mostrado nos jornais e nas notícias da TV. Mas, apesar desses problemas, os recursos de vídeo têm muitas vantagens a serem desperdiçadas dessa maneira.
De fato, eles dão acesso à informação muito rapidamente e ajudam a preencher a lacuna entre o ensino formal e a aprendizagem informal: essa é a razão pela qual é importante ensinar aos alunos como usá-las. O advento da sociedade da informação indica claramente novos rumos para os processos de aprendizagem. Neste contexto, novas metodologias de ensino despontam para ocupar o espaço já superado de antigos métodos.
Assim, importantes mudanças ocorreram na forma de ensino em decorrência do avanço nas telecomunicações e do avanço da própria informática. No contexto dessa evolução, surgiram sistemas de informação e comunicação de forma geral que agilizam e colocam indivíduos em contato direto e instantâneo.
Assim, o estudo teve como objetivo geral comparar o uso de vídeos nas aulas de Ciências da Natureza entre uma escola pública e uma escola privada, medindo o nível de aprendizagem dos alunos nas escolas da Zona Oeste de Manaus.
A pesquisa relatou sobre o uso de vídeos para a aprendizagem baseada em tarefas de assuntos científicos. Ele examina o potencial da implementação de aulas com uso de vídeos na disciplina Ciências da Natureza em contextos de aprendizado com o objetivo de melhorar a competência dos alunos, aprimorando sua motivação a partir da comparação de suas práticas em uma escola pública em contraponto a uma escola privada.
O estudo é inovador na cidade de Manaus, pois descreveu particularmente as vantagens de usar a tecnologia e transmitir vídeos nessas situações como uma maneira de envolver os alunos. O Estudo está limitado a duas escolas de Ensino Fundamental II na cidade de Manaus, ambas na Zona Oeste, não sendo generalizado para todas as escolas de Ensino Fundamental II na cidade de Manaus sendo a bibliografia utilizada tão somente de material correlato ao tema utilizados no Brasil, como forma de complementar o estudo de campo que será realizado.
O estudo escutou 300 alunos do 6º ano 9º do Ensino Fundamental II sendo 100, do 6º ano; 100 do 7º ano; 50 do 8º ano; e 50 do 9º ano, sendo 200 alunos da escola pública e 100 alunos da escola particular, além de 15 professores de Ciências da Natureza do Ensino Fundamental II, sendo 10 da escola pública e 5 da escola particular. O estudo está limitado ao espaço geográfico da Zona Oeste de Manaus e a apenas duas escolas, sendo uma escola pública estadual e a outra uma escola privada, dentro da área de conhecimento de Ciências da Natureza..
2. Referencial Teórico.
Desde 2005, o YouTube emergiu como um grande host de conteúdo de vídeo on-line e agora é o terceiro site mais popular atrás do Google e do Facebook. O site hospeda uma enorme variedade de materiais e é popular para clipes de esportes e videoclipes, mas também tem sido usado no ensino como forma de se comunicar com os atuais alunos em potencial e disseminar material de pesquisa e ensino (WEIGEL, 2017, p. 34).
Em setembro de 2009, no âmbito internacional, o YouTube tomou lugar dos vídeos educativos produzidos até então em todo o mundo. Existe uma tensão criativa no YouTube como uma plataforma para os principais organismos de radiodifusão (talvez até universidades) e como comunidade de criadores de conteúdo individuais que veem o site como uma rede social (BEACH e LUNDELL, 2018).
Isso resultou em uma ampla gama de conteúdo e usos/usuários que tem sido amplamente estudado nas Ciências sociais. O site oferece uma riqueza de conteúdo multimídia que pode ser usado para todas as áreas do ensino fundamental, principalmente em Ciências da Natureza. Isso incluirá material desenvolvido especificamente com a área de Ciências da Natureza como entrevistas com os principais teóricos e conteúdo criado por professores, além de mais conteúdo geral que pode ser útil para ilustrar conceitos e teorias importantes (BROWN et al., 2018).
Falando sobre a tecnologia de maneira mais geral, Weigel (2017) argumenta que ela tem o potencial para melhorar a qualidade e o acesso (‘riqueza’ e ‘alcance’) do ensino, que é o nível de envolvimento com os alunos e o número de alunos envolvidos.
Na prática, as instituições de ensino tendem a focar no potencial de alcance da internet. No contexto do YouTube, isso é mostrado pelo número de instituições que hospedam conteúdo em seus canais para fins promocionais. No entanto, Weigel (2017) argumenta que as novas tecnologias podem aumentar a riqueza do ambiente de aprendizado através da combinação de “tijolos e cliques”: onde o vídeo on-line e recursos podem “enriquecer e ampliar a exploração dos novos territórios” pelos alunos.
O impacto potencial do YouTube no ensino começou a ser explorado na literatura acadêmica. Uma revisão de literatura publicada recentemente examinou 188 artigos de periódicos e documentos de conferências com o ‘YouTube’ no título. A recente chegada do YouTube e o período de tempo normalmente envolvido no material publicado, bem como o foco restrito da revisão, sugeriria que 188 estudos acadêmicos representam uma subestimação do interesse acadêmico no uso de vídeo online (BRUCE e HOGAN, 2018).
Embora a revisão tenha considerado uma ampla gama de artigos, interessa somente 13 artigos que incluíam estratégias instrucionais e dicas para incorporar vídeos do YouTube na sala de aula. Muitos destes eram de campos com aplicação limitada às Ciências da Natureza, onde vídeos podem ser usados para demonstrar conceitos. De particular relevância é um artigo sobre a incorporação de recursos multimídia conteúdo no ensino médio com o título de “O papel do youtube no Ensino de Ciências para estudantes do ensino médio” de Marcelo José da Silva, Marcus Vinicius Pereira e Agnaldo Arroio, Aqui os referidos autores incorporam conteúdo multimídia (áudio e vídeo) e afirmam: “A função mais crítica em termos de aprendizado cognitivo parece residir em sua capacidade servir como aplicações representacionais para ideias-chave” (SILVA, et. al, 2017, p. 4).
Seja na forma de uma notícia história, clipe de filme, entrevista ou documentário, informações e ilustrações fornecidas pela a mídia é particularmente valiosa para ajudar os alunos a adquirir as imagens mentais iniciais essenciais para a compreensão conceitual (SILVA et. al., 2017)
Isso está claramente relacionado à Weigel (2017) que diz que a Internet aumenta a riqueza da experiência educacional. Além deste uso de multimídia, vários outros usos são sugeridos, inclusive como um quebra-gelo para iniciar classes. Isso é semelhante a estudos correlatos que usam música de relevância tópica para iniciar suas sessões. O artigo de Silva et. al (2017) fornece uma boa lista de alguns dos possíveis problemas que podem surgir com o emprego de mídia on-line, e incluem estudantes resistentes (possivelmente como resultado de limitações tecnológicas) e questões técnicas como links quebrados, baixa qualidade de imagem e problemas técnicos em sala de aula, embora eles concluam que integração multimídia não é uma tarefa assustadora. Assim Silva et. al. (2017) discutem o emprego de materiais de vídeo vistos por grupos de estudantes do ensino médio e que estes não conseguiram acessar vídeos e aulas mais tradicionais. Eles viram os vídeos como um grupo em um ambiente social. Visto dessa maneira, os alunos colaborativamente construíram seu próprio significado do material e passaram a superar os alunos que assistiram apenas a aulas tradicionais.
Esse é um ponto importante, pois as escolas deveriam não apenas propor a incorporação de vídeos como adendo às aulas tradicionais ou como forma de virando a sala de aula onde a transmissão de informações ocorre fora da classe, permitindo outras atividades em sala de aula (que podem geralmente definidos como lição de casa), mas usa vídeos como um meio de apoiar e aprimorar a aprendizagem no ambiente tradicional da sala de aula (CAPONNETTO et al., 2014).
O uso de vídeos na sala de aula pode ser o ponto de partida para discussões em sala de aula onde os alunos usam o potencial multimídia do YouTube para se envolver com novas e diversos tópicos e aplicar seu conhecimento e compreensão de novos tópicos dentro e além da sala de aula. Esse consumo especificamente social de vídeo on-line em sala de aula ainda não foi explorado na literatura pesquisada e é a base deste estudo que examina o papel do vídeo on-line em estudantes aprendendo tanto dentro da sala de aula quanto fora dela (SILVA, et. al., 2017).
A crítica à adequação do currículo dos alunos é particularmente marcante. O descontentamento referente à inadequação dos conteúdos curriculares e dos métodos de ensino tem levado a muitos descontentamentos. Nos países da América Latina, nos últimos vinte (20) anos foram realizadas diversas reformas curriculares, baseadas no consenso geral de que os sistemas educacionais atuais não estão produzindo os resultados necessários pela maioria dos países da América Latina (WEIGEL, 2017). No Estado do Amazonas, os resultados são muito parecidos, embora a última reforma do ensino no Brasil tenha ocorrido no ano de 1996, ou seja, a mais de vinte (20) anos. Há uma crescente falta de correspondência entre habilidades (competência e preparação profissional) dos egressos (em todos os níveis de ensino), e as exigências do desenvolvimento socioeconômico e a realidade dos alunos. Os currículos importados (inclusive importados internamente) sempre foram elementos poderosos de alienação social e cultural. Por exemplo, os conceitos aplicados de Ciências da Natureza foram menosprezados nas escolas, principalmente em escolas do interior do Brasil, especialmente no Estado do Amazonas. Devido ao fato de que é um componente essencial do processo de desenvolvimento socioeconômico, os estudantes do interior do Amazonas devem aprender a trabalhar o produto, mas com ajuda da tecnologia (TAVARES e FREITAS, 2013).
Entretanto, os novos currículos adaptados à realidade local devem reestruturar os conceitos do trabalho e ciência naturais de uma forma atrativa. As atividades de aprendizagem e trabalho orientadas relacionadas ao dia a dia da comunidade dos estudantes e de suas vidas familiares deveriam caracterizar o modelo de currículo adotado nas cidades do interior do Brasil, especialmente no interior do Amazonas (SYKES et al., 2012).
A nova escola adaptada à realidade local deve ser o guia de identidade cultura e desenvolvimento socioeconômico deste Estado (Amazonas). As reformas nas estruturas educacionais, o conteúdo curricular, os métodos de ensino e as mudanças nas relações tradicionais e ditatoriais entre professor e aluno são essenciais para uma efetiva adaptação às realidades socioeconômicas e culturais do momento no interior do Amazonas (COHEN e FRANCO, 2004).
Medidas eficientes devem ser tomadas a fim de acabar com a separação sociocultural entre escola e comunidade. Deve-se ruir as paredes da sala de aula e da própria escola que o currículo seja visto como um conceito que abrange toda a vida socioeconômica/cultural do aluno, tanto na escola como no lar e na comunidade. (COHEN e FRANCO, 2004).
No entanto, o uso de vídeos deve ser incorporado ao currículo e deve ser tratado como um campo de investigação que tenta identificar os meios pelos quais o bem estar e o progresso acadêmico de cada estudante possa ser facilitado através da pesquisa além do contexto de sala de aula pelos processos externos e mutáveis que afetam e influenciam a eficácia do processo ensino e aprendizagem. Isto irá requerer uma análise da estrutura deste processo dentro do contexto daquelas variáveis externas (não escolares) consideradas possíveis de influenciar o nível de motivação do aluno e seu progresso acadêmico (TAVARES e FREITAS, 2013).
Uma das principais limitações da pesquisa de uso de vídeos (em qualquer país – sejam desenvolvidos ou não) é que os vídeos estão quase que totalmente relacionados com habilidades básicas. Embora não podendo negar a importância destas habilidades é fundamental, por outro lado, pesquisar o efeito e as influências das variáveis externas, por exemplo: o ensino e a aprendizagem das habilidades básicas; o desenvolvimento da criatividade e da expressão artística do aluno; o nível de pensamento crítico do aluno; o desenvolvimento das habilidades e coordenação psicomotoras. Desta forma, indaga-se: como as políticas públicas de educação podem facilitar a adequação do currículo com o uso de vídeos na realidade dos alunos? (COSTA et al., 2011).
Uma recente pesquisa de opinião realizada no Rio Grande do Sul, com relação ao uso de vídeos em salas de aula, revelou que 96,9% dos professores e 99,8% dos alunos participantes da pesquisa acharam que o uso de vídeos nas escolas de ensino fundamental e médio são relevantes e satisfazem as necessidades da sociedade brasileira (FRIGOTTO, 2002).
Como estão habilitadas a se tornar definidoras e agentes de controle de políticas públicas. Sem esse pedagógico envolvimento, não haverá legitimidade da ação. Toda política pública deve ter por princípio o desenvolvimento da autonomia, independência e emancipação das pessoas. Esse é o tripé em que os movimentos sociais vêm se consolidando (COHEM e FRANCO, 2004, p. 56).
A orientação para o uso de vídeos em sala de aula como prática lúdica foi construída em torno de um princípio pedagógico abrangente chamado Estrutura Lúdica, apoiado pelos Seis Pilares das boas práticas em sala de aula. Os seis pilares são: 1. Estabelecendo relacionamentos seguros; 2. Desfrutando de interações lúdicas; 3. Criando oportunidades lúdicas; 4. Fornecendo estrutura adequada; 5. Respeitando as diferenças individuais; e, 6. Gerenciando progressões e transições (FRIGOTTO, 2002).
Esses pilares nasceram de um projeto de pesquisa realizado com professores da Irlanda do Norte ao longo de vários anos, no início da década de 1980 no contexto do Projeto de Currículo Enriquecido pelo uso, uso de tecnologia em sala de aula (COSTA et. al., 2011).
Nos Estados Unidos e na Europa, por exemplo, desde o final da década de 1970, já se procurava usar as práticas lúdicas associadas às tecnologias em sala de aula, mas só a partir deste projeto da Irlanda do norte, que se disseminou rapidamente para o resto do mundo, que uma grande quantidade de nações adotaram, ou planejaram mudar, suas políticas educacionais na direção de uma abordagem mais baseada no jogo e apropriada para o desenvolvimento do ensino e da aprendizagem com base no uso de tecnologias, dentre essas o uso de vídeos, principalmente em aulas de Ciências (BROWN et. al. 2018).
O uso de vídeos em sala como prática lúdica deu ênfase renovada na articulação e alinhamento das expectativas dos alunos – e de suas experiências – nas escolas (BROWN et. al. 2018).
A pesquisa sobre o uso de vídeos como prática lúdica nas aulas de Ciências da Natureza também é muito limitada. Os mecanismos de uso de vídeos como práticas lúdicas têm benefícios potenciais de aprendizado em Ciências da Natureza, por exemplo, feedback frequente e individualizado, ênfase na aprendizagem social e um aspecto motivacional aumentado, especialmente para alunos que gostam de competir (CAPONNETTO et. al., 2014).
Um estudo recente sobre uso de vídeos como práticas lúdicas no Ensino de Ciências da Natureza e aprendizado, realizado nas escolas públicas e privadas de Santo André e São Paulo, por Tavares e Freitas (2013) teve alguns resultados preliminares encorajadores: os alunos mostraram entusiasmo e usaram as aulas com uso de vídeos enquanto interagiam com a ferramenta. De acordo com Sykes et. al. (2012), a estrutura flexível dos vídeos permite a escolha necessária para que o aluno se sinta no controle e mantenha a motivação para estudar. Eles relataram que o aprendizado pode desenvolver duas características importantes de uma situação de aprendizado: a conscientização dos alunos sobre os objetivos e seus objetivos, capacidade de escolher a tarefa em que se envolveram. Eles acrescentaram que o uso de vídeos enfatiza a função lúdica do ensino, o que pode facilitar o aprendizado.
3. Metodologia
A População 300 alunos do 6º ano ao 9º do Ensino Fundamental II, sendo 100, do 6º ano; 100 do 7º ano; 50 do 8º ano; e 5º do 9º ano, sendo 200 alunos da escola pública e 100 alunos da escola particular, além de 15 professores de Ciências da Natureza do Ensino Fundamental II, sendo 10 da escola pública e 5 da escola particular.
Em função da Pandemia do coronavírus, foi utilizado o questionário via Web. No momento existe uma explosão no uso de pesquisas na web para coletar informações de pesquisas de amostra que foram coletadas anteriormente por outros meios de pesquisa.
4. Resultados e Discussão
Tabela 1 – Opinião dos professores sobre a didática de utilização de vídeos nas aulas de Ciências
Questionamentos | Escola Pública | Escola Particular | ||
Sim | Não | Sim | Não | |
Você acredita que o uso de vídeos nas aulas de Ciências da Natureza ajuda no desenvolvimento da criatividade do aluno? | 80,00% | 20,00% | 100,00% | 0,00% |
Você acredita que com o uso de vídeos em sala de aula nas aulas de Ciências da Natureza o ensino é mais proveitoso? | 80,00% | 20,00 | 100,00% | 0,00% |
Você acredita que o uso de vídeos em aulas de Ciências da Natureza é uma metodologia legal para que o aluno assimile mais rápido os conteúdos? | 73.33% | 26,67% | 100,00% | 0,00% |
Você acredita que as aulas de Ciências da Natureza podem ficar mais dinâmicas com o uso de vídeos: | 73,33% | 26,67% | 80,00% | 20,00% |
Você acredita que o uso de vídeos pode melhorar o desempenho e a concentração dos alunos nas aulas de Ciências da Natureza? | 80,00% | 20,00% | 80,00% | 20,00% |
Fonte: Pesquisa de campo on line (2020)
As respostas dos professores tanto da escola pública como da escola privada são muito parecidas. Esse processo é único e complexo, mas, para fins deste trabalho, pode-se identificar nas respostas dos 5 questionamentos que são muito parecidas que os professores têm na práxis inovadora com uso de vídeos uma atividade normal, mas que só acontece depois de longa preparação (experiência). Há um grande engano quando se pensa que o professor cria facilmente, de um momento para o outro.
O ato inovador na didática é resultado de muito trabalho, de muito esforço. No campo da docência fruto da experiência, da vivência, da capacidade de antever e se renovar sempre.
De uma simples ideia até a realização final da práxis (nova atitude), há muito trabalho a fazer. Como inferir conhecimento, porque estudou esse assunto? Mas isso não é suficiente. É necessária mais informação: Como motivar os alunos? Que tipos de tarefas devem ser apresentadas? Como eles vão reagir? Busca de resposta para estas e outras perguntas constitui a segunda fase da práxis inovadora, o ato de criar modelos novos; a preparação (KNELLER 2008, p. 247).
Diante do citado, pode-se definir que a preparação consiste num trabalho sistemático de coleta de informações relacionadas à ideia original. Convém organizar as informações de tal forma que possam ser utilizadas quando necessário. Assim o uso de vídeos depende de como isso será usado na escola; que condições de infraestrutura se terá na escola. Enquanto na preparação é trabalho consciente. A incubação é trabalho inconsciente. Períodos de preparação e incubação podem alternar-se no mesmo criador. Kneller (2008, p 248) observa que a “A incubação consiste naquela fase em que a pessoa deixa de lado as informações colhidas, dedica-se a outras atividades, parece esquecer seu trabalho”.
Nessa fase, o inconsciente realiza associações, organiza ideias, trabalha sobre as questões levantadas, sobre a maneira de se trabalhar, a partir das informações colhidas.
Brandão (2016) observa: O respeito e estima são valores que constituem a base do convívio humano e abrangem todas as áreas da existência: ideias, sentimentos, emoções e projetos. Respeito e atenção, consideração, que faz levar em conta a dignidade do outro.
Para Freire (1999, p. 66): “desenvolver a capacidade de crítica é estabelecer disciplina intelectual, é formar atitudes diante do mundo, da realidade, da sua existência”. Ou seja, Freire coloca que formar um sujeito crítico é manter uma relação íntima com o conhecimento, possibilitando a transformação do ambiente, através de ações coletivas, surgidas da reflexão conjunta.
Dentro desse processo de construção do pensamento crítico é essencial que a escola assuma uma postura curiosa, mas sem perder de vista a humanidade, pois só assim, incentivará a participação de todos na construção do conhecimento, fazendo com que o educando sinta-se sujeito na sociedade, na cultura e na história.
Como proposta pedagógica a práxis inovadora, o valor criticidade é prioritário, pois a reflexão sobre a realidade vivida na tentativa de conseguir transpor os obstáculos que dificultam o seu reconhecimento é um dos principais pontos que devem ser discutidos. Assim, o professor inovador possui algumas características que o diferem do professor comum, daquele que não usa a inovação como fundamento das suas aulas:
a) tenha desenvolvido a capacidade de perceber a realidade como ela é reconhecendo seus conflitos e suas contradições baseadas nas relações de poder que nela se instalam.
b) reconheça a realidade como mutável, percebendo a totalidade e a temporalidade dos fatos para que, assim, seja capaz de construir, ainda que utópicamente a possibilidade de novas relações.
c) seja questionador, não aceitar o que lhe é dito sem antes refletir sobre, pois, pois, a práxis docente inovadora é aquela que pensa que é capaz de minimamente ter sua opinião.
d) perceber que sua consciência é formada no social, nas relações sociais, nas limitações e nas possibilidades e que, portanto, deve estar sempre questionando até suas próprias convicções.
e) seja capaz de se compreender dentro da realidade, reconhecendo inclusive os limites de sua atuação.
O uso de vídeos nas aulas de ciência é prática comum, tanto na escola pública como na escola privada; mas diferentemente da escola privada nas escolas públicas existem dificuldades de aquisição de material em função de problemas orçamentários, já na escola privada, os vídeos são sempre atualizados.
Assim, o uso adicional de vídeos nas salas de aula do 6º ano do ensino fundamental serve para permitir que os alunos se auto monitorem e auto avaliem sua aprendizagem. Por fim indagou-se aos professores como o uso de vídeos melhorou a compreensão dos assuntos de Ciências da Natureza? As respostas estão dispostas abaixo:
– Apesar dos vídeos na nossa escola não serem muito atuais, os alunos compreendem melhor as aulas, por que a visualização permite isso (Professor 1 – Escola Pública);
– Melhorou muito sim, mesmo com vídeos bem antigos (Professor 2 – Escola Pública);
– Acho que melhorou sim, eles entendem mais rapidamente (Professor 3 – Escola Pública);
– Se tivéssemos mais vídeos seria bem melhor (Professor 4 – Escola Pública);
– Os vídeos são um elemento importante, mas o professor ainda é fundamental (Professor 5 – Escola Pública);
– Melhorou, sem dúvida, mas precisamos atualizar os materiais (Professor 6 – Escola Pública);
– Os alunos gostam por que muda a rotina das aulas (Professor 7 – Escola Pública);
– Sem dúvida que os alunos se interessam mais pelas aulas em vídeos (Professor 8 – Escola Pública);
– Os alunos adoram as aulas com vídeos por que são dinâmicas 9 – Escola Pública);
– Os alunos se interessam mais pelas aulas com vídeos e melhoram sim o seu desempenho (Professor 10 – Escola Pública);
– Os alunos são jovens e mundo deles é esse e a escola não pode estar distorcida da vida social (Professor 11 – Escola Pública);
– Os alunos gostam sim das aulas de vídeos, mas confesso que tenho dificuldades em interagir com os vídeos e aula comum (Professor 12 – Escola Pública);
– Os alunos são dinâmicos e os vídeos integram essa dinamicidade (Professor 13 – Escola Pública);
– Os alunos melhoram sim por que os vídeos integram a vida social deles (Professor 14 – Escola Pública);
– Sem dúvida que melhoram sim (Professor 15 – Escola Pública);
– Aqui é uma prática comum e os alunos adoram até por que os vídeos são constantemente atualizados (Professor 1 – Escola Particular);
– Acho que os alunos são bem mais dinâmicos com as aulas de vídeos (Professor 2 – Escola Particular);
– Muito bom o desempenho dos alunos com uso de vídeos (Professor 3 – Escola Particular);
– Acho que os alunos são bem mais dinâmicos com as aulas de vídeos (Professor 4 – Escola Particular);
– Os alunos são bem mais dinâmicos (Professor 5 – Escola Particular);
Tanto os professores da escola pública como da escola particular se referem a melhoria do desempenho dos alunos com uso de vídeos, o que denota uma grande participação no processo do uso de vídeos nas aulas de Ciências. No caso das escolas públicas do Estado do Amazonas esse uso é de grande monta, já que os professores utilizam esses procedimentos de forma costumeira, se utilizando de material de vídeos nas salas de aula, mas reclamam do processo de atualização desses vídeos, que fica claro que não acompanham a mesma dinamicidade da escola privada.
Tabela 2 – Opinião dos alunos sobre a didática de utilização de vídeos nas aulas de Ciências
Questionamentos | Escola Pública | Escola Particular | ||
Sim | Não | Sim | Não | |
Você acredita que o uso de vídeos nas aulas de Ciências da Natureza ajuda no desenvolvimento da criatividade do aluno? | 98,00% | 2,00% | 100,00% | 0,00% |
Você acredita que com o uso de vídeos em sala de aula nas aulas de Ciências da Natureza o ensino é mais proveitoso? | 98,00% | 2,00 | 100,00% | 0,00% |
Você acredita que o uso de vídeos em aulas de Ciências da Natureza é uma metodologia legal para que o aluno assimile mais rápido os conteúdos? | 98.00% | 2,00% | 100,00% | 0,00% |
Você acredita que as aulas de Ciências da Natureza podem ficar mais dinâmicas com o uso de vídeos: | 100,00% | 0,00% | 100,00% | 0,00% |
Você acredita que o uso de vídeos pode melhorar o desempenho e a concentração dos alunos nas aulas de Ciências da Natureza? | 100,00% | 0,00% | 100,00% | 0,00% |
Fonte: Pesquisa de campo on line (2020)
De fato, a maioria absoluta dos alunos da escola pública e a totalidade dos alunos da escola privada reconheceu que entre as tecnologias educacionais mais usadas na maioria das salas de aula está o vídeo. É visto que o vídeo trouxe histórias e significados vivos através do som, da ação e do visual (HERRON e HANLEY, 2012)
Portanto, eles ofereceram mais apoio não verbal multifacetado do que os livros. Pesquisas recentes sugerem que o uso de vídeos pode ser outro contexto adequado para quem está aprendendo Ciências. O uso de vídeos na sala de aula é motivador e divertido, pois o vídeo introduz vários aspectos da vida real no ambiente de aprendizado de Ciências e ajuda a contextualizar o processo de aprendizado. Os vídeos podem ser usados em diversas configurações instrucionais, da sala de aula aos campus on-line (BRUCE E HOGAN, 2018).
O grande valor dos vídeos reside na combinação de sons, imagens e, às vezes, texto (na forma de legendas), juntamente com informações socioculturais sobre hábitos, tradições, culturas e outros (BEACH e LUNDELL, 2018).
O Ensino de Ciências em escolas visa alcançar a compreensão e aplicação das habilidades da disciplina. É imperativo que os alunos sejam capazes de entender e receber conhecimento do contexto curricular da disciplina Acredita-se que a visualização de vídeos, com seus muitos recursos audiovisuais, é capaz de apoiar os alunos no desenvolvimento de mais conceitualização do que a simples instrução como informação e significado das palavras apresentadas em áudio e a forma visual apoiará melhor os alunos (BRUCE E HOGAN, 2018).
Herron e Hanley (2012) afirmaram que o uso do vídeo facilita o aprendizado conforme aponta a pesquisa ou o aprendizado nos aspectos de compreensão e retenção de conteúdo, tornando as informações mais significativas para os alunos.
Assim, os alunos da escola privada e da escola particular afirmaram na pesquisa afirmaram que o uso de vídeo nas salas de aula melhora o aprendizado, sintonizando os olhos e ouvidos dos alunos com a diversidade das Ciências, além de sugestões não verbais, geralmente associadas ao discurso autêntico na forma audiovisual, enquanto Bruce e Hogan (2018) postulam que o uso de vídeo na sala de aula melhora muito a compreensão geral da audição dos alunos.
Segundo Beach e Lundell (2018), o vídeo é uma excelente ferramenta para fornecer insights culturais para alunos. O uso do vídeo a esse respeito ajudaria a promover a contextualização de uma cultura ou a autenticidade da apreciação pela cultura. Além disso, o vídeo efetivamente muda a metodologia de ensino da memorização para estratégias mais flexíveis de aquisição, organização, retenção e aplicação do aprendizado. Isso é bastante relevante para os alunos. De fato, os alunos da escola pública e da escola particular reiteraram esse conceito explicando que o vídeo é uma ferramenta útil para introduzir elementos do currículo de Ciências na sala de aula.
O vídeo na instrução de Ciências também apresenta situações culturais da vida real, criando ambientes significativos em sala de aula. Isso é igualmente importante no ensino e na aprendizagem de Ciências pois o conteúdo e a apresentação das informações podem não ser familiares para os alunos. Os alunos da escola pública e da escola privada precisam de mais apoio à compreensão e se lembram do conteúdo.
Assim, este estudo revelou que os alunos tanto da escola pública como da escola privada melhoraram significativamente ao assistir a vídeos narrativos. Assim, eles acham que a instrução em vídeo deveria ser auxiliada por discussões em classe, focadas nas informações básicas dos alunos sobre o tópico do vídeo, com ênfase nas palavras-chave, cognatos e pistas visuais.
O pesquisador avaliou os comentários feitos durante a entrevista dos alunos e professores, que se concentrou em obter mais dados sobre a eficácia do uso da tecnologia, especialmente de vídeos nas aulas de ciências tanto na escola pública como na privada.
Comparado o uso eficaz dos vídeos como material adicional para o ensino de ciências tanto na escola pública como na particular com o objetivo de fornecer uma visão geral dos sentimentos dos alunos e professores durante as aulas. 100,00% dos alunos da escola particular consideram os vídeos fundamentais o que dá dinamicidade às aulas para que não se sintam entediados pois professores que usam a rotina de ensino tradicional para todas as aulas acabaram por transformar o ambiente da sala de aula em um ambiente de tédio.
Embora não na mesma proporção da escola particular, mas uma maioria bem considerável dos alunos da escola pública também pensam da mesma forma e não entendem por que os vídeos não são usados constantemente, se o material está aí disponível na Internet. Além disso, eles afirmaram que a maioria de seus professores não usa a tecnologia para mostrar conteúdo visual durante as aulas. Como resultado, isso pode causar muito pouca interação entre eles e seus tutores devido à sua baixa compreensão e incompreensão da aula de ciências. Uma aluna da escola pública disse “sinceramente, às vezes tenho dificuldade em seguir meu professor e obter as ideias facilmente” e outra aluna apoiou a mesma opinião quando disse: “estou com sono porque meu professor segue a mesma rotina”. Além disso, outro aluno respondeu: “entediado na maioria das vezes porque não conseguia entender todas as palavras que achava que o material que tínhamos na aula era enfadonho.”
Essas respostas de alunos da escola pública apresentavam a reação dos alunos e seus sentimentos em relação à aula quando seus professores seguiam a rotina tradicional de ensino. Além disso, enfatiza a importância do uso de novos métodos de ensino que tornem a aula mais interessante e divertida.
Conforme mencionado nos comentários dos participantes tanto da escola pública como da privada, a tecnologia pode desempenhar um papel fundamental na melhoria da compreensão dos alunos. Além disso, isso significa que os alunos estão ansiosos para ter tecnologias como o YouTube na sala de aula para se sentirem mais confortáveis.
Além disso, a maioria dos alunos da escola privada possuem suas próprias contas e estão ativos no site. Por exemplo, um dos alunos da escola privada disse: “todos os dias eu assisto alguns vídeos no YouTube, como filmes, notícias e aulas também” e outro aluno apoiou um ponto semelhante quando respondeu: “claro, eu conheço o YouTube muito bem e eu tenho minha própria conta. Como consequência, o YouTube não é complicado de usar se os professores fizerem o upload das aulas ou pedirem aos alunos que assistam a um vídeo para fins de aprendizagem.
Os alunos, sejam da escola pública bem como da privada, expressaram que se sentem felizes e às vezes nem percebem quanto tempo se passou enquanto assistem a vídeos no YouTube para qualquer finalidade. Eles gostam do YouTube porque tem efeitos de áudio e visuais. O primeiro aluno da escola pública disse: “sim, adoro assistir o YouTube, usei o YouTube para pesquisar quase tudo”. Outro aluno da escola privada apoiou o mesmo ponto ao comentar: “na maior parte sim; a maioria dos vídeos que assisto são muito divertidos ou informativos”. Essas respostas apresentaram uma reação positiva quando os alunos têm algo visual como o YouTube.
Todos os alunos entrevistados, tanto na escola pública como na escola privada disseram que podem melhorar o desempenho e a compreensão dos assuntos em sala de aula. Na verdade, mais da metade dos participantes descreveu assistir a vídeos do YouTube em sala de aula como um passo positivo por muitos motivos, que variam de um aluno para outro. Por exemplo, um dos participantes disse “sim, existem vídeos no YouTube que me ensinam a aprender ou falar passo a passo. Eles são ótimos para mim porque eu sou um aprendiz visual.”
Além disso, alguns alunos estavam muito otimistas e acreditam que os vídeos do YouTube têm a capacidade de fornecer uma compreensão completa de muitos aspectos de suas aulas. A primeira aluna disse “claro, e às vezes eu assisto algumas aulas no YouTube para me ajudar a compreender a lição completamente”, enquanto a terceira aluna respondeu “eu poderia ver esse método como eficaz” e outra aluna apoiou o mesmo ponto quando ela disse “na verdade, depende do contexto, mas para mim acho que seria uma melhoria significativa.”
5. Conclusão
Neste estudo, foi explorado sobre o impacto do uso de vídeo na sala de aula de Ciências do ensino fundamental tanto na escola pública como na escola privada. O estudo forneceu informações nas áreas medidas, quais são as vantagens, a eficácia e as limitações do uso de vídeo na sala de aula.
Ao projetar e conduzir um plano instrucional aplicando os princípios para o uso de vídeo em sala de aula nas aulas de Ciências, os resultados indicaram que o uso de vídeos em sala de aula de Ciências pode estimular cognitivamente o aprendizado e, ao mesmo tempo, ser uma ferramenta instrucional eficaz.
No contexto de ensino e aprendizagem, os vídeos são usados como repositório para auxiliar professores e alunos. Isso está alinhado e responde ao objetivo deste estudo. Por outro lado, professores e alunos, da escola pública reconhecem a limitação do uso de vídeos na sala de aula de Ciências; os professores sabem que isso ocorre por problemas orçamentários. Já os alunos não aceitam tal imposição. A falta de instalações e a limitação de tempo na escolha e fornecimento do vídeo certo a ser usado na sala de aula precisam receber atenção da administração das escolas e instituições.
Embora existam limitações, existe potencial na aplicação de vídeo em sala de aula, conforme apontou a pesquisa na escola privada, pois as vantagens têm um impacto muito maior na aprendizagem dos alunos.
Com base nos resultados do estudo e na revisão de literaturas anteriores, pode-se deduzir que os professores e alunos devem ser incentivados a usar a tecnologia em suas salas de aula.
Nesta geração de nativos digitais, o uso da tecnologia não é meramente um item de apoio dos professores e alunos, mas uma necessidade de promover e capturar a atenção do ritmo acelerado de atenção dos alunos da era digital.
Os professores precisam ser seletivos em relação aos vídeos que decidem usar nas salas de aula, a fim de alcançar a máxima eficácia com relação à melhoria da capacidade dos alunos de aprender e reter qualquer parte do idioma que estão tentando ensinar. Para resumir, esta tese de doutoramento lançou alguma luz sobre uma das ferramentas de mídia social mais usadas no campo da aprendizagem. O estudo discutiu o papel efetivo do texto multimodal encontrado em muitos vídeos, principalmente do YouTube para o ensino de ciências nas salas de aula.
Este documento descobriu que o uso do YouTube no ensino de ciências desempenha um papel importante em ajudar os alunos a entender suas aulas, mesmo que a dinâmica de seu uso seja completamente díspar na escola pública em comparação com a escola privada. Pode melhorar o desempenho dos alunos e elevar seus níveis de aprendizagem. Em outras palavras, os vídeos apresentam uma influência substancial na compreensão das ciências pelos alunos.
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1Universidade Del Sol – UNADES
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