TÓRUS PALATINO E MANDIBULAR: UMA REVISÃO INTEGRATIVA 

PALATINE AND MANDIBULAR TORUS: AN INTEGRATIVE REVIEW 

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11201138


Izabela Cristina Furtado Pinto1
Erlane Félix Santos2
Micherland de Oliveira Sousa3
Marlene Ribeiro de Oliveira4
Caio de Andrade Hage5


RESUMO 

O Tórus mandibular e palatino tem sua progressão lenta e etiologia desconhecida. Clinicamente,  apresenta-se em formato arredondado, superfície lisa, projeções de ossos duros e cobertos com mucosa  normal. Na mandíbula, geralmente está presente na região lingual dos incisivos e pré-molares,  podendo ser uni ou bilateral. Normalmente, são condições assintomáticas e benignas não requerem  tratamento, salvo quando há a necessidade de utilização de próteses removíveis ou quando há  prejuízos de fonação, deglutição ou mastigação, porém, se localizados em face vestibular, são  normalmente chamados de exostoses. A etiologia do tórus tem sido investigada por vários autores;  no entanto, nenhum consenso tem sido alcançado. Em casos de maior extensão, o indivíduo recorre a  procedimentos cirúrgicos. O presente estudo tem como objetivo fazer uma revisão integrativa da  literatura de artigos publicados referentes a tórus mandibular e palatino no período de 2014 a 2024. Diversos estudos tentam explicar os motivos que levam ao crescimento ósseo nessas áreas  anatômicas, e muitos deles, associam a fatores genéticos, (como dimensão vertical de oclusão  e cromossomos sexuais), hiperfunção mastigatória, distúrbios nutricionais, fatores ambientais,  hábitos para funcionais, estresse mastigatório, desgaste anormal dos dentes, contato e  sobrecarga oclusal, além da combinação de todos ou alguns desses fatores. Podemos  considerar que o tórus mandibular tem causa ainda desconhecida tornando-se uma condição  em que o tratamento é relativo, podendo ser conservador ou cirúrgico, quando há necessidade  da realização da exérese do tórus e o manejo cirúrgico deve ser conveniente para promover  melhor funcionalidade e estabilidade. 

Palavras-chave: Exostose; Tórus Palatino; Torus Mandibular; fatores etiológicos.

ABSTRACT 

The mandibular and palatal torus have a slow progression and unknown etiology. Clinically,  it presents with a rounded shape, smooth surface, projections of hard bones and covered with  normal mucosa. In the mandible, it is usually present in the lingual region of the incisors and  premolars, and can be unilateral or bilateral. Usually, these are asymptomatic and benign  conditions that do not require treatment, except when there is a need for the use of removable  prostheses or when there is impairment of phonation, swallowing or chewing, however, if  located on the buccal surface, are usually called exostoses. The etiology of torus has been  investigated by several authors; However, no consensus has been reached. In cases of greater  extension, the individual resorts to surgical procedures. The present study aims to conduct an  integrative literature review of published articles on mandibular and palatal torus from 2014  to 2024. Several studies try to explain the reasons that lead to bone growth in these  anatomical areas, and many of them associate genetic factors (such as vertical occlusion and  sex chromosomes), masticatory hyperfunction, nutritional disorders, environmental factors,  habits for functional disorders, masticatory stress, abnormal tooth wear, occlusal contact and  overload, in addition to the combination of all or some of these factors. We can consider that  the mandibular torus has an unknown cause, making it a condition in which the treatment is  relative, which can be conservative or surgical, when there is a need to perform the excision  of the torus and the surgical management should be convenient to promote better functionality  and stability. 

Keywords: Exostosis; Palatine Phorus; Mandibular torus; etiological factors. 

INTRODUÇÃO 

As protuberâncias ósseas de tamanho variável localizadas em diversas regiões do  corpo são conhecidas como exostoses ósseas e têm origem na cortical óssea, apresentando  tamanho variável, com protuberâncias planas ou nodulares. Na cavidade oral as formas mais  comuns são o tórus palatino, localizados na linha média do palato duro ou tórus mandibular,  localizado ao longo da superfície lingual da mandíbula (FILHO ET al., 2019). 

A descoberta dessas exostoses geralmente ocorre incidentalmente durante um exame  odontológico de rotina, pois geralmente não produzem sintomas e raramente constituem fonte  de desconforto, exceto em casos de crescimento significativo ou em pacientes edêntulos, em  que podem dificultar a confecção da prótese (FILHO ET al., 2019). 

O desenvolvimento de tórus deve-se a um aumento na produção de osteoblastos e  consequente deposição de osso nas zonas anteriormente referidas. Tanto o tórus palatino  como o mandibular são compostos por osso cortical denso e por uma quantia limitada de osso  esponjoso, estando revestida por uma mucosa fina e pouco vascularizada (SILVA, 2016).

O diagnóstico das exostoses é realizado mediante exame clínico extraoral, intra oral e  radiográfico. Nos exames radiográficos, apresentam-se como uma sombra ligeiramente mais  radiopaca, bem extremada, que pode camuflar minuciosidades intraósseas presentes nos  dentes e seio maxilar. Os exames de imagens são indispensáveis para excluir patologias  ósseas expansivas e que apresentem características similares (LIMONGELLI ET al., 2019).  

É frequentemente encontrado na prática clínica e sua remoção ainda é uma indicação  restrita, visto que em longo prazo há poucos relatos de patologias decorrentes dessa  manifestação óssea. Porém, sua remoção se faz necessária em casos de interferência na  deglutição, alteração na fonética, dificuldade na mastigação de alimentos e quando interferem  na adaptação da prótese em casos de pacientes desdentados, dentre outras intercorrências (DA  VEIGA KALIL, 2017).  

Na maioria dos casos, os tórus apresentam-se assintomáticos, exceto nas regiões em  que a mucosa se apresenta com revestimento fino e que possa ferir o local que ocorreu o  trauma. Possui prevalência bilateralmente, com representatividade de 90% dos casos  (FRAGOSO, ET al., 2020). 

Sua origem é multifatorial e tem sido foco de muitas pesquisas para total elucidação.  Alguns autores sugerem que fatores genéticos estão associados, como a herança de um traço  autossômico dominante para o torús palatino. (ROCHA ET al. 2015). 

Embora existam poucos estudos abordando essa temática, sabe-se que a prevalência de  tórus varia em estudos populacionais, sendo encontradas pesquisas que evidenciam oscilação  entre 0,4% a 66,5% para o tórus palatino e 0,5 a 63,4% para o tórus mandibular. Acredita-se  que essa diferença entre as taxas encontradas nos estudos se deva às particularidades  individuais da população acometida. O envolvimento bilateral no tórus mandibular ocorre em  mais de 90% dos casos. A maior parte dos estudos mundiais apresenta a relação de 2:1  mulher-homem para o tórus palatino e uma expressão maior do tórus mandibular em homens  (SANTOS, 2023). 

Dependendo da extensão, podem aparecer em radiografias periapicais, já nas  radiografias oclusais são facilmente visualizadas. É formado por meio de osso hiperplásico  que possui estrutura compacta e osso trabecular ligado à medula gordurosa. Apresenta-se  de forma circunscrita e o tamanho pode variar (SILVA ET al., 2021). 

O presente estudo tem como objetivo fazer uma revisão integrativa da literatura sobre  tórus mandibulares e palatinos com artigos publicados nas plataformas digitais Google  Acadêmico, Scielo e PubMed.

REVISÃO DE LITERATURA 

A etiologia do tórus tem sido investigada por vários autores; no entanto, nenhum  consenso tem sido alcançado. Algumas das causas postuladas incluem fatores genéticos,  fatores ambientais como clima e nutrição, hiperfunção mastigatória, contínuo crescimento,  desenvolvimento de origem multifatorial, estando associadas a fatores como sexo, raça e  idade seguindo o modelo de Mendel (ROSALEM, 2017). 

Exostoses bucais normalmente se desenvolvem durante a adolescência e continuam  crescendo lentamente provavelmente até meados dos trinta anos. Sendo em sua maioria  assintomáticas, exostoses mandibulares são frequentemente encontradas incidentalmente  durante a assistência odontológica ou durante investigações radiológicas realizadas por outras  razões clínicas. Não há risco de transformação maligna e, portanto, não é necessário  tratamento em casos assintomáticos (DION, ET al., 2019). 

Tórus são exostoses e protuberâncias nodulares ou planas nos ossos gnáticos da face  designados de acordo com sua localização anatômica. Quando presentes em linha média do  palato duro ou na região lingual envolvendo os pré-molares na mandíbula, ambos são  denominados tórus palatino (TP) e tórus mandibular (TM), respectivamente. Porém, se  localizados em face vestibular, são normalmente chamados de exostoses (KALIL ET al.,  2018). 

De acordo com a sua localização, o TM pode ser classificado como unilateral único,  unilateral múltiplo, bilateral único e bilateral múltiplo, e normalmente apresentam forma  arredondada, superfície lisa, projeções de ossos duros e cobertos com mucosa normal, sendo o  bilateral mais encontrado em 90% na maioria dos casos, na região de pré-molares, na face  lingual do corpo da mandíbula segundo (OLIVEIRA, ET al., 2021) 

Em alguns casos, o tórus mandibular pode interferir na fisiologia da mastigação, da  deglutição, da dicção e fonação, no posicionamento normal da língua e por necessidades  protéticas, sendo necessária intervenção cirúrgica (RETORI e PERIN, 2015).  

Na mandíbula, o toro pode ser bilateral ou unilateral, geralmente nas regiões pré molares, mas raramente também nos tubérculos geniais. Sua etiologia ainda não é conhecida,  porém supõe-se que sejam correções de alargamento de origem multifatorial. Dentre os  fatores relacionados, citam-se influência genética, hábitos de dieta, estresse por hiperfunção  mastigatória, hábitos para-funcionais (como bruxismo) e fatores ambientais (KHAN, 2016).

Apesar de apresentar uma origem idiopática, possíveis achados em pacientes com a  presença dessas protuberâncias possuem características comuns, e assim, especula-se  predisposição genética, fatores para-funcionais mastigatórios, má oclusão, distúrbios da  articulação temporomandibular, aumento do consumo de peixes (ácidos graxos insaturados e  vitamina) e consumo excessivo de cálcio e vitamina D (MORRISON E TAMIMI, 2013). 

Embora para alguns indivíduos o tórus se apresente de forma assintomática, raramente  trazem desconforto, há relatos de que podem chegar a tamanhos que causam interferências na  implementação dos implantes. Além disso, também há estudos evidenciando a presença de tórus  associado a estresse oclusal, fadiga dos músculos da mastigação, dificuldade de pronúncia de  fonemas, disfagia, dor na mucosa bucal, cálculos, osteíte, osteomielite, má oclusão, ulceração  recorrente, disfunções temporomandibulares, interferência no sistema estomatognático por  conta da distribuição de forças. Em todas essas situações, a remoção cirúrgica é indicada para  melhoria da condição de saúde oral do sujeito (SILVA, 2017).  

METODOLOGIA 

Trata-se de um estudo realizado através de levantamento bibliográfico na modalidade  de revisão integrativa de literatura. Para realização da pesquisa foram usadas as seguintes  palavras-chave: Exostose; Tórus Palatino; Tórus Mandibular; fatores etiológicos. Para os  critérios de inclusão foram utilizados: (A) estudos originais publicados, (B) estudos  completos, (C) estudos realizados com seres humanos. Já como critérios de exclusão foram:  (A) teses e dissertações, (B) texto completo não disponível, (C) artigos com mais de 10 anos  de publicação. 

A pesquisa ocorreu nos meses de fevereiro a maio de 2024 por meio de análises  literárias. As bases de dados foram coletadas nas plataformas de dados eletrônicos (GOOGLE  ACADÊMICO, PUBMED, SciELO,). 

RESULTADOS 

A amostra inicial constitui-se de 65 artigos, sendo: 63 (google acadêmico); 2  (SciELO); 0 (PUBMED). As bases de dados, estratégias de busca correspondentes e o número  de artigos encontrados e suas respectivas fontes de informação estão registradas no quadro  abaixo: 

Quadro 01: Bases de dados, estratégias de busca e resultado de artigos  encontrados.
FONTES DE INFORMAÇÃODESCRITORES RESULTADOS
Google Acadêmico Exostose and Tórus Palatino and Torus Mandibular and  fatores etiológicos 63
SCIELO Exostose and Tórus Palatino and Torus Mandibular and  fatores etiológicos 2
Pub med Exostose and Tórus Palatino and Torus Mandibular and  fatores etiológicos 0

O processo de leitura dos dados ocorreu previamente por leitura textual, a qual se  trata de um modo de aprofundamento em processos discursivos, visando alcançar saberes sob  a forma de compreensões reconstruídas dos estudos. Essa leitura permite identificar e isolar  enunciados dos conteúdos a ele submetidos, categorizar tais enunciados e produzir textos, de  maneira a integrar descrição e interpretação. Posteriormente a coleta de dados, realizou-se a  seleção dos estudos primários, com os critérios de inclusão previamente definidos, e foi  realizado o refinamento por ano de publicação de 2014 a 2024 onde, a partir disso, foi  realizada a leitura e análise por título e resumo, que resultou na exclusão de 58 artigos dos 65, sobrando 7 para a leitura de texto completa, após essa leitura de texto completa restou-se a  amostra final constituída por 06 artigos. 

Quadro 2: Síntese dos artigos selecionados e incluídos no estudo.
Autores/Ano/Local do estudoObjetivo do estudoPrincipais resultados
Guedes, M. E. S. ET al. 2021, UnifametoAnalisar o tórus oral e a sua  correlação com a disfunção  temporomandibular, e se a presença  dessas exostoses afeta o bom  funcionamento estomatognático.Apesar de origem complexas e multifatoriais,  o torus oral é provindo de origem hereditária.
Arioso, L. S. ET al. 2023 Curitiba-PRAvaliar a prevalência do tórus  mandibular e palatino e sua relação  com a presença de hábitos  parafuncionais e problemas  sistêmicos.Através deste estudo pode ser concluído que  embora a amostra seja restrita, não houve  associação de toro com hábitos  parafuncionais.
SANTOS A. I. F. ET al. 2023, BahiaIdentificar a prevalência de tórus  mandibular e palatino na população  negra do Recôncavo BaianoHouve maior incidência de tórus mandibular  quando comparado ao palatino e predileção  levemente mais acentuada para o sexo  feminino. 

Rocha, T. A. ET al. 2020, Curitiba-PR. realizar uma revisão de literatura  sobre a exostose vestibular maxilar  assintomática, enfatizando seu  aspecto clínico e tratamento  relatando as variantes: gênero, idade,  raça, localização e presença de  disfunção 

Conclui-se que a exostose mandibular é  diagnosticada através de exame clínico,  exames de imagem fazendo-se necessários  descartar doenças ósseas expansivas, não  carecendo visivelmente de nenhum  tratamento, a menos que o paciente descreva  desconforto.

Faria, J. C. ET al 2016 Universidades do  Vale do ParaíbaRealizar uma revisão de literatura  sobre o tórus mandibular,  enfatizando seu aspecto clínico e  tratamento.Concluiu-se que o tórus mandibular é uma  lesão óssea benigna que, devido à sua  frequência relativamente alta, deve ser  conhecida pelo cirurgião dentista.
Serrano, M. A. 2022, Portugal.Perceber de que forma o gênero, a  idade, a raça e a latitude estão  relacionadas com o aparecimento de  tórus, assim como qual a forma mais  frequente em que cada tórus se  apresenta.A prevalência de TP é superior no gênero  feminino, um aumento de latitude está  associado a uma maior prevalência de TM e a  idade parece ter um efeito sobre a prevalência  de TP e TM.

DISCUSSÃO  

Diversos estudos tentam explicar os motivos que levam ao crescimento ósseo nessas áreas  anatômicas, e muitos deles, associam a fatores genéticos, (como dimensão vertical de oclusão  e cromossomos sexuais), hiperfunção mastigatória, distúrbios nutricionais, fatores ambientais,  hábitos para funcionais, estresse mastigatório, desgaste anormal dos dentes, contato e  sobrecarga oclusal, além da combinação de todos ou alguns desses fatores. Concluiu-se que  pacientes com desgaste anormal dentário têm maiores chances de apresentarem tórus,  especialmente o toro mandibular. Mas não há associação positiva com outros sinais e  sintomas do bruxismo (BERTAZZO-SILVEIRA, ET al., 2017).  

Estudos mostram que apesar de sua origem indefinida, pacientes que possuem tórus  bucal, sofrem mais comumente de estresse oclusal, fadiga dos músculos responsáveis pela  mastigação, além de uma força de mordida maior, o que pode interferir diretamente no  funcionamento normal no sistema estomatognático, sendo um importante ponto a ser  considerado quando tratamos de desordens da articulação temporomandibular (SILVA et  al.,2017; JEONG et al., 2019). 

Para MOURÃO ET al. 2019, supõe-se que sejam correções de alargamento de origem  multifatorial, como predisposição de ordem genética, distúrbios da articulação  temporomandibular, má oclusão, fatores para funcionais mastigatórios, aumento do consumo  de peixes (ácidos graxos insaturados e vitamina) e consumo excessivo de cálcio e vitamina D,  estando correlacionados com o aparecimento de exostoses na cavidade oral. 

Contudo, há relatos também de fatores de origem ambiental, como hábitos  alimentares, estado nutricional e drogas envolvidas na homeostase de cálcio. Presença de  estresse oclusal, hiperfunção mastigatória, má oclusão e para funções orais, como bruxismo e  distúrbios na articulação temporomandibular, também parecem ser fatores que podem  influenciar sua ocorrência (SANTOS ET al., 2023).

Para Lease et al. (2021) demonstraram que predominantemente exostoses ósseas, tórus mandibulares e palatinos, são providos de origem genética. Em outras palavras, sustentam que  são base para a origem do torus bucal, e que ainda assim, os fatores ambientais e para  funcionais são intercessores, ou seja, mesmo que sua existência não seja da disfunção  Temporomandibular, bruxismo, ou qualquer tipo de desordem estomatognática, elas se  interligam quando se trata da força e/ou tensão exercida na ATM. 

Ismail et al. (2018), por sua vez, relataram que o tórus palatino era mais comum em  mulheres. Outrora, além do tórus mandibular ser recorrente em homens, o seu percentual era  aumentado com o passar dos anos, idade dos pacientes submetidos aos testes, quando se  comparado as exostoses na região do palato, o que pode ter como explicações os hábitos de  forças mandibulares excessivas exercidas, ou o bruxismo propriamente dito. 

Embora a etiologia do tórus mandibular ainda seja incerta (SILVA ET al., 2017), são  postulados alguns fatores que podem estar correlacionados e interagindo com o aparecimento  e desenvolvimento desta patologia em cavidade oral, tais como reação funcional excessiva as  tensões mastigatórias, bruxismo, crescimento ósseo contínuo, genética e fatores ambientais,  como a deficiência de vitaminas e dieta. 

CONSIDERAÇÕES FINAIS 

O tórus e a exostose, sejam eles palatinos ou maxilares, ambos são de crescimento  ósseo anormal e benigno, mas podem acarretar adversidades na higienização, na estética, na  mastigação, na fonação e trazer desconforto ao paciente, além de poder necessitar de remoção ou não em casos reabilitação protética, havendo queixas clínicas a conduta pode ser cirúrgica.  

Conclui-se que de modo geral há uma maior incidência em mulheres, do tipo  mandibular prevalecendo sobre o palatino, além de a idade influenciar sobre a incidência dos  dois tipos: aumentando a idade, aumenta a porcentagem da prevalência de torus palatino sobre  o mandibular. Fatores culturais, alimentares, disfunções mastigatórias, oclusais e até mesmo a  geografia podem influenciar na etiologia, que apesar dos estudos, ainda permanece  inconclusiva.

REFERÊNCIAS 

Bertazzo-Silveira E., Kruger C. M., Porto De Toledo. I, Porporatti A.L., Dick B., Flores-Mir.  C., De Luca Canto. G. Association between sleep bruxism and alcohol, caffeine, tobacco,  and drug abuse: A systematic review. J Am Dent Assoc. 2016 Nov;147(11):859-866.e4.  doi: 10.1016/j.adaj.2016.06.014. Epub 2016 Aug 10. PMID: 27522154. 

DA VEIGA KALIL, M. Remoção de torus mandibular: CASO CLÍNICO. Revista  Fluminense de Odontologia, v. 2, n. 48, 2017. 

DION, B.; COULIER, B. Multiple Maxillar Exostosis: images in clinical radiology. JBSR.  2019. 

FRAGOSO LNM, SILVA RM, FLORES NC, LUCENA ALM, FLORENTINO VGB,  ALMEIDA NETO LF, MONTEIRO RVT, FREITAS, GB, ARAÚJO FILHO, JCWP &  ROCHA, JF. (2020). Use of mandibular tórus for partial reconstruction of mandibular  trophic jaw – case report. Research, Society and Development, 9(7): 1-17, e5379744. 

KALIL, M. V.; KALIL, M. T. A. C.; ROSALEM, G. P. Remoção de Torus Mandibular:  caso clínico. International Journal of Science Dentistry, Rio de Janeiro, v. 48, n. 2, p. 1-9,  2018. 

KHAN, SARFARAZ ET al. Concurrence of torus palatinus, torus mandibularis and  buccal exostosis. J Coll Physicians Surg Pak, v. 26, n. 11, p. 111-113, 2016.  

Lease LR. Correlations between dental wear and oral cavity characteristics: Mandibular  torus, palatine torus, and oral exostoses. Am J Hum Biol. 2021 Mar;33(2):e23446. doi:  10.1002/ajhb.23446. Epub 2020 Jun 14. PMID: 32537788. 

LIMONGELLI, L.; TEMPESTA, A.; CAPODIFERRO, S.; MAIORANDO, E.; FAVIA, G.  Oral maxillary exostosis. Clin Case Rep. 2019; 

MOURÃ O, C. F. A. B. ET al.; Aspectos clínicos e tomográficos de exostose mandibular  extensa e o seu manejo para melhora na qualidade de vida: relato de um caso incomum  na literatura. Arch Health Invest. 2019; 

OLIVEIRA et al. Remoção cirúrgica de Torus Mandibular e Osteoplastia: relato de caso.  Braz. J. Surg. Clin. Res. V.37n.1, pp.35-40 (Dez 2021 – Fev 2022) BRAZILIAN JOURNAL  OF SURGERY AND CLINICAL RESEARCH – BJSCR. DISPONÍVEL EM:  HTTPS://WWW.MASTEREDITOR. 

RETORI, J. C.; PERIN, J. C. S. Remoção cirúrgica de torus mandibular: relato de caso  clínico.http://coral.ufsm.br/odontologia/images/Documentos/TCC_2015/TCCJonesCRetoriJul ioCSPerin.pdf 

ROCHA, J. F. ET al. Enxerto ósseo mandibular, complicações associadas às áreas  doadoras e receptoras, e sobrevivência de implantes dentários: um estudo retrospectivo.  Rev Odontol UNESP, v. 44, n. 6, p. 340-344, 2015. 

Rocha, TA, Filho, MJSF, Rufino, FP, Silva, ER da, Pimenta, Y. da S., & Carlos, AMP (2020).  Aspectos clínicos e tratamentos para exostose maxilar: revisão de literatura / Aspectos  clínicos e tratamentos para exostose maxilar: revisão de literatura. Revista Brasileira de  Desenvolvimento , 6 (12), 97619–97627. https://doi.org/10.34117/bjdv6n12-306

ROSALEM, G. P. Mandibular torus removal: CASE REPORT. Revista Fluminense de  Odontologia – ANO XXIII – No 48 – Julho/ Dezembro – 2017 ISSN 1413-2966 – ISSND – 2316. SANTOS A. I. F. Prevalência do Tórus mandibular e Palatino na população negra do  recôncavo baiano. Revista Brasileira de Saúde Funcional, Cachoeira, BA, v 11, n 2  suplementar, outubro de 2023 Faculdade Adventista da Bahia – FADBA. DOI:  10.25194/rebrasf.v11i2.1654. Acesso em. 04.2024.