TOP MATERNO COMO INCENTIVADOR DO CONTATO PELE A PELE: UMA REVISÃO DE LITERATURA 

MATERNAL TOP AS AN ENCOURAGEMENT OF SKIN-TO-SKIN CONTACT: A LITERATURE REVIEW 

EL TOP MATERNAL COMO FOMENTO DEL CONTACTO PIEL A PIEL: UNA REVISIÓN DE LA LITERATURA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11245572


Marina Nogueira Cunha Faccirolli1; Rislâynne Carvalho dos Santos2; Kenia Nogueira Ayres Argeo3; Florence Germaine Tible Lainscek4; Isadora Araújo5; Valmir Fernandes Lira6; Lucilene Macedo R Souza7.


RESUMO

INTRODUÇÃO: Este artigo aborda a importância do contato pele a pele ao nascimento para a promoção da saúde neonatal e materna, destacando a relevância dessa prática para a saúde e bem-estar dos recém-nascidos. OBJETIVO GERAL: Estudar o uso do Top Materno como incentivador do contato pele a pele. MATERIAIS E MÉTODOS: A metodologia adotada foi uma pesquisa bibliográfica, buscando materiais em bases de dados acadêmicas e aplicando critérios de inclusão e exclusão para seleção dos estudos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados destacam que o contato pele a pele contribui para a termorregulação neonatal, estabelecimento do vínculo mãe-bebê, promoção do aleitamento materno e redução de intervenções desnecessárias após o parto. Além disso, evidencia-se a importância de políticas como o Programa Hospital Amigo da Criança na promoção do contato pele a pele. Esses achados reforçam a necessidade de uma abordagem sensível e empática por parte dos profissionais de saúde, bem como o alinhamento das políticas de saúde com as evidências científicas mais recentes, visando proporcionar o melhor cuidado possível para mães e bebês desde o momento do nascimento. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O contato pele a pele não apenas fortalece os laços afetivos entre mãe e filho, mas também tem implicações positivas para o desenvolvimento infantil e o bem-estar materno.

Palavras-chave: Contato pele a pele; Vínculo mãe e bebê, Programa Hospital Amigo da Criança.

ABSTRACT

INTRODUCTION: This article discusses the importance of skin-to-skin contact at birth for promoting neonatal and maternal health, highlighting the relevance of this practice for the health and well-being of newborns. GENERAL OBJECTIVE: To study the use of Top Materno as an incentive for skin-to-skin contact. MATERIALS AND METHODS: Through a bibliographic search, looking for materials in academic databases and applying inclusion and exclusion criteria to select the studies. RESULTS AND DISCUSSION: Skin-to-skin contact contributes to neonatal thermoregulation, establishing the mother-baby bond, promoting breastfeeding and reducing unnecessary interventions after childbirth. In addition, the importance of policies such as the Baby-Friendly Hospital Program in promoting skin-to-skin contact is highlighted. These findings reinforce the need for a sensitive and empathetic approach on the part of health professionals, as well as the alignment of health policies with the latest scientific evidence, with the aim of providing the best care for mothers and babies from birth onwards. FINAL CONSIDERATIONS: Skin-to-skin contact not only strengthens the emotional bonds between mother and child, but also has positive implications for child development and maternal well-being.

Keywords: Skin-to-skin contact; Mother-baby bond, Baby-Friendly Hospital Program.

RESUMEN

INTRODUCCIÓN: Este artículo aborda la importancia del contacto piel con piel en el nacimiento para promover la salud neonatal y materna, destacando la relevancia de esta práctica para la salud y el bienestar de los recién nacidos. OBJETIVO GENERAL: Estudiar el uso del Top Maternidad para favorecer el contacto piel con piel. MATERIALES Y MÉTODOS: La metodología adoptada fue una investigación bibliográfica, buscando materiales en bases de datos académicas y aplicando criterios de inclusión y exclusión para seleccionar estudios. RESULTADOS Y DISCUSIÓN: Los resultados resaltan que el contacto piel con piel contribuye a la termorregulación neonatal, al establecimiento del vínculo madre-bebé, a la promoción de la lactancia materna y a la reducción de intervenciones innecesarias después del nacimiento. Además, es evidente la importancia de políticas como el Programa Hospital Amigo del Niño en la promoción del contacto piel con piel. Estos hallazgos refuerzan la necesidad de un abordaje sensible y empático por parte de los profesionales de la salud, así como la alineación de las políticas de salud con la evidencia científica más reciente, con el objetivo de brindar la mejor atención posible a las madres y a los bebés desde el momento del nacimiento. CONSIDERACIONES FINALES: El contacto piel con piel no sólo fortalece los vínculos emocionales entre madre e hijo, sino que también tiene implicaciones positivas para el desarrollo infantil y el bienestar materno.

Palabras clave: Contacto piel a piel; Vínculo madre y bebé, Programa Hospital Amigo del Bebé.

1. Introdução

A busca por melhores práticas na humanização do parto no Brasil e no mundo abriu caminho para novas iniciativas que endossam cuidados baseados em evidências. Uma dessas práticas é a utilização do contato pele a pele (CPP) em recém-nascidos (RN) com boa vitalidade. Essa técnica surgiu através dos esforços de Rey e Martinez em 1978 no Instituto de Maternidade e Infância de Bogotá (Silva et al., 2021).

Durante a gravidez, o corpo da mãe utiliza vários mecanismos para manter uma temperatura intrauterina estável de aproximadamente 37,5°C. Esta temperatura proporciona ao feto um ambiente adequado para crescimento e desenvolvimento. Contudo, após o nascimento, os recém-nascidos devem se aclimatar ao ambiente mais frio. A manutenção de uma temperatura consistente depende da produção metabólica de calor, pois os bebês não têm a capacidade de gerar uma resposta suficiente mesmo com a capacidade fisiológica de tremer (Sartori de Albuquerque et al. 2016).

A regulação da temperatura corporal, conhecida como termorregulação, é uma função fisiológica crítica que está intimamente ligada à sobrevivência e adaptação dos recém-nascidos. Embora os recém-nascidos sejam capazes de controlar a própria temperatura corporal, eles podem ter dificuldade em manter a homeostase durante condições de temperatura extremas, como temperaturas muito altas ou muito baixas. Portanto, é fundamental prestar cuidados adequados para o controle e manutenção da temperatura corporal dos recém-nascidos para garantir sua sobrevivência (BRASIL, 2011).

O protocolo da “Hora de Ouro”, conhecido como Contato Pele a Pele Contínuo Pós-Parto, é uma abordagem segura e de baixo custo que oferece vantagens duradouras ao facilitar o vínculo imediato entre o recém-nascido e a mãe no momento do parto. Essa prática segue diretrizes nacionais e internacionais, é reconhecida como uma boa prática obstétrica e é congruente com a humanização do parto e do puerpério (Silva et al., 2021).

A regulação da temperatura corporal do recém-nascido e a conservação de energia, além do suporte à respiração, frequência cardíaca e choro, são facilitadas pelo CPP. Além disso, promove o vínculo e o cuidado materno durante a primeira hora de vida, momento crucial para que mãe e bebê se adaptem e se reconheçam. Recomenda-se que esse processo seja contínuo, prolongado e estabelecido em toda mãe-filho saudável (Campos et al. 2020a).

O Programa Hospital Amigo da Criança (PHAC) é uma certificação concedida pelo Ministério da Saúde a hospitais que aderem às diretrizes estabelecidas pelo Unicef e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para promover o aleitamento materno. Além disso, para conquistar o status de “Amigo da Criança”, o hospital deve atender a outros critérios, como oferecer um cuidado respeitoso e humanizado às mulheres durante todas as fases do parto, permitir que mães e pais tenham livre acesso e permaneçam com seus recém-nascidos 24 horas por dia, e cumprir as regulamentações brasileiras sobre a comercialização de alimentos para lactentes e crianças na primeira infância (NBCAL) (Brasil, 2022).

Os bebês que nascem em hospitais reconhecidos como Amigos da Criança têm menos probabilidade de serem submetidos a procedimentos médicos desnecessários logo após o parto, como aspiração das vias respiratórias, administração de oxigênio inalatório e utilização de incubadoras. Além disso, é mais comum que esses hospitais promovam o contato pele a pele entre a mãe e o bebê imediatamente após o nascimento, a amamentação na primeira hora de vida, ainda na sala de parto, e o alojamento conjunto, em comparação com maternidades que não possuem essa certificação (Brasil, 2022).

O vínculo entre mãe e bebê é uma conexão que engloba as dimensões emocionais, sentimentais e comportamentais. Quando estabelecido de maneira segura, esse vínculo desempenha um papel fundamental no cultivo de um desenvolvimento biopsicossocial saudável para a criança. Compreender os fatores que influenciam a formação desse vínculo durante o período pós-parto é crucial, visto que o puerpério representa uma fase crítica para o desenvolvimento do apego entre mãe e filho. Inicialmente vivenciado no ambiente hospitalar, esse período proporciona a oportunidade de oferecer não apenas a assistência especializada necessária, mas também de implementar ações que promovam e fortaleçam o vínculo entre mãe e bebê (Silva; Braga, 2019).

E como podemos notar o aleitamento materno desempenha um papel fundamental na proteção de bebês e crianças pequenas contra doenças perigosas, sendo considerado a primeira “vacina” natural para o bebê. Além disso, a amamentação é essencial para fortalecer o vínculo afetivo entre mãe e filho. É importante destacar que a substituição do leite materno por mamadeiras pode aumentar o risco de doenças e até mesmo de óbito (UNICEF, 2023).

Atualmente, durante o processo de transferência da parturiente do Centro Obstétrico para o Alojamento Conjunto, prática que visa manter mãe e bebê juntos desde os primeiros momentos após o nascimento, o recém-nascido é delicadamente envolvido em um lençol e colocado entre as pernas da mãe. A proposta deste trabalho visa intensificar o vínculo afetivo entre ambos, proporcionando uma transição suave para a nova fase da vida pós-parto. O Top Materno busca transformar a experiência do parto e dos primeiros momentos pós-nascimento, enfatizando o elo emocional essencial entre mãe e filho (Carvalho; Gomes, 2017).

Sempre é necessário deixar evidente que a mãe tem a liberdade de escolher a posição que lhe proporcione conforto e relaxamento durante o ato de amamentar, podendo optar por deitar, sentar, recostar-se ou adotar qualquer outra posição que lhe seja agradável e adequada (Brasil, 2019; Carvalho; Gomes, 2017). 

É importante ressaltar que todos os profissionais de saúde que prestam assistência a mães e bebês devem considerar determinados aspectos ao observar a amamentação e ao fornecer orientações à mãe, independentemente da posição escolhida por ela (Brasil, 2015).

Vale ressaltar que a ideia da amamentação natural juntamente com o top maternal é tornar possível que o bebê fique com sua mãe logo após o parto, evitando a separação imediata e intervencionista. Este contato íntimo pode trazer inúmeros benefícios, como acalmar o bebê, normalizar sua respiração e batimentos cardíacos, assegurar a manutenção térmica da criança e estimular a alimentação, entre outros (Carvalho; Gomes, 2017).

Este estudo reside na necessidade de promover o conhecimento baseadas em evidências que fortaleçam os laços familiares, reduzam complicações neonatais e melhorem a qualidade do atendimento perinatal. Além disso, a pesquisa pode subsidiar a implantação do Top Materno em outras unidades de saúde, contribuindo para a disseminação de protocolos obstétricos humanizados e baseados em evidências.

Estudar o uso do Top Materno como incentivador do contato pele a pele, analisar suas vantagens, discutir qual o melhor modelo de transporte do bebê para o alojamento conjunto, enfatizando a importância do vínculo mãe-filho desde os primeiros momentos após o parto, são objetivos deste estudo.

2. Metodologia da Pesquisa

A metodologia adotada neste estudo baseou-se em uma pesquisa bibliográfica, fundamentada nas orientações metodológicas delineadas por Marconi e Lakatos (2017) e Severino (2014). Esta abordagem foi selecionada devido à natureza teórica do tema investigado, que demandava uma revisão aprofundada da literatura existente sobre o uso do Top Materno como facilitador do contato pele a pele entre mães e bebês.

A pesquisa bibliográfica foi conduzida com o objetivo de identificar, selecionar e analisar criticamente estudos relevantes e pertinentes ao escopo da pesquisa. Inicialmente, o tema foi delimitado e os termos-chave foram definidos para orientar a busca de materiais nas fontes bibliográficas.

A busca de literatura foi realizada em diversas fontes, incluindo bases de dados acadêmicas como Scielo, Google Acadêmico e Portal da Capes. Esses recursos foram selecionados por sua abrangência e acesso a uma ampla variedade de publicações acadêmicas, incluindo artigos científicos, dissertações, teses e outros documentos relevantes para a temática em questão. As palavras chaves para pesquisa utilizadas foram: Top materno, contato pele a pele, gestação, obstetrícia. Os artigos pesquisados em qualquer idioma.

Os critérios de inclusão e exclusão foram aplicados de forma sistemática durante a seleção dos estudos, considerando a relevância, qualidade e atualidade das informações disponíveis. Foram priorizados estudos recentes, revisões sistemáticas, meta-análises e trabalhos de pesquisadores reconhecidos na área.

Após a identificação dos materiais pertinentes, estes foram submetidos a uma análise crítica, por meio de fichamentos, resumos e sínteses dos principais achados. Essa etapa permitiu extrair e organizar as informações relevantes, fundamentando assim a elaboração do presente estudo.

Todo o processo metodológico foi registrado e documentado, garantindo transparência e reprodutibilidade das etapas realizadas. A análise e interpretação dos dados foram conduzidas com base na teoria existente sobre o tema e nas evidências apresentadas na literatura revisada, visando contribuir para o avanço do conhecimento científico na área do cuidado perinatal. Conforme a visualizado no fluxograma abaixo (figura 1):

Figura 1 – Fluxograma de dados
Fonte: Dados primários (2024)

3. Resultados e Discussão

Neste texto, reunimos as contribuições de dez estudos distintos sobre o tema do contato pele a pele ao nascimento, visando uma discussão conjunta que aborde a importância desse contato para o recém-nascido e para a mãe. Ao combinar as perspectivas apresentadas por Campos et al. (2020-a), Campos et al. (2020-b), Matos et al. (2010), Perrelli et al. (2014), Sampaio et al. (2016), Santos et al. (2014), Sartori de Albuquerque et al. (2016), Silva et al. (2018), Silva et al. (2021), e Silva e Braga (2019), buscamos fornecer uma visão abrangente e embasada sobre esse importante aspecto do cuidado neonatal e materno.

Ao abordar a definição das boas práticas, vemos que é um conjunto de esforços visando à busca da excelência. No que diz respeito à implementação dos cuidados imediatos, práticas recomendadas incluem evitar separações desnecessárias entre a mãe e o recém-nascido, fomentando o estabelecimento do vínculo mãe-bebê, encorajando o contato pele a pele e a amamentação na primeira hora de vida (Muller; Zampieri, 2014b).

Pieszak et al. (2019) destacam a necessidade de atenção às práticas intervencionistas no processo de parto, muitas vezes realizadas sem base científica, como a aspiração sistemática naso e orofaringeana e a passagem de sonda nasogástrica e retal, não recomendadas de forma sistemática em recém-nascidos saudáveis.

Em relação aos cuidados imediatos após o parto, é recomendado manter o recém-nascido em contato pele a pele contínuo com a mãe, o que ajuda a evitar a perda de calor e estimular a amamentação. Muller e Zampieri (2014a) destacam a importância do contato pele a pele para favorecer a amamentação e recomendam o clampeamento do cordão umbilical apenas quando este para de pulsar.

Resultados de pesquisa de Santos et al. (2014) indicam que, frequentemente, mãe e filho são separados abruptamente após o parto para realizar procedimentos de rotina com o recém-nascido, negligenciando a importância desse momento de intimidade entre o binômio.

A formação do vínculo entre a mãe e o feto se amplia à medida que a gestante percebe, através dos movimentos fetais e das mudanças corporais típicas da gravidez, que está gerando um ser independente e real. O apego materno-fetal emerge como um indicador significativo do comportamento materno, tanto durante a gravidez quanto após o parto (Alvarenga et al., 2015). 

De acordo com Perilli et al. (2014), o estabelecimento do vínculo entre a mãe e o recém-nascido representa uma necessidade física e psicológica do bebê, fundamentando possíveis modelos de relacionamento ao longo do seu desenvolvimento e proporcionando-lhe conforto e proteção vitalícios. Portanto, a avaliação do grau de apego materno-fetal se baseia na observação da frequência de comportamentos maternos que demonstram cuidado e comprometimento da mãe com o feto ou com o bebê (Alvarenga et al., 2012).

O suporte durante o pré-natal exerce influências positivas sobre o comportamento e as emoções da mulher durante a gravidez e nos primeiros meses após o nascimento do bebê. Ele engloba uma rede de cuidados formais que podem favorecer o desenvolvimento de laços afetivos e de proteção diante de situações de risco (Perrelli et al., 2014).

Quando falamos de termorregulação neonatal, que é um aspecto crítico dos cuidados com recém-nascidos, influenciando diretamente sua sobrevivência e adaptação ao ambiente extrauterino. Durante a gestação, o feto é mantido em uma temperatura estável de aproximadamente 37,5°C pelo corpo da mãe. Contudo, após o nascimento, o neonato enfrenta o desafio de se adaptar às variações térmicas do ambiente externo (Campos et al., 2020b).

A regulação eficaz da temperatura corporal, conhecida como termorregulação, é fundamental para a saúde neonatal, uma vez que os recém-nascidos têm limitações na produção metabólica de calor. Diversos estudos destacam a importância desse processo para o desenvolvimento e a sobrevivência dos bebês (Sartori de Albuquerque et al., 2016). A capacidade do neonato de manter a homeostase térmica é especialmente crucial em condições extremas de temperatura, como em ambientes muito quentes ou frios (Alvarenga et al., 2012).

O contato pele a pele (CPP) emerge como uma prática eficaz na promoção da termorregulação neonatal. O protocolo da “Hora de Ouro”, que envolve o CPP contínuo pós-parto, é reconhecido como uma abordagem segura e de baixo custo para facilitar a adaptação térmica do recém-nascido e promover o vínculo imediato entre mãe e bebê (Silva et al., 2021). Além de favorecer a termorregulação, o CPP durante a primeira hora de vida contribui para a regulação da respiração, frequência cardíaca e estabelecimento do aleitamento materno (Campos et al., 2020b).

A implementação bem-sucedida do Programa Hospital Amigo da Criança (PHAC) também desempenha um papel significativo na termorregulação neonatal. Hospitais certificados pelo PHAC têm demonstrado práticas que favorecem o contato pele a pele imediato após o nascimento, o que está associado a uma menor necessidade de intervenções desnecessárias e contribui para a estabilidade térmica do bebê. Essas práticas, alinhadas às diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS), promovem um ambiente propício para a termorregulação neonatal eficaz (Alvarenga et al., 2012).

A compreensão aprofundada dos fatores que influenciam a termorregulação neonatal é essencial para garantir cuidados adequados e promover a saúde dos recém-nascidos. Ao integrar práticas como o CPP e aderir a certificações como o PHAC, os profissionais de saúde contribuem para a criação de ambientes que respeitam a fisiologia neonatal, garantindo uma transição suave para a vida extrauterina (Campos et al., 2020b).

Desta forma Campos et al. (2020a) destaca a relação entre o contato pele a pele e o aleitamento materno em um contexto hospitalar, ressaltando como essa prática pode influenciar positivamente a amamentação nos primeiros momentos de vida do bebê. Complementarmente, Campos et al. (2020b) discutem como o contato pele a pele pode atuar como uma estratégia eficaz na redução do estresse neonatal, destacando seus benefícios para a saúde emocional do recém-nascido.

Matos et al. (2010) e Perrelli et al. (2014) abordam o significado do contato precoce pele a pele entre mãe e filho, enfatizando sua relevância para as mães e suas contribuições para a prática da enfermagem. Esses estudos ressaltam como o contato pele a pele não apenas promove vínculos afetivos entre mãe e bebê, mas também pode ter implicações positivas para o desenvolvimento infantil e o bem-estar materno.

No contexto brasileiro, Sampaio et al. (2016) e Silva et al. (2018) discutem os desafios e as contribuições do contato pele a pele para a promoção do aleitamento materno e a redução da mortalidade infantil. Esses estudos destacam a importância de políticas e iniciativas, como a Iniciativa Hospital Amigo da Criança, na promoção do contato pele a pele e seus benefícios associados.

Santos et al. (2014) oferecem uma perspectiva sobre a experiência do contato pele a pele com o recém-nascido no pós-parto, explorando como essa prática é vivenciada pelas mães e sua percepção sobre seus efeitos. Essa análise qualitativa enriquece nossa compreensão sobre os aspectos subjetivos e emocionais do contato pele a pele.

Analisando aspectos econômicos e de eficácia no contexto da saúde pública, Sartori de Albuquerque et al. (2016) discutem os custos e benefícios do uso de equipamentos como o Top Maternal e o Berço de Calor Radiante na manutenção da temperatura de recém-nascidos, ressaltando a eficácia do contato pele a pele como uma alternativa eficiente e de baixo custo.

Enquanto isso, Silva et al. (2021) oferecem uma análise sobre a prática do contato pele a pele, destacando os aspectos observacionais dessa experiência e sua relevância para o cuidado materno-infantil. Ao realizar uma observação participante, os autores enriquecem nossa compreensão sobre a dinâmica e os benefícios desse contato na prática clínica.

O contato pele a pele ao nascimento emerge como uma prática de significativa importância no cenário da saúde neonatal e materna, permeando diversas dimensões do cuidado primário. A partir das análises apresentadas por Campos et al. (2020a) e Campos et al. (2020b), percebemos que essa abordagem não se restringe apenas ao momento imediato após o parto, mas reverbera ao longo do período pós-natal, influenciando o desenvolvimento do vínculo entre mãe e bebê e contribuindo para o estabelecimento de uma base sólida para a amamentação.

É essencial reconhecer que o contato pele a pele vai além de um simples gesto físico, envolvendo uma troca emocional profunda entre mãe e filho. Como evidenciado por Matos et al. (2010) e Perrelli et al. (2014), esse contato precoce não apenas fortalece os laços afetivos entre ambos, mas também desencadeia uma série de processos hormonais e neurobiológicos que promovem o bem-estar emocional e físico do recém-nascido. Nesse sentido, a prática do contato pele a pele pode ser vista como uma intervenção holística que transcende os limites da enfermagem para abraçar aspectos psicológicos e fisiológicos do cuidado materno-infantil.

No contexto brasileiro, especialmente em maternidades públicas, o contato pele a pele emerge como uma ferramenta crucial na promoção do aleitamento materno, como observado por Sampaio et al. (2016) e Silva et al. (2018). A implementação de políticas como a Iniciativa Hospital Amigo da Criança reflete o reconhecimento crescente da importância desse contato não apenas para a saúde individual, mas também para a saúde pública, ao promover práticas que têm o potencial de impactar positivamente toda uma geração.

Ao refletirmos sobre a experiência vivenciada pelas mães no contexto do contato pele a pele, como discutido por Santos et al. (2014), somos confrontados com a complexidade desse momento, que é permeado por uma mistura única de emoções, desde a euforia da maternidade até a vulnerabilidade diante das responsabilidades recém-assumidas. Nesse sentido, é fundamental que os profissionais de saúde adotem uma abordagem sensível e empática, reconhecendo não apenas a importância do contato pele a pele em termos fisiológicos, mas também seu papel na promoção do bem-estar psicológico das mães.

À luz das análises econômicas e de eficácia apresentadas por Sartori de Albuquerque et al. (2016), somos instigados a considerar não apenas os aspectos clínicos e emocionais do contato pele a pele, mas também suas implicações práticas e financeiras. A identificação de estratégias que promovam essa prática de maneira eficiente e acessível é essencial para garantir sua implementação generalizada e seu impacto positivo em populações vulneráveis.

Por fim, a revisão integrativa de Silva e Braga (2019) nos convida a refletir sobre o contexto mais amplo no qual o contato pele a pele está inserido, explorando os diversos fatores que influenciam a formação do vínculo mãe-bebê no período pós-parto imediato. Ao considerarmos essas múltiplas facetas do contato pele a pele, somos levados a reconhecer sua centralidade não apenas como uma prática clínica, mas como um símbolo poderoso do amor e do cuidado que permeiam a jornada da maternidade.

Em síntese, os estudos aqui reunidos fornecem uma visão abrangente e multidisciplinar sobre o contato pele a pele ao nascimento, destacando sua importância para a promoção da saúde neonatal e materna. Ao integrar evidências científicas, experiências clínicas e perspectivas qualitativas, esperamos contribuir para uma maior conscientização sobre a relevância desse cuidado na prática obstétrica e neonatal, bem como para o desenvolvimento de políticas e práticas que promovam sua implementação e valorização. 

4 Considerações Finais

A presente análise reuniu uma série de estudos que abordam o contato pele a pele ao nascimento, oferecendo uma visão abrangente e embasada sobre sua importância para o cuidado neonatal e materno. Ao integrar diversas perspectivas, foi possível identificar a relevância desse contato precoce tanto para o recém-nascido quanto para a mãe, destacando seus benefícios fisiológicos, emocionais e sociais.

O contato pele a pele não se limita a um gesto físico, mas envolve uma troca emocional profunda entre mãe e filho, desencadeando uma série de processos hormonais e neurobiológicos que promovem o bem-estar emocional e físico do bebê. Além disso, essa prática fortalece os laços afetivos entre ambos, estabelecendo uma base sólida para o desenvolvimento do vínculo mãe-bebê e para a amamentação bem-sucedida.

A implementação do contato pele a pele ao nascimento requer uma abordagem sensível e empática por parte dos profissionais de saúde, reconhecendo não apenas sua importância em termos fisiológicos, mas também seu papel na promoção do bem-estar psicológico das mães. Nesse sentido, é fundamental garantir que as políticas de saúde e as práticas clínicas estejam alinhadas com as evidências científicas mais recentes, a fim de proporcionar o melhor cuidado possível para mães e bebês.

Em maternidades brasileiras, especialmente públicas, o contato pele a pele emerge como uma ferramenta crucial na promoção do aleitamento materno e na redução da mortalidade infantil. A implementação de políticas como a Iniciativa Hospital Amigo da Criança reflete o reconhecimento crescente da importância desse contato não apenas para a saúde individual, mas também para a saúde pública, ao promover práticas que têm o potencial de impactar positivamente toda uma geração.

Por fim, é importante destacar que o contato pele a pele ao nascimento não deve ser encarado como uma prática isolada, mas sim como parte integrante de uma abordagem holística do cuidado perinatal. Ao reconhecer sua importância e promover sua implementação generalizada, podemos contribuir significativamente para o bem-estar de mães e bebês, fortalecendo os laços familiares e melhorando os resultados de saúde neonatal e materna.

Dessa forma, é fundamental que profissionais de saúde, gestores e formuladores de políticas trabalhem juntos para garantir que o contato pele a pele ao nascimento seja valorizado e promovido como parte essencial do cuidado perinatal. Somente assim poderemos alcançar nosso objetivo comum de proporcionar uma experiência positiva e saudável para todas as mães e bebês, desde o momento do nascimento até os primeiros dias de vida.

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1https://orcid.org/0009-0003-6699-2989; Graduanda em Fisiotarapia. Universidade de Gurupi (UNIRG). Av. Rio de Janeiro, Nº 1585 – St. Central, Gurupi – TO, 77403-090.
E-mail: marinagurupi@icloud.com
2https://orcid.org/0009-0009-7870-3447; Graduanda em Fisiotarapia. Universidade de Gurupi (UNIRG). Av. Rio de Janeiro, Nº 1585 – St. Central, Gurupi – TO, 77403-090
E-mail: rislaynnegpi@gmail.com
3https://orcid.org/0009-0004-0371-978X; Pós-Graduada em Fisioterapia Neonatal e Pediátrica. Centro de Estudos Avançados e Formação Integrada (CEAFI). R. T-28, 1806 – St. Bueno, Goiânia – GO, 74210-040.
E-mail: keniaayres@gmail.com
4https://orcid.org/0000-0002-9497-4572; Mestre em Ciências da Saúde. Universidade Federal do Tocantins (UFT). 109 Norte Av. NS-15, ALCNO-14. Plano Diretor Norte. Palmas – TO, 77001-090.
Email: florence@unirg.edu.br
5https://orcid.org/0000-0002-5735-418X; Mestre em Ensino em Saúde. Universidade Federal do Tocantins (UFT). 109 Norte Av. NS-15, ALCNO-14. Plano Diretor Norte. Palmas – TO, 77001-090.
Email: isadoraceo@gmail.com
6https://orcid.org/0009-0009-5690-9196; Pós-Graduado em Fisioterapia Aquática. Universidade Bandeirantes de São Paulo (UNIBAN), R. Maria Cândida, 1813 – Vila Guilherme, São Paulo – SP, 02071-013. Email: valmirlira@unirg.edu.br
7https://orcid.org/0009-0005-7232-9790; Pós-Graduada em Educação.  Universidade Federal do Tocantins. (UFT). 109 Norte Av. NS-15, ALCNO-14. Plano Diretor Norte. Palmas – TO, 77001-090.
E-mail: lucilene.macedo@uft.edu.br