TYPES OF GENRES: THE TEACHING OF WRITING IN PUBLIC SCHOOLS
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102411231504
Patriciane Cardoso Fernandes
RESUMO: Esse artigo tem como objetivo visar à maneira de como os tipos de gêneros textuais nas aulas de escrita, tendo como foco a redação no ensino médio, na rede pública, estão sendo abordados em sala de aula e como estão sendo ministradas pelos professores, e a reação dos mesmos em relação aos alunos, com base na gramática normativa. Para que os mesmos tenham condições de desenvolver a fala e a escrita sabendo com o usar a língua coloquial e a língua culta. Justifica-se a escolha do tema devido à relevância que possui na área educacional, no qual os professores de língua portuguesa possuem o dever de passar para os seus alunos a importância dos tipos de gêneros textuais nas aulas escritas, para que haja uma efetiva difusão de conhecimentos linguísticos.
Palavras–chave: Tipos de Gêneros textuais, Redação, escola pública.
ABSTRACT: This article aims to aim at how the types of textual genres in writing classes, focusing on writing in high school, in the public network, are being approached in the classroom and how they are being taught by teachers, and their reaction in relation to students, based on normative grammar. So that they are able to develop speaking and writing, knowing how to use colloquial language and cultured language. The choice of the theme is justified due to its relevance in the educational area, in which Portuguese language teachers have the duty to pass on to their students the importance of the types of textual genres in written classes, so that there is an effective dissemination of linguistic knowledge.
Keywords: Types of Textual Genres, Writing, Public School.
1. INTRODUÇÃO:
No que se diz respeito a tipos de gêneros textuais, vale ressaltar que há uma diferença entre gêneros textuais, pois os gêneros textuais referem-se a textos que são realizados cumprindo funções em situações comunicativas, já os Tipos de Gêneros Textuais são constituídos por sequências linguísticas ou sequências de enunciados e não são textos empíricos, ou seja, sua nomeação abrange aspectos lexicais, sintáticos, relações lógicas e tempo verbal. O presente artigo busca evidenciar a importância do ensino de redação que consiste em um tipo de gênero textual, nas escolas de rede pública, a partir das observações realizadas nos estágios II e III da graduação Letras Língua e Literatura Portuguesa da Ufam, no qual tange aos professores o dever de levar o conhecimento de um tipo de gênero textual preciso para que os alunos possam compreender sobre essas designações teóricas, considerando principalmente a escrita.
É notório que no ensino médio de rede pública o ensino de redação seja escasso, pois as aulas não são inseridas em grande demanda, para que haja esse contato maior do aluno com a redação no ambiente escolar, sendo que o ensino de redação é essencial para o aluno que irá fazer uma sequência de vestibulares, principalmente o ENEM. A escola possui um papel fundamental na vida de cada aluno, em termos de ensino, no qual irá promover meios de ensino eficaz para que aquele aluno seja capaz de produzir um texto argumentativo que tenha coesão e coerência.
Atualmente é perceptível a importância que as escolas possuem na vida de seus alunos, o papel fundamental de ensino, diante do fato da escrita ser realizada de acordo com a norma padrão. Por isso há a questão de como os professores devem lidar com o desenvolvimento das práticas educacionais nas escolas, esse não é o um dever fácil de enfrentar, porque em uma escola de rede pública os desafios são maiores, pelo fato de que nem todas as escolas possuem uma estrutura de qualidade para que os professores possam ter vários métodos de ensino. É uma questão que dificulta bastante, pois se há inovação há melhorias na aprendizagem dos alunos.
O objetivo principal desse artigo é frisar a importância da escola de rede pública com o ensino de redação, e também evidenciar métodos de aprendizagem que sejam eficazes para compreensão dos alunos diante o desenvolvimento de um texto argumentativo, sendo assim, um fator de extrema relevância para ser tratado diante dos alunos, para que haja bons resultados em vestibulares, e sucessivamente reduzindo os impactos negativos que são causados pelo desconhecimento sobre como fazer uma redação. O artigo tem como objetivo demonstrar métodos de ensino que facilitem o entendimento dos alunos, e o desempenho que cada um possui na sua escrita.
2. TIPOS DE GÊNEROS TEXTUAIS: REDAÇÃO
A redação possui uma grande relevância no ensino médio pelo fato de ser um gênero obrigatório para o Enem, então isso requer uma atenção maior do professor para com o aluno, que necessita aprender a desenvolver as competências que estão inseridas em uma redação, porém esse desenvolvimento enfrenta dificuldades por alguns fatores, o primeiro deles é falta de tempo, porque muitas vezes o ensino de redação não possui uma grande demanda em relação as aulas o que pode dificultar a aprendizagem daquele aluno, o que não ocorreria se na matéria de língua portuguesa o ensino de redação fosse inserido em maior escala.
Outro fator trata-se do não entendimento do aluno em construir um texto argumentativo, no qual ele não saiba expor seus argumentos de forma coesa, onde irá defender uma ideia que não se prolongue e se torne cansativa, e sim de maneira concisa e objetiva, por isso o aluno deverá possuir estratégias para desenvolver o seu texto argumentativo de modo com que a realização seja feita de acordo com o que é exigido pelos vestibulares. Sendo assim, as aulas deverão ser construídas pelos professores de maneira estratégica, no qual os alunos possam apresentar seus argumentos de forma consciente, ajudando cada um a possui um posicionamento crítico diante de qualquer tema que possa ser proposto para realização dos vestibulares.
Outra dificuldade enfrentada para o desenvolvimento de um texto argumentativo é o uso da gramática normativa de forma incorreta, pois sabemos que em sala de aula existem alunos de diferentes classes sociais, sendo assim existem duas variantes são presentes no português assim como são presentes em outras línguas, elas possuem diferenças nos aspectos léxicos e fonológicos. Uma possui mais prestigio pelo fato de ser utilizada pela classe dominante, em situações sociais melhores, e a outra de menor prestigio é usada pela classe popular em situações de menor formalidade. Em outas palavra à linguagem padrão está vinculada com as regras da gramática tradicional, quanto a coloquial está mais aberta para transformações.
Nas escolas de rede pública a língua mais usada entre os alunos é a coloquial, e normalmente os mesmos são prejudicados, pois utilizam a forma como eles falam na escrita também, entra então o papel dos professores, que consiste em ensina-los explicando que as maneiras de como eles falam não está errada, pois cada um possui uma classe social diferente, até mesmo modos de falar diferentes devido a regionalidade do falante, mas devem entender que a língua portuguesa possui regras, possui uma norma padrão, no qual a mesma deve ser cumprida segundo a gramática normativa.
Há o fracasso escolar muitas vezes, pois a sociedade impõe que a linguagem coloquial é uma língua “feia” ou “vulgar” e acaba prejudicando os alunos na sala de aula, pois muitas escolas ainda não conseguem assimilar esse conhecimento e acaba desvalorizando a língua, o que gera um bloqueio no aluno em relação a oralidade e escrita. Com isso para que o aluno obtenha êxito na produção textual o professor irá instruir os mesmos, para que possam saber que em um texto argumentativo, a redação, ele irá desenvolver uma escrita formal de acordo com a norma padrão.
3. A ESTRUTURA DE UMA REDAÇÃO
A estrutura de uma redação consiste em três partes: Introdução, desenvolvimento e conclusão, divididos em quatro parágrafos, os alunos irão ser avaliados pelo seu desenvolvimento que o mesmo desempenhará no decorrer da produção do seu texto, pois são competências que são exigidas pelo Enem, e outros vestibulares, realizados durante o ensino médio.
A primeira parte é a introdução, esse é o parágrafo em que o aluno irá apresentar a ideia principal com clareza, expondo as ideias e o objetivo principal da sua redação, poderá expor também palavras chaves que servirão de argumentos para desenvolver no seu texto, é um parágrafo essencial para o aluno expor também seu conhecimento de mundo, onde poderá colocar citações de sociólogos, filósofos, fazendo alusões históricas, para enriquecer sua redação.
A segunda parte é o desenvolvimento, parágrafos em que o aluno deverá expor até três argumentos de forma coesa, esses argumentos terão que estar de acordo com a ideia principal desenvolvida na introdução, é o momento em que irá ocorrer o aprofundamento do texto, com o uso de exemplos para validar os seus argumentos de acordo com o seu ponto de vista e poderá usar um repertório sociocultural para embasar o argumento final, pois é argumento que engloba os dois primeiros, e deverá utilizar conectivos para manter os parágrafos interligados.
Por fim, temos a parte final que consiste na conclusão da redação, no qual o aluno irá evidenciar o final do texto, reafirmando o seu ponto de vista estabelecendo um diálogo com a introdução, realizando um apanhado geral de suas ideias, de acordo com os seus argumentos apresentados no desenvolvimento da redação, deverá propor soluções para aquele problema apresentado no tema da redação. Vale ressaltar que a redação deverá ser feita sem ferir os direitos humanos, e poderá ser anula se tiver fuga de tema, se a redação tiver menos de sete linhas, insultos ou desenhos feitos na folha de redação.
ESTRUTURA DE UMA REDÇÃO
MECANISMOS DE COESÃO
4. MÉTODOS DE ENSINO DE PRODUÇÃO DE REDAÇÃO NAS ESCOLAS.
A escola enquanto entidade de ensino se preocupa em apresentar a norma culta para os alunos e para auxiliá-la utiliza livros didáticos como ferramenta de ensino nesse processo de aprendizagem. Por isso se faz necessário revisar, analisar e escolher o livro que melhor atenda às necessidades dos alunos, para que conteúdo e realidade façam parte desse processo, porque o que está nos livros são informações, elementos a serem selecionados, não é conhecimento.
É insuficiente trabalhar só com o que está nos livros, é preciso mais, para o ensino de métodos de ensino de produção de redação é necessário que haja estratégias para que esse ensino seja eficaz, e para que aluno consiga aprender, facilitando o entendimento dos alunos neste processo. Cabe ao professor mostrar as devidas formas de ensino como: Incentivar a leitura, levar aos alunos modelos de redação, mostrar a estrutura, e as competências que são avaliadas. As competências avaliadas no principal vestibular realizado no Brasil, o Enem, consistem em:
5. RESULTADOS ENCONTRADOS DURANTE A INVESTIGAÇÃO
Durante as observações realizadas no decorrer do estágio II e III, foi notório que a maioria dos alunos possuem dificuldades para escrever uma redação, e a minoria consegue desenvolver sem dificuldade. A maior dificuldade está relacionada à estrutura da redação, não conseguem dissociar a introdução do desenvolvimento construindo assim um só parágrafo, e assim não conseguem definir uma conclusão para o tema proposto.
A abordagem foi feita de acordo com as sondagens de redações propostas pela professora, foi possível notar também os erros gramaticais presentes na redação, e é de conhecimento que uso da modalidade da escrita formal da língua portuguesa, compõe uma competência estabelecida pelo Enem, principal vestibular realizado em todo Brasil, pois é avaliado se a redação participante está adequada às regras de ortografia.
As correções foram realizadas pela professora, e como estagiária pude acompanhar o processo de correção, no qual pude observar esses déficits que os alunos possuem, além das dificuldades já citadas, a falta de conhecimento sobre o tema proposto também é um problema, muitos ficam perdidos e não sabem por onde começar a escrever, e então com o auxílio da professora realizando algumas leituras, eles conseguem começar a escrever.
Portanto, os estágios II e III, precisamente o II, foi de suma importância para acompanhar de perto os alunos, e poder observar as dificuldades que cada um possui no desenvolvimento de uma redação, pois mesmo com dificuldades todos os alunos se mostram interessados a saber como construir uma redação, a estrutura foi o principal ponto a ser discutido entre os alunos, sendo assim, o ensino de redação nas escolas públicas possuem um papel essencial para todos alunos, que precisam desse conhecimento para realizar os vestibulares, presentes durante o ensino médio.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
O objetivo deste artigo foi compreender a importância da redação nas escolas de rede pública e também do papel do professor na vida de seus alunos, para que todos eles possam ter acesso a uma educação de qualidade, visando aprimorar o conhecimento de cada um em relação a língua portuguesa. A escola como os professores que nela atuam precisam conscientizar-se de que ainda há muita dificuldade com relação àqueles que não conseguem desenvolver uma redação.
A educação deve ser vista como uma experiência intelectual e social em toda sua diversidade, contribuindo nos papéis constitutivos da linguagem, devido a importância de validar e conhecer as questões peculiares de cada aluno, com o objetivo de amenizar as dificuldades presentes em sala de aula para que cada aluno tenha um ensino eficaz.
É necessário que haja a implantação de uma grande demanda de aula sobre redação, e que tenha investimento na qualificação da formação de professores, para que eles possam ensinar seus alunos de maneira precisa sobre tudo o que compõe uma redação, como desenvolver, a estrutura, as estratégias para alcançar uma boa nota nos vestibulares, e também que incentivem cada um deles ao aprimoramento da nossa língua e sua perspectiva na sociedade. Discutir e orientar sobre a importância de se repensar os conceitos de ensino de língua portuguesa, com base nos tipos de gêneros textuais, em torno dos principais eixos, leitura, escrita, oralidade, e compreensão de normas que regem a língua, sugere desenvolver a totalidade de capacidades linguísticas do indivíduo.
Levando o aluno a conhecer as formas de organização da língua em sua complexidade, e possibilita-lo a aprendizagem crescente dos domínios dos padrões da escrita. O fazer pedagógico precisa ser repensado de forma que predomine o respeito ao cidadão, independente de sua classe social e modos de falar e assim, contribua para a obtenção da plena cidadania.
REFERÊNCIAS:
OLIVEIRA, Luciano Amaral, Coisas que todo professor de português precisa saber: a teoria na prática. São Paulo: Parábola, 2010.
BAGNO, M. Por uma Sociolinguística Militante. In: BORTONI-RICARDO, Stella Maris. Educação em língua materna: a sociolinguística na sala de aula. São Paulo; Parábola Editorial, 2004. p. 8-10.
SOUZA, A. E. ; PAUTZ, S. A diversidade linguística no contexto escolar. Revista Linguagens e Cidadania, v.9, n.1, Cruz Alta RS, jan. 2020.