TELEMEDICINA E OS NOVOS HORIZONTES NO CUIDADO DA CRIANÇA AUTISTA

TELEMEDICINE AND NEW HORIZONS IN THE CARE OF AUTISTIC CHILDREN

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202508052205


Juliana Terra de Oliveira Azevedo1
Arthur Werneck Barros2
Alba Arbex Corrêa3
Maria Silvia Abbud Leite4
Christianne Terra de Oliveira Azevedo5


Resumo 

A telemedicina tem se consolidado como uma ferramenta inovadora nos cuidados pediátricos,  especialmente para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Impulsionada pela pandemia  da COVID-19, a telessaúde ampliou o acesso a diagnósticos e intervenções precoces, aspecto crucial  frente à complexidade do TEA e sua prevalência crescente. Esta revisão teve como objetivo avaliar o  impacto da telemedicina no cuidado de crianças com TEA. A busca foi realizada nas bases PubMed e  LILACS, utilizando os descritores “telemedicine”, “child” e “autism”, resultando em 28 artigos  publicados entre 2018 e 2023. Desses, 26 apontaram benefícios da telemedicina na avaliação e  tratamento, com destaque para sua aplicabilidade em regiões com acesso restrito a serviços  especializados e para a boa aceitação por parte das famílias, principalmente pelo apoio ao treinamento  parental. No entanto, desafios persistem, como a escassez de evidências empíricas sobre sua eficácia em  determinados contextos, limitações tecnológicas e a necessidade de formação específica dos  profissionais de saúde. A revisão destaca ainda questões éticas relacionadas à padronização dos  atendimentos e à inclusão digital. Conclui-se que a telemedicina representa uma alternativa promissora  para qualificar e ampliar o cuidado às crianças com TEA, exigindo, no entanto, avanços técnicos,  regulatórios e científicos para seu pleno potencial. 

Palavras-chave: Telemedicina. Tratamento. Diagnóstico. Crianças. Autismo.

1. INTRODUÇÃO 

No cenário em constante evolução dos cuidados em saúde, a telemedicina emergiu como  uma ferramenta inovadora, especialmente no que se refere aos cuidados pediátricos. A  telemedicina é definida pelo Conselho Federal de Medicina como “o exercício da medicina  através da utilização de metodologias interativas de comunicação audiovisual e de dados, com  o objetivo de assistência, educação e pesquisa em saúde”, segundo a resolução de nº 1.643 de  2002. A utilização dessas tecnologias de informação para um atendimento mais efetivo e à  distância é algo que se impõe no contexto de serviços em saúde, no atual panorama sociopolítico  mundial. (17) 

A pandemia da COVID-19, o subsequente isolamento e as restrições impostas aos  serviços presenciais, trouxeram a necessidade de avanço na implantação dos serviços de  telesaúde. À medida que a tecnologia da comunicação evolui, há uma maior aceitação por parte  dos profissionais de saúde, favorecendo a implementação de serviços psicológicos e  comportamentais de telessaúde para indivíduos com transtorno do espectro do autismo (TEA).  (8) 

O TEA é um grupo de desordens complexas do desenvolvimento humano, de etiologia  multifatorial ainda mal definida. É considerado um transtorno do neurodesenvolvimento, que  se manifesta nos primeiros anos de vida por comportamentos que, segundo o Manual do  Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), incluem: dificuldades na  comunicação e interação social, presença de comportamentos repetitivos e estereotipados,  podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades. (3) 

O Brasil possui cerca de 2,4 milhões de pessoas diagnosticadas com Transtorno do  Espectro Autista, segundo o censo demográfico de 2022. A intervenção precoce viabilizada  pela teleavaliação, possibilita cuidados especializados e maximizam o potencial de crescimento  e desenvolvimento das crianças autistas, uma vez que a maior plasticidade do cérebro na fase  pré-escolar, aumenta a chance de alterar conectividades neurais e diminuir alguns sintomas  centrais do autismo, melhorando a comunicação social e comportamento cognitivo e adaptativo.  (25) Além disso, a telemedicina proporciona um melhor acesso a especialistas, melhorando o  processo de diagnóstico e promovendo cuidados de saúde mais solidários e inclusivos para as  famílias afetadas pelo autismo. (8) Evidências científicas mostram, que os cuidadores de  crianças com autismo podem aprender habilidades de cuidado, que promovem o  desenvolvimento e o bem-estar de seus filhos. O treinamento do cuidador em habilidades de comunicação, interação social dentre outras, é uma opção para reduzir a lacuna no tratamento  dessas crianças, (11) visto que, a maioria vive em países de média e baixa renda, onde a  disponibilidade de intervenções é extremamente limitada. (6) 

A telemedicina é uma atividade recente no Brasil, encontrando ainda alguma resistência  por parte dos profissionais, em especial médicos, que muitas vezes não vislumbram claramente  seus benefícios. (17) O objetivo desta revisão é, por meio de levantamento da literatura  disponível em bases de dados, avaliar o papel da telemedicina no cuidado de crianças portadoras  de TEA. 

2. METODOLOGIA  

O presente estudo é uma revisão integrativa da literatura acerca do uso da telemedicina na  abordagem de crianças autistas. Os seguintes descritores foram utilizados combinados com o  operador boleano AND: “telemedicine”, “child” e “autism”, nas bases de dados National  Library of Medicine (PubMed) e Literatura Latino-Americano e do Caribe em Ciências da  Saúde (LILACS). Após a busca, 175 artigos foram encontrados e, dentre esses, foram  selecionados artigos originais, revisões sistemáticas, séries de casos, ensaios clínicos  randomizados, estudos transversais, e estudos de coorte. Os títulos e resumos da pesquisa foram  examinados, e os textos completos de artigos relevantes foram revisados. As pesquisas foram  limitadas a artigos cujos textos estavam completos, de livre acesso, dentro do tema delimitado,  publicados em revistas indexadas, em inglês ou português, compreendendo o período entre  2018 e 2023, e com estudos aplicados em humanos. Foram excluídos artigos que não tinham  relação com o tema abordado, artigos publicados em outros idiomas que não os citados  anteriormente, artigos pagos, e estudos que não foram realizados com a espécie humana. 

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES  

A busca resultou em um total de 175 trabalhos. Foram encontrados 174 artigos na base  de dados do PubMed e 1 artigo no LILACS. Após a aplicação dos critérios de inclusão e  exclusão, os artigos foram reduzidos a 58, dos quais 30 foram eliminados após a leitura dos  resumos, por não estarem em conformidade com os objetivos desta pesquisa. Portanto, 28  artigos foram lidos na íntegra, 27 artigos da base de dados PubMed e 1 do LILACS, conforme apresentado na figura 1. Dos 28 estudos selecionados, 7 são séries de casos, 3 são ensaios  clínicos randomizados, 9 são estudos de coorte, 4 são estudos transversais, 5 são revisões de  literatura. Os estudos foram analisados e foi desenvolvida uma tabela comparativa formada por  autor, ano de publicação, tipo de estudo, indivíduos abordados, e um breve resumo da  conclusão. (tabela 1). 

Figura 1. Fluxograma de identificação e seleção dos artigos nas bases de dados PubMed e LILACS.

A maioria dos estudos incluídos na revisão (n=26) apontou benefícios do uso da  telemedicina como ferramenta diagnóstica ou terapêutica para crianças com transtorno do  espectro autista (TEA), destacando-se seu potencial para ampliar o acesso e possibilitar  intervenções precoces. Cinco trabalhos abordaram também a aceitação da modalidade por parte  de familiares e cuidadores, sugerindo boa receptividade. Um estudo descreveu a implementação  da ferramenta Blended E-health for children at early risk (BEAR), voltada à detecção e  intervenção precoce em crianças com alta probabilidade de TEA, contribuindo tanto para o  cuidado precoce quanto para a comunicação entre profissionais e famílias. 

Dois estudos apresentaram resultados divergentes quanto à faixa etária mais adequada  para avaliações virtuais: enquanto um observou melhores respostas em crianças mais jovens,  outro indicou maior precisão diagnóstica em crianças mais velhas. Ambos, no entanto,  apresentaram limitações metodológicas. 

Seis estudos mencionaram limitações ou aspectos negativos da telemedicina no contexto  do TEA, sendo que dois relataram apenas resultados desfavoráveis, como a escassez de  evidências empíricas de eficácia e desafios relacionados à equidade de acesso. Os demais  combinaram vantagens e desvantagens. Por fim, quatro estudos ressaltaram a necessidade de  pesquisas adicionais para avaliar de forma mais robusta a efetividade da telemedicina em  crianças com TEA.

Tabela 1. Caracterização dos artigos. Fonte: autores (2023)

Os estudos analisados nesta revisão demonstram um avanço significativo no uso da  telemedicina como estratégia complementar para o diagnóstico e o cuidado de crianças com  Transtorno do Espectro Autista (TEA). A pandemia de COVID-19 acelerou a implementação  desses serviços, permitindo que profissionais, cuidadores e crianças pudessem se adaptar  rapidamente às ferramentas digitais disponíveis (8, 9, 13). 

A maioria dos artigos incluídos nesta revisão identificou benefícios consistentes na  utilização da telemedicina para triagem, diagnóstico e intervenções terapêuticas. A telessaúde ampliou o acesso aos serviços  especializados, especialmente em áreas geográficas com cobertura limitada. (8, 24) Esses serviços mostraram-se eficazes para  intervenções como o treino funcional de comunicação e o treinamento parental (11, 16), com alta aceitabilidade por parte dos cuidadores. (11, 5, 16, 22) 

Entretanto, alguns autores apontam limitações importantes, como a escassez de  evidências empíricas robustas sobre a eficácia das intervenções híbridas, especialmente entre  adolescentes com TEA. Alguns estudos alertam para a necessidade de adaptação tecnológica  aos diferentes contextos socioeconômicos, a fim de garantir equidade no acesso e uso das  plataformas digitais. (10, 15) 

As divergências observadas entre os estudos de Holtman et al. e Phelps et al. quanto à  adequação etária das avaliações remotas, sugerem que ainda é necessário aprofundar o  entendimento sobre quais perfis clínicos se beneficiam mais do modelo virtual. Holtman et al.  observaram maior sucesso no diagnóstico em crianças mais velhas, enquanto Phelps et al.  relataram melhor desempenho de crianças mais jovens que já recebiam suporte educacional  específico. (12, 20) 

Algumas iniciativas específicas também merecem destaque, como o uso da ferramenta  BEAR, descrita por Snijder et al., que propõe uma abordagem precoce integrada entre  diagnóstico e intervenção. Iniciativas como essa demonstram o potencial da telemedicina não  apenas como substituto de atendimentos presenciais, mas como recurso autônomo e inovador  na construção de linhas de cuidado mais responsivas. (25) 

Por fim, embora os dados apontem para uma tendência favorável, ainda há lacunas importantes, especialmente no que tange à formação dos profissionais, às barreiras tecnológicas  e à padronização de protocolos diagnósticos (1, 7, 17). É fundamental que novas pesquisas  avancem na validação de instrumentos e na construção de evidências robustas que sustentem a  telemedicina como ferramenta integrada ao cuidado longitudinal de crianças com TEA. 

4. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS

A oferta de serviços de saúde à distância por meio de tecnologias de comunicação, tem  ganhado destaque como uma ferramenta potencialmente benéfica no apoio a crianças com  autismo, especialmente considerando as demandas específicas e os desafios que muitas famílias  enfrentam ao buscar assistência médica para seus filhos. A telemedicina oferece uma  oportunidade única de acessibilidade para famílias com crianças autistas, especialmente aquelas  que residem em áreas remotas ou com acesso limitado a especialistas. Ela permite que essas  famílias se conectem a profissionais especializados, independentemente da localização geográfica, reduzindo assim as barreiras de acesso aos cuidados médicos. No entanto, a presente  revisão nos leva a concluir que considerações importantes devem ser feitas acerca do tema,  como a acessibilidade e a familiaridade com a tecnologia necessária para a telemedicina, nem  todas as famílias têm acesso fácil, nem todas as crianças podem se adaptar facilmente a  interações remotas, especialmente aquelas com dificuldades significativas de comunicação ou  interação social, e a lacuna ainda existente na habilitação dos profissionais de saúde para o uso  dessa tecnologia. Em última análise, a telemedicina oferece uma janela de oportunidade para  transformar e aprimorar os cuidados de saúde para crianças autistas. Trazer o tema à luz da  comunidade científica permite ampliar o conhecimento e as reflexões quanto aos aspectos  técnicos, éticos e práticos envolvidos nesse cenário em evolução. 

REFERÊNCIAS

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