TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO (TICS) NO CENÁRIO EDUCACIONAL

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7747138


Tamirez Santana Muniz1
José Damião Trindade Rocha2


Resumo

Nota-se que cada vez mais a tecnologia em geral, está inserida na sociedade, neste sentido, torna-se necessário utilizá-la também no cenário educacional. Sendo assim, se faz necessário que gestores e coordenadores compreendam a importância e o impacto que as tecnologias de informação e comunicação (TICs) têm na educação e como elas irão transformar a aprendizagem. No cenário educacional, as TICs são recursos que precisam estar inseridos no cotidiano escolar como ferramenta de ensino e como instrumento de apoio às disciplinas, pois despertam o interesse nos alunos e estimulam o desenvolvimento tanto no processo de ensino, quanto no processo de aprendizagem. Nossa proposta metodológica fundamenta-se em aspectos correlacionados ao uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) no cenário educacional. Assim, nosso referencial teórico-metodológico está dividido da seguinte forma: Tecnologia: O que é? Qual sua origem – análise do conceito e história da tecnologia; Tecnologia Educacional – mostrando sua aplicabilidade nos ambientes educacionais facilitando o processo de ensino aprendizagem; Aplicativos e softwares educacionais para elaboração de plano de aulas com tecnologia – voltados para utilização de elementos lúdicos para facilitar o entendimento de conceitos, além de estimular e engajar os estudantes para a realização de tarefas. A proposta é detalhar como as TICs são utilizadas no processo de ensino-aprendizagem. A pesquisa foi desenvolvida no marco de um estudo descritivo com abordagem quali-quantitativa.

Palavras-chave: Tecnologias de informação e comunicação, educação tecnológica, qualidade de ensino.

1. Introdução 

É notável o deslumbramento do aluno pelas novas tecnologias, aproveite se então esse fato na reconquista da sua atenção e interesse, para a construção  de uma escola mais dinâmica e motivadora, não esquecendo que as TICs jamais  substituirão a leitura e a escrita tradicional, de certo modo até acentuam a sua  importância, já que sempre se lê e se escreve para encontrarmos algo no  computador. 

No início dos anos 90 quando se começou a popularização dos  computadores, as inovações vêm se tornando cada vez mais rápidas e  constantes na área da tecnologia educacional. Buscamos através desta  pesquisa, evidenciar a importância destes instrumentos no campo da educação,  apontando as possibilidades didáticas que foram criadas a partir destas  ferramentas mostrando também de que forma isto veio a contribuir no processo  de ensino-aprendizagem discutindo a metodologia do educador como facilitador  neste processo, uma vez que novas ferramentas demandam dos educadores um aprendizado específico nesta área.  

O educador precisa ter a capacidade de inovar em atividades didáticas  utilizando as TICs. A formação de um professor não se limita ao tempo em que  ele esteve na universidade, suas técnicas de ensino e seu conhecimento acerca  de sua metodologia de ensino devem estar sempre atualizados. Antigamente a  forma que o professor utilizava para expor seus conteúdos eram somente as  chamadas transparências e quadro negro, hoje já pode contar com  computadores, Datashow, lousas interativas entre outros recursos tecnológicos. 

Com o avanço tecnológico, novas alternativas para aulas expositivas surgiram. Antigamente, somente os cursos de graduação e pós-graduação  utilizavam os métodos didáticos de ensino a partir de vídeos aulas, aplicativos,  Lives e aulas remotas, atualmente os alunos da educação básica também tem  acesso a esses métodos, tal avanço possibilitou a disseminação do  conhecimento para indivíduos que antes não tinham acesso a um curso superior.  

Para que a informática tenha eficácia para o conhecimento, precisa-se da união entre o instrumento e o seu guia, que para tanto necessita de amadurecimento das possibilidades do trabalho com o computador, e ainda um questionamento de seu papel e dos currículos escolares, podendo assim atingir o grau de conhecimento buscado nas instituições de ensino. (REIS et al., 2012, p.2) 

2. Tecnologia: O que é? Qual sua origem? 

O termo tecnologia é bem abrangente, vai depender muito do foco ao qual  vamos analisá-la. Ao pé da letra, a palavra tecnologia tem origem no grego  “tekhne” que significa “técnica, arte, ofício” juntamente com o sufixo “logia” que  significa “estudo”.  

Fazendo um resgate histórico, notamos a tecnologia desde os primórdios  da humanidade, onde vemos que as tecnologias primitivas envolvem a  descoberta do fogo, a invenção da roda, a escrita, dentre outras. 

Então é somente a partir do século XVII com a Revolução Industrial e  século XX através da evolução das telecomunicações, que as tecnologias de  informação e comunicação ganham destaque, surgem os computadores, a  internet e outras tecnologias avançadas mais avançadas, que envolvem a  utilização de Biotecnologia, Energia Nuclear, Nanotecnologia, entre outras.  Atualmente, a alta tecnologia, ou seja, a tecnologia mais avançada é conhecida  como tecnologia de ponta. 

Estudiosos conceituam o termo tecnologia em diferentes linhas. Segundo  Longo (1984), “tecnologia é o conjunto de conhecimentos científicos ou  empíricos empregados na produção e comercialização de bens e serviços”. A  conceituação de Blaumer (1964) apud Fleury (1978) se concentra mais na  fabricação, ou seja, “se refere ao conjunto de objetos físicos e operações  técnicas (mecanizadas ou manuais) empregadas na transformação de produtos  em uma indústria”, similar à proposição de Abetti (1989) apud Steensma (1996),  que define tecnologia como “um corpo de conhecimentos, ferramentas e  técnicas, derivados da ciência e da experiência prática, que é usado no  desenvolvimento, projeto, produção, e aplicação de produtos, processos,  sistemas e serviços”. Já a conceituação utilizada por Kruglianskas (1996),  quando analisa a gestão da inovação tecnológica em pequenas e médias  empresas é mais ampla, ou seja, “tecnologia é o conjunto de conhecimentos  necessários para se conceber, produzir e distribuir bens e serviços de forma  competitiva”, o que engloba todos os conhecimentos relacionados às atividades  da empresa. 

Portanto, o conceito de tecnologia utilizado neste trabalho envolve todos  esses conceitos, embora na área específica da educação, onde a tecnologia 

educacional permite a inclusão de recursos tecnológicos nos processos  pedagógicos com o objetivo de inovar as práticas de ensino e aprendizagem das  instituições de ensino além de enriquecer a dinâmica de ensino-aprendizado nas  escolas tornando as aulas mais atraentes e prazerosas. 

3. Tecnologia Educacional (TE) 

MAZZI, 1986, p. 46 apud CROCHIK, ibidem, p. 111, “encara a tecnologia  educacional como uma utilização estratégica e consciente de princípios,  métodos e técnicas que possam contribuir para reorientação e melhoria do  ensino, dentro de uma perspectiva globalizante, histórica e crítica”. 

Sampaio e Leite também contribuem com o entendimento do conceito de  Tecnologia Educacional, quando afirmam que:  

Na medida que a TE constitui o estudo teórico-prático da utilização das tecnologias, objetivando o conhecimento, a análise e a utilização crítica destas tecnologias, ela serve de instrumento aos profissionais e pesquisadores para realizar um trabalho pedagógico de construção do conhecimento e de interpretação e aplicação das tecnologias presentes na sociedade (SAMPAIO e LEITE, 1999, p. 25).  

Nesse sentido, no contexto educacional, as tecnologias educacionais,  devem ser entendidas como ferramentas que ampliam as formas de ensinar e  aprender. Os educadores precisam construir propostas de trabalho utilizando os  recursos tecnológicos existentes para que a realidade do aluno seja  transformada. 

O objetivo da TE é trazer práticas inovadoras que facilitem e potencializem  o processo de ensino e aprendizagem. O uso da TE tem sido bastante discutido,  algumas críticas surgem ao seu respeito, principalmente em relação ao papel da  escola e do professor e à dificuldade de acesso à tecnologia, principalmente nas  escolas da rede pública e entre estudantes com baixa renda. 

Ao contrário do que se pensam em relação ao uso das TIC’s no meio  educacional, seu foco principal não está sobre os dispositivos tecnológicos, ou  seja, a escola não precisa, obrigatoriamente, contar com os equipamentos mais  modernos para trabalhar a TE, mas sim sobre as práticas que o seu uso possibilita. Precisa-se ter bem definida a finalidade do uso da tecnologia em sala  de aula. 

Nesse momento o professor tem um papel fundamental, pois o mesmo  que irá definir o emprego da Tecnologia Educacional dentro do ambiente escolar,  apontando quais são os recursos e ferramentas mais adequados para a  realidade de seus alunos, e também a melhor forma de os utilizar em suas  práticas pedagógicas.  

As Diretrizes Curriculares da Educação Básica apontam sobre o uso da  tecnologia na abordagem dos conteúdos disciplinares. De acordo com o texto da  Diretriz de Matemática “O trabalho com as mídias tecnológicas insere diversas  formas de ensinar e aprender, e valoriza o processo de produção de  conhecimentos” (PARANÁ, 2008, p. 66).  

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) nos deixa claro sobre a  necessidade de trazer a tecnologia para dentro da realidade das escolas.  Segundo a BNCC, os estudantes devem desenvolver ao longo da Educação  Básica a competência para: Compreender e utilizar tecnologias digitais de  informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas  diversas práticas sociais (incluindo as escolares), para se comunicar por meio  das diferentes linguagens e mídias, produzir conhecimentos, resolver problemas  e desenvolver projetos autorais e coletivos. 

Kenski nos afirma que: 

As TIC e o ciberespaço, como um novo espaço pedagógico, oferecem grandes possibilidades e desafios para a atividade cognitiva, afetiva e social dos alunos e professores de todos os níveis de ensino, do jardim de infância à universidade. Para que isso se concretize, é preciso olhá-los de uma nova perspectiva. Até aqui, os computadores e a internet têm sido vistos, sobretudo, como fontes e informação e como ferramentas de transformação dessa informação. Mais do que caráter instrumental e restrito do uso das tecnologias para a realização de tarefas em sala de aula, é chegada a hora de alargar os horizontes da escola e de seus participantes, ou seja, de todos. (Kenski 2011, p.66-67)  

Quando o educador faz o uso dos recursos tecnológicos, em função da  aprendizagem, ele precisa levar em consideração como esse aluno aprende.  “[…] Enquanto a informação não fizer parte do contexto pessoal-intelectual e emocional, não se tornará verdadeiramente significativo, não será aprendida  verdadeiramente”. (MORAN, 2012, p.30)  

3.1 Por que utilizar a Tecnologia Educacional 

Atualmente, todas as áreas da sociedade têm experimentado de alguma  forma algo relacionado à evolução tecnológica. Compreendemos que em toda  evolução ocorrem mudanças sejam na parte de comunicação, ou nas relações  sociais e no campo do processo de ensino e aprendizagem não é diferente. Mas,  como sabemos, a utilização da Tecnologia Educacional nem sempre é bem vista  – inclusive pelos próprios educadores. Essa resistência talvez esteja ligada à falta de conhecimento por parte dos professores sobre as diferentes  possibilidades que ela oferece à educação. 

Abaixo está apontado apenas alguns dos motivos para se utilizar a  Tecnologia Educacional dentro do ambiente escolar: 

• Aproximar o diálogo entre professor e aluno; 

• Facilitar a comunicação escola – aluno – família; 

• Melhorar o desempenho dos estudantes; 

• Automatizar processos de gestão escolar; 

• Estimular a troca de experiências; 

• Ampliar o acesso à informação; 

• Possibilitar novas formas de interação. 

Vieira Pinto afirma que “A função da tecnologia coincide com a promoção  da liberdade pelas perspectivas que abre ao homem para refletir sobre si, seus  problemas e exigências” (PINTO, 2005, p. 792). Considerando tal ideia, pode-se  dizer que os recursos tecnológicos contribuem no processo pedagógico, onde o  aluno tem a possibilidade de apropriar-se de mais informações tendo a  possibilidade de adquirir novos conhecimentos até então inacessíveis diante dos  poucos recursos oferecidos pela escola.  

3.2 Como utilizar a Tecnologia Educacional 

Para se inserir a tecnologias no trabalho pedagógico, é necessário  planejamento. A escolha e a forma de como se utilizará esses recursos  tecnológicos, refletirá diretamente sobre a concepção de ensino e educação do 

professor. Para Vieira Pinto “A escolha das técnicas a utilizar e o sentido que  lhes dará dependerá da atitude de cada um, no cultivo de finalidades  verdadeiramente humanas, no esforço pela eliminação das circunstâncias  naturais e sociais nocivas” (PINTO, 2005, p.746). Atualmente, o uso das mídias,  podem proporcionar uma educação articulada com os avanços do mundo  moderno, e se, analisadas pedagogicamente pelo olhar do professor, contribuem  de forma positiva para o processo de ensino e aprendizagem.  

As tecnologias mais comuns disponíveis, na escola são a TV Multimídia,  o pendrive e o laboratório de informática com acesso a Internet, o uso do  computador se mostra como um dos maiores desafios para um grande número  de educadores, porque além de se precisar ter um conhecimento técnico, o  educador precisa torná- lo uma ferramenta para uso com fim pedagógico. Para  Teruya “O computador passa a ser considerado uma ferramenta educacional,  não mais um instrumento de memorização, mas um instrumento de mediação na  construção do conhecimento” (TERUYA, 2006, p. 74).  

Com isso, seu uso deve permitir a criação de ambientes de aprendizagem  com novas possibilidades para pensar e aprender e “é considerado um recurso  que facilita a aprendizagem mas exige dos docentes uma fundamentação teórica  e metodologia para trabalhar no ambiente informatizado” (ibidem, p. 91).  

Apontamos também outras maneiras as quais a Tecnologia Educacional  podem estar presentes na educação, como por exemplo: 

• Em softwares, como os aplicativos, os jogos e os livros digitais; • Em gadgets (dispositivos), como a lousa digital, os tablets e as mesas  educacionais; 

• e em outras soluções educacionais, como a realidade aumentada, os  ambientes virtuais de aprendizagem e as plataformas de vídeo. 

3.3 Possibilidades do uso da Tecnologia Educacional 

Muitas práticas e iniciativas educacionais tornaram-se realidade com o  uso da Tecnologia Educacional. A seguir, vamos explicar um pouco sobre as  possibilidades do uso da TE e as diferentes formas de como ela vem contribuindo  e transformando de forma significativa a educação.

3.3.1 Sala de aula invertida 

Na sala de aula invertida, o aluno traz para o ambiente educacional  durante suas aulas, seu conhecimento prévio acerca do tema que será estudado,  adquirido a partir de textos, vídeos, jogos e outros formatos de conteúdo  recomendados pelo professor. A construção deste conhecimento, no entanto,  acontece em conjunto com o professor e demais colegas, na sala de aula.  

O principal objetivo da sala de aula invertida, é colocar o estudante no  papel de protagonista de seu processo de aprendizagem e da sua própria  evolução, incluindo também os outros membros do seu núcleo familiar. 

Figura 1 – Sala de Aula Invertida

 3.3.2 Gamificação

A gamificação nada mais é do utilizar elementos de jogos digitais em  contextos que diferem da sua proposta original trazendo para o campo  educacional. A principal vantagem apontada pelos profissionais da educação no  uso da gamificação é o aumento no interesse, na atenção e no engajamento dos  alunos com o conteúdo e as práticas propostas. 

Segundo Burke (2015),  

A gameficação pode ser usada para desenvolver habilidades, alterar comportamentos e aprimorar a vida das pessoas. Pode também ser entendida como o uso de design de experiências digitais e mecânicas de jogos para motivar e engajar as pessoas para que elas atinjam seuobjetivo”. (BURKE, 2015, s.p.)  

Na educação, observa-se como potencial da gamificação a forma como a  mesma desperta o interesse, aumenta a participação, desenvolve a criatividade  e autonomia, promove diálogo e faz com que os participantes desenvolvam a  capacidade de resolver situações-problema. Os jogos prontos são uma das  possibilidades quando o educador resolve utilizar a gamificação, porém os  alunos também podem criar seus próprios jogos, sempre com cunho  pedagógico. 

Figura 2 – Gamificação

3.3.3 Microlearning 

A expressão microlearning, consiste na fragmentação de conteúdo  educacional para que este seja melhor assimilado pelos alunos, é uma  abordagem de ensino que transmite pequenas doses de conhecimento em um  curto espaço de tempo, seu objetivo é fragmentar um conteúdo complexo em  várias partes e compartilhá-lo com o apoio de recursos multimídias aos  estudantes. 

Podemos afirmar que o meio digital favorece este tipo de interação, por  meio de vídeos, jogos, animações, apresentações interativas, este conteúdo  aparece em nosso dia a dia de forma fragmentada, em vídeos e mensagens  breves.  

3.3.4 Personalização do ensino 

A personalização do ensino, está ligado a um levantamento que o  professor faz da sua turma relacionado ao desempenho de aprendizagem dos alunos, esse levantamento é beneficiado pelo uso da TE pois possibilita a  geração de dados pois simplifica a aferição do desempenho e dos resultados de  avaliações objetivas. 

A partir desses dados, é possível criar modelos de ensino personalizados,  que estimulam a aprendizagem de cada estudante. Assim, o professor tem uma noção mais  real da turma e pode agir individualmente e de forma personalizada sobre os  pontos específicos e de maior dificuldade de cada estudante. 

3.3.5 Ensino híbrido 

O ensino híbrido, é a prática de combinar o estudo on e offline, o aluno  realiza parte de seus estudos no ambiente escolar e parte a distância, este tipo  de ensino, é uma grande tendência que a Tecnologia Educacional possibilita. Ela  proporciona maior autonomia aos estudantes, pois possibilita que os mesmos  organizem seus próprios roteiros de estudo, desenvolvam projetos ou atividades.  Também é uma prática que incentiva e facilita que o aluno desenvolva o hábito  do estudo diário, fora do ambiente escolar. 

Figura 3 – Ensino Híbrido 

3.4 A inserção da tecnologia educacional na Escola 

Atualmente, as escolas encontram diversos obstáculos na hora de  implementar a Tecnologia Educacional em seu dia a dia. Essas instituições  educacionais, precisam de um suporte pedagógico para desenvolver as suas  atividades.

Algumas medidas se tornam indispensáveis para que as tecnologias  educacionais possam ser inseridas de maneira eficaz nas escolas.  Primeiramente deve-se fazer um diagnóstico para que se possa entender a  realidade da comunidade escolar, alunos e professores, se fazem o uso de  dispositivos eletrônicos, redes sociais, quais sites mais utilizam. Essa espécie de  anamnese irá ajudar a escola estabelecer uma conexão efetiva com seu público  e propor o uso pedagógico para a Tecnologia Educacional. 

Depois de feito o diagnóstico, a possibilidade de uso da TE, deve estar  previsto dentro do Projeto Político Pedagógico e em outros documentos  normativos da escola. É importante e se faz necessário relacionar todo  equipamento que a escola possui para o uso da tecnologia, a partir daí, pode-se  desenvolver planos sobre as práticas a serem adotadas, com isso, fica mais fácil  saber o que é preciso melhorar e o investimento que pode ser feito com esta  finalidade. 

Um outro passo importante para a implantação da TE, na escola, é a  capacitação dos professores, pois não adianta ter equipamentos e a equipe não  ser capacitada para trabalhar e extrair desses equipamentos as melhores  práticas pedagógicas. Daí a importância da formação ou capacitação dos  educadores para se trabalhar com tecnologias no ambiente educacional.  

Vale ressaltar que a partir do momento em que os professores identificam  uma prática ou rotina que pode ser inovada com o uso da tecnologia, eles  precisam também pensar na atualização dos planos de aula que irão nortear  essas práticas. 

As ferramentas digitais devem ser utilizadas como aliadas no processo de  ensino aprendizagem, tal fato, já passou da fase de tendência e adentrou o  campo da necessidade, já que cada vez mais a tecnologia faz parte das tarefas  mais simples do dia a dia. 

Contudo, muitas escolas ainda encontram dificuldades em relação à  maneira de implementar a tecnologia e, mais ainda, que tipo de tecnologia é  realmente efetiva e relevante para esse processo. Como solução, alguns  sistemas de ensino, principalmente da rede particular, oferecem facilidades que  servem de apoio para a escola, principalmente na implantação dessas novas  ferramentas, e de suporte no decorrer de sua utilização.

4. Tecnologias Disruptivas 

Entende-se por Tecnologias Disruptivas a chamada inovação  tecnológica de produtos ou serviços, em que as características quebram os  padrões já estabelecidos de tecnologia existentes no mercado. 

O termo disruptivo vem representando a interrupção do que é dito normal  de um processo, pois altera o seu plano ao propor algo novo, com o objetivo  de aperfeiçoar e substituir o que já existe. 

A seguir, daremos alguns exemplos de tecnologias disruptivas: 

4.1 Cloud Computing 

Consiste em uma tecnologia que permite o uso remoto de recursos da  computação por meio da conectividade com a internet, podemos dizer que é uma  espécie de computação em nuvem que nos possibilita hospedar vários recursos,  programas e informações. 

Tudo fica arquivado em um servidor da internet, de modo que o usuário  não precisa de um computador ou servidor local. Além disso, não é necessário  instalar softwares ou realizar downloads para acessá-lo, diferentemente do  modelo tradicional de computação. 

Figura 4 – Cloud Computing

 

Fonte: https://www.ohub.com.br/ideias/wpcontent/uploads/2019/04/beneficios-cloudcomputing.png 

4.2 Internet das Coisas 

A Internet das Coisas é uma extensão da internet atual que possibilita  que as coisas tenham capacidade computacional e de comunicação, por meio  da conexão com a internet, consiste em um conceito que se refere  à interconexão digital de objetos cotidianos com a internet, permitindo a  reunião e a transmissão de dados para otimizar os processos.  

Tal funcionalidade, atua como uma rede de monitoramento das coisas, na  qual a tecnologia disruptiva mistura conectividade e inteligência à infraestrutura  física, ou seja, todas as coisas passam a estar conectadas à internet. Ela  permite coletar informações, compartilhar banco de dados diferentes e gerar  avanços significativos no sistema produtivo ao qual é empregada. 

4.3 Blockchain 

Consiste em uma cadeia de blocos que registra e compartilha informações  permitindo transações financeiras seguras pela internet a partir da criptografia,  de modo que somente quem faz parte do sistema consegue acesso a esses  dados. 

Trata-se de uma rede descentralizada e criptografada que certifica e  guarda todas as informações de transações entre as pessoas de forma inflexível,  é como um livro contábil compartilhado e colaborativo. 

A área educacional pode aproveitar essa tecnologia de diversas formas, pois é capaz de oferecer funcionalidades para as instituições e para os alunos.  O uso dessa tecnologia permite que diplomas e certificados sejam emitidos e  validados por meio da internet, sem restrições geográficas ou a necessidade de  um documento físico. 

4.4 Machine Learning 

O conceito de machine learning ou traduzindo “aprendizado de  máquina”, está associado à inteligência artificial, trata-se de um sistema que  pode modificar seu comportamento de maneira autônoma tendo como base a  sua própria experiência. 

Tal tecnologia permite que computadores aprendam com as respostas  dos usuários, por meio de associações de dados, imagens ou números.

Essa tecnologia capta padrões nos dados analisados e os replica para  estabelecer regras lógicas e aplicar na melhoria de desempenho de uma tarefa  ou na tomada de decisão diante de um problema. 

4.5 Experiências imersivas 

Consiste em qualquer ação que ofereça uma experiência real por meio de  recursos digitais, o que permite uma interação entre o usuário do serviço e o  dispositivo tecnológico. 

Exemplos de experiências imersivas: 

Realidade virtual: a partir de efeitos visuais e sonoros, o usuário se sente  parte daquela realidade, mas em um ambiente simulado virtualmente, no  qual pode realizar diversas tarefas; 

Realidade aumentada: é a integração de elementos ou informações  virtuais com elementos reais através de uma câmera, o que possibilita ao  usuário que entre em contato com realidades diversas da sua, em um  espaço de imersão no qual realiza diversas tarefas; 

Projeção: projeção de imagens, vídeos e sons virtuais que permitem uma  experiência imersiva em uma realidade simulada. 

5. Educação Disruptiva 

Colocamos que a Educação Disruptiva veio para transformar o modelo  educativo tradicional otimizando o processo de ensino e aprendizagem  trazendo inovação e soluções para as práticas pedagógicas

Tal modelo educacional surgiu com a proposta de aperfeiçoar o que já  existe para se adequar ao mundo moderno. Nesse sentido, as tecnologias  disruptivas são aplicadas na educação para promover essas mudanças. 

Através da tecnologia podemos simplificar as atividades escolares e  torná-las mais acessíveis, pois amplia a conexão e a interação entre professores  e alunos e os objetos de conhecimento. Dessa forma, é possível promover o  desenvolvimento das habilidades necessárias para a sociedade atual. 

Destacamos como principais características da educação disruptiva a  multidisciplinaridade, a colaboração, a flexibilidade, a horizontalidade, a inclusão,  a praticidade, a cultura digital a democratização, entre outros.

O novo modelo de educação com aplicação da disrupção é baseado em  três conceitos distintos: andragogia, lifelong learning e heutagogia. A andragogia refere-se à educação voltada para o adulto, ou seja, é uma  prática educativa que orienta esse público a aprender, sendo contrária à  pedagogia, cujo foco é ensinar crianças. 

O lifelong learning significa uma educação ao longo da vida, isto é,  contrária à ideia de conclusão dos estudos. Ele se refere a uma formação  continuada ou aprendizagem contínua, que convida as pessoas a gostar de  aprender e a buscar conhecimento como um estilo de vida. 

Já a heutagogia é uma educação autodidata, nesse modelo o aluno é o  ator principal, pois é responsável pela aquisição de conhecimento. Dessa forma,  ele é quem define o que deseja aprender e como fazer. Esse é um conceito que  está associado ao autodesenvolvimento. 

Colocamos a tecnologia como grande aliada da educação disruptiva, pois  inova as práticas pedagógicas oferecendo novas possibilidades para o processo  de ensino e aprendizagem tornando assim o ambiente educacional mais  atraente. 

5.1 Vantagens do uso da Tecnologias Disruptivas na Educação 

O uso da tecnologia disruptiva no cenário educacional oferece aos alunos  experiências mais próximas à sua realidade além de adequar as propostas da  sociedade moderna, além disso, apontamos algumas outras vantagens que  podem ser encontradas na educação disruptiva, como: 

5.1.2 Promoção da cultura digital 

Segundo a BNCC: 

Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. (BNCC, 2018).

Desta forma, utilizar a tecnologia como ferramenta pedagógica favorece  a aprendizagem e promove a cultura digital, que é uma das competências que  os alunos precisam desenvolver.  

5.1.3 Estímulo às habilidades do futuro 

O modelo de educação ligada à tecnologia de informação e comunicação  além de promoverem o desenvolvimento de habilidades essenciais para o  mercado de trabalho, promovem também o desenvolvimento para a vida pessoal  e social do indivíduo. 

Dentre as principais habilidades desenvolvidas, pode-se citar o  pensamento crítico, a aprendizagem ativa, a inteligência emocional, a  flexibilidade cognitiva, a resolução de problemas e o trabalho em equipe. 

5.1.4 Maior inclusão 

Devido às diversas possibilidades oferecidas pela educação disruptiva,  esse modelo amplia o acesso à educação, pois permite adaptar as práticas  pedagógicas às demandas específicas de cada aluno, promovendo dessa forma,  a igualdade na aprendizagem e também a diversidade no ambiente escolar já  que oferece um ensino personalizado e que respeita as necessidades e a  diversidade dos alunos na forma de aprender. 

5.1.5 Otimização da rotina 

Auxilia na otimização da rotina escolar, já que as ferramentas tecnológicas  ajudam a automatizar algumas tarefas da escola, melhorando a comunicação, o gerenciamento de informações, a produção de provas e outros materiais, além  da produção de documentos, relatórios e diagnósticos de aprendizagem. 

5.1.6 Promoção de experiências práticas 

O casamento entre o modelo de educação disruptiva e a tecnologia,  estimulam as atividades práticas aliando a teoria e a prática com o seu modo  eficaz de incentivar o engajamento dos alunos.

O novo modelo desperta a autonomia e o protagonismo dos estudantes,  pois tem como objetivo incentivá-los na realização das atividades e no  desenvolvimento de habilidades. 

6. Elaboração de plano de aulas com tecnologia 

Atualmente vivemos em constante processo de modernização em todas  as áreas de nossa vida. As ferramentas e práticas educacionais vão ganhando  novos aliados, profissionais da educação em todo o mundo trabalham por uma  transformação cada vez mais efetiva investindo cada vez mais no processo de  ensino e aprendizagem.  

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), vem nos mostrando sobre  a real necessidade de trazer a tecnologia para dentro da realidade do ambiente  escolar. Segundo a BNCC, os estudantes devem desenvolver ao longo da  Educação Básica a competência para: Compreender e utilizar tecnologias  digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e  ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares), para se comunicar  por meio das diferentes linguagens e mídias, produzir conhecimentos, resolver  problemas e desenvolver projetos autorais e coletivos. 

Hoje em dia, a criança tem acesso a aparelhos tecnológicos e navegam  em ambientes virtuais, desde a primeira infância, então quando chegam na  escola, nada disso é novo para eles. O papel do professor dentro da escola, é  orientar e incentivar esses alunos sobre a interação nesses espaços virtuais,  trabalhando com um cunho pedagógico, mostrando a esses estudantes que a  tecnologia tem muito a acrescentar à prática pedagógica.  

A fim de incentivar os alunos a utilizarem as TIC’s com um fim pedagógico,  os professores podem criar grupos e comunidades nas redes sociais e fóruns de  discussão com temáticas específicas relacionadas ao conteúdo que está sendo  estudado.  

A grande maioria dos materiais didáticos já possuem uma versão digital  que pode ser utilizada como recurso pedagógico. Os professores, podem utilizar  também em suas aulas, os portais de notícias online, ebooks, PDFs interativos,  entre outros materiais digitais.

Vimos que a tecnologia está presente ao longo de todo o texto da BNCC,  ela aparece na leitura, interpretação e produção dos novos gêneros digitais,  como Blogs, Tweets, Mensagens instantâneas, Memes, GIFs, Vlogs, Fanfics,  Entre vários outros. 

A BNCC sugere que o trabalho com esses gêneros pode ser explorado  em diferentes áreas do conhecimento, valorizando também o trabalho  interdisciplinar. 

Uma maneira simples de fazer com que os estudantes participem e  interajam com os planos de aula das disciplinas é torná-los parte da construção  do conhecimento, mobilizando-os para a criação de um blog para a turma  estimulando assim a interação por meio dos comentários, organizando e  deixando disponível para consulta um banco de textos e artigos com as  produções dos próprios alunos e desenvolvendo projetos interdisciplinares, envolvendo toda comunidade escolar. 

Existem diversas ferramentas disponíveis para criação de ambiente  interativo com o aluno. É importante adicionar recursos tecnológicos ao plano de aula, o uso de materiais em diferentes formatos como apresentações em slides, vídeos, mapas mentais, entre outros, colaboram para chamar a atenção da  turma.  

Algumas ferramentas que apresentam essas funcionalidades são o  YouTube para edição e compartilhamento de vídeos, o Google Slides e o  Prezi para apresentação de slides e construção de mapas mentais, o Powtoon para construção de vídeos e animações – em inglês, o Google Docs, que é uma ferramenta gratuita, que permite construir textos de maneira colaborativa,  editando, adicionando comentários e enviando feedback em tempo real, entre  outros.  

O quadro a seguir vem mostrando algumas ideias sobre o que inserir e  como utilizar componentes tecnológicos em planos de aula:

O desafio do professor atualmente, é pensar novas formas de utilização das TICs a favor da educação, procurando manter-se atualizado sobre as tendências em tecnologia educacional e trocando experiências com outros profissionais sobre novas práticas, soluções e ferramentas que estão surgindo a cada dia. 

7. Conclusão  

Precisamos ter em mente que, apesar dos notórios benefícios do uso da tecnologia na educação, sua implementação traz consigo inúmeros desafios sobre como se trabalhar de forma pedagógica e efetiva com essas tecnologias, desenvolvendo habilidades cognitivas mais complexas, exigindo assim os estudantes colaboram e interagem na produção do seu próprio  conhecimento. 

As TICs conquistaram seu espaço nesse cenário educacional e estão  cada vez mais sendo utilizadas pelo fato de auxiliarem no processo de interação  entre professores, alunos e colegas nas salas de aula. Nota-se que as crianças  de hoje em dia já nascem com essas novas tecnologias presentes em sua vida,  o que ajuda também na assimilação rápida das vivências do cotidiano, por isso,  o uso dessas tecnologias vem cada vez mais crescendo e simplificando. 

Por meio do uso das TICs no ambiente educacional, os professores  podem aproximar os conteúdos estudados em sala de aula com a vida cotidiana  do aluno, tornando a escola um ambiente mais atraente com vários tipos de  fontes de informação e comunicação na produção e no aprendizado dos alunos. 

No cenário educacional, as TICs são recursos que precisam estar  inseridos no cotidiano escolar como ferramenta de ensino e como instrumento  de apoio às disciplinas, pois despertam o interesse nos alunos e estimulam o  desenvolvimento tanto no processo de ensino, quanto no processo de  aprendizagem. 

É notório como as TICs multiplicaram as possibilidades de pesquisa e  informação para os alunos, que abastecidos dessas novas ferramentas tornam  a aprendizagem ativa e passam a protagonizar o processo de aprendizagem. 

Precisamos estar cientes de que, o desenvolvimento das novas  tecnologias não diminui o papel dos professores, e isso tem sido preocupação  por parte de alguns, com a inserção das TICs em suas aulas, esses educadores  devem ensinar os alunos a avaliarem e gerirem a informação e sendo assim, os  docentes passam a ser além de organizadores do saber, também fornecedores  de meios e recursos de aprendizagem e provocadores do diálogo, da reflexão e  da participação crítica desses alunos. 

Temos que ter a consciência de que quando as TICs são integradas  corretamente ao contexto pedagógico, os alunos se tornam mais motivados e  engajados. Além disso, as TICs colaboram com a gestão educacional para  melhorar a qualidade do ensino. 

Contudo, não basta somente implementar a tecnologia em sala de aula,  é preciso preparar a instituição de ensino para o uso dessas ferramentas  digitais, é fundamental que toda a equipe escolar esteja aberta e seja flexível para receber as novas tecnologias. Além disso, é fundamental que as  instituições de ensino, invistam na capacitação de toda equipe escolar sobre a  correta utilização dessas ferramentas tecnológicas para fins educacionais, para  assim, os docentes conseguirem manter o aluno envolvido nos trabalhos  desenvolvidos, evitando distrações contribuindo de forma eficaz para a  aprendizagem. 

A equipe escolar deve elaborar critérios para a utilização das  ferramentas tecnológicas e para as atividades avaliativas. 

Nesse contexto, a fim de identificar como alguns professores de escolas  públicas e particulares do Município de Conceição do Araguaia – PA utilizam as  Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) no processo ensino  aprendizagem é que a presente pesquisa foi desenvolvida. 

8. Referências  

• BACICH, Lilian. Ensino híbrido: esclarecendo conceitos. Inovação na  educação. São Paulo, 13 de setembro de 2020. Disponível  em: https://lilianbacich.com/2020/09/13/ensino-hibrido-esclarecendo-o conceito/ 

• CROCHIK, José Leon. O computador no ensino e a limitação da  consciência. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1998.  

• FLEURY, A. C. C. Organização do trabalho industrial: um confronto entre  teoria e realidade. São Paulo, 1978. Tese (Doutorado), Escola Politécnica,  Universidade de São Paulo. 

• KENSKI, Vani Moreira. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação.  8. ed. Campinas: Papirus, 2011.  

• KRUGLIANSKAS, I. Tornando a pequena e média empresa competitiva São  Paulo : Instituto de Estudos Gerenciais e Editora, 1996. 

• LAKATOS, Eva Maria, MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos  de metodologiacientífica. 3.ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 1991. • LONGO, W. P. Tecnologia e soberania nacional São Paulo : Ed. Nobel,  1984. 

• MARCONI, Marina de Andrade, LAKATOS, Eva Maria.Técnicas de pesquisa:  planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa,  elaboração, análise e interpretação de dados. 4. ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas,  1999. 

• MORAN, J.M; MASETTO, M.T.; BEHREENS, M.A. Novas tecnologias e  mediação pedagógica. 19.ed. Campinas, São Paulo: Papirus, 2012. 

• PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação  Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Matemática.  Curitiba: SEED/DEB, 2008.  

• PINTO, Álvaro Vieira. O conceito de tecnologia. Rio de Janeiro:  Contraponto, 2005, 1v.  

• REIS , Simone Rocha, SANTOS, Felipe Alan Souza, TAVARES, Jorge Alberto  Vieira . O Uso das TICs em Sala de Aula: Uma Reflexão Sobre o seu Uso  no Colégio Vinícios de Morais / São Cristóvão/ Edição Internacional, 2012,  Educação e Comunicação.  

• SAMPAIO, Marisa Narcizo e LEITE, Lígia Silva. Alfabetização Tecnológica  do Professor. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999.  

• STEENSMA, H. K. Acquiring technological competencies through inter organizational collaboration: an organizational learning perspective. Journal of  Engineering and Technology Management, v. 12, p. 267-86, 1996. 

• TERUYA, Teresa Kazuko. Trabalho e educação na era midiática: um  estudo sobre o mundo do trabalho na era da mídia e seus reflexos na  educação. Maringá, PR: Eduem, 2006. 


1tamirez.muniz@mail.uft.edu.br. Graduada em Educação Física. Mestranda em Educação – UFT. 
2damiao@uft.edu.br Pós-Doc. professor associado Pedagogia. Docente PPGE/UFT e  PGEDA/UFPA/UFT, Coordenador do PPPGE/UFT. Sócio Anped GT12 – Currículo, ABdC,  ABETH. Líder Grupo CNPq Gepce/Minorias http://lattes.cnpq.br/9799856875780031  https://orcid.org/0000-0002-5788-7517