TECENDO E VALORIZANDO PRÁTICAS DOCENTES NO DIA A DIA ESCOLAR: COMPARTILHAR PARA APOIAR E VALORIZAR A PRÁTICA EM SERVIÇO DOS PROFESSORES DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202506091723


Elaine Samara Pereira Fibla


RESUMO                                                                                                                          

Investir na formação do professor é investir em aprendizagem significativa. Planejar programa de formação continuada em serviço, que venha de encontro às necessidades educacionais focais, além de contribuir com melhoria da prática pedagógica, garante que o ensino aconteça de maneira personalizada, respeitando o contexto de cada comunidade escolar e local. A formação continuada em serviço é um momento de interação entre o corpo docente, que contribui com o desenvolvimento de aspectos importantes, como a responsabilidade pela aprendizagem de todos os estudantes da instituição da qual faz parte. A partir dessa formação a aprendizagem se constrói de maneira coletiva, em que cada um, assume-se pertencente desse processo e os estudantes tornam responsabilidade de toda equipe escolar, seja ela pedagógica, administrativa e/ou de apoio. Os anos iniciais do Ensino Fundamental exigem atenção para aspectos que vão além da alfabetização, por isso, sua complexidade e importância como base para os demais anos de escolaridade da Educação Básica. O professor que assume tal seguimento deve ter muito bem desenvolvido dentro de si, concepções sobre a aprendizagem e como ocorre o processo de ensino, além de saber utilizar-se da autogestão durante suas aulas, procurando mediar seus estudantes para o desenvolvimento de habilidades e competências, relacionando-as ao cotidiano dos mesmos. A metodologia que se apresenta neste Projeto Final é a de pesquisa para a concepção de um programa de intervenção para professores que atuam nos primeiros anos do Ensino Fundamental, numa rede municipal de ensino, situada na região metropolitana do estado de São Paulo, Brasil. Dentro desse programa, serão considerados aspectos sobre a formação inicial (acadêmica), formação continuada em serviço, valorização da prática pedagógica e uso de ferramentas digitais para compartilhamento da prática em serviço.

Palavras-chave: Formação continuada, valorização da prática pedagógica, uso de ferramentas digitais.

ABSTRACT

Investing in teacher training is investing in meaningful learning. Planning a continuing in- service training program that meets the focal educational needs, in addition to contributing to the improvement of pedagogical practice, ensures that teaching takes place in a personalized way, respecting the context of each school and local community. Continuing in-service training is a moment of interaction between the teaching staff, which contributes to the development of important aspects, such as responsibility for the learning of all students at the institution of which they are part. From this training, learning is constructed collectively, in which each person assumes that they belong to this process and students become the responsibility of the entire school team, be it pedagogical, administrative and/or support. The initial years of Elementary Education require attention to aspects that go beyond literacy, hence its complexity and importance as a basis for the other years of Basic Education. The teacher who assumes this role must have very well developed concepts about learning and how the teaching process occurs, in addition to knowing how to use self- management during his classes, seeking to mediate his students in the development of skills and competencies. , relating them to their daily lives. The methodology presented in this Final Project is research to design an intervention program for teachers who work in the first years of Elementary School, in a municipal education network, located in the metropolitan region of the state of São Paulo Brazil. Within this program, aspects of initial (academic) training, continuing in-service training, appreciation of pedagogical practice and the use of digital tools to share in-service practice will be considered.

Keywords: Continuing training, appreciation of pedagogical practice, use of digital tools.

1. INTRODUÇÃO

Entendendo a Escola como principal local de atuação do professor, é lá que deve ser garantida a formação continuada em serviço, através da autorreflexão, do compartilhamento de ideias e da interação entre os pares, fazendo uso de ferramentas digitais.

Nóvoa (2014) defende que as formações docentes garantam espaços e tempos para um trabalho de autoconhecimento, de autorreflexão, de maneira que os professores partam de suas histórias pessoais, de vida, de sua subjetividade para então formatar a sua identidade profissional e que o conhecimento é construído dentro da profissão, a partir de problemas reais. Nesse sentido, a formação em serviço é um momento de valorizar e sistematizar o conhecimento.

De acordo com a Base Nacional para a Formação de Professores, são pontos importantes para a formação de um educador: Conhecimento: domínio dos conteúdos ensinados. Prática: gestão da aprendizagem. Engajamento: interação e compromisso quanto ao trabalho como educador.

Garantir uma boa formação é garantir uma boa aprendizagem para os estudantes. Um professor seguro de suas práticas pedagógicas garante que o processo de ensino e aprendizagem aconteça de maneira significativa e com qualidade. Compartilhar práticas exitosas, analisar bons modelos pedagógicos, estabelecer parcerias com os pares no dia a dia escolar – professor apoiando professor, fazendo uso de ferramentas digitais, são estratégias que garantem uma boa formação em serviço, partindo do contexto escolar em que atuam os professores.

Muitos professores entram para a área da Educação apenas com a formação inicial, porém é somente a partir das próprias experiências que começam a entender mais sobre o processo de ensino e aprendizagem. Tais experiências, são os maiores desafios no início da carreira de qualquer professor, em que além de ensinar precisa antes entender para aprender.

Ao contrário do que já foi colocado aqui, muitos professores, mesmo com uma única formação inicial, chegam às escolas com concepções já definidas e apresentam facilidade no uso de metodologias ativas. Daí, a importância de valorizar o conhecimento e a prática docente de cada um, promovendo momentos de interação e compartilhamento das ideias, de acordo com o contexto de cada comunidade escolar e local.

Valorizar o trabalho já realizado, apoiando com novas metodologias, a partir do contexto em que as aprendizagens acontecem é um bom caminho para investir na formação continuada em serviço.

Para isso, é necessário um trabalho sistematizado entre a equipe de trabalho, que desenvolva em cada professor o estado de pertencimento da escola e da comunidade onde atua. É preciso se apropriar e assumir a responsabilidade não só com o aprendizado individual, mas com a aprendizagem coletiva em que todos avançam, inclusive o próprio professor.

Um dos fatos que indicaram a necessidade deste trabalho, surge a partir da análise do grupo de professores que atuam nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental que fazem parte do quadro de docentes da Rede Municipal de Ensino da cidade de Juquitiba, região metropolitana do estado de São Paulo. O Município conta com a Lei Nº. 2.135 de 17 de agosto de 2.020, que “Dispõe sobre a reorganização do Plano de Carreira e Remuneração do Magistério Público Municipal de Juquitiba/SP e dá outras providências correlatas”; o que garante aos professores concursados, o direito a escolha da unidade escolar, classe e período desejado, seguindo pontuação/classificação de cada um, durante o processo de atribuição de classes – que acontece no mês de dezembro para organização do quadro docente das escolas municipais para o próximo ano letivo. Os professores que integram a Rede Municipal de Ensino de Juquitiba são polivalentes e podem atuar, tanto na Educação Infantil, quanto nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano).

Com a dinâmica de atribuição de classes e/ou aulas, alguns professores acabam assumindo somente classes que sobram, quando chega no seu momento de escolha, dependendo de sua classificação. O fato é que, alguns professores possuem maiores habilidades em trabalhar com crianças bem pequenas e/ou crianças pequenas na Educação Infantil, ou em outros casos possuem mais habilidades em trabalhar com alunos já alfabetizados no 4º ou 5º ano do Ensino Fundamental, sendo que, quando não conseguem escolher a classe, precisam assumir os anos iniciais (1º ao 3º ano) e toda sua complexidade, principalmente por serem anos/séries de alfabetização.

É notório em alguns casos, a insegurança e dificuldade de alguns professores em relação à alfabetização. Daí a necessidade deste Trabalho e a importância da formação continuada em serviço que deve apoiar os professores em suas práticas pedagógicas para que as mesmas sejam eficazes para seu processo formativo e acompanhamento das aprendizagens dos estudantes.

Analisando alguns indicadores, apresento aqui o último resultado do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB 2021), alcançado pela Rede Municipal de Ensino de Juquitiba que obteve a média 6.6 – meta projetada pelo Ministério da Educação (MEC), porém, a Rede não conseguiu ultrapassar a própria média que era de 6.8 em 2019. Um dos fatores a ser considerado foi o contexto de pandemia ocasionada pela COVID-19 (Coronavírus). Outro fator, pode estar relacionado ao acompanhamento e monitoramento das aprendizagens dos estudantes, o que está diretamente ligado à formação dos professores, entre outros fatores, como por exemplo: a crescente desmotivação dos estudantes, o ensino alheio à realidade dos estudantes, e/ou a necessidade de oferecer desafios constantes dentro do processo de ensino e aprendizagem – sendo esses últimos, fatores considerados também a nível nacional.

A Rede possui um Sistema de Avaliação Educacional (SAEJUQ), que tem por objetivo mensurar o rendimento escolar dos estudantes e subsidiar as ações de planejamento destinadas ao aprimoramento do processo de ensino e aprendizagem. Em junho de 2022, os estudantes do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental realizaram avaliação diagnóstica e alcançaram as seguintes médias: 7,0 em Matemática; 7,0 em Língua Portuguesa (Leitura, Interpretação); e, 8,0 em Produção de Texto. Em novembro, os mesmos estudantes realizaram avaliação final e alcançaram as seguintes médias: 6,0 em Matemática; 7,0 em Língua Portuguesa; e, 8,0 em Produção de Texto – resultado abaixo do esperado pela Rede.

De acordo com a Secretaria Escolar Digital (SED), em junho de 2023, a Rede Municipal de Ensino de Juquitiba atende 733 (setecentos e trinta e três) estudantes do 1º ao 3º ano do Ensino Fundamental – foco deste Trabalho; 423 (quatrocentos e vinte e três) estudantes de 4º e 5º anos; 81 (oitenta e um) estudantes do 6º ao 9º anos (a Rede conta apenas com uma escola que atende a esta modalidade); 39 (trinta e nove) estudantes das classes de Atendimento Educacional Especializado (AEE); e, 1.223 (mil, duzentos e vinte e três) crianças da Educação Infantil, do Berçário I (um) ao Nível II (dois). A Rede é composta por 16 (dezesseis) escolas, sendo 14 (quatorze) escolas públicas municipais e 02 (duas) conveniadas. Duas escolas públicas municipais são compostas por classes multisseriadas (dois anos/séries numa mesma classe); outra atende na modalidade de tempo integral (a partir de 2022); e, outras duas escolas são vinculadas a escolas maiores.

Dentre as escolas, há o seguinte contexto: uma escola central, que atende apenas o ensino fundamental do 1º ao 5º ano, Atendimento Educacional Especializado (AEE) e Educação de Jovens e Adultos (EJA), tendo o maior número de estudantes em relação às demais da Rede; duas escolas não distantes do centro e de fácil acesso, consideradas de porte médio que também atendem do 1º ao 5º ano, além da educação infantil (níveis I e II); uma escola bem distante do centro, também de médio porte, considerada rural pelo censo escolar, sendo a única que atende do 1º ao 9º ano do ensino fundamental, além da educação infantil (níveis I e II) e Atendimento Educacional Especializado (AEE); outra escola também bem distante do centro (em outra extremidade, em relação à escola mencionada anteriormente), de porte pequeno que atende do 1º ao 5º ano em período integral (a partir de 2022), também considerada rural pelo censo escolar; uma escola que atende a educação infantil (níveis I e II) e apenas o 1º ano do ensino fundamental, localizada no distrito do município, considerada de médio porte; duas escolas de pequeno porte, distantes do centro da cidade que atendem classes multisseriadas (dois anos/séries numa mesma classe), tanto da educação infantil (níveis I e II), quanto do 1º ao 5º ano, sendo uma consideradas rural e outra urbana pelo censo escolar.

2. METODOLOGIA

Entendendo a Escola como principal local de atuação do professor, é lá que deve ser garantida a formação continuada em serviço, através da autorreflexão, do compartilhamento de ideias e da interação entre os pares, fazendo uso de ferramentas digitais. Esta pesquisa será desenvolvida a partir de um enfoque quantitativo.

Nóvoa (2014), defende que as formações docentes garantam espaços e tempos para um trabalho de autoconhecimento e de autorreflexão, de maneira que os professores partam de suas histórias pessoais de vida, de sua subjetividade para então formatar a sua identidade profissional e que o conhecimento é construído dentro da profissão, a partir de problemas reais. Nesse sentido, a formação em serviço é um momento de valorizar e sistematizar o conhecimento.

De acordo com a Base Nacional para a Formação de Professores, são pontos importantes para a formação de um educador: Conhecimento: domínio dos conteúdos ensinados. Prática: gestão da aprendizagem. Engajamento: interação e compromisso quanto ao trabalho como educador.

Garantir uma boa formação é garantir uma boa aprendizagem para os alunos. Um professor seguro de suas práticas pedagógicas garante que o processo de ensino e aprendizagem aconteça de maneira significativa e com qualidade. Compartilhar práticas exitosas, analisar bons modelos pedagógicos, estabelecer parcerias com os pares no dia a dia escolar – professor apoiando professor, fazendo uso de ferramentas digitais, são estratégias que garantem uma boa formação em serviço, partindo do contexto escolar em que os mesmos atuam.

Esta pesquisa terá como tipo de estudo um projeto de pesquisa-ação-participação. Dentre as etapas da pesquisa – que é para a concepção de um programa de intervenção na prática docente de professores dos anos iniciais do ensino fundamental da rede municipal de ensino de Juquitiba, a pesquisa parte do seguinte problema: Como melhorar o desempenho dos professores dos anos iniciais do ensino fundamental tendo por base sua própria prática pedagógica em serviço?

Diante do problema apresentado, será preciso refletir sobre as seguintes questões: Como está o nível de formação inicial dos professores que atuam nos anos iniciais do ensino fundamental? Como planejar um programa de formação continuada em serviço que garanta a melhoria da prática pedagógica, baseado no contexto escolar em que atuam os professores? Como apoiar e valorizar a prática docente no dia a dia escolar? Como a interação, o compartilhamento de conhecimentos e o uso de ferramentas digitais podem ser utilizados a favor dos professores durante os momentos de formação em serviço?

Como objetivo geral da pesquisa será proposto “Projetar um Programa de Formação Continuada em Serviço para melhorar a prática pedagógica dos professores dos anos iniciais do ensino fundamental que atuam na rede municipal de ensino do município de Juquitiba/SP”.

Para se alcançar o objetivo geral, será proposto alguns objetivos específicos: 1. Fazer levantamento da formação inicial dos professores que atuam nos anos iniciais do ensino fundamental da rede municipal de ensino de Juquitiba; 2. Planejar um Programa de formação continuada em serviço que garanta a melhoria da prática pedagógica dos professores; 3. Utilizar estratégias no dia a dia escolar que apoiem e valorizem a prática docente dos professores; 4. Promover momentos de interação, de compartilhamento de conhecimentos, fazendo uso de ferramentas digitais durante os momentos de formação para desenvolver práticas docentes inovadoras e estreitar laços pedagógicos entre os professores.

A hipótese é baseada em alguns professores atuantes nos anos iniciais do ensino fundamental da rede municipal de ensino Juqutiba que apresentam dificuldades na prática pedagógica em sala de aula.

A pesquisa será realizada com um grupo de professores que atuam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, que fazem parte do quadro de docentes da Rede Municipal de Ensino da cidade de Juquitiba, região metropolitana do Estado de São Paulo, Brasil.

Juquitiba, que vem do nome de origem indígena Y-CU-TIBA, em Tupi-Guarani, significa “Terra de muitas águas”. A cidade recebeu esse nome pela grande quantidade de nascentes, riachos, cachoeiras e rios com águas cristalinas que possui, o que a valoriza ainda mais. A cidade oferece diversas atrações para seus visitantes, inclusive, se destaca na prática do ecoturismo e do turismo de aventura, como o conhecido Rafting no Rio Juquiá, além de inúmeras trilhas ecológicas e cachoeiras. No município também merece destaque as inúmeras construções de igrejas, uma das primeiras foi a Capela Nossa Senhora das Dores.

A Santa é a padroeira da cidade, e a comemoração do seu dia ocorre em 15 de setembro. Situada há apenas 71 quilômetros da Capital Paulista – sudoeste do Estado de São Paulo – início da região do Vale do Ribeira. Localizada na Bacia Hidrográfica do Guarapiranga, ocupando uma área de mais de 521.598 Km². Faz divisa com os municípios: Ibiúna, São Lourenço da Serra, Embu-Guaçu, São Paulo, Itanhaém, Pedro de Toledo e Miracatu. Juquitiba mostra-se aberta ao turismo e possibilita o contato com a fauna e flora da Mata Atlântica.

Em Juquitiba existem pousadas, campings, hotéis, lanchonetes, pizzarias, guias e monitores das atividades recreativas e esportivas oferecidas aos visitantes. Uma das manifestações culturais do município é o artesanato, com destaque para as cestarias, trabalhos em argila, entalhes em madeira, pinturas em tela, fabricação de móveis rústicos, além de bordados e crochês. Muitos desses trabalhos são encontrados na Aldeia do Artesanato, no Centro da cidade. O realce fica para a beleza natural, o ar puro e o clima ameno da região, sempre convidativos. Atual gestão: Prefeito Ayres Scorsatto.

O Município conta com a Lei Nº. 2.135 de 17 de agosto de 2.020, que “Dispõe sobre a reorganização do Plano de Carreira e Remuneração do Magistério Público Municipal de Juquitiba/SP e dá outras providências correlatas”; o que garante aos professores concursados, o direito a escolha da unidade escolar, classe e período desejado, seguindo pontuação/classificação de cada um, durante o processo de atribuição de classes – que acontece no mês de dezembro para organização do quadro docente das escolas municipais para o próximo ano letivo. Os professores que integram a rede municipal de ensino de Juquitiba são polivalentes e podem atuar, tanto na educação infantil, quanto nos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano).

Com a dinâmica de atribuição de classes e/ou aulas, alguns professores acabam assumindo somente classes que sobram, quando chega no seu momento de escolha, dependendo da sua classificação. O fato é que, alguns professores possuem maiores habilidades em trabalhar com crianças bem pequenas e/ou crianças pequenas na educação infantil e outros possuem mais habilidades em trabalhar com alunos já alfabetizados, no 4º e/ou 5º ano do ensino fundamental e, quando não conseguem escolher a classe, precisam assumir os anos iniciais (1º ao 3º ano) e toda sua complexidade, principalmente nos anos/séries de alfabetização.

É notório em alguns casos, a insegurança e dificuldade de alguns professores em relação à alfabetização. Daí a necessidade desse trabalho e a importância da formação continuada em serviço, que deve apoiar os professores em suas práticas pedagógicas para que as mesmas sejam eficazes para seu processo formativo e para o acompanhamento das aprendizagens dos estudantes.

3. REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 Formação Inicial: O que não pode o que não pode faltar para uma boa formação de professores?

Quando falamos em formação de professores, devemos entender a necessidade que a mesma tem desde o início da carreira ao aperfeiçoamento da prática pedagógica no momento em que ela acontece. Desde o início dos tempos, houve a necessidade de tratar sobre a formação de professores, que acontecia em instituições de altos estudos que apenas preparavam professores, seguindo modelo centrado em conteúdos culturais – cognitivos que não priorizava o preparo com o pedagógico. Com o tempo, tanto o aspecto de conteúdos de conhecimento, quanto os procedimentos didático-pedagógico, passaram a fazer parte importante dentro do processo de formação dos professores, uma vez que que os dois modelos caracterizam a ação docente.

Outra problemática que sempre existiu é a questão das condições de trabalho, salário e jornadas semanais que interferem na formação dos professores, seja pela falta de estímulo à procura de cursos e dedicação aos estudos, ou por falta de condições adequadas de trabalho, fazendo com que alguns professores tem que se submeter a acúmulo da jornada para alcançar um salário consideravelmente adequado. Sem contar a questão da falta de prioridade que é dada à Educação no país, quando a mesma deveria fazer parte de um projeto de desenvolvimento nacional e, assim sendo, outros problemas como saúde, segurança, desemprego, pobreza, infraestrutura de energia, abastecimento, meio ambiente, entre outros, seriam os mínimos possíveis. Tal prioridade garantiria número suficiente de escolas capazes de atender a toda população em idade escolar; além de investir em formação de qualidade para professores, garantindo aos mesmos salários que valorizam a prática docente que deve ser uma profissão atraente por seu salário e condições de trabalho.

É através das experiências docentes que os professores vão construindo sua identidade profissional na área da educação. Segundo Larrosa (2006), a experiência não é o que acontece, mas sim o que nos acontece. O que realmente nos toca e nos modifica. Sendo assim, compreende-se a identidade docente quando a mesma está relacionada ao contexto de trabalho do professor, à sua formação inicial e a que recebe ao longo da sua carreira.

De acordo com Lasky (2005), a identidade profissional é uma construção pessoal de como se veem os professores. A identidade é uma mudança subjetiva, que reúne interpretações a partir das experiências vividas, portanto, uma percepção pessoal que descreve não somente a realidade do momento, mas também, a própria aspiração profissional.

Ao longo da História, a docência foi baseada apenas na transmissão do conhecimento. Segundo Cochran-Smith & Fries (2005), a importância do papel docente é algo consolidado em função da influência que este pode exercer nos seus estudantes e, consequentemente, em uma sociedade. E, segundo Esteve (2006), o reconhecimento social de uma profissão depende, sem dúvida, do nível de qualificação exigido àqueles que a praticam.

Junto com as mudanças na sociedade, no século XXI surgiu também a importância de mudanças no papel docente e nas exigências das formações de professores, o que acaba interferindo no desenvolvimento da identidade docente.

Esteve (2006), afirma que a maneira legitimada de obter reconhecimento social e econômico, ao mesmo tempo em que é a ferramenta mais eficaz para atender às demandas das aulas e responder às necessidades dos sistemas educativos, quando aspectos como a transmissão de conhecimento, análise de sua profissão com os meios de informação disponíveis, o excesso de funções e a atividade permanente fazem parte das reflexões dentro das propostas de formação de professores.

Paulo Freire (2005), chamou de educação bancária em sua obra Pedagogia do Oprimido, o ensino majoritário, com avaliação somativa e o poder sobre o conhecimento por parte dos professores. Ao contrário desse modelo educativo, hoje o sistema é distinto, composto por diversas informações de todas as áreas do conhecimento, que continua surgindo de maneira desordenada e complexa, trazendo novos desafios educativos à docência.

Com a expansão das tecnologias e o acesso por parte da maioria das pessoas, independente do contexto, classe social, novas configurações familiares, entre outros fatores, é indispensável um novo ambiente educativo e um novo papel docente. E o grande desafio está aí, pois o conhecimento já está disponível em todos os contextos fora do ambiente escolar e o professor, que não viveu essas mudanças enquanto estudante, passou a ser obrigado a se adequar, respondendo a essas mudanças enquanto educador. Com isso, é notório a insegurança de muitos professores e resistência ao uso das tecnologias em suas aulas.

A partir dessa problemática, faz-se importante analisar aspectos relacionados à formação inicial, formação continuada e formação continuada em serviço, para os professores que se formarão pela primeira vez e para os professores já experientes.

Com as transformações durante este século e os diagnósticos sobre a Educação, as propostas tradicionais passaram a não ser mais capazes de responder às reais necessidades dos estudantes, sendo preciso um processo de reformulação estrutural com características inovadoras à Educação, que rompem com a reprodução dos sistemas pedagógicos tradicionais. Com um novo cenário, acompanhado por informações disponíveis em grande escala, a oferta de conhecimento de maneira complexa e necessidade do trabalho, determinam o planejamento de formações iniciais que vem de encontro a este novo contexto, com novas necessidades.

De acordo com Kenski, V. M. (2015), em seu artigo “A urgência de propostas inovadoras para a formação de professores para todos os níveis de ensino” pode-se observar a problemática da formação de professores ao longo da História, refletindo sobre a importância da instrução popular que deveria abranger os conteúdos de conhecimento e os procedimentos didático-pedagógico, cujo aspectos são fundamentais para a formação de professores. Kenski destaca a importância de investir na formação de professores, garantindo processos didático-pedagógicos pelos quais os conteúdos se tornam assimiláveis pelos estudantes no trabalho de ensino-aprendizagem.

Ressalta ainda sobre o fato de tratar a Educação como prioridade, definindo-a como o eixo de um projeto de desenvolvimento nacional, com direito a todos os recursos disponíveis. Em sua obra, Kenski permite a reflexão e a discussão sobre a temática que é necessária e ao mesmo tempo desafiadora, à medida que faz referências e comparações de fatos que envolveram a formação de professores ao longo da História e como o movimento se dá na atualidade. Nos últimos anos, verificou-se uma importante mudança na formação dos professores, apesar dos diferentes modelos de formação, o modelo crítico-reflexivo vem sendo apontado como a forma mais adequada para a formação continuada de professores, como um processo contínuo e permanente de desenvolvimento profissional.

As formações de professores devem propiciar o desenvolvimento de habilidades de pesquisa, reflexão, autoconhecimento, autoavaliação da prática docente e uso apropriado dos meios digitais de comunicação aliados à proposta pedagógica que visa à aprendizagem coletiva e significativa. Propor momentos de estudos e pesquisas, trazendo análise de situações que requerem interferência de um trabalho pedagógico assertivo, bem como fazer uso dos de comunicação e informação para ampliar conhecimentos, são práticas de um modelo que permite a reflexão dos professores sobre a importância dos fundamentos teóricos e bases metodológicas, bem como sua ação como agentes formadores, capazes de garantir vínculo entre a teoria e a prática no processo de ensino e aprendizagem.

3.2 A formação continuada em serviço a favor do aperfeiçoamento profissional do professor em sala de aula

A Educação é um percurso importante para a formação das pessoas, à medida que as prepara para o convívio autônomo e responsável na sociedade, garantindo possibilidade de atuação consciente e eficaz frente aos problemas do dia a dia.

Vivemos num momento em que a prática docente se torna cada vez mais complexa e a exigência por formação é necessária para o trabalho pedagógico em sala de aula. Sendo assim, o professor deve estar em constante formação para melhorar sua prática pedagógica, adequando e transformando-a de forma criativa e inovadora às exigências do atual cenário da Educação com toda sua complexidade e desafios do século.

A formação continuada é indispensável à vida profissional do professor, portanto, de extrema importância para sua prática docente, à medida que as mudanças acontecem o tempo todo e a Educação precisa acompanhar esse processo, adequando-se aos contextos variados que se fazem necessário para atender a todos os estudantes em suas necessidades educacionais.

A Base Nacional para a Formação de Professores, traz uma proposta baseada em três dimensões: I. Conhecimento: domínio dos conteúdos ensinados; II. Prática: gestão da aprendizagem; e, III. Engajamento: interação e compromisso quanto ao trabalho como educador.

O uso das Tecnologias de Comunicação e de Informação (TICs) tornou-se recurso indispensável, assim como as metodologias ativas para a prática docente e a competência para utilizar tais recursos torna-se um dos grandes desafios da Educação, pois nem todos os professores dominam recursos tecnológicos, o que limita o uso destas metodologias em suas aulas.

A formação continuada é um bom caminho para que o professor possa apropriar-se das novas tecnologias, sabendo utilizá-las em suas aulas, tornando-as mais dinâmicas e atraentes para seus estudantes no processo de construção do conhecimento e, principalmente inovando sua prática pedagógica.

Os meios digitais de comunicação remota surgiram da necessidade de adequação da Educação às novas exigências da sociedade, além de estarem previstos na Base Nacional Comum Curricular como direito de aprendizagem.

Aproximar e oferecer recursos digitais de comunicação aos professores é garantir que os mesmos se apropriem de ferramentas que contribuam de maneira significativa à sua prática docente, contemplando a Competência 5 da Base Nacional Comum Curricular (BNCC): “Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva”.

O acesso e o domínio dos meios digitais de comunicação, contribuem significativamente para criar vínculos e compartilhar conhecimentos sobre interesses comuns, propiciando momentos de aprendizagem coletiva, em que um compartilha, outro acrescenta, um outro faz apontamentos para reflexão de ambos e todos chegam ao conhecimento, por isso a importância de incluir cada vez mais, tais recursos como ferramentas indispensáveis na formação continuada de professores.

O ponto de partida para uma boa formação continuada, entendendo que os professores já dominam o conhecimento, é a concepção da importância dos meios digitais de comunicação para contribuir com a melhoria da prática pedagógica. Acreditar e apostar no uso das tecnologias e metodologias ativas é “caminhar junto” com as exigências da atual sociedade, onde mudanças acontecem de maneira muito rápida e às necessidades educacionais dependem da adequação da prática, relacionada ao contexto dos estudantes, garantindo a aprendizagem significativa para todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem com equidade. A formação continuada em serviço é mais recente ao ser comparada à formação inicial que foi estudada ao longo da História da Educação. Cada vez mais, percebe-se a importância da formação baseada no contexto em que ela acontece.

Imbernón (2007), afirma que embora as transformações na Educação definissem a formação permanente como uma ação necessária ao ajuste às transformações na sociedade de conhecimento do século XXI, a formação permanente carece ainda de inovação.

De acordo com Bazán, Castellano, Galván & Cruz (2010), num estudo sobre a avaliação da formação permanente pelos docentes, detectaram que os professores pensam que os conteúdos, metodologias e objetivos das ações formativas ainda estão muito afastados dos seus desafios profissionais reais.

A formação continuada em serviço parte das experiências dos professores, relacionadas ao seu conhecimento prévio, bem como suas concepções em relação a teorias de estudiosos da área da Educação. É uma formação que permite relacionar os aprendizados dos professores com seu contexto educacional de atuação.

Perrenoud (2000), afirma que é através da formação continuada que se renovam as práticas pedagógicas. Contudo, esta renovação não é possível somente com o interesse dos professores pela melhora da sua prática. A formação é uma questão psicossocial que inclui outros fatores além do compromiso docente, como exemplo, fatores políticos, culturais, etc. (Gioux, 1990).

Duk (2005), afirma que o desafio da formação docente passa pelo suporte dos centros educativos, que devem apoiar o professorado nas atividades de formação e mellhora da sua prática. Estudiosos também afirmam que abordar as necessidades e o trabalho docente dentro da formação é necessário, assim como deve estar em permanente análise, adaptação e atualização.

Quando se busca uma formação continuada à formação acadêmica inicial, busca-se não somente uma certificação mais atualizada, mas sim uma formação que favoreça o desenvolvimento profissional. A formação continuada em serviço é considerada como uma continuidade da formação profissional, servindo para aperfeiçoar o trabalho pedagógico no dia a dia escolar.

Levando em conta que todo método de formação tem suas características que direcionam a um contexto formativo, é sempre importante analisar previamente cada tipo de formação antes de fazer qualquer opção, levando em conta que a mesma permitirá a construção da reflexão e melhora da prática docente.

Falando em reflexão como um elemento indispensável na formação continuada em serviço, Schön (2017), afirma que uma das maneiras mais efetivas de articular a formação é a profissionalização por meio da pesquisa e análise sobre a prática docente nos centros educativos.

Ao refletir sobre quais aspectos devem ser considerados na formação continuada em serviço, convém destacar Imbernon (2012), que afirma que o foco e o tipo de formação devem estar planejados de acordo com as demandas profissionais, necessidades de formação sentidas e reais, para ajudar-lhes dar novos significados à sua prática educativa.

Imbernon (2001), reflete sobre o compartilhamento de experiências da prática docente como um modelo de formação cooperativa que apresenta muitas vantagens, especialmente no âmbito educativo e mais no âmbito da formação inicial, pelas questões de identidade docente. Quando há resistência por parte dos professores no compartilhamento de suas experiências e dificuldades, o trabalho colaborativo torna-se um desafio dentro da formação continuada em serviço que deve modificar essa visão de individualismo do professor.

Desenvolver a habilidade de resolver problemas dentro da comunidade escolar, como resultado de um trabalho cooperativo, desenvolvido dentro da formação continuada em serviço, fortalece a equipe escolar no desenvolvimento de uma cultura relacionada com a solução de problemas, que vai além da solução do problema docente. Cada vez mais, percebe-se que as ações docentes podem alcançar objetivos bem maiores, quando compartilhadas e coordenadas de maneira cooperativa. Tal visão, que prevalece a interação entre as comunidades escolar e local, é inovadora dentro do processo de ensino e aprendizagem.

Muitas das metodologias ativas visam o trabalho coletivo, desenvolvendo a cooperação e a colaboração. Quando o professor inclui em sua prática docente o enfoque cooperativo de maneira transversal, garante não só a aprendizagem significativa dos estudantes, quanto o desenvolvimento de práticas cooperativas com sua equipe de trabalho, evitando assim, seu isolamento profissional.

3.3 Interação e valorização da prática pedagógica em serviço

Paulo Freire define como educação bancária a transmissão de conhecimento de maneira tradicional. Segundo Silva (2016), a crítica de Freire ao currículo existente está sintetizada no conceito de “educação bancária”, que expressa uma visão epistemológica que concebe o conhecimento como sendo construído de informações e de fatos a serem simplesmente transferidos do professor para o estudante. O conhecimento se confunde com um ato de depósito – bancário. Nessa concepção, o conhecimento é algo que existe fora e independentemente das pessoas envolvidas no ato pedagógico.

De acordo com Pérez Gomez (2012), somente com a reflexão e o pensamento crítico será possível construir um currículo mais holístico, que permita integrar diferentes tipos de aprendizagem, de valores e também de conhecimento científico. Sem análise, não há mudança, e sem mudanças, a educação formal segue reproduzindo o que sempre ensinou: os valores da classe dominante.

Os fundamentos de aprendizagem, as bases metodológicas e bases de formação docente são os elementos que englobam a prática pedagógica. Para Freire (1996), “Ensinar não é transferir conhecimento, é criar a possibilidade de produzi-lo”. Assim, o profissional reflexivo precisa ouvir opiniões de diversas fontes, reconhecendo e aceitando que poderá haver erros na sua prática, observando com cuidado às consequências de que suas ações possam determinar. Com isso, o educador tende a transformar suas ideias e atitudes anteriores.

A reflexão em conjunto com a prática docente não é uma tarefa tão simples como pode vir a parecer, ainda mais quando há referência a uma reflexão crítica da própria ação, sendo que muitos professores não conseguem perceber que o caminho da reflexão o levará a buscar novas descobertas para o seu próprio trabalho. Daí, é necessário saber que para cada estudo de caso, deve-se haver no mínimo, uma solução e no máximo, infinitas soluções de acordo com o ponto de vista pessoal, teórico, prático e experimental, conforme cada profissional vivencia em seu cotidiano no processo ensino e aprendizagem. Tanto o conhecimento prévio, quanto os embasamentos teóricos e práticos são essenciais e fundamentais para solucionar situações de aprendizagens, além do olhar diagnóstico do professor.

Diante do atual cenário educacional, percebe-se que a aprendizagem cooperativa é de extrema importância para o processo de ensino e aprendizagem, dando ênfase às práticas reflexivas. É importante destacar aqui, as cinco condições essenciais para uma aprendizagem cooperativa: I – Interdependência positiva; II – Interação; III – Participação individual, comprometida e responsável; IV –Atitudes pró-sociais; V – Autorreflexão do grupo.

Uma boa proposta de formação é a que parte de um diagnóstico sobre o grupo de professores que se pretende formar, levando em conta suas potencialidades e necessidades pedagógicas. Com base nesse resultado, é possível elaborar um programa com ações formativas, juntamente com propostas que permitam o desenvolvimento de habilidades e competências voltadas à pesquisa, reflexão e domínio de novas práticas docentes que envolvam os meios digitais de comunicação à serviço de um processo de ensino e aprendizagem de maneira coletiva e significativa.

O programa de formação pode contar com algumas fases importantes:

  • Fase de início: Planejamento de um momento acolhedor, estabelecendo combinados com os grupos e a divisão de tarefas.
  • Fase de intercâmbio: Contribuições de cada membro do grupo através das trocas e intervenções para planejamento do início do trabalho.
  • Fase de negociação: Discussões de ideias e acertos de opiniões para chegar à coerência entre o grupo.
  • Fase de aplicação: Momento de avaliação sobre o processo e produto final como culminância do trabalho.

A formação continuada deve surgir da necessidade que o professor sente em se adequar e atualizar em benefício à Educação atual. Neste caso, a avaliação do processo deve ser uma prática que objetiva desenvolver as aprendizagens, verificando se os professores estão atingindo os objetivos propostos. Deve ocorrer de forma processual e contínua, permitindo que o professor adapte suas práticas, melhorando a aprendizagem e consiga detectar as dificuldades que poderão aparecer durante a mesma, podendo saná- las a tempo, estabelecendo assim um feedback sobre todo o processo de ensino e aprendizagem e como o mesmo vêm ocorrendo.

As ações formativas devem ser monitoradas e avaliadas frente à atuação dos professores na realização de propostas que devem acontecer em grupo, na maioria das vezes. Os conteúdos da formação devem partir de pesquisas e estudos sobre as teorias de aprendizagem, para reflexão sobre fundamentos teóricos, bases metodológicas e professores como agentes formadores. A partir dessa retomada, o objetivo deve ser analisar meios digitais de comunicação como recursos pedagógicos que permitam o aprofundamento de conteúdos conceituais, aliados à prática docente como ferramenta atual e necessária frente às novas exigências da sociedade atual.

3.4 Uso de ferramentas digitais para compartilhamento da prática pedagógica entre os professores

A didática e os processos de ensino e aprendizagem não podem estar alheios à realidade em que se desenvolvem. Os princípios didáticos inovadores devem aprensentar necessariamente: flexibilidade e adaptação, participação ativa, produtividade e busca pela satisfação, clima de confiança e consciência da autoaprendizagem.

O que os teóricos mais defendem dentro do enfoque inovador é a adaptação de critérios e princípios de planejamento didático com um olhar mais flexível que, através das metodologias e da avaliação, possam tecer um processo de ensino e aprendizagem mais significativo e com respostas às demandas educativas reais dos nossos dias.

Nesta perspectiva, destacam-se as Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs), que além de ser um elemento muito presente na realidade social dos alunos, é capaz de proporcionar a interrelação entre as diferentes áreas de conhecimento, fomentando uma aprendizagem relacionada com temas cotidianos. O avanço das tecnologias de informação e comunicação provocou muitas mudanças na Educação, principalmente, na forma de planejar, implementar e utilizar recursos tecnológicos na promoção da aprendizagem.

O Conectivismo surge neste contexto como uma nova abordagem educacional. Esta teoria sugerida por George Siemens e Steven Downes (2004), assinala que o conhecimento está disseminado numa rede de conexões e que, desse modo, a aprendizagem consiste na capacidade de construir essas redes, permanecer e circular nelas, desenvolvendo assim a capacidade de refletir, decidir e partilhar informações. Sendo assim, todos os pressupostos das teorias possuem argumentos que podem ser amplamente utilizados nas bases educacionais voltadas para o conhecimento e para a aprendizagem. A teoria conectivista, definida como teoria alternativa da era digital, pressupõe que a aprendizagem está internalizada no indivíduo e é necessário ser acionada por uma fonte de conhecimento que pode residir, tanto em outros indivíduos quando em dispositivos não humanos. Daí, a necessidade de se fazer e criar conexões para acionar o conhecimento internalizado.

Trabalhar com metodologias ativas é estar de acordo com o modelo educativo que faz parte do contexto social e atual dos estudantes, preparando-os para a vida. A prática colabora com o desenvolvimento das competências dos estudantes, valorizando seus conhecimentos prévios, contribuindo com a construção coletiva de conteúdos não só conceituais e procedimentais, como principalmente atitudinais.

Alves, S. L., Alves, E., & Baia, P. B. (2019), trata sobre o uso de projetos como ferramenta pedagógica para a aprendizagem dos estudantes e as contribuições que essa prática pode proporcionar no processo de ensino e aprendizagem em seu texto “Programação e Aprendizagem Baseada em Projetos como estratégias no ensino de Pensamento Computacional para crianças e adolescentes”. Segundo os autores, ao ser utilizada a aprendizagem baseada em projetos, é possível perceber muitas vantagens no desenvolvimento de oportunidades para os estudantes, pois através dessa metodologia, eles podem perceber problemas reais e a partir da investigação na prática podem agir em busca de uma solução de forma colaborativa e de maneira ativa. Nessa metodologia, em vez dos estudantes ficarem somente observando e anotando a aula expositiva do professor, eles são estimulados para se envolverem e acharem soluções em desafios reais ou fictícios, dessa maneira o ensino acaba se tornando mais atrativo e convidativo para que participem e para que a aprendizagem aconteça de forma significativa.

Uma das muitas propostas educativas, com base à metodología, destaca-se aqui a FlippedClassroom – também conhecida como Sala de Aula Invertida. A metodologia FlippedClassroom tem por objetivo principal, utilizar o tempo de aula somente para resolver dúvidas após o estudo autônomo de alguns conceitos, ou seja, permite que o estudante estude o conteúdo antes da aula como conhecimento prévio que permitirá a construção coletiva da aprendizagem em sala de aula, no momento em que discute, apresenta ponto de vista, realiza atividades, resolve problemas, num compartilhar de conhecimento com os colegas e professor.

De acordo com a teoria de Ausubel (1976), quando a aprendizagem significativa não se efetiva, o estudante utiliza a aprendizagem mecânica, isto é, “decora” o conteúdo, que não sendo significativo para ele, é armazenado de maneira isolada, podendo inclusive esquecê-lo em seguida. É o caso de estudantes que depois de fazer a prova, esquecem tudo o que lhes foi ensinado.

Segundo Santos (2008), a aprendizagem somente ocorre se quatro condições básicas forem atendidas: a motivação, o interesse, a habilidade de compartilhar experiências e a habilidade de interagir com os diferentes contextos. O autor apresenta as sete atitudes recomendadas nos ambientes de aula:

  • Dar sentido ao conteúdo: toda aprendizagem parte de um significado contextual e emocional;
  • Especificar: após contextualizar, o educando precisa ser levado a perceber as características específicas do que está sendo estudado;
  • Compreender: é quando se dá a construção do conceito, que garante a possibilidade de utilização do conhecimento em diversos contextos;
  • Definir: significa esclarecer um conceito, ou seja, o aluno deve definir com suas palavras, de forma que o conceito lhe seja claro;
  • Argumentar: após definir, o aluno precisa relacionar logicamente vários conceitos e isso ocorre por meio do texto falado, escrito, verbal e não verbal;
  • Discutir: nesse passo, o aluno deve formular uma cadeia de raciocínio pela argumentação;
  • Levar para a vida: o sétimo e último passo da (re)construção do conhecimento é a transformação.

Outra questão decisiva para que a aprendizagem ocorra de forma mais eficiente, de acordo com Santos (2008) é observar que todas as pessoas possuem três maneiras de processar as informações e fixá-las na memória: a visual (aprendizagem pela visão), a auditiva (aprendizagem pela audição) e a sinestésica (aprender interagindo/fazendo/sentindo). Santos aborda reflexões acerca do conceito de aprendizagem: conceitos trazidos desde a época socrática até os dias modernos ; explica que tal trajetória mostra a evolução desse processo, deixando claro que se não ocorrem resultado e mudança de comportamento não há aprendizagem; ressalta que trabalhar as teorias da aprendizagem pode-se compreender o próprio processo e o tipo de professor que se quer ser.

Dentro do atual cenário da Educação podemos perceber que, quando os estudantes são capazes de planejar, regular e avaliar sua própria aprendizagem, é porque a Escola conseguiu fazer o seu trabalho, dando-lhes possibilidades para que consigam agir criticamente na sociedade. Daí a importância do ensino estar centrado no estudante, que tenha objetivos de desenvolver habilidades e competências que lhes permitirão aprender com autonomia. A distinção desse modelo de ensino e do ensino tradicional é justamente a oferta de situações de interação, colaboração e cooperação entre os estudantes e o ambiente em que vivem, refletindo sobre situações que pressupõem suas ações de maneira crítica e atuante – o que não acontece na escola tradicional que foca a alfabetização através de metodologias que muitas vezes não fazem nenhum sentido aos estudantes.

4. DISCUSSÕES

Para dar início à apresentação dos resultados alcançados após as pesquisas, é importante iniciar com dados do Censo Escolar/INEP – 2022/QEdu, que traz o número de estudantes atendidos no Município de Juquitiba: Creche: 465 crianças; Pré-escola: 862 crianças; Ensino Fundamental (anos iniciais) – 1º ao 5º ano: 2347 estudantes; Ensino Fundamental (anos finais) – 6º ao 9º ano: 1918; Ensino Médio: 1186; Educação de Jovens e Adultos: 167 estudantes.

Quadro 1: População de Juquitiba – Censo 2022.

Fonte: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/juquitiba/panorama.

Um dado importante para se apresentar neste momento inicial é o resultado do Censo 2022 que indica a população de Juquitiba com 27.404 pessoas, o que, comparado ao último censo de 2010, aponta uma diminuição de munícipes que era de 31.444 pessoas.

Quadro 2: Dados do Município de Juquitiba – Censo 2022.

Fonte: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/juquitiba/panorama.

De acordo com o resultado do Censo 2022, o percentual de escolarização da população do município de Juquitiba era de 98,5% em 2010.

Quadro 3: Dados do Município de Juquitiba – Censo 2022.

Fonte: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/juquitiba/panorama.

O quadro 3 apresenta o Índice do Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) dos Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental na Rede Pública em 2021, sendo: 6,0 pontos atingidos nos Anos Iniciais e 5,3 pontos atingidos nos Anos Finais. Em relação às matrículas, foram: 4.340 matrículas no Ensino Fundamental e 1.197 no Ensino Médio. Quanto aos docentes: foram 275 do Ensino Fundamental e 110 do Ensino Médio. Em relação ao número de estabelecimentos de Ensino Fundamental são: 21 escolas que atendem o Ensino Fundamental e 7 escolas que atendem o Ensino Médio.

Quadro 4: Percentual de docências de professores com formação superior adequada à área de conhecimento que lecionam.

Fonte: Censo de Educação Básica / Indicadores Educacionais.

Segundo dados do Ministério da Educação / Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) – Centro de Educação Básica/Indicadores Educacionais referente ao período de 2013 a 2020, indica que em 2020, 75,5% dos professores da Rede Municipal de Ensino de Juquitiba, atuantes no Ensino Fundamental – Anos Iniciais, possuíam curso de Licenciatura e/ou Bacharel (com complementação pedagógica) na área ou disciplina que lecionavam; 13,5% dos professores possuíam curso de Licenciatura e/ou Bacharel (com complementação pedagógica) em área diferente da disciplina que lecionavam; 11,0% dos professores não possuíam formação superior. Mais adiante, serão apresentados dados atualizados em relação à formação acadêmica dos professores do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, através de pesquisas realizadas pela Secretaria Municipal de Ensino de Juquitiba.

Outro dado obtido durante a pesquisa em parceria com a Equipe Técnica da Secretaria Municipal de Educação de Juquitiba foi o relatório do Questionário do Índice de Efetividade da Gestão Municipal no setor da Educação (referente a 2022). A ferramenta foi criada em 2015 pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo para medir a eficiência de 644 prefeituras paulistas. No quadro 5 está a apresentação do questionário preenchido pela Secretaria Municipal de Educação no mês de março de 2023, tendo como base o ano letivo de 2022 – os trechos em negrito referem-se à formação dos professores.

5. CONCLUSÃO

Quando o assunto é formação continuada em serviço, alguns fatores se tornam essenciais para refletir sobre o planejamento de ações formativas: analisar a realidade da escola e da comunidade na qual ela está inserida: levar em conta sua caracterização socioeconômica e cultural; o que as famílias entendem por Educação e esperam da Escola; e, quais as potencialidades a Escola pode contar para o desenvolvimento do seu trabalho tendo como foco a aprendizagem dos estudantes.

Além disso, outros fatores também se tornam importantes, quando o assunto é planejar proposta de formação continuada em serviço, como por exemplo: conhecer o grupo de professores: idade, formação acadêmica, tempo de experiência na docência, tempo de exercício na rede onde atua, entre outros; procurar saber o que os professores entendem sobre o processo de ensino e aprendizagem, bem como as fases de desenvolvimento das crianças; e, planejar encontros formativos juntos aos pares na escola onde atuam, garantindo momentos de reflexão sobre a avaliação no processo ensino e aprendizagem, discutindo sobre intervenções necessárias e pontuais para que os estudantes avancem.

A formação continuada deve ainda abranger ações para que os professores sejam capazes de minimamente: acompanhar o fluxo escolar dos estudantes; refletir sobre dimensões curriculares, envolvendo as práticas pedagógicas; e, planejar em conjunto com os pares, a organização de atividades a serem desenvolvidas ao longo de um ano letivo.

A valorização da prática pedagógica dos professores; a análise e discussão sobre modelos de boas práticas (bons modelos), seja do próprio grupo de docentes da unidade escolar ou de outros contextos; a apresentação de práticas exitosas da unidade escolar, apontadas pelo coordenador pedagógico escolar após acompanhamento e devolutiva de observações em sala de aula; pesquisas e discussões a cerca de concepções sobre Educação e o fazer pedagógico; e, a reflexão sobre a prática, num exercício constante de ação-reflexão-ação; são essenciais dentro da proposta de formação continuada em serviço.

Algo muito importante quando se planeja um programa de formação continuada em serviço é ajudar o professor a analisar subjetivamente os estudantes: conhecer seus gostos e preferencias, suas dificuldades e facilidades; saber com quem residem, onde e como moram, em quais circunstancias; identificar o que pensam sobre Educação, o que querem para o seu futuro, entre outros aspectos importantes que impõem ao professor, um olhar único e atuante sobre quem verdadeiramente estará aos seus cuidados e acompanhamento pedagógico.

Um dos focos desta pesquisa foi a utilização de metodologias ativas. Dentro dessa perspectiva, está a criatividade na Educação que leva em conta os vários espaços e meios para a aprendizagem. A Escola é o principal meio pelo qual a criatividade é desenvolvida junto aos estudantes, através das ferramentas e/ou recursos do qual se utiliza para educar de forma criativa, levando-os a aprender de maneira autônoma e significativa. Quando se pensa no trabalho com metodologias ativas, é o pensar sobre uma concepção educativa inovadora, capaz de preparar os estudantes para atuarem de maneira criativa e autônoma sobre o meio em que vivem. As metodologias permitem aos estudantes resolver situações- problema reais de aprendizagem.

As metodologias ativas permitem aos estudantes, oportunidades de aprendizagem que lhes desafiem, possibilitando ampliar seus conhecimentos através da experiência e das aprendizagens construídas. Para tanto, a maneira pela qual se ensina e como se aprende deve ser transformada na prática docente, dentro das mudanças dos objetivos de aprendizagem para o século XXI que apontam as metodologias ativas para o desenvolvimento da participação e interação constante entre os estudantes na construção do próprio conhecimento e do conhecimento do grupo. A colaboração e a cooperação são as primeiras bases do princípio das metodologias ativas, de modo que a responsabilidade individual e a igualdade de oportunidades apresentadas, encontradas na utilização das metodologias ativas para que todos possam se ajudar, são fatores essenciais.

Algo importante a se pensar para escolher a melhor metodologia ativa com umgrupo de trabalho é a que, diante da análise das situações e contextos apresentados seja capaz de propor melhor solução metodológica, podendo inclusive ser adequada e/ou adaptada conforme a necessidade dos estudantes. Para isso, o professor deve conhecer e ter domínio da estratégia a ser utilizada. Algumas estratégias como diretor apoiando profesor; professor mais experiente assessorando outros profesores; fazer uso da internet a serviço da Educação e da aprendizagem; se abrir para mudanças; são indispensáveis para transformar a prática docente e atender as novas exigências da Educação, de modo que se a Escola não mudar, nada muda.

Durante a pandemia, as escolas descobriram que seus estudantes tinham famílias e as famílias descobriram que seus filhos tinham professores. Diante do atual contexto da Educação, em que se fala tanto na recomposição das aprendizagens, deve-se antes pensar na recomposição dos professores – dos processos de ensino para as aprendizagens, pensando na alfabetização e na retomada dos processos de ensino e aprendizagem. Outro fator importante é investir na saúde dos profissionais da Educação e apoio às famílias dos alunos. Investir na formação para professores que trabalham com crianças com deficiência e, principalmente investir na formação da gestão escolar que precisa gerir todo o contexto escolar de maneira democrática e integrada.

É preciso oferecer oportunidades aos estudantes com Educação qualificada: Educação inclusiva, igualitária e de qualidade. Nesse sentido, toda Escola deve ser bonita e acolhedora: o prédio escolar e todos os espaços que o compõe devem ser o lugar mais bonito da comunidade. A Escola deve escutar os estudantes e as famílias, deve ouvir os conselhos das comunidades.

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