SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL: ESTUDO DE CASO DA INSERÇÃO NAS PRÁTICAS COTIDIANAS ORGANIZACIONAIS

ORGANIZATIONAL SUSTAINABILITY: A CASE STUDY OF INSERTION IN DAILY ORGANIZATIONAL 

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11527813


Evandro Monelli Assini1; Tainara Dias Barbieiri2; Professor orientador: Dalton Jacinto Dutra Junior


Resumo

A discussão sobre como proteger o meio ambiente da ação humana vem ganhando destaque neste século. O objetivo deste artigo e analisar as vantagens e os desafios para as organizações adotar medidas em favor do meio ambiente e ao mesmo tempo, atender as necessidades de se manter no mercado de forma rentável. Para isso, realizou se um levantamento bibliográfico para análise dos dados publicados em artigos e livros que contribui para a responder o tema.

Palavras-chave: sustentabilidade; vantagem competitiva; meio ambiente.

Abstract

The debate on how to protect the environment from human activities has become increasingly important in this century. The aim of this article is to analyses the benefits and challenges for organizations in adopting measures to protect the environment while at the same time meeting the need to remain profitable in the marketplace. To this end, a bibliographical survey has been carried out to analyses the data published in articles and books that contribute to answering this question.

Keywords: sustainability; competitive advantage; environment.

01. Introdução

Durante suas interações no mercado, as empresas encontram uma diversidade de desafios, incluindo a consideração pela redução de custos e eficiência, enquanto mantêm a conformidade com requisitos legais.

A busca por eficiência propicia ao longo do tempo o surgimento de técnicas e teorias para melhorar os processos das organizações. A exemplo temos as teorias de Taylor que buscava analisar e otimizar cada tarefa de um processo, visando aumentar a produtividade através da padronização e da eliminação de movimentos automatizados. De acordo com MATOS E PIRES (2002).

A teoria da Administração Científica iniciada por Frederick W. Taylor (1856 1915) fundamenta-se na aplicação de métodos da ciência positiva, racional e metódica aos problemas administrativos, a fim de alcançar a máxima produtividade.

Porém, estudos sobre proteção ao meio ambiente são debatidos na sociedade. A interseção entre a atividade empresarial e a preservação ambiental tem sido objeto de crescente interesse e debate nas últimas décadas. No centro desse diálogo está a busca por práticas sustentáveis que possam conciliar o desenvolvimento econômico com a responsabilidade ambiental.

Esses debates destacam-se na sociedade devido principalmente as informações que chegam às pessoas por meio de dados sobre a capacidade do planeta de suportar muitas de nossas atividades econômicas que não são sustentáveis para o ambiente.

No Brasil, temos atividades econômicas são consideraras sustentáveis como a matriz energética. De acordo com AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA (2022).

A participação das fontes renováveis na matriz elétrica é de 85%, dos quais aproximadamente 60% correspondem à fonte hidráulica, 8% à biomassa, 11% à eólica, 2% a solar centralizada e 5% à geração distribuída, majoritariamente proveniente de painéis solares.

À medida que a conscientização sobre os impactos ambientais e sociais das atividades empresariais aumentam, surgem novas perspectiva sobre a inovação, com um olhar preocupado com as questões da sustentabilidade. Diante disso, como as empresas podem ser responsáveis de forma ambiental e ao mesmo tempo criar vantagens para as organizações?

O presente artigo explorará os benefícios e desafios para reduzir os danos ao meio ambiente nas atividades econômicas. A primeira parte do artigo será de caráter exploratório com buscas literárias sobre o tema proposto e em seguida realizaremos um estudo de caso que abordem sobre sustentabilidade em uma empresa e práticas diárias que podem ser inseridas, a fim de responder ao tema proposto.

2. Revisão da Literatura

2.1 Estratégia e Sustentabilidade

Na abordagem econômica, muitas organizações buscam maneiras de ter um desempenho melhor frente aos seus concorrentes, com diferentes estratégias. Para CHIAVENATO (2004), “A estratégia é o comportamento utilizado pela empresa ou organização para lidar com situações inerentes a seu ambiente”. Já para MORAES (2023).

Estratégia é a criação e o fornecimento de valor aos clientes, estabelecendo uma vantagem competitiva sustentável, por meio da compatibilização de recursos, habilidades e planos de ação com as oportunidades do ambiente externo.

Em resumo, a estratégia, no contexto empresarial, refere-se ao conjunto de planos e ações deliberadas concebidas para atingir metas específicas ou enfrentar problemas específicos.

Com o tempo, muitas formas de melhorar o desempenho das organizações surgiram, más as questões ambientais não foram dadas a mesma importância.

Para BARBIERI (2004) “A preocupação com o estado do meio ambiente não é recente, mas foi nas últimas três décadas do século XX que ela entrou definitivamente na agenda dos governos de muitos países e de diversos segmentos da sociedade civil organizada”. Ainda segundo BARBIERI (2004).

No âmbito empresarial, essa preocupação é ainda mais recente, embora não faltassem empresas e entidades empresariais que buscassem práticas ambientalmente saudáveis, mesmo quando o assunto apenas começava a despertar o interesse fora dos círculos restritos de especialistas e das comunidades afetadas diretamente pelos problemas ambientais.

Outros autores também abordam definições sobre sustentabilidade. É o caso de DOBSON (1999).

Nas tentativas de encontrar uma definição de sustentabilidade condizente com a ideia que temos da mesma, nos deparamos com a afirmação de que a aplicabilidade da sustentabilidade pressupõe a mudança do sistema econômico em seus fundamentos capitalistas.

Em resumo, a sustentabilidade abrange a capacidade de satisfazer as necessidades presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem suas próprias necessidades, englobando aspectos ambientais, sociais e econômicos.

A integração da sustentabilidade e estratégia empresarial é essencial para garantir a viabilidade de longo prazo das organizações em um mundo caracterizado por desafios ambientais e sociais cada vez mais urgentes. De acordo com o SEBRAE (2023) “A sustentabilidade será fator ainda mais criterioso para as relações comerciais e empresariais, principalmente para as pequenas e médias empresas”.

2.2 Desafios e Benefícios da Sustentabilidade Ambiental para as Empresas

Nos últimos anos, diversos debates sobre mudanças climáticas ganharam destaque na sociedade, sejam elas pela sociedade ou congressos científicos. Um desses congressos foi a convenção sobre mudanças climáticas que ocorreu no Rio de janeiro em 1992. Sobre este encontro, de acordo com BARBIERI (2004)

A Convenção sobre Mudança do Clima, assinada durante a realização da CNU-MAD no Rio de Janeiro, em 1992, e que entrou em vigor em 1994, tem por objetivo controlar as emissões de gases de estufa, exceto os CFCs que são objetos de outro acordo por causarem efeitos mais danosos sobre a camada de ozônio.

Nestes congressos, governos que o acatam, assumem determinados compromissos de reduzir poluentes para a preservação ambiental em seu respectivos pais.

No Brasil, foi sancionado em 2010 a Lei Federal nº 12.305 que se refere à Política Nacional de Resíduos Sólidos. No Art. 4º, de acordo com o BRASIL (2010)

 A Política Nacional de Resíduos Sólidos reúne o conjunto de princípios, objetivos, instrumentos, diretrizes, metas e ações adotados pelo Governo Federal, isoladamente ou em regime de cooperação com Estados, Distrito Federal, Municípios ou particulares, com vistas à gestão integrada e ao gerenciamento ambientalmente adequado dos resíduos sólidos.

Ou seja, através de uma lei federal, todo o setor privado, junto ao poder público tem o compromisso de destinar resíduos sólidos de forma correta, prejudicando o mínimo possível o meio ambiente.

Com o tempo, legislações visando a preservação ambiental surgem, o que faz as empresas a se adaptar as realidades externas com estratégias para se adaptar as leis. Para LAYRARGUES (2003) “O desafio empresarial para a sustentabilidade não é apenas a internalização da variável ambiental na empresa, mas sobretudo, a velocidade desse processo”. Ainda de acordo com LAYRARGUES (2003).

A questão é que o setor produtivo vê na crise ambiental um fator limitador do caráter expansionista do capitalismo, o que poderia acarretar em medidas restritivas do livre mercado por meio do planejamento e da regulação estatal das atividades produtivas.

Já para o SEBRAE (2023) “A empresa que não adotar a sustentabilidade nas suas operações está fadada ao desaparecimento”.

A integração da sustentabilidade na estratégia empresarial é fundamental para garantir o sucesso das organizações em um mundo em rápida transformação.

A sustentabilidade ambiental nas empresas traz consigo uma série de benefícios econômicos, sociais e ambientais. Referente a redução de custos, de acordo com o SEBRAE (2023).

Mesmo que haja necessidade de investimentos iniciais, as ações de sustentabilidade incentivam alternativas mais econômicas, como economia de energia elétrica, reaproveitamento e menor desperdício de materiais, entre outras.

Ainda de acordo com o SEBRAE (2023). “Empresas sustentáveis são empresas valorizadas pela sociedade, consumidores e credores. Mais do que uma ação de marketing, sustentabilidade valoriza a imagem e a marca da sua empresa no mercado”.

Referente a visão das empresas pela sociedade, segundo QUEIROZ (2014), “A Responsabilidade Social, é uma estratégia que muitas entidades acataram para serem visadas, desenvolverem diferenciais competitivos, e incorporar valor em seus negócios”. Ou seja, as organizações podem utilizar as suas medidas sustentáveis para conquistar clientes em seu nicho de mercado.

No cenário atual, encontramos diversos exemplos de iniciativas de sustentabilidade de pequena escala nas empresas. Isso inclui por exemplo a substituição de copos descartáveis por garrafinhas pessoais, bem como a troca do café servido em copos descartáveis por copos individuais reutilizáveis. Através dessas pequenas, porém significativas práticas, a conscientização ambiental está gradualmente transformando a cultura organizacional, levando à adoção de novos hábitos e à promoção de uma abordagem mais sustentável nas corporações.

2.3 Avanços e desafios no Brasil

No Brasil, percebemos com alguns dados que as práticas socialmente ambientais estão aumentando. De acordo com o OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO (2021), “O Brasil registrou no último fim de semana, dias 23 e 24 de julho, seis novos recordes da geração de energia solar e eólica no Brasil”. Ainda segundo o OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO (2021), “Os registros de geração eólica ao longo do fim de semana representam mais de 120% da demanda do Nordeste”. De acordo com o MINISTÉRIO DAS MINAS E EMERGIA (2021) “As fontes eólica e fotovoltaica tiveram seus custos de implantação e operação reduzidos, refletindo as tendências de mercado observadas”.

Com a redução de custos na produção de energia, poderá ocorrer a redução no valor cobrado a sociedade. Se por um lado temos avanços positivos, em outros, precisamos de maior atenção. Segundo o IPEA (2022).

Com mais de 200 milhões de habitantes, o Brasil é um dos países que mais gera resíduos sólidos – materiais, substâncias e objetos descartados – cuja destinação final deveria receber tratamento com soluções economicamente viáveis, de acordo com a legislação e as tecnologias atualmente disponíveis, mas acabam, ainda em parte, sendo despejados a céu aberto, lançados na rede pública de esgotos ou até queimados.

Com o resultado, o descarte inadequado pode provocar doenças a população e contaminando os mananciais hídricos e tornando mais custoso o tratamento da água para o consumo humano.

Outro desafio referente ao resíduo solido e a sua viabilidade econômica.

Para GRISA E CAPANEMA (2018).

Um dos grandes desafios do país é agregar valor ao lixo, tornando-o economicamente viável. Para superá-lo, um conjunto de práticas não excludentes pode ser utilizado: tratamento dos orgânicos, reciclagem, produção de biogás ou de combustível derivado do resíduo (CDR), e produção de energia elétrica.

Ao observar, nota-se que são necessários maiores avanços e financiamentos para dar prosseguimento a medidas que visam a sustentabilidade, porte financeiro este em que boa parte das vezes ainda é financiado pelo estado ou por grandes empresas.

2.4 Avanços científicos que visam a sustentabilidade

Existem vários desafios para que a humanidade possa substituir práticas poluidoras por meios menos agressivos ao meio ambiente. De acordo com VIEIRA (1995).

Recomenda que se comece o esforço organizando um campo de pesquisa socioambiental integrado e capaz de evolução cumulativa, no qual seriam identificadas inicialmente as principais lacunas de conhecimento teórico e metodológico existentes, para se definir em seguida as orientações gerais pertinentes para uma política de longo prazo, e culminar numa “síntese da construção de uma estratégia de networking, com objetivos simultaneamente acadêmicos e políticos.

Outros autores dão ênfase na ciência como aliada a sustentabilidade.  Para MENON (2008).

Os cientistas se dão conta que, além do avanço da ciência e de suas aplicações que são apropriadas para atingir o desenvolvimento sustentável, a ciência deva estabelecer parcerias com outros setores da sociedade: com a engenharia e as ciências sociais, com o comércio e a indústria, com organizações governamentais e intergovernamentais, e principalmente, com os setores não-governamentais voluntários e independentes que atuam diretamente na sociedade.

Já referente a descarte de lixo, segundo o SERVIÇOS E INFORMAÇÕES DO BRASIL DO GOVERNO FEDERAL (2021) “Em 2020, o Brasil bateu recorde reciclando 97,4% das latas de alumínio que entraram no mercado, segundo dados do setor”. Ainda segundo o SERVIÇOS E INFORMAÇÕES DO BRASIL DO GOVERNO FEDERAL (2021) “Pilhas e baterias foram 155 toneladas recolhidas e destinadas de forma adequada”. Apesar de estarmos avançando, muito ainda precisa ser feito para amenizar nossas ações no meio ambiente. Podemos não perceber, mas medidas simples ajudam a enfrentar estes desafios, tendo vantagens para quem faz.

Por meio de estratégias inteligentes e sustentáveis, como a implementação de estratégia inovadoras e o comprometimento das empresas no processo sustentável, o Brasil pode percorrer um caminho rumo a uma economia justa e sustentável, simultaneamente em que preserva seus recursos naturais. Essa estratégia e iniciativa traz benefícios que contribuem não só o Brasil, como mundialmente.

03. Metodologia de pesquisa

Pode qualificar a pesquisa deste artigo como um estudo de caso devido a análise aprofundada de uma única empresa com levantamentos registrados e relato dos colaboradores. Para YIM (2001).

O estudo de caso é a estratégia escolhida ao se examinarem acontecimentos contemporâneos, mas quando não se podem manipular comportamentos relevantes. O estudo de caso conta com muitas das técnicas utilizadas pelas pesquisas históricas, mas acrescenta duas fontes de evidências que usualmente não são incluídas no repertório de um historiador: observação direta e série sistemática de entrevistas.

Ou seja, no contexto de pesquisa, um estudo de caso geralmente envolve coletar dados através de diferentes métodos, como entrevistas, observações diretas, análise de documentos e registros.

Foi feito um estudo de caso de uma empresa de Linhares – Espírito Santo, com o objetivo de acompanhar a inserção de práticas sustentáveis diariamente em suas rotinas e de seus funcionários. A análise sustentou-se por 30 dias, em inspeções locais. Integrando as pesquisas e agregando compreender os acontecimentos analisados na empresa e relacioná-lo ao conhecimento teórico, compreendendo o momento de inserção da sustentabilidade na organização.

04. Resultados

A pesquisa foi feita em uma empresa de Linhares, com horário de funcionamento das 08:00 às 18:00 horas, com 20 colaboradores e que funciona de segunda a sexta em horário comercial.

Foi verificado que ao longo do tempo, a empresas adotou medidas que são consideradas sustentáveis, mas, estas finalidades não tiveram diretamente este propósito.

A primeira medida observada foi a coleta de água dos quatro aparelhos de ar condicionado da empresa para o uso interno em uma caixa de 250 litros. Foi observado que os aparelhos de ar condicionado são de 12.000 BTUS e a cada dia, o local de armazenamento tinha água o suficiente para a limpeza da empresa e outras necessidades que não envolviam o consumo. De acordo com o colaborador entrevistado, um caixa de 500 litros demora entre cinco à seis dias para encher por completo caso não esteja retirando água. De acordo com o SAAE de Linhares, a tarifa Comercial para Usuários que consomem água acima de 015m³ e de R$ 4,23 e acima disso e cobrado R$ 5,84. Segundo o SAAE (2023) “Cada m³ corresponde a 1.000 litros”. Conversando com o encarregado da empresa, a medida de coleta da água foi posta devido a água dos aparelhos de ar condicionado que empossava o pátio da empresa, a qual gerava transtornos. 

A segunda medida observada foi a substituição dos copos descartáveis por xícaras, copos de vidro e de plástico. Essa medida foi necessária, segundo o encarregado devido ao grande consumo de copos descartáveis que ocorria na empresa e também por estes ficarem espalhados nas mesas ou bancadas da empresa. A cada mês, a empresa gastava cerca de vinte e oito a trinta e duas embalagens com 100 unidades incluindo copos de água e café, o que custava cerca de R$ 4,39 cada. Com esta medida, a empresa gasta cerca de um pacote por mês, para atender a necessidade do público externo da empresa.

A terceira medida observada foi a reutilização de folhas impressas errada ou de papeis impressos entregues a empresa e que iriam ser descartado. Esses papeis geralmente são utilizados em sua maioria para anotações e rascunho. Por mês, cerca de 10 embalagens de folhas são recebidas pela empresa e ficam em um espaço para uso. Esta medida foi usada devido a gerencia ter notado muitos colaboradores indo até a impressora e retiravam as folhas. Cada pacote de 300 folha custa em média R$ 25,00, ou seja, R$ 0,08 por folha.

A quarta medida observada foi o desligamento de todos os 14 computadores após a finalização do expediente de cada funcionário. A medida foi imposta para prevenir incidentes elétricos quando não já ninguém na organização e também a pedido do técnico de informática. Referente a economia de energia, o encarregado da empresa não soube dizer quantos que isso economizava por mês. De acordo com SENAC (2024) “Um computador ligado durante 1 hora/dia consome 5,0 kwh/mês”. De acordo com a EDP  Escelsa, o valor de cada KW na cidade de Linhares para grupos de baixa tensão e que consome acima de 220 kWh é de R$ 0,28.

Abaixo está um quadro demonstrando os benefícios ($) gerados no período avaliado.

Tabela 01- Quadro demonstrativo dos benefícios alcançados.

MEDIDASGASTO
MENSAL
REDUÇÃO MENSALECONOMIA
MENSAL
ECONOMIA
ANUAL
ECONOMIZADO
 POR MÊS (%)
COLETA DE ÁGUA DO
AR CONDICIONADO
309,00286,7022,30267,607%
COPOS DESCARTÁVEIS
(30 embalagens)
140,488,78131,701.580,4094%
PAPEL PARA IMPRESSORA 200,0075,00125,001.500,0063%
DESLIGAMENTO DOS
COMPUTADORES
2.090,562.066,9623,60283,201%
TOTAL2.740,042.437,44302,603.631,2011%
Fonte: Elaborado pelos autores com base no preço vigente de cada medida pelos fornecedores.

Durante a pesquisa, foi constatado que medias simples geram impactos de forma positiva para os gastos da empresa. Notou se também que, mas medidas no primeiro momento, não foram impostas devido a questões ambiental, más que gerou uma adoção sustentável. Por fim, verificamos que algumas medidas foram impostas aos colaboradores como finalidade para resolver certos problemas.

5. Conclusão

O Brasil tem avançado em algumas áreas, como a geração de energia renovável e o aumento das taxas de reciclagem, mas ainda enfrenta desafios, especialmente no gerenciamento de resíduos sólidos e na inserção de práticas sustentáveis em todos os setores de atividades. Diante da análise sobre a importância das praticas sustentáveis nas organizações, identificou que muito há a se fazer em favor do descarte correto dos resíduos sólidos e em sua redução diariamente. O estudo identificou avanços positivos na adoção de estratégias e implementação de medidas Sustentáveis na organização, e que deve ser usada como cultura, a fim de enraizar atitudes na organização mesmo que inicialmente elas sejam motivadas por questões financeiras. As medidas adotadas pela empresa em Linhares demonstram que pequenas ações, como a coleta de água dos aparelhos de ar condicionado, a substituição de copos descartáveis e a reutilização de papel, não apenas contribuem para reduzir custos e amenizar problemas como a água indevida no pátio, mas também têm um impacto positivo no meio organização. Adoção dessas práticas, possibilitam redução de custos operacionais, o cumprimento das normas ambientais, através dessas práticas observa-se que é possível e de forma simples implementar medidas Sustentáveis de forma corriqueira nas organizações. O proprietário da empresa aprovou os resultados economizou 11% dos custos ao adotar as medidas, reduziu os gastos desnecessários e substituiu por novas técnicas sustentáveis, revelou ter economizado a quantia R$ 3.631,20 anualmente que o auxilia por exemplo, pagar alguns custos variáveis como a conta de água, itens para escritório, custos fixos como a conta de internet dentre outros benefícios, e que pretende aderir a mais práticas, como o ponto digital e placa solar. Todavia, as organizações precisam dar mais um passo na questão sustentável, adotar novas práticas e para isso políticas públicas podem ser implementadas como forma de incentivo para as empresas que aderirem novas técnicas sustentáveis.

Em relação aos desafios que o Brasil enfrenta em relação as práticas sustentáveis é de suma importância ressaltar o importante papel da responsabilidade social das famílias nesse contexto. Ao educar e engajar os membros familiares as famílias transitam de geração em geração cultivando pessoas preocupadas com os recursos naturais e os impactos ambientais, multiplicando essa ação e inspirando cada vez mais pessoas a agirem e presarem por um futuro melhor. O incentivo pode ser financeiro visto que o retorno a ação pode trazer economia como visto pelo empresário ou preocupar- se com as futuras gerações que estão de vir. Portanto a responsabilidade social é uma forma de agir consciente e eticamente, levando em conta a sociedade, criando impactos positivos.

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1Graduação, Faculdade de ensino superior de Linhares – FACELI -, Brasil
E-mail: evandroma2050@gmail.com

2Graduação, Faculdade de ensino superior de Linhares – FACELI -, Brasil
E-mail: tainaradias13@hotmail.com