SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE COMO ESTRATÉGIA DE PROMOVER QUALIDADE NO ATENDIMENTO À POPULAÇÃO

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7922106


Bianca Thaís Silva do Nascimento; Rafaela Cassiano Zamboni; Eliana Aparecida Henrique Steins; Aline Beatriz de Jesus Costa; Judicléia Marinho da Silva; Michele Garcia; Rodrigo Daniel Zanoni; Romina Pessoa Silva de Araujo; Valdirene Pereira da Silva Carvalho; Jaira Dos Santos Silva; Iale Thaís Silva do Nascimento; Eduarda Augusto Melo; Elismar de Souza Cavalcanti; Ana Karine Larageira; Tânia Mara Ribeiro dos Santos


RESUMO

A utilização de Sistema de Informação em Saúde (SIS), é uma ferramenta que atua de forma integrada, por meio de mecanismos de coleta, tabulação, análise e transmissão de dados. Contribuindo para a melhoria da qualidade, eficácia e assistência do atendimento aos usuários, possibilitando realização de pesquisas no setor saúde, fortalecendo e contribuindo no processo de ensino. Objetivo proposto por esse estudo é demonstrar a importância da utilização dos Sistemas de Informação em Saúde, executado de forma correta e alimentação dos bancos de dados para contribuir em pesquisas em saúde. Para o desenvolvimento da pesquisa, optou-se pelo método da revisão integrativa de literatura, para direcionar o estudo, foi utilizada a pergunta norteadora ”Como o sistema de informação em saúde pode promover qualidade no atendimento?”, Resultando em amostra 10 estudos, dispostos nos bancos de dados online. Para a pesquisa utilizou-se os descritores “Banco de dados”, “Saúde”, “Qualidade” e “Atendimento”, a mesma foi realizada entre o mês de agosto e setembro de 2022. A pesquisa teve como resultado que o uso de Sistema de Informação em saúde traz grandes benefícios ao setor da saúde no que tange a qualidade da assistência e no meio científico, provendo dados para pesquisas e o Estado, através dessas informações é factível nortear a tomada de decisões. No entanto, há dificuldades no processamento dessas informações por questões estruturais no que diz respeito a ferramentas de coleta e de disposição dos dados, bem como na capacitação de profissionais para tais atribuições. Conclui-se com a percepção da importância de manter o banco de dados atualizado e os profissionais capacitados para a disponibilização das informações coletadas, podendo assim ofertar uma base de dados sólidos, concisos, de qualidade e eficientes, que poderão contribuir na assistência de usuários dos sistemas de saúde, e no meio acadêmico em pesquisas e trabalhos científicos.

Palavras-chave: Banco de dados, Saúde, Qualidade, Atendimento.

ABSTRACT

The use of the Health Information System (SIS) is a tool that works in an integrated way, through mechanisms of collection, tabulation, analysis and transmission of data, contributing to the improvement of the quality, effectiveness and assistance of service to users. Making it possible to carry out research in the health sector, strengthening and contributing to the teaching process. Objective proposed by this work is to demonstrate the importance of using Health Information Systems, performed correctly and feeding the databases to contribute to health research. For the development of the research, the method of integrative literature review was chosen, to direct the study, the guiding question was used “How can the health information system promote quality in care?”, with a sample of 10 articles, arranged in the online databases, the descriptors “Database”, “Health”, “Quality” and “Service” were used for the research, it was carried out between August and September 2022. The research resulted in the use of the Information System in health brings great benefits to the health sector in terms of the quality of care and in the scientific environment, providing data for research and the State, through this information it is feasible to guide decision-making. However, there are difficulties in processing this information for structural reasons, with regard to data collection and disposal tools, as well as in the training of professionals for such assignments. Concluding with the perception of the importance of keeping the database updated and the professionals trained to make the information collected available, thus being able to offer a solid, concise, quality and efficient database, which can contribute to the assistance of users of the health systems, and in the academic environment in research and scientific work.

Keywords: Database, Health, Quality, Service.

INTRODUÇÃO

 O Sistema de Informação em Saúde (SIS), trata-se de uma ferramenta que necessita de três componentes primordiais: dados, informação e conhecimento. Este sistema atua de forma integrada por meio de mecanismos de coleta, tabulação, análise e transmissão de dados, que resultam e contribuem para a melhoria da qualidade, eficácia e assistência do atendimento aos usuários. Além de possibilitar a realização de pesquisas em saúde, fortalecendo e auxiliando no processo de ensino (SIQUEIRA, 2005).

 À institucionalização dos os SIS no Brasil, teve início na década de 1970, através da padronização do formulário de Declaração de Óbito e do fluxo de coleta de dados correspondentes, trazendo o uso dos sistemas de informação em saúde, a expansão e o desenvolvimento, em âmbito nacional, acompanhando a regulamentação e a organização do Sistema Único de Saúde (SUS) em Redes de Atenção à Saúde potencializadas pelo acelerado desenvolvimento e incorporação de tecnologias de informação e de comunicação que acontecem no país, a partir da década de 1990 (BRASIL, 2001).

O desenvolvimento e evolução dos sistemas de informação em saúde ocorrem rapidamente. Além das mudanças tecnológicas, os conceitos e métodos de armazenamento, tratar e disseminar informação para que seja utilizada da melhor forma por diferentes públicos têm se desenvolvido rapidamente: gestores, acadêmicos e população no geral (BRASIL, 2009).

Diante do exposto, objetivou-se discorrer sobre como os sistemas de saúde quando bem executados e alimentados, podem proporcionar melhora na qualidade do atendimento prestado.

METODOLOGIA 

Trata-se de uma Revisão Integrativa de Literatura, que é um método de pesquisa que proporciona reunir, sintetizar conhecimentos e a incorporação da aplicabilidade de resultados de estudos significativos na prática (SOUZA; SILVA & CARVALHO, 2010).

A elaboração da presente revisão integrativa da literatura dispôs as seguintes etapas percorridas: definição da questão norteadora e do objetivo da pesquisa; estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão das publicações; busca na literatura; análise e categorização dos estudos, apresentação e discussão dos resultados apurados. Diante disso, para o direcionamento da pesquisa utilizou-se a pergunta norteadora “Como o sistema de informação em saúde pode promover qualidade no atendimento? ”.

Para a produção deste estudo, foram consultadas as bases de dados indexadas na Biblioteca Virtual em Saúde: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online

(MEDLINE), Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Base de Dados de Enfermagem (BDENF). Utilizou-se os Descritores em Ciência da Saúde (DeCS) de forma associada: “Banco de dados”, “Saúde”, “Qualidade” e “Atendimento”. Com auxílio do operador booleano “AND”, e em seus respectivos idiomas: Português e Inglês. Sendo realizada a busca no período de agosto e setembro de 2022.

Os critérios de inclusão para a seleção da amostra foram: artigos científicos, com textos completos, publicados na língua portuguesa e inglesa, com o período de publicação a partir do ano de 2012 até o ano de 2022, materiais do Ministério da Saúde e da legislação brasileira, abordando a temática independente da temporalidade. Critérios de exclusão foram: artigos incompletos, cartas ao editor, debates, resenhas, resumos ou artigos publicados em anais de eventos, indisponíveis na íntegra e duplicados.

A figura 1 apresenta um fluxograma que demonstra a operacionalização para seleção dos estudos incluídos nesta revisão integrativa.

FIGURA 1: Fluxograma de operacionalização para seleção dos estudos incluídos na revisão integrativa.

Fonte: autoria própria

RESULTADOS E DISCUSSÃO 

Foram considerados, inicialmente, 220 artigos com a temática proposta; dentre estes, foram excluídos 170 artigos, conforme os critérios de exclusão estabelecidos. Após a aplicação dos critérios de inclusão, restaram 50 estudos. 

Considerando, inicialmente, a busca dos artigos que abordassem a temática proposta para compor a fundamentação da discussão deste artigo, foram recuperados pela estratégia de busca um total de 28 artigos que foram analisados, discutidos integralmente e utilizou-se 10 estudos que trouxeram conceitos e materiais do Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde, Organização Mundial de Saúde e legislação brasileira. Devido à escassez de estudos que especificamente, artigos que abordassem a temática de forma atual, tivemos a necessidade de ampliar as bases de dados e busca de materiais para a composição do presente artigo, para melhor qualidade do conteúdo científico disposto no material produzido. Concernente aos objetivos do estudo, apropriando-se das literaturas, respeitando os objetivos pré-definidos. 

As principais informações sobre os materiais incluídos encontram-se no Quadro 1 a seguir.

QUADRO 1: Síntese dos estudos primários incluídos na revisão integrativa.

Autoria/AnoTítuloObjetivoConclusão
BITTAR, Olímpio J. Nogueira et al. /2018Sistemas de informação em saúde e sua complexidadeContribuir para a interoperabilidade dos sistemas de informação no SUS, listados neste estudo, detalham-se as condições internas das unidades de saúde que influenciam nos resultados das operações que merecem ser analisadas e sintetizadas para efetividade do processo de integração.Informação consistente e de qualidade é ferramenta fundamental para tomada de decisão, para a ampliação de possibilidades de racionalização de ações, coibição do desperdício, controle e alocação correta de recursos. Informação significa financiamento.
BRASIL, Ministério da Saúde / 2016Manual de Planejamento no SUSDemonstrar quais são os segmentos para o planejamento no SUS.Todo o processo de planejamento e execução são de formas complementar e interligadas.
BRASIL, Ministério da Saúde / 2015Portaria N° 589, de 20 de maio de 2015Informar sobre a Política Nacional de Informação e Informática em Saúde (PNIIS).Uso da PNIIS para implementação e regimento efetivo do SUS.
BRASIL, Ministério da Saúde / 2017Portaria de consolidação N° 4, de 28 de setembro de 2017Evidenciar o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, instituído pela Lei nº 9.836, de 23 de setembro de 1999, é um subsistema do SUS.Demonstração positiva em relação ao uso dos subsistemas do SUS desde sua execução. 
BRASIL, Ministério da Saúde / 2009Experiência brasileira em sistemas de informação em saúdeFocalizar a situação atual, o uso e a perspectiva dos usuários destes sistemas e instituições, bem como identificar os pontos positivos e as dificuldades existentes, e as sugestões dos entrevistados para seu aprimoramento. Visto a necessidade de sistemas de apoio, resultou-se na aplicação dos SIS mostrando que cumpriram seu propósito, mas ainda há a necessidade de capacitações para o preenchimento correto. 
BRASIL, Ministério da Saúde / 2001Manual de procedimentos do sistemas de informações sobre mortalidadeOrientar os profissionais que estão envolvidos na operacionalização do SIM sobre os principais procedimentos do sistema, incluindo o fluxo dos documentos e rotinas decorrentes do processamento dos dados, bem como as diversas atribuições de cada instância.Conclui-se que a realização e procedimentos dos sistemas auxiliam no preenchimento dos dados e uma rápida resposta para a compreensão e investigação da taxa de mortalidade em determinada região. 
LIMA, Areta Cristina et al. / 2015O uso de sistemas de informação na saúde públicaO estruturar sistemas de informação em saúde, integrar dados em saúde, bem como auxiliar na gestão dos diversos níveis de atenção em saúde.O DATASUS objetiva principalmente estruturar os sistemas de informação em saúde que integrem os dados em saúde, bem como auxiliem na gestão dos diversos níveis de atenção em saúde, fortalecendo o processo de administração descentralizada, simultaneamente, hierarquizada; o controle social e os princípios do SUS. 
OPAS – Organização Pan-Americana da Saúde. / 2011 As redes de Atenção à saúdeExaminar alguns desses movimentos, verificar como têm se dado internacionalmente e como poderiam ser implantados no SUS. Portanto, o foco do trabalho está no sistema público de atenção à saúde brasileiro.A experiência do PMC indica que os fundamentos teóricos e conceituais das RAS’s, assim como na experiência internacional, serão úteis para a organização dos programas do SUS. Além disso, comprova que, apesar dos baixos recursos que o SUS dispõe, pode-se fazer muito mais desde que se transforme, com profundidade, o modo de estruturação do sistema de atenção à saúde. Fazer mais do mesmo não é a solução. A solução está em fazer diferente e os caminhos, como o caso do PMC atesta, são as RAS’s.
SIQUEIRA, Marcelo Costa. / 2005Gestão estratégica da informaçãoDescrever as estratégias de implementação através do equilíbrio entre as visões puramente ideológicas e os modelos potencialmente filosóficos. Gestão Estratégica da Informação nos cursos de Administração de Empresas, Sistemas de Informações, Engenharia de Produção, Ciência da Informação, entre outros. 
SOUZA, Marcela Tavares de; SILVA, Michelly Dias da; CARVALHO, Rachel de. / 2010Integrative review. What is it? how do itApresentar as fases constituintes de uma revisão integrativa e os aspectos relevantes a serem considerados para a utilização desse recurso metodológico.Diante da necessidade de assegurar uma prática assistencial embasada em evidências científicas, a revisão integrativa tem sido apontada como uma ferramenta ímpar no campo da saúde, pois sintetiza as pesquisas disponíveis sobre determinada temática e direciona a prática fundamentando-se em conhecimento científico.

Fonte: Autoria própria

 Os Sistemas de Informação em Saúde (SIS) desenvolvidos no Sistema Único de Saúde (SUS) tendo como base as necessidades da informação para gestão e monitoramento de situações sociais, de risco, para o controle de produtividade e repasse de recursos financeiros. Seguem políticas de saúde, diretrizes do SUS, estratégias de gestão e normas administrativas. 

Diversos SIS são manuseados pelas organizações de saúde, tanto no setor público e privado, que possuem como intuito reduzir custos e aumentar a qualidade nos serviços prestados. Desenvolvidos por diferentes fornecedores, possuem arquiteturas, bases de dados e infra estruturas divergentes. Com isso, são criados aplicativos que por vezes são incapazes de comunicarem entre si, gerando problemas de interoperabilidade, trazendo entraves que possam interferir na qualidade da assistência prestada quando não há um meio de acesso amplo para a assistência  (BITTAR, 2018). 

Diante a percepção do  o uso de Sistema de Informação em Saúde traz grandes benefícios ao setor da saúde no que tange a qualidade da assistência e no meio científico quando bem elaborados e executados, proporcionando dados para pesquisas e para o Estado, através dessas informações é possível nortear a tomada de decisões. No entanto, ainda há dificuldades para o processamento dessas informações por questões estruturais, no que diz respeito a ferramentas de coleta e de disposição dos dados, bem como na capacitação de profissionais para tais atribuições (BITTAR, 2018).

A eficiência está relacionada com a otimização do uso de recursos para a realização dos diversos processos desempenhados pelos profissionais, tanto no cuidado na alimentação do sistema, como na administração, a estratégia de gestão é fundamental para o bom sucesso de uma instituição, requerendo eficácia operacional, que depende da interação com os recursos. O desenvolvimento de SIS visa suprir as necessidades de interação das equipes para a coordenação do cuidado nos atendimentos. É um conjunto de componentes inter-relacionados que coletam, processam, armazenam e distribuem informações para a tomada de decisões no âmbito estratégico e operacional, em atenção à diversidade das organizações, dos profissionais e dos processos envolvidos nas operações técnicas e administrativas. Incluem componentes básicos da tecnologia da informação (TI), como técnica, desenvolvimento, uso e o gerenciamento (OPAS, 2011).

A área da saúde é influenciada pelo expressivo número de variáveis internas e externas que interferem nos processos saúde-doença e na administração de programas, serviços e unidades de saúde. Há dificuldades de padronização de insumos, métodos, técnicas e processos tanto na infraestrutura como nas áreas fins devido à grande diversidade de categorias profissionais, além de outras especialidades profissionais que se ocupam das subáreas relacionadas. As diversas formas jurídicas, administração direta, indireta, fundações, associações, entidades privadas, filantrópicas, beneficentes e que visam lucro, exigem por força legal múltiplos controles e prestações de contas (BRASIL, 2016). 

No setor saúde o sistema de informação está inteiramente ligado aos serviços prestados à população, notificações compulsórias ou não, é alimentação dos bancos de dados: DATASUS, Rede Nacional de Dados em Saúde (Rede Nacional de dados em saúde), principais programas disponibilizados pelo Ministério da Saúde com a finalidade de profissionais e população acompanharem os dados presentes nas bases dados, ainda que existam entraves para a manutenção de atualização dos dados. Percebendo que os dados que se mantêm atualizados devidamente são os de Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) (BRASIL, 2016). 

O Sistema de Informações Ambulatoriais informa sobre a produtividade de consultas de gineco-obstetrícia e também sobre a cobertura de gestantes alcançada com as consultas de pré-natal realizadas, Sistemas de Informações no âmbito hospitalar sobre a ocorrência de complicações relacionadas à gravidez, ao parto e ao puerpério e base de dados sobre Mortalidade informa sobre o índice de mortalidade materna (BRASIL, 2015).  

O SIS apresenta dados geradores de informações de qualidade para a tomada de decisões, direcionamento, qualidade para o atendimento e precisão na gestão no setor geral da saúde, desde a rede pública até a privada, quando bem coletados e processados. Visando a melhoria das unidades operacionais, produção, planejamento das ações para efetividade de melhoria de indicadores de saúde (BRASIL, 2009). 

No Brasil o SIS está relacionado diretamente com o SUS desde os princípios, diretrizes, divulgação de informações e controle social (participação da comunidade na gestão, no controle e na fiscalização dos serviços e ações de saúde), além de garantir o direito à informação às pessoas assistidas e a prevenção da autonomia individual como direito do cidadão (BRASIL, 2009).

Conforme a Portaria de Consolidação N° 4 Normatiza o sistema de informação e tecnologia como inovação e evolução da saúde. Normatiza os sistemas e subsistemas nacionais de saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS): Sistema Nacional de Transplantes (SNT), instituído pelo Decreto n° 2.268, de 30 de junho de 1997.  Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados (SINASAN), instituído pela Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 e disciplinado pela Lei nº 10.205, de 21 de março de 2001 e o Sistema Nacional de Laboratórios de Saúde Pública (SISLAB). São sistemas de informação e tecnologia como inovação e evolução da saúde (BRASIL, 2017).

O principal programa de uso para pesquisas em bancos em saúde é o DATASUS, que teve seu desenvolvimento em meados de 1991, com o objetivo de coordenar o desenvolvimento dos Sistemas de Informação em Saúde para contemplar as necessidades do Sistema Único de Saúde, de acordo com as diretrizes constitucionais. Responde pelo suporte aos SIS e pela manutenção dos Servidores e das bases de dados nacionais (LIMA, 2015).

 O DATASUS tem realizado esforços em capacitação à distância, com cursos de utilização do TabWin e codificação da CID 10, além de participar do esforço da RNIS, que, em 2001, terminou um conjunto de seis cursos em Educação a Distância (EAD) voltados para um programa nacional de capacitação do profissional de informação em saúde. A capacitação à distância tem se mostrado uma importante ferramenta, principalmente para um país com as dimensões no âmbito de qualidade da coleta e da disposição dos dados presentes na plataforma (BRASIL, 2009).

A Política Nacional de Informação e Informática em Saúde (PNIIS), instituída pela portaria N°589, de 20 de maio de 2015, traz como principal objetivo aumentar a qualidade e ampliar acesso à atenção à saúde, de forma a qualificar a equipe de saúde, agilizar o atendimento e melhorar o fluxo de informações para apoio à decisão em saúde (BRASIL, 2015).

O uso de Sistema de Informação em saúde traz grandes benefícios ao setor da saúde no que tange a qualidade da assistência e no meio científico, proporcionando dados para pesquisas e para o Estado, através dessas informações é possível nortear a tomada de decisões. No entanto, ainda há dificuldades para o processamento dessas informações por questões estruturais, no que diz respeito a ferramentas de coleta e de disposição dos dados, bem como na capacitação de profissionais para tais atribuições (BRASIL, 2015).

CONCLUSÃO

Visto que os sistemas de informação em saúde quando não atualizados trazem má gestão dos serviços de saúde. Percebe-se a importância de manter o banco de dados atualizado e os profissionais capacitados para a disponibilização das informações coletadas, podendo assim ofertar uma base de dados sólidos, concisos, de qualidade e eficientes, que poderão auxiliar na assistência à saúde da população brasileira, na gestão dos serviços públicos, no meio acadêmico em pesquisas e trabalhos científicos. 

Nota-se que os sistemas de informação em saúde (SIS) contribuem para a melhoria da qualidade e da produtividade da assistência de saúde, possibilitando a realização de pesquisas e atividades de ensino, através da alimentação dos sistemas visando a qualidade e capacitação dos profissionais para que os preenchimentos dos dados sejam realizados de forma segura e com margem mínima de erro, quando todos os processos são executados de maneira correta. Vale ressaltar que durante a pesquisa, notou-se a escassez de materiais atualizados que abordassem a temática de maneira científica e em formato de revisão de literatura. 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BITTAR, Olímpio J. Nogueira et al. Sistemas de informação em saúde e sua complexidade. Revista de Administração em Saúde, v. 18, n. 70, 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Procedimentos dos Sistemas de Informações sobre Mortalidade. Brasília, 2001.

______. Ministério da Saúde. A experiência brasileira em sistemas de informação em saúde. Brasília. 2009. 

______. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria N° 589, de 20 de maio de 2015. Brasília, 2015.

______. Ministério da Saúde. Manual de Planejamento no SUS. Brasília. 2016.

______. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria de Consolidação N° 4, de 28 de setembro de 2017. Brasília, 2017.

LIMA, Areta Cristina et al. DATASUS: o uso dos Sistemas de Informação na Saúde Pública. REFAS: Revista FATEC Zona Sul, v. 1, n. 3, p. 4, 2015. 

OPAS – Organização Pan-Americana da Saúde. As redes de atenção à saúde. Brasília (DF), 2011.

SIQUEIRA, Marcelo Costa. Gestão Estratégica da Informação. Rio de Janeiro: Brasport, 2005. 

SOUZA, Marcela Tavares de; SILVA, Michelly Dias da; CARVALHO, Rachel de. Integrative review: what is it? How to do it?. Einstein (São Paulo), v. 8, p. 102-106, 2010.