DIDACTIC SEQUENCE AS AN INSTRUMENT FOR THE UNDERSTANDING AND PRODUCTION OF TEXTS IN ELEMENTARY EDUCATION
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10514864
Rosiara Ibiapino Araújo¹
Rita Alves Vieira²
RESUMO: O presente estudo tem por objetivo apresentar, de modo prático e dinâmico, como o trabalho instrumentalizado por sequência didática pode significativamente favorecer o processo de compreensão e produção textual nas séries finais do ensino fundamental de modo a utilizar a sequência didática para a aquisição dos um dos objetivos determinados na BNCC para o Ensino Fundamental em Língua Portuguesa: a compreensão e produção de texto dos mais diversos gêneros, como narrativas, poesias, notícias, artigos, cartas, ente outros. Entendese, por sequência didática, sob o olhar de Joaquim Dolz e Bernard Schneuwly (2004) uma prática dinâmica de ensino da Língua por meio de estratégias que envolvem um planejamento organizado de forma progressiva, cujo objetivo é desenvolver determinadas habilidades e competências nos alunos, tudo isso de forma significativamente contextualizada e estruturada. Para isso, o caminho metodológico adotado foi a pesquisa bibliográfica, sob a ótica de teóricos como Piajet (1967), Vygotsky (2000), Perrenoud (2000), Flavell (1976) dentre outros. Os resultados dos estudos concluem que, quando aplicada ao ensino de compreensão e produção textual nas séries finais do ensino fundamental, pode-se trazer mais organização e progressão do ensino; construção de conhecimento de forma gradativa; contextualização e significação ao abordar temas relevantes; além de se mostrar como uma variedade de atividades; proporcionar um feedback para o professor, além de proporcionar também uma revisão do conteúdo lecionado; trazer desenvolvimento de habilidades linguísticas e promover autonomia do aluno.
PALAVRAS-CHAVE: Sequência didática; BNCC; Compreensão e Produção de textos.
ABSTRACT: The present study aims to present, in a practical and dynamic way, how the work instrumentalized by didactic sequence can significantly favor the process of understanding and textual production in the final grades of fundamental education, in order to use the didactic sequence for the acquisition of one of the objectives determined in the BNCC for Elementary Education in Portuguese: the understanding and production of texts of the most diverse genres, such as narratives, poetry, news, articles, letters, among others. Under the eyes of Joaquim Dolz and Bernard Schneuwly, a didactic sequence is understood to be a dynamic practice of language teaching through strategies that involve progressively organized planning, whose objective is to develop certain skills and competences in students, all of which in a significantly contextualized and structured way. For this, the methodological path adopted was the bibliographical research, from the perspective of theorists such as Piajet (1967), Vygotsky (2000), Perrenoud (2000), Flavell (1976) among others. The results of the studies conclude that, when applied to the teaching of comprehension and textual production in the final grades of elementary school, it can bring more organization and progression of teaching; construction of knowledge gradually; contextualization and meaning when approaching relevant themes; in addition to showing itself as a variety of activities; provide feedback to the teacher, in addition to providing a review of the content taught; bring development of language skills and promote student autonomy.
KEYWORDS: Didactic sequence; BNCC; Comprehension and Production of texts.
1 INTRODUÇÃO
No contexto educacional, a aquisição e o desenvolvimento das habilidades de leitura, compreensão e produção de textos são fundamentais para o sucesso acadêmico e a formação integral dos estudantes. Preconizados pela BNCC, as 10 competências que devem ser desenvolvidas pelo estudante ao longo de toda a educação básica estão intrinsecamente ligadas à habilidade de ler e interpretar o que ler, além de o estudante ser capaz de produzir seu próprio texto a partir do acúmulo de saberes adquiridos pelas várias leituras.
A Língua Portuguesa desempenha um papel central nesse processo, pois é por meio dela que os alunos se comunicam, constroem conhecimento e interagem com o mundo ao seu redor. Mediante a falibilidade no desenvolvimento dessas competências e habilidades (comprovadas por meio de resultados de testes aplicados a nível nacional e internacional), urgem mudanças imediatas no processo de leitura e produção de texto, cerne necessário para que o conhecimento seja adquirido e reproduzido.
Nesse sentido, a utilização de práticas de estratégias didáticas é essencial para promover o desenvolvimento dessas habilidades desde os anos iniciais do Ensino Fundamental, mas com mais urgência e exatidão nos anos finais desse ensino. É de suma importância, pois, identificar os pontos falhos na forma atual em que se dá processo – que tem gerado esse déficit de leitura constatado nos índices nacionais e internacionais, e entender como funciona a sequência didática a fim de aplicar essa metodologia de ensino na prática pedagógica de maneira mais cotidiana e dinâmica, com o objetivo maior de se alcançar os efeitos prometidos por tal metodologia.
Contextualização: A sequência didática é uma abordagem pedagógica que busca organizar o ensino de forma sequencial, articulando diferentes atividades e estratégias para favorecer a compreensão e a produção de textos pelos alunos. Diante disso, o presente artigo tem como objetivo discutir como a compreensão e produção textual tem se dado na sala de aula e apresentar uma metodologia pautada na sequência didática como instrumento para o
desenvolvimento da compreensão e produção de textos no 9º ano do Ensino Fundamental, apresentando um modo mais didático de colocar tal atividade em prática no cotidiano do professor.
Justificativa: A escolha desse tema se dá pela necessidade de se refletir sobre práticas pedagógicas que possam contribuir, de forma efetiva, para o desenvolvimento das habilidades de linguagem dos alunos, especialmente por entender que o método utilizado até então não tem demonstrado resultados positivos nos exames de avaliação nacionais e internacionais aplicados. A sequência didática surge como uma proposta metodológica capaz de proporcionar uma abordagem integrada e contextualizada, estimulando a participação ativa dos alunos e promovendo uma reflexão sobre a linguagem, uma resposta à apatia que tem dominado o ensino dos gêneros textuais e a produção de texto em salas de aula do Ensino Fundamental II.
Questão norteadora:
Como o trabalho instrumentalizado por sequência didática pode significativamente favorecer o processo de compreensão e produção textual nas séries finais do ensino fundamental?
Objetivos:
GERAL: O objetivo principal deste artigo é analisar como a sequência didática pode ser um instrumento eficiente no processo de ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa, especificamente na compreensão e produção de textos, no âmbito do 9º ano do Ensino Fundamental. Além disso, procura-se:
ESPECÍFICOS:
- Apresentar os conceitos e fundamentos teóricos que embasam a sequência didática como abordagem pedagógica para o ensino de língua portuguesa;
- Discutir as etapas e os elementos que compõem uma sequência didática voltada para o desenvolvimento da compreensão e produção de textos;
- Analisar os benefícios e desafios da implementação da sequência didática no contexto do Ensino Fundamental;
- Exemplificar boas práticas de sequências didáticas aplicadas ao ensino de língua portuguesa, destacando os resultados alcançados pelos alunos.
Metodologia: Para alcançar os objetivos propostos, foi realizada uma revisão bibliográfica com base em obras e estudos relacionados à sequência didática e ao ensino de Língua Portuguesa. Segundo Prodanov (2013), a pesquisa bibliográfica envolve a utilização de conteúdos previamente publicados, como livros, revistas, artigos científicos, periódicos, jornais, boletins, monografias, dissertações, teses, material cartográfico e recursos da internet. O seu objetivo é permitir que o pesquisador entre em contato direto com o conjunto de informações já existentes sobre o tema de estudo, sendo fornecidas essencialmente por fontes de conhecimento já elaboradas e divulgadas. Já Lakatos (2003), aborda a pesquisa bibliográfica como uma etapa crucial no processo de pesquisa científica, pois é essência para a seleção de fontes, para que haja uma leitura crítica, sistematização da pesquisa, citação e referência, ampliação do conhecimento e revisão da literatura. Essa revisão ajuda a contextualizar o tema da pesquisa seguindo uma linha de raciocínio fruto dos objetivos específicos do estudo. Em primeira instância, vamos apresentar os conceitos e fundamentos teóricos que embasam a sequência didática como abordagem pedagógica para o ensino de língua portuguesa; posteriormente discute-se as etapas e os elementos que compõem uma sequência didática voltada para o desenvolvimento da compreensão e produção de textos.
Alguns dos principais autores nessa área que serão norteadores para esse estudo incluem Joaquim Dolz e Bernard Schneuwly (2004), mas este estudo se detém às teorias que alimentam os estudos sobre sequência didática, como Vygotsky, Piajet, dentre outros… autores que são referências na área de sequências didáticas, especialmente no contexto da abordagem didática denominada “Gêneros Discursivos”. Eles exploraram a ideia de sequências didáticas como um conjunto de atividades estruturadas para a aprendizagem de gêneros textuais específicos.
Contribuições esperadas: Este artigo pretende contribuir para a reflexão e aprimoramento das práticas pedagógicas no ensino de Língua Portuguesa, apresentando uma sequência didática como um instrumento eficiente para o desenvolvimento da compreensão e produção de textos. Espera-se que os resultados e as discussões apresentadas possam subsidiar professores, gestores educacionais e pesquisadores interessados na promoção de uma educação linguística mais significativa e eficaz.
Estrutura do artigo: O artigo está organizado da seguinte forma: na seção seguinte, serão apresentados os resultados dos exames avaliativos nacionais a respeito da compreensão e produção de texto. Esses resultados atestam que a metodologia usada atualmente não está promovendo os efeitos desejados. Em seguida, discute-se sobre a nova proposta utilizando a Sequência Didática como instrumento de construção de competências e habilidades exigidas pela BNCC, e também os fundamentos teóricos e conceituais relacionados à sequência didática e ao ensino de Língua Portuguesa; posteriormente, serão apresentados os resultados e discussões; por fim, serão realizadas as considerações finais e recomendações para práticas futuras.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Incontáveis são os renomados teóricos que defendem a importância da compreensão e produção de textos em sala de aula. Difícil é encontrar discurso que negue tal crença, seja ela popular ou científica. O que se traz à indagação inicial para a presente pesquisa é: por que mesmo sendo algo tão essencial, os níveis de leitura do País estão tão deficitários?
Antes de se chegar a essa resposta, é cabível, em primeira análise, discutir qual o papel da compreensão de textos para a vida escolar e em sociedade. Compreender textos perpassa por nossa capacidade comunicativa. Entende-se aqui texto como qualquer processo usado para se comunicar, para se transmitir uma mensagem, independentemente do suporte ou canal utilizado para tal fim. Mediante a esses percalços, é importante salientar o quão fundamental é a compreensão para a vida escolar e em sociedade como um todo. Desse modo, considera-se que acapacidade de ler e compreender textos é tarefa importantíssima para a vida escolar e social do indivíduo.
Segundo Koch (2003), um texto é uma unidade linguística que vai além das palavras individuais e das frases isoladas, sendo uma construção complexa que requer análise da sua estrutura, das relações entre as partes e das influências contextuais para uma completa. Ler e interpretar textos, pois, torna-se tarefa essencial que, de acordo com a BNCC, devem ser atividades desempenhadas pelos estudantes nacionais. Segundo o documento, o domínio da leitura e da escrita é uma competência essencial que deve ser trabalhada em todas as etapas da educação básica, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio.
Isso significa que a alfabetização e o letramento são considerados fundamentais desde os anos iniciais da educação. Na verdade, já é a partir dos anos iniciais do Ensino Fundamental que a BNCC estabelece que os estudantes devem desenvolver a capacidade de ler e compreender textos diversos, escrever de forma coerente e coerente, além de analisar e refletir sobre diferentes linguagens. Porém, analisando os dados do PISA 2018 (pesquisa feita com foco em avaliar os índices de leitura dos estudantes de 15 anos em 57 países), o Brasil ficou em 52ª posição. Ainda, segundo relatório emitido pelo INEP – Instituto Nacional de Educação e Pesquisa Anísio Teixeira, no quesito leitura, foi identificado que mais de 20% das respostas fornecidas pelos jovens brasileiros em 35 itens foram deixadas em branco, principalmente em questões que exigiam respostas abertas. Isso pode ter desempenhado um papel significativo na decisão dos estudantes de não responderem a esses itens.
De maneira geral, é notável que tais itens envolvem a análise de múltiplos tipos de texto combinados, como textos em prosa, tabelas, gráficos e mapas. Esses elementos são altamente informativos e contêm uma grande quantidade de dados que precisam ser comparados, contrastados e integrados para que os alunos possam formular hipóteses e opiniões. Além disso, a maioria dos itens que não foram respondidos envolvia o processo cognitivo de “integração de informações e inferência”, o que é caracterizado como um processo complexo. (Brasil, 2020).
Ademais, de acordo com os resultados da 5ª edição da pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, realizada pelo Instituto Pró-Livro (IPL) em 2019, fica evidente que a média anual de livros por habitante entre os estudantes brasileiros é de 4,96. Entretanto, somente 2,43 desses livros foram lidos de capa a capa, o que ressalta a falta de adoção da leitura como uma prática cotidiana no Brasil. O que esses dados revelam é a baixa proficiência em leitura e interpretação de texto, o que vai de encontro ao que é exigido pela Base Nacional Comum Curricular. Tal fenômeno se dá por muitos motivos, porém há algo que isso traz como reflexão: o que se está fazendo na escola não está surtindo o efeito esperado.
A habilidade de interpretar um texto de forma eficaz exige o desenvolvimento de hábitos de leitura e a exploração constante de diversos gêneros textuais. O contato com narrativas de diferentes culturas por meio da leitura também capacita as crianças a cultivarem respeito pela diversidade e nutrirem empatia pelo que é distinto.
Todavia, segundo Geraldi (1984), a respeito da prática do ensino de textos em sala de aula, na escola, o ensino de textos configura-se como uma atividade artificial, pois são assumidos papeis de locutor/interlocutor durante a aquisição do conhecimento, mas não se efetiva na prática a existência desses sujeitos, o que torna ineficaz essa relação intersubjetiva.
É pensando na falibilidade do processo como o problema (e não em quem torna esse processo falho), que este trabalho apresenta uma didática de ensino pautada no fazer o estudante ser atuante nessa prática social que exige uma maior reflexão em compreender e produzir textos, visto que é por intermédio desta prática que efetivamos a comunicação. Em que pese a sequência didática não ser algo tão recente, ainda é algo que não está sendo aplicado em larga escala, e certamente isso se dá por não ser conhecida por muitos professores. Este trabalho apresenta a sequência didática como opção para o ensino eficiente da compreensão e produção de texto.
Contextualização do Conceito de Sequência Didática e seu Papel no Processo de EnsinoAprendizagem
No âmbito da educação, a sequência didática emerge como uma abordagem pedagógica estruturada e planejada que visa otimizar o processo de ensino-aprendizagem. Essa metodologia tem se tornado uma ferramenta valiosa para promover a compreensão profunda e a produção autêntica de conhecimento, especialmente no domínio da linguagem e da comunicação textual. Ao apresentar uma série organizada de atividades interconectadas, a sequência didática transcende a abordagem tradicional de ensino fragmentado, oferecendo uma abordagem holística e significativa para os alunos.
Com palavras simples, Dolz, Noverraz & Schneuwly (2004) definem sequência didática como “um conjunto de atividades escolares organizadas, de maneira sistemática, em torno de um gênero textual oral ou escrito”. É importante perceber que a sequência didática é essencialmente um roteiro instrucional que abrange uma sequência de etapas interligadas, cada uma com um propósito específico. Cada etapa é cuidadosamente elaborada para criar uma progressão lógica de aprendizado, em que as habilidades são desenvolvidas gradualmente, levando os alunos a compreender, aplicar e criar conhecimento de maneira progressiva e consistente. Por meio de atividades variadas e contextualizadas, a sequência didática engloba não apenas a transmissão de informações, mas também o desenvolvimento de habilidades cognitivas, sociais e comunicativas.
O papel da sequência didática no processo de ensino-aprendizagem é multifacetado. Para Dolz, Noverraz & Schneuwly (2004), ela tem o objetivo de auxiliar os estudantes a dominar melhor determinado gênero textual “permitindo-lhe, assim, escrever ou falar de uma maneira mais adequada numa dada situação de comunicação”, pois, ainda na percepção dos autores, há uma diversidade dos gêneros textuais e que, mesmo diante dessa diversidade, há regularidades.
Sobre isso eles citam:
Em situações semelhantes, escrevemos textos com características semelhantes, que podemos chamar de gêneros de textos, conhecidos de e reconhecidos por todos, e que, por isso mesmo, facilitam a comunicação: a conversa em família, a negociação no mercado ou o discurso amoroso. Certos gêneros interessam mais à escola – as narrativas de aventuras, as reportagens esportivas, as mesas redondas, os seminários, as notícias do dia, as receitas de cozinha, para citar apenas alguns. (Dolz, Noverraz & Schneuwly, 2004, p. 3),
Em outras palavras, sequência didática acaba por fornecer uma estrutura pedagógica que promove a aprendizagem ativa e a participação dos alunos, estimulando o envolvimento significativo com o conteúdo. Ao criar uma narrativa educacional, a sequência didática fomenta a conexão entre os conceitos envolvidos e a vida cotidiana dos alunos, tornando o aprendizado mais relevante e atraente.
Essa abordagem favorece a construção gradual do conhecimento, permitindo que os estudantes internalizem informações de forma mais rigorosas e aplicáveis. Dessa maneira, estudar os gêneros textuais sob a didática sequencial se mostra mais eficaz, haja vista também a sequência didática valorizar a diversidade de estilos de aprendizagem e níveis de habilidade presentes em uma sala de aula, ao mesmo tempo em que oferece um direcionamento claro e estruturado para o professor. Através da combinação de diferentes tipos de atividades, como debates, trabalhos em grupo, análise de textos autênticos e projetos, a sequência didática fornece oportunidades variadas para os alunos explorarem e praticarem as competências em foco.
Em suma, a sequência didática desempenha um papel vital no processo de ensinoaprendizagem, revolucionando a maneira como os conteúdos são competitivos e assimilados. Ao oferecer uma abordagem estruturada, significativa e abrangente, ela propicia um ambiente educacional enriquecedor, em que os alunos não apenas adquirem conhecimentos, mas também desenvolvem habilidades essenciais para a compreensão crítica, a comunicação eficaz e a aplicação prática do aprendizado.
Sequência didática como abordagem pedagógica para o ensino de Língua Portuguesa e suas fundamentações teóricas.
A sequência didática é uma abordagem pedagógica que visa promover o ensino e a aprendizagem de forma mais organizada e planejada, envolvendo uma série de atividades interconectadas que têm como objetivo desenvolver habilidades específicas nos alunos. Quando aplicada ao ensino de compreensão e produção textual nas séries finais do Ensino Fundamental, a sequência didática pode trazer diversos benefícios.
A abordagem da sequência didática no ensino de Língua Portuguesa é baseada em diversos conceitos e fundamentos teóricos provenientes da área de linguística, educação e pedagogia. Destaca-se, este estudo, as mais cruciais para a construção da metodologia apresentada com o objetivo específico de compreensão e produção textual, a começar pela teoria sociointeracionista de Vygotsky (2000), que enfatiza a importância da interação social na construção do conhecimento. A sequência didática se alinha a essa perspectiva ao promover atividades colaborativas em grupo, em que os alunos interagem e discutem os textos, compartilhando suas ideias e conhecimentos.
A primeira característica da sequência didática que surge como didática interacional para a compreensão e produção textual interativa que se destaca aqui é a progressão e sequenciamento. Uma sequência didática estruturada permite que os alunos avancem de maneira gradual e progressiva nas habilidades de compreensão e produção textual. As atividades são planejadas de forma sequencial, partindo de textos mais simples e avançando para textos mais complexos, o que ajuda os alunos a construírem gradualmente o conhecimento necessário.
De acordo com Dolz, Noverraz & Schneuwly (2004), a atuação comunicacional se dá por meio de textos que se diferenciam uns dos outros de acordo com a estrutura que eles se manifestam. O ensino da Língua Portuguesa em sala de aula se dá pela apresentação dos gêneros textuais.
Para constatar isso, analisamos o livro didático “Se Liga na Língua”, da Editora Moderna. A obra apresenta um gênero textual por capítulo. A didática adotada pelos autores do livro Ormundo e Siniscalchi (2021) consiste em apresentar um texto no formato do gênero escolhido para o capítulo e posteriormente levar o estudante a produzir seu texto sob os moldes do gênero apresentado pelo capítulo. Durante esse processo, o estudante é instigado a refletir sobre o assunto discutido no texto; comparar aquele texto com outro de mesmo gênero (mesmo molde); discutir alguma característica intertextualizadamente, como alguma regra ortográfica ou literária; produzir seu próprio texto. Durante essa produção, o livro orienta quanto o passo a passo; induz à reescrita e por fim estimula a apresentação do produto final para os demais estudantes. Vê-se, a partir da didática do livro pautada na sequência didática, como o ensino de texto se dá de forma sequencial e progressiva.
Uma característica intrínseca à sequência didática como prática de ensino da Língua é a contextualização: A sequência didática muitas vezes começa com a apresentação de um contexto ou situação que motiva a leitura e a escrita. Isso torna os textos mais relevantes e significativos para os alunos, aumentando sua motivação e engajamento no processo de aprendizagem, o que desencadeia a ativação de conhecimentos prévios. antes de abordar um novo texto, a sequência didática pode explorar os conhecimentos prévios dos alunos sobre o tema, criando conexões entre o que eles já sabem e o que estão prestes a aprender. Isso facilita a compreensão e a retenção das informações. Para Bakhtin, a linguagem é uma atividade social e interativa, que é moldada e influenciada pelas relações entre os indivíduos e os contextos em que ocorre. O autor rejeita a ideia de uma língua estática e uniforme. Em vez disso, via a língua como um processo dinâmico, cujo significado é construído por meio da interação entre falantes. (1992).
Vale destacar, também, a diversidade de gêneros textuais expostos aos estudantes durante o Ensino Fundamental e a necessidade de se dominar essa variedade. A sequência didática pode introduzir os alunos em diferentes gêneros textuais, como narrativas, descritivos, argumentativos, entre outros. Isso amplia a compreensão dos alunos sobre como diferentes tipos de textos são estruturados e quais são as características específicas de cada gênero. Sobre isso, Dolz, Noverraz & Schneuwly (2004) afirmam:
Uma seqüência didática tem, precisamente, a finalidade de ajudar o aluno a dominar melhor um gênero de texto, permitindo-lhe, assim, escrever ou falar de uma maneira mais adequada numa dada situação de comunicação. O trabalho escolar será realizado, evidentemente, sobre gêneros que o aluno não domina ou o faz de maneira insuficiente; sobre aqueles dificilmente acessíveis, espontaneamente, pela maioria dos alunos e sobre gêneros públicos e não privados (voltaremos à questão da escolha dos gêneros no próximo item). As seqüências didáticas servem, portanto, para dar acesso aos alunos a práticas de linguagem novas ou dificilmente domináveis. (Dolz, Noverraz & Schneuwly, 2004, p.3)
Em outras paravas, os autores ratificam que uma sequência didática tem como objetivo principal auxiliar o estudante a aprimorar sua proficiência em um tipo específico de texto, capacitando-o a se comunicar de forma mais envolvente em contextos particulares de escrita ou fala.
Dentre tantas outras possibilidades de desenvolver o ensino da compreensão e produção de textos, ainda podemos destacar a característica de estimular atividades variadas. Uma sequência didática bem elaborada inclui uma variedade de atividades, como leitura de textos, discussão em grupo, análises de vocabulário, produção de rascunhos, revisões e edições. Essas atividades oferecem diferentes abordagens para abordar os textos, atendendo às diversas necessidades de aprendizagem dos alunos. Como processo para a compreensão e produção de texto está seu objetivo mais primordial, o de interagir com outrem. Sobre isso, vale destacar a teoria sociointeracionista de Vygotsky (2000), pois ela tem implicações profundas para a educação, destacando a importância do papel do professor como facilitador do aprendizado, da colaboração entre os alunos e do uso de contextos culturalmente ricos para promover o desenvolvimento cognitivo e a aprendizagem significativa. É nesse processo de idas e vindas que cabe ao professor alertar para a vivência real do aluno em sociedade. Para que isso ocorra de forma eficaz, é crucial que se promova a autonomia do aluno. Isso se dá à medida em que a sequência didática integra habilidades de leitura, escrita, escuta e fala.
Outrossim, cabe aqui fazer uma reflexão a respeito da Leitura e Escrita como Prática Social. A visão de que a leitura e a escrita são práticas sociais, proposta por Street (2014), é refletida na sequência didática, que busca contextualizar os textos em situações reais de uso da língua. A ideia central é que a leitura e a escrita não são atividades isoladas, mas sim atividades profundamente enraizadas na cultura e na sociedade. Portanto, as sequências didáticas, porque são projetadas para refletir esses contextos, usando textos e tarefas que se relacionam com a vida cotidiana dos alunos, tornam a aprendizagem mais significativa, já que os alunos podem relacionar o que estão aprendendo com suas próprias experiências e com o mundo ao seu redor. Isso ajuda os alunos a compreender que as habilidades linguísticas estão interconectadas e que a compreensão de um texto, por exemplo, influencia sua capacidade de produzir um texto coeso e consistente por estimular a um feedback e revisão. Esse ato ajuda a entender suas áreas de melhoria e aperfeiçoar suas habilidades de comunicação escrita.
Destaca-se ainda a função de promover a autonomia do aluno, pois, à medida que a sequência progride, os alunos ganham confiança em suas habilidades de compreensão e produção textual, o que os encoraja a se tornarem mais independentes na abordagem de textos e na produção escrita e ainda os direciona à reflexão metacognitiva. Frente a isso, a teoria de Piaget (1967) sobre a construção do conhecimento enfatiza que as crianças são ativas na construção de seu próprio entendimento, adaptando seus esquemas cognitivos através da assimilação e acomodação. Ele propôs uma teoria do desenvolvimento cognitivo que é central para compreender como as crianças constroem o conhecimento e compreendem o mundo ao seu redor. Essa teoria, muitas vezes chamada de construtivismo, enfatiza a participação ativa da criança na criação de conhecimento, em contraste com uma visão passiva de aprendizagem. Embora não seja central à sequência didática, a ideia construtivista de Piaget sobre a construção do conhecimento individual influencia a abordagem.
O autor também reconheceu a importância das interações sociais no desenvolvimento cognitivo. As interações com os outros podem desencadear desequilíbrios e desafios cognitivos, promovendo o crescimento intelectual. A sequência busca ativar os conhecimentos prévios dos alunos, permitindo que construam novos saberes a partir de suas experiências anteriores.
Ademais, a sequência didática também pode incluir momentos de reflexão sobre as estratégias que os alunos estão usando para compreender e produzir textos, o que promove a metacognição, ajudando-os a se tornarem mais conscientes de seus próprios processos de aprendizagem. A metacognição se refere ao conhecimento e à regulação dos próprios processos cognitivos. Flavell (1976) conhece o termo “metacognição” para descrever a capacidade de uma pessoa de pensar sobre seus próprios pensamentos e processos mentais. Ele explorou como as pessoas desenvolvem uma compreensão sobre como pensam e aprendem, além de como usar esse conhecimento para direcionar e melhorar suas atividades cognitivas. Soma-se ainda a avaliação formativa: A sequência didática permite que os professores monitorem o progresso das aulas ao longo do tempo. Isso possibilita ajustes e intervenções direcionadas para garantir que todos os alunos alcancem os objetivos de aprendizado.
Em suma, a sequência didática é uma ferramenta pedagógica poderosa que pode contribuir significativamente para o desenvolvimento da compreensão e produção textual nas séries finais do ensino fundamental, promovendo uma abordagem estruturada, contextualizada e progressiva para o ensino de habilidades linguísticas e que pode ser instrumentalizada como abordagem pedagógica eficiente e eficaz para a compreensão e produção textual da Língua Portuguesa em salas de aula do Ensino Fundamental.
Etapas e os elementos que compõem uma sequência didática voltada para o desenvolvimento da compreensão e produção de textos
Um autor que discute as etapas e os elementos que compõem uma sequência didática é Perrenoud. Philippe Perrenoud é um educador e pesquisador suíço conhecido por seu trabalho na área de pedagogia e formação de professores. Ele abordou a construção de sequências didáticas em suas obras, forneceu insights sobre como planejado e estruturar o ensino de forma eficaz. Perrenoud (2000) enfatiza a importância de uma abordagem construtivista, em que os alunos são ativos na construção do conhecimento. Ele descreve várias etapas e elementos-chave que compõem uma sequência didática eficaz. Alguns dos conceitos que ele discute incluem:
Análise Prévia do Contexto e dos Alunos: Antes de projetar uma sequência didática, é fundamental compreender o contexto da sala de aula, as características dos alunos e suas necessidades de aprendizagem. Isso permite adaptar a sequência para atender às particularidades do grupo.
Objetivos de Aprendizagem Claros: Definir objetivos de aprendizagem específicos e mensuráveis é crucial. Perrenoud argumenta que os objetivos devem ser focados em habilidades e competências que os alunos desenvolverão ao longo da sequência.
Atividades Diversificadas: Ele enfatiza a importância de oferecer uma variedade de atividades que envolvam os alunos de maneira ativa e significativa, método que pode incluir atividades individuais, em grupo, de pesquisa, de discussão, entre outras.
Progressão e Articulação de Atividades: As atividades devem ser planejadas em uma sequência lógica que permita a construção gradual do conhecimento. As atividades devem ser articuladas para que os conceitos sejam introduzidos, explorados e consolidados progressivamente.
Avaliação Formativa e Continuada: A avaliação deve ser contínua e integrada ao processo de ensino. Perrenoud destaca a importância da avaliação formativa, que fornece feedback aos alunos e ao professor, permitindo ajustes durante a sequência didática.
Reflexão e Metacognição: Ele incentiva os professores a incluir momentos de reflexão ao longo da sequência, em que os alunos podem pensar sobre o que estão aprendendo, como estão aprendendo e como podem melhorar seus processos de aprendizagem.
As ideias de Perrenoud sobre sequências didáticas são baseadas na abordagem construtivista, que valoriza a participação ativa dos alunos e o desenvolvimento de competências.
Vale trazer, a título de comparação, o caminho percorrido por Dolz e Schneuwly (2004). Apresentados acima, Michel Dolz e Bernard Schneuwly são dois linguistas suíços conhecidos por seu trabalho no campo da linguística aplicada à educação e à pedagogia da língua. Juntos, eles desenvolveram uma abordagem para o ensino da escrita, incluindo a construção de sequências didáticas que visam desenvolver a competência textual dos alunos. Eles também descrevem uma estrutura específica de etapas e elementos para criar sequências didáticas práticas. Etapas da Sequência Didática:
Especificação do Gênero Textual: A sequência começa com a escolha de um gênero textual específico, como carta, notícia, conto, entre outros. Isso ajuda a estabelecer o propósito e o contexto da escrita.
Análise e Descrição do Gênero: Nesta etapa, o gênero textual escolhido é baseado em termos de estrutura, características linguísticas e contexto de uso. Os alunos compreendem as partes do gênero e como ele funciona como uma forma de comunicação.
Produção Coletiva do Gênero: Os alunos participam da criação do gênero textual coletivamente. O professor orienta a construção do texto, permitindo que os alunos compreendam o processo de escrita, as escolhas linguísticas e a organização textual.
Produção Individual do Gênero: Após a produção coletiva, os alunos são incentivados a escrever o mesmo gênero individualmente. Eles aplicaram o que aprenderam sobre a estrutura e as características do gênero.
Revisão e Edição: Os alunos revisam e editam suas produções individuais com o auxílio do professor e dos colegas. Isso enfatiza a importância da revisão como parte do processo de escrita.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Desse modo, é crucial elencar quais os benefícios da implementação da sequência didática no Ensino Fundamental: A priori, há organização do ensino, uma vez que o sequenciamento fornece uma estrutura organizada para o ensino, permitindo que os professores planejem atividades consistentes e sequenciais para atingir objetivos de aprendizagem específicos. Além disso, promove-se aprendizagem progressiva.
A abordagem sequencial permite que os alunos construam conhecimento gradualmente, partindo de conceitos mais simples e avançando para níveis mais complexos, o que favorece a assimilação e a retenção do conteúdo. Há ainda a conexão com o contexto dos alunos. Ao contextualizar os textos e atividades de acordo com os interesses e experiências dos alunos, a sequência didática torna a aprendizagem mais significativa e relevante para eles. Posteriormente, verifica-se o desenvolvimento de habilidades específicas.
A sequência didática é especialmente eficaz para o desenvolvimento de habilidades específicas, como compreensão de textos, análise linguística, produção textual e pensamento crítico. Outrossim, surge a integração de conhecimentos. A abordagem permite a integração de diferentes habilidades e competências linguísticas, como leitura, escrita, escuta e fala, contribuindo para uma compreensão holística da língua.
Surge, também, a aprendizagem ativa e participativa, haja vista as atividades colaborativas, divulgação em grupo e produção de textos incentivam os alunos a se envolverem ativamente na aprendizagem e a compartilharem seus conhecimentos com os colegas. O feedback construtivo, porquanto a sequência didática oferecer inúmeras oportunidades para o fornecimento de feedback tanto do professor quanto dos colegas, auxiliando os alunos na melhoria contínua de suas habilidades. E, por fim, o desenvolvimento da metacognição. Ao refletirem sobre suas estratégias de leitura, escrita e aprendizagem, os alunos se tornam mais conscientes de suas próprias abordagens e processos cognitivos.
Cabe destacar que existem desafios para a implementação da sequência didática no Ensino Fundamental, como a questão do tempo e carga horária, visto que restrições de tempo podem dificultar a implementação completa de uma sequência didática, especialmente se o currículo estiver sobrecarregado. É necessário observar também a variedade de níveis de habilidade. Alunos em uma sala de aula podem ter diferentes níveis de habilidade, ou que exigem diferenciação e adaptação das atividades para atender às necessidades de todos.
Muitas escolas apresentam recursos limitados. É importante lembrar que nem todas as escolas têm acesso a materiais e recursos didáticos suficientes para apoiar as atividades propostas na sequência didática. Como a sequência didática é uma avaliação complexa, avaliar a progressão dos alunos ao longo da sequência, levando em consideração as diferentes etapas e competências abordadas, pode ser desafiador.
Outro requisito bastante desafiador é a resistência à mudança. Tanto professores como alunos podem enfrentar resistência em relação a uma abordagem diferente da tradicional, exigindo um período de adaptação, e ainda é exigido do professor um equilíbrio entre conteúdo e habilidades: Encontrar o equilíbrio certo entre ensinar conteúdo conceitual e desenvolver habilidades práticas pode ser um desafio constante. Por isso, é preciso que haja planejamento e flexibilidade, pois a elaboração de uma sequência didática requer planejamento cuidadoso, mas também é importante estar preparado para ajustes fazer conforme necessário, além do apoio institucional, já que a implementação bem sucedida da sequência didática pode depender do apoio e compreensão da administração escolar e dos pais.
Apesar dos desafios, a implementação da sequência didática no Ensino Fundamental pode proporcionar uma experiência de aprendizado mais significativa e eficaz, contribuindo para o desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita dos alunos. O sucesso depende do comprometimento dos professores, da adaptação à realidade da sala de aula e da constante busca por melhorias.
É importante que essa pesquisa sirva de base para outras que devem identificar lacunas no conhecimento e fundamentar as hipóteses ou argumentos propostos.Seria crucial também que existissem estudos que façam levantamento sobre os livros didáticos utilizados em sala de aula, verificando quais metodologias ainda perduram em sala de aula, e o que dissocia a prática da sequência didática dos resultados apresentados pelas pesquisas a respeito da compreensão e produção de texto a nível nacional e internacional. Todos os critérios levantados por este estudo bibliográfico merecem um instrumento avaliativo que possa catalogar a prática in loco, para que haja desenvolvimento de um produto final que possa servir de proposta interventiva e promover a verdadeira sequência didática capaz de proporcionar a compreensão e produção textual para que o País possa elevar seus índices avaliativos em pesquisas nacionais e internacionais.
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