SEDENTARISMO ASSOCIADO AO RISCO DE QUEDAS EM IDOSOS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

SEDENTARY LIFESTYLE ASSOCIATED WITH THE RISK OFF FALLS IN WITH ELDERLY: A BIBLIOGRAPHIC REVIEW

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11360538


Fabrícia Gonçalves Amaral Pontes
Maria Clara de Farias Maia
Victoria Lee Garrido de Andrade Gomes
Josy Barros Noleto de Souza
Sara Janai Corado Lopes
Ana Maria Dias Batista dos Santos
Nailson Pereira Ribeiro
Raimundo Célio Pedreira
Cristiano da Silva Granadier
Ana Carolina Sobota Vasconcelos
Rayssa Kesley Bueno Matos


RESUMO: Introdução: A queda é um evento bastante comum e devastador em idosos, embora não seja uma consequência inevitável do envelhecimento. Um dos maiores fatores de risco para quedas em idosos é o sedentarismo, além de influenciar significativamente para o surgimento de diversas doenças que interferem na qualidade de vida dessas pessoas. O processo de envelhecimento é norteado pelo declínio da função muscular, o que resulta na redução da capacidade de realizar atividades cotidianas e de manter o funcionamento independente. Objetivo: analisar as implicações do sedentarismo na saúde das pessoas idosas e a influência nos riscos de quedas em idosos. Metodologia: trata-se de uma revisão bibliográfica, qualitativa, de caráter analítico integrativo, tendo como fonte de buscas as bases de dados Scielo, PubMed, revistas científicas e documentos oficiais. Resultados, Discussão e Considerações finais: a presente revisão evidenciou a importância de se abordar o sedentarismo e o risco de quedas em idosos sob uma perspectiva ampla e integrada, visando ao bem-estar e à saúde dessa parcela da população. Portanto, a conscientização, a prevenção e as estratégias de intervenção são fundamentais para enfrentar esse desafio e promover um envelhecimento ativo e saudável para todos os idosos.

Palavras-chave: Envelhecimento. Função Muscular. Qualidade de vida. Queda.

ABSTRACT: Introduction: Falls are a common and devastating event among the elderly, although they are not an inevitable consequence of aging. One of the major risk factors for falls in the elderly is sedentary behavior, which also significantly contributes to the onset of various diseases that affect their quality of life. The aging process is characterized by a decline in muscle function, leading to a reduced ability to perform daily activities and maintain independent functioning. Objective: To analyze the implications of sedentary behavior on the health of elderly individuals and its influence on the risk of falls. Methodology: This is a qualitative, integrative and analytical literature review, utilizing sources such as the Scielo and PubMed databases, scientific journals, and official documents. Results, Discussion and Final Considerations: This review highlighted the value of addressing sedentary behavior and the risk of falls in the elderly from a broad and integrated perspective, aiming to improve the well-being and health of this population segment. Therefore, awareness, prevention, and intervention strategies are essential to meet this challenge and promote active and healthy aging for all seniors citizens.

Keywords: Aging. Muscle Function. Quality of life. Fall.

1. INTRODUÇÃO

O envelhecimento humano é marcado por alterações nos diversos sistemas do organismo, sendo as fisiológicas as mais evidentes, destacando-se, por exemplo, as reduções nos impulsos excitatórios descendentes do centro supraespinhal e da menor capacidade de recrutamento das unidades motoras. Dito de outro modo, a redução da massa magra acarreta diminuição da capacidade de força e arrefecimento da flexibilidade, cuja combinação resulta na diminuição do equilíbrio, da postura e do desempenho funcional (Rangel; Silva; Silva, 2023).

Esses mesmos pesquisadores salientam que um dos maiores fatores de risco associados à vida dos idosos são as quedas, principalmente para aqueles que menor praticam atividades físicas, acarretando fraturas, medo de cair novamente e lesões de tecido mole, que podem intensificar o declínio da capacidade funcional, interferindo na qualidade de vida do sujeito, além de apresentarem custo social, econômico e psicológico enormes, aumentando a dependência e a institucionalização.

Nesse sentido, entende-se que o sedentarismo, um relevante problema de saúde pública que afeta grande parte da população idosa em todo o mundo, é também um aspecto responsável pela qualidade do estilo de estilo das pessoas idosas que, diretamente, está associado a uma série de complicações e doenças crônicas, sendo que uma das consequências mais graves é o aumento do risco de quedas nessa faixa etária. Cabe sublinhar que, perante a legislação brasileira, especificamente o Estatuto da Pessoa Idosa (Lei n.º 10.741/03), pessoa idosa é aquela que possui igual ou mais de 60 (sessenta) anos (Brasil, 2003).

Diante dessa problemática, a decisão em investigar sobre essa temática justifica-se porque o sedentarismo associado ao risco de quedas em idosos é um tema de extrema importância tanto do ponto de vista social quanto acadêmico. Em termos práticos, do ponto de vista acadêmico, este trabalho pode contribuir para a elaboração de estratégias de prevenção e intervenção, visando reduzir o risco de quedas e seus consequentes impactos negativos na saúde e qualidade de vida dos idosos. Pelo lado social, será possível identificar fatores de risco e promover a adoção de hábitos saudáveis que previnam a ocorrência desses eventos que podem acarretar consequências graves, como fraturas, traumatismos cranianos e até mesmo a morte.

E mais, há uma lacuna de conhecimento em se tratando das intervenções eficazes relacionadas às quedas e ao sedentarismo em pessoas idosas, ou seja, as conclusões ainda são inconclusivas sobre essa temática. Portanto, a negligência em relação a esse problema pode resultar em custos elevados para o sistema de saúde e sofrimento desnecessário tanto para os idosos quanto para seus familiares.

Logo, o objetivo central é investigar as implicações do sedentarismo sobre o risco de quedas na população idosa, com o intuito de compartilhar conhecimentos acerca das alterações do envelhecimento e apresentar possíveis estratégias preventivas eficazes visando a redução de demandas por cuidados de saúde e internações hospitalares, aliviando a sobrecarga do sistema de saúde e possibilitando uma utilização mais eficiente dos recursos disponíveis.

2. METODOLOGIA

Este estudo consiste em uma revisão bibliográfica quantitativa, de natureza analítica e integrativa, cujo objetivo foi analisar a relação entre o sedentarismo e o risco de quedas em idosos. Para tanto, a seleção dos artigos foi realizada nas bases de dados SCIELO, PubMed, IBGE e OMS, no período de setembro de 2023 a março de 2024, utilizando o operador booleano “and” e os indexadores “sedentarismo”, “quedas”, “idosos”, “envelhecimento” e “risco de quedas”. Como critério de inclusão, consideraram-se científicos originais, produzidos em língua inglesa e portuguesa e publicados nos últimos cinco anos, por se tratar de estudos mais recentes. No entanto, foram excluídos artigos publicados anteriormente aos últimos cinco anos, artigos de opinião e blogs.

3. RESULTADOS

Destarte, foram selecionados 16 artigos, sendo que, 8 produções científicas abordaram sobre quedas, prevalência, fatores de risco, prevenção, consequências e fatores associados; 3 dedicaram-se à saúde e funcionalidade do idoso; 1 pontuou sobre o censo demográfico de idosos e sua crescente; 4 atinaram sobre o sedentarismo de forma que os conteúdos como consequências, fatores de risco associados, equilíbrio em idosos ativos e o papel da atividade física.

Assim, visando principalmente as consequências na qual o sedentarismo implica, em torno das pessoas da terceira idade, os resultados obtidos positivaram o risco de quedas em idosos sedentários, onde esclereceu-se que a não atividade física implica em óbices que declinam a funcionalidade, saúde e independência do idoso.

Outrossim, os demais artigos selecionados afirmaram como a atividade física é benéfica para os idosos, mostrando seu papel, associação com a boa saúde, longevidade e autonomia deste.

Dessa maneira, todos os artigos selecionados foram divididos em assuntos que se correlacionam, como: envelhecimento, fatores de risco associados, prevenção de quedas, idosos, sedentarismo e envelhecimento ativo.

4. DISCUSSÃO

Envelhecimento

Consoante o Censo de 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2023, observou-se um aumento de 57,4% no número de pessoas com 65 anos ou mais nos últimos doze anos. O índice de envelhecimento, considerando a população de 65 anos ou mais em 2022, foi de 80 idosos para cada 100 crianças de 0 a 14 anos, indicando uma redução na taxa de natalidade, aumento da idade mediana e da expectativa de vida. Projeções recentes apontam que até 2030 esse grupo etário representará 20% da população brasileira e, em 2050, atingirá 30% (IBGE, 2023).

Durante o processo de envelhecimento, diversos eventos fisiológicos ocorrem, resultando em uma maior vulnerabilidade a comportamentos de risco à saúde. A senilidade está associada a alterações no sistema musculoesquelético, incluindo a redução da massa óssea e muscular, o que pode levar ao desenvolvimento de osteoporose e sarcopenia. Essas condições estão frequentemente relacionadas ao sedentarismo devido às limitações impostas pelas doenças, como fragilidade muscular e óssea, aumentando o risco de quedas e fraturas em idosos. Além disso, o sedentarismo pode estar ligado a diversos fatores, como a depressão (Lozado et al., 2020).

O objetivo de prevenir a incapacidade dos idosos de realizarem suas atividades diárias básicas têm sido enfatizado, visando promover um envelhecimento saudável com maior funcionalidade e independência, priorizando a qualidade de vida. A capacidade funcional é essencial para manter as atividades físicas e mentais necessárias para os idosos, permitindo que eles realizem tanto as atividades básicas quanto as instrumentais da vida diária (Marinho et al., 2020).

4.2  Fatores de risco associados–causas e consequências.

Sendo visto como um problema de saúde pública, a queda em idosos tem como fatores de risco a prevalência pelo sexo feminino, além do uso de polifarmácia, doenças crônicas incapacitantes e a falta de adaptação do ambiente e estilo de vida. Fatores econômicos e sociais também são consequências, visto que as quedas geram altos gastos financeiros decorrentes das altas taxas de morbidade e mortalidade (Dalla Lana et al., 2021).

Nesse sentido, (Mello; Machado, 2020), ressaltam que indivíduos idosos possuem uma maior prevalência de quedas em comparação aos indivíduos mais jovens, resultando em um aumento na taxa de mortalidade desta população, mostrando a necessidade de voltar a atenção para esse público e visualizar o que pode precipitar ou aumentar o risco de quedas neste grupo.

Para (Rangel; Silva; Silva, 2023), as quedas em idosos resultam de uma combinação de   fatores intrínsecos e extrínsecos. Os intrínsecos estão relacionados às mudanças físicas que ocorrem com o envelhecimento – como problemas de equilíbrio, diminuição da visão, enfraquecimento muscular e condições médicas crônicas. Os extrínsecos estão ligados ao ambiente físico e ao comportamento da pessoa nesse ambiente – como   a   disposição inadequada dos móveis, obstáculos no caminho, má iluminação, tapetes escorregadios e o uso de calçados inadequados.

Portanto, conforme o resultado da pesquisa realizada por Marinho et al. (2020), atividades e comportamentos de risco e ambientes inseguros aumentam a probabilidade de cair, por levarem as pessoas a escorregar, tropeçar, errar o passo, pisar em falso, trombar, criando, assim, desafios ao equilíbrio. Os riscos dependem da frequência de exposição ao ambiente inseguro e do estado funcional do idoso. Por outro lado, quanto mais vulnerável e mais frágil o idoso, mais suscetível aos riscos ambientais, mesmo mínimos. O grau de risco depende muito da capacidade funcional.

Conforme a investigação conduzida por Diniz et al. (2024), os riscos de quedas em idosos são mais comuns entre mulheres com aproximadamente 70 anos, baixa escolaridade, vivendo sozinhas, com baixo nível econômico, déficits cognitivos, demências, comorbidades como Parkinson, AVC, diabetes, incontinência urinária e fecal e osteoartrite, baixo peso ou desnutrição, problemas de equilíbrio e marcha, deficiência visual e auditiva, percepção de saúde ruim, transtornos de humor como depressão e ansiedade, distúrbios do sono, sedentarismo, uso excessivo de medicamentos, consumo de álcool, histórico de hospitalizações, lesões decorrentes de

quedas, dificuldades nas atividades diárias e instrumentais e estado civil de solteiro ou viúvo. Em resumo, os estudos indicaram que a sensação de estar propenso a cair está associada ao envelhecimento e à fragilidade, bem como à falta de informação sobre as consequências das quedas.

4.3  Prevenção de quedas e sedentarismo

A prevenção de quedas está diretamente ligada às condições do ambiente doméstico onde o idoso reside. Estudos apontam que cerca de 30% dos idosos sofrem quedas anualmente, o que as torna um problema grave e recorrente nessa faixa etária (Gaspar et al., 2017). Entre os idosos com 75 anos ou mais, as quedas são responsáveis por 70% das mortes acidentais, destacando-se como uma das principais causas de mortalidade nesse grupo. (Binotto et al., 2018).

Conforme Mellace et. al (2024) a segurança residencial é uma grande preocupação entre os idosos, porque as quedas são uma das principais causas de doenças e mortes nessa faixa etária. Quedas podem resultar em lesões graves, como fraturas de quadril e traumas cranianos, tendo um impacto negativo na qualidade de vida dos idosos.

Segundo o Ministério da Saúde do Brasil, as quedas são a terceira causa de mortalidade entre as pessoas com mais de 65 anos no país, sendo que 70% delas ocorrem em casa, 30% caem ao menos uma vez por ano e aproximadamente 25% precisam ser hospitalizadas (BRASIL, 2022). Portanto, é essencial adotar estratégias eficazes de prevenção de quedas para garantir a segurança e o bem-estar desses indivíduos em casa.

Para tanto, uma das estratégias para promover a segurança residencial e prevenir quedas entre os idosos é a modificação do ambiente, como a remoção de tapetes soltos, instalação de corrimãos e barras de apoio, iluminação adequada e organização dos móveis, uso correto de calçados. Além disso, programas de exercícios físicos que focam no fortalecimento muscular e no equilíbrio têm se mostrado eficazes na redução do risco de quedas (Mellace et al., 2024).

Ou seja, o sedentarismo não é um aliado das pessoas idosas, isso porque, de acordo com Nogueira et al. (2023), ele é apontado como um dos principais desafios para a saúde dos idosos, aumentando a vulnerabilidade a diversas condições que impactam negativamente na qualidade de vida dessas pessoas. E mais, o comportamento sedentário nessa faixa etária contribui para redução da força muscular, o que resulta em limitações na realização de atividades cotidianas e na manutenção da autonomia funcional.

Em termos práticos, o declínio progressivo da massa e da força muscular (a sarcopenia), resultando em uma diminuição da eficácia das funções motoras e da força muscular, o que está correlacionado com um aumento na fragilidade física, na ocorrência de quedas e, possivelmente, na taxa de mortalidade entre os grupos demográficos afetados. Dessa maneira, o sedentarismo pode ser considerado um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da sarcopenia, tornando a prática de exercícios físicos o pilar inicial do tratamento dessa patologia. (LAURINO, Cristiano, 2018)

De maneira semelhante, Novais da Conceição et al. (2024) pontuam que o processo de envelhecimento está ligado a mudanças degenerativas no sistema musculoesquelético, levando a uma redução gradual da capacidade funcional e da força muscular. Independente das causas subjacentes da sarcopenia, o exercício físico é amplamente reconhecido como um elemento essencial na prevenção e tratamento da perda muscular, sendo o treinamento progressivo de exercícios resistidos respaldado por evidências robustas para melhorar a massa, força e desempenho muscular. Todavia, prescrever exercícios para idosos sarcopênicos é um trabalho complexo que demanda uma cuidadosa consideração de fatores como, por exemplo, a severidade da sarcopenia, a presença de comorbidades e a capacidade física individual.

Portanto, conforme o exposto até aqui, é notório que o envelhecimento mundial da população é um fato, entretanto, segundo a literatura científica, existem maneiras de se envelhecer minimizando os efeitos desse processo natural em todos os seres. Para tanto, a Organização Mundial da Saúde trabalha com o termo Envelhecimento Ativo, que incentiva hábitos saudáveis, autonomia e independência das pessoas idosas, assim como a promoção da interação social e garantia de acesso a cuidados de saúde adequados. (IPEA, 2016)

Assim, há que se reconhecer que abordagens holísticas e integradas são necessárias para promover uma saúde abrangente e uma qualidade de vida satisfatória para a população idosa. Investir em programas de exercícios físicos, saúde mental, alimentação saudável, prevenção de doenças, acesso a serviços de saúde de qualidade, engajamento social e tecnológico são estratégias que podem contribuir para o envelhecimento ativo e saudável. Além de, reconhecer a importância dessas abordagens, é crucial adotar medidas concretas e sustentáveis para promover o bem- estar e a qualidade de vida dos idosos. (Puglia et al., 2024)

Nesse sentido, toda a sociedade tem sua parcela de contribuição para que o envelhecimento ativo de fato ocorra, incluindo governos, instituições de saúde,

organizações da sociedade civil, familiares e os próprios idosos. Somente com esforços colaborativos e políticas públicas eficazes é possível garantir um ambiente propício para os idosos poderem viver com dignidade e plenitude em suas comunidades. (IPEA, 2016)

Portanto, de acordo com Puglia et al., 2024, é de suma importância incluir medidas concretas e sustentáveis para promover o bem-estar e a qualidade de vida dos idosos, como, por exemplo, investir em pesquisas sobre intervenções eficazes para promover o envelhecimento ativo e saudável é crucial para enfrentar esse desafio demográfico em evolução.

Além disso, o envelhecimento está relacionado ao aumento da prevalência de doenças crônicas e incapacidades, representando um desafio significativo para os sistemas de saúde em todo o mundo, contudo, o envelhecimento ativo também pode ter impactos econômicos positivos, contribuindo para o crescimento econômico por meio do aumento da participação dos idosos no mercado de trabalho, do empreendedorismo e do consumo.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O envelhecimento populacional que está em curso no Brasil e em diversos países do mundo traz consigo desafios significativos, especialmente no que diz respeito à manutenção da qualidade de vida e da funcionalidade dos idosos.

Diante do exposto, o presente artigo destaca o papel do sedentarismo como fator de risco para o aumento de quedas em pessoas idosas, considerando os impactos negativos na saúde e qualidade de vida dessa população.

Ou seja, os resultados apontam para a relevância de promover um envelhecimento ativo e saudável por meio da prática regular de exercícios físicos, adoção de hábitos saudáveis e garantia de acesso a serviços de saúde de qualidade, pois o sedentarismo está diretamente relacionado ao aumento do risco de quedas em idosos devido à redução da massa e da força muscular, ao impacto na capacidade funcional e ao surgimento de condições como a sarcopenia.

Quanto aos fatores de risco associados às quedas, constatou-se que diversos aspectos estão envolvidos, incluindo os intrínsecos – como problemas de equilíbrio, fragilidade muscular, comorbidades e extrínsecos – ambiente inadequado. Portanto, é fundamental a identificação e o monitoramento desses fatores para a implementação de medidas preventivas e de intervenção adequadas.

A prevenção de quedas é primordial para garantir a segurança e o bem-estar dos idosos, sendo fundamental a realização de intervenções eficazes como a modificação do ambiente domiciliar, a prática regular de exercícios físicos e o fortalecimento muscular.

Dessa forma, é fundamental que a sociedade na totalidade, incluindo governos, instituições de saúde e familiares, se engajem no desenvolvimento e implementação de políticas e programas que visem o bem-estar e a qualidade de vida dessas pessoas, contribuindo para a construção de um ambiente propício para que essa população possa envelhecer com dignidade e plenitude em suas comunidades.

Portanto, esse estudo ratifica a necessidade de investimento e atenção especial para a promoção do envelhecimento saudável e ativo, visando não apenas o bem- estar dos idosos, mas também impactos econômicos positivos para a sociedade.

REFERÊNCIAS

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