SAÚDE MENTAL NA TERCEIRA IDADE 

MENTAL HEALTH IN OLDER AGE

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ch10202506090950


 Vanderleia de Paula Marçal1
Marcia Helena Penha de Jesus2
Crenilda Rodrigues dos Santos3
Orientador: Girson Sales Junior4


RESUMO  

Faz parte das fases do desenvolvimento do ser humano: nascer, crescer, reproduzir e envelhecer. Sabemos que o ser  humano é subjetivo e complexo, e todos possui uma trajetória de vida, com experiências, cultura, alimentação e estilo de  vida que trazem reflexo para o envelhecimento saudável, como a psicologia é uma ciência que pode contribuir com o  indivíduo visando por meio de técnicas, proporcionar o autoconhecimento, e bem estar físico e mental, acredita-se que esta pesquisa tem como finalidade conceituar a vivência do ser humano na terceira idade, além de apresentar intervenções  assertivas para a pessoa na terceira idade viver de forma feliz e consciente. Para tanto, o profissional psicólogo, vai  trabalhar com a conscientização e prevenção de cuidados com a saúde, enfatizando a importância de atividades físicas,  interação social e o autocuidado, trabalhando temas relacionados às fases do desenvolvimento, fazendo com que a pessoa  possa ter melhor entendimento do que esperar nesse processo do envelhecimento, reforçando e estimulando a pessoa da  terceira idade a continuar sendo o protagonista de sua própria história, e vivenciando cada fase da sua vida de forma  saudável. Cabe ressaltar que, o paciente possui um papel crucial no seu tratamento, não havendo possibilidade de outra  pessoa ocupar esse espaço.  

Palavras-chave: Terceira Idade, Psicologia, Vida Saudável, Bem-estar, Autocuidado. 

ABSTRACT

It is part of the phases of human development: being born, growing, reproducing and aging. We know that human beings  are subjective and complex, and everyone has a life trajectory, with experiences, culture, diet and lifestyle that reflect on  healthy aging. As psychology is a science that can contribute to the individual by means of techniques, providing self knowledge, and physical and mental well-being, it is believed that this research aims to conceptualize the experience of  the human being in old age, in addition to presenting assertive interventions for the elderly person to live happily and  consciously. To this end, the professional psychologist will work with awareness and prevention of health care,  emphasizing the importance of physical activities, social interaction and self-care, working on topics related to the phases  of development, allowing the person to have a better understanding of what to expect in this aging process, reinforcing  and encouraging the elderly person to continue being the protagonist of their own story, and experiencing each phase of  their life in a healthy way. It is worth noting that the patient plays a crucial role in their treatment, and there is no possibility  for another person to occupy this role. 

Keywords: Third Age, Psychology, Healthy Life, Well-being, Self-care. 

1. INTRODUÇÃO 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana de Saúde  (OPAS), um dos maiores desafios globais deste século é o envelhecimento populacional, destacando se que a população idosa apresenta vulnerabilidades específicas relacionadas à saúde mental. Essas  instituições ressaltam importância da promoção do envelhecimento ativo e saudável, não apenas com  o olhar sobre a ausência de doenças. 

Dessa forma o trabalho desenvolvido vem pontuando a importância do acompanhamento  psicoterápico, visto que a psicologia é uma ciência que trata os processos mentais, comportamentais  e sociais e tem em suas abordagens técnicas que são capazes de proporcionar para a pessoa idosa  maneiras de enfrentar essas mudanças, fazendo com que o mesmo vivencie um completo bem-estar.  É importante ressaltar que o psicólogo pode contribuir por meio de terapias individuais ou grupo de  terapias, técnicas para trabalhar a autoestima, socialização e interação de grupos de amizades,  autoconhecimento, motivação e novas habilidades de enfrentamento. 

A proposta do presente trabalho é apresentar uma realidade vivenciada por pessoas que ao  longo do tempo, protagonizou sua própria história contribuindo também com desenvolvimento de  muitos a sua volta e de repente se depara em um momento onde não consegue reconhecer a si próprio.  Ressaltar também o quanto é importante os cuidados com a saúde mental em todas as fases do  desenvolvimento humano potencializando esse cuidado ainda mais na terceira idade, fazendo com  que seja essa a uma das melhores fases da vida. 

2. PANORAMA HISTÓRICO DA SAUDE MENTAL 

De acordo com Oliveira (2008), o conceito de saúde mental passou por algumas vertentes as  quais foram fundamentais para a formação que temos hoje, inúmeros profissionais contribuíram de  forma significativa através de seus conhecimentos e estudos, a história da psiquiatria trouxe grandes  contribuições como a de Philippe Pinel, considerado o pai da psiquiatria.  

Philippe Pinel se destacou ao defender o direito da pessoa com transtorno mental e por ser um  defensor do tratamento moral, para ele o tratamento no ambiente hospitalar fora do ambiente estressor facilitaria que o paciente fosse observado na sua individualidade, entendendo assim que nesse  ambiente fosse mais provável uma possível cura (Oliveira, 2008). 

No início do século 20 um movimento higienista começou a se destacar por pregar uma  melhores condições de higiene e saúde, como forma de intervenção preventiva, em resposta a uma  crescente população urbana, e na psiquiatria por enfatizar a atenção a anormalidade e a intervenção  preventiva da psiquiatria na vida das pessoas, nessa época a psiquiatria já considerava que os  esquizofrênico tinham dificuldade de estabelecer relações adequadas, com os primeiros sintomas da  esquizofrenia, essas características juntamente com a improdutividade e a noção de periculosidade passou então a constar normais pela psiquiatria, reforçando as base capitalistas (Oliveira, 2008). Antes definia que um sujeito saudável é aquele que tem consigo autoconfiança, resistência  emocional e segurança, são essas algumas palavras-chaves que são fundamentais para um bom  desenvolvimento pessoal e também servem para lidar com os desafios da vida. Porém estudos dizem  que a capacidade que o ser humano tem de se relacionar com mundo ao seu redor e com o meio, isso  se destaca em três fatores importantes são eles amor, trabalho e prazer, traz ele como principal fator  características de uma mente saudável (Oliveira, 2008). 

Se o indivíduo possui habilidades para se manter em um emprego, conviver em família,  manter-se afastado de qualquer problema com a lei e souber aproveitar o que de fato te traz prazer,  então é um indivíduo saudável. Antes o conceito de saúde estava ligado ao modo de adaptação cultural  e social na participação alegre em jogos com regras propostas ou dentro de um contexto social, dando  a entender que aqueles que falavam sobre suas queixas não se encaixam nas regras almejadas e nas  propostas de participação social, eram rotulados como suspeitos, por não se encaixar em uma proposta  social imposta pelo sistema. 

Com o passar do tempo uma reflexão feita por parte de psicólogos, terapeutas ocupacionais e  enfermeiro psiquiátricos, embora essa visão trouxesse críticas ao modelo atual, prendiam e aceitavam  como verdades as bases científicas existentes e estabelecidas em textos psiquiátricos a respeito da  saúde mental e a loucura. Essa linha homogênea imposta e a forma como era vista e abordada a saúde  mental como foco na doença (Oliveira, 2008). 

A organização mundial de saúde – OMS (1946), problematizou o assunto com o conceito de  que saúde não pode ser só considerada como ausência de doença, mas sim um conjunto, bem-estar  físico, mental e social, o conceito de saúde mental evoluiu com o tempo isso através das práticas de  saúde e também de todo um contexto sócio político. 

O que antes era visto como apenas algo de doença ou enfermidades foi reavaliado, e trouxe  então uma nova visão, mudando esse conceito como um estado de completo bem estar físico, mental  e social, no entanto a ideia de completo bem-estar alegada pela OMS, embora essa visão seja  ambiciosa, trouxe uma ressalva sobre o assunto, foi criticada ao longo dos anos por propor um  significado irreal tornado impossível de atingir essas condições devido às limitações pessoais e  ambientais, inatingível dentro das condições humanas na vida real. 

Seguindo nesse contexto de saúde, o Brasil foi influenciado por avaliações em políticas de  saúde internacionais como discutido na oitava conferência nacional no ano de 1986 chegaram à  conclusão que saúde vai além, incluindo educação trabalho renda, moradia e também acesso aos  serviços de saúde (Gaino, 2018). Portanto pode-se dizer que, nem todas as pessoas tem acesso aos  requisitos citados pelo autor, e um dos grupos que vem se destacando nessa problemática tem sido os  idosos.

2.1 Saúde Mental Na Terceira Idade 

Em virtude do aumento da população da pessoa idosa no Brasil, nota-se que as condições  sociais e as limitações físicas em implicação do processo de envelhecimento vem contribuindo com  alto índice de adoecimento mental, a demência por exemplo se manifestam em decorrência das causa  fisiológicas que ao decorrer do tempo podem surgir síndromes como Mal de Alzheimere, Mal de  Parkinson, depressão entre outros. Os idosos também são vítimas de violência físicas emocionais e  violações dos direitos, esses são fatores que podem contribuir com uma alta predominância de  transtornos mentais e comportamentais na terceira idade (Tavares, 2009). 

Os fatores psicossociais devem ser levados em consideração ao avaliar as condições do idoso,  pois existe uma prevalência bem elevada quanto aos problemas associados a idade, que são  dificuldade de acesso a serviços e a vulnerabilidade. As condições socioeconômicas precárias que  acarretam serias dificuldades, o que não é algo exclusivamente dessa fase da vida, mas da população  como um todo, há também situações como discriminação, humilhação que são frequentemente  enfrentadas pelos idosos, a velhice ainda faz parte de um cenário de preconceito por boa parte da  população brasileira. 

A Organização Mundial de Saúde (OMS), entende por idoso todo indivíduo com 60 anos ou  mais, seguindo parâmetros demográficos nacionais ou internacionais. Os dados apresentados no  último Censo Demográfico de 2022, O IBGE, evidenciam: 

O acelerado processo de envelhecimento populacional em curso no Brasil, indicando que  aproximadamente 32 milhões de pessoas (15,8% de uma população total de 203 milhões)  são idosas. Dez anos antes, segundo o Censo de 2010 havia 20 milhões de pessoas idosas, o  que correspondia a 11% da população brasileira (IBGE, 2023, P.03). 

O processo de envelhecimento é individual, pois depende de fatores variáveis como nível de  renda, raça/cor, sexo, etnia, território e outros. É importante destacar que os idosos são divididos em  dois grupos: o primeiro são os idosos de 60 a 79 anos, considerados os “novos idosos”, e o segundo  grupo de 80 a 100 anos ou mais, “muito idoso”, segundo a pesquisa o segundo grupo é o que mais  cresce no Brasil. 

Neste cenário, um desafio adicional se coloca em relação à velhice avançada, já que este é o  grupo que se encontra diante da maior exposição a doenças e agravos crônicos, o que pode  acarretar sequelas limitantes do desempenho funcional, gerando, consequentemente,  situações de dependência e demandas por mais cuidado. O Estatuto da Pessoa Idosa, nesse  sentido, garante prioridade especial às pessoas com mais de 80 anos de idade, para que suas  necessidades sejam atendidas preferencialmente em relação às demais (SNPCF, 2023, p. 03). 

A OMS, destaca que o grupo de pessoas idosas com mais de 80 anos, é preciso investir em  programas voltados para o bem-estar, pois atenção a esse público pode pendurar por um número  considerável de anos, por isso devem se investir em políticas e cuidados, como por exemplos  atividades para manter o funcionamento ou prevenir o risco de perder a capacidade funcional,  garantido os direitos básicos: liberdade fundamentais e dignidade humana. 

Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde – OPAS: 

O número de pessoas idosas com necessidade de cuidados prolongados triplicará nas  Américas nas próximas três décadas, passando dos 8 milhões atuais para 27 a 30 milhões até  2050. Essa ampliação de demanda não encontra respaldo na oferta, uma vez que a provisão  de cuidados para essa população está a cargo majoritariamente das famílias, e em particular  das mulheres (OPAS, 2023, p. 5). 

Entretanto, quando se divide em sexo feminino e masculino, as mulheres saem na frente  formando a maioria da população idosa com 56% (17.8 milhões), e os homens com 44% (14,2  milhões), na população idosa acima de 80 anos, 62% são mulheres e 38% homens, e ainda o  percentual feminino cresce conforme aumenta a idade chegando a 72% no grupo com 100 ano ou  mais, segundo os dados do Censo de 2022. 

2.2 Fatores emocionais e cognitivos do envelhecimento 

A ansiedade e a depressão são frequentes na população idosa, existem fatores que contribuem  para essa prevalência como perda do emprego, mudanças nas habilidades sociais, o declínio das  funções cognitivas e as condições de saúde física e psicológica, que muitas vezes não se tem o devido  valor e atenção para um tratamento adequado, bem como a falta de ações atuantes na promoção de  saúde mental para essa determinada população (Cordeiro, 2020). 

Para os autores Guerra e Caldas (2010), o processo de envelhecimento deve ser visto de forma  individual por cada pessoa, levando em consideração os aspectos socioculturais, cada um carrega com  sigo uma história construída ao longo de sua vida, com crenças e hábitos diferentes, nesse contexto a  sociedade imagina que esse processo é desgastante onde as limitações são contínuas acompanhadas  de desgastes e mudanças físicas como, cabelos brancos, encolhimento do corpo, pele enrugada, na  percepção de muitos esse trajeto acaba se findando com a morte. 

A depressão e o suicídio também são um dos fatores aliados ao envelhecimento, podendo ser  uma demanda na saúde pública, os pensamentos de mortes são mais frequentes nessa fase comparada  com as demais idades, esses comportamentos podem ser difíceis de perceber, a recusa alimentar pode  ser um ponto a ser observado nesse caso, sendo considerado como suicídio passivo. Alguns dos  motivos que levarão a esses sentimentos são, a perda da autonomia, aparecimento de patologias,  sentimentos de inutilidade, insatisfação entre outros que são considerados fatores de risco com alto  nível de prevalência para o suicídio (Carvalho, et al, 2020). 

Esse fato se faz presente devido à frequente presença de comorbidades psiquiátricas na  população idosa, o uso dos psicofármacos para alívio de disfunções somática em decorrência das  mudanças fisiológicas também acontecem com frequência e de maneira preocupante, os estudos  realizados apontaram uma prevalência em relação aos óbitos por suicídio de pessoas entre 60 e 70  anos, diante desses fatos observa-se a importância dos cuidados no envelhecimento tanto físico  quanto psicológico (Carvalho, et al, 2020).

2.3 Políticas Públicas 

Uma das consequências do envelhecimento populacional tem sido o crescente número de  prevalência de doenças atribuídos a terceira idade. Os idosos apresentam questões de cuidados em  saúde diferentes do restante da população. Esse público exige maiores investimentos de recursos em  saúde e seguridade social. O Brasil confrontar-se com o desafio de elaborar políticas públicas mais  eficientes para oferecer melhores condições de vida e saúde à sua crescente população idosa  (Clemente et al, 2011). 

Diante deste fato nota-se a importância de criar políticas públicas, que visem prestar  assistência às pessoas idosas, que encontram grande dificuldade em perceber o adoecimento mental,  onde muitas vezes os sintomas são interpretados como reações esperadas no envelhecimento se  tornando um diagnóstico tardio para os sintomas psicossomáticos. 

Segundo Clemente et al (2011), cabe também ressaltar a necessidade de formação profissional  focada na saúde mental da pessoa idosa, que apresentam um alto índice de procura por atendimentos  médicos primário e na hospitalização com queixas variadas, o transtorno mental e nem sempre são  investigados ou identificados para que possam ser devidamente encaminhados ao profissional  especializado em saúde mental, portanto; 

Atualmente o envelhecimento da população é um desafio econômico para os países periféricos  como o Brasil, o crescimento acelerado da população e a falta de estrutura e planejamento gerou  resultados negativos, comparando com países desenvolvidos cujo o envelhecimento da população  vem ocorrendo de forma gradativa, permitido investimentos e organização nas políticas públicas para  esse público. 

No Brasil, a há diferentes características da população idosa, como as regiões do país: 

Buarque (2001, p. 86), utiliza metáfora valiosa para a compreensão dos extremos dessa  realidade: A velhice de chumbo e a velhice dourada. De um lado, há uma maioria de  excluídos aos quais resta continuar a viver, na velhice (de chumbo), uma vida sem acesso a  serviços que lhe garanta qualidade de vida. Apartados dessa situação estão aqueles que  podem “manter a saúde, a força e mesmo a jovialidade das feições”, pois dispõem dos  recursos financeiros para tal e, por tanto, constituem minoria privilegiada, vivenciando uma  velhice dourada, distribuída dispersa e diferentemente no território nacional. 

A desigualdade territoriais e sociais da população idosa no Brasil, dificulta o acesso da família  aos cuidados básicos necessário ao idosos vulnerável, pois o ato de cuidar vão além dos laços  sanguíneos, são responsabilidades do Estado e da sociedade civil. Por tanto, o envelhecer no Brasil  com toda sua complexidade, mostra os avanços na legislação para o idoso, ocorrido com a  Constituição Federal de 1988, mais a realidade, que há muito para avançar, principalmente para os  idosos “invisíveis”, seja por estar nos asilos ou fechados em seus lares negligenciados (Pimenta;  Alves, 2010, p. 87).

A constituição dos direitos sociais e políticas sociais, tem sua origem com o reconhecimento  público dos riscos sociais e do trabalho assalariado, com o objetivo de prover os impossibilitados  ligados a sociedade salarial. Nesse sentido, a aposentadoria foi um dos principais objetivos da classe  trabalhadora, sendo a proteção social duramente conquistada, restringia-se a trabalhadores doentes,  acidentados, ou por velhice, aos que não faziam parte da sociedade salarial restavam os asilos de  mendicância, ou a família quando possível. 

Eloy Chaves, deu início as políticas públicas no Brasil no século XX, o qual criou a caixa de  Aposentadoria e Pensões dos Ferroviários, (IAPs), em 24 de janeiro de 1923. Embora somente em  1960, com a Consolidação da Leis do Trabalho (CLT), a proteção social se restringe aos  trabalhadores, considerados sujeitos ativos. 

Em 1983, com Constituição Federal conquistou se o direito da seguridade social, com o tripé:  previdência social, saúde, e a assistência social, que resultou na melhoria de vida da população, em  especial a idosa (Haddad,2000, p. 89). No ano de 1994, estabeleceu a política nacional do idoso, mais  somente em 2003, pela Lei 10.741, foi instituído o Estatuto do idoso, regularizando os direitos  conquistados, assegurando as pessoas a partir de 60 anos.  

Atualmente, após anos depois da promulgação da Lei que estabeleceu a política nacional do  idoso, e com a criação dos conselhos do idoso, e Leis municipais sobre políticas do idoso, as quais  não são todos os municípios que dispõe sobre. Temos como resultado implementações positivas, pois  as novas ações junto à população idosa têm crescido nas últimas décadas, como por exemplo, a  maioria dos municípios mantém centros de convivência ao idoso, infelizmente ainda é pequeno o  compromisso desse público com o resgate da cidadania, com a participação afetiva, e buscadores dos  direitos conquistados ao longo do tempo (Pimenta; Alves, 2010, p. 87). 

O atendimento asilar ainda é uma das mais importantes políticas públicas que proteger  população idosa, embora no Brasil só se tem direito se o idoso não tiver meios para se prover, não  tenha família, ou a família não tenha condições de prover a sua manutenção. (Brasil, 1994. A Política  Nacional do idoso e a própria legislação diz sobre o cuidado e dá suporte a família com pessoas idosa,  mais infelizmente a realidade condiz o contrário, e local aonde existem esse cuidado não é o  suficiente, pois não atendem à demanda. 

Mais de 95% dos idosos residem com as famílias ou em suas próprias casas. Pelo fato de a  família ser, no Brasil, os lócus privilegiados de moradia e de cuidado dos idosos de todas as  classes sociais, é preciso investir muito na sua competência para abrigá-los com respeito e  dignidade. Embora possa parecer obvio à primeira vista, essa não é uma tarefa natural. Prova  das dificuldades é o fato de que é nesse espaço que ocorre a maioria das violências físicas,  psicológicas, econômicas e sexuais. O espaço familiar, portanto, merece ser foco de atenção  em múltiplos sentidos: em termos de mudança cultural na forma de conceber a relação com  a pessoa idosa; na preparação da casa para maior segurança; na formação de cuidadores  familiares para os idosos dependentes; na proteção do Estado para as famílias que não têm  condições de cuidar dos seus velhos (Política Nacional do Idoso, p. 91).

Quando se trata de autonomia, sabemos da importância para o idoso morar sozinho, poder ter  decisão no seu dia a dia, mas muitos não alcançam este objetivo, houve nos últimos anos um aumento  de idosos vivendo sozinhos, mais com família ou sozinho, uma parte significante desse público  necessitará em algum momento de cuidados. O ato de cuidar consiste em prestar serviços a alguém  que precise deles. Cuidar do idoso, inclui: atividades complexas, com dimensões psicológica, éticas,  sociais, demográficos, aspectos clínicos, técnicos e comunitários. (Luders; Sttorani, 1996, p 154).  Existem o cuidador formal, que são pessoas capacitadas para essa atividade, e o cuidador leigo ou  informal, que são pessoas que assume o auxílio aos idosos nas suas necessidades sem necessariamente  está preparado para tal função. 

Em questões que envolve saúde física e mental, afetam também aos familiares e cuidadores  informal, pois são a eles que são destinadas as maiores responsabilidades, muitas das vezes  desempenhadas em condições precárias, o que condiz com a manutenção da própria saúde, do auto estima, da motivação entre outras. 

A ausência do cuidador informal é agravada pela inexistência de atendimento alternativo para  a população idosa, como os centros-dias e os hospitais dias, uma das modalidades não asilares, que  segundo o artigo 4º da Política Nacional do Idoso, seriam destinadas a “permanecia de urna do idoso,  dependente que possua deficiência temporária e necessidades de assistência médica ou e assistência  multiprofissional”. (CRESS-SP, 2004, p. 174). Certamente esses centros implantados nos municípios  traria qualidade de vida aos cuidadores e especial aos idosos que não apresentam autonomia em suas  atividades diárias.  

O Estatuto do Idoso (LEI 10.741, DE 1º de outubro de 2003) prevê no artigo 18, que  as instituições de saúde devem atender os critérios mínimos para o atendimento às  necessidades do idoso, promovendo o treinamento e a capacitação dos profissionais,  assim como a cuidadores familiares e grupos de autoajuda. (Brasil, 2004). 

Embora os direitos conquistados na legislação, as necessidades não são atendidas no serviço  público, pois a realidade do sistema se saúde do Brasil (SUS), não é positiva voltada para essa  demanda. O atendimento especial a esse público poderia não somente melhorar os cuidados, mas  também diminuir o estresse que o cuidador informal é submetido, representado muita das vezes pela  a família ou o cônjuge (Pimenta; Alves, 2010, p. 93). 

Em alguns municípios com mais de 100 mil habitantes, oferecem aos idosos a oportunidade  de se socializar, atividades e recreação durante o dia, são chamados centro de conivência do idoso,  locais destinados “a convivência do idoso, onde são desenvolvidas atividades físicas, laborativas,  recreativas, culturais, associativas, e de educação para a cidadania” (Pimenta; Alves, 2010). 

Existem algumas universidades abertas a terceira idade (Unesp, Unitau, Univap outras), que  fazem um trabalho voltado a esse público, principalmente aos idosos autônomos, lhes trazendo  informações importantes sobre qualidade de vida no envelhecimento. Em contrapartida existem também o atendimento a domicilio, previsto na legislação, que são realizados pelo Programa de Saúde  da Família (PSF), são atendimentos domiciliar aos inclusive aos idosos da rede pública feito pela  secretaria municipais de saúde, mas não consta atenção especializada como por exemplo geriatria e  gerontologia, como prevê a Política Nacional do Idoso (Pimenta; Alves, 2010). 

Portanto, é nítido que avançamos muito comparando as últimas décadas, mas seria o  suficiente? As políticas públicas existentes na teoria funcionam muito bem, mas no dia a dia falta  hospitais e rede pública de saúde para garantir a atenção necessária, com especialidades: geriatria e  gerontologia, necessita mais investimento na área da educação, como estudos em faculdades voltadas  para a terceira idade, com o objetivo de trazer conhecimento de modo a eliminar os preconceitos e  estereótipos que a classe enfrenta (Pimenta; Alves, 2010). 

De acordo com atual com atual Política do Nacional de Assistência Social (PNAS), e a Política  Social do Idoso, deixa claro a importância da família na proteção social.  

Por reconhecer as fortes pressões que os processos de exclusão sociocultural geram  sobre as famílias brasileiras, acentuando suas fragilidades e contradições, fez se  primordial sua centralidade no âmbito das ações da política de assistência social, como  espaço privilegiado e insubstituível de proteção e socialização primárias, provedora de  cuidados aos seus membros, mas que precisa também ser cuidada e protegida. Essa  correta percepção é condizente com a tradução da família na condição de sujeito de  direitos, conforme estabelece a constituição Federal de 1988, o Estatuto da Criança e  do Adolescente, Lei Orgânica de Assistência Social e o Estatuto do Idoso (Brasil, 2004,  p. 35). 

No entanto, quanto tempo será necessário para realmente ser efetivado os direitos da  população idosa? Os adultos de hoje, terá acesso a uma velhice de direito? 

3. ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NA TERCEIRA IDADE 

A psicologia no contexto do envelhecimento visa trabalhar as mudanças no desenvolvimento  cognitivo, afetivo e social, assim como também potencializar a pessoa a ter interesses e atitudes que  valoriza e contribui com a velhice proporcionando maior bem-estar para ao indivíduo, focando nas  individualidades, valorizando a história de cada um, o meio sociocultural a educação e crenças que  são bagagens que podem fazer toda a diferença na maneira de enfrentar o envelhecimento (Neri,  2004). 

A psicologia se propõe a trabalhar os desajustes psicossociais que conglomeram a depressão,  ansiedade, isolamento social e síndrome pós-traumática. Assim como os impactos cognitivos que  incluem degradação cognitiva e dificuldades de memória. Sendo esses fatores que contribuem  significativamente para a mortalidade dos idosos, evidenciando a necessidade urgente de  intervenções eficazes e preventivas. Pois são implicações que podem se manifestar a curto, médio e  longo prazo causando sérios problemas a pessoa idosa (Aragão, 2024). 

Importante ressaltar que diagnosticar de forma precoce, doenças crônicas e possivelmente melhorar a qualidade de vida, é essencial trabalhar estratégias preventivas em autocuidado de forma  a retardar complicações, adotando estratégicas com níveis primário, secundário e terciário como  forma de intervir a depender das condições do idoso. Esses cuidados, feitos pela equipe de saúde  juntamente com geriatras, avaliando a capacidade funcional quando necessária (Veras, 2009).  

Segundo o autor, um dos problemas encontrados, é que muitos idosos por apresentarem vários  problemas de saúde passam a recorrer a diversos especialistas, sobrecarregando o sistema de saúde e  levando a intervenções não necessárias, onde nem sempre as intervenções são eficazes, e se tornando  em diagnósticos tardios. Além disso, a falta de um sistema de triagem eficiente faz com que situações  como essas ocorram. Tendo em vista um aumento significativo da população idosa, e junto a ela as  de doenças crônicas, são desafios que o sistema de saúde vem enfrentando, dados revelam que na  medida em que essa população aumenta, consequentemente o número de consultas médicas também  aumentam, e que políticas voltada a prevenção e promoção de saúde tem melhorado  significativamente a disfuncionalidade entre os idosos, tornando-os mais saudáveis. 

Dados entre 1998 à 2003, mostram uma melhora na condição de saúde de idosos no Brasil,  em decorrência da evolução tecnológica na medicina, programas sociais de maior acesso a serviços  de saúde e mudanças comportamentais, no entanto independente da classe social, todos estão propício  a doenças crônicas semelhantes, entre eles 80% estão sujeitos a algum tipo de doença e vão recorrer  ao sistema de saúde. Diante dos fatos, nota-se a necessidade de uma reformulação no modelo atual  do sistema de saúde voltando o foco para prevenir e detectar precocemente doenças com objetivo de  retardar seu desenvolvimento, possibilitando assim que o idos viva até o fim da sua vida com  autonomia e com suas capacidades funcionais (Veras, 2009). 

Segundo uma pesquisa realizada recentemente por, De Souza Brito e Da Motta (2024), no Brasil,  a Pesquisa Nacional de Saúde (IBGE, 2019) estimou que 10,2% da população maior de 18 anos  recebeu diagnóstico de depressão. Em 2013, o percentual era de 7,6%, representando 16,3 milhões  de brasileiros. Sendo que a faixa etária mais atingida foi a de 60 a 64 anos, com proporção de 13,2%.  O grupo de 60 anos ou mais, destacou-se o uso de medicação sendo mais comum e superior à média  nacional. Enquanto a média nacional foi de 43,8% para homens e 49,3% para mulheres, já o uso de  medicação para o grupo de 60 a 64 anos foi de 56,8%; para o grupo de 65 a 74 anos, foi de 56,8%; e  para o grupo acima de 75 anos, atingiu 61,9%. Os dados comprovam a relevância da depressão na  velhice, e a precisão de buscar ações preventivas de enfrentamento dessa problemática. 

No entanto, em meio a esse cenário desafiador, a esperança surge como um poderoso recurso  para enfrentar as dificuldades e incertezas da velhice. Acreditar em um futuro melhor,  encontrar sentido e propósito na vida e manter uma visão otimista podem contribuir para  fortalecer o indivíduo diante das adversidades (De Souza Brito; Da Motta, 2024, p.11). 

Todavia, as políticas nacionais de saúde da pessoa idosa, são classificadas em dois grupos, os  que conseguem ser ativos e independentes mesmo com as limitações em decorrência da idade, e os que não conseguem, com suas condições mais frágeis. É comum na terceira idade que eles apresentam  sintomas psicótico como estresse demência, ou que em outras situações podem surgir na juventude  como transtorno de bipolaridade, esquizofrenia e ansiedade, esses transtornos podem vir a afeta a  funcionalidade e a qualidade de vida, entretanto um bom acompanhamento, contribui para uma  melhora significativa quando acompanhada com tratamento medicamentoso e terapias (Andrade; et  al, 2010).  

Dentro do campo da psicologia é possível trabalhar com técnicas que visem diagnosticar,  avaliar e intervir, diante dos problemas psicológicos e comportamentais que comprometam o bem estar da pessoa idosa, sendo importante considerar essa população como um todo seja o idoso  independente ou não, dentro da comunidade ou institucionalizado, levando em consideração também  se é uma pessoa saudável ou cometida por alguma patologia (Neri, 2004). 

Esse elenco de procedimentos pode ser aplicado em várias áreas, entre as quais se incluem  saúde, relações sociais, família, instituições de atendimento a idosos, educação, lazer e  sociabilidade, trabalho, ambiente físico e ambiente social; pode envolver construção de  instrumentos de medida, ensino e pesquisa (Neri, 2004, p. 75).  

Quando se fala em prevenção e orientação a esse público, ainda é comum encontrar  profissionais despreparados para abordar temas importantes como sexualidade, o que dificulta a  educação preventiva, levando em consideração o aumento do número de idosos portadores de DSTs  e AIDS, que direcionam para um diagnóstico tardio, sendo um fator que contribuem para o  adoecimento mental, levando a um estado depressivo, menor qualidade de vida, enfraquecimento e  declínio do convívio social, tornando um agravante para bem-esta do idoso. Portanto cabe ao  psicólogo acolher a própria equipe e orientar sobre a importância e os cuidados preventivos com a  saúde em todas as fases do desenvolvimento (Lessa, 2021). 

Percebe-se que a cada momento, de novas descobertas sobre o processo de envelhecimento  e atuação dos profissionais, nas diversas áreas de políticas públicas voltadas à pessoa idosa,  maior é o desafio de contribuir para compreender os fatores físicos, psicológicos, sociais e  espirituais que interagem com a fragilização no processo de envelhecimento (Lessa, 2021,  p.83). 

A morte também é um assunto que deve ser abordado, muitos idoso enfrentam esse  acontecimento com algo doloroso, a psicologia abrange e apoia os idosos diante do envelhecimento  e do medo da morte, quebrando tabus e crenças, proporcionando um melhor entendimento e  enfrentamento acerca do fim da vida. É notório que para as culturas ocidentais, a morte  frequentemente é associada ao envelhecimento, e o medo da morte contribui para o temor do  envelhecimento. Nesse sentido faz-se necessário um diálogo aberto sobre a morte, isso contribui com  a saúde física e mental do idoso, também exerce impacto na forma como ele encara a morte (Da Silva;  Da Silva Souza; Da Silva Reis, 2023). 

Os autores enfatizam que, o luto na terceira idade pode ser sobretudo desafiador, pois os idosos frequentemente enfrentam múltiplas perdas ao longo de suas vidas, o que pode levá-lo à  resistência por novas amizades, a morte de pessoas próximas pode se tornar algo comum para o idoso.  Deste modo, é crucial entender que o envelhecimento para muitos indivíduos envolve uma série de  perdas ao longo da vida. Portanto a psicologia cumpre um papel fundamental auxiliando na  elaboração do luto, que é um processo abstruso que acontece quando uma pessoa perde alguém  significativo em sua vida, o profissional propõe ao indivíduo de forma adaptativa e ajustada, métodos  que promovam a reorganização das crenças sobre si mesmo e o mundo. 

Além disso, existe o estigma de que a velhice é uma fase da vida em que as pessoas têm um  melhor entendimento da morte. No entanto, mesmo que a idade traga com ela uma riqueza  de experiências e sabedoria, o luto e a morte são vivenciados de maneiras diferentes e não é  possível se preparar completamente para eles. Muitos idosos, por medo da morte, enfrentam  o luto de forma isolada, não compartilhando suas emoções. Nessa fase da vida, os idosos  podem estar mais debilitados para lidar com a perda, tornando o acolhimento e a escuta  terapêuticas intervenções cruciais (Barros et al.,2021, apud Da Silva; Da Silva Souza; Da  Silva Reis, 2023, p.297). 

Por tanto esse processo de envelhecimento compõe um aspecto natural da vivência,  compreendendo todos os indivíduos desde o nascimento até o término do ciclo vital. Envolve, desse  modo, o envelhecimento como um acontecimento contínuo, sujeito a influências genéticas biológicas, socioculturais e ambientais, de natureza multidimensional e multidirecional. No campo  da saúde pública e da produção científica na área, o idoso vem criando seu espaço, alcançando novos  lugares e um olhar mais cuidadoso para essa fase da vida (De Albuquerque; Moreira, 2024). 

O empoderamento psicológico da pessoa é importante pois potencializa as competências  interpessoais trabalhando as diversas personalidades, as habilidades cognitivas e também a motivação  que é responsável pela interação social influenciando no ambiente e na participação do indivíduo na  comunidade, o envelhecer não ocorre da mesma maneira para todos as habilidades e a cultura as  crenças são individuais. 

No que diz respeito ao valor da resiliência psicológica no envelhecimento e longevidade  destacam-se os seguintes fatores: Apoio social e satisfação com a vida; Prevenção do  sofrimento psíquico; Saúde e bem-estar psicológico; Domínio das tecnologias da informação  e comunicação; Diferenças de género na prevenção; Coping na adversidade da doença;  Longevidade positiva; Intervenção na saúde; Educação para a reforma; Prevenção do  suicídio; e Economia (Neri, 2024, p.15). 

A psicologia pode ser trabalhada na educação e sociabilidade propondo para pessoa  informações psicológicas, exercícios grupais possibilitando aperfeiçoamento das habilidades sociais,  criar estratégias para que o idoso participe ativamente como protagonista da sua própria história  respeitando o contexto de vida de cada indivíduo. Contribuir com programas que visem capacitar e  reciclar para o trabalho, treinando a motivação e a atitude onde o objetivo é a qualidade de vida,  saúde, relações sociais, cidadania da pessoa idosa. 

Contribuir com procedimentos juntamente ao departamento pessoal de recurso humanos, para auxiliar na seleção ou remanejamento de funções dos trabalhadores mais velhos; pode ajudá-los  a flexibilizar a carreira, e desenvolver papéis profissionais adequados aos ganhos da maturidade, a  planejar uma segunda carreira ou a preparar-se para a aposentadoria. Dessa forma os idosos podem  desenvolver atividades profissionais e de prestação de serviços assumindo papeis, como por exemplo  de consultores, auditores e assessores especializados, transformando a experiência adquirida em  serviços para empresa e visando uma preparação para que o idoso encare esse processo de forma  ativa. 

Dentre os auxílios, podemos concluir que a boa velhice se baseia em alguns princípios, dentre  os quais estão a conjunção entre uma mente ativa e um corpo ativo. Saber envelhecer é um  aprendizado que começa desde a infância, ter hábitos de vida saudáveis que devem ser  mantidos ao longo da vida. Saber envelhecer também é uma luta diária para fazer valer o  direito à cidadania (Silva; Santos; Aguiar, 2023, p,16).  

A psicologia pode enriquecer esse processo motivando a pessoa idosa compreendendo suas  dificuldades, lembrando que não se deve ignorar as limitações que com passar dos anos são  adquiridas, porém faz-se importante ressaltar que existem recursos diversos para que a pessoa idosa  possa continuar gozando dos prazeres em todos os níveis desse ciclo, importante também ter uma  compreensão de que a morte faz parte desse processo e que a pessoa pode e deve optar por uma  qualidade de vida cada vez melhor sendo produtiva dentro das suas limitações (Silva; Santos; Aguiar,  2023).  

Tudo indica que a resiliência psicológica e o empoderamento psicológico nas pessoas idosas  podem traduzir-se numa boa saúde mental, na ausência de doença, numa velhice bem sucedida, implicar a inclusão social, a melhoria da autoestima, das relações interpessoais,  entre outros aspetos relevantes e promotores da saúde em cidades e comunidades pró  envelhecimento (Faria, 2024, p. 155).  

Importante ressaltar também que planejar o ambiente residencial, de trabalho, os asilos e casas  de repouso, os hospitais, ambulatórios, centros-dia e centros de saúde locais de lazer e de convivência  são vitais para a prevenção da competência comportamental da pessoa idosa como a dependência,  depressão, insegurança, isolamento, abandono, negligência e maus-tratos todos esses fatores podem  ser trabalhados pelo psicólogo contribuindo com bom desempenho do idoso e qualidade de vida, o  profissional pode atuar assessorando empresas e a família para melhor compreender esse processo  (Néri, 2024). 

O envelhecimento natural segue uma sequência definida e marcada pelos eventos normais  físicos cognitivos, sociais e com as mudanças há alguns prejuízos nessas áreas, sendo esses esperado  com o próprio envelhecimento do corpo, outras partes também sofre com esse processo, e algumas  mudanças podem ocorrer como alteração na pressão arterial, dificuldades visuais e auditivas como  também perda da autonomia e agilidade (Miranda; Banhato, 2008). 

Considera-se um envelhecimento saudável aquele que supera as expectativas de um  envelhecimento normal, espera que pra esse tipo de envelhecimento as alterações decorrentes da idade aconteçam de forma mais lenta do que o esperado para o normal, sendo assim as mudanças na  cognição, no físico e social ocorram de forma mais lenta que os demais de mesma idade, sendo assim  é necessário que políticas públicas sejam adotadas visando proporcionar a esse público um  envelhecimento ativo e de maior qualidade. 

Para que o idoso tenha um maior bem-estar e qualidade de vida é necessário que ele tenha  autonomia sobre seus atos, que significa ter habilidades de lidar e controlar suas ações e decisões  pessoais, vivendo de forma agradável tendo autonomia e suas próprias regras é necessário que ele se  sinta ativo (OMS, 2005).  

A velhice não tem uma definição exata principalmente em relação ao que se diz ser uma  velhice saudável, o que é desejado por todos, portanto em sua totalidade deve ser levado em  consideração que esse é um momento que faz parte do processo biológico, e não deixa de ser um fato  social e cultural. Podendo ainda, ser entendida como uma etapa do curso da vida que em decorrência  do avanço da idade cronológica, onde ocorrem transformações de ordem biopsicossocial que  apresentam as relações do indivíduo com o seu contexto social (Freitas; Queiroz; Souza, 2010). 

A sociedade atual valoriza essencialmente a juventude, mesmo sabendo que envelhecimento  é um processo normal e que afeta todos os seres humanos e, tendo uma visão negativa deste  período da vida, fazem parte com os próprios idosos detenham esta imagem, que constitui  um dos significados preconcebidos sobre a velhice (Freita; Queiroz; Souza, 2010, p. 411). 

A velhice não deve ser vista como um processo de perdas, e sim substituída pelos preceitos de que esses estágios mais avançados da vida podem ser momentos favoráveis para novas aquisições,  conduzidas pela procura de prazer e do contentamento pessoal. Os conhecimentos adquiridos e  saberes que são acumulados ao longo da vida são ganhos que oferecem oportunidades de experienciar  novas identidades, retomar alguns projetos, estabelecer relações saudáveis com pessoas jovens e  idosas, vivenciar de fato essa nova fase (Freitas; Queiroz; Souza, 2010). 

3.1 Aspectos Cognitivos Relacionado À Pratica De Atividade Física  

Para que se tenha um envelhecimento saudável o estilo de vida diz muito de como será a  velhice, as práticas de exercícios físicos são fundamentais, sendo nítidas as consequências do sedentarismo para o corpo é um dos fatores de risco para esse público, contribuindo com o declínio  físico e motor, tendo prejuízos no equilíbrio, na ansiedade, estresse desses indivíduos (Costa; Rocha;  Oliveira, 2012). 

A prática de exercício físico contribui para uma melhor qualidade de vida, mas vale ressaltar  que mesmo que o indivíduo se esforce é natural que aja um declínio das habilidades pois faz parte do  processo do desenvolvimento e com isso vem a insegurança, a dependência de pessoas próximas e a  baixa autoestima, tendo que lidar também com as perdas de entes queridos como cônjuge, amigos entre outros que fragilizam ainda mais o idoso (Souza; Alves; Trindade; Rocha, 2021). A caminhada é uma das atividades indicada por ser de simples execução e desse modo é  aderida por um número maior de pessoas, entre as vantagens da caminhada feita regularmente está a  melhora do sistema cardíaco, circulação sanguínea, bem-estar, perda de peso melhora respiração e  fortalece os pulmões, há melhoras também nos quadros de depressão, estresse e pressão arterial. Para  que se tenha uma boa caminhada o mais recomendado é que seja em algum lugar apropriado e seguro,  como locais esportivos, bosques e praças (Jesuíno, 2010). 

Dentre os exercícios, a hidroginástica é uma das atividades físicas de fundamental importância  para a terceira idade pois a pressão e as particularidades físicas da água, junto aos movimentos  proporciona uma diminuição na compressão das articulações, trabalhando também o equilíbrio e  movimentos corporais, outros benefícios da hidroginástica são ganhos de resistência e flexibilidade,  agilidade, resistência aeróbica entre outros. Os benefícios proporcionados pela hidroginástica  comparados com exercícios no solo, oferece a possibilidade desde o aumento de sobrecarga com  diminuição dos riscos de lesões, corroborando com maior alívio relacionado à temperatura da água,  até a redução das características estéticas ocorridas nas aulas fora da água (Silva, 2017).  

Portanto quando se fala em uma prática de qualquer exercício físico antes é necessário pensar  em um profissional, e o professor de educação física é o responsável nesses casos, prescrevendo os  exercícios mais adequados para cada caso, ele busca trabalhar de forma a diminuir o sedentarismo e  objetivando uma melhor qualidade de vida (Jesuíno, 2010). 

3.2 Sexualidade na Terceira Idade 

Segundo Dantas (2017), a atividade sexual é uma atividade física e primordial para uma vida  saudável, e a negação do idoso no que diz respeito a sexualidade, acaba levando a problemáticas,  como o preconceito entre outros, e a falta de orientação sobre o assunto por parte da sociedade e por  profissionais de saúde aumenta mais os estereótipos de que o idoso é assexuado, evitando assim que  seja feita campanhas de orientação e prevenção a atividade sexual. 

Na procura por uma qualidade de vida, pode-se encontrar uma velhice com independência,  autonomia e foco de um envelhecer saudável e proativo. Mesmo que existam perdas no  decorrer da sobrevida, o envelhecimento de forma ativa deve ser incentivado entre a  população idosa, pois ele é sinônimo de existência completa e com qualidade (Gusmão, 2021,  p. 12). 

Falar sobre sexualidade envolve alguns fatores, psicológicos, como mudanças na idade  fisiológicas, surge redução na produção de hormônios e fatores psicológicos como depressão baixa autoestima entre outros, e uma das maneiras de prevenção é o cuidado com a saúde física e emocional,  no decorrer de toda a vida. assim para os homens o que se perde em quantidade se atribuído em  qualidade, e isso está relacionado como a idosa enxerga essa mudança (Araújo; Zazula, 2015). No que diz respeito a sexualidade na terceira idade é importante avaliar algumas, maneira de cuidados, como políticas públicas e sociais voltada para saúde da sociedade de forma leve e saudável  sem estigmas, cabe destacar o papel do psicólogo e suas contribuições com psicoterapias, e  observando possíveis distúrbios psicológicos associados à idade e desmistificando certo tipo de e  constrangimento preconceitos, fortalecendo o vínculo afetivo entre parceiros.  

A sociedade ainda impõe alguns padrões de comportamentos, e que acaba limitando a pessoa  idosa no que diz respeito a sexualidade não é diferente, a sexualidade nessa faze da vida é tão  importante quanto em qualquer outra fase, o sexo não deve ser compreendido como fins reprodutivo,  mas como manifestação da corporeidade, onde envolve emoções e vários outros sentimentos, sendo  assim as implicações os fatores culturais e a falta de conhecimento contribuem negativamente para  essas crenças (Frugoli; Júnior, 2011). 

É esperado que, com o avanço da idade, aconteça um declínio na atividade sexual, e com isso  muitos entende esse período como de assexualidade, e um dos fatores que contribuem negativamente  são os mitos e tabus juntamente com informações errôneas cultivado a respeito deste assunto, por ser  um tema não discutido entre esse público em questão, e isso faz com que pensamentos e estigmas  como esse se fortaleça cada vez mais, e que muitos se comportem de acordo com as expectativas  sociais, e aos que sentem desejos passam a ter um sentimento de vergonha e de culpa.  

Pode-se destacar então a importância do acompanhamento psicológico nessa fase do  envelhecimento, onde acontecem muitas mudanças relacionadas aos fatores emocionais, físicos,  psíquicas e sociais, para que se possa ter um bom desenvolvimento é necessário compreender essa  etapa visando bem-estar da pessoa idosa (Alves; Trindade; Rocha, 2021). 

3.3 Prevenção e promoção a saúde  

Estudos trazem uma evolução da visão sobre o envelhecimento, e o que antes era visto como  um período inevitável de perdas, mas que hoje, com o avanço da psicologia, passou a ser vista e  compreendida de maneira mais ampla e complexa, levando em conta não apenas os fatores biológicos,  mas também históricos e sociais. O desenvolvimento ao longo da vida, trouxe avanços na  compreensão de como o envelhecimento pode ser mais saudável, desde que haja uma regulação  adequada em relação aos ganhos e perdas. O modelo Seleção, Otimização e Compensação se destaca  como uma estratégia para minimizar as perdas e otimizar os recursos ao longo da velhice (Ribeiro,  2015). 

 A psicologia, então, tem um papel muito importante em estratégias quanto a promoção da  saúde, incluindo a prevenção e o tratamento das doenças crônicas não transmissíveis. É importante  destaca também a relevância da psicologia na saúde do idoso, em especial na prevenção, diagnóstico  e tratamento de doenças como as demências (Ribeiro, 2015). 

A psicologia contribui cada vez com diversas abordagens terapêuticas, entre elas a terapia  cognitivo-comportamental, e a terapia comunitária, para melhor lidar com questões como a depressão,  isolamento social e a perda de autonomia algo muito comum deste público. Também é importante  ressalta a importância da rede de apoio familiar e social, do empoderamento da pessoa idosas para  enfrentar as adversidades associadas ao envelhecimento (Ribeiro, 2015).  

No então nota-se a necessidade de políticas públicas e de profissionais qualificados, que  integrem a psicologia e no cuidado ao idoso, com estratégias que promovam um envelhecimento  saudável e que diminuam os impactos das doenças crônicas e degenerativas. A atuação da psicologia  é fundamental para a manutenção da saúde mental, a autonomia e qualidade de vida dos idosos  (Ribeiro, 2015). 

A prevenção e promoção da saúde mental no envelhecimento são fatores primordial para  garantir uma vida mais ativa e saudável. A prevenção a saúde se divide em três níveis: universal que  é voltada para toda a população, a seletiva voltada para grupos de risco e indicada para indivíduos  com sinais iniciais de transtornos. Além disso, o conceito integra a prevenção, promoção e tratamento,  garantindo um cuidado contínuo e eficaz (Leandro-França; Giardini Murta, 2014). 

A promoção da saúde mental, por sua vez, foca no desenvolvimento de competências  individuais e sociais para enfrentar vulnerabilidades. Estudos destacaram cinco estratégias  fundamentais para essa promoção, são elas políticas públicas saudáveis, criação de ambientes  favoráveis, reorientação do conceito de saúde, empoderamento comunitário e fortalecimento de  habilidades pessoais (Leandro-França; Giardini Murta, 2014). 

Entre as intervenções preventivas incluem também abordagens comportamentais e cognitivas comportamentais, principalmente na prevenção da depressão e do suicídio em idosos. Estratégias  como a terapias auxiliam na forma de redescobrir novas experiências de vida, diminuir sintomas  depressivos e melhorando a qualidade de vida. Os estudos indicam poucas iniciativas de prevenção  voltada à saúde mental da pessoa idosa, e sendo necessária a ampliação dessas ações, incluindo o uso  de tecnologias, como programas online para dar suporte psicológico, como também a adoção de  modelos ecológicos, que consideram fatores individuais, sociais e ambientais, é apontada como uma  abordagem mais eficaz na promoção da saúde mental. Sendo assim, investir em políticas públicas e  intervenções preventivas é visto como meio de reduzir riscos e melhorar a qualidade de vida da  população idosa (Leandro-França; Giardini Murta, 2014). 

Para uma melhor qualidade de vida, existem programas que podem auxiliar, com o Sistema  Único de Assistência Social (SUAS), que foi criado para garantir a Assistência Social como direito  do cidadão e dever do Estado, conforme estabelecido na Constituição Federal de 1988 e regulamentado pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). Dentro do SUAS, o Centro de  Referência de Assistência Social (CRAS) desempenha um papel fundamental na organização e oferta  dos serviços de Proteção Social Básica (PSB), incluindo o Serviço de Proteção e Atendimento Integral  à Família (PAIF) e o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) (Faria; Theodório, 2021). 

O SCFV tem como principal objetivo prevenir situações como vulnerabilidade social e  trabalhar fortalecimento de vínculos familiar e comunitário. Para a pessoa idosa, serviço como esses  buscam promover um envelhecimento mais saudável e ativa, pois estimula a socialização, autonomia e autoestima através das atividades ofertadas como atividades culturais, esportivas e artísticas (Faria;  Theodório, 2021). 

A participação de idosos em grupos fortalece a identidade e combate o isolamento social,  promovendo espaços de convivência e compartilhamento de experiências. Além disso, contribui para  a inclusão social e também para o acesso a direitos e outros serviços, como o CRAS, que é um espaço  que inclui psicólogos e assistentes sociais, é orientado por diretrizes técnicas do Conselho Federal de  Psicologia e do Conselho Federal de Serviço Social, garantindo um atendimento multidisciplinar e  qualificado (Faria; Theodório, 2021). 

também existem outras estratégias de intervenções voltadas à promoção da saúde mental e o  bem-estar dos idosos na Atenção Primária à Saúde (APS). O Grupo de Convivência de Idosos (GCI)  que é um espaço de lazer e socialização, trabalha promovendo a autonomia dos participantes. Já o  Grupo Terapêutico de Convivência (GTC) é voltado como uma alternativa eficaz para reduzir  atendimentos individuais, ofertando suporte psicossocial coletivo. Além disso, outras alternativas como oficinas, programas de aprendizagem ativa e intervenções baseadas em mindfulness grandes  benefícios na diminuição dos sintomas depressivos, ansiedade e no declínio cognitivo (Souza, 2022). 

Desse modo, verificamos que atividades físicas, sexualidade saudável e ações de promoção à  saúde são pilares importantes para o bem-estar mental na terceira idade, complementando os cuidados  psicológicos discutidos anteriormente 

CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Este trabalho teve como foco principal, mostrar o desenvolvimento da pessoa idosa até chegar  na sua velhice, apresentar todas as dificuldades que ela enfrenta no decorrer da vida, tanto psicológico quanto emocional e físico. Foram feitas pesquisas sobre quais os transtornos psicológicos e  emocionais mais recorrentes entre o público da terceira idade, os fatores que levam ao adoecimento  mais encontrados foram ansiedade, depressão, perda da autonomia e da saúde física. 

Foi apresentado ao longo do estudo a importância da contribuição do psicólogo com a  acompanhamentos psicológicos, investigações precoces, avaliação cognitiva entre outras para melhor  lidar com o envelhecimento. Tendo em vista que, o envelhecimento faz parte do ciclo natural da vida  humana, que é inevitável que elas ocorram com o passar dos anos, embora aceitar as limitações  recorrente desta fase nem sempre será fácil, e na saúde mental do idoso é natural que estes declínios  aconteçam, e que alguns questionamentos, de como a saúde desse idoso pode ser afetada passa a  surgir e qual será a melhor forma de lidar com tudo isso. E ainda, conhecendo os impactos do  envelhecimento podem variar de pessoa para pessoa, com prevalência para depressão, ansiedade,  solidão em decorrência da perda do parceiro e familiares, outras barreiras enfrentadas são o estigma  relacionado a velhice os impactos no seu bem físico, a perda de autonomia sobre si entre outros. Logo,  a importância do psicólogo na terceira idade é multifacetada e crucial para o bem-estar dessa faixa  etária, pois contribuirá com: apoio emocional, saúde mental, ajustes e mudanças, promoção de  autoconhecimento, melhora das relações, enriquecimento da qualidade de vida, e educação e  orientação, desenvolvendo um papel essencial para os desafios da terceira idade.  

Foram apresentados métodos e formas de prevenção e intervenção a respeito da saúde mental  da pessoa idosa, evidenciando a importância do psicólogo dentro deste contexto, trazendo seu  conhecimento como forma de contribuir e evitar os impactos negativos no que diz respeito a saúde  mental da população idosa, como esclarecer a importância da prática de acompanhamentos  psicológico, como prevenção na identificação e tratamento de possíveis demandas, contribuindo de  forma significativa com enfrentamentos e estratégias na melhoria e na qualidade de vida, a  necessidade de programa de apoio emocional que são fundamentais para o bem-estar das pessoas  principalmente nesta faixa etária. Bem como mostrar que a prática de atividade física é de  fundamental importância para um envelhecimento saudável e vital na promoção de saúde tanto de  forma física quanto mental, o estudo trouxe que com a prática de exercícios adequado para esta idade,  pode proporcionar uma redução nos sintomas de ansiedade depressão ajuda nas funções cognitivas e  na socialização.  

O presente trabalho esclareceu questões a respeito da saúde mental acerca da pessoa idosa,  estudar suas demandas, esclarecer fatores emocionai mais recorrente entre os idosos como mostra  principais limitações encontradas, neste contexto é possível uma reflexão mais crítica sobre a  necessidade profissionais com atuação voltada para este público, espera-se que os resultados  encontrados possa ser útil e contribuir para facilitar aquisição de conhecimento e de pesquisa futuras  tanto na área da saúde quanto acadêmica. 

Considerando que toda e qualquer forma de conhecimento é inesgotável, recomenda-se que  estudos sobre a saúde mental na terceira idade, como sugestão, as diferenças culturais entre população e como a cultura pode influenciar na saúde mental da pessoa idosa, na qualidade de vida e no  envelhecimento. 

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 1Acadêmica do curso de Graduação em Psicologia pela Faculdade de Educação em Jaru -FIMCA, E-mail:  vanderleiapaula21@gmail.com, https:///lattes.cnpq.br/4860856899841376.
2Acadêmica do curso de Psicologia pela  Faculdade de Educação em Jaru – FIMCA, E-mail:marciahelenapenhadejesus@gmail.com,  https://lattes.cnpq.br/9647946429959742.
3Acadêmica do curso de Psicologia pela Faculdade de Educação em Jaru – FIMCA do curso de Psicologia, E-mail: cremildarodrigues1017gmail.com;  http://lattes.cnpq.br/1837635475841105.
4Professor Orientador Faculdade de Educação de Jaru -FIMCA/UNICENTRO,  Graduação em Psicologia. Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal, FACIMED, Especialização em  NEUROPSICOLOGO. Centro Universitário Celso Lisboa, CELSO LISBOA, Especialização em TERAPIA  COGNITIVO COMPORTAMENTAL. PUC-PR. E-mail: girson.junior@unicentroro.edu.br, http://lattes.cnpq.br/6242027427991854, ID Lattes: 6242027427991854