RESPONSABILIDADE SOCIAL E INCLUSÃO DE DEFICIENTES FÍSICOS

SARAH SOUZA PONTES PRAZERES
INTRODUÇÃO
A responsabilidade social é uma temática em evidencia nos últimos tempos, esta abordagem é cada vez mais importante no comportamento das organizações, exercendo impactos nos objetivos e estratégias de uma empresa.
A reabilitação não se dá apenas pelo ato de devolver o movimento e sim reconhecer a necessidade de um papel social ativo e para que isso ocorra de fato é preciso uma sociedade engajada e organizações conscientes de seu papel social e o que pode ser feito em benefício da comunidade em que esta encontra-se situada.
As empresas possuem uma representatividade muito marcante na sociedade, desta forma a partir do apoio das organizações pode ser realizado medidas inclusivistas de deficientes físicos no âmbito social. Baseado neste contexto que nota-se a necessidade de repensar o papel social das empresas, afinal estas foram criadas em benefício da sociedade.
RESPONSABILIDADE SOCIAL PARA TODOS
O termo “deficiência” é determinado por representações sócio-culturais de cada comunidade em diferentes épocas históricas e pelo nível de desenvolvimento científico, político, ético e econômico dessa sociedade. Os designados “deficientes” sempre foram vistos com rejeição, preconceito e exclusão social. (SILVA, 2004).
“O desenho universal surgiu como conceito de utilizar formas de transposição de obstáculos ou barreiras que atendam a todas as pessoas com possibilidade de locomoção não específica”. (NOGUEIRA, 2006).
Segundo o Decreto Federal n0 914/93, o indivíduo com deficiência é aquela “que apresenta, em caráter permanente, perdas ou anormalidades de anomalia de sua estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica, que gerem incapacidade para o desempenho de atividades, dentro do padrão considerado normal para o ser humano”.
A empresa fundamentada com princípios sociais devem se preocupar com a comunidade, qualidade de vida e de trabalho dos funcionários, relações bem estabelecidas embasadas na moral e na ética com todos envolvidos e satisfação dos clientes e consumidores, atendendo suas individualidades.
Uma empresa ética, segundo Passos (2005, p. 135):
(…) é aquela que tem como base da sua missão o bem-estar do ser humano: quer seja seu cliente, seu empregado ou os membros da sociedade; também que ela deve contribuir para a transformação social em direção a uma sociedade mais inclusiva, honesta e democrática.
As pesquisas indicam que aqueles que se encontram isolados e se encontram em uma restrição ao relacionamento social parcial ou completa demonstram um risco maior de mortalidade em especial. (DUTHIE; KATZ, 2002).
Segundo Pickles et all (2002, p.):
“Entendemos por restrições as diferentes maneiras pelas quais negamos ao portador de deficiências a participação plena na sociedade: a pessoa idosa confinada a cadeira de rodas é deficiente em relação à mobilidade, mas a restrição que ela enfrenta é devida a falta de rampas ou de elevadores. Interpretando a deficiência e as restrições desta forma, os responsáveis pela política podem procurar meios que permitam compensar essas limitações, fazendo com que as pessoas idosas ou outras portadoras de deficiência possam participar plenamente de todos aspectos da vida social”.
Uma instituição socialmente responsável é aquela que possui a capacidade interagir o interesse das diferentes partes, ou seja, atender as demandas do seu público envolvido e conseguir incorporá-los ao planejamento de suas atividades.
A consciência da Responsabilidade Empresarial se traduz a iniciativas pautadas na moral e ética individual, que favorece além da eficácia econômica uma repercussão social.
A população com alguma deficiência vem crescendo de forma desenfreada, desta forma a população e empresas precisam estar preocupadas em acolher estes indivíduos no ambiente social como parte atuante de atividades seja estas educacionais, mercado de trabalho ou lazer.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O setor empresarial tem o poder de minimizar este caos social através de alianças e projetos para combate a diferenças sociais, através de políticas sócio-educativas para despertar iniciativas de desenvolvimento baseados na educação, justiça social, e bem – estar atribuído a todos sem distinções.
REFERÊNCIAS
DUTHIE, E; KATZ, P. Doenças do Sistema Nervoso. In: BADDOUR, R; WOLFSON, L. Geriatria Prática. 3 ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2002.
NOGUEIRA, C. O Fisioterapeuta e a Acessibilidade das Pessoas com Deficiência Física. Cíntia Maria Persona Nogueira. São Paulo, 2007 (Dissertação-Universidade Presbiteriana Mackenzie).
PASSOS, Elizete. Ética nas organizações. São Paulo: Atlas, 2004.
_____________. Ética e Responsabilidade Social em empresas do varejo. Salvador, 2005.
PICKLES, B. et al. Fisioterapia na Terceira Idade. In:___. Fisio-terapia na Terceira Idade. 2 ed. São Paulo: Santos, 2000. cap.1, p.1-14.
SILVA, L.M. O estranhamento causado pela deficiência: preconceito e experiência. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v.11, p.424-434, 2006.