REPRODUÇÃO HUMANA: REVISÃO INTEGRATIVA SOBRE A RELAÇÃO ENTRE A IDADE MASCULINA E A CONCENTRAÇÃO ESPERMÁTICA 

HUMAN REPRODUCTION: INTEGRATIVE REVIEW ON THE RELATIONSHIP BETWEEN MALE AGE AND SPERM CONCENTRATION 

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11361003


Marciany Aparecida Fragoso Moizes1


Resumo 

Este estudo, a partir de uma revisão de literatura do tipo integrativa, objetivou analisar a relação da idade do homem com a qualidade seminal, mais especificamente com o fator concentração seminal. Casais com quadro de infertilidade que buscam um serviço de reprodução humana frequentemente são casais com idade reprodutiva avançada e comumente apresentam fator masculino como motivo, cabendo então avaliar e buscar evidências sobre a influência da idade sobre a qualidade seminal de homens submetidos a análises espermáticas nesses casos, avaliando nesse estudo mais especificamente a concentração espermática. 

Após o processo de análise dos estudos, 8 artigos compuseram o resultado final da revisão. Os estudos apontam, que o aumento da idade masculina é diretamente proporcional à queda nos diversos parâmetros seminais. Apesar disso, concluíram que a concentração de espermatozoides não foi reduzida pela idade. 

Palavras-chave: Fertilidade Masculina. Qualidade do Esperma. Contagem de Espermatozóides. Sêmen. 

1. INTRODUÇÃO 

O processo reprodutivo humano é bastante complexo, sendo estimado em 16,6% o resultado de gestação para um casal normal, após relação sexual em período ovulatório. Isso prova que a fertilidade humana é baixa se comparada a outras espécies (FARINATI et. al., 2006). Considera-se infertilidade a falta de gravidez após um ano de relações sexuais sem nenhum método de anticoncepção (BADALOTTI et. al., 1997). 

Um estudo realizado no Canadá em 1991, com 449 casais, apontou que as mulheres inférteis possuem um risco maior para desenvolver estresse psicológico do que os homens, e que homens e mulheres possuem percepções diferentes sobre tal situação, o que pode gerar descompassos na esfera conjugal (WRIGHT et al., 1991). Isso nos mostra a relevância do assunto para a saúde da população, considerando o conceito da OMS: “saúde é o estado de completo bem-estar físico, mental e social, não se reduzindo à mera ausência de doença ou enfermidade”, podemos dizer que a infertilidade é um grave problema de saúde em muitos países em todo o mundo, pois incrementa severamente o sofrimento social (DAAR et al., 2002). 

O diagnóstico da infertilidade atinge atualmente cerca de 20% da população em idade reprodutiva. É, principalmente, a partir desse diagnóstico que os casais buscam alternativas que visem à realização do desejo de serem pais biológicos (SOUZA et. al., 2017). 

A infertilidade masculina afeta 10% dos casais em idade reprodutiva em todo o mundo e pode ser tratada em muitos casos. Nos casos dos casais inférteis, o fator masculino representa até 50% das causas (PASQUALOTTO, 2007). 

Nos homens, frequentemente a infertilidade normalmente está relacionada à alteração de parâmetros seminais ou à obstrução dos ductos ejaculatórios (GORAYEB et al.,2009). Nos que buscam ajuda para reprodução, é comum encontrar alteração nos parâmetros seminais por varicocele. Foi observado que o procedimento de varicocelectomia em pacientes com azoospermia não obstrutiva pode aumentar as taxas de espermatozóides na análise do sêmen. Uma taxa positiva para o esperma, mesmo se muito baixa, pode ser suficiente para permitir a coleta e destinar-se ao processo de fertilização in vitro. Isso sem a necessidade de usar esperma de doador (ALVES et. al., 2017). 

Diante do aumento da busca por técnicas de fertilização in vitro por pessoas com idade reprodutiva avançada, é importante investigar a relação entre a idade e a concentração espermática. Dessa forma, o problema de pesquisa a ser investigado é: existe relação entre a idade masculina e a concentração espermática? 

Nesse sentido, o presente estudo tem como objetivo identificar se há correlação entre a idade masculina e a qualidade seminal, com foco no fator concentração espermática.

2. METODOLOGIA 

A Revisão Integrativa é uma ferramenta que assegura uma prática assistencial embasada em evidências científicas, sintetizando as pesquisas disponíveis sobre diversas temáticas e direcionando à uma prática fundamentada. (SOUZA et al., 2010). 

Para a realização dessa revisão de literatura do tipo integrativa, tomou-se como base de estudo : a interferência da idade masculina sobre a qualidade seminal. 

Foi realizado o levantamento dos artigos na literatura, para esta revisão, nas bases de dados: BVS (biblioteca virtual em saúde), PubMed, Scielo e Science Direct. Foram utilizados, para busca dos artigos, as seguintes palavras-chave e suas combinações nas línguas portuguesa e inglesa: “Fertilidade Masculina”, “Qualidade do Esperma”, “Contagem de Espermatozóides”, “Sêmen”. Todas as palavras foram previamente consultadas nos Descritores em Ciências da Saúde (Decs). O levantamento ocorreu entre os meses de março a abril de 2024. 

Os critérios de inclusão definidos para a seleção dos artigos foram: artigos publicados em português e inglês; artigos de livre acesso e completos; artigos que retratam a temática referente à idade-dependência da qualidade seminal, dos quais publicados e constatados nos referidos bancos de dados a partir do ano de 1991. Foram excluídos artigos que não refletiam os principais objetivos de levantamento, artigos duplicados e os que não se enquadraram nos critérios de inclusão. 

Realizou-se uma análise qualitativa dos dados, visando identificar as tendências predominantes e as informações relevantes relacionadas à qualidade seminal e sua dependência da idade masculina. Utilizou-se técnicas de análise de conteúdo e análise temática para identificar os temas e padrões preeminentes nos estudos. 

Os resultados foram debatidos e interpretados à luz da literatura científica contemporânea acerca do tópico, a fim de fornecer dados relevantes para o entendimento dos efeitos do envelhecimento masculino na qualidade espermática. 

3. RESULTADOS 

O quadro abaixo (Quadro 1), lista os principais artigos científicos que descrevem estudos de relação entre idade e qualidade espermática, que serviram como base para este artigo.

Quadro 1: Artigos fundamentais.

Autor Metodologia Resultados Conclusões
CAVALCANTE et. al., 2008Estudo retrospectivo, no qual foram avaliados os espermogramas de todos os homens em processo de investigação para infertilidade conjugal no período de Setembro de 2002 a Dezembro de 2004, em um serviço de reprodução assistida do nordeste do Brasil. Foram incluídos 531 indivíduos submetidos a 531 avaliações espermáticas. Foram analisados os seguintes parâmetros: volume, concentração, motilidade e morfologia espermática.Os indivíduos estudados tinham média de idade de 37±7,9 anos, com um volume seminal médio de 3±1,4 mL, uma concentração espermática de 61,4±66,4 espermatozóides por mL de sêmen, motilidade progressiva de 44,7±19,4% do total de espermatozóides e morfologia normal de 11,2±6,6% dos espermatozóides. As médias de idade entre os grupos foram semelhantes, exceto a média dos indivíduos com hipoespermia, que foi significativamente maior que a dos homens com normospermia (39,6±10,3 versus 36,5±7,3, p=0,001).A idade interfere, de forma inversamente proporcional, sobre o volume do ejaculado, porém não exerce influência na concentração, motilidade e morfologia espermática.
SARTORIUS et. al., 2009Realizamos uma busca sistemática no PubMed e recuperamos artigos originais e artigos de revisão para atualizar nossa pesquisa anterior nesta revista. Esta revisão destaca a ligação entre a idade masculina e as anomalias genéticas na linhagem germinativa e resume o conhecimento sobre os efeitos da idade paterna na função reprodutiva e nos resultados. O aumento da idade paterna pode estar associado à diminuição dos níveis de andrógenos, diminuição da atividade sexual, alterações da morfologia testicular e deterioração da qualidade do sêmen (volume, motilidade, morfologia). O aumento da idade paterna tem influência na integridade do DNA dos espermatozoides, aumenta o comprimento dos telômeros nos espermatozóides e sugere-se que tenha efeitos epigenéticos. Estas alterações podem, pelo menos em parte, ser responsáveis pela associação da idade paterna superior a 40 anos com a redução da fertilidade, um aumento nas complicações associadas à gravidez e resultados adversos na descendência.Embora uma idade materna mais elevada possa ser uma indicação para diagnóstico pré-natal intensivo, incluindo diagnósticos invasivos, a consideração das evidências disponíveis sugere que a idade paterna em si, no entanto, não fornece qualquer justificação para procedimentos invasivos.
JOHNSON et. al., 2015Revisão sistemática e metanálise sobre idade paterna e características do sêmen.90 estudos individuais, abrangendo 94.000 pacientes. O aumento da idade masculina está associado a declínios significativos em muitas características do sêmen.A concentração de espermatozóides não diminui com a idade, apesar do declínio observado ao longo do tempo. É necessária uma maior sensibilização para as potenciais consequências do envelhecimento masculino.
KIDD et al., 2001Revisão de pesquisas publicadas em inglês nos últimos 20 anos, de 1º de janeiro de 1980 a 31 de dezembro de 1999, usando bancos de dados MEDLINE e Biosis. Estudos com número insuficiente de sujeitos, relatos de casos, séries de casos ou dados anedóticos foram excluídos.Entre os estudos metodologicamente mais fortes, reduções no volume de sêmen de 3% a 22%, diminuições na motilidade espermática de 3% a 37% e reduções na porcentagem de espermatozóides normais de 4% a 18% eram prováveis quando comparamos homens de 30 anos de idade. para homens de 50 anos. A maioria dos estudos que examinam o estado de fertilidade sugere uma relação entre a idade masculina e a fertilidade, mas os resultados são provavelmente confundidos pela idade da parceira feminina. Entre os estudos que controlaram a idade feminina, as comparações entre homens com menos de 30 anos e homens com mais de 50 anos encontraram reduções relativas nas taxas de gravidez entre 23% e 38%. Uma comparação entre as diversas categorias etárias mostrou que os riscos aumentados de subfecundidade variaram de 11% a 250%.O peso da evidência sugere que o aumento da idade masculina está associado a um declínio no volume do sêmen, na motilidade e na morfologia do esperma, mas não na concentração espermática.
CASTELLINI et al., 2024Foram estudados 2.612 homens (idade: 16-56 anos) atendidos em um ambulatório de andrologia para análise de sêmen e avaliação clínica. As análises de sêmen foram realizadas de acordo com os procedimentos recomendados pela OMS. A contagem móvel total (TMC) e a contagem móvel progressiva total (TPMC) foram calculadas multiplicando o número total de espermatozóides pela motilidade total e motilidade progressiva, respectivamente.Correlações negativas significativas foram encontradas entre idade e motilidade total (r = – 0,131, p < 0,0001), motilidade progressiva (r = – 0,112, p < 0,0001), TPMC (r = – 0,042, p = 0,037) e morfologia espermática normal (r = – 0,053, p = 0,007). Todas essas associações persistiram em modelos de regressão multivariada ajustados para tempo de abstinência, tabagismo, histórico de infecções de glândulas acessórias masculinas, varicocele e ano em que a análise do sêmen foi realizada. Quando foram realizadas comparações entre quartis de aumento de idade, o quarto quartil, correspondente à faixa etária > 40 anos, foi associado a uma diminuição significativa da motilidade total e progressiva. Também foi observado um declínio anterior no TPMC e na porcentagem de formas normais.O avanço da idade masculina apresenta uma associação independente com uma diminuição na porcentagem de espermatozóides móveis e morfologicamente normais, com maior evidência a partir dos 40 anos de idade. Mais estudos são necessários para elucidar os mecanismos e reflexões clínicas dessas associações.
HELLSTROM et al,. 2006 Homens com pelo menos 45 anos de idade, sem disfunção erétil (DE) ou com DE leve, eram elegíveis para inclusão no estudo. Os indivíduos foram excluídos da entrada nos ensaios clínicos se, na visita de triagem, o histórico médico, o exame físico ou os exames laboratoriais revelassem problemas de saúde, como doença hepática ou renal significativa ou condições cardiovasculares instáveis.Um total de 1.499 indivíduos foram selecionados para entrar no Estudo A ou no Estudo B (Figura 1). Destes, 325 foram excluídos dos cálculos do intervalo de referência pelos seguintes motivos: problemas de saúde ou questões não relacionadas com o sémen ou esperma (n = 189), retirada do estudo por motivos pessoais antes de fornecer uma amostra de sémen (n = 41), falta de análises de dados de sêmen ou esperma (n = 58) e outros (n = 37). Os restantes 1.174 indivíduos foram incluídos nesta análise. Dos 1.174 indivíduos, 1.075 (Estudo A, n = 461; Estudo B, n = 614) tiveram pelo menos 1 amostra para todos os 5 parâmetros de sêmen e esperma disponíveis para análise, e 885 deles forneceram o número de amostras de sêmen especificado pelo respectivo protocolo de estudo (Estudo A, 3 amostras, n = 349; Estudo B, 2 amostras; n = 536). Noventa e nove dos 1.174 indivíduos tinham 1 ou mais parâmetros de sêmen ou espermatozóides não disponíveis para análise.A análise atual sugere que a qualidade do sémen em homens saudáveis continuará a diminuir à medida que os homens progridem na idade dos 40 para meados dos 50 anos. Embora a diferença na idade mediana dos indivíduos entre os quartis mais jovem e mais velho tenha sido inferior a 9 anos, houve reduções significativas nos valores médios do volume do sêmen, motilidade espermática e proporção de espermatozóides com morfologia normal. Os amplos intervalos de referência de 95% para cada um destes critérios, bem como o grande número de valores amostrais que ficaram abaixo dos valores de referência da OMS, sugerem que existe uma variabilidade considerável em cada quartil de idade no que diz respeito a estas medidas de qualidade do sémen. Estes dados indicam que a espermatogênese diminuiu nos homens mais velhos em comparação com os homens mais jovens neste estudo. No entanto, a diminuição da espermatogênese não implica necessariamente uma diminuição do potencial de fertilidade.
NG et al., 2004Os dados foram analisados pelo software NCSS e estão expressos em média, DP, quartis e extremos da distribuição dos dados. Os grupos foram comparados pelo teste t para variáveis contínuas gaussianas e pelo equivalente não paramétrico para dados não gaussianos. Os dados categóricos foram analisados pelo teste exato de Fisher utilizando o software StatXact.Homens mais velhos apresentaram maior proporção geral de espermatozoides com morfologia anormal, menor vitalidade espermática e maior proporção de defeitos na cauda dos espermatozóides, gotículas citoplasmáticas e índice de teratozoospermia. Em contraste, os defeitos na morfologia da cabeça e pescoço dos espermatozoides não foram diferentes entre homens mais velhos e mais jovens.O presente estudo oportunista de uma amostra de conveniência de homens com mais de 50 anos dispostos a fornecer amostras de sêmen, mas não para avaliação de fertilidade, mostra que a concentração de espermatozoides não foi reduzida pela idade, embora o volume de sêmen tenha sido reduzido em quase 50% e a produção total de espermatozóides em 64%. Além disso, a morfologia e a vitalidade dos espermatozóides também foram mais frequentemente patológicas, especialmente envolvendo defeitos na cauda dos espermatozóides.
PINO et al., 2020 Este estudo descritivo retrospectivo incluiu 2.681 pacientes do sexo masculino submetidos à análise de sêmen na Clínica Las Condes (CLC), Santiago, Chile, entre janeiro de 2014 e maio de 2017; foram analisadas correlações entre idade e parâmetros espermáticos.Homens com mais de 50 anos eram significativamente mais propensos a apresentar anomalias no volume do sêmen, na concentração espermática e na fragmentação do DNA espermático; homens com mais de 41 anos eram mais propensos a ter níveis mais baixos de concentração de espermatozóides; homens com mais de 31 anos tinham maior probabilidade de apresentar motilidade espermática diminuída; quando a concentração era constante, mais anomalias de volume e motilidade eram observadas à medida que a idade aumentava; quando o volume foi mantido constante, mais anomalias de motilidade e concentração foram observadas à medida que a idade aumentava; e quando a motilidade era constante, os volumes normais de sêmen diminuíram com o aumento da idade.Nosso estudo mostrou que a idade masculina afeta significativamente os parâmetros espermáticos que podem ter impacto na fertilidade masculina.

Fonte: Próprio autor 

4. DISCUSSÃO 

Infertilidade é um fenômeno universal que atinge aproximadamente 8 a 15% dos casais, independente dos fatores socioeconômicos ou culturais, sendo que o fator masculino representa até 50% das causas de infertilidade (PASQUALOTTO, 2007). Grande parte dos indivíduos que procuram um serviço de reprodução humana tem idade avançada, porém em estudo, encontram-se dados que mostram que a idade interfere, de forma inversamente proporcional, sobre o volume do ejaculado, porém não exerce influência na concentração, motilidade e morfologia espermática (CAVALCANTE et. al., 2008). 

O peso da evidência sugere que o aumento da idade masculina está associado a um declínio no volume do sêmen, na motilidade e na morfologia do esperma, mas não na concentração espermática (KIDD et al., 2001). 

Entende-se que, a fertilidade em si, não é determinada por fatores isolados. Dessa forma a infertilidade aumenta com a idade mesmo com a concentração espermática não sendo significantemente reduzida. Isso se deve ao fato de todos os outros parâmetros espermáticos que podem ter impacto na fertilidade masculina serem afetados significativamente pela idade masculina (PINO et al., 2020). 

Homens mais velhos apresentaram maior proporção geral de espermatozoides com morfologia anormal, menor vitalidade espermática e maior proporção de defeitos na cauda dos espermatozóides, gotículas citoplasmáticas e índice de teratozoospermia (NG et al., 2004). 

Uma pesquisa com 1174 indivíduos selecionados, obteve resultado que sugere que a qualidade do sémen em homens saudáveis continuará a diminuir à medida que os homens progridem na idade dos 40 para meados dos 50 anos. Estes dados indicam que a espermatogênese diminuiu nos homens mais velhos em comparação com os homens mais jovens neste estudo. No entanto, a diminuição da espermatogênese não implica necessariamente uma diminuição do potencial de fertilidade (HELLSTROM et al,. 2006). 

O aumento da idade paterna tem influência na integridade do DNA dos espermatozoides, aumenta o comprimento dos telômeros nos espermatozóides e sugere-se que tenha efeitos epigenéticos. Estas alterações podem, pelo menos em parte, ser responsáveis pela associação da idade paterna superior a 40 anos com a redução da fertilidade, um aumento nas complicações associadas à gravidez e resultados adversos na descendência (SARTORIUS et. al., 2009). 

Apesar de a concentração de espermatozóides não diminuir com a idade, é necessária uma maior sensibilização para as potenciais consequências do envelhecimento masculino (JOHNSON et. al., 2015).

5. CONCLUSÃO 

Conclui-se que, com o avanço da idade masculina, há alteração de parâmetros seminais, como a redução no volume do sêmen, na motilidade e na morfologia do esperma, mas não há alteração ou redução significativa na concentração espermática. 

Deve-se considerar que esse parâmetro não define a infertilidade, e portanto deve-se ainda considerar o avanço da idade masculina é um agravante para a fertilidade conjugal e para uma prole saudável, principalmente considerando-se o fator integridade genética. 

Diante disso, é reforçado que sejam realizados mais estudos sobre a relação de cada alteração nos parâmetros seminais e suas influências diretas com a infertilidade masculina. 

REFERÊNCIAS 

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1Discente do Curso Superior de Biomedicina da Universidade Anhembi Morumbi Campus São José dos Campos e-mail: marcianymoizes@gmail.com