RELATO DE EXPERIÊNCIA:PERCEPÇÕES SENSORIAIS NEUROFISIOLÓGICAS DA JORNADA ESPIRITUAL NA ASCENSÃO E DESCIDA DO MORRO, SANTUÁRIO E GRUTA DE NOSSA SENHORA DA SOLEDADE EM BOM JESUS DA LAPA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th10248131620


Elias Rocha de Azevedo Filho1


RESUMO

Este relato descreve a vivência de um ex-residente, nascido na cidade, que retorna anualmente a Bom Jesus da Lapa para visitar seu pai, escalar o morro e visitar o Santuário. O texto ressalta a odisseia de fé e conexão experimentada pelo autor, destacando como essa jornada transformadora impacta seu corpo, mente e espírito, sob uma perspectiva que integra a neurofisiologia, ao relacionar as reações do sistema nervoso à experiências espirituais e emocionais profundas. O autor enfatiza a importância de um método transdisciplinar para alcançar o entendimento de uma saúde integral, discutindo como a a junção de saberes ajuda a compreender a interação entre fé, bem-estar psicológico e saúde física. A religiosidade mística, profundamente enraizado no patrimônio e na cultura local, constitui uma tradição que ultrapassa a fé individual dos participantes, tornando-se também um objeto de interesse para a neurociência, que investiga como cerimônias e tradições afetam o cérebro e o comportamento humano. Tal prática está firmemente estabelecida na história e cultura local, representando uma tradição centenária que vai além da religiosidade individual dos envolvidos. É apresentada como um componente fundamental da identidade religiosa e cultural da cidade, demonstrando uma profunda conexão entre fé, história e a sociedade local.

Palavraschave: Bom Jesus da Lapa, percepções sensoriais, respostas neurofisiológicas, jornada espiritual, ambiente sagrado, experiência espiritual.

INTRODUÇÃO

Bom Jesus da Lapa, cidade situada no oeste baiano, destaca-se por seu relevante papel no turismo religioso regional. Com uma história rica e uma tradição religiosa arraigada, a cidade atrai milhares de fiéis e visitantes durante todo o ano (IBGE, 2021). Uma das tradições mais significativas é a peregrinação dos romeiros ao morro de Bom Jesus da Lapa, onde está localizado o Santuário do Bom Jesus. Essa jornada espiritual é um momento de fé e devoção para os peregrinos que visitam a cidade em busca de bênçãos e graças (Silva, 2019).

Figura 1 – Santuário de Bom Jesus da Lapa em 2023

Figura 1 – Fonte: Santuário Bom Jesus da Lapa (2024).

Jaluska e Junqueira (2012) destacam que o turismo religioso é motivado pela fé, envolvendo tanto peregrinações quanto o interesse em explorar diferentes culturas religiosas. Josep-Enric Parellada, conforme citado por Marques (2010), define esse tipo de turismo como a visita a locais sagrados ou a participação em festividades religiosas para apreciar sua essência espiritual, história e arte, o que frequentemente inclui práticas devocionais e sacramentais. Marques também identifica três principais atrativos para o turismo religioso: santuários de peregrinação, espaços religiosos de valor cultural e histórico e grandes encontros religiosos.

O Santuário de Bom Jesus da Lapa sempre foi objeto de interesse, por retratar a fé do sertanejo em sua essência mais mística e litúrgica. A festa de Bom Jesus da Lapa é um dos poucos exemplos de festejos da cultura popular que se mantém praticamente inalterada (Oliveira, 2011).

Figura 2 – Morro da Lapa

Fonte: Acervo pessoal Souza (2023).

Em 1991, o Santuário celebrou seu jubileu de 300 anos de romaria (Micek, 2006). Atualmente, graças às boas condições das estradas, a romaria estende-se o ano inteiro, embora o maior movimento se concentre de julho a outubro.

A romaria não apenas colocou Bom Jesus da Lapa como uma das principais cidades religiosas do Brasil, mas também constitui a base da sua economia (Steil, 1996). A cidade vive em torno do Santuário que, de certa forma, é responsável por sua diferenciação em relação aos demais municípios da região (Micek, 2006). Atualmente, Bom Jesus da Lapa é considerada a “Capital Baiana da Fé”.

Figura 3 – Bom Jesus da Lapa da cidade ao redor do morro

​          Foto: Divulgação / Bom Jesus da Lapa (2024)

A origem do Santuário remonta ao século XVII, quando o português Francisco de Mendonça Mar descobriu a gruta e ali instalou um altar dedicado ao Bom Jesus. Desde então, o local se tornou um importante centro de devoção e peregrinação (IPAC, 2014).

Figura 4 – Bom Jesus da Lapa, anos 30. Capela de Nossa Senhora do Carmo; à direita, a antiga esplanada. No morro, o Cruzeiro, que foi construído em 1935.

Fonte: Silva Junior (2020).

A subida ao morro é uma prática iniciada no século XVIII, quando os primeiros romeiros começaram a visitar a gruta onde se encontra o Santuário (Santos, 2010). Os romeiros sobem o morro como forma de penitência, agradecimento ou para fazer pedidos ao Bom Jesus. A subida é considerada um momento de introspecção, fé e superação.

O morro possui uma escadaria, esculpida na pedra, que leva até a entrada da gruta. Durante a subida, é comum os romeiros rezarem, cantarem e carregarem velas ou outros objetos de devoção. Muitos peregrinos fazem a subida descalços, como forma de penitência (Alves, 2015).

Além de visitar o Santuário do Bom Jesus, os romeiros podem subir o morro, participar de celebrações religiosas e apreciar a vista panorâmica da cidade e do rio São Francisco. A descida do morro também é um momento de reflexão e agradecimento para os devotos.

Diante do exposto, o estudo tem por objetivo explorar as percepções sensoriais neurofisiológicas vivenciadas durante a jornada espiritual de ascensão e descida do morro, ao visitar o santuário e a gruta de Nossa Senhora da Soledade em Bom Jesus da Lapa. Este estudo visa elucidar a interação entre o ambiente físico sagrado e as respostas neurofisiológicas, ressaltando a importância dos elementos sensoriais na construção da experiência espiritual.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo descritivo que oferece um relato minucioso da experiência pessoal do autor, o qual observou tanto as reações neurofisiológicas quanto as emoções experimentadas durante uma jornada espiritual. A peregrinação incluiu a ascensão e descida do morro, com visitas ao Santuário e à Gruta de Nossa Senhora da Soledade em Bom Jesus da Lapa, com um enfoque especial nas percepções sensoriais neurofisiológicas. O autor destaca suas vivências físicas e emocionais ao longo do percurso, as quais foram categorizadas em temas recorrentes e padrões emocionais. A metodologia utilizada neste estudo mescla dados fisiológicos a relatos pessoais, facilitando uma análise introspectiva e aprofundada da experiência.

RESULTADO/DISCUSSÃO
RELATO DE EXPERIÊNCIA

Neste relato de experiência, o autor compartilha sua odisseia de fé ao subir o morro de Bom Jesus da Lapa. Por meio dessa jornada transformadora, experimenta os efeitos da crença em seu físico, psique e alma, bem como a importância de um método harmonioso para a compreensão da saúde plena, sob a lente da neurofisiologia e da neurociência.

De acordo com Oliveira (2019), a peregrinação ao morro de Bom Jesus da Lapa, especialmente durante a tradicional Romaria do Bom Jesus, realizada anualmente no mês de agosto, é um evento que mobiliza muitos fiéis. Essa prática, enraizada na história e na cultura local, é uma manifestação viva da fé e da devoção dos romeiros que participam dessa jornada espiritual. Essa tradição secular remete à religiosidade individual dos peregrinos e constitui um elemento fundamental da identidade religiosa e cultural da cidade, demonstrando a profunda conexão entre a fé, a história e a sociedade local.

Oliveira ainda menciona que podem ser identificadas três grandes romarias em Bom Jesus da Lapa: a da Terra e das Águas, a do Bom Jesus da Lapa e a da Soledade, que acontecem anualmente no período compreendido entre julho e setembro. Cada uma dessas romarias tem características próprias e fiéis específicos. As novenas começam no dia 28 de julho e têm seu ápice no dia 6 de agosto, consagrado ao padroeiro.

PRIMEIRA ETAPA: ASCENSÃO E DESCIDA DO MORRO

Em todas as culturas e ao longo da história documentada, seres humanos têm relatado experiências espirituais de autotranscendência (James, 1902; Otto e Harvey, 1926; Eliade, 1959; Haidt, 2006). Embora apresentem uma ampla variedade em suas formas, desde cânticos religiosos extáticos até uma conexão sentida com o ambiente natural, essas experiências possuem em comum a percepção de dissolução das fronteiras entre o indivíduo e o outro, assim como um sentimento de união com algo que transcende a própria existência (James, 1902; Yaden et al., 2017).

Ao iniciar a ascensão do morro, o autor sentiu uma energia distinta percorrer seu corpo. Sua fé, sempre presente em sua vida, revelou-se mais intensa do que em qualquer outro momento anterior. Notou um estímulo acentuado em seu cérebro, especialmente nas regiões associadas à regulação emocional, ao processo decisório e ao bem-estar, incluindo o córtex pré-frontal, o lobo temporal, o córtex parietal e o sistema límbico. Newberg (2020), em sua obra, e Miller (2019), em seu artigo, exploram como a fé e as práticas espirituais podem ativar diversas áreas cerebrais, induzindo mudanças significativas na atividade neural. Urgesi et al. (2010) constataram que a experiência espontânea de consciência espiritual e a conexão com o transcendente estavam relacionadas à recuperação em áreas próximas a danos no córtex parietal, um fenômeno profundamente vinculado à neurofisiologia. Newberg sustenta que essas práticas podem exercer impactos profundos na saúde mental e emocional dos indivíduos, uma perspectiva amplamente apoiada pelos estudos em neurociência.

À medida que avançava pela trilha íngreme, enfrentando os desafios físicos da escalada, o autor experimentou um aumento nas sensações físicas e emocionais, contribuindo para melhoria do vigor e resiliência. A ocitocina, conhecida como o hormônio do afeto e do vínculo emocional (Heinrichs, 2019), promovia sentimentos de confiança, empatia e redução do estresse. Além disso, a serotonina, relacionada à regulação do humor e à sensação de felicidade (Young, 2002), fortalecia sua capacidade de superar as adversidades do trajeto.

A cada passo que dava, o autor percebia a ativação do sistema de recompensa cerebral, acompanhada pela liberação de dopamina, um neurotransmissor vinculado à motivação, à satisfação e à sensação de realização (Salamone, 2012). Tal combinação de elementos psicológicos, emocionais e fisiológicos fortalecia sua determinação e resiliência frente aos obstáculos da escalada, evidenciando uma resposta neurofisiológica que demonstra, de forma notável, como o organismo reage a experiências espirituais, proporcionando uma sensação de sublimidade.

A influência da fé sobre a saúde física e mental ultrapassa os limites neuroquímicos, alcançando uma esfera mais abrangente que engloba o bem-estar integral do ser. Conforme destacado por Koenig, King e Carson (2012), pesquisas epidemiológicas demonstram, de maneira consistente, que um envolvimento mais intenso em atividades religiosas ou espirituais está associado a menores índices de estresse, ansiedade e depressão. Ademais, tais práticas fomentam um aumento significativo na percepção de propósito e significado na vida, fatores importantes para o desenvolvimento de uma resiliência emocional sólida. Essa correlação indica que a dimensão espiritual ou religiosa do indivíduo exerce um papel relevante na preservação da saúde mental e na habilidade para superar desafios, sublinhando a necessidade de integrar essas dimensões no âmbito do cuidado holístico à saúde.

Ao longo da preparação para a jornada, o autor empenhou-se em adotar comportamentos saudáveis e práticas de autocuidado, estimulados por sua fé. Dedicou-se à meditação e à oração, zelou pela sua nutrição e manteve uma rotina de exercícios físicos de forma prévia. Tais hábitos repercutiram favoravelmente em sua saúde global e na sua habilidade para superar adversidades. No estudo realizado por Arrieira (2018), Murakami (2012) e Balducci (2018), investigou-se o efeito da espiritualidade e da oração no bem-estar físico e mental. Os achados revelaram melhorias significativas na redução do estresse e no incremento do bem-estar emocional. Essas constatações indicam que a vivência espiritual, em conjunto com a prática oracional, influencia positivamente a saúde psicológica dos indivíduos.

Outro aspecto significativo para o autor consistiu no apoio social proporcionado pela fé e pela companhia de diversos peregrinos que ascendiam ao seu lado. O sentimento de pertença, a conexão com indivíduos que compartilhavam valores e crenças afins, bem como o suporte recíproco, consolidaram sua resiliência tanto no âmbito pessoal quanto no coletivo frente às adversidades.

Contudo, o autor estava ciente de que a fé, por si só, não constituía uma solução mágica para todos os desafios da vida. Embora representasse uma fonte robusta de força e conforto, reconhecia a importância de equilibrá-la com cuidados apropriados, suporte psicológico, quando necessário, e uma postura realista perante as circunstâncias.

Ao atingir o topo do morro, o autor experimentou uma sensação de realização e gratidão inefáveis. Sua fé mobilizou recursos tanto internos quanto externos para superar os desafios da ascensão, resultando em uma transformação e fortalecimento pessoais. Percebeu que, por meio da ativação de áreas cerebrais específicas, da liberação de hormônios e neurotransmissores favoráveis, do incentivo a práticas saudáveis e do apoio social, a fé contribuiu significativamente para sua resiliência e habilidade em transpor obstáculos. Contudo, reconheceu igualmente a importância de uma abordagem equilibrada, que valorize um cuidado integral voltado ao seu bem-estar físico, mental e espiritual.

SEGUNDA ETAPA: VISITA AO SANTUÁRIO DO BOM JESUS E À GRUTA NOSSA SENHORA DA SOLEDADE

Neste momento da jornada, o autor adentrou no Santuário, um recinto sagrado que intensificou seu anseio por introspecção e conexão com o Bom Jesus. Estudos acadêmicos comprovam que a prática da meditação oferece benefícios significativos à saúde mental, atenuando o estresse e cultivando o bem-estar emocional (Smith et al., 2018; Jones et al., 2019).

Prosseguiu sua jornada até a gruta de Nossa Senhora da Soledade, onde já havia se iniciado uma missa. A participação em celebrações litúrgicas e tradições ancestrais tem o potencial de evocar um sentimento de pertencimento e continuidade, criando laços entre os indivíduos e uma ampla comunidade, abrangendo desde os precursores até a descendência porvir (Cohen & Hill, 2007; Cohen et al., 2005; Gilman, 1990). Tal aspecto pode ser considerado um fator que contribui para a resiliência e o bem-estar psicológico, pois promove a sensação de apoio comunitário e conexão emocional (Gilman, 1990).

TERCEIRA ETAPA: VISITA À PONTE AO LADO DA GRUTA

O autor dirigiu-se à ponte situada ao lado da gruta, de onde teve a oportunidade de apreciar uma impressionante parede de pedra. A beleza natural dessa formação de pedra o encantou e ampliou sua sensação de proximidade com a divindade que permeia o ambiente. Estudos indicam que experiências de admiração e respeito diante da natureza podem fomentar sentimentos de conexão com algo superior, incentivando uma sensação de transcendência. A interação com a natureza e com locais de grande beleza estética tem sido associada ao aumento do bem-estar subjetivo e à diminuição dos níveis de estresse (Bratman, 2015).

Ao concluir a jornada de ascensão e descida do morro, culminando com a visita ao Santuário de Bom Jesus da Lapa, o autor relata uma experiência que vai além das simples lembranças da paisagem deslumbrante que se desdobrou diante de seus olhos. Ele partiu com um renovado propósito e uma conexão profunda com o sagrado, experiência que supera o aspecto físico.

O autor reconhece que essa jornada possui a capacidade de transformar os que a vivenciam, reforçando sua fé e determinação. A escalada desafiadora e a contemplação do Bom Jesus no topo do morro o inspiraram a continuar sua trajetória espiritual, com a firme convicção de que está no caminho certo para o crescimento espiritual e a evolução de sua alma.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A experiência de subir o morro e visitar o santuário é transformadora, proporcionando uma renovação espiritual e uma profunda conexão com o Bom Jesus. A prática da peregrinação, além de ser um ato de fé, também promove benefícios à saúde mental e emocional dos participantes, por meio da meditação, oração e suporte social. A jornada culmina em um sentimento de realização e gratidão, evidenciando a importância de uma abordagem holística para o bem-estar integral.

Assim, Bom Jesus da Lapa se destaca não apenas como um destino religioso, mas como um lugar onde a fé e a devoção se entrelaçam com a história e a cultura, oferecendo uma experiência única e enriquecedora para todos os que a visitam.

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1 Doutor em Gerontologia pela Universidade Católica de Brasília (UCB)