REFLEXÕES SOBRE PRÁTICAS DE ALFABETIZAÇÃO: RECOMPONDO AS APRENDIZAGENS A PARTIR DA ESTRATÉGIA DO REAGRUPAMENTO POR NÍVEIS DE APRENDIZAGENS, EM TURMAS DO 3º, 4º E 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL EM MOJU/PA¹

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10801708


Dileuza da Cunha Rodrigues2
Fábio Coelho Pinto3


Resumo

Este artigo nos convoca a fazer reflexões acerca das práticas de alfabetização, incidindo em estratégias suplementares para o preenchimento de lacunas provocadas pela pandemia da COVID-19 no processo de ensino e aprendizagem. O reagrupamento de alunos, por nível de aprendizagem é uma estratégia que vem condicionar a prática de alfabetização nos anos iniciais do Ensino Fundamental como uma inovação necessária para a garantia do direito de aprendizagem do aluno fazendo com que este progrida na sua escolaridade apresentando as habilidades e competências necessárias para o ano /a série cursado. O objetivo desse artigo é engendrar um diálogo com ênfase no reagrupamento de turmas de 3º, 4º e 5º anos como uma estratégia para recompor as aprendizagens com vistas num novo tempo educacional em Moju. A prática pedagógica é fundamental nesse processo de reinvenção do ensino, em que os saberes a serem ensinados precisam ser redimensionados com uma nova postura do professor, em que este profissional precisa se ater ao perfil de professor alfabetizador inclinando atenção em práticas pedagógicas intervencionistas por meio das quais o aluno perceba significância e simbolismos para a sua vida, e consolide assim, a aprendizagem.

Palavras-chave: Alfabetização. Aprendizagem. Recomposição. Reagrupamento.

Abstract

This paper calls us to reflect on literacy practices, focusing on supplementary strategies to fill the gaps caused by the COVID-19 pandemic in the teaching and learning process. The regrouping of students by learning level is a strategy that conditions literacy practice in the early years of elementary education as a necessary innovation to ensure the student’s right to learning, enabling them to progress in their schooling by presenting the necessary skills and competencies for the grade/series they are in. The primary objective of this paper is to foster dialogue, with a specific focus on the regrouping of 3rd, 4th, and 5th-grade classes as a means to reconstruct learning paradigms in light of evolving educational trends in Moju. Pedagogical practice is crucial in this process of teaching reinvention, where the knowledge to be taught needs to be resized with a new posture of the teacher, who must focus on the profile of a literacy teacher, paying attention to interventionist pedagogical practices through which the student perceives significance and symbolism for their life, thus consolidating learning.

Keywords: Literacy, Learning, Reconstitution, Regrouping.

1. Considerações Iniciais

Pelo presente artigo objetivamos fazer alguns apontamentos acerca de práticas de alfabetização articuladas à estratégia do reagrupamento de turmas do 3º, 4º e 5º ano para recompor as aprendizagens mitigadas pelo ensino não presencial, que em Moju, durou por dois anos, devido a pandemia da COVID-19.

A partir de algumas literaturas básicas buscamos dialogar sobre a temática em questão, sendo salutar dizer que estas discussões se perfazem um enfoque dialógico em contorno a alfabetização face a sua natureza leitora e escrita, imprescindíveis ao ambiente social. A linguagem escrita e falada move o ser humano na sociedade, e desse modo, os problemas relacionados a aquisição leitora-escrita devem ser estudados, problematizados e solucionados a fim de que o bom aproveitamento escolar do aluno aconteça, atribuindo-se a ele o direito de aprender.

 Nesse ínterim, estudos sobre alfabetização não se esgotam, questões que envolvem como e quando alfabetizar tem a ver com qualidade da educação, as práticas de ensino voltadas a essa consolidação é o grande desafio enfrentado nas escolas hoje, e é o foco dessa nossa discussão. A abordagem deste artigo alastra-se numa base metodológica qualitativa. “Os métodos qualitativos são mais indicados para as investigações de perspectiva interpretativa ou crítica”.  (Enise Barth Teixeira, 2003, p. 186).

 Deste modo, promovendo-se em conceituações teóricas sobre o processo de alfabetização trazendo as discussões acerca da sua prática e consolidação eficaz.  Então, que este artigo venha contribuir cada vez mais para o alargamento do campo de estudos e pesquisas sobre alfabetização em novos tempos de aprendizagem.

2. Desafios do professor alfabetizador na escola atual

A educação escolar da atualidade configura-se por uma multiplicidade de saberes que o aluno precisa aprender e para tal, estratégias são necessárias para que o ensino aconteça. Esta realidade convoca os professores a repensarem suas práticas pedagógicas incitando-os a se integrar ao novo contexto educacional frente às novas configurações de mundo e sociedade que estamos vivendo, emergindo grandes desafios no enfrentamento do cotidiano das salas de aula, sendo o principal deles, despertar nos alunos, habilidades e competências necessárias ao convívio e ao agir socialmente. E nesse contexto, a alfabetização é crucial para a aprendizagem da escrita e leitura, habilidades tais, inerentes ao ato humano.

Mortatti (2000) enfatiza que a língua escrita deve ser ensinada logo no início da escolarização, posto que a criança desde cedo já se depara com a linguagem e cultura. Ainda sobre esta ilustração, na ótica de Mortatti (2000) a alfabetização é considerada um modelo específico de escolarização que envolve práticas culturais de leitura e escrita. Nesse sentido, é supra necessário voltar um olhar sensível aos espaços pedagógicos que se veem afetados pelo período pandêmico requerendo que a alfabetização se mostre num cenário renovado urgente.

Trata-se de uma realidade bastante preocupante, pois se lançarmos um olhar no passado, entenderemos melhor as mazelas vividas no presente nessa busca de saber o porquê de a aprendizagem não ser significativa para os alunos das turmas do 3º, 4º e 5º Ano do Ensino Fundamental, o que nos provoca fazer reflexões acerca do fazer pedagógico, considerando que a prática de ensino é desafiadora, e por isso exige comprometimento para a construção de uma escola pública e de qualidade para todos. Pois,

“(…) faz-se necessário um investimento cada vez maior na formação inicial e continua dos profissionais que desenvolvem o trabalho educativo escolar, a fim de que se criem condições para o desenvolvimento de uma racionalidade reflexiva e crítica, que leve à ponderação sobre a prática dos educadores e sobre os conhecimentos pedagógicos elaborados”. (Domingues, 2014, p.60).

Ao professor cabe o oficio de mestre, com isso tem a responsabilidade de   conduzir suas aulas utilizando estratégias que favoreçam a aprendizagem significativa. Todo professor deve se aprimorar na sua ação educativa, sendo um alfabetizador cujo foco principal do seu trabalho docente é fazer com que a aprendizagem aconteça, sem deixar nenhum aluno à mercê do seu direito de aprendizagem. “Desse modo, cabe à escola possibilitar distintas atividades que envolvam a leitura na sala de aula a fim de contribuir com o aprendizado dos estudantes, desde o Ensino Fundamental, para que sejam leitores proficientes e ativos na sociedade”. (Dantas; Carneiro, 2022, p. 01)

Além de promover a superação das dificuldades encontradas no que diz respeito as habilidades de escrita e leitura, o aluno deve ser motivado a reconhecer suas potencialidades e ter oportunidades de vivenciar continuamente novas atividades para que não sinta dificuldades, sim, tenha sempre vontade de frequentar a escola e permanecer nas aulas.  

Os estudos feitos por Ferreiro e Teberosky (1988) são hoje diferenciais na prática de alfabetização porque promovem um trabalho pedagógico desenvolvido a partir dos níveis de aprendizagem que cada aluno se encontra, e conforme os níveis diagnosticados passa-se a considerar os saberes atuais que cada aluno apresenta, e a partir desta descoberta de quais níveis cada aluno está, deve-se desenvolver atividades de forma a atender aquele nível que o aluno inicialmente apresenta, com o objetivo de que ele possa avançar para o nível desejado.

É relevante que os saberes iniciais do aluno sejam levados em consideração, posto que, a partir do seu estágio cognitivo, ele será auxiliado à aquisição de habilidades e competências para concretização da sua aprendizagem.

Desse modo, o papel do professor é o de alfabetizador, mas que todo professor tem o dever de ensinar, de fazer o aluno avançar na sua aprendizagem, e principalmente tornar a alfabetização consolidada.

 Soares (2011) desde a década de 1970 vem dando enfoque à alfabetização como integrante do processo de ensino e aprendizagem que por si só incorre dinamismo no seu fazer, impelindo estratégias por meio das quais a aprendizagem se torne real. Isto posto, é necessário um repensar da prática pedagógica no que infere a alfabetização nos anos iniciais do ensino fundamental.  Atualmente, por causa do ensino não presencial as habilidades essenciais de aprendizagem no 3º, 4º e 5º ano do Ensino Fundamental estão afetadas, estando estes alunos, com lacunas nas suas aprendizagens, precisando que sejam recompostas. Para tanto, estratégias eficazes são necessárias.

“A educação passa por momentos de grandes questionamentos, em que se evidencia a necessidade de mudanças em seus mais diversos âmbitos, principalmente na prática de ensino”. (Madeiro, 2016, p. 34)

O ensino escolar atual exige uma série de reflexões acerca da prática pedagógica em virtude da sua qualidade. A realidade dos espaços pedagógicos ainda pertine tendências tradicionalistas de ensino, e, embora se tenham debates, discussões acerca de educação emancipatória, ainda assim, as aulas se baseiam nos padrões vivenciados por nós. Os alunos precisam ter motivação para que adquiram atitudes críticas e reflexivas diante da sociedade em que vivemos hoje.

A sociedade evolui de forma acirrada, por esse motivo não cabe mais ao processo de ensino e aprendizagem se ater a metodologias datadas do ensino bancário, devendo, pois, abrir espaço para o cenário equitativo de educação, oportunizando aprendizagens facilitadoras da leitura de mundo. Por isso, nesse novo tempo, o processo de alfabetização requer uma prática pedagógica instigante para a aprendizagem.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394/1996 determina sobre a “formação básica do cidadão” (Artigo 32). E para esse alcance, é salutar o “pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo” (Inciso I). Com isso, o compromisso do professor se elenca ainda mais, na tomada de iniciativa de se planejar e se replanejar, movido pela auto reflexão do seu trabalho e assim, se tornar de fato, o elo do ensinar –aprender/ aprender –ensinar, apropriado da cultura do diálogo como mediação do seu fazer pedagógico.

“Se o meio social em que vive a criança não pode prover boas condições para o desenvolvimento intelectual, o ensino pode proporcionar um ambiente necessário de estimulação e é para isso que o professor se prepara profissionalmente”. (Libâneo, 2013, p. 41).

Desse modo, a prática docente se revela mediante atitudes de compromisso e comprometimento com o fazer pedagógico, do ponto de vista de um trabalho constante, mesmo que exaustivo, mas necessário pela seriedade de se lidar com pessoas e estar formando pessoas. O crédito que se eleva ao professor, de ser o profissional da educação, é muito mais abrangente do que simplesmente dizer que ele é o detentor do conhecimento, uma vez que

 “o conhecimento do professor não é puramente acadêmico, racional, feito de fatos, noções e teorias, como também não o é só de experiência. Consiste em gerir a informação disponível e adequá-la estrategicamente ao contexto da situação formativa que, se situa sem se desligar dos objetivos traçados. Significa agir em situação, portanto, em serviço”. (Alarcão, 1998 apud Cunha e Sá, 2002, p.67).

Decerto que numa sociedade que já passou por tantas mudanças educacionais no seu trajeto histórico existencial, o encorajamento é importante, e mais ainda convém acreditar que é possível fortificar debates e reflexões sobre mudanças necessárias no campo educacional, e desenlaçar padrões e posturas não mais combinadas com a realidade de ensino atual. Eleger conscientização da efetiva atuação profissional na ação didático-pedagógica, sobretudo, práticas pedagógicas reconstrutoras do processo de aprendizagem, atribuindo qualidade no fazer pedagógico.

É toda uma discussão que infringe sobre a educação atual, e segundo Domingues (2014) remete à valorização das experiências do professor enquanto profissional, instigando reflexão contínua da prática pedagógica vinculada ao protagonismo do seu saber-fazer, num processo que reorienta suas concepções e a sua prática.

Por conseguinte, do ponto de vista de Perrenoud (2000), agir em conformidade com novas competências profissionais para ensinar, principalmente no que concerne a organizar e dirimir as “situações de aprendizagem” bem como “envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho”.

“A relação propriamente pedagógica, no entanto, embora compartilhe vários aspectos comuns com outros tipos de interações humanas, reveste-se de uma especificidade que se expressa pela sua dimensão cognitiva. A relação pedagógica, embora envolva diversos tipos de investimento pessoal do professor e dos alunos, é marcada pelo seu objetivo primordial: a transmissão ou aquisição do conhecimento contínua. Assim, esta função é o que define, em última instância, o sentido da existência da escola, enquanto instituição central na sociedade moderna, por mais que esse objetivo venha sendo relativizado e discutido há bastante tempo”. (Cordeiro In Unesp 2011, p. 42)

Ademais, a escola é o lugar onde o ensino acontece, em que a alfabetização é norteada pelo respeito ao aluno, à realidade que o insere. E o professor precisa saber utilizar estratégias que o auxilie a superar as dificuldades que o aluno possui, durante todo o processo de aprendizagem.

3. Recomposição da aprendizagem e o reagrupamento e suas limitações

A alfabetização na atualidade perpassa por problematizações no seu contexto de desenvolvimento teórico-prático, e do ponto de vista histórico, Soares (2011) afirma já ter passado por contínuas mudanças tanto conceituais quanto metodológicas.

“Atualmente, parece que de novo estamos enfrentando um desses momentos de mudança – é o que prenuncia o questionamento a que vêm sendo submetidos os quadros conceituais e as práticas deles decorrentes que prevaleceram na área da alfabetização nas últimas três décadas: pesquisas que têm identificado problemas nos processos e resultados da alfabetização de crianças no contexto escolar, insatisfações e inseguranças entre alfabetizadores(…)”. (Soares In Unesp 2011, p 198)

O momento educacional vivido nos move a um novo caminhar na busca de soluções para a aprendizagem eficaz em se tratando de uma nova era no campo da alfabetização. É perceptível nos anos iniciais do ensino fundamental, os alunos ingressando no 5º ano sem apresentar habilidades leitora e escrita desejáveis para esta etapa que é de conclusão do ensino fundamental menor.

A alfabetização está intrinsicamente ligada ao ensino escolar, desde o 1º ano. Nesse trajeto dos anos iniciais, o aluno deve tornar-se alfabetizado. De acordo com (Cagliari In Unesp 2011, p. 184)

“há três tipos de alunos: 1. os que sabem ler e que sabem escrever – mas têm dificuldades com a ortografia; 2. os que leem com ajuda, ou seja, que sabem um pouco só de como se faz para ler e para escrever – estes alunos apresentam leituras e escritas que são um pouco certo e um pouco errado – o que leva à conclusão de que, de fato, não sabem ler nem escrever como os alunos do primeiro grupo, mas, por outro lado, já superaram algumas das dificuldades dos alunos do terceiro grupo; 3. os que não sabem ler nem escrever, alunos que não entendem as relações existentes entre a fala e a escrita como diz uma professora”.

Desta forma, podemos destacar que os alunos do grupo 1 já estejam alfabetizados; do grupo 2 e 3 não alfabetizados, e requerendo estratégias de sanação das dificuldades que os impedem de avançar ao nível dos alunos do grupo 1. Segundo Santos (In Unesp 2016) necessitando de um trabalho específico por parte do professor alfabetizador que vai conduzir esses alunos a um ambiente de ensino que respeite as peculiaridades de aprendizagens de cada um, criando condições pedagógicas que potencializem a alfabetização significativa.  A aula, pois, é o ato pedagógico real, logo, “o ambiente deve ser propício à aprendizagem significativa do aluno”. (Santos In Unesp 2016, p 59)

Nesse sentido, criar possibilidades ao aluno para que este consiga inferir suas próprias produções. Para Freire (1996) ensinar não significa transferência de conhecimento, muito menos memorização, mas sim, criação de possibilidades que motivem o aluno a sua própria produção ou construção. Com isso, não há saber mais nem saber menos, sim saberes diferentes. Ou seja, todos temos capacidades de aprender algo ou sobre algo, o que faz a diferença é a forma como se ensina e como se aprende.

De acordo com Barreto (2004, p. 60) a memorização faz com que o aluno se desvincule da compreensão, de “imaginar respostas e selecionar a mais adequada”. Logo, não há conhecimento. “Paulo Freire costumava dizer que a educação nada mais é do que uma Teoria do Conhecimento posta em prática”. (Barreto, 2004, p. 59)

Ao aprender a ler, o aluno reconstrói a escrita. Alfabetizar letrando faz com que o aluno adquira o domínio do sistema alfabético de escrita. Assim, as competências que devem ser alcançadas tornam-se apenas um degrau a ser subido.

 Ferreiro e Teberosky (1986) partem da concepção de que a criança antes mesmo de ingressar a escola já possui saberes sobre a escrita. Na escola passa a amadurecer esses saberes por meio de estágios representados inicialmente por imagens e, posteriormente, uma variedade de grafias até alcançar o nível alfabético.

Assim, definir estratégias de aprendizagens que conjuguem resultados esperados ao alcançados. As crianças no início da escolaridade precisam de professores que desenvolvam metodologias que, de acordo com Inforsato (In Unesp 2011, pp 73-74) sejam

 “mais afeita aos conhecimentos que temos sobre a complexidade do aprender. Evidentemente, nossa responsabilidade como professores é fazer com que os alunos assimilem os conhecimentos necessários de uma sociedade letrada, reflexiva e dentro de valores de civilidade compartilhados”.

Cagliari (In Unesp, 2011) comunga com esta reflexão, explicando que “o professor não pode perder tempo com mil atividades que, simplesmente, distraem as crianças, sem lhes ensinar as noções básicas indispensáveis para que aprendam a ler”. Se o aluno sabe ler sabe também escrever. O professor precisa saber ensinar como se faz para ler de forma que o aluno decifre o escrito por meio da linguagem oral.  

“Todo professor deveria um dia olhar uma palavra, por exemplo, casa, e escrever todos os conhecimentos necessários para ler essa palavra. É isso o que ele vai ensinar na alfabetização. Não basta dizer que usamos letras, porque todas as palavras são escritas com letras (e outros sinais). Não basta dizer que a letra A tem o som de [a], porque ela pode ter vários outros sons. Por exemplo, o aluno que fala acharo, em vez de acharam, tem que aprender que o som de [u], no final dessa palavra, também se escreve com a letra A. Não basta decorar que casa tem essa sequência de letras, porque, desse modo, os alunos precisariam decorar a escrita de todas as palavras”. (Cagliari In Unesp, 2011, pp. 172)

Neste contexto, elencamos sobre a realidade educacional que hoje se mostra caótica pela incidência da pandemia da COVID-19, o que jamais na história da educação brasileira o ensino sofreu tamanho agravamento no enlace das futuras gerações, pois “abateu-se sobre nós, sobretudo no Brasil, um importante agravamento da situação da educação, apresentando resultados preocupantes para qualquer educador sério e comprometido com sua missão”. (Andrade, 2022, p.7)  

De acordo ainda com Andrade (2022, p.7) “de cada dez alunos, um não pretende voltar a escola no Brasil após a pandemia, e que 70% das crianças brasileiras são incapazes de ler e entender textos. Antes da pandemia o índice era de 50%.”

Estas informações nos levam a refletir sobre o processo de alfabetização no sentido de que se faz urgente interpelar propostas criativas e inovadoras que se possam superar as situações alarmantes porque passa a educação na atualidade.

É preciso se desatar dos nós que amarraram o ensino como mera transmissão do conhecimento, e agir no processo de aprendizagem sob uma prática pedagógica mediadora sem se apavorar com a realidade educacional que nos circunda. Sim, pensar formas de superar esses entraves outrora mencionados.

“Educar nunca foi tarefa fácil. A preparação de uma pessoa para a vida sempre foi resultado artesanal de muitas mãos. Apesar de desafiadora, é pela educação que uma geração transmite à outra os valores, as lições que viabilizam a continuidade da espécie humana e, por que não dizer, a evolução da própria humanidade” (Andrade, 2022, p. 15)

No período pós pandêmico, considerado de 2022 para cá, as escolas têm se inclinado a adotarem estratégias facilitadoras de reversão da problemática em questão, fomentando novos olhares direcionando-se para a recomposição da aprendizagem que ganha espaço no currículo escolar como uma alternativa para garantir o direito de aprendizagem do aluno.   

À pessoa do professor cabe o cuidado, o acolhimento e a motivação para com o aluno, constituindo-se uma nova relação de construtividade no processo de ensino e aprendizagem, “pois eles têm de se encontrar (professor e aluno), porque o vínculo só se constrói quando as duas partes estão dispostas a se olharem (…)”. (França, 2021, p. 21)

A prática de alfabetização hoje em dia, tem a necessidade desse olhar sobre o processo de aprendizagem do aluno.

 Decerto que

 “um olhar para o aluno, em que o professor vai enfrentar suas limitações (sem sombra de dúvida), mas é preciso olhar para esse aluno como pessoa, dentro do contexto de suas singularidades. Aí entra o quê?!  Entra o ritmo, o potencial intelectual do estudante, sua disponibilidade” (França, 2021, p. 22)

Nessa abordagem, pensar e adotar uma dinâmica de sala de aula enxertada de estratégias que promovam a construção de conhecimentos com vistas nas habilidades e competências que o aluno precisa conquistar.

Nessa perspectiva da recomposição da aprendizagem várias estratégias estão sendo experienciadas. Dentre elas, o reagrupamento é uma estratégia que foi adotada no ano de 2022, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Santa Rosa para solucionar a problemática da dificuldade de leitura e escrita dos alunos do 3º, 4º e 5º ano do Ensino Fundamental. Estabeleceu-se um vínculo maior com estes alunos para que aprendessem, e pudessem alcançar o nível de aprendizagem desejado e serem promovidos com qualidade.

Logo,  

“o estabelecimento de vínculo é fundamental para que o desenvolvimento cognitivo da criança possa acontecer. Então, o professor é, muitas vezes, um grande psicólogo nesse espaço, porque consegue perceber esse aluno e, a partir dos sentidos, do olhar, do toque ou dos gestos ‘empodera’ essa criança, que vai ter, com certeza, em sua grande maioria, elementos de construções novos e de aprendizagens mais amplos”. (França, 2021, p. 59)

É incalculável o quão impactante o professor pode ser na vida do aluno, e isso faz toda a diferença.

 Janaína Spolidório em sua página de web intitulada “Por uma educação melhor”, explora sobre reagrupamentos pedagógicos enfatizando que o reagrupamento tem a ver com o atendimento que é feito a alunos, por nível de aprendizagem. O objetivo é dar mais atenção aos alunos a partir das dificuldades que eles demonstram, e que merecem ser superadas. Desta forma, unem-se alunos em uma mesma sala de aula, sendo eles de mesma ou de outra turmas, mas que tenham o mesmo nível de aprendizagem.  As aulas acontecem num tempo limite, no próprio horário de aula ou até mesmo no contraturno. Depende de como a escola se insere à realidade vivenciada.  

Podemos dizer, de acordo com Verdaska (2011), que o reagrupamento é uma estratégia que envolve “turma sem alunos fixos”, agregando-os temporariamente. Esses alunos são provenientes de turmas cuja semelhança é o ritmo de aprendizagem, tendendo a serem beneficiados com um apoio mais próximo por parte do professor que vai desenvolver uma pratica pedagógica facilitadora, ao mesmo tempo individualizada e coletiva.

Verdaska (2011) relata em seu artigo intitulado “TurmaMais’: reagrupar sem segregar e melhorar resultados,” que às escolas cabem a autonomia para gerir alternativas por vezes desafiadoras para potencializar e melhorar os resultados escolares.  O referido termo do tema do artigo deste autor, é um projeto originário de uma escola da Cidade de Alentejo-Assunção /Paraguai.

O projecto ‘TurmaMais’ nasceu na Escola Secundária ‘Rainha Santa Isabel’ de Estremoz (ESRSIE) e está hoje alargado a mais algumas escolas do Alentejo e do País. Foi inicialmente concebido e direccionado ao 7º ano de escolaridade com o propósito de conseguir a plena integração e a sobrevivência escolar de todos os alunos. Os resultados têm mostrado que se trata de uma caminhada difícil, mas que com persistência, envolvimento e implicação de todos parece possível de alcançar. (Verdaska, 2011, p.1)

Por este contexto ressalvamos que reagrupamento pode ser entendido como organização de grupos de alunos, que como diz Verdaska (2011) baseia-se no nível do desempenho do aluno, em que os alunos com baixo desempenho, passam de um modelo de turma agrupada para um modelo de turma reagrupada, combinando-se práticas dinamizadoras pelas quais os alunos possas melhorar nos seus resultados escolares e serem incluídos e integrados as turmas agrupadas. A composição de turma no formato reagrupado destina-se a promover o sucesso escolar.  

Deste modo, para que se alcance o sucesso escolar, os professores têm o dever de cumprir com suas funções docentes, sendo “uma das suas mais importantes funções: encontrar soluções de trabalho viáveis para as diferentes dinâmicas de grupo surgidas, orientando e desenvolvendo as actividades educativas de acordo com as características do grupo de alunos e os respectivos resultados”. (Verdaska, 2011, p. 2)

Na lógica de Verdaska (2011), Rosane Berté (2019) vem dizer que o reagrupamento é um processo que consiste em “agrupar e reagrupar os alunos na escola”. Logo, os agrupamentos referem-se “as turmas de origem, nas quais os estudantes são matriculados e os reagrupamentos são novas turmas constituídas sempre que necessário” (Berté, 2019, p. 1)

Assim sendo uma nova forma organizacional de turmas, criadas em detrimento das necessidades dos alunos visando elevar suas potencialidades.

“O processo de agrupar e reagrupar os alunos na escola inseriu-se numa dinâmica de alterar o tempo e o espaço escolar forjando uma nova forma de trabalhar o conhecimento e permitir a aprendizagem e o desenvolvimento.” (Berté, 2019, p. 1)

A escola pode organizar-se em tempo/horários diferenciado, em salas de aula, ou outros espaços, desde que promovam a potencialização dos alunos no que se refere a produção de conhecimentos.

“Ao agrupar os estudantes por necessidades é preciso estar atento as potencialidades garantindo, dessa forma, que todos avancem.  Isso deve tirar da prática, em sala de aula, a ideia de classes ‘parelhas’, homogêneas, pois as diferenças no desenvolvimento são condições para o processo educativo. Avança aquele que tem maiores limites, mas avança também aquele que já está num estágio desejado, deste modo todos aprendem”. (Berté, 2019, p .2)

Contudo, nivelar os alunos no que diz respeito ao êxito de seus conhecimentos, e concluam os anos do ensino fundamental 100% alfabetizados.

Considerações Finais

O atributo do presente artigo foi o de desvelar sobre a alfabetização como um princípio norteador do processo de ensino e aprendizagem e o compromisso do professor é nato da sua prática   no sentido de que a este provém favorecer ao aluno encontrar o seu lugar leitor no mundo que o insere.

O presente trabalho convergiu reflexões acerca dos paradigmas educacionais da atualidade que requerem urgentemente estratégias de superação das aprendizagens burladas pela pandemia da COVID-19, em que a recomposição da aprendizagem vem fomentar uma luz no fim do túnel para que as escolas possam reverter a problemática da dificuldade de aprendizagem dos alunos do 3º, 4º e 5º ano do ensino fundamental, cujas lacunas deverão ser preenchidas e a qualidade do ensino seja alcançada.   

A pandemia da COVID-19 que assolou a educação provocou reconfigurações no espaço e nas práticas pedagógicas.  Repentinamente os professores se viram forçados em converter novas estratégias de ensino para o alcance da aprendizagem que cada aluno já deveria ter adquirido. A recomposição da aprendizagem está sendo o “carro chefe” para esta consolidação e a estratégia do reagrupamento considera-se fundamental para os alunos no sentido de se aterem a aquisição das habilidades necessárias para se tornarem alfabetizados.    

A alfabetização teve uma abordagem relevante porque embora seja o eixo norteador complexo da prática pedagógica, foi tratada como um princípio balizador de novos caminhos para o desenvolvimento do aprendizado do aluno. Inicialmente fizemos uma contextualização sobre a temática declamando as condições e os desafios que precisam ser vencidos para a aprendizagem de qualidade.

Os professores embora tenham que encarar uma prática de alfabetização desafiadora, precisam propiciar estratégias úteis ao aprendizado do aluno. E o Reagrupamento é considerado uma estratégia de intervenção pedagógica para o êxito do processo de aprendizagem.

Sob essa argumentação, o diálogo feito promoveu desafios complexos sobre a ação pedagógica, sendo que, se o professor souber mediar a sua prática de forma criativa e eficaz, certamente a qualidade da alfabetização será alcançada.   

Finalizamos, com o encadeamento de ideias voltadas a recomposição da aprendizagem apostando na estratégia do reagrupamento no ensino fundamental menor como uma possibilidade de promover saberes e habilidades necessárias no âmbito da linguagem leitora e escrita. 

Andrade (2022), Domingues (2014), Ferreiro e Teberosky (1986), Freire (1996), Mortatti (2000), Perrenoud (2000), Soares (2011) e Verdaska (2011), entre outros aportes, forneceram embasamentos indispensáveis ao diálogo deste trabalho, impulsionando nos, a assegurar que este trabalho contribua para novos diálogos no retrato da alfabetização que por vezes imbuída em ambientes favoráveis para sua prática, conduza o aluno àquilo que é imprescindível para a sua vida, a aprendizagem.

Portanto, esperamos que a profundidade do diálogo apresentado some entendimentos que possam aprimorar cotidianamente o campo das práticas pedagógicas atuais, contemplando uma alfabetização significativa e simbólica para todos.

REFERÊNCIAS

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1Artigo concernente à pesquisa de mestrado intitulada: Práticas de Alfabetização: reflexões sobre a recomposição da aprendizagem com ênfase no reagrupamento do 3º, 4º e 5º ano do Ensino Fundamental na rede municipal de Moju.

2Professora efetiva da rede municipal de Moju; Coordenadora Pedagógica vinculada à Secretaria  de Estado  e de Educação (SEDUC-PA); Mestranda do Programa  de Pós- Graduação  em  Ciências da Educação pela Faculdade Interamericana de Ciências Sociais (FICS); Especialista em Coordenação /Supervisão Pedagógica -Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais /PREPES -Programa de especialização de Professores de Ensino superior; Especialista em Educação do Campo-Instituto Federal  de Educação, Ciência  e Tecnologia do Pará (IFPA);  Graduada em Licenciatura Plena em Pedagogia -Universidade Federal do Pará (UFPA)

3Professor de Sociologia efetivo na rede estadual do Pará; Professor de educação geral (pedagogo) efetivo na rede municipal de ensino de Cametá-Pa; Doutorando do programa de Pós-Graduação em Ciências da Educação da Faculdade Interamericana de Ciências Sociais – FICS; Mestre em Educação e Cultural pelo PPGEDUC-UFPA; Mestre em Ciências da Educação – FICS; Especialista em Gestão e Planejamento da Educação – UFPA; Especialista em Gestão Financeira e de Projetos Sociais – FPA; Graduado em pedagogia (UFPA); Graduado em Letras Habilitação em Língua Inglesa – UFPA; Graduado em Sociologia – UNIASSELVI.
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-7169-2716.