RECONHECER AS DIFICULDADES E OS INTERESSES DAS CRIANÇAS AUTISTAS PARA DESENVOLVER O MATERIAL DIDÁTICO ADEQUADO.

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ma10202509290945


Carina dos Santos Ramiro Sergio; Driele P. Joaquim Munhoz; Elaine Rodrigues de França; Reani de Souza da Silva; Juliane Lorbieski Dias; Giani Martineli dos Santos Marques; Tatiana Carneiro Rodrigues Fernandes.


RESUMO 

Reconhecer as dificuldades e os interesses das crianças autistas é fundamental para desenvolver o material didático adequado e promover seu aprendizado de forma inclusiva. O Transtorno do Espectro Autista (TEA) se caracteriza por desafios na comunicação, interação social e comportamento, que variam em intensidade entre os indivíduos. Diante disso, é essencial que educadores e profissionais da área de educação especial compreendam as necessidades específicas de cada criança. As crianças autistas podem apresentar dificuldades sensoriais, como sensibilidade a ruídos e estímulos visuais, além de exigências por rotinas e padrões previsíveis. Portanto, os materiais didáticos devem ser planejados de forma a minimizar sobrecargas sensoriais, utilizando núcleos suaves e estruturas organizadas. Recursos visuais, como imagens e gráficos, são especialmente eficazes, pois muitas crianças com autismo têm facilidade em analisar. Além disso, é importante considerar os interesses específicos de cada criança. Muitos autistas possuem áreas de interesse restritas e intensas, e incorporar esses temas ao material didático pode aumentar o engajamento e a motivação para aprender. Por exemplo, se uma criança é fascinada por trens, o uso desse tema em atividades matemáticas ou de leitura pode tornar o aprendizado mais atraente. Por fim, a flexibilidade e a adaptação contínua dos materiais, com base no feedback e nas necessidades em evolução da criança, são cruciais para garantir um ambiente educacional acessível e eficaz para crianças com autismo. 

Palavras-Chave: Autismo; Inclusão; Material Didático; Adaptação; Acessibilidade.

1 INTRODUÇÃO 

Através de uma conversa com a diretora da Escola Municipal de Dourado, foi citada uma aluna na sala do 5º ano diagnosticada com TEA (Transtorno do Espectro Autista), cuja aluna está tendo problemas na adaptação do material didático em leitura e escrita. Através dessa conversa com a diretora, decidimos estudar as possíveis explicações para este fato, é o que este trabalho irá buscar e proporcionar para que de maneira plausível possamos encontrar e apresentar alternativas para tornar o estudo desta aluna mais natural. 

O TEA possui uma extrema complexidade educacional, sendo necessário que os professores estejam bem-preparados para trabalhar com esses alunos, para que possam buscar alternativas adequadas às individualidades deles. E é essa complexidade que traz angústia e dificuldades no trabalho com alunos autistas, como observado nos relatos de professores da escola na qual se insere esta pesquisadora, informalmente, durante momentos destinados a hora-atividade e no conselho de classe. (Ribeiro e Blanco, 2016, p. 2) 

Através desse projeto, não pretendemos encontrar um método ou sistema de ensino que dê conta da aprendizagem, mas sim analisar possibilidades que contribuam para uma melhor compreensão dessa aluna, bem como refletir sobre diagnósticos para que tais dificuldades possam ser superadas ou amenizadas, ao menos em nosso contexto. Aqui se define, uma vez mais, o problema desta pesquisa:  levar uma atividade que todos os alunos participem, mas que o foco seja em ajudar na dificuldade em leitura e escrita da aluna autista. 

Com base no tema norteador proposto faremos o panorama dos problemas e dificuldades de aprendizagem desta classe em especial dessa aluna com Transtorno do Espectro Autista (TEA), para encontrarmos possíveis interferências pedagógicas para o melhor desempenho da Escola Municipal de Dourado, a qual desenvolveremos nosso projeto. 

Assim, o presente projeto, está estruturado em cinco partes. Na primeira, apontamos os objetivos que embasam este estudo: levar uma atividade que todos os alunos participem, mas que o foco seja em ajudar na dificuldade em leitura e escrita da aluna autista. A segunda parte descreverá a justificativa e a delimitação do problema. A terceira parte, a fundamentação teórica, pesquisando em fontes confiáveis para a apresentação de um trabalho sério e com finalidade produtiva na conclusão desse projeto. Na quarta parte, a metodologia, a abordagem metodológica assumida neste trabalho, destacando o contexto de pesquisa, o perfil dos participantes, os instrumentos utilizados na coleta de dados e, por fim, os procedimentos e formas de análise dos dados. Por fim, na quinta e última parte os resultados preliminares e a soluções encontradas nas atividades realizadas, demonstrando assim os resultados e objetivos alcançados com esse projeto cujo maior desafio foi à elaboração das propostas de utilizar quatro atividades vinculadas de maneira a incluir essa aluna em todas, tornando o processo mais envolvente e agradável, de forma a observar a relevância das práticas sociais em seu contexto todo.

2 DESENVOLVIMENTO 

2.1 OBJETIVOS

O saber da escrita e da leitura são fundamentais para o desenvolvimento acadêmico, criativo e social da criança. Crianças que se encontram no espectro autista, podem apresentar dificuldades para desenvolver tais habilidades. Com o intuito de driblarmos esse problema e praticarmos a inclusão, a atividade será aplicada para todos os alunos da sala de aula, inclusive a aluna com TEA.   

O ponto de partida será a exibição do filme “Divertidamente”, em seguida cada criança será orientada a produzir um texto expressando suas ideias e o que compreendeu da narrativa. A ideia é que os alunos façam conexões entre o que viram e o que conseguem elaborar por meio da escrita, solidificando a interpretação dos textos e a organização de pensamento.  

 Ao realizarmos regularmente essas atividades ou similares, como roda de leituras, idas a bibliotecas e o uso da tecnologia a favor, os alunos não só irão melhorar suas competências de leitura capacidade de entender diferentes tipos de textos e aprimorarão sua criatividade acreditamos que, elaborar atividades que unem entretenimento e aprendizagem proporcionará um avanço expressivo no desenvolvimento intelectual de todos os alunos. 

2.2 JUSTIFICATIVA E DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA  

Dialogando com a professora, notou-se que um dos grandes problemas dos alunos é a dificuldade em leitura e escrita, incluindo uma aluna alfabetizada portadora do TEA (Transtorno do espectro Autista), na qual a professora que a acompanha percebeu a dificuldade que a aluna possui em ler alguns textos e escrever.  

Sabe-se que a leitura é uma atividade muito importante na vida da criança, pois ela é necessária para o desenvolvimento cognitivo e cultural. É umas das práticas que estimula a criatividade, o pensamento e a imaginação. Assim como a escrita, uma parte indispensável na língua portuguesa, ajuda o aluno a ter argumentos e ideias.  

Para ajudar a minimizar esse problema, a escola juntamente com a professora da sala, poderia desenvolver rodas de leitura, visitar a biblioteca e utilizar a tecnologia a favor. Diante disso acreditamos que trabalhando e desenvolvendo atividades com produção de textos para esses alunos, certamente, haverá uma evolução no desenvolvimento da criança. 

2.3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 

A escrita é um desafio para muitos estudantes autistas, por isso é importante que comece o ensino o mais cedo possível. Segundo GOMES: 

O autismo é um transtorno grave, que acomete a sequência e qualidade do desenvolvimento infantil, caracterizado por alterações sociais e de comunicação e por interesse restritos, fixos e intensos e comportamentos repetitivos. Os critérios mais recentes para o diagnóstico estão descritos na quinta versão do Manual Diagnóstico e Estatísticos de Transtornos Mentais, DSM-V, no qual é definido como “Transtorno do Espectro do Autismo”. O termo “espectro” foi utilizado para indicar a heterogeneidade da manifestação e do grau de acometimento dos sintomas. Isso significa que uma pessoa com autismo pode ser bem diferente de outra pessoa com autismo e que há uma variedade no perfil das pessoas afetadas. Pensando em extremos, pode-se ter uma pessoa com autismo muito comprometida, com dificuldades graves de interação social, que não fala, que apresenta muitas alterações comportamentais e déficits cognitivos significativos, assim como outra pessoa com autismo com sintomas tão brandos, que fala, lê, escreve e interage bem socialmente, que um olhar leigo pode não perceber que a pessoa tem autismo. Essa variedade no perfil das pessoas com autismo tem que ser considerada quando se analisa o ensino de habilidades complexas, como é o caso do ensino de leitura (GOMES,2015, p.15). 

(…) Como muitas crianças com autismo podem apresentar dificuldades nesse processo, é recomendável que o início da alfabetização ocorra precocemente (entre 4 e 5 anos), antes das crianças típicas (sem autismo) de mesma idade. A estratégia de começar a alfabetizar antes se justifica na lógica de que se a criança com autismo apresentar dificuldades nesse processo, ela terá mais tempo para aprender. Assim, se ela começar a ser alfabetizada aos 4 anos e demorar 2 anos para aprender a ler, quando ela tiver aprendido a ler, aos 6 anos, coincidira com a idade que os colegas dela estarão lendo, o que aumenta muito a probabilidade de a criança com autismo acompanhar o conteúdo escolar, permanecer e progredir na escola comum, ao longo dos anos. Caso contrário, o processo de alfabetização começar aos 6 anos, na mesma época dos colegas típicos, e a criança com autismo apresentar dificuldades em aprender a ler, inevitavelmente ela ficará atrasada em relação aos colegas o que comprometerá o acompanhamento de todo o conteúdo escolar, já que todas as disciplinas dependem da leitura (GOMES, 2015, p.16). 

Segundo NUNES (2008, p.4): 

As crianças com autismo, regra geral, apresentam dificuldades em aprender a utilizar corretamente as palavras, mas se obtiverem um programa intenso de aulas haverá mudanças positivas nas habilidades de linguagem, motoras, interação social e aprendizagem é um trabalho árduo precisa muita dedicação e paciência da família e dos professores. É vital que pessoas afetadas pelo autismo tenham acesso à informação confiável sobre os métodos educacionais que possam resolver suas necessidades individuais (NUNES,2008, p.4) 

Considerando os desafios enfrentados por pessoas com autismo, é evidente que uma criança nesse espectro pode encontrar dificuldade em entender seu ambiente e em processar rapidamente as informações que lhe são apresentadas. Diante disso, o educador deve exercer uma paciência exemplar e estabelecer uma rotina consistente na sala de aula, permitindo que o aluno autista se desenvolva de maneira significativa em relação às suas capacidades. É importante destacar que, mesmo entre crianças típicas, há um ritmo de aprendizagem único para cada uma. SCHMIDT, 2013, p.19 destaca: 

Para oferecer uma boa qualidade nas experiências educacionais das pessoas com autismo no contexto escolar, é imprescindível a aquisição, a apropriação e a integração por parte da escola daqueles conhecimentos outrora situados fora dela. Urge uma integração do conhecimento produzido até hoje pelas diversas áreas para que seja disponibilizado e compartilhado na inclusão educacional escolar. (SCHMIDT,2013, p.19) 

Conforme ROCHA (2018), enfatiza: 

O lúdico no universo do autista, nos espaços escolares demonstra uma compreensão de aluno como a criança autista, como sujeito de linguagem, como sujeito de direitos, dentre os quais o direito a aprender e se desenvolver plenamente, tendo uma escola como ambiente alfabetizador excepcional, onde desenvolvem as práticas educativas significativas. Nesse sentido, existem várias linguagens que fazem parte dos direitos de aprendizagem e desenvolvimento das crianças autistas e devem ser acolhidos pela escola (ROCHA,2018, p.32). 

O aluno com autismo não é incapaz de aprender, mas possui uma forma peculiar de responder aos estímulos, culminando por trazer-lhe um comportamento diferenciado, que pode ser responsável tanto por grandes angústias como por grandes descobertas, dependendo da ajuda que ele receber (CUNHA,2019, p.68). 

É importante identificar e compreender essas dificuldades para que procedimentos apropriados possam ser realizados, objetivando superar essa barreira e possibilitar o sucesso educacional das crianças afetadas. 

(…) A escolha correta das estratégias educativas adaptadas é de suma importância para o sucesso, na aprendizagem porque quando nos referimos a criança com TEA, podemos compreender, que elas possuem peculiaridades e respostas diferenciadas frente às atividades em sala de aula (SILVA; BALBINO, 2015 p.2) 

2.3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 

2.3.1 O Transtorno do Espectro Autista (TEA) 

A palavra “autismo” deriva do grego (autós), que significa “voltar-se para si mesmo”, termo usado dentro da psiquiatria, para determinar comportamentos humanos que se centralizam em si mesmos, voltados para o próprio indivíduo. 

A primeira pessoa a introduzi-la foi o psiquiatra Eugen Bleuler para se referir a um dos critérios adotados em sua época para a realização de um diagnóstico de Esquizofrenia. Esses critérios, os quais ficaram conhecidos como “os quatro ‘A’ s” de Bleuler, são alucinações, afeto desorganizado, incongruência e autismo. A palavra referia-se a tendência do esquizofrênico de “ensimesmar-se” tornando-se alheio ao mundo social- fechando-se em seu mundo, como até hoje se acredita sobre o comportamento autista, ou seja, a alienação ao mundo em sua volta (SCHWARTZMAN, 1995). 

“(…)Imagine chegar em um país onde você não entende a língua e não conhece os costumes – e ninguém entende o que você quer ou precisa. Você, na tentativa de se organizar e entender esse ambiente, provavelmente apresentará comportamentos que os nativos acharão estranhos (…)” (Citação retirada do Manual de Treinamento ABA- Help us learn – Ajude-nos a aprender). 

Esta frase pode ser utilizada para compreender a maneira de uma criança portadora do Transtorno do Espectro Autista (TEA) pensar, sentir e se comportar. Sendo assim, muitos dizem que o autista constrói para si uma realidade paralela, alheia a nossa, e por não viver assim não consegue se comunicar com os outros que vivem no mundo “fora dela”.  

No diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA), estão incluídos quatro transtornos que são classificados como invasivos (MARTINS, PREUSSELER E ZAVSCHI, 2002).  de possuírem muitas características em comum o Transtorno de Rett e o Transtorno de Asperger, o Transtorno Desintegrativo da Infância e o Transtorno Invasivo do Desenvolvimento sem outra especificação, possuem suas diferenças e características específicas (MARTINS, PREUSSELER E ZAVSCHI, 2002). 

Sendo assim, fazer o diagnóstico dos transtornos invasivos do desenvolvimento é muito importante para o portador de TEA, pois encaminha seus portadores para o atendimento educacional especializado (MARTINS, PREUSSELER, E ZAVSCHI, 2002). 

2.3.2 Legislação Educacional para Indivíduos Portadores Do Transtorno Do Espectro Autista 

A Constituição Federal de 1988 no seu Artigo 205 instituí que a Educação é o direito de todos sendo um dever do Estado e da Família. Nesse sentido, todas as crianças têm assegurado o direito de frequentar a escola (BRASIL, 1988). 

Contudo sabe-se que as crianças com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, tem certa dificuldade quanto ao acesso e permanência nas unidades de ensino.  

Dilma Rousseff ocupava o cargo de presidente do país e no dia 27 de dezembro de 2012 sancionou a Lei Ordinária Federal no 12.764, que instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Espectro Autista, estabelecendo diversas diretrizes para sua consecução (LEI ORDINÁRIA FEDERAL No 12.764). 

A LEI 12.764/2012 é fruto do projeto de Lei do Senado Federal 168/2011, de sua Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, decorrente de sugestão legislativa apresentada pela Associação em Defesa do Autista. 

Com o Decreto da LEI 12.764, de 27 de dezembro de 2012, que instituí a Política Nacional de Direitos da Pessoa com Transtorno em Espectro Autista, a Lei Berenice Piana conceitua o autismo como uma deficiência, sendo assim, todas as crianças portadoras do Transtorno do Espectro Autista (TEA), tem o direito de frequentar a escola regular, e se, necessário, ter atendimento especializado (LEI No 12.764, de 27 de DEZEMBRO de 2012). 

De acordo com a Lei, a criança considerada com Transtorno do Espectro Autista é aquela que possuí: 

I – Deficiência persistente e clinicamente significativa da comunicação e interação sociais, manifestada por deficiência marcada de comunicação verbal e não verbal, usada para interação social; ausência de reciprocidade social; falência em desenvolver e manter relações apropriadas ao seu nível de desenvolvimento; 

II – Padrões restritivos e repetitivos de comportamentos, interesses e atividades manifestados por comportamentos motores ou verbais estereotipados ou por comportamentos sensoriais incomuns; excessiva aderência a rotinas e padrões de comportamento ritualizados; interesses restritos e fixos (§1o, LEI DE PROTEÇÃO AOS AUTISTAS: LEI No 12.764, de 27 DE DEZEMBRO DE 2012). 

Portanto, de acordo com a lei, a criança com autismo, assim como as demais crianças, têm alguns direitos reservados e prescritos nessa lei, dentre eles está o de acesso à educação pública gratuita e o direito de estar incluso em sala comum.  

2.3.3 Métodos de Ensino 

Ensinar não é e nunca foi um trabalho fácil, adverso do que muitos acreditam, ensinar coincide em uma “série de habilidades e competências para que o educador consiga diferenciar e articular fatores sociais, individuais, internos e externos, que influenciam o tempo todo no ensino “. (DOS SANTOS; et al, 2013). 

Desta forma, proporcionar um ensino a alunos não portadores já é um trabalho árduo, que demanda do docente uma contínua formação e capacitação, mas o que dizer do ensino-aprendizagem de um aluno com TEA? Para que esse processo venha de encontro a uma inclusão real desse alunado, e que deixe de ser apenas uma integração como elucida Ferreira, Martins (2007) se refere especificamente à inserção da (matrícula) de pessoas com deficiência nas escolas regulares, mas não assegura necessariamente sua participação nas atividades e na vida escolar, nem sua aprendizagem em condições de igualdade. 

Como resposta para tal questionamento o professor deve estar apto e realmente compreender a relação entre inclusão/exclusão, no que difere ambas as situações, para que não acabe porventura realizando o processo errôneo, deve incluir esse aluno para que aprenda e de fato ele tenha um avanço significativo no processo de aprendizagem.  

Considerando os desafios enfrentados por pessoas com autismo, é evidente que uma criança com esse espectro pode encontrar dificuldade em entender seu ambiente e em processar rapidamente as informações que lhe são apresentadas. 

Diante disso, o educador deve exercer uma paciência exemplar e estabelecer uma rotina consistente em sala de aula, permitindo que o aluno portador do espectro se desenvolva de maneira significativa em relação às suas capacidades e desafios. 

Com base no entendimento de que o TEA possa afetar a interação, a comunicação e consequentemente a aprendizagem desse aluno, o docente deve desenvolver práticas pedagógicas que respeitem essas limitações. 

As crianças com autismo, regra geral, apresentam dificuldades em aprender a utilizar corretamente as palavras, mas se obtiverem um programa intenso de aulas haverá mudanças positivas nas habilidades de linguagem, motoras, interação social e aprendizagem é um trabalho árduo, precisa de muita dedicação e paciência da família e dos professores. É vital que pessoas afetadas pelo autismo tenham acesso à informação confiável sobre os métodos educacionais que possam resolver suas necessidades individuais (NUNES, 2008, p.4). 

O professor deve proporcionar aos alunos portadores de TEA metodologias que venham a facilitar essa aprendizagem, a fim de promover o avanço e a superação deste discente por meio de uma prática significativa, e que ela venha de encontro às especificidades desse aluno. 

Esta prática significativa só é possível através do conhecimento didático do professor, de uma formação continuada, voltada para superar os desafios que a educação inclusiva nos apresenta. Diante disso, Zabala (p.34, 1998) elucida que as aprendizagens dependem das características singulares de cada um dos aprendizes…a forma como se aprende e o ritmo da aprendizagem variam segundo as capacidades, motivações e interesses de cada um dos meninos e meninas; enfim a maneira e forma como se produzem as aprendizagens são o resultado de processos que sempre são singulares e pessoais. 

De acordo com a Constituição de 1988, o Estado tem por dever garantir “atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino” (BRASIL, 1988). 

Porém, foi apenas após surgir a Lei de Diretrizes Básicas da Educação Nacional (9.394/96) reafirmando essa obrigatoriedade no atendimento especializado que as práticas educacionais inclusivas começam a ganhar força no país (GOMES, 2010). 

É importante destacar que essas práticas educacionais compreendem todo o planejamento que envolve desde a gestão escolar, passando pela capacitação dos professores e até lidando com o preconceito da sociedade que não tem o entendimento claro que o indivíduo com deficiência deve ser inserido no espaço da escola. A formulação de políticas públicas voltadas para as pessoas com transtorno do espectro autista é uma das diretrizes incumbidas à comunidade, de acordo com o Art. 2° Da Lei n°12.764, de 27 de dezembro de 2012(BRASIL, 2012). 

Ainda no tema de práticas educacionais inclusivas, a rede regular de ensino pensou uma série de apetrechos para atender as crianças com autismo como, por exemplo, aulas extras no contraturno e o acompanhamento especializado ao estudante para que este, possa seguir o desenvolvimento de seus pares de mesma idade. 

O problema é que metodologias clássicas de ensino possuem pouca eficácia quando se trata de ensinar uma criança autista. Elas trabalham muito bem com estímulos visuais e relações diretas de causa e efeito, mas tem muita dificuldade de compreender qualquer conceito abstrato ou manter o foco em algo que não chame sua atenção. Por esta razão, as tecnologias assistivas, que são dispositivos e/ou equipamentos que promovem a funcionalidade e autonomia a participação da pessoa com deficiência em certas atividades, se fazem necessárias no ambiente escolar. (BORDALLO; JULIO, 2014). 

Neste contexto, este projeto apresenta os resultados da metodologia aplicada com base em levantamentos bibliográficos, com a finalidade de salientar a importância da escolha correta do material didático para o ensino de crianças com espectro autista. 

2.4 APLICAÇÃO DAS DISCIPLINAS ESTUDADAS NO PROJETO INTEGRADOR  

Na semana 3 em “Leitura e Produção de Textos” aprendemos as ligações entre a leitura e a escrita  

Na semana 3 em “Educação Especial e Libras” vimos a necessidade de compreender quando é necessário desenvolver ajustes curriculares e a importância da colaboração na educação especial.  

Na matéria “Projeto Integrador para Licenciatura” fizemos todos os passos necessários para a realização do projeto.  

2.4 METODOLOGIA 

Em contato com a diretora, da Escola Municipal em Dourado – SP em 14 de agosto de 2024 através da aluna Driele, foi solicitado a autorização para dar início ao projeto integrador, foi feita uma nova visita para ter uma conversa com a Prof.ª do 5°ano, na qual vamos fazer o projeto integrador em 17 de agosto de 2024. 

Mesmo havendo outras instituições de ensino em Dourado, a facilidade de acesso e do contato com a diretora, permitiu uma maior abertura e receptividade para desenvolver este projeto integrador.  

A sala na qual a Professora atua como docente, é o quinto ano do ensino fundamental, que atualmente possui 18 alunos. A escola municipal, hoje possui em torno de 229 crianças matriculadas, sendo 86 no período da manhã e 143 crianças no período da tarde. É uma escola de médio porte, mantida pela Prefeitura de Dourado -SP. 

Ao ouvir e conversar com a diretora da instituição de ensino onde iremos trabalhar, identificamos uma aluna com autismo do 5° ano com problemas na adaptação do material didático em leitura e escrita.    

Estudo teve como objetivo investigar a prática pedagógica dos professores, conhecendo as possibilidades e os desafios diante da inclusão escolar, bem como destacar recursos e estratégias por meio de atividades lúdicas que favoreçam o processo de inclusão de crianças com Transtorno do Espectro Autista no contexto da educação infantil.  

A inclusão escolar, que defende a aceitação e reconhecimento de todos os alunos, independentemente de suas características individuais, impõe às escolas o desafio de desenvolver práticas pedagógicas que promovam a aprendizagem de todos. Na educação infantil, além desse princípio, o lúdico deve ter um papel central na organização do ensino. Cabe ao professor proporcionar atividades lúdicas, ajustando o espaço, os materiais, o tempo de brincar e mediando as interações, garantindo o aprendizado inclusivo. No contexto em que há uma criança com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA), percebe-se que, apesar de sua participação nas atividades lúdicas, ainda há desafios em relação às adaptações curriculares, à disponibilidade de recursos humanos e materiais, e ao tempo limitado para o planejamento colaborativo entre a professora da sala regular e a professora especializada. Essa situação ressalta a importância da formação inicial e continuada dos educadores, que é essencial para o sucesso dos processos de inclusão. Conclui-se, então, que a escola inclusiva ainda está em fase de construção no que se refere à implementação, organização e execução de práticas pedagógicas que atendam a todos de maneira plena. 

No dia 28 de agosto a aluna Drieli retorna à escola para dialogar com a professora e foi possível ouvir, analisar e encontrar as maiores dificuldades enfrentadas pelos docentes no contexto escolar. Pensando em explorar essa criatividade iremos propor uma atividade para interpretação de texto na qual eles possam soltar a imaginação, contar a sua visão da história(filme) de sua maneira. E ainda brincar com jogo de memória referente ao personagem do filme. 

A metodologia elaborada para ser aplicada em um dia de aula: 

Atividade 1 – Roda de conversa sobre as emoções; 

Atividade 2 – vídeo sobre o filme Divertidamente; 

Atividade 3 – Produção textual sobre o filme;

Atividade 4 – Jogo de memória. 

Nossas análises indicam que diante da criança com autismo e suas especificidades, assim como de qualquer criança, as possibilidades de desenvolvimento não estão predeterminadas; elas são criadas e recriadas nas situações concretas em que suas potencialidades se manifestam de alguma forma, nos processos interativos, inclusão da criança com diagnóstico de autismo na Educação Infantil, focaliza a abordagem teórica dessas perspectivas na produção do conhecimento acerca de pensar procedimentos metodológicos que garantam a inclusão e a permanência da criança com autismo na Educação Infantil. Para tanto, o trabalho caracteriza o autismo infantil, delineia o referencial teórico e traz um fragmento de pesquisa de campo para ilustrar as possibilidades de mediação pedagógica que possibilitam a ampliação do repertório cultural da criança público-alvo da Educação Especial (Oliveira (1992, p.31). A partir da mediação do outro, é que essa criança poderá desenvolver seus processos psicológicos superiores e significar a si mesma no relacionamento com os outros.  

Aprendemos que usando o lúdico junto com as técnicas de ensino conseguimos fazer com que as crianças desenvolvam o interesse em aprender espontaneamente sem sentir que é uma obrigação, passado a ter o encanto pelo aprender e procurando a querer mais e mais aprender.  

3. RESULTADOS: SOLUÇÃO FINAL 

Após realizarmos várias visitas a instituição de ensino que escolhemos para a aplicação do projeto, conseguimos identificar quais eram as dificuldades da aluna autista e após muitas conversas com seus professores chegamos ao material didático ideal para o seu desenvolvimento e interesse.  

A aluna tem problemas com a atenção, com isso atividades que não são de seu interesse acabam atrasando o seu aprendizado e faz com que ela não consiga acompanhar o material atualmente aplicado em sala.   

Todas as atividades realizadas pela aluna, são adaptadas por sua professora de apoio, de acordo com o material didático dos demais alunos, de modo que seja viável o seu aprendizado e de maneira que ela se interesse em executar a atividade.  

Abaixo vemos um exemplo de uma atividade que foi disponibilizada pela professora, em que os alunos estavam aprendendo adjetivos e substantivos. Essa atividade foi adaptada de acordo com a capacidade de desenvolvimento da aluna, para que ela consiga aprender e que não se frustre com a atividade de forma a perder o interesse. 

Com base nos dados que recolhemos identificamos uma grande dificuldade em atividades que exigem mais concentração como fazer uma redação e nas atividades como interpretação de textos.   

É de extrema importância ter o cuidado na hora de escolher qual vai ser o tipo de material utilizado para uma criança autista. Não é possível utilizar o mesmo material das demais crianças sabendo das suas diferenças e limitações de quem é autista. Por isso, para elaborar uma atividade para essa aluna, tivemos o cuidado em saber quais as suas preferências, o que a atraía, se gosta de brincar, se possui boa interação com os amigos de sala, se é uma criança mais tímida, qual o desenho ou personagem favorito, se gosta de filmes, músicas entre outras coisas. Nessa conversa com a professora descobrimos que ela adora o filme “Divertidamente”, foi então que surgiu nossa ideia de aplicação de aula.  

Montamos uma aula voltada especificamente para esta aluna especial, mas que fizesse sentido para as outras crianças também poderem aproveitar desta aula e do material utilizado nela.  

Escolhemos uma instituição Municipal de ensino fundamental na cidade de Dourado SP pela disponibilidade da integrante Driele estar fazendo as visitas quando necessário.

Seguimos a nossa metodologia: 

Atividade 1 – Roda de conversa sobre as emoções: 

Foi uma conversa muito descontraída, de início os alunos ficaram envergonhados ao expor suas ideias, foram se soltando aos poucos, conforme iam surgindo perguntas como: qual personagem mais gostam? O que acharam do filme? Do que o filme trata? Eles começaram então a se soltar e dar suas opiniões. A aluna especial mesmo muito tímida interagiu com a sala e contou que sua personagem preferida é a “Nojinho”, justificando que gosta muito dela porque ela é bonitinha. Foi uma conversa muito enriquecedora, no fim todos queriam falar dos outros personagens/emoções e do porquê passamos e sentimos tudo isso.  

Atividade 2 – vídeo sobre o filme Divertidamente; 

Dentro da semana do Dia das Crianças todos os alunos da escola foram até o cinema para assistirem ao filme Divertidamente 2. Sabendo da nossa ideia de passar o filme em sala de aula, a diretora nos orientou a passar um breve vídeo como introdução para a aula. Seguindo a orientação, foi passado um trailer com trechos do filme para recordarem e darmos continuidade com a atividade. 

Figura 3 – Aluna Driele, do polo de Dourado – SP fazendo a aplicação da aula. 

Atividade 3 – Produção textual sobre o filme; 

A integrante Driele pediu para as crianças realizarem uma breve redação destacando a emoção que mais se identificam, do porquê e relacionando com o filme. Todos ficaram concentrados realizando a atividade e nossa aluna especial realizou a sua redação sem opõe-se ou queixar-se, pelo contrário, com muito empenho e ficando radiante. As crianças após terminarem a redação se dispuseram em fazer a leitura em voz alta para toda a sala. Foi pura diversão, a turma foi bem criativa com a redação e conseguiram fazer uma interpretação de do filme apresentado conseguindo identificar as emoções em cada personagem. 

Figura 4 – Redação elaborada pela aluna autista.
Figura 5 – Redações elaboradas pelos outros alunos.

Atividade 4 – Jogo de memória. 

Para haver mais descontração e a interação de todas as crianças, desenvolvemos um jogo da memória com os personagens do filme. A sala foi dividida em duplas, cada criança pode escolher o seu par e ficaram brincando até que chegasse a hora do intervalo. Essa atividade foi aplicada logo na entrada para a sala, às 12h30 com encerramento às 15h. Houve muito tempo para conversas, trocas de conhecimentos e experiências e diversas brincadeiras. Preparamos uma caixa especial para guardar os jogos da memória e a entregamos a professora que irá aplicar em outros dias e irá disponibilizar o material para que as outras salas também possam usufruir dele. 

Figura 6 – Caixa com os jogos da memória.
Figura 7 – Driele apresentando um curto vídeo sobre o filme Divertidamente.
Figura 8 – Aplicação do Jogo da Memória entre as crianças. 

Conseguimos atingir o nosso objetivo com a aluna autista e mostrar como é possível desenvolver materiais didáticos que permitam a inclusão e estimulem esses alunos especiais a terem um ensino que os incentivem, os divirtam e principalmente que influenciem no desenvolvimento cognitivo, afetivo e intelectual dessas crianças. Para que assim como todos os outros, se tornem cidadãos com direitos e deveres garantidos e preservados. 

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Nosso objetivo com esse projeto foi aprofundar e entender sobre o material didático utilizado em sala de aula para as crianças especiais, especificamente crianças com TEA.  

Vemos que mesmo em pleno século XXI esse assunto ainda gera polêmicas, pois escolas e professores ainda não estão devidamente preparados e orientados para lidar com essas crianças. 

Sabemos da importância do material didático correto e adequado para essas necessidades, de forma a permitir um ensino de inclusão e igualdade para todos dentro da sala de aula.  

Através de resultados encontrados por meio de pesquisas de campo e pesquisas teóricas entendemos melhor sobre os materiais didáticos que são utilizados nos alunos com TEA, as dificuldades que as escolas encontram, a importância da relação e participação de escola/família, o papel da escola para manter a inclusão e para o desenvolvimento dessas crianças portadoras de TEA dentro da sociedade como cidadãos conscientes dos seu direitos e deveres. 

REFERÊNCIAS 

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14724: Informação e documentação. Trabalhos Acadêmicos – Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. 

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O trabalho deverá ser redigido conforme recomendações das Diretrizes para confecção de teses e dissertações da Universidade de São Paulo (USP), disponíveis em: <http://www.teses.usp.br/index.php?option=com_content&view=article&id=52&Itemid=67>. Acesso em 24 jun. 2021.  

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