MAMMOGRAPHY REALIZATION AND THE OCCURRENCE OF BREAST CANCER IN WOMEN IN THE SOUTHEAST REGION BETWEEN 2014 AND 2023
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202507211055
João Augusto Campos Rodrigues1
João Vinicius Rodrigues Marcial2
Dimitri Ângelo de Almeida Francisco3
Vitor de Souza Soares4
Resumo
O Brasil tem uma população de mais de 203 milhões de habitantes, com a região sudeste sendo a mais populosa e com maior densidade demográfica. Essa região apresenta um elevado número de casos de neoplasias, incluindo o câncer de mama. O objetivo do presente estudo é avaliar a ocorrência do câncer de mama e realização de mamografias em mulheres, entre os anos de 2014 e 2023 na região sudeste do Brasil. O presente trabalho trata-se de uma pesquisa descritiva, de abordagem quantitativa, cujos dados foram obtidos no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Foram avaliados dados referentes à região sudeste no recorte temporal de 2014 a 2023 e as variáveis investigadas foram sexo e região. Os dados coletados na região Sudeste do Brasil entre 2014 e 2023 indicaram uma aumento no número de casos de câncer de mama, com aumento de cerca de 12 vezes de 2014 para 2023. Essa elevação não ocorreu de forma linear, com variações decorrentes de estratégias governamentais e pandemia do Covid-19. Porém, seguiu uma tendência de aumento ao longo dos anos. Esse aumento no número de casos notificados pode ser atribuído à combinação de maior exposição a fatores de risco e ao aumento do uso da mamografia para detecção precoce. Esse cenário faz com o que seja necessário a implementação de políticas públicas que incentivem a realização da mamografia no período adequado e promovam a prevenção do câncer de mama.
Palavras-chave: câncer de mama; incidência; epidemiologia; neoplasia da mama.Sugere-se de 3 a 5 palavras, separadas entre si, por ponto final.
Abstract
Brazil has a population of over 203 million inhabitants, with the Southeast region being the most populous and densely populated. This region shows a high number of neoplasm cases, including breast cancer. The aim of this study is to evaluate the occurrence of breast cancer and the performance of mammograms in women between the years 2014 and 2023 in the Southeast region of Brazil. This work is a descriptive, quantitative approach research, with data obtained from the Department of Informatics of the Unified Health System (DATASUS). Data related to the Southeast region from 2014 to 2023 were analyzed, and the variables investigated were sex and region. The data collected in the Southeast of Brazil between 2014 and 2023 indicated an increase in the number of breast cancer cases, with an approximate 12-fold rise from 2014 to 2023. This increase did not occur in a linear fashion, with variations resulting from government strategies and the COVID-19 pandemic. However, it followed a trend of growth over the years. This rise in the number of reported cases can be attributed to a combination of greater exposure to risk factors and increased use of mammography for early detection. This scenario highlights the need for the implementation of public policies that encourage the appropriate timing of mammograms and promote breast cancer prevention.
Keywords: breast cancer; incidence; epidemiology; breast neoplasm.
1. INTRODUÇÃO
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022, o Brasil conta com 203.080.756 habitantes, destes 41,7% corresponde a região sudeste, que é composta pelos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo (IBGE, 2022).
A região sudeste trata-se de um local com elevada densidade demográfica, mediante a isso, o número de neoplasias é elevado, quando em comparação com outras regiões do país. Tendo como exemplo o ano de 2023, o número total de casos de câncer no Brasil foi de 671.216 casos, sendo que 295.812 casos, apenas na região sudeste, o que corresponde a 44% (DATASUS, 2023).
O número de casos de câncer em geral é crescente no Brasil e no mundo, e isso se deve a diversos fatores, como por exemplo os fatores ambientais, comportamentais, genéticos, hereditários, socioeconômicos, história ginecológica e obstétrica. Além disso, tem se observado a mudança do padrão na pirâmide etária, apresentando aumento da expectativa de vida, sendo esse um dos principais fatores de risco para desenvolvimento do câncer de mama (SILVA et al., 2024).
O câncer de mama é a neoplasia com maior índice de mortalidade no Brasil, quando em comparação com demais tipos de câncer. Os índices são maiores na região Sudeste e na região Sul, chegando a 12,8 óbitos por 100.000 mulheres. Mediante a isso, o câncer de mama se apresenta como um problema de saúde pública, vindo a gerar altos custos para o Sistema Único de Saúde (SUS), além de alta taxa de morbimortalidade, impacto no bem-estar do paciente e redução no número de contribuintes na sociedade, refletindo diretamente no desenvolvimento socioeconômico do país (SILVA et al., 2024).
De acordo com Orlandini (2021), o câncer de mama tem aumentado exponencialmente em países subdesenvolvidos, por inúmeros fatores. Portanto, se faz necessário uma melhor caracterização dos dados em correlação com os fatores causais, em diferentes regiões do Brasil e do mundo. Nesse sentido, o estudo trabalha com a expectativa de responder a seguinte questão norteadora: qual a ocorrência de casos de câncer de mama e da realização de mamografia na série histórica 2014 a 2023 na região Sudeste do Brasil?
Visto isso, o objetivo do presente estudo é avaliar a ocorrência do câncer de mama e realização de mamografias em mulheres, entre os anos de 2014 e 2023 na região sudeste do Brasil. Trabalhos como este são importantes para definir estratégias de manejo do câncer de mama, como por exemplo, prevenção, rastreio, diagnóstico e tratamento.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) (2023), o câncer é definido como: “nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células, que invadem tecidos e órgãos”. Do mesmo modo, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) [s.d.], caracteriza o câncer como uma multiplicação descontrolada de células da mama, levando ao surgimento dos tumores malignos ou benignos.
O câncer de mama possui a característica de afetar prioritariamente mulheres, com idade superior a 50 anos, chegando a representar cerca de 80% dos casos. Essas neoplasias se apresentam, na maioria das vezes, como um nódulo mamário indolor, de característica endurecida, imóvel e irregular. Porém, de forma mais incomum, pode se apresentar com alteração do contorno mamário e/ou edema; alterações na pele, como o surgimento do sinal da “casca de laranja”; alterações no sistema linfático, como linfonodomegalias; alterações mamilares, como a inversão do mamilo e saída de secreções (KATSURA et al., 2022; BRAVO et al., 2021).
Conforme o passar dos anos, os padrões de vida têm sido alterados, e em consequência disso, surgem novos fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama. Atualmente se considera que, o histórico pessoal de câncer de mama, mamas mais densas, menopausa tardia, presença de um passado obstétrico sem gestações, obesidade e mutações no gene BRCA1 e BRCA2, são capazes de aumentar o risco de desenvolvimento de câncer de mama. Por outro lado, menopausa precoce e gestações passadas, parecem reduzir o risco de câncer de mama (CHLEBOWSKI et al, 2024; OBEAGU; OBEAGU, 2024; BAIK; BAYE; MCDONALD, 2024).
Segundo Santos, Candido e Rocca (2024), através de uma revisão sistemática, concluiu-se, que o uso da terapia de reposição hormonal é um fator de risco para desenvolvimento do câncer de mama. Segundo, Chen (2023), o uso de terapia de reposição hormonal por um tempo menor do que quatro anos, desde que não se tenha utilizado estrogênio previamente, e o uso na faixa etária de 50 anos, parece não aumentar de forma significativa, o risco para o desenvolvimento do câncer de mama.
O diagnóstico precoce é essencial para o tratamento, diante disso, o Ministério da Saúde [s.d.], preconiza pela realização do rastreamento com a mamografia a cada 2 anos, em mulheres de 50 a 69 anos, ou em mulheres com mais de 40 anos, que possuem fator de risco elevado (Quadro 1), porém nesses casos, a conduta, sobre qual exame a ser solicitado, deve ser individualizada. Entretanto, a SBM, o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), preconizam a realização do rastreio anual, através da mamografia, a partir dos 40 anos de idade em mulheres com risco habitual. Enquanto mulheres com risco elevado, devem realizar o rastreio de forma individualizada (FEBRASGO, 2023).
Quadro 1– Critérios de avaliação de risco para o desenvolvimento do câncer de mama.

Fonte: Adaptado do Ministério da Saúde (s.d.).
A mamografia é um exame no qual se utiliza da radiologia para o rastreio e diagnóstico do câncer de mama, apresentando uma grande especificidade e sensibilidade na detecção do câncer de mama. A partir da realização da mamografia, os seus resultados são classificados de acordo com o Sistema de Relatório e Dados de Imagem da Mama (BIRADS) em categoria e achados, permitindo assim, uma conduta adequada (Quadro 2). Já o autoexame é realizado pela própria mulher e permite a identificação de alterações mamárias, podendo facilitar a sua procura por cuidados médicos. Entretanto, não aconselha a realização apenas do autoexame, devido a realização de intervenções sem necessidades e por apresentar tumores não palpáveis, influenciando as mulheres a não buscarem ajuda médica (BRAVO et al., 2021; GOMES et al.,2025).
Quadro 2 – Classificação da mamografia segundo o Sistema de Relatórios e Dados de Imagem da Mama (BIRADS)

Fonte: Adaptado de Gomes et al. (2025).
De acordo Cruz et al. (2023) e Bleiweiss (2024) os principais tipos de tumores de mama, segundo a classificação anatomopatológica, são: os carcinomas invasivos ductais, os quais correspondem a cerca de 70% a 80% do tumores de mama invasivos, e possuem uma característica patológica de serem lesões duras, branco-acinzentadas e arenosas; e os lobulares invasivos, que correspondem a 5% a 10% dos carcinomas invasivos e tem característica patológica semelhante ao carcinoma lobular invasivo, diferindo, na maioria das vezes, por ser mais proeminente. Enquanto isso, os mais raros são: o carcinoma medular, o mucinoso, o papilífero e o inflamatório. Os tumores de mama, podem ainda ser classificados de acordo com o tamanho, o comprometimento de linfonodos, a presença ou não de metástase, a presença de receptores hormonais de progesterona e estrogênio, e fatores de crescimento celular.
Visto a particularidade de cada tumor, diversos são os tratamentos disponíveis, devendo esse ser individualizado, mediante a cada caso. Atualmente, está disponível a terapia sistêmica pré-operatória e adjuvante, além de condutas cirúrgicas, que visam ser curativas ou paliativas. Para determinar a estratégia mais eficaz, é essencial avaliar o estadiamento e o tipo de tumor por meio da análise histopatológica. O tratamento local inclui cirurgia, com ou sem reconstrução mamária, e radioterapia. Já o tratamento sistêmico envolve quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica. A combinação desses métodos depende do estágio do câncer, capacidade de infiltração e resposta individual ao tratamento. Um diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de cura, por isso é fundamental um acompanhamento multidisciplinar (CRUZ et al., 2023; GRADISHAR et al., 2024; HIRCHE, 2022).
Segundo Bravo et al. (2021) o tratamento cirúrgico para o câncer de mama é um dos mais utilizados, apesar das diversas outras formas de tratamento. Após o diagnóstico e a definição do estágio atual da doença (Quadro 3) é proposto o tratamento. Os estágios iniciais da doença, l e ll, apresentam bons resultados com a retirada do tumor, entretanto para o estágio lll, é necessário a realização de técnicas quimioterápicas, e o estágio lV, o tratamento é individualizado, sendo considerado o risco e benefício do procedimento, visando fornecer qualidade vida, diminuir resposta do tumor e os efeitos colaterais.
Quadro 3 – Estágio e característica histopatológica do câncer de mama

Fonte: Elaborado pelos autores.
No Brasil, o SUS é o principal órgão que custeia o tratamento oncológico do câncer de mama, oferecendo procedimentos de hemoterapia, hemodiálise, radioterapia e quimioterapia. Além disso, ocorre o acompanhamento multidisciplinar, proporcionando um trabalho de integralidade, com apoio aos pacientes, oferecendo qualidade de vida com ênfase em conforto e dignidade (BRAVO et al., 2021).
Para tanto, realizar um estudo de tendências é altamente favorável, visto que o câncer de mama é uma doença, até certo ponto, prevenível e rastreável, se utilizarmos de um conjunto de estratégias de prevenção, sejam elas primárias ou secundárias (Huang et al., 2021). É a base de sustentação teórica de um trabalho acadêmico. Reflete o nível de envolvimento do autor com o tema. Trata-se da apresentação do embasamento teórico sobre o qual está fundamentada a sua pesquisa.
3. METODOLOGIA
O presente estudo trata-se de uma pesquisa descritiva, de abordagem quantitativa. Estudos descritivos buscam analisar e caracterizar a ocorrência de doenças e condições de saúde em diferentes contextos temporais, espaciais e individuais, além de identificar relações entre variáveis relevantes (Fachin, 2017). Para Markoni e Lakatos (2022, p. 296):
Em relação à coleta de dados, no enfoque quantitativo ela se vale de instrumentos predeterminados, dados numéricos, número considerável de casos. (…) A análise dos dados no enfoque quantitativo envolve análise estatística, descrição de tendências, comparação de grupos, relação entre variáveis, comparação de resultados com estudos anteriores, etc.
Foi realizado um levantamento de dados sobre câncer de mama – Classificação Internacional de Doenças (CID-10) C50 referente a Neoplasia maligna da mama e D05 Carcinoma in situ da mama – a partir de informações do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), que utiliza como base o Sistema de Informação Ambulatorial (SIA), através do Boletim de Produção Ambulatorial Individualizado (BPA-I) e da Autorização de Procedimento de Alta Complexidade; Sistema de Informação Hospitalar (SIH); e o Sistema de Informações de Câncer (SISCAN) (DATASUS, 2024).
Os dados foram obtidos através da ferramenta de tabulação Tabnet, que permite tabulações online de dados e geração de planilhas, de forma rápida e objetiva (TABNET, 2024). A busca dos dados sucedeu-se do Painel – Oncologia Brasil, disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/dhdat.exe PAINEL_ONCO/PAINEL_ONCOLOGIA BR.def
Foram avaliados dados referentes à região sudeste no recorte temporal de 2014 a 2023 e as variáveis investigadas foram sexo e região.
O estudo utilizou, ainda, o software Microsoft Excel, para organização e processamento dos dados. Foi utilizado o valor absoluto da incidência, a qual representa o número novos de casos no período estudado. Para análise da série histórica foi realizada a regressão linear para construção da linha de tendência.
As pesquisas obtidas são de domínio público e as tabulações geradas obedecem aos princípios éticos da Resolução nº 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde, tornando-se dispensável submissão ao Comitê de Ética em Pesquisa (BRASIL, 2016).
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES OU ANÁLISE DOS DADOS
De acordo com os dados obtidos na região sudeste do Brasil entre 2014 e 2023, observamos um aumento do número de casos de câncer de mama. Verifica-se a partir da Figura 1 que o número de casos de câncer de mama em 2014 era de 9.197, já em 2023 este número aumentou para 109.179, o que corresponde a um aumento de aproximadamente 12 vezes do valor inicial, representando um aumento importante do número de casos de câncer de mama nos últimos anos.
Figura 1 – Gráfico de tendência apresentando números de casos de câncer de mama em mulheres na região sudeste do Brasil nos anos de 2014 a 2023.
Fonte: Elaborado pelos autores
Vale ressaltar que, de acordo com a Figura 1, entre os anos de 2014 e 2016, houve um leve aumento do número de casos quando em comparação com os demais anos, com a ocorrência de apenas 36.725 casos em um período de 3 anos, uma média de 12.241 casos por ano. Quando em comparação, no período entre 2017 a 2019, houve um crescimento expressivo do número de casos. Nesse período de 3 anos, a incidência estimada foi de 154.755 casos, uma média de 51.585 casos por ano.
Ao comparar a Figura 1 com a Figura 2, é possível observar que o aumento dos casos de câncer de mama em mulheres coincidiu com o aumento do número de mamografias no período.
Figura 2 – Número de mamografias realizadas nos anos de 2014 a 2023 na região sudeste do Brasil.
Fonte: Elaborado pelos autores
No triênio 2014-2016 foram realizadas 2.130.275 mamografias diagnósticas no Sudeste do Brasil, comparadas a 3.079.890 exames realizados no período de 2017 a 2019 na mesma região. Em concordância, Campos (2023) afirmou que o aumento do número de mamografias nos períodos comparados foi de 14,9% no Brasil, e esse aumento se deve a estratégias governamentais iniciadas seguindo o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT).
Ainda segundo Campos (2023), dentre as ações responsáveis pelo aumento da procura do serviço de saúde para realização de mamografias, e o aumento do diagnóstico inclui-se: à melhoria na qualidade dos serviços de mamografia; a comunicação e mobilização social; capacitação dos profissionais da atenção básica e secundária à saúde. O Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das DCNT para o período de 2021 a 2030 revela também, ações estratégicas importantes para o enfrentamento do câncer de mama. Entre essas ações, destacam-se o aperfeiçoamento do rastreio do câncer de mama, com a evolução do modelo oportunístico para o modelo organizado, garantindo controle de qualidade da mamografia, confirmação diagnóstica e encaminhamento no momento oportuno dos casos confirmados para o nível terciário. Além disso, o plano prevê a implantação do
Programa Nacional de Qualidade em Mamografia, que visa assegurar o monitoramento e a cobertura de pelo menos 70% da rede do SUS. Dentre todas as estratégias, a que mais se destaca é a campanha do outubro rosa, que teve início no Brasil em 2002, e ganhou notoriedade após a implementação da Lei nº 13.733/2018, que institui o mês de conscientização sobre o câncer de mama. E foi exatamente a partir de 2018, que pela primeira vez, o número de mamografias ultrapassou 1 milhão de exames de acordo com a Figura 2. Um outro reflexo da sua importância é o aumento do número de mamografias realizadas nos meses de outubro, novembro e dezembro, com uma elevação de cerca de 30% no Brasil (BRASIL, 2018; ANTONINI et al., 2022).
Após um aumento do registro do número de casos durante 6 anos consecutivos, no ano de 2020, o sistema de dados registrou uma queda de 2300 casos (Figura 1). Essa queda ocorre justamente no ano de descoberta do vírus SARS-CoV-2, descoberto na província de Wuhan, na China. A doença, causada pelo vírus, conhecida como Covid-19, foi declarada como pandemia pela Organização Mundial da Saúde 12 de março de 2020, impactando diretamente na rotina diária das pessoas ao redor do mundo (CIOTTI et al., 2020).
Durante a pandemia, com o isolamento social, o acesso aos serviços de saúde para realização do rastreio ficou comprometido, com a impossibilidade de mulheres realizarem a mamografia, o que impactou diretamente no número de casos de câncer diagnosticados no período. A redução do número de casos cursa com uma redução de aproximadamente 3% (Figura 1) durante o ano de 2020 na região sudeste do Brasil, quando em comparação ao ano anterior ao início da pandemia. E isso correlacionou-se diretamente com a queda do número de mamografias diagnósticas realizadas em 2020, que caiu aproximadamente 50% em relação ao ano anterior (Figura 2).
Segundo Furlam (2023), estudos realizados a partir de dados do SUS, constataram que ocorreu queda de aproximadamente 42% no número de mamografias diagnósticas realizadas no Brasil em mulheres de 50 a 69 anos, quando comparados os anos de 2019 e 2020. Ainda segundo Furlam (2023), o Covid-19 afetou o rastreamento em todo mundo, com dados de um estudo norte americano demonstrando quedas de cerca de 43,8% e 89,2%, respectivamente, em março e abril de 2020.
Em concordância, Murat (2023), descreveu tanto a queda de mamografias diagnósticas em pacientes sem fatores de risco, quanto em pacientes com fatores de risco e pacientes já tratadas para o câncer de mama, o que ressalta uma abrangência do Covid-19 nas mulheres em geral. Além disso, Murat (2023), apresenta que, a queda no número de exames de rastreio se deve a realocação de profissionais para outras áreas durante o Covid-19, bem como a redução de profissionais, em consequência da mortalidade elevada nessa categoria profissional em decorrência da pandemia.
A partir da Figura 1 verifica-se aumento do número de casos no ano de 2021, quando em comparação com o ano de 2020. Isso se deve principalmente à redução das medidas de restrição durante a pandemia e o maior acesso aos serviços de saúde, com consequente aumento do número de mamografias diagnósticas no ano de 2021, quando comparado ao ano de 2020 (Figura 2).
Segundo Silva (2024), ocorreu aumento do diagnóstico de câncer de mama no período pós pandêmico, concordante com o nosso estudo. Uma característica importante ressaltada por Silva (2024) é que, a partir da redução do diagnóstico precoce, em decorrência da pandemia, houve um aumento do diagnóstico de câncer de mama em estágios avançados após o fim da mesma. Isso ressalta os impactos negativos da diminuição do rastreio do câncer de mama durante o Covid-19, como por exemplo, a tendência de maior taxa de mortalidade em decorrência de diagnósticos tardios.
Ao se observar a Figura 1, é possível ver que o câncer vem em um crescimento exponencial desde a última década, porém é perceptível que esse crescimento não segue uma linearidade. Dito isso, é possível perceber que o crescimento do número de casos foi em 2014 a 2018 menor do que a tendência, e ultrapassou-a no ano de 2019, se mantendo acima até o ano de 2022. Em consonância a linha de tendência, o aumento do número de casos de câncer de mama é real, mesmo que de forma irregular ao longo dos anos. Esse crescimento se deve principalmente às mudanças nos padrões de vida e ao aumento da expectativa de vida, com o câncer de mama sendo mais prevalente em pacientes acima dos 50 anos de idade.
Segundo a Federação Brasileira de instituições filantrópicas de apoio à saúde da mama (FEMAMA, 2019), o câncer de mama é o primeiro câncer que mais mata mulheres no Brasil, além de sua elevada morbidade e custos para o sistema de saúde. Visto isso, se vê necessário práticas focadas na prevenção como a implantação de políticas de promoção à saúde, além da necessidade do rastreio a partir da mamografia, que não reduz a incidência do câncer de mama, mas permite o diagnóstico em fases precoces, com posterior realização do tratamento adequado.
5. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir do estudo é possível observar que o número de casos de câncer de mama em mulheres na região sudeste do Brasil aumentou no período entre 2014 e 2023. Esse aumento pode estar relacionado com a exposição crescente a fatores de risco, além do aumento do rastreamento precoce com um uso da mamografia.
Por fim, temos uma tendência ao aumento do número de casos de câncer de mama em mulheres na região sudeste do Brasil. Esse fato torna evidente a necessidade de políticas públicas voltadas para a conscientização da importância da mamografia no período adequado, além de estratégias para a prevenção do câncer de mama.
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1Discente do Curso Superior de medicina do Centro Universitário Vértice – Univértix em Matipó-MG e-mail: joaoaugusto2002@hotmail.com
2Discente do Curso Superior de medicina do Centro Universitário Vértice – Univértix em Matipó-MG e-mail: joaoviniciusmarcial123@gmail.com
3Discente do Curso Superior de medicina do Centro Universitário Vértice – Univértix em Matipó-MG e-mail: comexdimitri@gmail.com
4Graduado em Medicina pelo Centro Universitário Redentor (UniRedentor Afya) em Itaperuna-RJ, Pós-graduado em Psiquiatria (Afya Educação Médica) em Vitória-ES. Docente do Curso Superior de medicina do Centro Universitário Vértice – Univértix em Matipó-MG. e-mail: vitorsoares.med@gmail.com