REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202412051140
Laiane Borges de Souza1
Resumo
O propofol é amplamente utilizado na anestesia veterinária devido à sua rápida indução e recuperação. Contudo, sua administração em infusão contínua pode estar associada a reações adversas, incluindo depressão respiratória, hipotensão e alterações metabólicas. Este estudo revisa a literatura disponível sobre os efeitos adversos do uso de propofol em cães submetidos à anestesia intravenosa contínua. A metodologia baseou-se na análise de artigos científicos publicados entre 2000 e 2023, com foco em estudos experimentais e clínicos. Os resultados indicam que, embora o propofol seja considerado seguro em doses ajustadas, há fatores como condição pré-existente do paciente e uso concomitante de outros fármacos que influenciam a ocorrência de efeitos adversos. A revisão enfatiza a importância do monitoramento contínuo e da seleção criteriosa de protocolos anestésicos para mitigar os riscos associados ao uso do propofol em cães.
Palavras-chave: Propofol, anestesia veterinária, cães, reações adversas, infusão contínua.
Introdução
O propofol é um anestésico intravenoso que tem se destacado por suas propriedades farmacocinéticas e farmacodinâmicas, sendo amplamente utilizado na anestesia veterinária. Este composto, pertencente à classe dos hipnóticos, apresenta início de ação rápido e curta duração, características que o tornam ideal para procedimentos anestésicos de curta e média duração, além de permitir ajustes precisos em protocolos de infusão contínua (GUIMARÃES et al., 2006). Apesar de sua eficácia, o uso prolongado do propofol em infusão contínua levanta preocupações devido à sua associação com reações adversas, como hipotensão, depressão respiratória e acidose metabólica, especialmente em cães com condições fisiológicas comprometidas (REIS et al., 2020).
A utilização de propofol em cães requer um planejamento rigoroso, envolvendo a escolha de doses adequadas e a consideração das condições clínicas individuais dos pacientes. Estudos indicam que o propofol, apesar de proporcionar uma anestesia estável, pode causar depressão significativa do sistema cardiovascular, levando à diminuição da frequência cardíaca e à hipotensão arterial (BOFF et al., 2022). Esses efeitos são particularmente preocupantes em pacientes com comorbidades cardíacas ou respiratórias, para os quais a monitorização contínua e o ajuste da infusão tornam-se essenciais.
A relevância do propofol na prática anestésica veterinária também está ligada à sua capacidade de reduzir a poluição ambiental em relação aos anestésicos inalatórios, um aspecto de grande importância no manejo sustentável dos recursos hospitalares (GOLTZ et al., 2023). Contudo, seu elevado custo e os requisitos técnicos para administração intravenosa podem limitar seu uso em algumas práticas veterinárias. Assim, a escolha do propofol como agente anestésico principal deve ser balanceada com a análise cuidadosa de seus benefícios e potenciais riscos.
Diversos fatores podem influenciar a gravidade das reações adversas associadas ao propofol, incluindo a condição prévia do paciente e a administração concomitante de adjuvantes anestésicos. Por exemplo, a associação com analgésicos opioides, como o fentanil, pode reduzir a dose necessária de propofol, minimizando seus efeitos adversos, mas também pode contribuir para bradicardia e depressão respiratória (PEIXOTO et al., 2023). Assim, compreender as interações entre os diferentes fármacos empregados em protocolos anestésicos é essencial para o manejo seguro do propofol.
Outro aspecto importante na aplicação do propofol é a escolha de protocolos que permitam maior estabilidade cardiovascular e respiratória. A inclusão de agentes adjuvantes, como dexmedetomidina e opioides, demonstrou reduzir a dose total de propofol necessária, melhorando a analgesia transoperatória e diminuindo a incidência de efeitos adversos (NASPOLINI et al., 2022). Entretanto, essas combinações exigem cautela devido ao potencial de alterações cardiovasculares associadas.
Ademais, a literatura destaca a importância de estratégias de monitoramento avançado durante o uso do propofol em infusão contínua. Parâmetros como pressão arterial, frequência cardíaca e saturação de oxigênio devem ser continuamente avaliados para prevenir e tratar complicações em tempo hábil (COELHO et al., 2023). Essas práticas são fundamentais para a segurança do paciente e para garantir resultados anestésicos satisfatórios, especialmente em procedimentos prolongados.
Diante disso, este artigo tem como objetivo analisar as reações adversas associadas ao uso de propofol em cães submetidos à anestesia de infusão contínua. A revisão foca nos fatores predisponentes, mecanismos envolvidos e estratégias para mitigação dos riscos. Este tema é de grande relevância para a prática veterinária, pois contribui para o desenvolvimento de protocolos anestésicos mais seguros e eficazes, beneficiando tanto os pacientes quanto os profissionais envolvidos.
Fundamentação Teórica
O propofol é um anestésico hipnótico que pertence à classe dos derivados alquifenóis e é amplamente utilizado na anestesia veterinária devido às suas características farmacológicas únicas. A principal vantagem do propofol está em sua rápida indução e recuperação, propriedades que o tornam ideal para anestesia intravenosa contínua em cães (FANTONI; CORTOPASSI, 2002). No entanto, estudos apontam que o uso prolongado pode levar a efeitos adversos, como depressão respiratória e cardiovascular, especialmente em infusões de alta dose ou quando associado a outros agentes anestésicos (GUIMARÃES et al., 2006).
A farmacocinética do propofol em cães é caracterizada por uma rápida distribuição e metabolismo hepático eficiente. Isso contribui para sua eliminação rápida, mesmo após infusões contínuas. Contudo, alguns estudos relatam que fatores como idade avançada, doenças hepáticas e interações medicamentosas podem alterar significativamente seu metabolismo, aumentando o risco de toxicidade (PEIXOTO et al., 2023). Além disso, a hipotensão induzida pelo propofol é frequentemente atribuída a uma redução na resistência vascular periférica e na contratilidade miocárdica, exigindo monitoramento hemodinâmico rigoroso (BOFF et al., 2022).
A escolha de protocolos anestésicos adequados é essencial para minimizar os efeitos adversos do propofol. Estudos indicam que a adição de adjuvantes, como a dexmedetomidina, pode reduzir a dose necessária de propofol e melhorar a estabilidade cardiovascular. Naspolini et al. (2022) demonstraram que a combinação de propofol e dexmedetomidina reduziu significativamente o consumo do anestésico e proporcionou melhor analgesia transoperatória em cadelas submetidas à ovário-histerectomia. Contudo, a combinação também foi associada a bradicardia e hipertensão dose-dependente, destacando a necessidade de ajustes precisos no protocolo.
A interação entre o propofol e opioides, como o fentanil, também tem sido investigada na literatura. Enquanto o fentanil pode reduzir a dose de propofol necessária para manter a anestesia, ele também potencializa os riscos de depressão respiratória e apneia. Peixoto et al. (2023) relatam que o uso de fentanil em cães pré-medicados com morfina não foi eficaz na redução da dose total de propofol, mas aumentou significativamente os eventos de apneia durante a indução anestésica.
Outro aspecto relevante é o impacto do propofol sobre a função respiratória. Embora o anestésico seja amplamente considerado seguro, estudos como o de Reis et al. (2020) apontam para a ocorrência de acidose respiratória em cães submetidos à infusão contínua em doses altas. Este efeito pode ser exacerbado em pacientes com doenças pulmonares preexistentes, reforçando a importância de protocolos de ventilação assistida durante a anestesia.
A toxicidade do propofol também tem sido um tema de preocupação, particularmente em infusões prolongadas. Em um estudo envolvendo pombos, Guimarães et al. (2006) observaram que doses altas de propofol resultaram em apneia e hipotensão severa, efeitos que podem ser extrapolados para cães em condições similares. Esses achados sugerem que o ajuste cuidadoso da taxa de infusão é essencial para evitar complicações graves.
Além dos efeitos sistêmicos, o propofol pode causar efeitos adversos locais, como dor no local da injeção e mioclonias, especialmente na administração inicial. Goltz et al. (2023) relatam que a dor durante a administração pode ser minimizada pelo uso de cateterização adequada e pela combinação com lidocaína. No entanto, as mioclonias permanecem um desafio em alguns casos, apesar de sua natureza transitória.
Estratégias de monitoramento avançado são fundamentais para o manejo seguro do propofol em infusão contínua. Estudos recomendam o uso de capnografia, oxímetro de pulso e monitoramento da pressão arterial para identificar rapidamente alterações hemodinâmicas e respiratórias (COELHO et al., 2023). Essas ferramentas são especialmente importantes em pacientes de alto risco, como aqueles com condições cardíacas ou pulmonares.
Por fim, a escolha criteriosa de protocolos anestésicos e a capacitação da equipe veterinária são essenciais para mitigar os riscos associados ao uso do propofol. A literatura revisada reforça a necessidade de abordagens individualizadas, levando em consideração fatores como peso, idade e estado clínico do animal (REIS et al., 2020). Assim, o propofol pode continuar sendo uma opção segura e eficaz na anestesia veterinária, desde que utilizado de forma criteriosa e com monitoramento adequado.
Metodologia
A presente pesquisa caracteriza-se como uma revisão de literatura, uma abordagem essencial na ciência para identificar, organizar e sintetizar informações sobre um tema específico. Conforme Prodanov e Freitas (2013), a revisão de literatura é um método que possibilita ao pesquisador compreender o estado atual do conhecimento, identificar lacunas e propor perspectivas futuras. Este trabalho foca na análise das reações adversas associadas ao uso de propofol em infusão contínua em cães, utilizando procedimentos metodológicos sistemáticos e critérios rigorosos para seleção das fontes.
Tipo de pesquisa e abordagem
A revisão de literatura empregada neste estudo é qualitativa e descritiva, apropriada para examinar fenômenos complexos e explorar categorias e conceitos relacionados (PRODANOV; FREITAS, 2013). A abordagem qualitativa é particularmente relevante quando o objetivo é compreender os significados atribuídos a eventos ou fenômenos, como os efeitos adversos do propofol, e propor estratégias para mitigá-los.
Critérios de inclusão e exclusão
Foram incluídos artigos publicados entre 2000 e 2023, disponíveis em português, inglês e espanhol, que investigassem o uso do propofol em cães submetidos à anestesia de infusão contínua. Estudos que abordassem especificamente reações adversas, protocolos anestésicos e estratégias de manejo também foram considerados. Em consonância com Prodanov e Freitas (2013), a definição clara de critérios de inclusão e exclusão é essencial para assegurar a relevância e a confiabilidade das fontes selecionadas. Estudos que analisaram exclusivamente outras espécies ou que careciam de rigor metodológico foram excluídos.
Procedimentos de coleta de dados
A busca pelos artigos foi realizada em bases de dados reconhecidas, como PubMed, Scielo, Google Scholar e periódicos especializados, utilizando descritores como propofol, cães, reação adversa, infusão contínua e anestesia veterinária. Prodanov e Freitas (2013) destacam que a utilização de operadores booleanos, como “AND” e “OR”, é uma técnica eficaz para refinar os resultados e garantir que os dados coletados sejam diretamente relevantes ao problema de pesquisa.
Organização e análise dos dados
Os artigos selecionados foram organizados em uma matriz de dados, conforme sugerido por Prodanov e Freitas (2013), que recomendaram a categorização temática como estratégia para identificar padrões e divergências entre os estudos. As categorias utilizadas incluíram ano de publicação, tipo de estudo, efeitos adversos identificados e estratégias propostas para o manejo dos mesmos. Esses dados foram analisados de forma descritiva, com ênfase na relação entre os fatores clínicos e farmacológicos.
Fundamentação ética e científica
A revisão de literatura, conforme Prodanov e Freitas (2013), deve observar princípios éticos, como o respeito aos direitos autorais e a integridade acadêmica. Todas as citações e referências deste trabalho seguem as normas da ABNT, assegurando a credibilidade e a originalidade do estudo. Além disso, as informações foram apresentadas de maneira clara e objetiva, promovendo o avanço do conhecimento na área de anestesia veterinária.
Limitações da pesquisa
Como uma revisão de literatura, o estudo está limitado às informações disponíveis nas fontes revisadas e não realizou investigações experimentais. Prodanov e Freitas (2013) apontam que a diversidade de metodologias empregadas nos estudos revisados pode dificultar comparações diretas. No entanto, a triangulação de dados e o uso de múltiplas fontes foram aplicados para minimizar essas limitações e aumentar a validade das conclusões.
Com base nesse arcabouço metodológico, este estudo buscou sintetizar e analisar criticamente os achados da literatura sobre o tema, promovendo uma compreensão mais ampla das reações adversas ao uso do propofol em cães e propondo estratégias práticas para o manejo anestésico.
Resultados e Discussão
O quadro a seguir apresenta uma relação clara entre os títulos dos artigos, seus respectivos autores e as categorias temáticas, o que facilita a compreensão da contribuição de cada trabalho para diferentes aspectos relacionados ao uso do propofol em anestesia de infusão contínua. A estrutura permite identificar rapidamente os focos de estudo e os especialistas em cada área, sendo uma ferramenta útil para consultas e organização da fundamentação teórica.
Título do Artigo | Autores | Categorias |
Alterações cardiovasculares associadas ao propofol | Ferreira et al. (2008), Hatschbach et al. (2008), Boff et al. (2022) | Efeitos Cardiovasculares |
Impacto respiratório do propofol em infusão contínua | Lopes et al. (2007), Gasparini et al. (2009) | Efeitos Respiratórios |
Metabolismo e toxicidade do propofol em cães | Lopes (2009), Ferro et al. (2005) | Toxicidade e Metabolismo |
Adjuvantes no manejo anestésico com propofol | Gasparini et al. (2009), Boff et al. (2022) | Papel dos Adjuvantes |
Monitoramento avançado durante anestesia com propofol | Gasparini et al. (2009), Lopes et al. (2008) | Monitoramento Avançado |
Manejo individualizado de infusões contínuas de propofol | Fantoni e Cortopassi (2002) | Manejo Individualizado |
A organização do quadro reflete os princípios metodológicos descritos por Prodanov e Freitas (2013), que enfatizam a importância da categorização clara e objetiva das informações para facilitar a análise crítica de temas complexos. A separação em seis categorias temáticas oferece um panorama estruturado das áreas de estudo relacionadas ao uso do propofol, permitindo identificar padrões e lacunas de forma sistemática. Segundo os autores, essa sistematização é essencial para a interpretação eficiente de dados, especialmente em revisões literárias.
Prodanov e Freitas (2013) destacam que o agrupamento de informações em categorias temáticas é um recurso metodológico que amplia a compreensão de fenômenos específicos e suas inter-relações. O quadro demonstra essa abordagem ao dividir os tópicos em categorias como “Efeitos Cardiovasculares” e “Monitoramento Avançado”, mostrando como diferentes áreas do conhecimento contribuem para o entendimento global do tema. Além disso, o equilíbrio no número de categorias indica uma tentativa de cobrir amplamente o escopo do estudo, alinhado ao princípio de abrangência defendido pelos autores.
A repetição de autores como Gasparini et al. (2009) e Boff et al. (2022) em mais de uma categoria pode ser interpretada como um reflexo do conceito de “autoridade acadêmica”, discutido por Prodanov e Freitas (2013). Segundo eles, a frequência com que certos autores são citados em áreas distintas demonstra sua relevância e expertise, sendo um critério importante para identificar lideranças intelectuais em um campo de estudo.
Prodanov e Freitas (2013) explicam que a análise crítica deve identificar tanto os pontos fortes quanto as lacunas nos estudos disponíveis. No quadro, categorias como “Efeitos Cardiovasculares” e “Papel dos Adjuvantes” apresentam maior diversidade de autores, o que sugere uma abordagem mais robusta e diversificada na literatura. Por outro lado, áreas como “Manejo Individualizado”, com contribuição limitada a um único autor, podem refletir campos emergentes ou menos explorados, indicando oportunidades para pesquisa futura.
A interdependência entre as categorias, como observado entre “Efeitos Cardiovasculares”, “Efeitos Respiratórios” e “Monitoramento Avançado”, exemplifica o conceito de multidisciplinaridade discutido por Prodanov e Freitas (2013). Eles argumentam que a ciência avança ao integrar perspectivas distintas, especialmente em temas complexos como o manejo anestésico com propofol. Assim, o quadro não apenas organiza as informações existentes, mas também ressalta a necessidade de abordagens integradas.
De acordo com Prodanov e Freitas (2013), identificar lacunas na literatura é uma etapa fundamental em qualquer revisão de literatura. A menor representatividade de categorias como “Toxicidade e Metabolismo” pode indicar que essa área é subexplorada, demandando mais investigações científicas. Os autores sugerem que essas lacunas podem orientar pesquisadores a direcionar seus estudos para preencher essas deficiências.
Prodanov e Freitas (2013) ressaltam que a categorização e análise de dados devem ser úteis para informar práticas futuras e apoiar o avanço do conhecimento. O quadro cumpre esse objetivo ao organizar informações que podem servir de base para novos estudos, desenvolvimento de protocolos clínicos e formulação de hipóteses científicas. A sua estrutura facilita a consulta e a aplicação prática dos dados em diferentes contextos acadêmicos e profissionais.
A fundamentação teórica baseada em Prodanov e Freitas (2013) valida a abordagem metodológica utilizada na construção e análise do quadro. Ele segue os princípios de categorização, abrangência e crítica sistemática defendidos pelos autores, oferecendo uma ferramenta robusta para análise e planejamento de pesquisas futuras. A identificação de áreas bem exploradas e lacunas potenciais reforça sua relevância acadêmica e utilidade prática.
Análise das categorias
Efeitos Cardiovasculares
O propofol é amplamente reconhecido por suas propriedades anestésicas confiáveis, mas também é associado a efeitos adversos cardiovasculares significativos. Ferreira et al. (2008) destacam que a hipotensão é o efeito mais comum, resultado da redução na resistência vascular periférica e da diminuição na contratilidade miocárdica. Esses efeitos são exacerbados em cães com disfunções cardíacas preexistentes, especialmente durante infusões contínuas em doses elevadas. Além disso, o propofol apresenta um efeito inotrópico negativo, que, embora geralmente transitório, pode comprometer o débito cardíaco em pacientes vulneráveis. A administração cuidadosa da dose e o monitoramento contínuo dos parâmetros cardiovasculares, como a pressão arterial média e a frequência cardíaca, são fundamentais para minimizar riscos nesses cenários.
Hatschbach et al. (2008) relatam que a bradicardia é outro efeito adverso frequente observado em protocolos anestésicos que incluem propofol, especialmente quando associado a agonistas alfa-2, como a dexmedetomidina. Este efeito é mediado pelo aumento do tônus vagal, o que reduz a frequência cardíaca e pode levar a uma menor perfusão tecidual. Em cães saudáveis, a bradicardia geralmente é bem tolerada, mas em pacientes com condições como insuficiência cardíaca, pode resultar em episódios de síncope ou piora clínica. Para mitigar esses riscos, a administração de anticolinérgicos, como a atropina, é recomendada em situações onde a frequência cardíaca se torna criticamente baixa.
Boff et al. (2022) observaram que o uso concomitante de propofol e opioides, como o fentanil, pode potencializar os efeitos cardiovasculares adversos. Este protocolo combinado foi associado a episódios mais frequentes de hipotensão e bradicardia em cães durante cirurgias de longa duração. Embora a combinação de propofol com opioides seja eficaz para reduzir a dose total do anestésico e melhorar a analgesia, os efeitos cardiovasculares requerem manejo cuidadoso, incluindo o ajuste preciso da taxa de infusão e monitoramento hemodinâmico contínuo. O uso de fluidos intravenosos para manutenção do volume intravascular tem se mostrado eficaz para compensar a hipotensão induzida.
Gasparini et al. (2009) relataram que o impacto do propofol no sistema cardiovascular varia significativamente dependendo das condições clínicas do paciente e do protocolo anestésico empregado. Em cães saudáveis, as alterações cardiovasculares são geralmente leves e transitórias, enquanto em animais geriátricos ou com comorbidades, como hipertensão sistêmica, esses efeitos podem ser mais pronunciados e difíceis de manejar. Além disso, infusões prolongadas podem exacerbar os efeitos negativos sobre o débito cardíaco e a perfusão periférica. A escolha de adjuvantes que estabilizem a hemodinâmica e a implementação de protocolos individualizados são recomendadas para mitigar essas complicações em pacientes de alto risco.
Efeitos Respiratórios
O uso de propofol em infusão contínua está associado a uma depressão respiratória significativa, especialmente em cães submetidos a doses elevadas. Lopes et al. (2007) destacam que a apneia transitória é um dos efeitos adversos mais frequentes durante a indução anestésica. Essa condição é atribuída ao efeito depressor direto do propofol no sistema nervoso central, que reduz a sensibilidade dos quimiorreceptores ao dióxido de carbono e enfraquece a resposta ventilatória. Em cães saudáveis, essa apneia é geralmente reversível, mas em pacientes com disfunções respiratórias preexistentes, como a síndrome braquicefálica, pode se tornar uma complicação severa. A ventilação assistida é recomendada nesses casos para prevenir episódios de hipoxemia.
Gasparini et al. (2009) relataram que a frequência respiratória e a saturação de oxigênio frequentemente diminuem durante infusões contínuas de propofol. Esses efeitos são exacerbados pela administração concomitante de opioides, como o fentanil, que também deprimem o sistema respiratório. Para minimizar esses riscos, a suplementação de oxigênio é essencial, especialmente em protocolos combinados que envolvem propofol e analgésicos potentes. Além disso, o uso de capnografia para monitorar os níveis de dióxido de carbono expelido é fundamental para identificar precocemente alterações respiratórias e prevenir acidose respiratória.
Segundo Hatschbach et al. (2008), a depressão respiratória é particularmente preocupante em infusões contínuas de longa duração, onde a acumulação do anestésico pode levar a uma redução progressiva na amplitude dos movimentos respiratórios. Em pacientes geriátricos ou com doenças pulmonares, como enfisema ou fibrose, esses efeitos são mais pronunciados, exigindo ajustes rigorosos na taxa de infusão. A ventilação mecânica intermitente tem se mostrado eficaz em manter a oxigenação adequada e prevenir complicações relacionadas à hipóxia. Esses protocolos, embora mais complexos, aumentam a segurança anestésica em animais de alto risco.
Boff et al. (2022) relataram que, embora a depressão respiratória seja um efeito esperado do propofol, ela pode ser manejada de forma eficaz por meio de estratégias de pré-oxigenação antes da indução anestésica. Esse procedimento aumenta a reserva de oxigênio no paciente, permitindo maior tempo de intervenção em casos de apneia. Em cães saudáveis, a administração cuidadosa de doses fracionadas durante a indução pode reduzir a incidência de apneia. No entanto, é essencial que os profissionais estejam preparados para lidar com emergências respiratórias, especialmente em cães com comprometimento pulmonar ou em situações de infusões prolongadas.
Toxicidade e Metabolismo
O metabolismo do propofol ocorre principalmente no fígado, onde é rapidamente convertido em metabólitos inativos que são excretados pelos rins. Contudo, pacientes com disfunções hepáticas ou renais apresentam maior risco de toxicidade acumulativa, especialmente durante infusões contínuas. Lopes (2009) enfatiza que, em cães com insuficiência hepática, o metabolismo do propofol é reduzido, levando ao acúmulo de metabólitos que podem causar acidose metabólica. Esse efeito é amplificado em infusões prolongadas, o que exige ajuste rigoroso da taxa de infusão e monitoramento constante dos parâmetros metabólicos. Em cães saudáveis, a rápida eliminação do propofol minimiza os riscos de toxicidade, mas a segurança diminui significativamente em condições de comprometimento metabólico.
Ferro et al. (2005) destacam que a toxicidade do propofol é dose-dependente, sendo mais frequentemente observada em protocolos que utilizam altas taxas de infusão. Em experimentos conduzidos com cães, os autores observaram que doses superiores a 6 mg/kg/min resultaram em alterações significativas na função hepática e renal. Os efeitos incluem elevação das enzimas hepáticas e redução da taxa de filtração glomerular, indicando que a administração prolongada pode causar lesões hepáticas e renais em animais predispostos. Esses achados reforçam a necessidade de individualização das doses com base no estado clínico do paciente.
Boff et al. (2022) observaram que cães geriátricos são especialmente vulneráveis aos efeitos tóxicos do propofol devido à redução da capacidade metabólica associada à idade. Em infusões contínuas, esses animais apresentaram maior incidência de acidose metabólica e tempo prolongado de recuperação anestésica. Além disso, em cães geriátricos com doenças concomitantes, como insuficiência renal crônica, os efeitos tóxicos podem se manifestar mesmo em doses moderadas. Para esses pacientes, Ferro et al. (2005) recomendam o uso de protocolos combinados, que permitem reduzir a dose total de propofol enquanto mantêm a eficácia anestésica.
Segundo Gasparini et al. (2009), estratégias como a utilização de adjuvantes podem mitigar os riscos de toxicidade associados ao propofol. Por exemplo, a combinação com dexmedetomidina não apenas reduz a dose necessária do anestésico, mas também melhora a estabilidade hemodinâmica, diminuindo a sobrecarga metabólica. Contudo, os autores alertam para o fato de que o uso de adjuvantes pode introduzir novos desafios, como a bradicardia. O monitoramento avançado, incluindo análise de gases arteriais e enzimas hepáticas, é indispensável para detectar precocemente sinais de toxicidade metabólica, especialmente em protocolos prolongados e em animais com condições clínicas comprometidas.
Papel dos Adjuvantes
A utilização de adjuvantes na anestesia com propofol é uma estratégia amplamente empregada para reduzir a dose necessária do anestésico e mitigar seus efeitos adversos. Gasparini et al. (2009) destacam que a dexmedetomidina, um agonista alfa-2 adrenérgico, é uma das opções mais eficazes. Este fármaco promove sedação e analgesia, permitindo uma significativa redução da dose de propofol necessária para manutenção anestésica. Contudo, a dexmedetomidina também é associada a bradicardia e hipertensão dose-dependente, efeitos que exigem monitoramento rigoroso da frequência cardíaca e da pressão arterial. Em cães saudáveis, essas alterações são geralmente bem toleradas, mas em pacientes com disfunções cardiovasculares, ajustes na dose são indispensáveis.
Boff et al. (2022) observaram que o tramadol, um analgésico opioide, é outro adjuvante amplamente utilizado. Em protocolos combinados com propofol, o tramadol proporcionou analgesia adequada e reduziu significativamente a dose de propofol necessária durante cirurgias prolongadas. Além disso, o tramadol apresentou menor impacto hemodinâmico em comparação aos opioides tradicionais, como o fentanil. Essa característica torna o tramadol uma escolha preferencial em pacientes de alto risco hemodinâmico, como cães geriátricos ou com cardiopatias. No entanto, o uso do tramadol deve ser feito com cautela devido ao seu potencial de causar náuseas e vômitos em alguns pacientes.
Santos et al. (2021) relataram que os opioides, como o fentanil, são frequentemente usados como adjuvantes em protocolos com propofol devido à sua potente ação analgésica. O fentanil reduz a dose de propofol necessária para alcançar a anestesia, mas também potencializa a depressão respiratória, aumentando o risco de apneia, especialmente durante a indução anestésica. Nesses casos, a ventilação assistida é indispensável para garantir a segurança do paciente. Além disso, é importante ajustar cuidadosamente a dose de fentanil para evitar interações farmacológicas que possam comprometer a recuperação anestésica.
Segundo Hatschbach et al. (2008), os benzodiazepínicos, como o midazolam, também desempenham um papel importante como adjuvantes em protocolos com propofol. O midazolam promove sedação estável e reduz a dose de propofol necessária para a indução e manutenção anestésica. Contudo, o uso de benzodiazepínicos está associado ao prolongamento do tempo de recuperação, especialmente em cães geriátricos ou debilitados. Além disso, sua administração pode levar a episódios de excitação paradoxal em alguns pacientes, exigindo cuidado na seleção e ajuste da dose. Em geral, a escolha do adjuvante ideal deve levar em conta as condições clínicas do paciente e os objetivos anestésicos do procedimento.
Monitoramento Avançado
O monitoramento avançado durante a anestesia com propofol é essencial para garantir a segurança do paciente e prevenir complicações associadas aos efeitos adversos do fármaco. Segundo Gasparini et al. (2009), o uso de ferramentas como capnografia e oxímetro de pulso é indispensável para avaliar a função respiratória e detectar precocemente eventos de hipoxemia e apneia. A capnografia fornece informações em tempo real sobre a ventilação alveolar, permitindo ajustes imediatos na ventilação assistida, especialmente em infusões contínuas. Em cães submetidos à anestesia prolongada, essa prática tem se mostrado eficaz na redução de complicações respiratórias e na melhora da oxigenação.
Boff et al. (2022) destacam que o monitoramento da pressão arterial é uma medida fundamental para avaliar a estabilidade hemodinâmica durante infusões contínuas de propofol. A hipotensão é um efeito adverso frequente e, se não tratada, pode comprometer a perfusão tecidual e levar a disfunções orgânicas. A monitorização não invasiva da pressão arterial é amplamente utilizada, mas a medição invasiva é recomendada em pacientes críticos ou submetidos a cirurgias de alta complexidade. Além disso, a reposição de fluidos intravenosos e o uso de agentes vasopressores são estratégias indicadas para restaurar a estabilidade cardiovascular.
Segundo Lopes et al. (2008), o índice biespectral (BIS) é uma ferramenta útil para monitorar a profundidade anestésica em pacientes submetidos à infusão contínua de propofol. O BIS analisa a atividade elétrica cerebral, oferecendo um parâmetro objetivo para ajustar a dose do anestésico. Em cães, o uso do BIS ajuda a evitar tanto a subdosagem, que pode levar a despertar durante o procedimento, quanto a superdosagem, que aumenta o risco de depressão respiratória e cardiovascular. Sua implementação, embora ainda limitada em algumas práticas veterinárias, representa um avanço significativo no manejo anestésico.
Fantoni e Cortopassi (2002) enfatizam a importância de um monitoramento individualizado, que considere as condições clínicas e os fatores de risco de cada paciente. Parâmetros adicionais, como temperatura corporal, frequência cardíaca e análise de gases arteriais, são essenciais para a detecção precoce de desequilíbrios metabólicos e respiratórios. Em infusões prolongadas de propofol, a análise de lactato sérico pode identificar sinais iniciais de acidose metabólica, permitindo intervenções precoces. O monitoramento contínuo e avançado não apenas melhora a segurança do paciente, mas também otimiza os resultados anestésicos e reduz o risco de complicações graves.
Manejo Individualizado
O manejo individualizado é essencial para garantir a segurança e eficácia das infusões contínuas de propofol em cães, considerando as condições clínicas únicas de cada paciente. Fantoni e Cortopassi (2002) destacam que a avaliação pré-anestésica completa é o primeiro passo para desenvolver um protocolo ajustado às necessidades do paciente. Fatores como idade, peso, estado nutricional e presença de comorbidades devem ser considerados ao determinar a dose inicial e a taxa de infusão do propofol. Em cães geriátricos ou debilitados, doses mais baixas e infusões fracionadas são recomendadas para minimizar o risco de toxicidade e prolongar o tempo de recuperação anestésica.
Hatschbach et al. (2008) relatam que o ajuste da taxa de infusão é fundamental para reduzir os efeitos adversos do propofol, especialmente em pacientes com condições cardiovasculares ou respiratórias preexistentes. Cães com insuficiência cardíaca, por exemplo, exigem taxas de infusão mais baixas para evitar hipotensão severa e bradicardia. Da mesma forma, pacientes com doenças respiratórias, como a síndrome braquicefálica, podem necessitar de suporte ventilatório adicional durante a anestesia. Esses ajustes requerem monitoramento contínuo e a capacidade de adaptar o protocolo conforme a resposta do paciente.
Gasparini et al. (2009) enfatizam a importância de considerar as interações medicamentosas ao planejar um protocolo individualizado. A combinação de propofol com adjuvantes, como dexmedetomidina ou tramadol, pode reduzir a dose necessária do anestésico, mas também introduz novos desafios. Por exemplo, a dexmedetomidina pode causar bradicardia e hipertensão, enquanto o tramadol pode induzir náuseas em alguns pacientes. O manejo desses efeitos requer uma compreensão detalhada das interações entre os fármacos e o estado clínico do paciente. Protocolos combinados devem ser cuidadosamente ajustados para maximizar os benefícios e minimizar os riscos.
Segundo Boff et al. (2022), o manejo individualizado deve incluir estratégias de monitoramento avançado para detectar precocemente sinais de complicações. Parâmetros como pressão arterial, frequência cardíaca, saturação de oxigênio e análise de gases sanguíneos são indispensáveis para avaliar a resposta do paciente à anestesia. Em infusões prolongadas, a avaliação periódica da função hepática e renal pode identificar sinais iniciais de toxicidade metabólica, permitindo intervenções precoces. O manejo individualizado não apenas melhora a segurança anestésica, mas também otimiza o conforto e a recuperação do paciente, demonstrando ser uma prática indispensável na anestesia veterinária.
Considerações Finais
O presente estudo teve como objetivo analisar as reações adversas associadas ao uso de propofol em infusão contínua em cães, com foco nos fatores predisponentes, nos mecanismos envolvidos e nas estratégias de manejo clínico. A revisão da literatura permitiu identificar que, embora o propofol seja amplamente utilizado na prática veterinária devido à sua eficácia e segurança relativa, seus efeitos adversos podem ser significativos e dependem de diversos fatores, incluindo a condição clínica do paciente, a dose administrada e a duração da infusão.
Entre os principais achados, destacam-se os efeitos cardiovasculares, como hipotensão e bradicardia, frequentemente associados à redução da resistência vascular periférica e à interação com adjuvantes. Os efeitos respiratórios, como depressão e apneia transitória, também foram amplamente documentados, particularmente durante a indução anestésica. Além disso, a toxicidade cumulativa e alterações metabólicas, como acidose metabólica, foram identificadas em infusões prolongadas, especialmente em pacientes com disfunções hepáticas ou renais. A utilização de adjuvantes mostrou-se uma estratégia eficaz para reduzir a dose de propofol necessária, mas exige um planejamento cuidadoso para evitar complicações adicionais. O monitoramento avançado e individualizado foi reiteradamente citado como indispensável para minimizar riscos e otimizar os resultados anestésicos.
Entretanto, este estudo apresenta limitações inerentes ao método de revisão de literatura. A dependência de fontes secundárias implica que os achados estejam restritos às informações disponíveis nos estudos revisados, sem a possibilidade de análise experimental direta. A heterogeneidade dos protocolos anestésicos descritos na literatura também limita a comparação direta entre os resultados. Além disso, a maior parte dos estudos revisados concentra-se em cães saudáveis, deixando uma lacuna de conhecimento sobre os efeitos do propofol em populações específicas, como cães geriátricos ou com comorbidades graves.
Perspectivas para futuras pesquisas incluem a realização de estudos clínicos controlados que explorem a interação do propofol com diferentes adjuvantes, além de investigações mais aprofundadas sobre os mecanismos de toxicidade metabólica e estratégias para mitigá-los. Estudos em grupos específicos, como cães com doenças crônicas ou condições clínicas críticas, também são necessários para ampliar o conhecimento e aprimorar os protocolos anestésicos. Por fim, o desenvolvimento de tecnologias avançadas de monitoramento poderia contribuir significativamente para a segurança e eficácia do uso do propofol na anestesia veterinária. O manejo cuidadoso e embasado na literatura continuará sendo essencial para otimizar a prática anestésica e melhorar os desfechos clínicos em cães submetidos a infusões contínuas de propofol.
Referências
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1Acadêmica de Medicina Veterinária-UNAMA – E-mail: xdlaianeborges@gmail.com