PSICOLOGIA ESCOLAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO EM ESCOLA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

SCHOOL PSYCHOLOGY: REPORT OF INTERN SHIP EXPERIENCE IN A SPECIAL EDUCATION SCHOOL

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10139600


Damar de Souza Carvalho1
Helen Rimet Alves de Almeida2


RESUMO

O presente estágio de Psicologia Escolar e Educacional teve como objetivo entender mais sobre as dificuldades na aprendizagem das pessoas com transtorno mental, bem como as suas especificidades, individualidade e as perspectivas para um melhor desempenho do desenvolvimento cognitivo. O quanto é importante o psicólogo no ambiente escolar saber e entender sobre tais pontos para atuar na educação especial. Este relatório apresenta algumas estratégias usadas para auxílio no atendimento a demanda de estudantes, em seu ambiente escolar, com transtorno mental através de dinâmicas com numerais, materiais didáticos recicláveis, interação com elementos do cotidiano, objetivando o aprendizado e o desenvolvimento motor e cognitivo, identificando cada limitação de forma individualizada. Dessa forma, quando um deficiente mental é estimulado pedagogicamente, isso pode amenizar, ter uma evolução, nas dificuldades da aprendizagem. O Transtorno mental não é transtorno psicológico isolado, mas sim um conjunto de condições diversas, que levam a criação de processos adaptativos para cada necessidade.

Palavras-chave: Transtorno mental. Desenvolvimento cognitivo. Psicologia Escolar.

ABSTRACT

This School and Educational Psychology internship aimed to understand more about the learning difficulties of people with mental disorders, as well as their specificities, individuality and the prospects for better performance in cognitive development. How important it is for psychologists in the school environment to know and understand these points to work in special education. This report presents some strategies used to help meet the demands of a student, in their school environment, with a mental disorder through dynamics with numerals, recyclable teaching materials, interaction with everyday elements, aiming at learning and motor and cognitive development, identifying each limitation individually. In this way, when a mentally disabled person is pedagogically stimulated, this can alleviate, progress in, learning difficulties. Mental disorder is not an isolated psychological disorder, but rather a set of diverse conditions, which lead to the creation of adaptive processes for each need.

Keywords: Mental disorder. Cognitive development. School Psychology.

INTRODUÇÃO

O presente relatório foi um projeto de intervenção de estágio supervisionado em educação escolar, que teve por objetivo mostrar as dificuldades dos discentes com transtorno mental e déficit de desenvolvimento cognitivo, bem como suas particularidades, perspectivas, limitações e a capacidade escolar de adaptação a suas necessidades.

Segundo Dumas (2011), o retardo mental ou deficiência intelectual, implica características diversas em que a criança ou o adolescente tem um funcionamento intelectual nitidamente inferior à média, com início anterior aos 18 anos, o que prejudica sua adaptabilidade em vários aspectos importantes. Os esforços sistemáticos de definir a deficiência intelectual estão ligados historicamente a democratização da educação e a uma de suas principais consequências: o fracasso escolar.

A psicologia Escolar atua de forma indispensável para compreender e intervir na aprendizagem didática e comportamental, bem como interações sociais, para promoção do bem estar da saúde mental, fortalecendo diagnósticos e estabelecendo prevenções. As atividades desenvolvidas foram dinâmicas e adaptativas de acordo com as dificuldades de cada aluno, envolvendo numerais, materiais recicláveis, observação de interações sociais, estímulos a coordenação motora e cognitiva, utilizando-se também percepções de cores primárias, com critérios de repetições para fixação do conteúdo administrado.

O estágio proporcionou uma maior reflexão do papel da atuação da Psicologia Escolar, que tem como função principal a promoção da saúde e de apoio ao desenvolvimento cognitivo e social de pessoas com transtorno mental. Em termos de perspectivas de atuação do psicólogo em variadas áreas da instituição escolar tem como objetivo promover um ambiente dinâmico, dando ao profissional a oportunidade de utilizar sua criatividade, mantendo uma relação harmoniosa entre a psicologia e a educação, a fim de promover a inclusão social.

Dessa forma, objetivou-se compreender sobre o seguimento da educação especial, para então, definir as dificuldades de aprendizagem do aluno com transtorno mental, seus comportamentos e a criação de processos adaptativos para promoção da inclusão social no ambiente escolar.

1. DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Nos primórdios da história, os comportamentos tidos como anormais não eram bem vistos na sociedade, com isso a cultura formalizada pelo preconceito excluiu as pessoas com transtorno mental, que eram vistas como coisas malignas de cunho sobrenatural que não tinham explicação dentro da normalidade. Assim, na Idade Média ao século XVIII, as pessoas com retardo mental foram, antes de tudo, objeto de rejeição social nas sociedades europeias. Seu estado era considerado como um castigo divino do qual era preciso se proteger (DUMAS, 2011).

Conforme descrito por Amiralian (1986), no advento do Renascimento ocorreu um grande avanço do conhecimento científico e da medicina, com a preocupação em encontrar soluções para os transtornos relacionados a deficiência mental. No final do séc. XVIII, Pinel modificou a estrutura dos hospitais psiquiátricos. A partir daí iniciou- se, do ponto de vista histórico, uma atitude humanitária e governamental para com o deficiente e, mais especificamente, com o deficiente mental. Nesta época surgiram pesquisas que objetivaram estudar as causas da deficiência mental, aliando-se ao desenvolvimento da educação e da psicologia.

Assim, os transtornos neurocognitivos são apontados como uma condição neurológica que afeta de forma permanente ou por um tempo significativo as funções cognitivas como memória, atenção, evocação, linguagem, orientação temporal e espacial, levando a inibir comportamentos de acordo com a classificação desses transtornos. Pesquisadores e clínicos costumam propor uma distinção entre os déficits de origem social, cultural ou familiar.

A dificuldade na aprendizagem pode ser definida como um transtorno do neurodesenvolvimento que impede a aprendizagem e as habilidades acadêmicas específicas, apontando prejuízos na leitura, na escrita e na matemática (DSM-V, 2014). Muitos estudiosos compreendem a dificuldade de aprendizagem como aquelas que têm suas raízes em experiências ambientais, e os transtornos de aprendizagem têm suas raízes em aspectos de neurodesenvolvimentos. (Silva, 2021).

Dumas (2011), afirma que a deficiência intelectual não é propriamente um transtorno psicológico isolado, mas um conjunto de condições diversas com três fatores afins: a criança ou adolescente apresenta um funcionamento intelectual nitidamente inferior à média; esse funcionamento prejudica sua adaptabilidade em diferentes aspectos importantes; o transtorno manifesta-se antes dos 18 anos, em geral durante a primeira infância ou em etapas superiores. Caracteriza-se, na verdade, por um desenvolvimento limitado das faculdades intelectuais e do funcionamento adaptativo da criança ou do adolescente.

Segundo este autor, existem quatro níveis de gravidades da deficiência intelectual, sendo eles, leve, moderado, grave e profundo e que, os mesmos precisam ser investigados e classificados, para serem enquadrados de acordo com suas necessidades especificas, tendo em vista que, cada indivíduo tem capacidade de desenvolver autonomia pessoal, aprender a executar tarefas simples ou complexas conforme o meio em que vive ou mesmo o nível cognitivo (DUMAS, 2011). No presente estágio foi possível observar que cada estudante tinha uma certa dificuldade diferenciada na forma de aprendizado.

As dificuldades apresentadas conforme o nivelamento da deficiência intelectual apresenta-se no comportamento social, na linguagem, na autonomia pessoal e motricidade, levando ao desânimo do indivíduo que pensa ser incapaz de aprender, principalmente quando as metodologias de ensino tornam-se monótonas, ou seja, sem técnicas variadas de repetição, em que o aluno fica desmotivado, acentuando ainda mais a defasagem cognitiva.

Conforme a Constituição Federal, a Educação Especial apresenta-se definida na lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, como modalidade que engloba todas as etapas e níveis de ensino, desvinculando a educação especial da escola especial beneficiando todos os educandos, fazendo-se necessário políticas de inclusão não apenas na educação mais também nas escolas, integrando o sistema educacional aos serviços de apoio, promovendo as relações de ensino e aprendizagem com metodologias diferenciadas e com base nas diretrizes de ensino nacional, com ênfase na formação de profissionais da educação para fortalecer o enfrentamento das diferentes situações no processo de ensinar. Outro ponto importante, são as adequações do educador com a equipe multidisciplinar envolvendo psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e assistente social, em uma busca por facilitação da aprendizagem e inclusão no ambiente escolar.

Sendo assim, percebe-se que o papel do profissional de psicologia no contexto escolar vem contribuindo de forma bastante relevante no processo inclusivo, atuando em diferentes níveis de escolarização contribuindo com seus conhecimentos e práticas na orientação aos professores, alunos, pais e a comunidade escolar, oferecendo subsídios teóricos e metodologia apropriada para a realização da inclusão destes alunos nas escolas regulares.

A participação do psicólogo nas escolas é sem dúvida, bastante relevante no sentido de promover a cidadania diminuindo o distanciamento entre família, escola e a sociedade. Esse profissional, em contexto educacional, seja formal (escolas), não formal (ONGs) e/ou informal, tem o papel de contribuir com o processo de ensino aprendizagem, bem como com o desenvolvimento da criança e do adolescente, podendo ser sua atuação com diferentes públicos dentro desses ambientes, como: a) alunos/ educandos, b) professores/ educadores, c) pais ou responsáveis e/ou d) comunidade escolar/ educacional. Sendo as ações de diferentes maneiras, formatos e, ainda, podendo utilizar de diferentes ferramentas (atividades, dinâmicas, filmes, teatro, histórias etc), porém, muitas vezes, surgem nesse cenário demandas específicas (SILVA, 2021).

Oltramari, Feitosa e Gesser (2020) formularam um debate sobre a importância da psicologia escolar e educacional nas escolas, enfatizando que desde a promulgação em dezembro 2019 da Lei nº 13.935, disponibilizando sobre os serviços de psicologia e serviço social nas escolas de rede pública de educação básica, caracterizando melhorias do ensino e aprendizagem, com suporte profissional por meio da legalidade compondo uma nova realidade nas escolas. Apesar de que tudo isso são apenas caminhos a serem percorridos na batalha por uma educação de qualidade tanto no âmbito escolar como na formação dos profissionais voltados para educação e inclusão.

Na perspectiva atual os profissionais de psicologia escolar estão contribuindo de forma extraordinária oferecendo suportes aos professores da educação regular com inclusão de alunos especiais, por meio da coleta de dados que são associados as crianças especiais, apontando as dificuldades interpessoais e ambientais que interferem na aprendizagem, desenvolvendo planos de intervenção e estratégias que oferecem bons resultados para todos os envolvidos no processo de inclusão. Quando o psicólogo escolar atua efetivamente no ambiente escolar, é nítido a melhoria do processo de aprendizagem tanto dos alunos especiais quanto contribuindo para uma atuação eficiente de todos os profissionais envolvidos.

Material e Métodos

Foram realizadas ações com estudantes matriculados na sala 2, com faixa etária de 15 a 39 anos, no período vespertino de uma escola de educação especial de Porto Velho/RO. As salas de aula possuem um ambiente pequeno climatizado e enfeitado com figuras e letras do alfabeto, contém nove alunos matriculados na turma observada.

O estágio supervisionado iniciou-se com a visita observacional com a finalidade de conhecimento da escola, bem como dos trabalhadores, professores e alunos. As atividades foram realizadas com dinâmicas diversificadas objetivando o conhecimento de numerais de 0 a 10, utilizando materiais recicláveis em papelão em formas de boneco e flor, pregadores de roupas de madeira, tampas de caixa de leite líquido com os números, pincel, frutas, garrafinhas pet, balas de gomas coloridas com sabores variados, palitos de picolé. Uma das formas de interação foi realizada com bolas de isopor pequenas e um balde para os participantes desenvolverem um jogo com as bolinhas no balde, fazendo a contagem e estimulando a coordenação motora. Todas as dinâmicas tinham como objetivo promover a interação social e o desenvolvimento motor e cognitivo.

No primeiro dia de prática de estágio, ocorreu a visita de apresentação e observação a escola, objetivando o conhecimento, a estrutura física, os colaboradores, professores e alunos. A secretária da escola, apresentou os estudantes durante o intervalo recreativo.

Percebeu-se que os alunos tem apoio familiar. A professora usou, nesse dia, para ensiná-los, cópias de figuras para alguns deles, e outros desenhos para pintar ou desenhar. Conforme informado pela professora poucos conseguem fazer o próprio nome sobre cobertura, também foi usado massa de modelar para reproduzir figuras. Foi observado adequação para cada aluno, respeitando de forma individualizada suas limitações.

Durante a segunda visita de estágio, foi realizada uma dinâmica para o conhecimento de números, atendendo uma indicação da docente da turma, devido as dificuldades que os alunos tem principalmente com as questões matemáticas por possuírem graus entre médio e elevado de deficiência intelectual, o que dificulta o armazenamento de informações ou mesmo impossibilitando tais codificações.

Com o objetivo de utilizar diversas fontes de informações numéricas de 0 a 10, foi utilizado materiais recicláveis em formas de boneco e flor de material em papelão, pregadores de roupas de madeira, tampas de caixa de leite líquido com os números, pincel e frutas. O aluno sorteava um número e reconhecia-o, preenchendo a respectiva quantidade utilizando os pregadores na cabeça do boneco como se fossem cabelos e na flor em forma de folhas e frutas como recompensas, sempre fazendo uso da repetição e contagem para que facilitasse uma melhora no armazenamento das informações.

Na sala, continham 6 (seis) alunos, 3 (três) deles, quando os números de 0 a 10 foram copiados no quadro da sala, ao término da dinâmica, conseguiram lembrar o número que havia sorteado. O que foi muito proveitoso, tendo em vista a dificuldade que eles tem em guardar as informações.

No terceiro dia de estágio, foi realizado uma dinâmica de contagem de números utilizando bolas de isopor pequenas e um balde para os mesmos jogarem as bolinhas no balde fazendo a contagem e estimulando a coordenação motora.

No quarto dia, o trabalho foi de observação da interação social dos alunos com alguns jogadores do time de futebol oficial de Porto Velho, conduzindo os jogos, ocorrendo também a distribuição de cestas básicas.

No quinto dia de visita, ocorreu o evento da Páscoa, proporcionando atividades recreativas, desenvolvendo a coordenação motora através de jogos e pinturas. Em um segundo momento durante a sexta visita, ocorreu uma dinâmica de contagem de números utilizando palitos de picolé em quantidades de cinco unidades para cada aluno. Primeiramente foi pedido para que eles pintassem a quantidade de cinco palitos com as cores primárias, em seguida os números de 1 a 5 foram colocados frente a cinco copos descartáveis depositando os palitos dentro de cada copo de acordo com os números posicionados em frente, fazendo a contagem e estimulando a memória.

Durante a sétima atividade do estágio, foi realizada uma dinâmica de intervenção com garrafinhas pet, numerais e balas de gomas coloridas com sabores variados. Foi solicitado para que cada um deles higienizassem as mãos com álcool em gel, após, foram entregues uma garrafinha e as bolinhas de goma para cada aluno para que fizessem a contagem colocando as balas dentro da garrafinha, eles fizeram a contagem e ficaram muito animados com a possibilidade de encher a sua garrafinha de doces pois sabiam que quanto mais contassem os números maior seria a quantidade que receberiam.

A oitava atividade do estágio, na sala de aula, foi realizada uma dinâmica de intervenção com palitos, numerais variados. Foi pedido para cada um deles que fizessem a contagem com os palitos e estimulando-os a lembrarem das cores que eles haviam pintado semanas atrás. Foi muito satisfatório, muitos deles lembraram com veemência a cor que havia pintado.

Durante a nona visita, foi revisado a didática de aprendizagem dos numerais de 0 a 10, com processo de repetição para fixação dos numerais.

No último dia de estágio, na sala de aula, os alunos confeccionaram um cartão colorido para o dia das mães, eles estavam bastante animados e empolgados com a atividade fazendo bolinhas de papel crepom colorido e colando no papel cartão com um lacinho, para ser entregue em homenagem as mães. Em um segundo momento, os alunos foram encaminhados para a quadra onde foi realizado a aula de dança, quase todos participaram sempre procurando acompanhar os movimentos ensinados pelo professor, trabalhando a coordenação motora e cognitiva melhorando significativamente, dia após dia, o seu aprendizado.

Resultados

Buscando utilizar diversas fontes de informações numéricas, foram utilizandos vários materiais e dinâmicas recreativas, a fim de facilitar a memorização e a aquisição do conhecimento. Foi observado uma certa limitação de alguns alunos referentes a cada método aplicado. Alguns apresentaram uma facilidade em relação ao aprendizado maior que os outros. Com a caracterização dos níveis de transtorno mental, de moderado a grave, foi observado limitações de cada indivíduo e trabalhado de forma individualizada o processo educacional, redirecionando o planejamento de acordo com a necessidade do aluno.

Durante o desenvolvimento do projeto, ocorreu uma adaptação e percepção de situações em que o aluno se mostrou, por vezes, com certa habilidade emocional, tornando-se não colaborativo, para a dinâmica aplicada. Porém, com a aplicação do método rapport, que se caracteriza por uma técnica com a finalidade de criar empatia com as outras pessoas, possibilitando gerar certo grau de confiança durante a comunicação, tornou o aluno mais receptivo e capaz de interagir com o examinador, o que favoreceu os processos educativos diversificados.

Com a aplicação em campo de estágio, foi adquirido em prática o papel e a importância da atuação do psicólogo no ambiente escolar, interagindo como parte da equipe multidisciplinar na educação, bem como suporte ao educador para o planejamento individual. O presente estágio proporcionou a caracterização dos alunos, com o reconhecimento de níveis de transtorno mental, envolvendo formas de adaptação aos diferentes níveis e estimulando o princípio ético profissional. A aplicação prática proporcionou o desenvolvimento de revisões bibliográficas para o enriquecimento de técnicas facilitadoras da educação especial.

Os dados e argumentos apresentados neste trabalho indicam que a compreensão do papel das múltiplas formas de mediação pode, efetivamente, contribuir com a melhoria do trabalho pedagógico realizado nas escolas e demais instituições que fazem atendimento aos alunos com deficiência mental.

2. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O transtorno mental além de ser um diagnóstico patológico, emite também um julgamento social deste grupo de indivíduos que por caracterização histórica era excluído do convívio com a sociedade.

Quanto a importância da atuação da Psicologia Escolar, destaca-se também na promoção da saúde e inclusão social na educação especial. A atuação do psicólogo nas áreas da instituição escolar tem como objetivo promover um ambiente facilitador, adaptativo, favorecendo um suporte ao educador dando a oportunidade de utilizar sua criatividade, mantendo uma relação harmoniosa entre a psicologia e a educação, promovendo a qualidade de ensino e integralidade na assistência ao aluno especial.

A participação prática, trouxe a vivencia das dificuldades e limitações de ensino de alunos com transtorno mental. Também propiciou, às acadêmicas de psicologia, vivenciar processos dinâmicos criados pela equipe pedagógica da insituição para proporcionar a fixação do conteúdo, com a finalidade de aprendizagem, bem como a necessidade de elaboração de novas estratégias intervencionistas individualizadas.

O presente estágio, estimulou o conhecimento específico para a importância da inclusão social e educacional deste grupo e evidenciou que a mediação pedagógica é mais significativa e eficiente quando resulta na combinação de estratégias variadas e orientadas em função das dificuldades e potencialidades dos sujeitos e da situação- problema. O que ainda é um caminho a ser percorrido devido a deficiência nas redes de serviços de inclusão educacional e também no que diz respeito a qualidade de vida dos cidadãos.

REFERÊNCIAS

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DUMAS, Jean E. Psicopatologia da infância e da adolescência. Porto Alegre: Artmed, 2011.

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GOMES, Adriana L. Limaverde Gomes, FERNANDES Anna Costa e MONTOAN Maria Teresa Eglér. Atendimento Educacional Especializado Deficiência Mental. Brasília DF Editora Cromos, 2007.

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SILVA, Talita Fernanda D. Caracterização e atuação do psicólogo na escola. Disponível em: Minha Biblioteca, Editora Saraiva, 2021.


1Acadêmica do curso de Psicologia da Faculdade Unisapiens. E-mail: damar- souza@hotmail.com

2Prof.ª Dra. Helen Rimet Alves de Almeida. Professora do curso de Psicologia da Faculdade Unisapiens. E-mail: helen.almeida@gruposapiens.com.br