REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10090495
Viviane Soares de Lima1
Samuel Reis e Silva2
RESUMO
O consumo de pornografia tem sido uma prática ao longo dos séculos, manifestando-se em diversas formas, como literatura, artes, pinturas, teatro, revistas e mídias tecnológicas. No entanto, a associação do sexo com obscenidade e a visão negativa em torno da pornografia têm trazido problemas sociais e pessoais para seus consumidores. Esta pesquisa tem como objetivo principal sintetizar a psicologia da sexualidade e sua relação com o discurso sexual, bem como explorar os aspectos negativos do uso excessivo de pornografia, incluindo seu impacto no comportamento sexual humano, os riscos de desenvolvimento de vício nesse tipo de conteúdo, as disfunções sexuais às quais o indivíduo pode estar exposto e os malefícios biológicos e psicológicos associados. Para isso, será realizada uma revisão bibliográfica, analisando artigos científicos, pesquisas e livros sobre vício em pornografia, com o objetivo de obter observações detalhadas sobre o tema. A partir dessa análise inicial, é possível inferir que a psicologia da sexualidade, o sexo e a pornografia estão interligados e influenciam-se mutuamente de forma cultural, acarretando consequências físicas, emocionais, psicológicas e sociais para os indivíduos viciados em pornografia.
Palavras-chave: Pornografia. Vício. Disfunções Sexuais. Educação Sexual.
ABSTRACT
Pornography consumption has been a practice for centuries, manifesting itself in various forms, such as literature, arts, paintings, theater, magazines and technological media. However, the association of sex with obscenity and the negative view surrounding pornography bring social and personal problems to its consumers. This research’s main objective is to synthesize the psychology of sexuality and its relationship with sexual discourse, as well as to explore the negative aspects of excessive use of pornography, including its impact on human sexual behavior, the risks of developing addiction to this type of content, the sexual dysfunctions to which the individual may be exposed and the associated biological and psychological harm. To this end, a bibliographical review will be carried out, analyzing scientific articles, research and books on pornography addiction, with the aim of obtaining current observations on the topic. From this initial analysis, it is possible to infer that the psychology of sexuality, sex and pornography are interconnected and influence each other in a cultural way, causing physical, emotional, psychological and social consequences for individuals addicted to pornography.
Keywords: Pornography. Addiction. Sexual Dysfunctions. Sex Education.
INTRODUÇÃO
O consumo excessivo em pornografia é um problema real, mas ocultado pelos paradigmas relacionados ao sexo, assim, faz-se de suma importância perceber como o vício se insere na vida individual dos sujeitos, como ele atinge o social, como suas variáveis percepções implicam nos pensamentos, valores e princípios diferentes, e que de alguma forma atinge as relações e comportamentos humanos. Portanto buscou-se reunir dados sobre o assunto, a fim de relevar as consequências do mau hábito em conteúdos sexuais adultos, isto é, demonstrando de forma clara como se desenvolvem as atitudes sexuais inadequadas, a objetificação dos corpos, o aprendizado sexual incongruente e os possíveis danos cerebrais e psicológicos influídos pelo pornô.
Dentro deste cenário, iremos tratar sobre o descontrole a respeito da exploração exacerbada de pornografia, falaremos das problemáticas refletidas principalmente no modo em como os indivíduos viciados em pornô se relacionam com outros seres humanos, como seus sistemas biológicos e neurais são atingidos e como se sentem de forma pessoal a respeito disso.
Ao se constituir isto como um problema de fato, será observado os dados científicos a respeito de como a pornografia altera o funcionamento cerebral semelhante à dependência química, assim como este mau hábito faz com que seus consumidores acabem mudando as perspectivas sobre o corpo humano, isto de maneira negativa e prejudicando suas conexões interpessoais, sequente será observada a influência da pornografia como aprendizado sexual incoerente e despropositado; será relatada a manipulação do pornô na discrepância de gêneros, e por fim as possíveis disfunções sexuais e psicológicas que a dependência pornográfica acarreta.
Diante a problemática dos reais efeitos sobre o consumo desmoderado de pornografia, objetivaremos nesta pesquisa descrever como os transtornos emocionais, sociais e pessoais se ramificam influídos pelo pornô, igualmente, além da investigação teórica e cientifica, revelar através de dados quantitativos e analíticos de fato os aspectos negativos causados pelo vício, demonstrando de forma compreensível os vieses não somente da adversidade em si, mas das possíveis alternativas de resoluções para uma vida sexual, comportamental, social e emocional mais saudável, assim, solidificando o assunto para além dos consumidores de conteúdos adultos, mas também para que a comunidade possa alcançar conhecimento e de alguma forma cooperar para a amenização de danos.
Na observação feita acerca das mídias pornográficas, analisou-se como o consumo excessivo pode ser prejudicial e como este assunto é um tabu, assim, como qualquer temática em relação à sexualidade. Portanto, é inegável admitir que pornografia seja consumida de suas variáveis formas, além de que o pornô pode até ser considerado como artigo cultural social, todavia por ter como primórdio o conteúdo sexual, sua forma de exposição é colocada em um local muito mais imoral do que normal, visto que sua propagação de alguma forma pode trazer mais aspectos negativos do que positivos.
Além das lacunas nocivas que nos despertou o interesse pelo assunto, existe a motivação de investigar e trazer a tona argumentos sólidos e comprobatórios sobre o vício em pornografia e suas consequências, isto demonstrando de forma clara e sucinta como a indústria pornográfica afeta o individual e o coletivo, fazendo com que uma geração se expanda e se procriem de maneira nada saudável sexualmente.
Com o objetivo de despertar interesse e mostrar a relevância do tema, o trabalho irá apontar como o mau hábito do consumo em pornografia pode ser prejudicial para o ser humano e suas relações, demonstrando como o pornô afeta a saúde sexual do indivíduo, a relação com as disfunções sexuais e com cérebro.
Nesse contexto, temos como intuito primário, explorar o consumo excessivo de pornografia, este que é assunto pouco abordado, e ainda comentado de forma tímida, pois é perceptível que em nossa cultura conservadora, o sexo e tudo relacionado a ele ainda é colocado em um lugar ilícito, assim, a constatação é que a banalização do sexo/sexualidade traz mais malefícios à sociedade, fazendo nos educar sexualmente de maneira inadequada, e nos fazendo analisar que talvez entender que exposição do pornô funciona como veículo de informação frívola.
O objetivo deste estudo nos leva a revisar a literatura sobre a psicologia da sexualidade na sua relação com o discurso sobre sexo e sua exposição na mídia como motivador do vício em pornografia. Discutindo o contexto da Psicologia da sexualidade em aproximação com o discurso sobre o sexo no cenário da literatura existente e compreender pelas pesquisas mais relevantes os efeitos negativos percebidos com o uso de pornografia, assim podemos chegar a uma reflexão a respeito do discurso sobre sexo e sua exposição na mídia como motivador do vício em pornografia.
1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICO
1.1 TIPO DE PESQUISA
A pesquisa foi de natureza bibliográfica, o objetivo consiste em discutir a psicologia da sexualidade na sua relação com o discurso sobre sexo e sua exposição na mídia como motivador do vício em pornografia
A pesquisa bibliográfica foi realizada por meio de leituras e fechamento de obras, artigos e textos de autores que discutem as questões sobre a exposição midiática do sexo relacionado ao vício em pornô e suas consequências, isto nos permitiu fundamentar nos termos dessa pesquisa este estudo. Segundo Lakatos e Marconi (1991. p.183) “A pesquisa bibliográfica não é mera repetição do que já foi dito ou escrito sobre certo assunto, mas propicia o exame de um tema sob novo enfoque ou abordagem, chegando à conclusão inovadora”.
Portanto, Prodanov e Freitas (2013, p. 79) diz que através da revisão literária você reporta e avalia o conhecimento produzido em pesquisas prévias, destacando conceitos, procedimentos, resultados, discussões e conclusões relevantes para seu trabalho.
Lakatos e Marconi (1991, p.183) afirma que a finalidade da pesquisa bibliográfica é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto, assim, trazendo meios para que o pesquisador reforce assuntos pertinentes, trazendo à tona a exploração e até ressignificação em torno de determinados assuntos.
1.2 PROCEDIMENTOS DE COLETA
As pesquisas dirigiram-se a revisões literárias com o objetivo de trabalhar além do óbvio e de pesquisas superficiais no Google Acadêmico. Estipulou-se um processo de pesquisa que deram evidências para o desenvolvimento deste estudo, com maior potencial de assertividade.
Nesse ponto, a qualidade das fontes não pôde ser esquecida, de forma criteriosa as fontes literárias foram escolhidas, quanto mais o acesso à leitura dos textos relacionados, mais as condições de julgamento foram efetivadas. No mundo atual no qual a tecnologia está ainda mais avançada e sob um olhar crítico, vemos o ponto de consequência que acaba findando em escritas não confiáveis, é por essas questões que as revisões literárias devem ser feitas de maneira observadora e profunda, esse é o ponto principal para uma pesquisa honesta.
1.3 INSTRUMENTO
O processo principal para a construção desta pesquisa foi recolher o maior número de informações possíveis sobre a abordagem do trabalho. A revisão literária é o ponto primário para o desenvolvimento deste trabalho, olhando para fontes existentes que falaram sobre o assunto e foi então que se obtiveram as respostas paras as questões norteadoras desta pesquisa, o processo da revisão literária foi construído com muita leitura, pesquisas buscando de maneira mais completa o que foi estudado sobre nossa temática.
Sob a perspectiva de Prodanov e Freitas (2013, p.82) cita que a revisão literária tem como intuito expor o conhecimento que o pesquisador tem sobre o assunto/tema; reexaminar metodologias e pesquisas recentes acerca da temática e a reestruturação da compreensão sobre a temática e a área escolhida (estudo da arte).
1.4 ANÁLISES DE DADOS
Após a análise dos artigos pesquisados, foram feitas as reflexões acerca do assunto explorado, isso possibilitou um pensamento analítico sobre a exposição do sexo, a perspectiva psicológica sobre o assunto, o uso demasiado de pornografia e suas consequências na vida sexual de qualquer individuo exposto a esses conteúdos.
Neste ponto de vista, Lakatos e Marconi (1991, p.28) diz que é a análise que vai permitir observar os componentes de um conjunto, perceber suas possíveis relações, ou seja, é somente através das verificações dos elementos que compõem o assunto que se construíra ideias minuciosas acerca do assunto.
1.5 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
Como critérios de inclusão, estabeleceram-se os seguintes: 1) Artigos, livros, pesquisas sobre vicio em pornografia; 2) Literatura com disponibilidade de textos completos em suporte eletrônico; 3) bibliografias publicadas em periódicos nacionais ou internacionais.
1.6 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
Não encontrar literaturas sobre ou semelhantes ao problema e tema escolhido, portanto foram descartadas as bibliografias que não atendiam a temática acerca do vício em pornografia e produções que traziam aspectos positivos sobre a pornografia, também foram excluídas obras que não respondiam aos critérios de inclusão.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 O FENÔMENO DA PORNOGRAFIA AO LONGO DA HISTÓRIA
A sexualidade vem sendo associada ao prazer, ao desejo, à vontade, à paixão, à sedução, ao encanto, ao fascínio, às investidas amorosas, às investidas sexuais, ao desejo de se comunicar, de se abraçar, de se tocar, de se perder, de se reconhecer e de se conectar.
Conforme citado por Santos (2023) de acordo com o dicionário Priberam (2023), pornografia é “qualquer coisa (livro, revista, filme, etc) de caráter sexual com intenção de provocar excitação. ” Estima-se que o fenômeno da pornografia existe desde o período Paleolítico, com as estatuetas de Vênus (CALÓ, 2019).
Segundo Maciel (2023, p.11) nos últimos anos artigos relacionados a vícios comportamentais vêm ganhando grande força, e o consumo de pornografia vem sendo explorado com mais profundidade, buscando relacionar possíveis riscos oriundos do consumo excessivo a possíveis vícios comportamentais.
Ademais, afirmando o alto consumo de pornografia Dolny (2017, p.06) cita que a invasão da pornografia na cultura, na sociedade, e em praticamente todos os meios de comunicação, torna praticamente impossível que alguém não tenha algum contato com pornografia, isto porque a tecnologia avançada traz consequentemente o fácil acesso as estas mídias. O mesmo afirma que mesmo as pessoas não procurando, elas são expostas de modo involuntário, através de seus celulares smartphones ou pesquisas na internet.
Sequente, Maciel (2023, p.13) diz que o interesse em pornografia é um fator natural no desenvolvimento da sexualidade humana. Desde da adolescência, as pessoas podem sentir curiosidade em explorar a sexualidade, experimentar diferentes formas de estímulo e encontrar alívio, incluindo desde curiosidade, experimentação, alívio de estresse e busca por maior estimulação sexual.
Se a pornografia apresenta elementos sociais, culturais e afetivos de nossa história, logo, ela seria uma produção humana que possibilita o encontro do sujeito com seu passado e pertencimentos. Contudo, alguns elementos psicopatológicos estão contidos no consumo do material na cultura contemporânea (BALDIM, 2017, p. 23).
Portanto, é necessário ter um olhar atento a um possível padrão persistente de consumo e seus possíveis danos comportamentais ou biológicos.
2.2 O IMPACTO DO USO EXCESSIVO DE CONTEÚDO SEXUAL NA PERSPECTIVA DAS ALTERAÇOES COGNITIVAS, DISFUNÇÕES SEXUAIS E PSICOLÓGICAS
Segundo Silva et. Al. (2023, p. 2355) A persistência das anormalidades comportamentais que são próprias do indivíduo viciado aventa que a regulação da expressão do gene pode estar envolvida no processo pelo qual o conteúdo pornográfico resulta em um estado de dependência.
O consumo excessivo da pornografia acarreta danos à saúde sexual. Nos últimos anos foi se desenvolvendo uma literatura que indica que o consumo excessivo afeta a capacidade de uma pessoa de controlar suas emoções, vontade de repetir o uso do estímulo e comportamentos antissociais (Brand M 2020 apud MACIEL, 2023, p.16). Portanto, como citado neste trabalho esta referência afirma mais uma vez os danos colaterais do uso excessivo da pornografia, agora se provando como desequilíbrio psicológico e social.
O transtorno hipersexual se encaixa nesse modelo e pode ser composto de vários comportamentos sexuais, como o uso problemático de pornografia online (POPU). O uso de pornografia online está em ascensão, com um potencial de dependência considerando a influência do “triplo A” (acessibilidade, acessibilidade, anonimato). Esse uso problemático pode ter efeitos adversos no desenvolvimento sexual e no funcionamento sexual, especialmente entre a população jovem (ALARCON et. al. 2019).
Alarcon et. al. (2019) ainda traz à tona em sua pesquisa dados sobre a disfunção erétil como um reflexo do consumo de pornografia, diz que em um estudo, 60% dos pacientes que sofreram disfunção sexual com um parceiro real, caracteristicamente não tiveram esse problema com a pornografia.
Similarmente, outros problemas são citados por Alarcon et. al. (2019) sobre a Insatisfação psicossexual: o uso de pornografia tem sido associado à insatisfação sexual e disfunção sexual, tanto para homens quanto para mulheres, e ainda discorre sobre a relação da hiperssexualidade e o desenvolvimento dos transtornos de ansiedade e transtorno de humor.
Além disto, Moreira et. Al (2022, p.11) diz que os impactos do consumo exacerbado de pornografia vão muito além de suas implicações nas relações amorosas e sexuais, pois a exposição de atos sexuais com temas diversos, muitas vezes distorcidos e perversos, irá implicar diretamente na compreensão sobre o que é “ver e fazer sexo”, incentivando atos de violência contra mulheres e demais grupos minoritários. Isto, se reafirma alinhado ao contexto social patriarcal e machista.
Outrossim, Maciel (2023, p.16) relata problemas como: ansiedade, depressão, baixa autoestima, dificuldades no desempenho sexual, como a disfunção erétil, ejaculação precoce, uma vez que o consumidor uma vez habituado ao consumo visual pode associar seu prazer somente a pornografia; sequente apresenta problemas nas relações, o interesse por imagens, faz com que o indivíduo crie um determinado distanciamento físico e emocional de outras pessoas; e impactos sociais, isto quando o pensamento central é fixado na pornografia, o usuário começa a ter problemas no desempenho do trabalho, estudos e até mesmo no convívio familiar.
Em pesquisa realizada por Padula (2022), foram entrevistados sujeitos que consumiam pornografia e observados os impactos em seu desempenho sexual, tais como: insatisfação com o órgão sexual masculino; virilidade como sinônimo de ter várias parceiras sexuais; impactos na autoestima; comparação entre o desempenho sexual expresso nos materiais e o seu; necessidade desenfreada de buscar cada vez mais estímulos pornográficos (MOREIRA et al. 2022, p.16).
Os conteúdos pornográficos irão determinar de maneira irreal o que é considerado desejo, prazer e satisfação sexual, propiciando um cenário de frustração e de violência, ao demandar do outro a reprodução dos atos sexuais. (MOREIRA et. Al. 2022, p.14).
A pornografia ainda pode levar à problemas de autoimagem, autoestima e autoconfiança, principalmente com fatores ligados a sexualidade e a exposição constante a imagens pornográficas que produz uma falsa realização do corpo e a maneira de se comportar em uma relação sexual (MACIEL, 2023, p.17).
Padula (2022, p. 42) diz que há a possibilidade de que o consumo de pornografia acabe reduzindo a sensibilidade aos estímulos sexuais envolvendo outras pessoas, fora dos vídeos. Tal dificuldade em se relacionar pode se expressar tanto por meio da ejaculação precoce, quanto da ejaculação tardia.
Diante disto, começa a ficar claro como a pornografia uma vez que altera o funcionamento do cérebro, consequentemente altera o comportamento. Maciel (2023, p. 19) cita que o excesso de estímulo pornográfico pode impactar na regulação emocional, pois está relacionado ao sistema de recompensa e prazer do cérebro. Isto é, a insensibilidade emocional dificulta as relações, pois o excesso do consumo traz dificuldades de lidar com o estresse e emoções negativas.
Além de incitar relações de violência, os autores elencam aspectos negativos em relação ao desenvolvimento da sexualidade de quem consome a pornografia precocemente e de maneira excessiva: prejuízos à saúde (autopercepção negativa, comportamento sexual de risco); prejuízos ao relacionamento (redução da satisfação); violência contra a mulher (objetificação, submissão, violência); aspectos socioculturais (idealização do corpo e desempenho), além de destacarem que o uso pode influenciar a mistificação em torno do ato sexual, e ser responsável por manter as definições binárias em torno dos papéis de gênero. (MOREIRA et. Al. 2022, p.18)
Ademais, Rosa (2021) cita que na maioria dos casos, o consumo de pornografia não promove o desenvolvimento de transtornos mentais e reflete uma exploração normal da sexualidade. No entanto, em 10% a 18% de todos os adolescentes, o consumo de pornografia reflete o comportamento sexual compulsivo. O transtorno é caracterizado pelo uso extensivo de pornografia e masturbação, uso de serviços sexuais pagos, comportamentos sexuais de risco e uma intensa preocupação com o sexo.
De acordo com Baumel et. al. (2020) dentro dos aspectos negativos identificados na pesquisa; prejuízos à saúde (32%): expressões que indicam prejuízos percebidos à saúde física e mental, tais como baixa autoestima, vida sexual em risco, etc. Pontuando a atenção ao sofrimento psíquico e suas possíveis consequências.
Ademais sobre o consumo negativo de pornografia, Baumel et. al. (2020) revela que os aspectos socioculturais influenciam nossos comportamentos sexuais, especialmente por meio de uma comparação com o outro – a idealização, de como o corpo deve ser, de como o desempenho deve acontecer.
Homens e mulheres elencam como impacto negativo o uso excessivo do material com conteúdo sexual e um possível prejuízo à saúde física e mental, destacando a preocupação com o desenvolvimento de um vício e seus efeitos. Portanto, neste trecho dimensiona-se a preocupação em torno do que se trata o vício, não é somente o fator “assistir pornografia”, mas todo o contexto em torno disso, os problemas que surgem causados pelo mau hábito (BAUMEL, 2019).
Ademais, com base em uma pesquisa em imagens de ressonância magnética, Voon comparou o cérebro de sujeitos com Distúrbio Compulsivo Hipersexualizado, com o de sujeitos saudáveis. Ao comparar as atividades cerebrais dos indivíduos, Voon observou que três regiões do cérebro, amígdala, giro do cíngulo e estriado ventral, relacionadas com o sistema de recompensa e com sistema límbico, foram ativadas duas vezes mais nos sujeitos compulsivos, do que nos sujeitos saudáveis (VOON et al., 2014 apud POSTAL et al. 2018).
Além disso, estudos recentes comprovam que a pornografia afeta o sistema de recompensa no cérebro em semelhante forma das drogas psicoativas, comprometendo assim áreas específicas e importantes do sistema límbico. (POSTAL et. al. 2018. p. 72). Portanto, levando em consideração os sistemas cerebrais ligados ao prazer, o consumo em pornografia pode ser viciante, pois a liberação de dopamina está associada ao prazer sexual.
Sequente, Maciel (2023; p. 13) a exposição frequente e intensa à pornografia pode levar a alterações neuroplásticas, ou seja, mudanças na estrutura e na função do cérebro. Além disto, Maciel (2023; p.21) cita que de acordo com o consumo excessivo o cérebro pode sofrer adaptações e desenvolver certa tolerância, fazendo assim com que o indivíduo busque cada vez mais estímulos que elevem o potencial da sensação do prazer, desenvolvendo prováveis comportamentos compulsivos em relação à pornografia.
Igualmente, as pesquisas sobre o vício em pornografia e seu reflexo neurobiológico, apesar de estarem ganhando força nos últimos anos, ainda são pouco exploradas, as evidências sobre as alterações cerebrais são baseadas nas pesquisas relacionadas aos vícios. Alarcon et. al. (2019) afirma isto quando diz que essa evidência é baseada em uma compreensão em evolução do processo neural entre as mudanças de neuroplasticidade relacionadas ao vício. Maciel (2023, p.12) diz que a compreensão dos possíveis riscos e efeitos negativos do consumo excessivo de pornografia ainda é um tópico em evolução e requer mais pesquisas e discussões para chegar a conclusões mais precisas.
Do mesmo modo Alarcon et. al. (2019) diz que os níveis de dopamina desempenham um papel importante neste estímulo de recompensa sexual, como já observado na demência frontotemporal e na medicação pró-dopaminérgica na doença de Parkinson, estando associada ao comportamento sexual.
A teoria é que eles potencialmente ativam nosso sistema de recompensa natural em níveis mais altos do que os ancestrais normalmente encontravam à medida que nossos cérebros evoluíam, tornando-o passível de mudar para um modo viciante. (ALARCÓN et. al. 2019).
Portanto, se começarmos a de fato evidenciar a pornografia como viciante, podemos observar de modo comparativo o funcionamento cerebral de um viciado em drogas, substâncias ilícitas etc. a de um indivíduo que consome pornô excessivamente, Alarcón et. al. (2019) cita em seu artigo as principais mudanças cerebrais observadas em viciados em substâncias, como a Sensibilização, Dessensibilização, Circuitos pré-frontais disfuncionais (hipofrontalidade) e Sistema de estresse com defeito.
2.3 A SEXUALIZAÇÃO E OBJETIFICAÇÃO DOS CORPOS SOB INDUÇÃO DOS CONTEÚDOS ADULTOS
De acordo com Martins et. Al. (2020, p.3) desde os anos de 1980, as representações do gênero feminino no cinema ou em imagens publicitárias, em sua grande maioria, possuem referências diretas a temática do consumo, sendo recorrente a objetificação do corpo das mulheres, cuja imagem, vinculada à produtos anunciados, coloca o corpo feminino no mesmo lugar de objeto, apresentando-o como bem de aquisição e consumo. Faz- se de suma importância analisar os precedentes deste contexto, e ampliar este olhar não somente para os corpos femininos, mas todos os gêneros e identidades sexuais, pois a pornografia não se restringe apenas ao sexo feminino, no entanto visto que a indústria pornográfica é constituída comumente por material gráfico visual, observa-se a possível influência sobre o corpo humano, alimentando comparações entre a mídia cinematográfica pornô e corpos reais.
Conforme Morelli e Pereira (2018) as mídias de massa e o modo como são rearticuladas nos usos que as pessoas fazem das mídias digitais, são meios privilegiados para compreensão de como ideais corporais são difundidos. Isto só afirma mais uma vez como a mídia visual atua no psicológico social e cultural.
São comum lermos ou ouvirmos comentários de homens relacionados ao corpo real de uma mulher, fazendo críticas às estrias, manchas escuras, manchas de foliculite, celulite, etc. Isso se deve ao alto consumo de vídeos pornográficos em que a mulher em questão aparece como uma boneca perfeita, sem manchas, marcas, e/ou com a silhueta impecável. (SANTOS, 2023)
Assim, entramos na questão da padronização dos corpos sob influência da mídia pornográfica, tendo em vista que as reproduções do sexo estão sob interpretação de atores e atrizes com uma estética de modelo. Portanto, é comum que essa desconexão do mundo real, torne a vida cotidiana do indivíduo distorcida. Santos (2023) cita que o alto consumo de mídia pornográfica faz com que um dos impactos mais fáceis de reconhecer é do quanto a pornografia coloca a figura da mulher em uma posição hiper sexualizada e como um objeto que existe apenas para satisfazer algum desejo sexual.
Sobre a manipulação das mídias digitais Silva e Silva (2017) dizem que quando o indivíduo se desconecta, a realidade se torna distorcida, como se as pessoas ao seu redor não fizessem parte do seu cotidiano, devido à falsa impressão de felicidade proporcionada pelas interações no mundo virtual.
Ademais, Muller et. Al. (2021, p.365) diz que homens buscam alcançar o padrão corporal masculino presente nos filmes pornográficos e tendem a diminuir sua empatia, assim como desenvolvem expectativas irreais sobre as mulheres o que dificulta sua própria satisfação, assim com base no pensamento do autor acima, o uso excessivo de qualquer mídia digital, faz com que o ser humano de alguma forma tenha uma boa parte do seu tempo dissociado do mundo real, fazendo que quando imerso no mundo real visualize as pessoas de modo diferente.
2.4 A PORNOGRAFIA COMO INFLUÊNCIA NA EDUCAÇAO SEXUAL
De acordo com Dolny (2017, p. 08) a realidade é que as crianças não somente têm acessado pornografia cada vez mais precocemente, mas, a partir do momento que se tornam adolescentes (13 a 17 anos), passam a ser os consumidores mais frequentes de conteúdo pornográfico, portanto, cria-se a problemática sobre como os seres humanos estão se desenvolvendo sexualmente, sendo que a repressão sexual e a anormalidade criada em torno do sexo é tão presente culturalmente.
Pode-se dizer que a pornografia é uma educação informal de sexualidade e gênero, portanto, integrante das composições atitudinais de homens e de mulheres. Além disso, a pornografia transforma o sexo explícito em mercadoria e abastece nichos de mercado específicos, gerando, ou prometendo prazer, o que proporciona o incentivo ao consumo na sociedade capitalista (ANDRADE; DIAS & GUERRA, 2004 apud TILIO; BORGES, 2019, p. 405).
Assim, Takara (2021, p.6) afirma que as lógicas que estimulam e sustentam as práticas midiáticas estão vinculadas à compreensão do que está disponível para se consumir e aos valores que esses produtos oferecem aos usuários. Consequentemente, faz-se importante compreender o consumo social de pornografia como condutor educativo sexual.
Ademais, levando em consideração que o indivíduo é fruto de suas experiências e relações, Takara (2021, p.7) diz que além dos muros das escolas, as mídias também produzem sentidos para aqueles que estão no processo educativo formal. Portanto, isto apenas reafirmando o quanto o pornô influi nas relações sexuais humanas.
A constituição da subjetividade está interpelada pelos sistemas midiáticos que oferecem propagandas sobre o correto modo de ser, de estar e de agir no mundo. Não apenas o bom ou o belo, mas a ideia de satisfação e de alcançar a realização de um desejo parece ser a dimensão da pornografia contemporânea. Desse modo, pensar as condições de uma educação para a mídia é tirar desses produtos uma visão ou um tratamento de algo que não deve ser discutido ou, ainda, de algo que está aquém da discussão sobre educação e comunicação (TAKARA, 2021, p. 8).
Takara (2021, p.9) acrescenta que os corpos e as práticas sexuais apresentadas nos produtos midiáticos ensinam que sexo é uma prática focada em genitais, em representações que são inscrições acerca dos corpos em ações, assim, enquanto não nos questionarmos e assumirmos o quanto essas representações sexuais na vida real causa determinados incômodos, continuaremos expandindo o desenvolvimento doente em torno do sexo e nossos corpos.
A complexidade que sempre existiu em torno do sexo/sexualidade pode ser fruto da ignorância e coibição sobre o assunto, apenas tornando extensos os inúmeros problemas sexuais nas relações humanas, em vista disso, a pornografia é provavelmente um reflexo da representatividade do sexo na cultura, a obscuridade em torno do pornô funciona de fato como parâmetro cultural sobre como a sociedade define e caracteriza o sexo.
2.5 DESIGUALDADE DE GÊNERO MANIPULADA PELO PORNÔ
Segundo Muller (2021, p.362) entender o fenômeno da pornografia é mergulhar na profundidade, no mar de comportamentos, sensações, sentimentos, emoções, conceitos e pré-conceitos do ser humano, sobretudo, no mundo moderno, no qual o real e a ideia de fantasia são separados por uma linha tênue. Na pornografia a desigualdade de gênero é representada através de diversos fatores, levando em consideração a vivência cultural bastante induzida.
Além disto, Bonfim (2018, p. 15) diz o sexismo refere–se às discriminações sofridas por determinado gênero ou orientação sexual, onde um deles é privilegiado e o outro discriminado, ainda complementa este pensamento afirmando que machismo e sexismo seguem a mesma lógica, designando papéis e julgamentos diferenciando os gêneros.
De acordo com Muller et. al. (2021, p.364) os conteúdos pornográficos degradam e agridem a mulher, com abusos faciais, prolapsos anais, choros intensos e essas atitudes, junto às indicações escritas pelos fornecedores, incutem na mente masculina que isso é o que um verdadeiro homem quer: uma mulher com o padrão de corpo imposto sendo subjugada.
Sequente, sob análise de filmes pornôs mostra –se evidente que o contexto de cena não é apenas criado pelas representações misóginas, mas também através dos comportamentos onde a mulher está sempre à disposição sexual com um ou vários parceiros, comumente não há resistência, isso caracteriza a normalização da subserviência sexual que os homens esperam de suas esposas, namoradas, parceiras ou de qualquer mulher. Muller et. Al (2021 p. 365) afirma também isso quando fala que o corpo das atrizes dos filmes pornográficos passa a ser o padrão estético buscado incansavelmente por muitas mulheres, que se submetem a diversos procedimentos estéticos, para a todo custo tentar atingir o corpo idealizado.
Logo, não é apenas o conteúdo pornográfico que delimita essa visão patriarcal, pois muitas revistas voltadas ao sexo feminino também publicavam conteúdos machistas. Assim, podemos observar essa propagação do machismo através da revista “EleEla – uma revista para ler a dois” com sede no Rio de Janeiro e publicada pela Bloch, do ano de 1969 (BIÁ et. Al. 2020.)
Além disso, podemos analisar o sexo homossexual nos filmes pornôs de forma desprendida e deturpada mostrando mais uma vez como a heteronormatividade do mundo real impera de forma hipócrita e incongruente, Garcia (2019, p.9) cita e afirma essa perspectiva quando ao analisar os filmes pornográficos diz que ao perceber essa classificação de posições sexuais que se tem nas relações sexuais entre os homens, quem detém a posição de ativo seria aquele visto como o mais agressivo, viril e superior já que é ele que está penetrando no passivo, isto lhe dá o alvará de superioridade perante ao que só recebe. No caso da pornografia gay, isto, afirma que existe uma imposição social da heterossexualidade alinhado ao machismo.
Essa “preferência” em se assumir uma certa posição sexual está interligada à cultura da hétero normatividade. Em relações heterossexuais, ou seja, numa relação entre parceiros do sexo oposto, se existe a cultura da masculinidade viril onde o homem hétero ao portar isso faz com que as mulheres tenham desejos sexuais por essa masculinidade “forte” ajudando a categorizar isso como hétero normatividade (GARCIA, 2019; p.16).
Garcia (2019, p.17) ainda enfatiza a questão da masculinidade hegemônica está também ligada ao grupo dos homossexuais, ou seja, não é só no campo da heterossexualidade que ela opera. Sim, se pararmos para analisar, essa hegemonia masculina prejudica sim os gays, já que esses estão fora do padrão de masculinidade imposto na nossa sociedade fazendo com que eles sejam subordinados ao se compararem com os heterossexuais.
Biá et. Al (2020) diz que os produtos do pornô são voltados à satisfação do homem, e com estes estereótipos sendo reproduzidos, as mulheres são postas em situação de submissão frente aos fetiches masculinos, neste mesmo tópico a mesma faz uma análise sobre muitas mulheres se sujeitarem a essas posições submissas apenas para agradar seus parceiros, comportamento machista e misógino este que mais uma vez é confirmado pela pornografia e assim como pela sociedade.
6 CONCLUSÃO
A pesquisa sobre a relação entre pornografia, vício, disfunções sexuais e educação sexual revelou importantes conclusões. Ao longo dos séculos, a pornografia tem sido consumida de várias formas, mas o estigma em torno do sexo resultou em uma visão negativa desse tipo de conteúdo. Isso levou a problemas sociais e pessoais para os consumidores de pornografia.
A psicologia da sexualidade desempenha um papel fundamental na compreensão dos efeitos da pornografia. O uso excessivo desse conteúdo pode afetar o comportamento sexual humano, levando a disfunções sexuais e riscos de desenvolvimento de vício. O vício em pornografia pode ter impactos biológicos e psicológicos significativos, prejudicando a saúde e o bem-estar dos indivíduos envolvidos.
Nesse sentido, é essencial abordar a educação sexual de forma abrangente, incluindo a conscientização sobre os potenciais danos da pornografia e a importância de um consumo saudável e responsável. A educação sexual adequada pode fornecer as ferramentas necessárias para lidar com questões relacionadas à pornografia, promovendo relacionamentos saudáveis e uma compreensão equilibrada da sexualidade.
Ademais, outro aspecto que se tornou relevante neste trabalho foram as referências acerca da desigualdade de gênero, foi abordado com clareza os conceitos sobre como a manipulação pornográfica discrimina, anula e objetifica principalmente os corpos femininos, levando a possíveis consequências ou incitando comportamentos negativos em relação ao sexo feminino, também foi pontuado como a heteronormatividade revela não somente a hostilidade contra a mulher, mas também contra a homossexualidade, onde esses homossexuais estão fora da curva que a heterossexualidade estipula, ficando também a mercê discrepância de gênero e orientação sexual.
Assim, fica interpretado que possivelmente a pornografia seja apenas para satisfazer homens heterossexuais, os demais gêneros podem se satisfazer também, todavia de forma inconsciente influenciados por uma cultura sexual não saudável.
Em suma, a pesquisa destacou a complexa interação entre pornografia, vício, disfunções sexuais, educação sexual e desigualdade de gênero. É crucial promover uma abordagem informada e equilibrada ao lidar com a pornografia, reconhecendo seus impactos negativos potenciais, enquanto se busca fornecer informações e recursos para um comportamento sexual saudável e responsável, isto é, trazendo conhecimento acerca do assunto, minimizando danos e relevando a importância de uma determinada compreensão no que se refere ao vício em pornografia e seus possíveis danos à saúde mental, biológica e vida social.
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1Graduanda do curso de psicologia no Centro Universitário Fametro (FAMETRO)
2Professor Orientador no Centro Universitário Fametro (FAMETRO)