HOSPITAL PSYCHOANALYSIS: PERFORMANCE, CONTRIBUTIONS, LIMITATIONS AND CHALLENGES
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/dt10202507071638
Ayssa de Sousa Carvalho1; Francijairo Lima da Costa2; Lívia Duarte Alves3; Ariane da Silva Alves4; Eloane Sabrina Sousa de Oliveira5; Cailana Maria Rodrigues Galvão6; Jaira Mendes Costa7; Savanna de Brito Ximenes Aragão8
RESUMO
Este artigo aborda a Psicanálise Hospitalar como campo de atuação da Psicologia no contexto da saúde, com ênfase na escuta da subjetividade do sujeito em sofrimento. O estudo tem como objetivo geral apresentar um panorama abrangente da Psicanálise Hospitalar, identificando seus fundamentos teóricos, contribuições clínicas, atuação, desafios e limitações. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com metodologia baseada em revisão de literatura, utilizando bases como SciELO, BVS e Google Acadêmico, com recorte temporal entre 2000 e 2025. Os resultados apontam que a escuta psicanalítica no hospital favorece a elaboração simbólica do adoecimento e humaniza o atendimento ao paciente, ainda que encontre entraves como a ausência do setting analítico tradicional, limitações espaciais e resistência das equipes multiprofissionais. Conclui-se que a Psicanálise Hospitalar tem potencial significativo na promoção do cuidado integral ao paciente, sendo essencial a adaptação das técnicas ao ambiente hospitalar e a formação contínua dos profissionais para atuação nesse contexto.
Palavras-chave: Psicanálise. Psicologia Hospitalar. Psicanálise Hospitalar. Subjetividade. Adoecimento.
1. INTRODUÇÃO
A Psicologia da Saúde, em sua primeira definição, é compreendida como “qualquer aplicação científica ou profissional de conceitos e métodos psicológicos, a todas as situações próprias do campo da saúde” (RIBEIRO, 2011, p. 24). Nesse sentido, esse campo da Psicologia tem como finalidade principal entender como é possível, por meio de intervenções psicológicas, possibilitar um aprimoramento do bem-estar dos indivíduos e de suas comunidades. Outrossim, ela estuda o papel da Psicologia como ciência e como profissão nos domínios da saúde, da enfermidade e da própria prestação dos cuidados de saúde, levando em consideração os contextos sociais e culturais onde a saúde e as patologias se inserem (TEIXEIRA, 2004). De mesmo modo, objetiva a compreensão de como os fatores biológicos, comportamentais e sociais impactam no processo de saúde e doença (CASTRO & BORNHOLDT, 2004).
Assim, os psicólogos da saúde trabalham em diversos contextos do sistema de saúde, seja a nível de serviços públicos ou mesmo a nível de serviços privados. Alguns desses profissionais têm a função de promoção da saúde e prevenção da doença, trabalhando com fatores psicológicos que fortalecem a saúde do indivíduo e reduzem o risco de morte, outros oferecem serviços clínicos a indivíduos saudáveis ou não em diferentes contextos e há também aqueles que atuam no processo de ensino, formação e investigação acerca da área. Independentemente do local em que está presente, a ação do psicólogo da saúde é multidisciplinar, ocorrendo em colaboração com outros profissionais de diversos campos de atuação (TEIXEIRA, 2004).
Dentro do âmbito da Psicologia da Saúde, encontra-se a Psicologia Hospitalar, reconhecida pelo Conselho Federal de Psicologia por meio da resolução CFP n.º 014/00 (CFP, 2000). Essa configura-se como uma especialidade profissional particular da realidade brasileira que se volta para o contexto hospitalar e consequentemente para os serviços de atenção secundária e terciária à saúde (CASTRO & BORNHOLDT, 2004; CFP, 2001; REIS et al., 2016; SEIDL & COSTA JÚNIOR, 2012). Nesse sentido, ela pode ser definida como “o campo de entendimento e tratamento dos aspectos psicológicos em torno do adoecimento” (SIMONETTI, 2004, p. 15). Outrossim, esse ramo de atuação do psicólogo tem como principal objetivo a minimização do sofrimento provocado pelo processo de hospitalização tanto nos pacientes quanto em seus familiares (ANGERAMI-CAMON, 2003; ASSIS & FIGUEIREDO, 2020; SANTOS & SARMENTO, 2023).
Nesse viés, os profissionais da Psicologia Hospitalar utilizam-se de conhecimentos e técnicas da ciência psicológica com o objetivo de potencializar a atenção integral ao paciente hospitalizado, não tratando apenas das psicopatologias, mas sim dos aspectos psicológicos de toda e qualquer doença (CASTRO & BORNHOLDT, 2004; SIMONETTI, 2004). Nesse campo de atuação, as ações desempenhadas pelo psicólogo são muito mais abrangentes do que nos modelos tradicionais de atendimento, como no contexto clínico, e destacam-se em três níveis essenciais: o pedagógico ou educativo, o preventivo e o psicoterapêutico (ASSIS & FIGUEIREDO, 2020; REIS et al., 2016). Desse modo, conforme afirmam Assis & Figueiredo (2020), o trabalho dos psicólogos no contexto hospitalar tem ganhado espaço diariamente, entretanto, ainda tem em processo de construção a sua identidade.
Nesse sentido, a psicologia é composta por diversos campos de atuação e, consequentemente, essas práticas podem ser guiadas por diferentes abordagens, sendo uma delas a Psicanálise, sua origem data do final do século XIX, desenvolvida pelo neurologista austríaco Sigmund Freud que tinha como objetivo explorar o inconsciente e tornar consciente seus conteúdos, para isso utilizava métodos, como: a associação livre e a catarse para que o paciente pudesse por conta própria encontrar a origem de seus sintomas e conseguir liberar os sentimentos negativos que permeiam em torno da situação traumática. Após esse processo, os sintomas desapareceriam (PADOAN & GASTAUD & EIZIRIK, 2013).
Dessa forma, a Psicanálise também é inserida e amplamente aplicada no contexto hospitalar, visto que ela proporciona uma visão mais ampla dos indivíduos, considerando seu histórico e contexto de vida, suas subjetividades, seus aspectos inconscientes e como isso pode influenciar o processo de adoecimento e de hospitalização, assim se contrapondo a perspectiva reducionista dos médicos que desconsideram esses fatores e enxergam apenas a doença, suas causas e suas manifestações biológicas. Ademais, durante esse processo também são desconsiderados o contexto dos sintomas, a significação deles e da doença para o paciente, comportamentos que são identificados e explorados pela analista, através da escuta ativa e do fenômeno da transferência, para compreender as nuances do adoecimento (ANDRADE, 2019).
O trabalho em questão se mostra relevante por abordar diversos aspectos da Psicanálise Hospitalar e suas especificidades e também por buscar ampliar o entendimento sobre a atuação do psicólogo psicanalista no ambiente hospitalar, explorando como as técnicas e métodos psicológicos podem contribuir para o bem-estar do paciente e de seus respectivos familiares, esperando que seja fornecido subsídio para um atendimento mais humanizado, considerando não só os aspectos clínicos da hospitalização, mas também os aspectos psicológicos e emocionais, desse modo, possibilitando um maior entendimento da importância desse profissional e de sua função e, consequentemente, contribuindo para sua própria valorização e de seu trabalho. Outrossim, essa pesquisa justifica-se por proporcionar uma síntese do que aponta a literatura acerca dos desafios, contribuições, limitações e formas de atuação do psicanalista no contexto hospitalar, configurando-se, assim, como uma contribuição à Ciência.
Sob esse viés, o objetivo geral da presente pesquisa consiste em elaborar um panorama da Psicanálise Hospitalar fornecendo uma visão ampla sobre esse campo de atuação, assim os objetivos específicos almeja investigar os principais fundamentos teóricos da psicanálise aplicados ao ambiente hospitalar, identificar as contribuições e os benefícios da psicanálise hospitalar, discutir os desafios e as limitações dessa prática, além de caracterizar sua aplicação dentro dos hospitais. Portanto, a questão norteadora desse trabalho é: O que é a Psicanálise Hospitalar e quais são as suas contribuições, limitações e desafios?
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Psicanálise
A psicanálise surgiu no final do século XIX, criada por Sigmund Freud, um médico neurologista austríaco, que pontua seus principais conceitos e descobertas em sua primeira obra “A interpretação dos sonhos”, publicada em 1990. Para a formulação de suas teorias e a construção de suas obras, Freud desenvolveu estudos na medicina, sua área de formação, voltados para às chamadas doenças nervosas, condições desvalorizadas pela medicina tradicional da época, por não apresentarem causas físicas observáveis. Dessa forma, passou a investigar o funcionamento da mente humana, em Paris, teve contato com as ideias de Jean-Martin Charcot, que utilizava a hipnose para tratar pacientes com histeria, posteriormente, conhece e junta-se a Josef Breuer na aplicação do método catártico, que usava a sugestão hipnótica para tratar sintomas histéricos (CARLONI, 2011).
Na obra citada, um dos principais conceitos desenvolvidos por Freud foi a existência de uma outra força energética atuando na mente humana, além da consciência: o inconsciente. O inconsciente é entendido como a parte da mente onde desejos reprimidos, principalmente de natureza sexual e agressiva, permanecem ativos, influenciando pensamentos, comportamentos e sintomas sem que o sujeito tenha consciência disso. Segundo o autor, os sonhos são vistos como uma forma de expressão indireta do inconsciente, onde desejos reprimidos e conteúdos psíquicos podem se manifestar de forma disfarçada (TOREZAN & AGUIAR, 2011).
Inicialmente, Freud utilizava a hipnose para acessar esses conteúdos inconscientes e aliviar os sintomas de seus pacientes. No entanto, Freud acabou abandonando a hipnose, visto que nem todos os pacientes eram suscetíveis a esse método, fator que limitava sua aplicação e percebeu que os efeitos eram muitas vezes temporários e não levavam a uma compreensão profunda das causas do sofrimento psíquico. Para superar essas dificuldades, Freud passou a utilizar o método da associação livre, no qual os pacientes eram incentivados a relatar livremente seus pensamentos e sentimentos, sem censura. Esse método permitia que o inconsciente dos pacientes se manifestasse de forma mais natural e espontânea, o que, segundo Freud, era fundamental para a compreensão das causas de seus problemas. A associação livre tornou-se, portanto, a técnica central da psicanálise (ISOLAN, 2015).
Nesse sentido, Freud desenvolve sua primeira tópica que consiste em um modelo topográfico, ou seja, determinando que cada local da mente possui um papel específico para o seu funcionamento, dividindo em três instâncias: o consciente, o pré-consciente e o inconsciente. O inconsciente é o reservatório de conteúdos reprimidos e inacessíveis à consciência, o pré-consciente funciona como um espaço intermediário, contendo informações que podem ser facilmente trazidas para a consciência, como lembranças e conhecimentos que podemos recuperar com facilidade. E por fim, a consciência que é o nível da mente onde o indivíduo está plenamente consciente de seus pensamentos, emoções e percepções no momento presente (OLIVEIRA, 2015).
Ademais, a segunda tópica é denominada de modelo estrutural que divide o aparelho psíquico em três instâncias: o Id, o Ego e o Superego. O Id é a parte mais primitiva e instintiva do aparelho psíquico, é a fonte das energias psíquicas, governado pelo princípio do prazer e buscando a satisfação imediata de seus desejos. O Ego se desenvolve a partir do Id, em contato com o mundo externo, ele tenta mediar os desejos do Id e as exigências do Superego, que internaliza as regras, valores e proibições sociais e parentais, ele age como “censor” que julga e pune (VILAÇA, 2019).
2.2 Psicologia Hospitalar
A Psicologia Hospitalar que se caracteriza como a prática do psicólogo dentro do contexto do hospital tem como um de seus objetivos auxiliar o indivíduo a atravessar o processo de adoecimento (ANGERAMI-CAMON, 2014; SIMONETTI, 2004). Essa especialidade da ciência psicológica, inicialmente considerada como uma forma de Psicologia Clínica e posteriormente instaurada como um campo emergente da Psicologia em intersecção com a saúde, desenvolveu-se progressivamente ao final da década 50 e ao longo da década de 60 com a entrada da Psicologia na realidade do hospital geral (REIS et al., 2016; SPERONI, 2006). Assim, essa instituição passou a ser um dos inúmeros campos possíveis para a atuação do psicólogo, especialmente na caminhada para a delimitação de uma nova forma de assistência à saúde dos usuários dos serviços hospitalares (SPERONI, 2006). Assim, essa área do conhecimento surge para ouvir o indivíduo que se encontra em processo de hospitalização e para escutar a sua subjetividade, e não para curar sua enfermidade física, mas como tentativa de minimizar o sofrimento do paciente e de sua família (SANTOS & SARMENTO, 2023).
Outrossim, a Psicologia Hospitalar apresenta como sua filosofia “curar sempre que possível, aliviar quase sempre e escutar sempre” (SIMONETTI, 2004, p. 29). Nesse sentido, para tratar os aspectos psicológicos em volta do adoecimento, o psicólogo no hospital faz uso da palavra como seu instrumento de trabalho. Além disso, ele se vale de duas técnicas: a escuta analítica e o manejo situacional. A escuta analítica está relacionada às intervenções padrões da prática clínica com as quais o psicólogo já está familiarizado e que se dão em um setting terapêutico novo e destoante do usual como a associação livre, a interpretação, a análise da transferência, entre outras. Já o manejo situacional refere-se a ações específicas da Psicologia Hospitalar, como o controle situacional, gerenciamento de mudanças, análise institucional, mediação de conflitos, entre outras (SIMONETTI, 2004).
Diante disso, cabe ao profissional da psicologia inserido no ambiente hospitalar compreender a quem veio ofertar seu saber de forma eficiente e eficaz. Outrossim, a ele chamam a atenção quatro tipos de relações: pessoa com pessoa (paciente e cuidador, paciente e familiar, etc.), paciente com grupos (grupo familiar, equipe multiprofissional, etc.), paciente com o processo de adoecer e com a ocorrência da hospitalização e paciente consigo mesmo (com sua personalidade, suas necessidades, seus desejos, etc.). Ademais, esse profissional visa intermediar a relação entre equipe e paciente, sendo comunicador das necessidades e desejos e intervir com a intenção de minimizar mal-entendidos. Além disso, o psicólogo hospitalar deve estar de acordo com as tarefas maiores do hospital e de sua profissão que são: prestar assistência, responsabilizar-se pelo ensino e desenvolver pesquisas científicas. Assim, a assistência deve ser prestada ao paciente e a seus familiares, o ensino orientado para a formação de psicólogos, da equipe e do público em geral e as pesquisas direcionadas não apenas para a contribuição científica, mas também para uma avaliação da atuação do profissional e como recurso para propor ou alterar sua rotina de trabalho (ROMANO, 1999).
Nesse sentido, ao adentrar no ambiente hospitalar, o psicólogo se depara com algumas barreiras. Assim, uma de seus primeiros desafios é se inserir de maneira efetiva na realidade da instituição que apresenta nuances que vão além do âmbito teórico e acadêmico. Além disso, esse profissional deve ter ciência de que no contexto do hospital não há a existência do setting terapêutico usual, definido e preciso. Dessa maneira, as intervenções do psicólogo devem levar em conta essa variável. Ademais, evidencia-se como relevante que esse profissional da saúde compreenda os limites de sua atuação de modo que não se torne também mais um dos componentes abusivos do processo de hospitalização que estão amplamente presentes nessa organização (ANGERAMI-CAMON, 2010).
2.3 Psicanálise Hospitalar
A psicanálise no contexto hospitalar busca “contribuir para o cuidado integral do paciente, centrando-se na subjetividade do sujeito em meio ao adoecimento” (CAMPOS, 2025, p. 2). Segundo Moretto (2019 apud CAMPOS, 2025), a junção da psicanálise com a medicina pode ser muito eficaz para os pacientes. A psicanálise pode, sim, ser aplicada fora dos consultórios terapêuticos. Por exemplo, no âmbito hospitalar, ela pode proporcionar um trabalho excelente junto a toda a equipe multidisciplinar. Isso porque, por meio da sua compreensão da mente humana, a psicanálise pode contribuir para que os pacientes aprendam a lidar com a ansiedade e o medo associados à doença.
Como destaca Simonetti (2018 apud CAMPOS, 2025), a psicanálise entrou no hospital como que por conta própria, pois, quando a medicina se deparava com a subjetividade do paciente algo que não era de sua competência tratar, encaminha- o ao consultório do analista. Dessa forma, a psicanálise conquistou seu espaço no hospital. “Assim, fica claro que o objetivo do psicanalista no hospital é compreender a subjetividade do paciente” (SIMONETTI, 2018 apud CAMPOS, 2025, p. 4). É importante destacar que a psicanálise não busca substituir o papel do médico, mas visa trabalhar em simultaneidade, pois, enquanto o médico concentra sua atenção no corpo, a psicanálise volta seu foco à subjetividade do paciente (MORETTO, 2019 apud CAMPOS, 2025).
A psicanálise no hospital é semelhante à função exercida em um consultório particular, mas, ainda assim, existem diferenças significativas. No ambiente hospitalar, destaca-se a complexidade dos casos, já que os pacientes costumam enfrentar doenças graves, traumas físicos ou emocionais agudos. Diante dessa realidade, faz-se necessária uma adaptação das técnicas psicanalíticas tradicionais para atender às necessidades específicas dos pacientes (MACHADO & CHATELARD, 2013). De acordo com Moretto (2019 apud SILVA & AGUIAR & COSTA, 2022), “a função fundamental do psicanalista no hospital é dar voz à subjetividade, restituindo-lhe o lugar de sujeito, isto é, de alguém que pode se implicar na experiência que está passando”. Figueredo (1997 apud CAMPOS, 2025) afirma que a psicanálise é uma disciplina clínica focada na análise da linguagem, por isso, as produções de fala do sujeito são um elemento crucial na compreensão da realidade psíquica. Dessa forma, “a psicanálise no hospital pode ajudar o paciente a desenvolver sua capacidade de expressão verbal” (FIGUEREDO, 1997 apud CAMPOS, 2025, p. 6). Diante disso, existem diversas técnicas que podem ser utilizadas nesse contexto, como a escuta atenta, que oferece um espaço seguro para o paciente se expressar livremente, além da associação livre, em que o paciente é convidado a falar tudo o que vier à mente, sem censura (FIGUEREDO, 1997 apud CAMPOS, 2025). Dessa forma:
A psicanálise é como uma árvore que cresce e se ramifica. Ela se espalha por diversos campos do conhecimento, mas suas raízes permanecem fortes. A formalização da psicanálise é como o tronco dessa árvore, que fornece suporte e estabilidade para seu crescimento (CAMPOS, 2025, p. 10).
3. METODOLOGIA
Esta pesquisa utiliza como método a revisão de literatura de caráter qualitativo, com o objetivo de reunir e analisar produções teóricas relevantes sobre o tema Psicanálise Hospitalar: atuação, contribuições, limitações e desafios. A revisão foi realizada a partir de pesquisas de obras científicas disponíveis em bases como SciELO, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Google Acadêmico. Os critérios de inclusão envolveram a escolha de materiais em língua portuguesa, com data a partir do ano 2000 até 2025, e que abordassem o tema de forma clara e objetiva, de acordo com a proposta escolhida. Foram excluídos materiais que não apresentassem relevância ao tema ou desfocassem do contexto apresentado. A análise foi feita de forma descritiva, buscando identificar as principais ideias que abrangessem o tema e suas especificidades, como os desafios e limitações presentes, além das abordagens encontradas na literatura revisada. A partir dessa análise, foi construída uma compreensão mais ampla e abrangente sobre o tema apresentado.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 Atuação e contribuições da Psicanálise Hospitalar
Araújo et al. (2024, p. 1) afirmam que “o trabalho desenvolvido pelos profissionais da Psicologia nas instituições hospitalares, seja no âmbito público ou privado, tem aumentado de forma significativa a cada dia”. Segundo Angerami (2011 apud ARAÚJO et al., 2024), a presença constante do psicólogo no contexto hospitalar teve início em 1954, no Instituto de Traumatologia, com o objetivo de auxiliar na preservação da saúde mental das pessoas internadas.
A atuação do psicólogo nesse contexto traz influências positivas, contribuindo para o processo de recuperação da doença e para o enfrentamento da enfermidade. Como destaca Assis (2019 apud ARAÚJO et al., 2024, p. 4), “no âmbito hospitalar pode-se identificar que o psicólogo faz intervenção como mediador psicológico, na perspectiva de contribuir com a relação entre equipe/paciente e equipe/família”. O atendimento psicológico no contexto hospitalar tem como objetivo promover o bem-estar biopsicossocial do paciente e de seus familiares (BATISTA, 2010 apud ARAÚJO et al., 2024). De acordo com Ravenello & Farias (2012 apud ALBUQUERQUE & SALES, 2019), o método clínico psicanalítico dentro do ambiente hospitalar pode ajudar o indivíduo a encontrar novas formas de elaborar um espaço simbólico diante do seu sofrimento e proporcionar uma escuta qualificada.
A inserção da psicanálise dentro da área da saúde tem contribuído cada dia mais para o acolhimento dos sujeitos em sofrimento psíquico e para a desmistificação do atendimento psicanalítico limitado ao setting analítico clássico (SANTOS & MOREIRA, 2020, p. 3).
Nesse sentido, em um estudo de caso publicado por Lílian Magalhães Costa Lima (2018), foi observado o atendimento a uma paciente com câncer, que apresentava fala fragilizada e dificuldades respiratórias. Além do sofrimento da própria paciente, o relato também evidenciava o sofrimento de sua acompanhante, que, com um olhar visivelmente angustiado, expressou que sofria por saber da possibilidade de perder a amiga que estava acompanhando no hospital.
Esse caso é relevante para a discussão sobre Psicanálise Hospitalar: atuação, contribuições, limitações e desafios, pois demonstra a importância da escuta psicanalítica nesse contexto, evidenciando como o olhar atento à subjetividade da dor tanto do paciente quanto do acompanhante pode fazer toda a diferença. A escuta acolhedora, nesses casos, contribui significativamente para o alívio do sofrimento psíquico.
A partir disso, pode-se perceber que a Psicologia Hospitalar não irá tratar apenas doenças de causa psíquica, que também são denominadas psicossomáticas, mas sim dos aspectos psicológicos de toda e qualquer doença, pois toda doença se encontra repleta de subjetividade (SIMONETTI, 2004, apud SILVA & AGUIAR & COSTA, 2022). De acordo com Silva & Aguiar & Costa (2022), no contexto hospitalar percebe-se que o adoecimento não afeta apenas o paciente, mas também sua família e os profissionais de saúde envolvidos. Ao oferecer um lugar de sujeito a esse indivíduo, possibilita-se que ele se relacione com o sofrimento decorrente da enfermidade e possa refletir sobre o lugar que ocupa diante dessa experiência. Nesse sentido, de acordo com Machado & Chatelard (2013), o trabalho do psicanalista no hospital exige a capacidade de se reinventar, criando meios e condições para a instalação dos dispositivos psicanalíticos. Diante de situações de crise, urgência e sofrimento tão frequentes no ambiente hospitalar é fundamental que ele consiga instaurar um espaço simbólico que possibilite a prática da psicanálise.
Dessa forma, é perceptível como a psicanálise tem um papel fundamental no ambiente hospitalar, ao reconhecer e valorizar a subjetividade do paciente. O psicanalista, por meio da escuta atenta e empática, busca compreender as especificidades de cada sujeito, oferecendo acolhimento em um momento marcado não apenas pelo adoecimento físico, mas também pelo sofrimento psíquico. Essa escuta cuidadosa permite que o paciente se sinta verdadeiramente ouvido, respeitado e reconhecido em sua dor. Além disso, o trabalho psicanalítico estende-se também aos acompanhantes e à equipe hospitalar, contribuindo para um cuidado mais humanizado, sensível e integral.
4.2 Limitações e desafios enfrentados pela Psicanálise Hospitalar
A Psicanálise Hospitalar, como uma abordagem da Psicologia Hospitalar, apresenta alguns desafios e limitações em sua prática que devem ser considerados. Assim, conforme relatos colhidos por Dutra & Ferrari (2003), as dificuldades dessa abordagem no contexto do hospital são relativas às questões do próprio trabalho clínico, relacionando-se com a demanda, com a transferência, com o tratamento, com o lugar do analista naquele ambiente e com a construção do caso clínico. Nesse sentido, o psicanalista hospitalar tem que enfrentar também a dificuldade de se pensar o diagnóstico estrutural de seu analisando (COSTA & COSTA-ROSA & AMARAL, 2016).
Uma outra dificuldade manifestada na prática desse profissional é a complexidade dos casos que chegam até ele, pois os pacientes podem tanto estar enfrentando doenças graves, quanto traumas físicos e emocionais agudos e situações de crise. Dessa forma, o profissional psicanalista deve adaptar suas técnicas tradicionais para atender às necessidades específicas desses pacientes. Outrossim, o paciente pode chegar ao hospital com qualquer tipo de problema e, por isso, o psicanalista precisa estar pronto para agir de forma rápida e eficaz. Para isso, ele necessita de flexibilidade e capacidade de adaptação e de lidar com situações geradoras de estresse (CAMPOS, 2025).
De mesma maneira, as questões espaciais se manifestam como limitações para a prática da Psicanálise no ambiente hospitalar, uma vez que os atendimentos podem ocorrer em locais improvisados como os corredores da instituição, salas compartilhadas ou mesmo os próprios leitos, o que exige do profissional o manejo clínico da situação e uma boa capacidade de adaptação, já que é possível que outros pacientes ou mesmo os acompanhantes escutem o que for falado durante a intervenção psicológica, o que pode comprometer a confidencialidade das informações e a privacidade do atendimento psicológico, que são componentes que estão presentes no contexto de consultório clínico convencional (CAMPOS, 2025; MACHADO & CHATELARD, 2013; SILVA & AGUIAR & COSTA, 2022). Além disso, outro desafio que pode ser destacado na prática psicanalítica no hospital é a necessidade do trabalho em conjunto com profissionais da equipe multiprofissional que pertencem a múltiplas áreas de atuação (CAMPOS, 2025).
Por sua vez, Silva, Aguiar & Costa (2022) pontuam como desafio do psicanalista no hospital a diferenciação do contexto hospitalar do setting terapêutico clínico usual que não é passível de replicação no ambiente dessa instituição da saúde. Assim, esse profissional, em frente a esse novo campo de atuação, se vê diante da necessidade de se afastar das normas e padrões utilizados pelas técnicas convencionais e da limitação de materiais e instrumentos a serem utilizados em sua prática (MACHADO & CHATELARD, 2013). Dessa forma, conforme destacam Machado & Chatelard (2013), a condição mínima para o trabalho da Psicanálise no hospital é a habilidade do profissional de propor meios de oferecer condições adequadas para a implementação dos dispositivos psicanalíticos. Portanto, ainda conforme as autoras, é imprescindível que, nesse contexto, o psicanalista, diante de tantas situações de urgência e de imprevisibilidade, crie condições simbólicas para que a prática psicanalítica ocorra de maneira eficaz.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A psicanálise, desde suas origens com Freud, dedica-se à escuta do inconsciente, à compreensão dos conflitos internos e do sofrimento psíquico. Já a psicologia hospitalar, por sua vez, surge para ampliar o entendimento e o tratamento dos aspectos psicológicos em torno do adoecimento, tendo como principal objetivo a minimização do sofrimento provocado pelo processo de hospitalização tanto nos pacientes quanto em seus familiares. Nesse sentido, a psicanálise hospitalar se configura como um campo de atuação que une esses dois saberes, propondo uma escuta clínica sensível e aprofundada dentro do ambiente hospitalar. Assim, buscando oferecer um espaço de fala em meio ao silêncio, a objetificação e a patologização que muitas vezes predominam nos hospitais.
Portanto, ao considerar o sujeito em sua singularidade, mesmo diante da limitação do tempo e das condições institucionais, a psicanálise hospitalar contribui de forma significativa para o cuidado integral do paciente, fortalecendo as práticas interdisciplinares, promovendo reflexões éticas e reconhecendo a dimensão psíquica como essencial no processo de adoecimento e de recuperação. Assim, ela reafirma a importância da escuta ativa e de um olhar humanizado, que acolhe não apenas o corpo, mas também a subjetividade daquele que sofre.
Dessa forma, estudar a psicanálise hospitalar é de grande relevância tanto para o avanço da ciência psicológica quanto para a ampliação de práticas clínicas mais sensíveis às singularidades do sujeito adoecido. A escassez de estudos na área aponta para a necessidade de mais pesquisas que aprofundem seus efeitos, limites e possibilidades de atuação. Assim, este estudo contribui para abrir caminhos e fomentar discussões que impulsionem novas investigações e fortaleçam a presença da psicanálise no campo hospitalar, visto que ela reafirma a importância de uma escuta que resgata o sujeito onde ele costuma ser silenciado.
REFERÊNCIAS
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1Discente do Curso Superior de Psicologia do Instituto Christus Faculdade do Piauí. E-mail: ayssacarvalho00@gmail.com
2Discente do Curso Superior de Psicologia do Instituto Christus Faculdade do Piauí. E-mail: francijairolimadacosta@gmail.com
3Discente do Curso Superior de Psicologia do Instituto Christus Faculdade do Piauí. E-mail: liviaduarte92939@gmail.com
4Discente do Curso Superior de Psicologia do Instituto Christus Faculdade do Piauí. E-mail: arianedasilva1206@gmail.com
5Discente do Curso Superior de Psicologia do Instituto Christus Faculdade do Piauí. E-mail: sabrinaeloane2@gmail.com
6Discente do Curso Superior de Psicologia do Instituto Christus Faculdade do Piauí. E-mail: cailanagalvao1@gmail.com
7Docente do Curso Superior de Psicologia do Instituto Christus Faculdade do Piauí. Psicóloga Especialista. E- mail: jairamcosta@yahoo.com.br
8Docente do Curso Superior de Psicologia do Instituto Christus Faculdade do Piauí. Psicóloga Especialista. E- mail:psisavanna@gmail.com