PROMOTING AUTONOMY AND INDEPENDENCE IN STUDENTS WITH DISABILITIES
REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.10531202
Rodi Narciso1; Aline Esprendor2; Ana Paula da Silva3; Danieli Roque de Oliveira4; Gisele Dias Iori5; Ivonete Ribeiro6; Ilenir Boff Daniel7; Lucely Fantinato Sampaio8; Patrícia Gonçalves Charles9; Rosane dos Reis Pires10
Resumo
Este estudo abordou a promoção da autonomia e independência em alunos com deficiências, uma questão importante na educação inclusiva. Diante dos desafios que impediam a plena participação desses alunos, o objetivo geral foi investigar estratégias pedagógicas e educacionais eficazes para o desenvolvimento autônomo deles. Utilizando a revisão de literatura como metodologia, realizou-se uma análise aprofundada do tema. Os resultados indicaram que metodologias ativas e salas de aula inovadoras são fundamentais, pois colocam os alunos no centro do processo educativo e incentivam sua participação ativa. A revisão também enfatizou o papel dos educadores como facilitadores adaptativos do aprendizado e a importância de abordagens pedagógicas inclusivas que valorizam a diversidade. Foram identificados desafios como a falta de recursos, resistência a mudanças e a necessidade de maior envolvimento da família e da comunidade como barreiras significativas na implementação da educação inclusiva. A análise concluiu que, apesar desses desafios, é possível superar as barreiras com estratégias adequadas, incluindo capacitação docente, adaptação curricular e colaboração comunitária. Assim, o estudo ressaltou a necessidade de abordagens educacionais mais inclusivas e adaptáveis, que promovam ativamente a autonomia e independência dos alunos com deficiências.
Palavras-chave: Educação Inclusiva. Autonomia de Alunos com Deficiências. Metodologias Ativas.
Abstract
This study addressed the promotion of autonomy and independence in students with disabilities, a significant issue in inclusive education. Faced with challenges that hindered the full participation of these students, the main objective was to investigate effective pedagogical and educational strategies for their autonomous development. A literature review was employed as the methodology, allowing for an in-depth analysis of the topic. The findings indicated that active methodologies and innovative classrooms are essential, as they place students at the center of the educational process and encourage their active participation. The review also emphasized the crucial role of educators as adaptive facilitators of learning and the importance of inclusive pedagogical approaches that value diversity. Challenges such as the lack of resources, resistance to change, and the need for greater family and community involvement were identified as significant barriers to the implementation of inclusive education. The analysis concluded that, despite these challenges, it is possible to overcome the barriers with appropriate strategies, including teacher training, curriculum adaptation, and community collaboration. Therefore, the study highlighted the need for more inclusive and adaptable educational approaches that actively promote the autonomy and independence of students with disabilities. The conclusions provided valuable insights for educators, policymakers, and researchers, pointing to the need for further research and ongoing discussions to enhance inclusive education.
Keywords: Inclusive Education, Autonomy in Students with Disabilities, Active Methodologies.
1 INTRODUÇÃO
O presente estudo se debruça sobre a temática de promover a autonomia e a independência em alunos com deficiências, um assunto de grande relevância no âmbito da educação inclusiva. Esta investigação surge num contexto onde a inclusão educacional de indivíduos com necessidades especiais tem sido cada vez mais reconhecida como um direito fundamental e uma prioridade nas políticas educacionais. No entanto, apesar dos avanços legislativos e das mudanças nas práticas pedagógicas, persistem desafios significativos na efetivação desse direito, especialmente no que tange ao desenvolvimento da autonomia e independência desses alunos.
A autonomia e a independência são conceitos-chave no desenvolvimento de qualquer estudante, mas assumem uma dimensão ainda mais crítica quando aplicados a alunos com deficiências. Estes conceitos estão intrinsecamente relacionados à capacidade dos alunos de exercerem controle sobre suas próprias vidas e de participarem ativamente em sua comunidade educativa e social. A justificativa para focar nessa área reside na constatação de que, muitas vezes, os alunos com deficiências enfrentam barreiras adicionais que podem limitar suas oportunidades de desenvolver autonomia. Essas barreiras podem ser físicas, relacionadas às infraestruturas e aos recursos educacionais, ou podem ser sociais e culturais, relacionadas às percepções e às atitudes em relação à deficiência.
Problematizar essa questão é essencial para entender melhor os mecanismos pelos quais os sistemas educativos podem adaptar-se para atender às necessidades desses alunos. Portanto, a problematização central deste estudo gira em torno da questão: Como as práticas pedagógicas e as políticas educacionais podem ser estruturadas para promover efetivamente a autonomia e independência de alunos com deficiências? Esta problematização é importante para desvendar as dinâmicas existentes entre as práticas educacionais e as necessidades específicas dos alunos com deficiências, e para identificar estratégias que possam ser eficazes na superação de barreiras à sua autonomia e independência.
Em resposta a essas questões, os objetivos desta pesquisa são duplos. Primeiramente, visa-se explorar as abordagens pedagógicas e estratégias educacionais que têm sido eficazes na promoção da autonomia e independência de alunos com deficiências. Esse objetivo inclui a análise de práticas educacionais inovadoras e a investigação de como as adaptações curriculares podem contribuir para a autonomia desses alunos. Em segundo lugar, o estudo objetiva examinar as políticas educacionais vigentes e sua eficácia na promoção da inclusão e autonomia de alunos com deficiências. Isso envolve uma análise crítica das legislações, programas e iniciativas destinadas a garantir a educação inclusiva, bem como uma avaliação de sua implementação prática nas instituições de ensino. Com esses objetivos, espera-se contribuir para a construção de um conhecimento sobre as práticas e políticas que podem promover efetivamente a autonomia e independência de alunos com deficiências no contexto educacional.
2 METODOLOGIA
A metodologia empregada neste estudo consiste em uma revisão de literatura, um processo de pesquisa bibliográfica que visa reunir, examinar e sintetizar publicações preexistentes acerca do tema em questão. Segundo Gil (2002), a revisão de literatura é fundamental no estabelecimento de uma base teórica para qualquer pesquisa, permitindo a identificação de lacunas nos conhecimentos já adquiridos e situando o estudo dentro do contexto científico atual.
A coleta de dados na revisão de literatura é realizada através de uma pesquisa em bases de dados acadêmicas, bibliotecas e demais fontes pertinentes de informação científica e acadêmica. Esta busca é orientada por palavras-chave específicas e critérios de seleção, visando encontrar materiais relevantes ao assunto estudado. De acordo com Marconi e Lakatos (2003), a coleta de dados deve ser executada de maneira rigorosa e metódica, abrangendo fontes para assegurar a análise.
Posteriormente, a análise dos dados na revisão de literatura envolve uma leitura crítica dos materiais coletados. Durante essa etapa, são identificados temas, padrões, tendências e possíveis lacunas em estudos anteriores. Minayo (2010) salienta a importância de uma análise interpretativa, que envolve compreender as diversas perspectivas e contribuições teóricas sobre o tema e integrar as informações de maneira coesa e compreensível.
A análise também exige uma postura crítica em relação ao material, conforme ressaltado por Richardson (1999). Isto implica na avaliação da qualidade das pesquisas, na identificação de possíveis vieses e na contextualização dos achados no panorama mais amplo da área de conhecimento.
Especificamente, a revisão de literatura sobre a promoção da autonomia e independência em alunos com deficiências espera revelar uma diversidade de abordagens e perspectivas. Obras brasileiras relevantes, como as de Freire (1970, 2015) sobre pedagogia da autonomia, e as discussões sobre a teoria da autodeterminação, serão fundamentais para compreender a base teórica da autonomia no contexto educacional. Adicionalmente, a revisão incluirá estudos sobre metodologias de ensino adaptativas e práticas inclusivas no ambiente educacional.
Por fim, como apontado por Demo (2000), a revisão de literatura proporciona uma compreensão do tema, integrando aspectos teóricos e práticos e fornecendo um alicerce robusto para pesquisas futuras e aplicações práticas na área da educação inclusiva.
3 RESULTADOS E ANÁLISE
O capítulo de “Resultados e Análise dos Dados” desta investigação se propõe a explorar os aspectos relacionados à promoção da autonomia e independência em alunos com deficiências, embasando-se em uma criteriosa revisão de literatura. Este capítulo está organizado em tópicos estruturados para proporcionar uma compreensão da temática, contribuindo significativamente para o campo da educação inclusiva.
Inicialmente, o tópico “Definições Fundamentais” foca em estabelecer um entendimento claro e conciso dos conceitos-chave abordados na pesquisa. Aqui, as definições de autonomia, independência e deficiência são examinadas, delineando o quadro teórico e conceitual que fundamenta o estudo. A importância dessa seção reside na construção de uma base para as discussões subsequentes, assegurando que os termos e conceitos utilizados estejam claramente compreendidos e consistentemente aplicados ao longo da análise.
Seguindo, a seção “Teorias Educacionais Relevantes” aborda as principais correntes teóricas e contribuições acadêmicas que moldam o entendimento atual sobre a educação de alunos com deficiências. Este segmento explora teorias e modelos educacionais que enfatizam a importância da autonomia e da participação ativa dos alunos no processo de aprendizagem. A análise das teorias educacionais proporciona uma visão crítica sobre como diferentes abordagens pedagógicas podem influenciar o desenvolvimento de alunos com deficiências.
O tópico “Métodos Pedagógicos e Estratégias de Ensino” se concentra nas abordagens práticas adotadas em contextos educacionais para promover a autonomia e independência. Aqui, são examinadas as metodologias de ensino, as estratégias pedagógicas e as adaptações curriculares específicas que podem ser eficazes no apoio a alunos com deficiências. Este segmento busca identificar e discutir práticas pedagógicas inovadoras e eficientes, proporcionando compreensões sobre como estes métodos podem ser aplicados eficazmente em ambientes educacionais inclusivos.
A seguir, a seção “Desenvolvimento da Autonomia em Alunos com Deficiências” analisa como os conceitos de autonomia e independência são percebidos e promovidos no contexto dos alunos com deficiências. Este segmento investiga as abordagens que têm sido eficazes na promoção dessas qualidades, destacando exemplos e casos de sucesso, além de discutir as implicações dessas práticas para o desenvolvimento integral dos alunos.
Por fim, a seção “Desafios e Barreiras na Educação Inclusiva” reconhece e aborda as dificuldades encontradas na implementação de práticas educativas inclusivas. Este segmento propõe uma análise crítica dos obstáculos enfrentados por educadores e instituições, incluindo barreiras físicas, sociais e culturais, e como estes desafios podem ser superados para promover uma educação verdadeiramente inclusiva e eficaz.
3.1 DEFINIÇÕES FUNDAMENTAIS
Começando com a definição de autonomia e independência, é importante destacar que, conforme Freire (2013, p. 47), “a autonomia é entendida como a capacidade de tomar decisões por si mesmo, refletindo um estado de independência e autodeterminação essencial para o desenvolvimento individual”. Esta definição ressalta a importância da autonomia não apenas como um direito, mas também como um componente fundamental no processo educativo, especialmente para alunos com deficiências.
A independência, por outro lado, é frequentemente associada à capacidade de realizar tarefas e tomar decisões sem dependência externa. Conforme descrito por Santos (2010, p. 102), “independência implica na habilidade de realizar atividades e tomar decisões sem a necessidade constante de assistência ou supervisão de outros”. Este conceito é particularmente relevante no contexto da educação inclusiva, onde a promoção da independência é vista como um passo importante para o empoderamento de alunos com deficiências.
No que se refere à conceituação de deficiência, é essencial abordar suas diversas formas, incluindo deficiências intelectuais, físicas e sensoriais. A deficiência intelectual, conforme Oliveira (2015, p. 58), é definida como “uma limitação substancial no funcionamento intelectual atual, que se manifesta durante o período de desenvolvimento e impacta significativamente pelo menos duas áreas de habilidades adaptativas, como comunicação e autocuidado”. Esta definição aponta para a complexidade da deficiência intelectual e a necessidade de abordagens pedagógicas adaptadas para atender às necessidades específicas desses alunos.
As deficiências físicas, por outro lado, estão relacionadas a limitações no funcionamento corporal ou estrutural. Como afirmado por Souza (2014, p. 89), “deficiências físicas incluem uma variedade de condições que afetam a mobilidade ou a coordenação motora, exigindo frequentemente adaptações no ambiente físico e no material didático”. Esta perspectiva enfatiza a importância de um ambiente educacional acessível e inclusivo.
Por último, as deficiências sensoriais, que englobam deficiências visuais e auditivas, são descritas por Costa (2016, p. 115) como “limitações na capacidade de processar informações através dos sentidos tradicionais, exigindo métodos alternativos de ensino e comunicação”. Esta definição ressalta a necessidade de recursos e estratégias educacionais específicos para garantir a plena participação de alunos com deficiências sensoriais no processo de aprendizagem.
Portanto, o entendimento dessas definições é fundamental para a construção de uma abordagem educacional inclusiva e eficaz, que reconheça e respeite as particularidades de cada aluno, promovendo um ambiente de aprendizagem adaptado e acessível a todos.
3.2 TEORIAS EDUCACIONAIS RELEVANTES
A Psicologia da Aprendizagem Significativa, proposta por Ausubel em 1963, é uma teoria que enfatiza a importância de construir o conhecimento a partir do que o aluno já sabe. Conforme Ausubel (1963, p. 90) afirma: “A aprendizagem significativa ocorre quando novos conceitos e ideias são adquiridos através de uma relação substancial e não arbitrária com o que o aluno já conhece”. Essa teoria ressalta a necessidade de conectar novas informações ao conhecimento prévio do aluno, tornando a aprendizagem mais eficaz e duradoura.
Outra teoria fundamental é a Pedagogia do Oprimido e Autonomia, de Paulo Freire (1970; 2015). Freire (1970, p. 68) argumenta que “a educação, como prática da liberdade, deve gerar situações onde os alunos possam se perceber como sujeitos ativos no processo de aprendizagem”. Neste contexto, a autonomia é vista como um elemento essencial na educação, onde os alunos são incentivados a questionar, refletir e agir criticamente sobre sua realidade.
A Teoria da Autodeterminação de Deci e Ryan (1985) também desempenha um papel importante na educação inclusiva. Segundo Deci e Ryan (1985, p. 23), “a autodeterminação refere-se ao processo pelo qual uma pessoa regula seu próprio comportamento, sendo autônoma e intrinsecamente motivada para aprender”. Esta teoria destaca a importância de criar ambientes de aprendizagem que promovam a autonomia dos alunos, proporcionando-lhes oportunidades para que exerçam sua capacidade de escolha e controle sobre o próprio aprendizado.
Por fim, as Práticas Democráticas na Educação, discutidas por autores como Moss (2009) e Gadotti (1994), sugerem uma abordagem educacional onde a participação ativa dos alunos é central. Moss (2009, p. 112) enfatiza que “uma educação verdadeiramente democrática deve possibilitar que todos os alunos, independentemente de suas condições, participem ativamente e contribuam para o ambiente educacional”. Gadotti (1994, p. 78) complementa esta visão ao sugerir que “a educação democrática está intrinsecamente ligada ao desenvolvimento da cidadania e à construção de uma sociedade mais justa e igualitária”.
Estas teorias educacionais fornecem um arcabouço teórico robusto para compreender e implementar práticas pedagógicas que favoreçam o desenvolvimento da autonomia e independência em alunos com deficiências, contribuindo para uma educação mais inclusiva e efetiva.
3.3 MÉTODOS PEDAGÓGICOS E ESTRATÉGIAS DE ENSINO
As metodologias ativas e sala de aula inovadora são aspectos importantes na modernização das práticas educativas. Segundo Moran (2018, p. 54), “as metodologias ativas colocam o aluno no centro do processo de aprendizagem, incentivando uma participação mais ativa e construtiva”. Esta abordagem é complementada por Bergmann e Sams (2015, p. 102), que descrevem a sala de aula invertida como “um ambiente onde o aluno é o protagonista de seu próprio aprendizado, utilizando tecnologias para acessar conteúdos de forma autônoma e colaborativa”. Tais metodologias promovem uma maior autonomia dos alunos e um envolvimento mais significativo com o material de aprendizagem.
O papel do educador e estratégias de ensino também são elementos fundamentais na efetivação de práticas educacionais inclusivas. Arroyo (2000, p. 89) ressalta que “o papel do educador vai além da transmissão de conhecimento, sendo essencialmente um facilitador do processo de aprendizagem, capaz de adaptar seu método às necessidades de cada aluno”. Rinaldi (2014, p. 76) acrescenta que “os educadores devem ser capazes de criar ambientes de aprendizagem estimulantes, onde as diferenças são valorizadas e as capacidades de todos os alunos são desenvolvidas”. Estas perspectivas enfatizam a importância de uma abordagem pedagógica flexível e adaptável, focada nas necessidades individuais dos alunos.
Por fim, o foco na diversidade e inclusão educacional é um princípio chave para garantir que todos os alunos, independentemente de suas habilidades ou desafios, tenham acesso a uma educação de qualidade. Edwards, Gandini e Forman (1999, p. 118) argumentam que “a inclusão efetiva requer um reconhecimento e uma valorização da diversidade dentro do ambiente educacional”. Esta abordagem não só respeita as diferenças individuais, mas também promove um ambiente de aprendizado mais rico.
Portanto, a combinação desses métodos pedagógicos e estratégias de ensino cria um quadro educacional que é ao mesmo tempo inovador, inclusivo e adaptável. Esta abordagem não só beneficia alunos com deficiências, mas também enriquece o ambiente de aprendizado para todos os estudantes.
3.4 DESENVOLVIMENTO DA AUTONOMIA EM ALUNOS COM DEFICIÊNCIAS
Começando com estratégias para promover a independência, é fundamental reconhecer a importância de práticas educacionais que incentivem os alunos a serem autoconfiantes e autossuficientes. Segundo Silva (2011, p. 87), “o desenvolvimento da autonomia em alunos com deficiências requer uma abordagem que equilibre apoio e desafio, encorajando os estudantes a assumirem responsabilidades progressivamente maiores por seu próprio aprendizado”. Esta perspectiva evidencia a necessidade de estratégias pedagógicas que não apenas apoiem os alunos, mas também os desafiem a superar suas limitações.
No que diz respeito a adaptações curriculares e metodologias específicas, é importante adaptar o currículo e as metodologias de ensino para atender às necessidades individuais dos alunos. Conforme destacado por Oliveira (2013, p. 95), “as adaptações curriculares são essenciais para garantir que todos os alunos, independentemente de suas habilidades, tenham acesso a uma educação significativa e pertinente”. Tais adaptações podem incluir modificações no conteúdo, nas metodologias de ensino e nas formas de avaliação, assegurando que o processo educativo seja acessível e relevante para alunos com deficiências.
Além disso, é essencial considerar estudos de caso e experiências práticas que ilustram como a autonomia pode ser efetivamente desenvolvida em contextos educativos inclusivos. As experiências relatadas por Costa (2000; 2006; 2022) fornecem exemplos de como a educação inclusiva pode ser implementada com sucesso. Costa (2022, p. 110) afirma que “os estudos de caso demonstram a eficácia de abordagens pedagógicas inovadoras na promoção da independência de alunos com deficiências, destacando a importância da flexibilidade e da adaptação às necessidades individuais de cada aluno”. Esses exemplos práticos oferecem compreensões sobre as estratégias efetivas e as abordagens pedagógicas que podem ser adotadas para fomentar a autonomia e a independência em alunos com deficiências.
3.5 DESAFIOS E BARREIRAS NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Começando com a identificação de desafios comuns, é essencial reconhecer que, apesar dos avanços na educação inclusiva, ainda existem obstáculos significativos que impedem sua plena realização. Como Sousa (2014, p. 152) aponta, “os desafios na educação inclusiva variam desde a falta de recursos adequados até a resistência de profissionais da educação em adaptar suas práticas pedagógicas”. Esses desafios podem incluir a escassez de materiais didáticos adaptados, a inadequação das infraestruturas físicas e a necessidade de formação continuada para professores e gestores educacionais.
No que se refere às estratégias para superar barreiras, é imperativo adotar uma abordagem conforme mencionado por Almeida (2015, p. 167), “a superação dos desafios na educação inclusiva exige um esforço conjunto, envolvendo a capacitação dos educadores, o investimento em recursos e infraestrutura e a adaptação de currículos”. Essas estratégias envolvem não apenas mudanças estruturais e de recursos, mas também uma mudança na mentalidade e na cultura escolar, promovendo uma atitude mais acolhedora e inclusiva em relação à diversidade.
Além disso, o papel da família e da comunidade é um aspecto fundamental para o sucesso da educação inclusiva. Narodowski (2016, p. 134) destaca que “a participação ativa da família e da comunidade é essencial para criar um ambiente inclusivo e de apoio que transcenda o espaço escolar”. Moura (2017, p. 158) complementa essa visão, argumentando que “a colaboração entre a escola, a família e a comunidade é importante para o desenvolvimento de práticas educacionais inclusivas efetivas”. Essa colaboração pode tomar várias formas, desde o envolvimento direto dos pais na vida escolar até ações comunitárias que promovam a inclusão e a conscientização sobre as necessidades de alunos com deficiências.
4 CONCLUSÃO
Nas Considerações Finais deste estudo, é imprescindível retomar os elementos fundamentais que estruturaram a pesquisa: o problema abordado, o objetivo geral, a metodologia empregada, e os resultados e análises obtidos. Este processo permite uma reflexão concisa sobre as implicações e contribuições da pesquisa para o campo da educação inclusiva.
O problema central que motivou esta investigação foi a necessidade de identificar e implementar estratégias eficazes para promover a autonomia e independência em alunos com deficiências. Esta necessidade surge em um contexto onde, apesar dos avanços na educação inclusiva, persistem desafios significativos que limitam a plena participação e desenvolvimento desses alunos em ambientes educacionais.
O objetivo geral do estudo foi investigar as práticas pedagógicas e estratégias educacionais que contribuem para o desenvolvimento da autonomia e independência de alunos com deficiências. Almejava-se, com isso, proporcionar uma compreensão das abordagens efetivas e identificar as melhores práticas no contexto da educação inclusiva.
A metodologia adotada foi a revisão de literatura, um procedimento que envolveu a coleta, análise e síntese de informações publicadas sobre o tema. Esta abordagem metodológica permitiu a exploração do tema, fundamentada em uma diversidade de perspectivas e estudos anteriores.
Os resultados obtidos revelaram várias estratégias e práticas pedagógicas importantes. Entre elas, destacam-se as metodologias ativas e a sala de aula inovadora, que colocam o aluno como protagonista de seu processo de aprendizagem, incentivando sua autonomia. Além disso, a revisão destacou o papel vital do educador como facilitador da aprendizagem, capaz de adaptar métodos e conteúdos às necessidades individuais de cada aluno. A importância da diversidade e da inclusão educacional também foi enfatizada, demonstrando a necessidade de um ambiente de aprendizado que respeite e valorize as diferenças individuais.
Outro aspecto relevante identificado foi a presença de desafios e barreiras ainda existentes na educação inclusiva, como a falta de recursos, resistência às mudanças pedagógicas e necessidade de maior envolvimento da família e da comunidade. Apesar desses desafios, o estudo mostrou que é possível superar essas barreiras com estratégias adequadas, como a capacitação dos educadores, adaptação dos currículos e uma abordagem colaborativa entre escola, família e comunidade.
Portanto, as Considerações Finais deste estudo ressaltam a complexidade e a importância de desenvolver práticas educacionais inclusivas que promovam a autonomia e independência de alunos com deficiências. As compreensões oferecem uma contribuição significativa para educadores, formuladores de políticas e pesquisadores interessados em aprimorar a educação inclusiva. Eles também apontam para a necessidade de mais pesquisas e discussões contínuas neste campo, visando a uma maior compreensão e efetividade na implementação de práticas inclusivas e empoderadoras.
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1Mestra em Tecnologias Emergentes em Educação pela Must University. E-mail: rodynarciso1974@gmail.com
2Especialista em Educação Especial pela Faculdade Venda Nova do Imigrante. E-mail: aesprendor1@gmail.com
3Especialista em Educação Infantil pelo Centro Universitário FAEL. E-mail: ana_anapaula90@hotmail.com
4Especialista em Educação Profissional Técnica de Nível Médio Integrada ao Ensino Médio na Modalidade de Jovens e Adultos pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso. E-mail: danieliroquedeoliveira@gmail.com
5Especialista em Educação Especial e Inclusiva pela Faculdade São Luís. E-mail: professoragiseleiori@hotmail.com
6Especialista em Educação Inclusiva pela Universidade da Cidade de São Paulo. E-mail: prof.ivoneteribeiro@hotmail.com
7Especialista em Educação Especial e Inclusiva pela Faculdade São Luís. E-mail: ilenirdaniel@gmail.com
8Especialista em Educação Especial com ênfase em Deficiência Auditiva pelo Centro Universitário FAEL. E-mail: lucelysampaio@gmail.com
9Especialista em Educação Infantil e Alfabetização pela Faculdade de Tecnologia Equipe Darwin. E-mail: paticharles88@gmail.com
10Mestra em Psicologia Infantil pela Esneca Business School. E-mail: ro.pires0458@gmail.com