REGISTRO DOI10.5281/zenodo.10145072
Jennyffe Aparecida Riques Nunes1
Francisca Tamires de Sousa Matos2
João de Sousa Pinheiro Barbosa3
Resumo: Objetivo: Analisar o nível de conhecimento de gestantes sobre a aplicação das técnicas de primeiros socorros ensinadas durante o pré-natal. Métodos: Foi realizada revisão integrativa da literatura utilizando Descritores de Saúde (DeCS)/Medical Subject Headings (MeSH) em combinação com operadores booleanos (AND e OR) para as palavras-chave “Gestantes”, “Conhecimento” e “Primeiros Socorros”. . A busca foi realizada nas seguintes bases de dados: Scientific Electronic Library Online (SciELO), PubMed Central® (PMC) e Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME).
Resultados: A análise dos artigos selecionados revela que a promoção dos primeiros socorros infantis tem sido enfatizada na assistência pré-natal ao longo das décadas. primeiros socorros para crianças. Conclusão: Este estudo enfatiza a importância das oficinas de primeiros socorros infantis como componente integrante da assistência pré-natal. Estas oficinas têm o potencial de melhorar a segurança e o bem-estar das mulheres grávidas durante o pré-natal e após o parto. Além disso, destacam que 80% das mortes evitáveis na primeira infância podem ser prevenidas através da educação em saúde durante o pré-natal.
Palavras-chaves: Gestante, Conhecimento e Primeiros Socorros.
Abstract: Objective: of this study is to analyze the level of knowledge of pregnant women about the application of first aid techniques taught during prenatal care.
Methods: An integrative literature review was performed using Health Descriptors (DeCS)/Medical Subject Headings (MeSH) in combination with Boolean operators (AND and OR) for the keywords “Pregnant women”, “Knowledge” and “First Aid”. . The search was carried out in the following databases: Scientific Electronic Library Online (SciELO), PubMed Central® (PMC) and Latin American and Caribbean Center on Health Sciences Information (BIREME).
Results: The analysis of the selected articles reveals that the promotion of infant first aid has been emphasized in prenatal care over the decades. first aid for children.
Conclusion: This study emphasizes the importance of infant first aid workshops as an integral component of prenatal care. These workshops have the potential to improve the safety and well-being of pregnant women during prenatal care and after delivery. In addition, they highlight that 80% of preventable deaths in early childhood can be prevented through health education during prenatal care.
Keywords: Pregnant woman, Knowledge and First Aid.
INTRODUÇÃO
O pré-natal é um atendimento integral para o processo de cuidado da saúde da mulher e da criança, para o bom desenvolvimento da gestação, para promover a saúde fetal e materna e identificar riscos potenciais em ambos, pois permitem que você intervenha, se for necessário. (SANTOS; SOUZA, 2021). Além disso, ajuda a reduzir a mortalidade materna e neonatal, considerada um indicador da qualidade dos serviços de saúde (TIMM et al., 2019).
De acordo com o Caderno de Atenção Básica número 32 (CAB nº 32) Ministério da Saúde (2018), as mulheres têm o direito de ter uma assistência humanizada, segura e de qualidade na gestação, parto e pós-parto. A humanização nos atendimentos para a mulher e a criança faz parte da Política Nacional de Humanização que é denominada HUMANIZASUS (VERBIST, 2006). O pré-natal tem como objetivo garantir que a mulher seja acolhida durante as consultas e que o feto nasça com saúde. (SCHIRMMER, 2000). A consulta de enfermagem é privativa do enfermeiro, conforme disposto na Lei de nº 7.498, de 25 de junho de 1986 (COFEN, 1986). A Portaria GM/MS nº 2.436, de 21 de setembro de 2017 do Ministério da Saúde que institui a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) que direciona os atendimentos na atenção básica brasileira nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) atribui ações específicas para todos os membros da Estratégia Saúde da Família (ESF) como a consulta de enfermagem no pré-natal, puerpério entre outras ações desenvolvidas pelo enfermeiro da Saúde da Família e Comunidade.
No Brasil é preconizado no mínimo seis consultas para o atendimento ao pré-natal que será distribuído nos trimestres de gestação nos estabelecimentos de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) e privado, por esse número de consultas estão relacionadas a identificação, tratamento e prevenção de problema de saúde que possa surgir para mulher, criança e família (BRASIL, 2016).
Os enfermeiros têm um contato mais direto com as gestantes no período do pré-natal, é nessa etapa em que os mesmos irão criar um vínculo de confiança com elas. O enfermeiro pode e deve realizar toda assistência da gestante com pré-natal de risco habitual, mas o mesmo precisa estar devidamente capacitado para colocar em prática todo o seu conhecimento adquirido previamente para atuar durante o pré-natal e nascimento do bebê (BRASIL, 2007).
O papel que a enfermagem desempenha durante o período de pré-natal e pós-natal é majoritariamente importante tanta para mãe quanto o bebê, pois é nesse momento que o enfermeiro coloca em vigor todo o seu saber teórico-prático para assim prestar uma assistência qualificada evidenciada em seus conhecimentos científicos (BRASIL, 2007). Enfermeiros são profissionais que orientam as gestantes através das consultas de pré-natal, essas orientações devem ser feitas de maneira clara e objetiva para que haja satisfação da gestante. (CARRARA; OLIVEIRA, 2013). A falta de orientação adequada por parte dos pais, familiares e cuidadores para facilitar os primeiros socorros pode deixar as pessoas desinformadas e sem saber como agir em uma emergência. (FARIA et al., 2018). É preciso adotar uma abordagem proativa para a prevenção de acidentes e dar a esta questão a mesma prioridade que qualquer outra, incluindo o desenvolvimento saudável.
A prevenção de acidentes precisa ser discutida nas discussões sobre a assistência de enfermagem, desde o pré-natal, consultas de puericultura e outras visitas de acompanhamento às crianças. Portanto, o desenvolvimento de medidas preventivas contribui para que medidas sejam praticadas e aplicadas. Para que seja eficaz na minimização de acidentes e suas consequências, principalmente os que envolvem crianças na primeira infância (ARAÚJO et al., 2017).
O treinamento de primeiros socorros não é apenas para profissionais de saúde, mas sim para pessoas da sociedade como um todo, fornecer assistência não é apenas aplicar as habilidades aprendidas, é importante analisar a cena, como a vítima está se comportando e buscar ajuda (RAGADALI et al., 2015).
Com isso, o objetivo do trabalho é analisar nas bases de dados eletrônico como é o nível de conhecimento das gestantes sobre aplicação dos primeiros socorros ensinados durante a gestação durante as consultas de pré-natal.
- REFERENCIAL TEÓRICO
O Pré-natal é dividido em acompanhamento pré-natal de risco habitual e de consultas pré-natal de alto risco. De acordo com o Caderno de Atenção Básica (CAB – 32) nº 32 do Ministério da Saúde, a assistência com essas mulheres deve compreender o atendimento ambulatorial e hospitalar de alto risco, caso seja necessário, uma vez que isso ajuda a reduzir os riscos para mãe eo bebê (BRASIL, 2012).
A Organização Mundial da Saúde (OMS, 2016) destaca que o objetivo do pré-natal é garantir o desenvolvimento saudável do bebê e um parto seguro para a mãe. Assistência ao pré-natal é um tipo de cuidado que é definido por condutas e procedimentos específicos voltados à saúde da mulher na integralidade, subjetividade e individualidade, compreendendo o período da concepção até o parto, vale ressaltar que a saúde da mulher extrapola o contexto de reprodução abrangendo toda sua vida. As estratégias de cuidado aqui utilizadas têm por finalidade a identificação, diagnóstico e tratamento de possíveis patologias, bem como prevenção de complicações durante o desenvolvimento fetal (SCHIRMMER, 2000).
Conforme a portaria GM/MS nº 1.459, de 24 junho de 2011 conhecida por rede cegonha para que uma assistência pré-natal seja efetiva, ela deve garantir:
A primeira consulta pré-natal até a 12ª semana de gestação; seis consultas durante o pré-natal sendo, preferencialmente, uma no primeiro trimestre, duas no segundo e três no terceiro trimestre da gestação; uma consulta no puerpério até 28 dias após o nascimento; os exames laboratoriais mínimos (ABO-Rh, na primeira consulta; VDRL, um exame na primeira consulta e uma na trigésima semana da gestação; urina tipo I, um exame na primeira consulta; glicemia de jejum, um exame na primeira consulta e um na trigésima semana da gestação; Hb/Ht, na primeira consulta e testagem anti-HIV, nos municípios com população acima de 50.000 hab.); aplicação de vacina antitetânica; atividades educativas; classificação de risco gestacional; e referência à gestação de alto risco (BRASIL, 2011, p.4 ).
Desse modo, as etapas a serem realizadas durante o pré-natal de risco habitual são: consultas regulares, normalmente mensais; exames clínicos para verificar pressão, peso, altura do útero, batimentos cardíacos do bebê e outros sinais importantes; exames laboratoriais, como hemograma completo, dosagem de glicose, dosagem de hormônios da tireoide, urina, entre outros; e ultrassonografia, que avalia o desenvolvimento (SANTOS et al., 2017). Além disso, é importante haver, durante as consultas, aconselhamento pré-natal, que vai desde alimentação, exercícios físicos adequados durante a gravidez, até planejamento familiar e cuidados com recém-nascidos (SANTOS et al., 2017).
A Lei Federal n 8.069 de 13 de julho de 1990 foi criada para que sejam assegurados os direitos das crianças e dos adolescentes tendo como objetivo a proteção e assistência que serão prestadas juntamente pela família, sociedade e Estado. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) faz promoção à Lei da Primeira Infância que estabelece princípios, regras, diretrizes e metas para que haja proteção de forma integral nos primeiros anos de vida das crianças. A primeira infância é caracterizada até os seis anos de idade de uma criança. (BRASIL, 2000).
Com base na primeira infância, enfatizou o direito à proteção legal. “Até mesmo antes do nascimento, de acordo com os artigos 7º e 8º do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), as gestantes têm o direito a participar do pré-natal e pós-natal no que diz respeito à implementação de políticas sociais públicas que possibilitem o parto digno, saudável e harmonioso. É garantida condições de vida, registro de nascimento, amamentação, assistência médica odontológica e medicamentos. (BRASIL, 2000).
A Lei Nº 13.257 de 08 de Março de 2016 lei da primeira infância dispõe sobre as políticas públicas que fazem alteração à Lei Nº 8.069, de 13 de julho de 1990 do Estatuto da Criança e do Adolescente o Decreto Legislativo 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovado pelo Decreto Legislativo 5.452, de 1º de maio de 1943 (BRASIL, 2016). Art. 8º da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 8º É assegurado a todas as mulheres o acesso aos programas e às políticas de saúde da mulher e de planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição adequada, atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e atendimento pré-natal, perinatal e pós-natal integral no âmbito do Sistema Único de Saúde (BRASIL, 2000). Os direitos previstos nesta lei incluem todas as crianças e adolescentes, sem distinção do nascimento, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência, desenvolvimento pessoal e nível de aprendizagem, situação econômica, origem social, região e local de residência, ou qualquer indivíduo, família ou outras condições que afetem a comunidade, em que vivem. (BRASIL, 2000).
A gestação é um momento muito especial e importante na vida da mulher. Por sua vez, uma gestação exige um acompanhamento multidisciplinar de saúde para que ocorra o mínimo de eventualidades e riscos possíveis. Por essa razão, no estudo desenvolvido por Duarte e Almeida (2014) salientam que a assistência prestada à mulher nessa etapa deve ser especial e deve visar o bem-estar da mãe e o pleno desenvolvimento do bebê. Nesse sentido, a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), aprovada em 2011, visa estabelecer diretrizes para a organização da Atenção Básica no país. No que tange à atenção à saúde da mulher, a PNAB destaca a importância do acompanhamento pré-natal adequado e o papel fundamental dos enfermeiros no acompanhamento da mãe e na promoção de saúde (BRASIL, 2011).
Segundo Scarton et al. (2015), um dos maiores erros cometidos por profissionais da saúde é o de não acolher a gravidez como um momento benéfico e fisiológico na vida das mulheres. Nesse sentido, é importante estabelecer a importância do enfermeiro no acompanhamento das gestantes, especialmente no pré-natal. Durante esse período, o enfermeiro atua de modo a auxiliar a mulher na marcação de consultas, resultado de exames, acompanhamento de aspectos clínicos e físicos, além de esclarecer eventuais dúvidas (SANTOS et al., 2017).
O enfermeiro deve prestar assistência às gestantes de forma integral, oferecendo um acompanhamento com escuta qualificada, identificando seus medos, angústias e desejos, proporcionando informações e orientações de forma clara, objetiva e coerente, visando o empoderamento das gestantes para a tomada de decisões e ações em relação à sua saúde e do seu bebê. O enfermeiro é responsável por prestar assistência qualificada em todas as fases do ciclo grávido-puerperal, visando garantir a qualidade da assistência e a promoção do cuidado humanizado e centrado nas necessidades da mulher” (SILVA, 2016, p. 6).
A partir disso, torna-se imprescindível que a formação acadêmica dos profissionais de enfermagem contemple experiências de aprendizagem acerca de como agir com o público gestante (MAIA, et al., 2016). Para Costa et al. (2017) a atuação do profissional da saúde é crucial para remover ou diminuir dúvidas, medos e angústias comuns durante a gravidez, o parto e o pós-parto. A partir das primeiras décadas do século XX a saúde da mulher passa a ser discutida e inserida em políticas públicas nacionais. Inicialmente, o foco se limitava às demandas relacionadas à gravidez e ao parto. Posteriormente, os programas de saúde feminina avançaram, mas ainda enfatizavam a dimensão procriativa da saúde da mulher, de modo que negligenciava as demais dimensões da saúde. Assim, os programas limitavam sua atenção a gestantes e crianças, gerando impacto nos indicadores de saúde da mulher (MEDEIROS e GUARESCHI, 2009). Na década de 80, em virtude da intensa atuação do movimento feminista, há a idealização, definição e implantação do Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), que incorporou princípios da constituição sobre o direito à saúde (SOUTO, 2008). Esse programa amplia a visão sobre a saúde da mulher, englobando agora uma atenção completa da saúde (MEDEIROS e GUARESCHI, 2009).
Nesse ínterim, o PAISM passa a reforçar a oferta de serviços clínico-ginecológicos e ações educativas, abrangendo problemas de saúde enfrentados pelas mulheres em todas as fases da vida, desde a adolescência até a terceira idade (OSIS, 1998). Conforme reitera Osis (1998), o planejamento familiar passou a ganhar muita importância quando o programa foi lançado, o que dialoga com a situação socioeconômica do país na época.
Em 1995, a agenda governamental do Brasil é impactada com uma nova articulação das mulheres e a retomada do tema Saúde da Mulher, influenciada principalmente, segundo Souto (2008), pela Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD), realizada em 1994. A partir dessa conferência, as políticas públicas de saúde abandonaram o foco no controle do crescimento populacional como meio de manutenção da situação econômica e social dos países (ONU, 1994).
Diante dessa nova conjuntura, o Ministério da Saúde, em 2004, lança a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM), através de um documento com seus princípios e diretrizes (BRASIL, 2011a). Essa política compreende a população feminina a partir dos 10 anos de idade e considera as amplas realidades sociais, características regionais e especificidades epidemiológicas dos municípios brasileiros. A proposta do PNAISM é ser um instrumento de apoio na implementação de ações de saúde para as mulheres. (BRASIL, 2015).
Uma das principais preocupações do PNAISM é reduzir os índices de mortalidade das mulheres por causas preveníveis e evitáveis. Uma das causas de mortalidade da mulher está associada ao ciclo gravídico-puerperal e a maior parte das mortes são evitáveis (BRASIL, 2015). As Razões de Mortalidade Materna (RMM) elevadas estão relacionadas às dificuldades de acesso a informações e serviços de saúde de boa qualidade, baixo grau de escolaridade, realidades socioeconômicas precárias, dentre outras. Ciente disso, as diretrizes dessa política preconizam que:
● A Política de Atenção à Saúde da Mulher deve atingir as mulheres em todos os ciclos de vida, respeitando as especificidades das diferentes faixas etárias e dos distintos grupos populacionais. Adicionalmente, o atendimento à mulher, durante a prestação de serviço pelo SUS, deve ter uma dinâmica inclusiva e ser norteado pelo respeito a todas as diferenças, sem discriminação e sem imposição de valores e crenças pessoais.
● As práticas de saúde deverão seguir o princípio da humanização, melhorando o grau de informação das mulheres, ampliando a sua capacidade de fazer escolhas conscientes, usando tecnologias apropriadas a cada caso e demonstrando interesse em diminuir o sofrimento associado ao processo de adoecimento;
● A elaboração, a execução e a avaliação das políticas de saúde da mulher deverão nortear-se pela perspectiva de gênero, de raça e de etnia. Ademais, a sociedade civil organizada deve ser estimulada e apoiada para fazer parte de cada um desses processos, em particular o movimento das mulheres (BRASIL, 2011a, p. 63 a 65).
Ademais, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM) entende que o pré-natal é um importante componente da atenção integral à saúde da mulher, e deve ser realizado por meio de um acompanhamento pré-natal adequado e qualificado (BRASIL, 2004). Segundo a PNAISM, o pré-natal é de suma importância para identificar doenças e riscos à saúde da mãe e do feto, o que evita complicações futuras. Desse modo, deve ser iniciado de preferência durante o primeiro trimestre da gestação, através de uma série de medidas preventivas e educativas que garantam uma atenção plena à saúde da mulher.
A mortalidade materna e infantil é uma questão amplamente discutida na sociedade e possui grande impacto social e na saúde pública. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2016, p. 6) a morte materna é “a morte da mulher durante a gestação ou num período de até 42 dias após seu término, independente da duração ou localização da gravidez, e por qualquer causa relacionada ou agravada pela gestação excetuando-se, porém, as causas acidentais ou incidentais”. Os óbitos maternos por causas indiretas são decorrentes de enfermidades pré-existentes ou surgidas durante a gravidez, parto ou puerpério que se agravaram, como acidentes vasculares ou anestésicos. Já os óbitos por causas diretas incluem as mortes decorrentes de complicações da gravidez, parto e puerpério, tais como intervenções inadequadas, omissões ou tratamentos incorretos como infecções, hemorragias e doenças hipertensivas específicas da gravidez (PINHEIRO, 2021).
De acordo com dados do Brasil (2011a), em 1996, a porcentagem de causas obstétricas diretas em relação à proporção de mortes maternas foi de 76,4%, enquanto as causas obstétricas indiretas corresponderam a 22%. Essa proporção significativamente maior de causas obstétricas diretas se manteve até a última data analisada pela pesquisa em 2010, com 66,7% para as causas diretas e 30,7% para as indiretas.
Dentre as explicações para os elevados números de mortes maternas estão os diversos problemas causados pela inadequada, ineficiente ou inexistente assistência pré-natal, além da precariedade dos serviços de saúde como consultas e exames (SOARES et al., 2009). Um acompanhamento pré-natal consegue identificar possíveis complicações e evitar doenças que podem levar à morte.
Nesse sentido, uma pesquisa realizada por Brasil (2020) no período de 2010 a 2020 concluiu que as principais causas de óbito materno obstétrico direto são: Eclâmpsia, Hipertensão gestacional com proteinúria significativa, Hemorragia pós-parto, Embolia de origem obstétrica e Infecção puerperal. Já em relação ao óbito materno obstétrico indireto, constatou-se que as principais causas são outras doenças da mãe que complicam a gravidez, doenças infecciosas e parasitárias maternas classificáveis, hipertensão pré-existente, doença pelo vírus HIV e diabetes melitus.
Paralelo a isso, a mortalidade infantil também é um tema que vem sendo discutido pelas políticas públicas (FRANÇA, 2017). De acordo com Oliveira et al (2018), em 2018 foram registradas cerca de 5,3 milhões de mortes de crianças de 0 a 10 anos que poderiam ter sido evitadas pela efetividade de serviços de saúde. Nesse sentido, a Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) é um reflexo da assistência de saúde prestada à população.
O Projeto de Lei n° 4.605 de 2019 dispõe sobre a realização de cursos de primeiros socorros e de prevenção de acidentes durante o acompanhamento pré-natal e o reforço dessas informações na maternidade e após a mãe e o bebê terem recebido alta (BRASIL, 2019). A justificativa desse projeto de lei reside na tentativa de redução da mortalidade infantil e a melhoria da qualidade de vida tanto do recém-nascido quanto da mãe. A falta de conhecimento sobre ações de primeiros socorros a serem realizadas em situações de risco ou emergências tem como resultado o aumento da morbimortalidade potencialmente evitáveis (PINHEIRO et al, 2021).
No Brasil, o engasgo está entre as principais causas de morte em domicílios, em especial na hora da amamentação (FERNANDES, 2021). Desse modo, é importante que as puérperas sejam orientadas a como agir diante de um possível engasgo, reconhecendo e agindo de forma instantânea. Nesse sentido, cabe aos profissionais de saúde a orientação e a educação das gestantes sobre cuidados e prevenção de acidentes dos recém-nascidos.
De acordo com Brasil (2020), foram contabilizados, no ano de 2019, foram contabilizados 1.271 óbitos em domicílios referentes a faixa etária de 0 a 364 dias. Dos 1.271 óbitos, 651 poderiam ter sido evitados por práticas de primeiros socorros. Paralelo a isso, países que investem em programas de ensino de primeiros socorros para gestantes têm obtido resultados positivos na redução da mortalidade materna.
O ensino de primeiros socorros pode ter um impacto significativo na redução da mortalidade infantil por asfixia. Um estudo realizado na China mostrou que, após a realização de treinamentos de primeiros socorros para pais de crianças com menos de 3 anos de idade, a taxa de mortalidade infantil por asfixia diminuiu em 58,5%. Os pais que participaram do treinamento relataram maior conhecimento e confiança para lidar com emergências relacionadas à asfixia em seus filhos. (GUO et al., 2019, p. 1066)
Ademais, um estudo realizado pela Universidade de Daca, em Bangladesh, apontou uma redução significativa na taxa de mortalidade materna e neonatal em uma comunidade rural após a implantação do programa de treinamento de primeiros socorros em áreas rurais e remotas, passando de 322 para 88 mortes por 100.000 nascidos vivos (KHAN et al., 2010). Assim sendo, torna-se evidente a discrepância dos índices de mortalidade de países que investem em ações educativas de primeiros socorros para os pais.
Com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) em 1990 regulamentado pela Lei de nº 8080, o mesmo garante a toda população brasileira acesso integral, universal e gratuito à saúde. O SUS tem proporcionado que haja uma redução da mortalidade infantil nos dias atuais, mas para isso foi preciso desenvolver várias condutas que tem como objetivo a diminuição de tal problemática, como o pré-natal, atenção ao parto e programa nacional de imunizações, fora outros programas nacionais (BRASIL, 2011).
Tendo em vista a grande redução de problemas e complicações durante o período gestacional, surgiu uma problemática que passou a ter uma atenção voltada para si, que são os agravos que geram detrimentos e são responsáveis por grande porcentagem dos acidentes e mortes súbitas em crianças, por esses motivos surgiu a iniciativa da criação de um Projeto de Lei (PL), para que pais ou responsáveis tenham conhecimentos de primeiros socorros infantil já nas consultas de pré-natal (BRASIL, 2018).
Este Projeto de Lei visa colocar em prática uma política de educação que tem como principal objetivo a prevenção de primeiros socorros que são evitáveis na primeira infância. No período do pré-natal, seria realizado um curso, com a participação de ambos genitores ou qualquer outra pessoa que estivesse acompanhando a gestante durante as suas consultas de pré-natal. Quando a gestante ainda estiver na maternidade e na primeira consulta do recém-nascido, os profissionais também farão o papel de reforçar as principais informações de prevenção para os primeiros socorros infantis (BRASIL, 2018).
Os estabelecimentos de saúde como as Unidades Básicas de Saúde (UBS) serão habilitados para que ocorra a realização de dos cursos, o enfermeiro deverá apresentar aos pais ou qualquer pessoa que acompanhe a gestante durante as consultas as informações básicas de primeiros socorros e prevenção de acidentes tendo como o foco principal a primeira infância da criança, e tudo isso será na forma do regulamento (BRASIL, 2007).
- METODOLOGIA
Será realizado uma revisão integrativa da literatura que é um método que tem como finalidade sintetizar resultados obtidos em pesquisas sobre um tema ou questão, de maneira sistemática, ordenada e abrangente. É denominada integrativa porque fornece informações mais amplas sobre um assunto, constituindo, assim, um corpo de conhecimento. Deste modo, o revisor pode elaborar uma revisão integrativa com diferentes finalidades, podendo ser direcionada para a definição de conceitos, revisão de teorias ou análise metodológica dos estudos incluídos de um tópico particular (GALVÃO; SAWADA; MENDES, 2003).
Como estratégia metodológica para formulação da questão da pesquisa foi utilizado a estratégia PICO: acrônimo para P: população/pacientes, I: intervenção, C: comparação, O: desfecho/resultado (Santos et al., 2017) Como estratégia metodológica para a formulação da questão da pesquisa foi utilizado a estratégia PICO: acrômio para P: mulheres gestantes, I: conhecimento do atendimento sobre primeiros socorros C: (sem comparação) e O: associação ao melhor desfecho e sobrevida.
A pesquisa será realizada através Descritores em Saúde (DeCS)/ Medical Subject Headings (MeSH): combinado com o operador booleano AND e OR: das palavras chaves que foram definidas usando os “Pregnant Women”, “Knowledge”, “First Aid”. Nas bases de dados: Scientific Electronic Library Online (SciELO), PubMed Central® (PMC), Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME).
Foram utilizados os seguintes critérios para inclusão: artigos publicados entre os anos de 2017 até 2022, artigos escritos em língua portuguesa, artigos escritos em inglês, artigos escritos em língua espanhola, artigos publicados em revistas, artigos originais, artigos que se enquadram nessa pesquisa, artigos que abordam sobre conhecimento dos primeiros socorros durante a gestação.
Serão estabelecidos os seguintes critérios para exclusão: artigos de revisão, artigos publicados fora da temporalidade estabelecido, tese de doutorado, dissertação de mestrado, trabalho de conclusão de curso, artigos escritos em outras línguas sem ser a portuguesa, espanhola e inglesa, artigos que não fossem originais, artigos que não abordasse sobre o tema da pesquisa.
Para análises dos artigos serão através de leitura dos resumos e títulos foi importante para excluir os estudos que não atendem objetivo do estudo levando em consideração os critérios de inclusão e exclusão do trabalho. Para elaboração dos resultados será avaliado as seguintes variáveis dos estudos selecionados: Local, Base de dados/Periódico, Autor (es) do artigo/ Ano, objetivo, Idade (anos), Amostra, Fatores de Risco, Fatores de Proteção, Nível de Evidência. Para classificação da qualidade metodológica das pesquisas selecionadas foi conforme os seis níveis de categorias da Oxford Centre for Evidence-based Medicine.
- RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela1. Classificação dos artigos selecionados segundo, autores, periódicos, delineamento, objetivo, resultados e conclusão.
Fonte: elaborada pelos autores
Nas últimas duas duas décadas, a promoção da segurança infantil e a atenção pré-natal têm se destacado como áreas críticas da saúde pública, visando melhorar o bem-estar de crianças e mães (ARAUJO et al., 2017). A análise de diversos estudos publicados revela um cenário variado e desafiador (CARRARA; OLIVEIRA, 2013).
No estudo transversal descritivo de Timm et al. (2019) que investigou a eficácia de atividades educativas destinadas a prevenir acidentes com crianças na pré-escola. Os resultados apontam que os infantes apresentaram mais entendimento sobre alguns tipos de acidentes em detrimentos de outros, por exemplo, possuem mais conhecimento sobre queimaduras em comparação com acidentes de trânsito. Essa conjuntura mostra-se preocupante, haja vista que acidentes de trânsito são uma das principais causas de lesões em crianças. Além disso, o estudo revelou que a maioria das famílias atendidas era de baixa renda e com baixo grau de instrução. Essas descobertas ressaltam a necessidade de estratégias de educação em saúde direcionadas às comunidades mais vulneráveis, além de enfatizar o papel imprescindível dos enfermeiros nessas iniciativas de educação (ARAUJO et al., 2017).
No que concerne ao pré-natal, diversas pesquisas destacam a importância do papel do enfermeiro (DUARTE E ALMEIDA, 2014). Um estudo de revisão integrativa de Pinheiro et al. (2021) mostrou que o enfermeiro desempenha um papel fundamental na assistência pré-natal qualificada, através da divulgação de conhecimentos na educação em saúde. Isso destaca a importância da formação contínua e atualização dos profissionais de enfermagem nessa área, a fim de melhor prestar assistência à mulher grávida e sua família (PINHEIRO et al., 2021). Além disso, um estudo exploratório com abordagem quantitativa examinou o conhecimento das puérperas em situações de emergência doméstica envolvendo lactentes (FERNANDES, 2021). Assim, percebe-se uma necessidade urgente de incluir tais informações durante o pré-natal e pós-natal, uma vez que capacitar as mães a agirem em situações de emergência é indiscutivelmente uma forma de salvar a vida de seus filhos, o que foi ressaltado por puérperas que participaram de uma oficina educativa durante o pré-natal e expressaram uma visão positiva sobre a oficina, destacando benefícios como o fortalecimento das práticas de cuidado domiciliar do bebê (MARTINS, 2018). Ademais, a busca pela compreensão das dificuldades enfrentadas por mães puérperas em relação aos primeiros socorros para bebês engasgados através da análise da literatura científica disponível revelou um panorama complexo onde condições de vida das mães, acesso ao conhecimento, responsabilidades no trabalho e em casa, irregularidades na atenção neonatal oferecida pelos entes de saúde e os perigos domésticos desempenham papéis preocupantes (MAIA et al., 2016). Um dos estudos de Santos e Souza (2021) , apontou que muitas mães não receberam orientações sobre primeiros socorros para bebês durante o pré-natal, ressaltando a necessidade de incluir essas instruções de como agir em situações de emergência nas consultas, pois conhecimento nesse contexto pode ser a diferença entre a vida e a morte de uma criança (SANTOS; SOUZA, 2021). Podemos observar, por exemplo, um levantamento epidemiológico sobre o cuidado pré-natal em gestantes do município de Rio Claro – SP em que os resultados mostraram que o desenvolvimento motor das crianças cujas mães não receberam cuidado pré-natal adequado apresentou atrasos consideráveis. Isso reforça a importância do acompanhamento pré-natal para garantir o desenvolvimento saudável dos bebês (SANTOS; SOUZA, 2021). Outra pesquisa analisou as taxas de mortalidade infantil no Brasil entre 1990 e 2015 e concluiu uma redução significativa na taxa de mortalidade na infância, cumprindo as metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – (ODM) (FRANÇA et al., 2017). No entanto, ressaltou-se que as causas relacionadas ao cuidado em saúde na gestação, no parto e no nascimento ainda apresentam-se como as principais causas de mortalidade infantil, destacando a importância de políticas públicas e de saúde específicas para melhorar ainda mais essa situação. Em suma, os estudos analisados evidenciam a complexidade da saúde materno-infantil e a necessidade de intervenções abrangentes. Desde o fornecimento de informações sobre primeiros socorros a mães puérperas até o acompanhamento pré-natal adequado, a promoção da saúde materna e infantil requer esforços multidisciplinares. Por tanto, é crucial que os profissionais de saúde, incluindo enfermeiros, desempenhem um papel ativo na educação, prevenção e assistência para garantir o bem-estar das mães e crianças desde o início da gestação até os primeiros anos de vida.
- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em suma, é fato que a saúde materno-infantil é um assunto complexo que exige a necessidade de intervenções abrangentes. No que se refere à promoção da segurança infantil, os resultados revelam uma lacuna preocupante no conhecimento tanto das mães quanto das crianças sobre como agir em situações de emergência com ações que podem evitar até a morte do indivíduo. Além disso, a maioria das famílias com poucas instruções em saúde pertencem a comunidades de baixa renda e baixo nível de instrução. Portanto, é imperativo direcionar estratégias educativas em saúde para essas populações vulneráveis, com destaque para o papel fundamental dos enfermeiros na implementação dessas iniciativas, visto que esses profissionais possuem contato direto com o paciente e a população. No contexto do pré-natal, fica evidente que os enfermeiros desempenham um papel crucial na prestação de assistência qualificada. A divulgação de conhecimentos em educação em saúde é fundamental para garantir que as gestantes recebam e saibam oferecer cuidados adequados ao bebe. No entanto, é alarmante que muitas puérperas não tenham recebido ensinamentos sobre primeiros socorros para bebês durante as consultas de pré-natal. Portanto, surge a necessidade de incluir essas informações durante o pré-natal e pós-natal.
Outro fato preocupante revelou-se após a análise das dificuldades enfrentadas por mães puérperas em relação aos primeiros socorros para bebês engasgados, uma vez que fatores relacionados com as condições de vida, acesso ao conhecimento, responsabilidades no trabalho e em casa, qualidade da atenção neonatal e perigos domésticos interferem na qualidade do cuidado e do bem-estar dessas mulheres e crianças. Isso demonstra que, além da assistência profissional multidisciplinar, é necessário que essas mães recebam assistência também dentro de casa, através de uma rede de apoio preocupada com sua saúde e com a do bebê. Esse cuidado pré-natal, quando acontece de forma inadequada, pode resultar em atrasos significativos no desenvolvimento motor das crianças, o que reitera a importância do acompanhamento pré-natal para garantir o desenvolvimento saudável dos bebês. Concomitante a isso, embora tenha sido observada uma redução significativa na taxa de mortalidade infantil no Brasil, as causas relacionadas ao cuidado em saúde na gestação, parto e nascimento ainda figuram como as principais causas de mortalidade infantil. Portanto, a necessidade de políticas públicas e de saúde específicas para aperfeiçoar ainda se faz urgente. Em síntese, a promoção da saúde materno-infantil demanda esforços multidisciplinares. Profissionais de saúde, incluindo enfermeiros, desempenham um papel ativo na educação, prevenção e assistência, garantindo o bem-estar das mães e crianças desde o início da gestação até os primeiros anos de vida.
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