PREVENÇÃO PRIMÁRIA CONTRA DEPRESSÃO EM IDOSOS: UMA REVISÃO DE LITERATURA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ch10202505191815


Márcia Marcela Martins Lopes
Ricelly Moreira Nunes
Orientador: Dra Profa. Liliam Mendes de Araújo
Coorientadora: Me. Profa. Layanne Cavalcante de Moura


RESUMO

A depressão em idosos é comum e preocupante, afetando sua qualidade de vida e autonomia. Esta investigação explora o valor da prevenção primária como uma estratégia viável para diminuir sua ocorrência. A atenção primária à saúde é considerada fundamental para a promoção da saúde mental em idosos. Com isso, o objetivo geral desse estudo foi de investigar os métodos de prevenção primária para idosos com depressão. Esse estudo trata-se de uma revisão narrativa da literatura, realizada entre agosto de 2024 e abril de 2025. A literatura foi pesquisada em bases de dados como SciELO, LILACS, PubMed e Google Acadêmico. Foram incluídos artigos de 2020 a 2025 que continham análise qualitativa ou descritiva. As investigações estudadas demonstram que a atividade física, o fortalecimento dos vínculos e o acesso à saúde são métodos eficazes de prevenção. O apoio e o acompanhamento familiar por diversas disciplinas também são cruciais. Recomenda-se que a prevenção primária seja crucial para reduzir os efeitos da depressão em idosos. Investimentos em financiamento público, desenvolvimento profissional e campanhas de promoção da saúde mental são cruciais para um envelhecimento ativo e saudável.

Palavras-chave: Idoso. Depressão. Prevenção Primária. Saúde Mental.

ABSTRACT

Depression in older adults is common and concerning, affecting their quality of life and autonomy. This research explores the value of primary prevention as a viable strategy to reduce its occurrence. Primary health care is considered fundamental for promoting mental health in older adults. Therefore, the general objective of this study was to investigate primary prevention methods for older adults with depression. This study is a narrative review of the literature, conducted between August 2024 and April 2025. The literature was searched in databases such as SciELO, LILACS, PubMed and Google Scholar. Articles from 2020 to 2025 that contained qualitative or descriptive analysis were included. The research studies studied demonstrate that physical activity, strengthening bonds and access to health are effective prevention methods. Family support and monitoring by various disciplines are also crucial. It is recommended that primary prevention is crucial to reduce the effects of depression in older adults. Investments in public funding, professional development and mental health promotion campaigns are crucial for active and healthy aging.

Keywords: Elderly. Depression. Primary Prevention. Mental Health.

1 INTRODUÇÃO

O envelhecimento humano é considerado fisiologicamente como um processo natural do ciclo de vida caracterizado por alterações no funcionamento físico, cognitivo, social e reprodutivo que podem ser influenciados por fatores genéticos ou ambientais (Nascimento, 2020).

Nessa perspectiva, é importante ressaltar que se trata de um processo complexo que altera a qualidade de vida de uma pessoa, tornando-a mais vulnerável e suscetível às doenças prevalentes na velhice (Harsí et al.,2023).

Entre estas doenças, a que mais se destaca é a depressão, que é prevalente na população idosa. A prevalência de depressão entre idosos no Brasil atingiu níveis alarmantes, tornando-se um problema de saúde pública que não pode ser ignorado. Segundo o Ministério da Saúde (2022), estima-se que 13,2% dos brasileiros com idade entre 60 e 64 anos tenham essa doença, número superior ao de outras faixas etária (Santos et al., 2023).

Para pessoas com mais de 60 anos, podem haver alguns problemas. O primeiro é que existem vários fatores de risco que levam à depressão. É neste período da vida que eles muitas vezes lidam com mudanças não desejadas, perdas ou tristezas. Além disso o tratamento é mais difícil e leva mais tempo (Pereira et al, 2023).

A depressão é um problema͏ que que falta interesse e anedonia em͏ praticar atividades diárias. ͏Pode ser tida como leve, média ou pesada. ͏Alguns sinais comuns desse problema são dificuldade em͏ focar, baixa confiança, humor triste e em casos piores͏, ͏falta de esperança com͏ o futuro͏ e pensamentos de morte (OMS, 2021).

No geral, mulheres são mais acometidas que os homens. No entanto, indivíduos do sexo feminino possuem uma maior perspectiva de vida comparada ao sexo oposto. Diante isso, mulheres idosas são mais vulneráveis a sentimentos ͏depressivos, por exemplo solidão, pois muitas vezes dependem dos seus ͏parceiros, e quando ficam viúvas, esses sentimentos costumam aparecer (Figueredo et al., 2021).

Nesse ͏cenário, a ͏Atenção Primária à Saúde (APS) forma um ligame essencial no cuidado da saúde͏ mental dos idosos desde a ͏prevenção e diagnóstico cedo até ao tratamento͏ e acompanhamento. A APS desempenha um papel importante na saúde mental dos idosos, fornecendo serviços médicos universais e populares aos idosos. Por meio da consulta médica, a equipe de atenção primária pode reconhecer os sinais e sintomas da depressão, diagnosticar e iniciar o tratamento adequado, que pode incluir medicação, psicoterapia e atividades de promoção da saúde mental (Pereira et al., 2023).

Mesmo que a situação seja difícil, é fácil diminuir ou até evitar a chegada de ͏quadros depressivos em idosos. Atividade física, estímulo para a cabeça, tarefas ao ar livre, como caminhada, e uma rede de apoio cuidadosa͏ podem ͏ajudar a diminuir o ͏efeito. Os familiares e as redes de apoio têm um papel importante pois eles alertam os pacientes sobre͏ a doença; incentiva-os para achar ajuda e dão o ͏suporte necessário para lidar com a depressão (Harsí et al., 2023).

Em algumas vezes, são sugeridos remédios͏, dependendo de qual fase da doença está, se é uma situação leve, ͏média ou grave. Manter uma mentalidade produtiva, sentir a dinâmica familiar, integrar-se ao ambiente, receber e dar amor, manter-se fisicamente ativo e proporcionar uma vida física e mentalmente saudável aos idosos (Rabelo et al., 2023).

A depressão em idosos possui características especiais que requerem atenção e cuidados adicionais. Ao contrário dos mais jovens, os sintomas depressivos podem manifestar-se de formas mais subtis e atípicas, dificultando o diagnóstico precoce. Sintomas de tristeza profunda e persistente, perda de interesse por atividades prazerosas, alterações no sono (insônia ou sonolência), alterações no apetite (perda ou ganho de peso), cansaço e falta de energia, dificuldade de concentração e lembrança, sentimento de culpa, inutilidade, e esperança, pensamentos sobre morte ou suicídio. Os fatores que põem riscos incluem a história da tristeza, doença͏ durante muito tempo, dor que não passa, separação da ͏sociedade, perdas recentes ͏(luto, viuvez), pouca autoestima e falta de ajuda social (Andres et ͏al., ͏2024).

Esta realidade alarmante tem um impacto profundo na qualidade de vida e no bem-estar dos idosos, afetando não só a saúde mental, mas também a saúde física, as capacidades funcionais e a inclusão social. Além de aumentar o risco de quedas, fragilidade e hospitalização, a depressão também pode levar à ocorrência de múltiplas comorbidades, como doenças cardíacas, diabetes e osteoporose (Rabelo et al., 2023).

Devido o número crescente de idosos e à alta prevalência de depressão nessa população motivou-se a escolha desse tema. Durante o curso, como estudante de medicina, foi possível observar um número significativo de idosos apresentando sintomas depressivos. A depressão é comum em idosos, mas frequentemente diagnosticada erroneamente como parte natural do processo de envelhecimento, o que leva à perda da qualidade de vida e à diminuição da autonomia, ambas comuns nessa população. Além disso, doenças mentais em idosos podem aumentar a prevalência de doenças crônicas, impedir a adesão a procedimentos médicos e aumentar o risco de mortalidade, incluindo suicídio. Nesse contexto, a implementação de táticas de prevenção primária, que visam prevenir o início da doença antes do aparecimento dos sintomas, é uma estratégia bem-sucedida para diminuir o estresse psicológico e a demanda por serviços de saúde mental.

A prevenção primária envolve ações como a promoção de hábitos de vida saudáveis, o incentivo à socialização, a criação de espaços de interação, o reconhecimento precoce dos fatores de risco e a existência de um sistema de saúde multifacetado. Essas ações não apenas têm um efeito positivo sobre os idosos, mas também ajudam a reduzir os custos com hospitalizações, medicamentos de venda livre e atendimento de emergência em decorrência da depressão (Pereira et al., 2023). Dessa forma, esta pesquisa se mostra pertinente, pois é necessário ampliar o conhecimento sobre as estratégias de prevenção da depressão em idosos, o que contribuirá para a formação de profissionais de saúde mais qualificados e a implementação de ações que promovam um envelhecimento saudável, ativo e humanizado.

Nesse sentido, o objetivo geral do presente estudo foi de investigar os métodos de prevenção primária para idosos com depressão. Por meio de uma revisão bibliográfica, buscou-se localizar e discutir as principais abordagens preventivas empregadas na produção científica atual. Ao combinar e discutir as informações disponíveis, espera-se contribuir para o aprimoramento de métodos de cuidado mais eficazes e personalizados, que promovam a estabilidade emocional e a qualidade de vida dos idosos.

2 METODOLOGIA

Esta pesquisa é uma revisão narrativa da literatura que, segundo Gil (2008), tem como objetivo explorar a literatura científica publicada sobre um determinado tópico, o que permitirá a criação de uma perspectiva ampla e crítica sobre o assunto. Essa metodologia facilita o pesquisador no reconhecimento de tendências, deficiências e contribuições pertinentes ao assunto da investigação (Marconi; Lakatos, 2017).

Os dados foram coletados entre os meses de agosto de 2024 a abril de 2025 por meio de buscas nas bibliotecas onlines: SciELO (Scientific Electronic Library Online), LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), PubMed, essas bibliotecas foram selecionadas devido à sua relevância e importância no campo da saúde pública e geriatria.

Para criar a estratégia de busca, foram empregados termos controlados que correspondiam ao vocabulário DeCS/MeSH: “idoso”, “depressão”, “prevenção primária” e “saúde mental”, juntamente com os operadores booleanos AND e OR, com base na lógica de cada base de dados acessada.

Os critérios de inclusão foram: artigos publicados entre os anos de 2020 a 2025, disponíveis na íntegra, em português, inglês ou espanhol, que abordassem estratégias de prevenção primária para idosos (pessoas com 60 anos ou mais). Foram removidos artigos duplicados, projetos não científicos (como dissertações e teses), relatos históricos e estudos que focassem apenas na prevenção secundária ou terciária da depressão.

O processo de seleção dos estudos ocorreu em duas partes: a primeira envolveu a leitura dos títulos e resumos dos estudos que eram relevantes para o objetivo da revisão; a segunda envolveu a leitura dos estudos selecionados na íntegra, isso foi feito para verificar sua associação com o assunto da revisão.

A análise dos dados foi conduzida de forma qualitativa, descritiva e crítica, com o objetivo de destacar os principais tipos de ações preventivas, os contextos em que são aplicadas e os resultados que são obtidos, conforme recomendado por Marconi e Lakatos (2017), na interpretação de dados em estudos teóricos.

3 RESULTADOS

Utilizando essas palavras-chave, foram localizados 6.060 artigos, sendo 3052 da base de dados Scielo, 1724 PubMed, 1284 da Medline. Após a leitura preliminar dos títulos excluiu-se 5.635 artigos. Selecionando-se 425 artigos elegíveis para leitura na íntegra do título e resumo. Após a leitura excluiu-se 388 artigos por duplicação, e 12 por não atenderem a tematica. Após o atendimento aos critérios de inclusão, selecionou-se 25 artigos, sendo 12 Scielo, 8 PubMed e 5 Medline.

Imagem 1: Fluxograma referente a metodologia utilizada para levantamento de informações.

Fonte: Dados da Pesquisa, 2025.

4 DISCUSSÃO

4.1 Envelhecimento e Fragilidade dos idosos

O envelhecimento é ͏um processo normal que acontece no corpo humano, onde surgem mudanças nas células͏, tecidos e órgãos fazendo com que haja uma piora ou queda da capacidade funcional. Este processo é resultado natural, a senilidade segue sendo uma das maiores questões da humanidade (Andrade e͏t al., 2021).

À medida que o ser humano envelhece, torna-se cada vez mais difícil a realização de tarefas básicas da vida cotidiana, como: tomar banho; colocar roupas; fazer higiene pessoal; se locomover; cuidar de ͏seu dinheiro; tomar seu remédio; limpar a casa; fazer ͏compras para casa, usar transporte ͏público, preparar suas refeições e comer (Souza et al., 2022).

O crescente número de idosos no Brasil e no mundo vem acompanhado de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), naturais do processo de envelhecimento, que são consideradas um sério problema de saúde coletiva (Who, 2021).

Quanto mais envelhece uma população, maior será a proporção de DCNT‟s, resultando em complicações e comprometendo a independência, autonomia e funcionalidade desempenhadas pela pessoa idosa (Andrade et al., 2020).

Segundo Andrade et al., (2021), a fragilidade é uma síndrome multidimensional caracterizada por vulnerabilidade a estressores físicos, psicológicos, sociais, desregulação neuroendócrina e susceptibilidade a desfechos desfavoráveis, particularmente a diminuição de sobrevida. Pode ser associada às condições socioeconômicas e de saúde. Além desses fatores socioeconômicos, a fragilidade também favorece as incapacidades funcionais, quedas, presença das comorbidades, entre outros.

Devido ser uma condição intrínseca do envelhecimento a fragilidade também pode ocasionar intervenções tardias, como redução na longevidade, maior chance de sofrer quedas o que pode acelerar o processo de fragilização no indivíduo. O idoso com esse déficit apresenta incapacidade mental para compreender e resolver os problemas diários, como também alteração para realizar as atividades básicas e as atividades instrumentais de vida diária (Miranda et al., 2024).

É a fase onde muitos sofrem com a solidão, o abandono, o preconceito e a baixa autoestima, resultante muitas vezes de ser colocado em uma instituição asilar, como se não bastasse ter que conviver com as doenças crônico-degenerativas, perder a autonomia e a independência de realizar algo com seus próprios meios (Ferreira; Casemiro, 2021).

Ferreira e Casemiro (2021), dizem que as pressões na mente e ͏nas relações sociais podem adiantar os problemas ligados ao envelhecer. Vê-se na pessoa͏ que está envelhecendo uma grande troca entre os sentimentos e͏ as interações sociais que ajudam na adaptação às mudanças. A força pessoal ͏de participar de ͏atividades, de a encontrar um sentido para viver pode transformar as mudanças biológicas e de ͏saúde que chegam no envelhecer.

Diante dessas realidades, torna-se necessária não só a adoção de políticas públicas, mas também de mudanças na formulação dessas políticas que atendem às populações que estão envelhecendo, enfatizando a necessidade de vislumbrar as evidências as percepções e suposições sobre os idosos que estão baseadas em estereótipos (Who, 2021).

A Lei de número 8.842/94 que elaborou o Conselho Nacional do Idoso, que cuida do convívio, ͏integração e trabalho do idoso na sociedade, até mesmo por meio da sua ajuda na criação de políticas públicas, projetos e͏ planos para a longevidade. As regras dão prioridade ao atendimento ͏em casa; o incentivo dos médicos na área da Gerontologia; a descentralização política-administrativa e a divulgação ͏de estudos e pesquisas sobre tema ligados a͏ terceira idade ͏e o envelhecimento (Souza et al., 2022).

De acordo com Miranda et al., (2024), a política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa tem como propósito recuperar, garantir e promover a independência dos idosos, a partir de medidas comunitárias e individuais de saúde.

As limitações que aparecem com o envelhecimento biológico surgem alterações cognitivas e físicas, diminuição da força muscular e peso corporal, reduzindo o equilíbrio postural, a capacidade máxima do corpo em transportar e metabolizar oxigênio, perda da acuidade visual e da densidade óssea, alterações hormonais, alucinações, dependência, dificuldades em realizar funções ou atividades cotidianas e, consequentemente, incapacidade funcional (Ferreira; Casemiro, 2021).

O tratamento para as doenças crônicas normalmente tem duração longa ou constante͏, causando despesas aos pacientes, suas famílias e͏ o sistema da ͏saúde. Por isso, a saúde do idoso é marcada pelo desempenho proporcional de quatro esferas funcionais: cognição, humor, mobilidade e comunicação (Andrade et al., 2020).

A incapacidade funcional em conjunto com a fragilidade e a multimorbidade, refere-se à dificuldade de realizar tarefas cotidianas indispensáveis para o convívio social, e está associada à mortalidade entre a população idosa (Fidelis; Oliveira,2020).

Os pesquisadores americanos definiram a fragilidade através de cinco características objetivas, mensuráveis e de cunho biológico, conhecidas como modelo unidimensional: perda de peso não intencional (5 kg no último ano); autor relato de fadiga (exaustão); força de preensão reduzida; diminuição da velocidade da marcha (lentidão); e atividade física reduzida (Andrade et al., 2021).

Em função do aumento da fragilidade ou, ainda, do preconceito contra o envelhecimento, que tende a limitar ainda mais a funcionalidade e a participação social da pessoa idosa, famílias com pessoas dependentes podem suscitar o desgaste das relações intergeracionais, em razão da perda progressiva da autonomia da saúde da pessoa idosa e, consequentemente, maior dependência dos seus familiares (Ramalho et al., 2024).

Dessa forma, as Redes de Atenção em Saúde (RAS) surgem como forma de minimizar tais problemas e com formas integradas de atendimento, divididas em conjuntos coordenados para proporcionar uma assistência contínua e integral a uma população definida (Fidelis; Oliveira,2020).

É necessário conhecer todo o percurso do idoso em rede, pois só assim entende-se o processo de cuidado destinado a ele, com suas peculiaridades e desnivelamentos, conhecendo a rotina diária dos serviços de saúde, individualizando a assistência, reduzindo as morbidades e promovendo um cuidado integral a esta população, observando “o desempenho das redes de atenção ao dispensar esse cuidado, bem como seus pontos positivos, deficitários, e o que ainda está em elaboração” (Miranda et al., 2024).

O enfermeiro como profissional participativo, compreendendo o processo de envelhecimento, bem como as condições que levam o idoso à fragilização, deve fazer uso, na sua prática clínica, de ferramentas tecnológicas facilitadoras do cuidado e da Prática Baseada Em Evidências (PBE) elaborando estratégias para uma melhor assistência em saúde (Fidelis; Oliveira, 2020).

Considerando o contexto do envelhecimento, os enfermeiros têm um papel importante pois tem formas de cuidados ao paciente idoso, onde as ações são feitas de forma organizada e mais efetiva. Entre essas ações destaca-se a Síndrome do Idoso Frágil (SIF), que é um diagnóstico multidimensional, avaliando áreas físicas, funcionais, psicológicas e sociais e permitindo a ͏identificação do que o idoso precisa (Ramalho et al., 2024).

Atenção especial deve ser dada ao idoso fragilizado, o qual vive em Instituições de Longa Permanência (ILP), onde o idoso encontra-se acamado, apresentando doenças causadoras de incapacidade funcional, ou possuir capacidade funcional comprometida ou aqueles que vivem em situações de violência doméstica (Ferreira; Casemiro, 2021).

No contexto da Enfermagem, consiste em uma assistência sistematizada de Enfermagem, privativa do enfermeiro, operacionalizada nos diferentes níveis de complexidade, em espaços específicos programados ou não, de forma individual ou familiar (Souza et al., 2022).

4.2 Depressão em Idosos

A depressão é um grave problema de saúde pública comprovado pela importância da doença mental quando comparado a outras doenças.  A doença pode prejudicar as relações sociais cotidianas das pessoas, seja em casa, no trabalho ou na comunidade (Pereira; Santos; Spinola, 2021).

A depressão é considerada uma doença mental comum, afetando aproximadamente 5% da população adulta mundial. É caracterizada pela perda do desejo de realizar as seguintes atividades que anteriormente, eram considerados pessoalmente agradáveis e associados a sentimentos de tristeza persistentes e recorrentes, aparentemente sem causa específica, afetando diretamente a qualidade de vida (Who, 2021).

Os sintomas depressivos são comuns em idosos, variando de 8% a 16%, sendo muitas vezes esquecidos e apontados como consequência natural do envelhecimento. É classificada como uma das três causas principais de incapacidade no mundo moderno e a sua importância na morbilidade e mortalidade geral é semelhante à observada nas doenças crônico-degenerativas. Estima-se que, até 2030, a depressão se tornará a segunda principal causa de incapacidade a nível mundial e a principal causa em países com elevado rendimento per capita. Trata-se de um dos transtornos mentais mais frequentes e relevantes entre adultos e idosos, atingindo pelo menos 1 em cada 6 indivíduos que recebem cuidados primários (Ramalho et al., 2024).

Para os idosos, a depressão leva a uma maior vulnerabilidade, interferindo em suas habilidades funcionais e relações sociais são notáveis. Ao mesmo tempo, esses indivíduos correm maior risco de violência devido às limitações causadas pela doença, onde a grande maioria destes atos violentos é cometida por familiares (Antequera et al., 2021). Na pesquisa de Pereira, Santos e Spinola (2021) mostra que o abandono familiar é um dos principais fatores que afetam o adoecimento dos idosos.

O diagnóstico precoce da depressão torna-se mais difícil em adultos mais velhos porque os sintomas são semelhantes a outras condições. Por isso, acaba por ter um impacto negativo no tratamento, pois é retardado e, portanto, atrasa a melhoria do estado de saúde (Dias et al., 2022).

Portanto, é necessário compreender os fatores que favorecem o desenvolvimento da depressão para desenvolver estratégias preventivas. No estudo de Marcelino et al., (2020), foram destacadas características com maior probabilidade de desenvolver a doença, como alterações significativas no corpo da mulher devido ao seu papel na sociedade e envelhecimento em relação ao isolamento social dos homens, baixo nível de escolaridade; e a presença de múltiplas condições médicas são sinais de alerta que os profissionais devem considerar.

A enfermagem e a medicina desempenham um papel fundamental no incentivo a ações voltadas ao bem-estar geral dos idosos. É necessário que esses profissionais estejam na vanguarda do incentivo a atividades que promovam o bem-estar individual, como: praticar atividades físicas, participar de grupos sociais e estimular a regulação do sono por meio de diferentes tecnologias. Dessa forma, a saúde geral desses indivíduos melhora, incentivando uma melhor qualidade de vida, pois ignorar tais comportamentos têm sido associado à depressão. Portanto, é responsabilidade do médico e do enfermeiro minimizar os problemas causados por essa condição, desde a prevenção e identificação dos fatores de risco até o tratamento (Andrade et al., 2020).

Os participantes do estudo que praticaram atividade física experimentaram reduções estatisticamente significativas nos sintomas depressivos, ansiosos e estresses, semanas após o início da atividade, em comparação com aqueles que não praticaram atividade física. Além disso, pesquisas mostram que essas práticas podem aumentar a autoestima, aliviar o humor e o bem-estar geral (Pinheiro et al., 2021).

Vale ressaltar também a importância da participação em grupos sociais, pois essa interação contribui para o bem-estar social ao formar vínculos com outras pessoas da mesma faixa etária. Portanto, proporcionará troca de experiências, apoio afetivo e emocional, além de promover a prevenção de sintomas depressivos como a solidão e evitar o isolamento social (Casemiro; Ferreira, 2020).

O cuidado deve proporcionar ações voltadas ao envelhecimento saudável que mantenham a saúde física e mental do idoso, como a escuta ativa durante as consultas de atendimento para que o idoso se sinta confortável em compartilhar seus sentimentos, incentivando a autonomia e ensinando técnicas de relaxamento; Além disso, o estudo destaca a importância do reconhecimento precoce de sinais e sintomas para que possam ser implementadas intervenções que minimizem os danos à vida dos idosos (Ramalho et al., 2024).

Para prestar um cuidado eficaz é necessário discutir e fortalecer a profissionalização do enfermeiro e do médico que está na vanguarda do cuidado, pois a assistência não é apenas um cuidado instrutivo relacionado aos medicamentos, mas inclui também a escuta, a compreensão e a orientação para prestar cuidar de forma eficaz para idosos com sofrimento psicológico. Além disso, há necessidade de ampliar o escopo dos cuidados para incluir também as famílias (Fidelis; Oliveira, 2020).

Portanto, é importante destacar que é nas consultas médicas e de enfermagem que os transtornos psíquicos são identificados, pois são espaços onde os pacientes podem relatar facilmente sintomas relacionados à saúde (Pupo et al., 2020). Há também a necessidade de que os enfermeiros da atenção primária à saúde realizem intervenções baseadas no âmbito básico da atenção visando melhorar a atenção psicossocial na área. Essas ações incluem acolhimento, visitas domiciliares, consultas de atendimento e encaminhamentos (Simão; Vargas; Pereira, 2022).

O número crescente de idosos no Brasil e a necessidade mundial de estratégias eficientes para fomentar o bem estar psicológico e prevenir o desenvolvimento de transtornos psiquiátricos em idosos tem impactado na APS (Miranda et al., 2024). Para Souza et al., (2022), a APS é o primeiro ponto de contato entre os idosos e o sistema de saúde, sendo responsável por reconhecer os primeiros sinais de sofrimento psíquico e implementar ações de prevenção primária, que são cruciais para reduzir a prevalência e a gravidade da depressão nessa população.

Estudos demonstraram que existem múltiplas causas de depressão em idosos, incluindo condições socioeconômicas precárias, presença de doenças crônicas, isolamento social, perda de conexões familiares e sentimento de não ter valor (Souza et al., 2022). A identificação antecipada dessas propriedades é fundamental para iniciar tratamentos eficazes. No entanto, muitas instâncias ainda carecem de conscientização no curso típico dos serviços básicos, como resultado do equívoco de que o sofrimento emocional é uma parte natural do envelhecimento (Soares et al., 2021).

Nesse contexto, o papel do profissional médico na APS é primordial. É esse indivíduo que normalmente tem a maior associação com os destinatários do serviço, o que lhe permite ouvir preocupações qualificadas e manter uma vigilância sobre o estado de saúde mental do idoso (Beja et al.,2022). Segundo Ramalho et al., (2024), o médico é responsável por reconhecer os sintomas iniciais da depressão, incluindo apatia, falta de interesse em atividades antes prazerosas, alterações no sono ou apetite, e diferenciar esses sintomas de outras condições clínicas do idoso.

Com base no reconhecimento dos sintomas, o médico da APS pode utilizar várias estratégias para gerenciar. Entre os serviços estão encaminhamentos para psicoterapia, prescrição de medicamentos para saúde mental (se necessário) e monitoramento de longo prazo da condição do paciente (Souza et al., 2022).

Miranda et al., (2024) afirmam que a incorporação de ações coletivas no cotidiano da APS tem o potencial de reduzir o número de casos de depressão, isso porque promove a interação social, a ampliação de ligações e o desenvolvimento de redes de apoio. Essas ações também favorecem os idosos a criarem vínculos comunitários, aspecto muitas vezes desconsiderado, mas crucial para a saúde mental.

Outro aspecto importante é a participação da família no cuidado do idoso com depressão. O médico também deve atuar como educador, orientando os familiares a reconhecer os sinais de perigo e a prestar o cuidado adequado ao idoso, realizar uma abordagem humanizada e simbiótica que leve em consideração o contexto familiar e social é considerada uma das chaves para resultados terapêuticos bem-sucedidos na APS (Ramalho et al., 2024).

Além da abordagem clínica, o médico também deve servir como articulador de múltiplas ações disciplinares, deve promover atividades educativas, discussões em grupo e encaminhamentos adequados para a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) quando necessário. A eficácia do médico também depende da integração dos profissionais, incluindo psicólogos, assistentes sociais e enfermeiros, esses profissionais formam uma rede de cuidados que se concentra nas necessidades dos idosos (Beja et al., 2022).

De acordo com Beja et al., (2022) apesar dos avanços, ainda há barreiras a serem superadas para a implementação de serviços de saúde mental na atenção primária. A falta de profissionais capacitados na área, a alta demanda por atendimento e a fragilidade da associação com serviços especializados em saúde mental dificultam a prestação de cuidados consistentes.

A prevenção e o tratamento da depressão em idosos na APS dependem de uma ação integrada, sensível e frequente. O médico deve assumir o papel de figura central nesse processo, deve estar preparado para atuar de forma técnica e compassiva, prestando atendimento individualizado e promovendo a saúde de forma integral. Reconhecer a relevância do cuidado psicológico na atenção primária é importante para garantir um envelhecimento ativo e saudável dos idosos no Brasil (Miranda et al., 2024).

5 CONCLUSÃO

Conforme o estudo pode-se concluir que o envelhecimento é um processo natural e complexo que envolve mudanças biológicas, psicológicas e sociais que levam os idosos a terem uma maior propensão à depressão. Nesse sentido, a importância da atenção primária à saúde como um ponto estratégico de entrada, escuta e cuidado integral. O médico é parte integrante desse processo, pois ele deve reconhecer os primeiros sinais de problemas psicológicos, esses problemas são diferenciados dos aspectos naturais do envelhecimento. Além disso, eles devem discutir os aspectos clínicos, sociais e comunitários do cuidado que visam melhorar a qualidade de vida dos idosos.

É crucial que os médicos sejam tecnicamente proficientes e tenham sensibilidade para as especificidades do envelhecimento, eles devem agir de forma emocional, preventiva e educacional, tanto com os pacientes quanto com suas famílias. A integração de todos os vários profissionais do sistema de saúde, combinada com a ênfase crescente em políticas públicas relacionadas à saúde mental dos idosos, é importante para lidar com os problemas causados pela depressão durante essa fase da vida. Investir em programas educacionais, práticas interdisciplinares e ações comunitárias que visem promover um envelhecimento mais digno, ativo e saudável.

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