PRECOCEPREVALENCE OF BREASTFEEDING AND FACTORS RELATED TO EARLY WEANING
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102411011042
Gabriela do Nascimento Peres¹
Yasmim Botelho Arrojado²
Yeda Cardoso da Cunha Gomes³
Ana Paula Bento de Oliveira4
Claudia Rayssa Gomes Bolo5
Daniela Nathalia Dutra6
Manuela Ferreira Simões da Silva7
Nathalia Lúcia da Silva8
Samara Cristina Mascarenhas Ferreira9
Sophia Rodrigues Holz10
Thallyane Cristine Matos Sousa11
Tiago de Souza Brant12
RESUMO
O aleitamento materno é o alimento mais completo para o lactente e deverá ser de forma exclusiva durante seus primeiros seis meses de vida. Os índices do desmame precoce são preocupantes e por esta causa as ações educativas deverão ser inseridas para gestantes e puérperas, incentivando a adesão ao aleitamento e enfatizando seus benefícios para a criança. O objetivo geral foi avaliar a prevalência do aleitamento materno. Outros objetivos efetivados ao longo do trabalho foram: Identificar os fatores que levam ao desmame precoce, apresentar ações de promoção ao aleitamento materno, relacionar o estado nutricional da gestante como fator para a interrupção da amamentação e avaliar o impacto da pandemia de SARS-CoV-2 com os índices de 2020. A metodologia foi feita através de levantamento de dados na plataforma do SISVAN Web, para analisar crianças em Aleitamento Materno Exclusivo até menores de seis meses e o continuado (até os 23 meses) do ano de 2015 a 2020, no Brasil e no estado do Rio de Janeiro. Conclui-se a necessidade de políticas públicas e ações educativas para melhoria na adesão e na promoção, levando em consideração as particularidades das gestantes de cada região do Brasil.
Palavras-chave: Aleitamento materno. Desmame precoce. Estado nutricional. Gestantes.
1. INTRODUÇÃO
Os primeiros dois anos após o nascimento possuem uma influência decisiva no crescimento e desenvolvimento das crianças, impactando no decorrer de toda a vida. O aparecimento de algumas doenças na fase adulta pode ser prevenido com o aleitamento materno durante este período (Brasil, 2019).
A amamentação é a estratégia natural mais eficaz para a nutrição e redução da morbimortalidade infantil. Além disso, cria laços de afeto e proteção, estreitando o vínculo entre a mãe e o bebê. É economicamente acessível às lactantes de todas as classes sociais, impactando a promoção da saúde (Brasil, 2015).
A Lei n° 13.435, que torna agosto o Mês do Aleitamento Materno conhecido como agosto dourado, foi sancionada em 12 de abril de 2017 com o intuito de promover, esclarecer e conscientizar a população sobre a amamentação e sua importância. Isso é feito por meio de mídias sociais e ações de divulgação em comunidades e locais públicos, através de reuniões, eventos e palestras, mobilizando a sociedade a favor do aleitamento materno (Brasil, 2017).
O processo de amamentação abrange fatores históricos e culturais, permeando questões socioeconômicas e compreendendo características individuais que levam ao aprendizado da lactante e do lactente durante todo o processo (Silva, 2018). O aleitamento materno age na prevenção de doenças do trato respiratório e digestivo, além de contribuir para a nutrição da criança (Cesar, Santos e Nunes, 2016). Por isso, faz-se necessária a presença de profissionais capacitados que apoiem e auxiliem a mãe em suas dúvidas e medos, de forma a transmitir segurança para a realização do seu papel de nutriz (Feitosa et al., 2020).
O estado emocional da lactante e o meio social em que ela vive possuem um papel de extrema influência sobre a amamentação. Para que o ato de amamentar ocorra sem intercorrências, é fundamental que haja assistência à lactante por parte da família, além do apoio da sociedade em geral e dos profissionais de saúde que a acompanham (Lima, 2017).
O aleitamento materno vem sendo descontinuado precocemente, mesmo sendo um tema comum e um ato natural. Promover práticas educativas voltadas à amamentação desde o período gestacional, abrangendo o puerpério, inspira as gestantes a uma maior aderência e a um melhor entendimento sobre o ato de amamentar (Silva, 2018).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu metas nutricionais para 2025, sendo uma delas a recomendação do aumento da prevalência do aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses para, pelo menos, 50% da população.
O relatório disponibilizado pelo Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI) em 2019 avaliou a prevalência do aleitamento materno em âmbito nacional e constatou que 60% das crianças com idade inferior a quatro meses estavam em aleitamento materno exclusivo (AME). No entanto, entre as crianças com menos de seis meses, apenas 45,7% estavam em aleitamento materno exclusivo (ENANI, 2020).
Entre crianças menores de 6 meses de idade, somente 54% estavam em Aleitamento Materno Exclusivo (AME) no ano de 2020, de acordo com o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN, 2020).
O desmame precoce é mais comum entre mães adolescentes, especialmente aquelas que assumem o papel de mães solo e que não têm o apoio da família, além de se encontrarem em situações socioeconômicas e socioambientais mais vulneráveis. Esses fatores reduzem a eficácia e a duração da amamentação, assim como a adesão ao Aleitamento Materno Exclusivo (AME) por parte dessa faixa etária (Chicarolli e Garcia, 2019).
Outro fator considerável que acarreta na interrupção da amamentação por parte da adolescente é o período de retorno às atividades educacionais (Maranhão et al., 2015).
Os dados coletados ressaltam o quão significante é a análise dos determinantes que motivam o desmame precoce e o que permeia a descontinuidade do Aleitamento Materno Exclusivo (AME). Para encontrar melhores ações que promovam e aumentem o número de mulheres nutrizes, faz-se necessário a implementação de políticas públicas que possam complementar as práticas educativas.
Há evidências de que o risco de desenvolvimento de doenças crônicas metabólicas, como hipertensão, diabetes e obesidade infantil, é reduzido quando há incentivos ao aleitamento materno e a combinação de fatores preventivos na primeira infância, como alimentação saudável e prática de atividades físicas, juntamente com o ambiente socioeconômico e cultural no qual a criança vive (Frazão, 2018). Diante disso, o presente estudo tem como objetivo investigar a prevalência de aleitamento materno exclusivo e aleitamento materno continuado e seus determinantes, no Brasil e no estado do Rio de Janeiro, a fim de relacionar o estado nutricional materno como fator determinante para a ocorrência ou não desmame precoce.
2. METODOLOGIA
A pesquisa foi realizada com base no ponto principal, o SISVAN Web. Site oficial e disponível pelo Ministério da Saúde que foi utilizado no levantamento epidemiológico para estabelecer a prevalência do aleitamento materno no Brasil e no Rio de Janeiro.
A busca foi feita com base nos dados anuais, dos últimos cinco anos (2015-2020); sobre a adesão ao aleitamento e sobre o estado nutricional das gestantes.
Os dados coletados foram de todo o país e do Rio de Janeiro, em março de 2020 e reunidos em gráficos. As informações em relação ao estado nutricional das gestantes foram divididas em adultas e adolescentes. Os artigos para respaldo das discussões sobre os fatores do desmame precoce, promoção do aleitamento e estado nutricional foram adquiridos nas plataformas Google Acadêmico, Scielo e PubMed. Os principais descritores oficiais para pesquisa de artigos foram: aleitamento materno e desmame. Os descritores foram verificados na plataforma DeCS/MeSH (Descritores em Ciências da Saúde).
O descritor “aleitamento materno” levantou em pesquisa de artigos em torno de 55.400 pesquisas. Quando aplicado o critério de exclusão, o número resultante caiu para 15.900, 88 artigos foram coletados e 28 utilizados em referências. Os artigos preferencialmente selecionados abordavam sobre saúde pública e fatores envolvendo o desmame precoce.
Em seguida foi aplicado o descritor “desmame”, ao qual apareceram 42.100 resultados. Após aplicação dos critérios de tempo de publicação, restaram 17.900. Dos artigos coletados, 13 foram utilizados como prioridade, sendo os mais recentes e também aqueles que utilizaram pesquisa de campo e revisão bibliográfica ampla.
Os demais artigos foram encontrados através de descritores não oficiais, como: estado nutricional da gestante, fatores do desmame precoce, influência do desmame precoce, entre outros, e seus correspondentes em inglês para pesquisa na plataforma PubMed.
Para inclusão dos artigos foram seguidos os seguintes critérios: público-alvo; mães, nutrizes, gestantes, lactentes; estudos publicados entre 2010 e 2020. Os idiomas incluídos foram: português, inglês e espanhol. Para os critérios de exclusão foram levados em consideração alguns fatores como ano (antecedendo o ano de 2010) e artigos que não atingissem o público-alvo determinado ou fora dos idiomas estabelecidos.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
As informações coletadas sobre a prevalência do Aleitamento Materno Exclusivo (AME) em crianças menores de 6 meses, no território nacional, revelaram que, no primeiro ano de pesquisa, 55% (n=16.821) das crianças estavam em AME. No entanto, apenas 30.438 crianças foram monitoradas ao longo do estudo. Nos três anos subsequentes (2016, 2017 e 2018), observou-se um aumento significativo no número de crianças acompanhadas. Contudo, o percentual de aleitamento materno não apresentou crescimento proporcional ao aumento do número total de crianças monitoradas.
Em 2016, das 61.035 crianças monitoradas, 52% (n=31.924) estavam em AME. Em 2017, observou-se um aumento de 4% no percentual de Aleitamento Materno Exclusivo, com 75.538 crianças acompanhadas, sendo que 56% (n=42.039) estavam em amamentação exclusiva. Em 2018, houve um aumento no número de crianças monitoradas, totalizando 85.498. No entanto, o percentual de crianças em AME caiu para 54% (n=45.960), representando uma redução de 2% em relação ao ano anterior. Em 2019, em contraste com os três anos anteriores, verificou-se uma diminuição tanto no número de crianças acompanhadas quanto no percentual de Aleitamento Materno Exclusivo, com 53% (n=40.143) de um total de 76.037 crianças em amamentação exclusiva, indicando uma nova queda de 1% em relação ao ano anterior.
No Brasil, diversas estratégias têm sido implementadas para a promoção, proteção e apoio à amamentação, tais como a Proteção Legal à Amamentação, a Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil, a Iniciativa Hospital Amigo da Criança, o Método Canguru, a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, além de ações de Educação, Comunicação e Mobilização Social, o Componente Inovador e o Monitoramento e Avaliação, entre outras. No entanto, é necessário considerar as particularidades de cada região e de cada mulher, a fim de maximizar a eficácia dessas políticas públicas, especialmente no âmbito da atenção primária (Brasil, 2017).
Embora o Brasil disponha de diversas estratégias públicas, observa-se que uma parcela da população ainda não tem acesso à assistência adequada, especialmente no âmbito da atenção primária. Como consequência, a falta de informação contribui para a redução da adesão ao aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida. Embora os resultados apresentados mostrem que os percentuais permanecem próximos à média esperada, os índices ainda são relativamente inferiores ao ideal.
Figura 1. Aleitamento Materno Exclusivo em menores de 6 meses no Brasil.
Fonte: SISVAN Web, 2021.
Conforme observado nos gráficos que apresentam os resultados sobre o aleitamento materno continuado no Brasil, os percentuais demonstraram um crescimento ao longo dos anos. No entanto, em comparação ao número total de crianças monitoradas, ainda é evidente a baixa adesão à amamentação.
Em 2015, apenas 50% (n=22.938) das crianças acompanhadas ainda estavam em aleitamento materno, de um total de 45.842. No ano de 2016, o percentual de crianças em nutrição materna manteve-se em 49% (n=62.225), de um total de 126.927 crianças monitoradas. Em 2017, o percentual permaneceu em 49% (n=75.610), apesar do aumento significativo no número de crianças acompanhadas, totalizando 153.213.
No ano seguinte, em 2018, 52% (n=99.057) das crianças estavam em aleitamento materno continuado, representando um aumento de apenas 3%, de um total de 191.090 crianças monitoradas. Em 2019, houve um leve acréscimo no percentual, com 53% (n=103.703, aumento de 1%) em nutrição materna continuada, enquanto o número total de crianças acompanhadas também aumentou.
Considerando a diferença entre o número de crianças monitoradas e o percentual das que permaneciam em aleitamento materno continuado, observa-se uma discrepância significativa de 48,94%. Apesar da recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de manter a nutrição materna até dois anos ou mais, muitos dos benefícios associados podem ser perdidos, como a proteção contra diarreias e pneumonias, a redução do risco de alergias, o desenvolvimento intelectual e emocional aprimorado, além da diminuição do risco de obesidade na adolescência e vida adulta (Oliveira e Lima, 2015).
O retorno das mães às atividades laborais é um fator que influencia o aleitamento materno continuado, podendo, consequentemente, afetar os resultados obtidos, que são insatisfatórios. Embora exista a legislação (Art. 396 da Consolidação das Leis do Trabalho) que garante às mulheres o direito de usufruir de dois intervalos de 30 minutos para amamentar até que o lactente complete seis meses, as mulheres que trabalham na informalidade não possuem o mesmo respaldo legal, conforme evidenciado no estudo de Rodrigues e Gomes (2014).
Adicionalmente, conforme discutido no estudo de Elias et al. (2017), a Sociedade Brasileira de Pediatria, em seu guia sobre nutrição materna continuada, identifica os principais fatores que dificultam a continuidade do aleitamento após o retorno ao trabalho. Entre esses fatores, estão: o tempo que a nutriz precisa passar fora de casa, o tipo de trabalho, as leis trabalhistas, a presença de suporte familiar, a assistência no ambiente de trabalho e a orientação fornecida por profissionais de saúde.
Figura 2. Aleitamento Materno Continuado em crianças entre 6 a 23 meses no Brasil.
Fonte: SISVAN Web, 2021.
Analisando os dados obtidos pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) referentes ao AME em crianças menores de seis meses na cidade do Rio de Janeiro, observou-se que, em 2015, foram acompanhadas 730 crianças, das quais apenas 58% estavam em Aleitamento Materno Exclusivo. No ano de 2016, o número de crianças acompanhadas aumentou para 845, mas o percentual de amamentação exclusiva diminuiu para 51% em comparação ao ano anterior. Em 2017, 838 crianças foram monitoradas, apresentando um percentual de apenas 46% em aleitamento exclusivo. Em 2018, foram acompanhadas 1.206 crianças, com 50% delas em AME. Por fim, em 2019, totalizou 1.159 crianças acompanhadas, das quais 49% estavam em nutrição materna exclusiva.
Observa-se que, ao longo dos cinco anos de coleta de dados, os percentuais de AME em 2017 e 2019 ficaram abaixo de 50%. Em 2019, embora tenha sido registrado um aumento significativo de 3% no número de crianças acompanhadas, o percentual das acompanhadas em nutrição exclusiva permaneceu baixo. Da mesma forma, em 2017, também se observou um aumento no número de crianças monitoradas em comparação aos anos de 2015 e 2016; no entanto, apenas 46% dessas estavam em aleitamento exclusivo.
Nota-se que, ao longo dos anos, a quantidade de crianças assistidas aumentou, enquanto as porcentagens de adesão ao AME permaneceram próximas à média de 50%, o que é considerado um número baixo até os seis meses de vida. Embora os benefícios do Aleitamento Materno Exclusivo proporcionem resultados positivos tanto para as crianças quanto para as mulheres, conforme demonstrado no estudo de Santos, Pintos e Santos (2017), é fundamental implementar estratégias direcionadas à promoção, adesão e manutenção da nutrição materna, contribuindo para a diminuição das morbidades e da mortalidade infantil.
Os estudos de Brandão, Almeida, Silva e Verde (2016) e Rêgo et al. (2019) indicam que o início da amamentação pode ser afetada por diversas intercorrências, uma vez que nem sempre essa fase inicial corresponde às expectativas estabelecidas por profissionais durante o pré-natal. Assim, ressalta-se a importância da atuação dos profissionais de saúde em situações delicadas, a fim de promover um aleitamento materno de qualidade tanto para o bebê quanto para a nutriz. Essa atenção deve ser prestada durante o período de pré-parto, pós-parto e puerpério, enfatizando a relevância da amamentação para a prevenção do desmame precoce.
De acordo com os resultados obtidos, a baixa prevalência pode estar relacionada a fatores como dores nas mamas decorrentes de mastite, fissuras e lesões nos mamilos. Alguns relatos de nutrizes indicam que problemas na pega e no posicionamento inadequado do bebê contribuem para desistências na amamentação, conforme abordado no estudo de Moreno e Schmidt (2014).
Outros estudos, como o de Hernandes et al. (2017), evidenciam que desconfortos durante a amamentação, como tontura, dor de cabeça e indisposição, assim como crenças populares – por exemplo, a ideia de que o leite é fraco e insuficiente para o lactente – podem levar à interrupção do aleitamento. Esses fatores podem interferir nos resultados apresentados nos gráficos.
Além dos fatores abordados anteriormente, o estudo de Feitosa, Oliveira e Silva (2020) também identifica outros motivos que vão além dos problemas relacionados aos mamilos e às mamas, incluindo dores nas mamas, fissuras e ingurgitamento mamário, bem como fatores de natureza patológica, emocional e social. Algumas nutrizes não se sentem à vontade para amamentar em público, e situações que envolvem aspectos emocionais podem levar à diminuição na produção de leite, além de doenças que comprometem a saúde das mães. Dessa forma, todos esses fatores podem contribuir para o desmame.
Figura 3. Aleitamento Materno Exclusivo em menores de 6 meses no Rio de Janeiro.
Fonte: SISVAN Web, 2021.
Durante a pesquisa no SISVAN, foi decidido realizar uma segunda etapa para obter resultados sobre crianças com idade entre seis meses e vinte e três meses na cidade do Rio de Janeiro. Iniciando em 2015, foram acompanhadas 1.301 crianças, das quais 53% estavam em AME. Em 2016, o número de crianças acompanhadas aumentou para 1.897, com 48% em nutrição materna. Em 2018, 3.102 crianças foram acompanhadas, apresentando uma redução para 42% em aleitamento exclusivo. Por fim, em 2019, o total de crianças acompanhadas foi de 2.908, com 47% em amamentação exclusiva. Destaca-se que, após os seis meses de vida, houve uma diminuição de 3,17% na taxa de aleitamento. Considerando os resultados obtidos, as porcentagens de AME permaneceram próximas de 50%.
Em relação ao aleitamento continuado entre seis e vinte e três meses, observou-se um aumento de 596 crianças acompanhadas entre os anos de 2015 e 2016; no entanto, houve uma diminuição de 5% na porcentagem de crianças em aleitamento materno. Nos anos subsequentes, foram registrados aumentos e diminuições no número de crianças acompanhadas, mas as porcentagens permaneceram abaixo de 50%.
A OMS, por meio do Ministério da Saúde do Brasil, recomenda a continuidade do aleitamento materno por um período de dois a três anos de idade, ou até que ocorra o desmame natural devido à falta de interesse do bebê. Evidências indicam desvantagens em iniciar a introdução de alimentos antes dos seis meses de vida, o que pode acarretar danos à saúde, como maior número de hospitalizações por doenças respiratórias, episódios de diarreia, diminuição na absorção de nutrientes provenientes do leite materno (ferro e zinco, por exemplo) e risco de desnutrição (Brasil, 2015).
De acordo com Almeida et al. (2019), as principais causas do desmame precoce incluem escolaridade materna, nível socioeconômico, ausência de incentivo familiar, condições de parto, primeira gestação, idade da nutriz e retorno às atividades laborais, entre outros fatores.
Figura 4. Aleitamento Materno Continuado entre 6 a 23 meses no Rio de Janeiro.
Fonte: SISVAN Web, 2021.
3.1. COVID-19 e os Riscos para Desmame Precoce em 2020
Não existem comprovações científicas, até o presente momento, que identifiquem contaminação de crianças por COVID-19 através da amamentação (Silva et al. 2020). Porém, é determinado que a decisão da continuação do aleitamento fosse decidida pela mãe e família, levando em consideração as recomendações de um profissional de saúde (Gouvêa, Carmo, 2020).
O que se pode entender, é que a recente descoberta do vírus SARS-CoV-2 é de pouco conhecimento acerca dos riscos para o leite materno, podendo ter influenciado a decisão de muitas mães em relação a continuar com o processo de amamentação. E, deste modo, ter sido um fator determinante na baixa adesão. Na cidade do Rio de Janeiro o aleitamento exclusivo em menores de 6 meses teve redução de 11%, já o aleitamento continuado entre 6 e 23 meses obteve redução de 10% quando comparado o ano de 2019 ao de 2020. Em relação ao nível nacional, o aleitamento exclusivo em menores de 6 meses teve redução de 1% e o aleitamento continuado entre 6 e 23 meses teve redução de 5% quando comparado o ano de 2019 ao de 2020.
Figura 5: Aleitamento Materno no Brasil em 2020.
Fonte: SISVAN Web, 2021.
Os dados obtidos apontam que, em território nacional, o percentual de prevalência do aleitamento não teve alteração significativa, mantendo-se em 54% tanto em amamentação exclusiva quanto continuada. O número total de crianças acompanhadas, respectivamente, são 71.324 e 135.369.
Figura 6: Aleitamento Materno no Rio de Janeiro em 2020.
Fonte: SISVAN Web, 2021.
O gráfico do Rio de Janeiro indica um percentual elevado, mas em comparação com o número total de acompanhados, é ainda baixo. Sendo 60% de adesão para menores de 6 meses, de um total de 1.021 crianças acompanhadas. Entre 6 e 23 meses, a prevalência foi de 57%, porém o total de crianças assistidas foi de 1.309.
O ano de 2020 foi caracterizado por muitas incertezas desde que o mundo foi surpreendido pela pandemia do vírus SARS-CoV-2. Percebeu-se uma extrema diminuição no número de crianças acompanhadas em relação ao ano anterior, podendo ter tido influência da pandemia em que o país se encontra.
Os resultados observados levantam questões preocupantes em relação ao aleitamento dessas crianças, visto que como consequência entende-se que muitas famílias não buscam atendimento em unidades básicas de saúde por medo de se contaminar pelo vírus. Muitas nutrizes contaminadas pelo COVID-19 desmamaram ou até mesmo não amamentaram com o receio de transmitir o vírus através do leite materno.
Precisa-se levar em consideração que o leite materno possui substâncias que beneficiam o sistema imunológico do lactente. A desistência da amamentação pode prejudicar a defesa do organismo da criança, deixando assim uma porta de entrada não só para o COVID-19, mas também para outras infecções oportunistas.
O fator da pandemia, apesar de recente, reforça ainda mais o papel do profissional de saúde em conscientizar e trazer o real conhecimento (de forma didática e acessível) para as mães e famílias. Uma vez que há orientações do Ministério da Saúde para a amamentação de forma segura, com protocolos de higiene e cuidados preventivos.
Os profissionais precisam estar continuamente atualizados, assim como os protocolos de cuidados para orientação das práticas direcionadas para prevenção de contágio da população (Tacla et al. 2020).
Até este momento presente, as vantagens do aleitamento materno são maiores que as nocividades causadas pela infecção do vírus SARS-CoV-2 (Brasil, 2020).
3.2. Estado Nutricional da Gestante e Amamentação
Baseando-se nos estudos de Alves (2010), que indicam que a prevalência e adesão à amamentação têm causas multifatoriais, foi decidido abordar a relação entre o estado nutricional da gestante e as consequências deste fato. O estado nutricional pré-gestacional e gestacional é importante para a redução do risco de doenças crônicas-degenerativas e tem um impacto direto no desenvolvimento físico, cognitivo e comportamental do bebê (ABRAN, 2019).
O estado nutricional das mulheres ao iniciarem a gravidez pode influenciar significativamente o processo de amamentação, evidenciando o sobrepeso. Para mulheres adultas, o sobrepeso é caracterizado pelo índice de massa corporal (IMC) ≥ 25 kg/m² e, para adolescentes, pela relação IMC/IDADE. Não foram encontrados estudos relacionando o estado nutricional das gestantes adolescentes.
A partir deste fato, levantamos os dados dos anos de 2015 a 2020 das gestantes do Brasil, dividindo-as em gestantes adolescentes e adultas.
Figura 7: Estado Nutricional de Gestantes Adultas no Brasil.
Fonte: SISVAN Web, 2021.
Após a análise do gráfico das gestantes adultas no Brasil, observa-se que as maiores porcentagens, 37,63% em 2015 e 37,18% em 2016, referem-se às mulheres com classificação de IMC em eutrofia em todos os anos entre 2015 e 2020.
No ano de 2015, obtivemos 14,29% das mulheres com IMC de baixo peso, 37,62% em eutrofia, 28,53% em sobrepeso e 19,56% com classificação de IMC em obesidade. O número total de mulheres acompanhadas neste ano foi de 547.350.
Em 2016, o número de mulheres acompanhadas foi maior, havendo, assim, uma diminuição no percentual de mulheres classificadas com baixo peso e eutrofia em relação ao ano anterior, totalizando 14,05% em baixo peso e 37,18% em eutrofia. Considerando os resultados de sobrepeso e obesidade, houve aumento nas porcentagens em relação ao ano anterior, com 28,76% classificadas em sobrepeso e 20,02% em obesidade.
Com os resultados apresentados dos últimos seis anos, percebe-se que, embora haja oscilação na classificação de eutrofia ao longo dos anos, observa-se uma prevalência média de 35,54%, sendo essa a maior porcentagem comparada às mulheres com sobrepeso, obesidade e baixo peso. Foram analisadas 1.126.385 mulheres, com sobrepeso ocupando a segunda posição em porcentagem, com 30,60% em 2020 e 29,92% em 2019, apontando um sério risco de aumento no índice de obesidade, já que houve um aumento gradativo ao longo dos anos, culminando em um pico em 2020.
O estudo de Marshall, Lau, Purnell e Thornburg (2019) evidencia que mães com IMC ≥ 30kg/m² tiveram menor probabilidade de manter o Aleitamento Materno Exclusivo (AME) do que nutrizes com IMC eutrófico (67% e 37% comparados a 91% e 79%, respectivamente). O estudo também menciona que um dos possíveis fatores para isso seria o atraso da lactogênese II.
O estudo de Preusting et al. (2017) evidenciou uma prevalência de atraso na lactogênese II em mulheres com IMC pré-gestacional ≥ 30kg/m², em 57,9% dos casos.
O processo de lactogênese inicia-se ainda na gestação, no final do segundo trimestre, quando ocorre a preparação fisiológica para a produção e liberação do leite materno. Devido aos altos níveis de prolactina, a glândula mamária começa a produzir leite, e ao final do terceiro trimestre já há presença de colostro nas mamas. Contudo, a ação completa da prolactina ocorre apenas após o parto. Logo em seguida ao parto, os níveis de ocitocina se elevam, e a prolactina age efetivamente, fenômeno denominado “descida do leite” (lactogênese II). A lactogênese II pode demorar até 72 horas (Ministério da Educação, 2017).
Segundo Nommsen-Rivers et al. (2010), o atraso da lactogênese II é influenciado por alguns fatores como ganho de peso gestacional, IMC pré-gestacional, idade acima de 30 anos, diabetes gestacional, parto cesáreo e edema pós-parto.
Figura 8: Estado Nutricional de Gestantes Adolescentes no Brasil.
Fonte: SISVAN Web, 2021.
Conforme o gráfico das gestantes adolescentes, em 2015 32,91% estavam com baixo peso, 43,66% com peso adequado, 16,35% com sobrepeso e apenas 7,08% com obesidade. Foram acompanhadas um total de 146.145 gestantes neste ano.
No ano seguinte, de um total de 183.657 adolescentes acompanhadas, o percentual de baixo peso foi de 32,91%, 43,61% estavam em estado eutrófico, 16,29% em sobrepeso e 6,86% em obesidade.
Em 2017, 32,83% das gestantes estavam em baixo peso, 43,54% em eutrofia, 16,60% em sobrepeso e 7,03% em obesidade. O total de gestantes acompanhadas foi de 151.286.
No ano de 2018, o percentual de baixo peso teve uma queda sutil em relação ao ano anterior, ficando em 32,09% (queda de 0,74%). O estado nutricional eutrófico também apresentou uma diminuição, ficando em 42,84% (queda de 0,7%). As gestantes em sobrepeso representaram 17,39%, um aumento de 0,79% em relação ao ano anterior. O percentual de obesidade também aumentou, ficando em 7,68% (aumento de 0,65%). O número total de adolescentes acompanhadas foi de 137.381.
No ano seguinte, em 2019, 32,31% das gestantes estavam em baixo peso (um aumento de 0,22% em comparação com 2018), 41,61% estavam em estado eutrófico (queda de 1,23%), 17,94% em sobrepeso e 8,14% em obesidade. No total, foram assistidas 110.154 gestantes adolescentes.
Em 2020, 30,43% das gestantes adolescentes estavam em baixo peso, uma diminuição de 1,88% em comparação com 2019. 41,50% estavam em peso adequado (diferença sutil de 0,11%), 18,70% em sobrepeso (aumento de 0,8%) e 9,37% em obesidade (aumento de 1,23%). O total de adolescentes acompanhadas foi de 125.004.
Através dos resultados obtidos nos anos de 2015 a 2020, percebe-se uma prevalência das porcentagens de eutrofia, sendo considerados dados positivos sem maiores preocupações. Em comparação aos dados coletados de mulheres adultas, o índice de obesidade entre adolescentes é menor, 14,31%. Em contrapartida, as porcentagens de baixo peso geram maior preocupação, com a possibilidade de complicações durante a gravidez.
Apesar das porcentagens de obesidade se manterem menores em comparação aos demais resultados, observa-se um aumento gradativo nos últimos anos, tendência que se repete também para o sobrepeso.
O estudo de Lyon et al. (2018) aborda o receio da nutriz em relação à qualidade do leite materno e a pressão extrema com o corpo, além de fatores psicológicos que contribuem para a baixa prevalência do aleitamento. Essas situações podem interferir, dificultando a continuidade do aleitamento materno exclusivo.
Não foram encontrados estudos consolidados a respeito do baixo peso da gestante e adesão ao aleitamento materno, assim como há necessidade de mais pesquisas sobre o processo de lactogênese II, sua relação com a obesidade e o desmame precoce. Portanto, nota-se a imprescindibilidade de mais estudos no território nacional, com maior amplitude, para identificar a influência do estado nutricional da gestante na prevalência do aleitamento materno.
3.3. SISVAN: Possível Margem de Erro e Falta de Dados
Os dados epidemiológicos apresentados no site do SISVAN são de uma amostra limitada no número total de crianças acompanhadas, logo, essas considerações finais poderão apresentar pouca precisão. De acordo com o estudo de Rolim et al. (2015), existem algumas dificuldades apontadas pelo SISVAN, tais como: ausência de internet ou lentidão, falta de profissionais capacitados para digitação dos dados, sobrecarga de trabalho, entre outros.
3.4. Promoção do Aleitamento Materno
A promoção do aleitamento materno exclusivo é importante para gestantes e puérperas. Nesse momento, são necessárias muitas informações sobre todos os benefícios do aleitamento. Ações que promovam o AME precisam contar com profissionais da saúde juntamente com as mães, enfatizando a importância para a saúde do lactente. A equipe multidisciplinar é fundamental nesse período de orientação e apoio à nutriz, gerando assim um desenvolvimento adequado para os bebês e diminuindo drasticamente a morbimortalidade (Santos, 2016).
Corroborando com o estudo de Santiago e Santiago (2014), deve ser realizada a capacitação dos profissionais de saúde que tenham contato direto com nutrizes, ensinando sobre a pega correta e sanando possíveis dúvidas que possam surgir. Desta forma, incentiva-se o aleitamento exclusivo até os seis meses e, como consequência, a diminuição das taxas baixas apresentadas em pesquisas realizadas no Brasil e no estado do Rio de Janeiro. Cursos existentes para gestantes são atividades fundamentais para as futuras nutrizes e seus respectivos parceiros ou parceiras, com o intuito de reduzir a ansiedade para o momento do parto e puerpério.
O estudo de Escarce et al. (2013) identifica a importância da equipe multidisciplinar para o sucesso da amamentação. Para que dúvidas e dificuldades que se apresentem durante o processo sejam solucionadas, trazendo maior aderência ao aleitamento exclusivo.
4. CONCLUSÃO
O aleitamento materno é fundamental nos primeiros dois anos de vida, pois auxilia no desenvolvimento cognitivo, nutre o lactente e previne diversas doenças e infecções.
Quando comparado às recomendações da OMS, a prevalência no Brasil é inferior ao preconizado, evidenciando a necessidade de realizar ações que promovam a amamentação e capacitações para os profissionais de saúde, para que eles possam orientar a nutriz adequadamente.
Tanto em âmbito estadual quanto nacional, os dados coletados ao longo dos anos (2015-2020) por meio do SISVAN Web trouxeram alerta. Por vezes, o número de crianças acompanhadas apresentou aumento, porém a porcentagem de prevalência permaneceu com pouca oscilação. O SISVAN Web é uma plataforma que ainda precisa ser mais explorada a favor dos aspectos epidemiológicos. Infelizmente, há muitos problemas no acompanhamento dos dados registrados e em relação aos números reais.
Foram apontados como possíveis fatores para o desmame precoce: introdução precoce de alimentos, escolaridade materna, condições no momento do parto, idade da mãe, crenças populares e tabus, ausência de orientações adequadas, pega incorreta e posicionamento inadequado do bebê, além de aspectos psicológicos da nutriz. Um fator discutido e que ainda precisa de mais esclarecimentos é o quanto o estado nutricional pode influenciar na adesão à amamentação.
O período de pandemia causada pelo vírus SARS-CoV-2 pode ter sido determinante nos percentuais de adesão à amamentação em 2020. Considerando que o impacto da doença sobre o aleitamento materno era, e ainda é, pouco conhecido, o que pode ter gerado receio em nutrizes no momento de amamentar, ocasionando desistências. Ressalta-se a importância do profissional de saúde como orientador, que deve estar sempre atualizado e transmitir os protocolos mais recentes e corretos para a família e a nutriz.
Em relação ao estado nutricional da gestante, após análise, constatou-se que são escassas as informações que a relacionam ao desmame precoce. O mais associado são os estados de sobrepeso e obesidade, juntamente com fatores psicológicos e sociais, à desistência da amamentação, evidenciando esses estados como possível fator de risco para o atraso do processo de lactogênese II.
Entre as principais ações de promoção ao aleitamento materno, destacam-se as iniciativas educativas, orientações e o acompanhamento constante dos profissionais de saúde à gestante. É imprescindível que as ações de promoção comecem ainda no pré-natal, como forma de preparar a gestante e a família para a amamentação.
Tendo em vista todos os aspectos observados, conclui-se a necessidade de um acompanhamento mais rigoroso da prevalência do aleitamento no Brasil. É essencial considerar as particularidades de cada região e as possíveis causas relacionadas ao desmame precoce. Após a identificação das complicações relacionadas à baixa adesão ao aleitamento, é possível desenvolver ações de políticas públicas para melhorar o quadro atual.
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¹ Nutricionista Gabriela do Nascimento Peres. Universidade Estácio de Sá. nutrigabrielaperes@gmail.com. (21) 98564 0182.
² Nutricionista Yasmim Botelho Arrojado. Universidade Estácio de Sá. yasmimbotelho@outlook.com.br. (21) 99506 8363.
³ Nutricionista Yeda Cardoso da Cunha Gomes. Universidade Estácio de Sá. yedacgomes@gmail.com. (21) 97927 3662.
4 Estudante de Nutrição Ana Paula Bento de Oliveira. Universidade Federal da Bahia – IMS/CAT. paulapbo99@gmail.com. (77) 98819 8342.
5 Estudante de Nutrição Claudia Rayssa Gomes Bolo. Centro Universitário UNIFACISA. claudiarayssa45@gmail.com. (83) 99128 7370.
6 Nutricionista Daniela Nathalia Dutra. Universidade Federal do Maranhão – UFMA. danieladutra245@gmail.com. (98) 98423 6623.
7 Nutricionista Manuela Ferreira Simões da Silva. UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau. manuelasimoesnutri@gmail.com. (81) 99668 0736.
8 Estudante de Nutrição Nathalia Lúcia da Silva. Universidade Federal de Pernambuco – CAV. nathalialucia17@gmail.com. (81) 99669 8556.
9 Nutricionista Samara Cristina Mascarenhas Ferreira. Universidade Cruzeiro do Sul – UNICSUL. samaracmferreiranutri@gmail.com. (11) 91425 7620.
10 Estudante de Nutrição Sophia Rodrigues Holz. CUSC – Centro Universitário São Camilo. sophiarholz@gmail.com. (11) 99488 0084.
11 Nutricionista Thallyane Cristine Matos Sousa. Faculdade Santa Terezinha – CEST. thallyanenutri@gmail.com. (98) 98701 9359.
12 Nutricionista Tiago de Souza Brant. UNICEPLAC – Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos. tiago.s.brant@gmail.com. (61) 98427 5969.