PREVALÊNCIA DE DEPRESSÃO EM PORTADORES DE DISPEPSIA: UM ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO

PREVALENCE OF DEPRESSION IN DYSPEPSIA PATIENTS: A EPIDEMIOLOGICAL STUDY

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7872106


Elaine Oliveira Lima1
Horley Soares Britto Neto2
Hélder Santos Gonçalves3
Leda Maria Delmondes Freitas Trindade4
Juliana Ramos Friggi5


RESUMO 

Introdução: Doenças psiquiátricas como ansiedade, estresse e depressão, através de mecanismos fisiológicos de desregulação do controle da liberação de neurotransmissores, podem desencadear ou intensificar alterações no sistema gastrointestinal, que culminam em desordens, como doenças pépticas e a dispepsia funcional. Objetivo: identificar as características sociodemográficas de portadores de depressão com transtornos dispépticos e prevalência da síndrome da dor epigástrica e síndrome do desconforto pós-prandial. Metodologia: estudo transversal, prospectivo, descritivo, do tipo survey inquérito, realizado no período de 2018 a 2019, em Aracaju, Sergipe, Brasil. Foram incluídos 859 pacientes com diagnóstico de dispepsia, submetidos a Endoscopia Digestiva Alta (EDA) e estudo anatomopatológico. Resultados: a amostra foi composta por 560 (65,1%) mulheres e 300 (34,9%) homens, com idade média de 37 anos; 425 (51%) eram da cor parda, 476(55,7%) casados, 447(52,7) possuíam ensino médio completo e 267 (94,3%) faziam uso de bebida alcóolica. Todos os portadores de dispepsia apresentavam algum grau de depressão. Foram incluídos na síndrome da dor epigástrica 128 (15%) pacientes e, na síndrome do desconforto pós-prandial, 165 (19,5%). A frequência dos sintomas dispépticos que ocorriam mais de um dia por semana foi proporcionalmente mais frequente nos portadores de nível depressivo mínimo e grave. Conclusão: proporcionalmente as mulheres jovens, com sintomas dispépticos apresentaram maiores níveis de depressão e, dentre as manifestações clínicas, a síndrome do desconforto pós prandial foi mais frequente. 

Palavras-Chave: Dispepsia; Depressão; Síndrome Dispéptica. 

INTRODUÇÃO 

A dispepsia, desordem heterogênea caracterizada por períodos sintomáticos e assintomáticos, consiste em um conjunto de sintomas relacionados ao trato gastrointestinal superior. Seu aparecimento, ou piora, pode estar relacionado à alimentação e/ou ao estresse. Representa muitas vezes uma condição de dor ou desconforto no abdome superior com alta prevalência na população (CHINZON et al., 2016). 

Os sintomas mais comuns são distensão abdominal, saciedade precoce, plenitude pós-prandial, epigastralgia em queimação, eructação, náuseas, azia e vômitos. Além disso, pode estar associado a outros sintomas gastrointestinais do TGI, desde que a dor epigástrica seja a principal preocupação do paciente (CHINZON et al., 2016). 

Não existe uma única causa fisiopatológica para desenvolvimento da dispepsia, mas uma complexa interação entre fatores genéticos, microbioma e meio ambiente. A dispepsia de causa orgânica ocorre em torno de 25% dos casos como causa subjacente, o que envolve o uso de fármacos, doenças sistêmicas extra intestinais. Sintomas dispépticos também fazem parte do quadro clínico da dispepsia funcional, entidade que cursa sem lesão estrutural (DE ALBUQUERQUE, L.C.F. et al., 2018; XIONG, Yu et al., 2019). Autores SILVA et al., (2021) identificaram em amostra similar (859 indivíduos com diagnóstico clínico de dispepsia) que 36 (4,19%) preencheram os critérios ROMA IV para dispepsia funcional, sendo 19 (52,8%) pacientes portadores de ansiedade e 9 (25%) com depressão (SILVA, W.S. et al .2021). 

A dispepsia em si é um problema atual, comum e universal, e a sensação de desconforto referida pelos pacientes é, segundo Alvariz, A. et al., (2010), de dor, empachamento pós-prandial e saciedade precoce. De Albuquerque, Pereira, Caldas (2018) citam que náuseas e vômitos podem estar presentes, mas não são específicos e nem enquadrados em sua definição. 

Existem dois tipos de dispepsia: funcional e orgânica. A dispepsia funcional é aquela que não apresenta causa orgânica durante a avaliação clínica. Caracteriza-se por um ou mais sintomas clássicos, localizados na região central e superior do abdome, com ausência de anormalidades estruturais ou irregularidades metabólicas e bioquímicas que justifiquem a sintomatologia. Já a dispepsia orgânica (DO) pode ser definida como secundária a lesões específicas, como úlcera péptica, Helicobacter pylori, medicamentos, câncer gástrico e colelitíase (CHINZON et al, 2016). 

Os transtornos psiquiátricos, por sua vez, segundo Trovão et al,. (2020), estão muitas vezes ligados à presença de sintomas dispépticos, principalmente à depressão. Entretanto, De Carvalho et. al, (2021) identificaram em uma amostra de 859 portadores de dispepsia 388 (45,1%) pacientes com ansiedade, sendo 214 (55,1%) ansiedade leve, 112 (28,9%) moderada e 62 (16%) grave. Os transtornos como ansiedade, depressão, síndrome do pânico e doenças somatoformes, estão entre os diversos fatores associados à ocorrência e gravidade da dispepsia. 

A comunicação cérebro-intestino constitui uma via bidirecional, configurando-se como uma regulação recíproca (XIONG, Yu et al., 2019; ESTERITA, T. et al, 2021). Acredita-se que os distúrbios psiquiátricos via eixo Hipófise-Hipotálamo-Adrenal resultam em disfunção gastroduodenal, assim como os sintomas dispépticos causam inflamação gastrointestinal de baixo grau, que se reflete em estresse psicológico, como ansiedade e principalmente depressão (CHINZON et al., 2016; ESTERITA, T. et al, 2021). 

A proposta do presente estudo foi identificar as características sociodemográficas de pacientes portadores de depressão e dispepsia; analisar, de acordo com os critérios de Roma III, a associação de depressão e dispepsia e a prevalência de Síndrome do Desconforto Pós-Prandial (SDPP) e da Síndrome da Dor Epigástrica (SDE) nos pacientes com transtornos depressivos. 

METODOLOGIA 

Estudo transversal, prospectivo, descritivo, do tipo survey inquérito, iniciado no ano de 2015 em Aracaju, Sergipe, Brasil. De setembro de 2018 até dezembro de 2019 realizou-se nova coleta de dados em duas clínicas privadas de endoscopia digestiva. A mostra foi composta por 859 pacientes com diagnóstico de dispepsia que foram submetidos a EDA e estudo anatomopatológico de mucosa esofagogastroduodenal. 

Utilizou-se questionários autoexplicativos como instrumento de coleta de dados. Para caracterizar os participantes do estudo, foi aplicado um questionário de Dados Pessoais e Sociodemográficos contendo as variáveis: idade, sexo, cor da pele, estado civil, procedência, antecedentes pessoais e hábitos sociais; antecedentes patológicos (comorbidades) atestadas por relatórios médicos.

Quanto à identificação dos sintomas dispépticos, foram aplicados os Critérios de Roma III validados para o português. E, embora tenha sido aplicado os critérios de Roma III, buscou-se atualizar os conceitos a partir dos critérios de Roma IV que classificam o quadro clínico da DF em dois subtipos, de acordo com os sintomas mais prevalentes: SDPP e a SDE. 

Para avaliar a presença e nível de depressão foi aplicado o Inquérito/Inventário de Depressão de Beck (BDI), que consiste em uma escala autoaplicável que mede o nível de extensão das atitudes negativas frente ao futuro, e o quão pessimista mostra-se o indivíduo, sendo composta por 21 questões. O resultado consiste em uma pontuação máxima de 63 pontos, cujos valores básicos das categorias são: 0-9 indicam que o indivíduo não está deprimido, 10-18 indicam depressão leve a moderada, 19-29 indicam depressão moderada a severa e 30-63 indicam depressão severa. 

Foram excluídos aqueles que apresentavam antecedentes tumorais, gestantes, doença mental ou física que os limitassem na compreensão dos instrumentos. Todos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. 

Para análise dos dados utilizou-se o software R Core Team 2020 e adotado nível de significância 5%. As variáveis categóricas foram descritas por meio de frequência absoluta e relativa percentual, as variáveis contínuas por meio de mediana e intervalo quartil. A hipótese de independência entre variáveis categóricas foi testada por meio dos testes Qui-Quadrado de Pearson ou Exato de Fisher e as diferenças entre medianas por pelo teste de Kruskal-Wallis. O estudo foi aprovado pelo CEP/UNIT parecer nº 2.832.329. 

RESULTADOS 

Todos os portadores de dispepsia (n=859) apresentaram algum grau de depressão, com intensidade variável, de acordo com o inventário de Beck. Eram portadores de depressão com intensidade mínima 694 (80,79%) indivíduos, 89 (10,36%) leve, 56 (6,52%) moderado e 21 (2,44%) grave. A idade média do grupo foi de 37 anos, com prevalência do sexo feminino (n=560 / 65,19%), dentre as quais 427 tinham depressão mínima, 74 depressão leve, 40 moderada e 19 depressão grave. Já dentre os homens (n=300 / 34,9%), 267 tinham depressão mínima, 15 depressão leve, 16 moderada e 2 depressão grave (Tabela 01). 

Do grupo estudado, 425 (51%) indivíduos eram casados, 476 (55,7%) apresentaram-se como tendo a cor parda, 267 (31,1%) dos respondentes faziam uso de bebida alcoólica, e dentre os entrevistados 447 (52%) possuíam ensino médio completo, sendo sua maioria originária de Aracaju, zona urbana (Tabela 01).

Foram analisados os dois grandes sintomas que fazem parte do diagnóstico de dispepsia, ou seja, SDE e SDPP. Dentre aqueles que apresentaram queixa de dor mais de uma vez por semana nos últimos 3 meses (n=128 / 15%), 91 apresentaram diagnóstico com depressão mínima, 19 leve, 13 moderado e 5 grave. Já em relação à azia, também mais de uma vez por semana nos últimos 3 meses (n=201 / 23,3%), 143 apresentavam depressão mínima, 35 leve, 16 moderada e 7 grave (Tabela 2).

Quanto à queixa de sentir-se desconfortavelmente cheio/saciado depois de uma refeição de tamanho habitual, 165 (19,2%) relataram a queixa mais de um dia por semana, nos últimos 3 meses, sendo 126 classificados como depressão mínima, 17 leve, 16 moderada e 6 grave. E 296 (34,4%), relataram início por pelo menos 6 meses (Tabela 2).

No quesito dor ou queimação epigástrica, 200 (23,5%) relataram apresentar tal sintoma em mais de 1 dia por semana nos últimos 3 meses, com significância estatística, sendo 160 com depressão mínima, 21 leve, 12 moderada e 7 grave. Além disso, 295 (34,3%) relataram seu início a mais de 6 meses (Tabela 2).

A intensidade da dor foi variável, com aumento progressivo até ficar muito forte ou contínua em 196 (22,8%) pacientes, sendo 65 (7,56%) deles afirmando sempre terem tal queixa. Dentre eles, 45 possuíam depressão mínima, 9 leve, 6 moderada e 5 grave, sem relevância estatística. E 234 (27,2%) deles afirmaram o desaparecimento completo da queixa, sendo sua maioria, afirmando que a dor sempre desaparece (Tabela 2).

Quando questionados se a dor impedia de realizar suas atividades usuais ou levou-os a um serviço de urgência e emergência, 111 (12,9%) deram resposta afirmativa, sendo a maioria deles (n=67/7,8%) informando que essa dor vem apenas às vezes. Nesse grupo, 46 tinham depressão mínima, 10 leve, 7 moderada e 4 grave (Tabela 2).

DISCUSSÃO

A presença de comorbidades em indivíduos com sintomas dispépticos e psiquiátricos é uma realidade comumente observada, com apresentação clínica e etiologia complexas (DE CARVALHO et al., 2021). No presente estudo, dos 859 pacientes portadores de dispepsia, todos apresentaram algum grau de sintoma depressivo, sendo corroborado por Trovão (2020), ao citar que, dentre os transtornos psiquiátricos, a depressão está muitas vezes, ligada à presença de sintomas dispéptico (TROVÃO, J. N. N. A. S, 2020).

O sexo feminino foi estatisticamente mais significativo (p<0,001) e a idade média de 37 anos. Umakanth (2017) e Zelaya et al., (2020), também identificaram maior prevalência de mulheres em relação a homens, com a faixa etária mais prevalente entre 30 e 49 anos. Uma explicação para isso, segundo Negre & Lópes et al., (2014), pode ser devido à sobrecarga de suas atividades, com maior exposição das mulheres ao estresse, tanto no âmbito social, como no familiar (MORERA NEGRE, M. M; RODRIGUEZ LÓPEZ, M, 2014). 12

Segundo Almeida et al., (2017), a prevalência de sintomas dispépticos na população adulta de Belo Horizonte foi maior na zona urbana. Nesta pesquisa, evidenciou que mais de 70% das pessoas que sofrem com dispepsia e depressão eram procedentes da zona urbana com um p-valor < 0,05, sendo estatisticamente significativo.

Do grupo estudado, os casados foram mais prevalentes (n=425/51%), porém os sintomas depressivos foram mais encontrados em solteiros (n=304/35,3%). Desses pacientes, 60% possuíam algum grau de sintoma depressivo destacando-se o nível grave.

Dentre os usuários de algum tipo de substâncias, os usuários de álcool foram maioria (n=267/31%), acompanhada de maior prevalência nos sintomas depressivos leves (n=227/%), com relevância estatística com p-valor<0,04. Segundo Valenzuela Narváez; Gayoso-Cervantes (2017), o consumo de álcool pode ser um dos fatores de risco para dispepsia, porém, não existe consenso formal quanto à associação de ingestão de álcool como fator provocador ou não do quadro dispéptico (DUNCANSON, K. R. et al., 2018).Em relação à escolaridade, a maioria dos entrevistados possuíam instrução até o ensino médio completo (n=447/52%) ou superior completo (n=264/31%). Esses grupos apresentaram maior índice de sintomas mínimos de depressão, 81% e 85%, respectivamente, e menor grau de sintomas graves, ambos com 2%, sem relevância estatisticamente relevante. A ausência de sintomas graves foi superada apenas pelo grupo de analfabetos que possuía apenas 7 membros e nenhum deles apresentou sintomas graves.

Quando questionados sobre sintomas de dor ou desconforto no meio do seu peito, 492 (57%) relataram nunca sentir, seguidamente daqueles que sentiam mais de um dia por semana, cerca de 128 (15%) pacientes. Em ambos os grupos houve predomínio de sintomas depressivos mínimos, 86% e 71% respectivamente, e apresentando relevância estatística com p-valor < 0,001.

Quanto à presença de azia nos últimos 3 meses, 286 (33%) afirmaram nunca, seguidamente daqueles pacientes que sentiam mais de uma vez por semana, 201 (23%). Estudo realizado por Almeida et al. (2017), com 548 participantes, apenas 10% informaram a presença de azia. Destaca-se que, nesse quesito, grande parte dos pacientes (n=687/80%) afirmaram apenas a presença de sintomas depressivos mínimos, com um p-valor = 0,003, configurando-se relevância estatística nessa correlação.

Sentir desconfortavelmente cheio após as refeições, a maior parte referiu nunca ter sentido (n=392/46%) e 165 (19%) afirmaram ter mais de 1 vez na semana. Porém, a maior proporção de pacientes com sintomas depressivos moderados foi identificado na população que sentia mais de uma vez na semana (10%).

Para Silva et al., (2006) a melhora clínica da depressão está relacionada ao esvaziamento gástrico mais eficiente, concluindo que, a melhora não poderia ser atribuída à ação farmacológica sobre o estômago. Segundo Talley (2017), pacientes com síndrome do desconforto pós-prandial e dificuldade na acomodação gástrica, possuem uma maior chance de apresentar ansiedade e depressão. Neste estudo, observou-se essa correlação, a qual apresentou relevância estatística e, em 34% (n=296) tiveram o desconforto pós prandial iniciado há mais de 6 meses.

A presença de epigastralgia nos últimos 6 meses apresentou relevância estatística (p-valor < 0,001) tendo-se observada maiores índices de sintomas depressivos leves e moderados naqueles em quem tinha uma vez por semana (19% e 16%) e em quem sentia todos os dias (18% e 18%). Nesse último, também houve correlação direta com sintomas depressivos graves (11%).

Relacionado a isso, o estudo de SILVA, W. S. et al., (2021) avaliou a prevalência de esofagite e úlcera péptica com um n=860 pacientes, com diagnóstico clínico de dispepsia, que foram submetidos à EDA e ao estudo histopatológico de mucosa esofagogastroduodenal. Ao aplicar os questionários de Beck para diagnóstico de ansiedade e depressão notou que 52,8% dos dispépticos funcionais preencheram os critérios para ansiedade e 25% para depressão, sendo a forma leve a apresentação mais comum entre esses pacientes.

Uma revisão sistemática de estudos de neuroimagem funcional realizada por Lee (2016), demonstrou que a dispepsia funcional está associada a anomalias funcionais na modulação sensorial da dor, da emoção e de regiões de processamento homeostático, sugerindo que a alteração no processamento central de sinais provenientes da região gastroduodenal pode ser de facto um mecanismo fisiopatológico relevante nessa patologia.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Proporcionalmente as mulheres e os indivíduos mais jovens, com sintomas dispépticos, apresentaram-se com os maiores níveis de depressão e, dentre as manifestações clínicas, a síndrome do desconforto pós-prandial foi mais frequente, bem como a prevalência de recorrência de sintomas mais de uma vez por semana. A depressão foi significativamente presente em portadores de dispepsia. Considerando a prevalência entre os indivíduos casados, aqueles com melhor nível de escolaridade e o uso de bebida alcoólica faz-se necessário novos estudos que avaliem não somente os aspectos psicológicos desses pacientes, mas também os níveis de estresse e de qualidade de vida. Evidenciando formas mais eficazes de diagnóstico e conduta para essa síndrome, cada vez mais comum em consultas médicas, poderá possibilitar tratamentos mais efetivos e precoces na assistência primária em saúde.


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1ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2539-3782
Universidade Tiradentes, Brasil
E-mail: eolima94@gmail.com

2ORCID: https://orcid.org/0000-0002-3141-7488
Universidade Tiradentes, Brasil
E-mail: horleyneto2@gmail.com

3ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5766-771X
Universidade Tiradentes, Brasil
E-mail: heldermd2111@hotmail.com

4ORCID: https://orcid.org/0000-0003-4300-4274
Universidade Tiradentes, Brasil
E-mail: ledeltrin@gmail.com

5ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8919-6270
Universidade Tiradentes, Brasil
E-mail: julianafriggi@hotmail.com