REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202411291250
Alan Cordeiro Fagundes¹; Rômulo Oliveira Chaves²; Hellen Patriny Soares Miranda³; Walter Paulo de Oliveira Celestino Calunga⁴.
Resumo:
Este artigo tem a intenção de analisar a crescente precarização do trabalho docente no ensino superior brasileiro em contraste com a ascensão da inteligência artificial (IA) no âmbito da Educação Superior. A partir de uma revisão crítica da literatura disponível, o nosso estudo argumenta que a IA, através da sua implementação descontrolada corre o risco de aprofundar as precárias condições de trabalho dos docentes e comprometer a qualidade da educação no Ensino Superior. O artigo propõe uma abordagem crítica e reflexiva à integração da IA no ensino superior, priorizando a valorização do trabalho docente e a construção de um modelo educacional mais humanizado, inclusivo e de qualidade. O estudo apoia-se nas discussões teóricas de autores nacionais como Antunes (1999-2023); Srnicek (2017), Van Doorn (2019-2021); que pesquisam sobre o tema.
Palavras-chave: Precarização do Trabalho Docente, Inteligência Artificial, Ensino Superior, Educação, Brasil.
Introdução
O mundo do trabalho atravessa um período de grandes turbulências, marcado por profundas mudanças estruturais que reconfiguram as relações entre capital e trabalho. Essas transformações não são inéditas, pois desde a Revolução Industrial vivenciamos ciclos significativos de mudanças nas formas de produção e organização do trabalho. A Revolução Industrial, no final do século XVIII, representou um marco histórico na maneira como o trabalho humano foi inserido no processo produtivo. Antes desse período, predominava o trabalho artesanal, em que o produtor dominava todas as etapas da fabricação de um produto. Com a introdução de máquinas movidas a vapor e a sistematização do trabalho fabril, esse cenário mudou radicalmente. A divisão do trabalho, como descrita por Karl Marx em suas análises críticas do capitalismo, fragmentou as tarefas em processos específicos, alienando o trabalhador do produto final de seu esforço. Essa transição não apenas aumentou a produtividade, mas também consolidou o controle do capital sobre os meios de produção. Conforme Antunes (1999), a consequência mais brutal das transformações ocorridas no mundo do trabalho e que se estende até a contemporaneidade foi a expansão do desemprego estrutural que atingiu o mundo em escala global, expresso numa processualidade que pode ser constatada numa via de mão dupla, pois, por um lado, diminui o operariado fabril; e, por outro lado, aumenta o subproletariado, o trabalho precário e o assalariamento no setor de serviços. Há uma incorporação do trabalho feminino e exclusão de jovens e velhos. Acontece, de acordo com o autor, um processo de “maior heterogeneização, fragmentação e complexificação da classe trabalhadora” (ANTUNES, 1999, p. 41-42). No universo do trabalho docente no ensino superior brasileiro enfrentamos também um momento crucial de transformações, marcado pela crescente precarização do trabalho docente e pela ascensão da inteligência artificial (IA) como ferramenta educacional, impondo um ritmo frenético de flexibilização do trabalho docente através da plataformização da prática docente no ensino superior. Para ampliar o nosso campo de visão ao cenário de precarização do trabalho, é de suma importância compreender esse novo modo de acumulação capitalista (SRNICEK, 2017), que tem como centro de tomada de decisões o Vale do Silício, cujo modelo de negócios tende a ser concentrador – por suas próprias características. Destacam-se alguns problemas citados anteriormente acarretados por essa nova dinâmica do capital, como os salários instáveis dos trabalhadores de empresas plataformizadas (VAN DOORN, 2020). Neste sentido, a revisão de literatura que aqui apresentamos objetiva destacar as características essenciais do fenômeno da plataformização do trabalho, com intuito de contribuir para a análise e a compreensão das formas de precarização e flexibilização do trabalho docente realizado no ensino superior frente às novas tecnologias, em especial o uso da IA através de plataformas digitais de ensino. Para tanto, é preciso levar em conta a materialidade do trabalho docente, em especial as características dessa força de trabalho que é de suma importância para o desenvolvimento e construção do conhecimento. O nosso artigo está estruturado da seguinte forma: na seção “A Precarização do trabalho docente frente a I.A.” apresentamos as principais características da precarização de trabalho, dando destaque a esses processos, demonstrando como a precarização do trabalho docente frente à inteligência artificial é um fenômeno que tem despertado preocupações e debates em diversos setores educacionais ao redor do mundo, mostrando, com base na literatura, como a plataformização se configura como uma nova forma de extração de mais valor do trabalho da classe trabalhadora.
Em seguida, no tópico “A Inteligência Artificial – desafios e perspectivas no Ensino Superior”, nossa intenção é apresentar desafios que segundo a literatura estão postos para a prática docente e sua sobrevivência.
Por fim, trazemos as nossas reflexões finais, sem nenhuma pretensão de esgotar o assunto, mas sim de ampliar as reflexões e as inquietações frente a um tema que é tão sensível a classe docente, que é Movimento de plataformização do trabalho docente e suas dimensões.
A Precarização do trabalho docente frente a I.A
A precarização do trabalho docente frente à inteligência artificial é um fenômeno que tem despertado preocupações e debates em diversos setores educacionais ao redor do mundo. A rápida evolução da tecnologia, especialmente no campo da inteligência artificial (IA), tem levantado questões sobre como os professores serão afetados e como o trabalho docente será moldado no futuro. A IA está começando a desempenhar um papel significativo no campo da educação, oferecendo soluções inovadoras para diversas áreas, desde a personalização do ensino até a automação de tarefas administrativas. No entanto, essa crescente dependência da tecnologia também levanta questões sobre o futuro do trabalho docente no ensino superior. Um dos principais desafios é encontrar o equilíbrio certo entre o uso da IA para melhorar a eficiência e a qualidade do ensino, sem comprometer a importância do papel do docente como facilitador do aprendizado e mentor dos alunos. A automação de tarefas repetitivas e administrativas pode liberar tempo para os professores se concentrarem em atividades mais interativas e criativas, como a orientação individualizada dos alunos e o desenvolvimento de habilidades socioemocionais. No entanto, há o risco de que a crescente automação leve à substituição de professores por algoritmos, resultando na perda de empregos e na precarização das condições de trabalho para aqueles que permanecem no setor. Petronio (2019, n.p.) concorda que, na atualidade, “todos os seres humanos do planeta se transformaram em ‘cofres de dados pessoais’”, numa realidade em que “as empresas de informação escavam nossa psique e nossa privacidade” com o objetivo de comercializar nossas informações no mercado. Lukacs (2020) utiliza o conceito de “fábrica social” para destacar que tais formas de exploração extraem valor sem empregar trabalhadores.
Além disso, a falta de regulamentação e diretrizes claras sobre o uso ético e responsável da IA na educação pode levar a disparidades e injustiças, especialmente em comunidades já marginalizadas. Segundo Boulay (2023, p. 7), “embora a IA ofereça ferramentas avançadas para personalizar a aprendizagem, é importante garantir que essas tecnologias sejam integradas de maneira que complementem, e não substituam, a interação humana essencial na educação”. Para enfrentar esses desafios, é crucial que haja um diálogo aberto e colaborativo entre educadores, especialistas em tecnologia, formuladores de políticas e outras partes interessadas. É necessário investir em programas de formação e capacitação para ajudar os professores a se adaptarem às mudanças tecnológicas e a desenvolverem habilidades necessárias para trabalhar de forma eficaz com a IA. Além disso, políticas e regulamentações devem ser desenvolvidas para garantir que a IA na educação seja usada de forma ética, transparente e equitativa, promovendo a inclusão e a igualdade de oportunidades para todos os alunos. Ao mesmo tempo, é essencial reconhecer e valorizar o papel único e insubstituível dos professores no processo educacional, garantindo que eles tenham as condições adequadas de trabalho e o apoio necessário para realizar seu trabalho de maneira eficaz e significativa.
Plataformização do trabalho docente e a Inteligência Artificial no Ensino Superior
O avanço das tecnologias digitais transformou o Ensino Superior em um cenário de intensa adaptação às plataformas digitais e à inteligência artificial (IA). Essas ferramentas prometem maior acessibilidade, personalização do aprendizado e eficiência administrativa. Contudo, também levantam questões profundas sobre as condições de trabalho docente, o controle do processo de ensino aprendizagem e os impactos na qualidade do ensino.
Benjamin Bratton (2015), analisa as plataformas digitais como uma megaestrutura complexa e em constante evolução. Ele argumenta que as plataformas, apesar de serem formalmente neutras, possuem uma “ideologia” intrínseca em sua estrutura, impactando a forma como organizam seus públicos e moldam o mundo para seus usuários e apresenta como riscos e desafios das plataformas: a centralização e descentralização paradoxal; efeito de entrincheiramento; a identificação e controle e a discriminação Algorítmica.
Van Dijck, Poell e Waal (2018) produzem uma discussão sobre as mudanças abrangentes que as tecnologias digitais exercem sobre as práticas educacionais, as quais envolvem uma mudança estrutural na distribuição, produção e no consumo do conhecimento. Para esses autores, é emergencial que haja uma análise crítica em relação a essa plataformização, uma vez que é preciso considerar os desafios que ela apresenta na garantia de uma aprendizagem equitativa, participativa, colaborativa e inclusiva no processo educacional. Zembylas (2023) apresenta uma abordagem decolonial para a IA no ensino superior, com o objetivo de desfazer a ética do neocolonialismo digital, explorando estratégias para repensar e remodelar a implementação da IA no ensino e na aprendizagem, a fim de evitar a reprodução de relações de poder desiguais e promover uma abordagem mais inclusiva e equitativa. Ele propõe estratégias que incluem o envolvimento das comunidades afetadas no processo de tomada de decisão, a promoção da diversidade e inclusão nas equipes de desenvolvimento de IA, a reflexão crítica sobre os algoritmos e dados utilizados e a adoção de práticas pedagógicas que valorizem diferentes formas de conhecimento. Como desafios, ele apresenta a necessidade de repensar as estruturas institucionais e a resistência às mudanças.
Araújo (2023, no prelo) adverte que, além de benefícios, a relação entre IA e o trabalho docente também apresenta desafios e consequências, como a possível exclusão de estudantes e a lacuna na formação do profissional docente. Nesse sentido, o relatório da UNESCO (2023) destaca que os professores se consideram despreparados para ministrar aulas utilizando tecnologia, pois “Somente a metade dos países têm padrões de desenvolvimento de habilidades em TIC para professores” (UNESCO, 2023, p. 9).
A utilização da IA na atividade docente não se limita apenas às questões metodológicas ou aos recursos didáticos e tecnológicos, mas à compreensão do núcleo do trabalho pedagógico-didático. Conforme discutido por Parreira, Lehmann e Oliveira (2021), essa compreensão da essência do trabalho docente levanta questões sobre o papel da IA no ambiente educacional e sua reverberação nas práticas educativas.
A crítica epistemológica da tecnologia no trabalho docente é um aspecto fundamental a ser considerado. De acordo com Araújo (2020), os conceitos teóricos devem ser mais do que apêndices, mas fundamentos que compõem a prática educacional. A reflexão sobre a relação entre teoria e prática é essencial para compreender o impacto da IA no ambiente escolar e na formação dos estudantes. Além disso, organizar as aulas de maneira didática e pedagógica, estabelecendo uma relação interpessoal com os estudantes, assim como com a comunidade dentro e fora da instituição educacional, e executar atividades à distância utilizando tecnologias de IA, são práticas que integram essa abordagem crítica.
A sociedade moderna, organizada em torno de sistemas e tecnologias instrumentalmente racionais, apresenta limites e possibilidades que transcendem a utilização da IA na Educação. Feenberg (2019) destaca a importância de considerar a ciência e a tecnologia como promessas de progresso, em vez de ameaças à autonomia e individualidade dos sujeitos
Os estudos sobre a IA e a teoria crítica da tecnologia têm avançado para discussões mais amplas, envolvendo debates políticos com base em pensadores como Andrew Feenberg (2013, 2015, 2019), Karl Marx (2013), Pasquinelli e Joler (2020). A compreensão da relação entre tecnologia, sociedade e educação requer uma abordagem crítica que vá além das questões técnicas, considerando as relações sociais, políticas e éticas da IA no ambiente acadêmico.
A plataformização do trabalho docente e a introdução de tecnologias baseadas em inteligência artificial são expressões da dinâmica capitalista de subordinação do trabalho ao capital. Embora apresentem potencialidades, essas tecnologias foram inovadoras de formar para intensificar a exploração, desumanizar a prática docente e mercantilizar o ensino superior.
A partir de uma perspectiva crítica fundamentada em Marx, é possível identificar os limites dessa lógica e propor alternativas que priorizem a emancipação humana e a autonomia educativa. Para isso, é necessária uma análise contínua e ações concretas que desafiem as contradições impostas pelas novas tecnologias.
Considerações Finais
O nosso artigo buscou problematizar as interações entre a precarização do trabalho docente no Ensino Superior e o avanço das tecnologias de inteligência artificial (IA), tomando como base a literatura atual sobre a precarização e plataformização do trabalho docente. O nosso trabalho identificou que embora as inovações tecnológicas prometam maior eficiência e flexibilidade nos processos educativos, elas também se inserem em uma lógica de valorização do capital que intensifica a exploração da força de trabalho docente, esvaziando o caráter emancipatório da educação.
A introdução da inteligência artificial no ensino superior, apresenta um cenário de transformações estruturais nas condições de trabalho. Essas transformações incluem o aumento da carga de trabalho docente sem a correspondente valorização salarial, a intensificação de processos de vigilância e controle, e a crescente despersonalização da relação professor-estudante. Observa-se que a IA, longe de ser neutra, se molda às demandas do mercado, promovendo a padronização de conteúdos e a redução da autonomia docente em favor de plataformas corporativas que monopolizam o conhecimento.
No contexto brasileiro, marcado por desigualdades históricas e estruturais, o impacto da IA no trabalho docente assume características ainda mais críticas. A sobrecarga de trabalho associada à manutenção de múltiplas plataformas digitais, a fragmentação do vínculo empregatício e a falta de investimentos públicos na formação e infraestrutura tecnológica ampliam as condições de precarização. Além disso, a ampliação do acesso à tecnologia não está incluída em uma discussão profunda sobre os modelos educacionais fiscais, resultando na reprodução de desigualdades e na alienação do trabalhador docente frente às ferramentas que utiliza. Segundo Antunes (1999) no movimento pendular do trabalho, preservados os imperativos destrutivos do capital, oscilamos crescentemente entre a perenidade de um trabalho cada vez mais reduzido, intensificado e mais explorado, dotado de direitos, e uma superfluidade crescente, cada vez mais geradora de trabalho precarizado e informalizado, como via de acesso ao desemprego estrutural.
Por fim a luta contra a precarização do trabalho docente no contexto da IA deve ser articulada a uma crítica mais ampla do sistema capitalista, que instrumentaliza a educação como mercadorias. Apenas ao desafiar as estruturas que subordinam o ensino ao mercado será possível construir alternativas que combinem tecnologia e pedagogia de maneira emancipadora, reafirmando o papel da educação como um direito e um processo de liberação.
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¹Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG.
²Centro Universitário Única – UNIÚNICA.
³Centro Universitário Única – UNIÚNICA.
⁴Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG.