REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10206751
Aline Verônica Alves Zangarini1
Vanessa Aparecida de Oliveira1
Nezziany Cezario Silva2
Resumo
O estudo abordou a copaíba, uma planta com histórico de uso por comunidades indígenas e africanas desde o século XVI. Comum na América Latina e África Ocidental, a copaibeira é encontrada no Brasil nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Norte, apresentando características marcantes, como longevidade, altura de 25 a 40 metros e diâmetro de 0,4 a 4 metros. Reconhecida pelas designações “pau-de-óleo”, “óleo branco” e “árvore do óleo diesel”, a planta produz uma resina conhecida como óleo de copaíba, obtida por incisão no tronco. O foco do estudo foi explorar as propriedades medicinais do óleo de copaíba, destacando seus benefícios como agente antibacteriano e anti-inflamatório. No entanto, a análise revelou limitações em seu potencial antifúngico devido a efeitos temporários. A conclusão ressalta a necessidade premente de estudos mais aprofundados em seres humanos e animais para uma compreensão abrangente das propriedades antibacterianas e anti-inflamatórias do óleo de copaíba, dada a escassez de pesquisas nesse campo.
Palavras-chave: Fitoterapia, antimicrobiano, inflamação, plantas medicinais, óleo medicinal.
Abstract
The study addressed copaíba, a plant with a history of use by indigenous and African communities since the 16th century. Common in Latin America and West Africa, the copaibeira is found in Brazil in the Southeast, Central-West and North regions, presenting striking characteristics, such as longevity, height of 25 to 40 meters and diameter of 0.4 to 4 meters. Recognized by the names “oil stick”, “white oil” and “diesel oil tree”, the plant produces a resin known as copaiba oil, obtained by incision in the trunk. The focus of the study was to explore the medicinal properties of copaiba oil, highlighting its benefits as an antibacterial and anti-inflammatory agent. However, analysis revealed limitations in its antifungal potential due to temporary effects. The conclusion highlights the pressing need for more in-depth studies in humans and animals to gain a comprehensive understanding of the antibacterial and anti-inflammatory properties of copaiba oil, given the scarcity of research in this field.
Keywords: Phytotherapy, antimicrobial, inflammation, medicinal plants, medicinal oil.
1. INTRODUÇÃO
Desde o tempo da colonização dos portugueses no século XVI, a Amazônia é conhecida por sua mata diversificada, sendo uma região imensamente rica em essências florestais nativas. Porém existe pouco conhecimento sobre as propriedades químicas, biológicas e toxicológicas da grande maioria dos componentes da floresta, dificultando a exploração e desenvolvimento de novos fármacos e alimentos (Stasi, Hiruma-Lima, 2002).
De acordo com Francisco, (2005) o gênero Copaifera é conhecido popularmente como copaíba, entre outros nomes populares, classificada na família Leguminosae e Caesalpinoideae, presente na América Latina e na África Ocidental. No Brasil se encontra nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e na Amazônia.
Pieri et al. (2009) e Santos et al. (2008) descrevem que existem cerca de 72 espécies catalogadas no mundo e o Brasil possui mais de 20 espécies, sendo 17 destas nativas, as mais comuns no país são: Copaifera officinalis L., Copaifera reticulata Ducke, Copaifera multijuga Hayne, Copaifera confertiflora, Copaifera langsdorffii, Copaifera coriacea e Copaifera cearensis Huber ex Ducke.
A extração do óleo de copaíba era “realizada através de uma abertura do tronco da árvore com o machado, geralmente não se usa a planta e desperdiça grandes quantidades de óleos” (Romero, 2007, p. 6).
Saad et al. (2016) relatam que o óleo de copaíba era utilizado como cataplasma para uso tópico e xarope. As drogas indígenas que eram retiradas da natureza abasteciam não só as colônias, mas também viajantes, sendo o óleo de copaíba o de maior procura. Theodoro Peckolt e Barléu, ambos cientistas, viam a copaíba como uma das árvores genuinamente brasileiras, mais utilizadas na medicina. O óleo de Copaifera spp foi incorporado ao Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira e na Farmacopeia Brasileira.
Segundo estudos realizados por Pedreira (2007) o óleo possui propriedades comprovadas cientificamente como a ação diurética, laxante, antitetânico, antisséptico do aparelho urinário, cicatrizante, anti-inflamatória e inibidor tumoral.
A composição química do óleo resina de copaíba pode ter aproximadamente 72 sesquiterpenos (hidrocarbonetos) e 28 diterpenos (ácidos carboxílicos), sendo o óleo composto por 50% de cada tipo de terpenos. Aos diterpenos é atribuída a maioria das propriedades terapêuticas (Maciel et al., 2002).
Nesse sentido, o objetivo deste trabalho consiste na elaboração de uma revisão bibliográfica a fim de investigar os potenciais efeitos antifúngicos, antibacterianos e anti-inflamatórios do óleo de copaíba (Copaifera spp).
2. METODOLOGIA
Este estudo possui caráter investigativo sobre a utilização e propriedades medicinais do óleo da copaíba. A pesquisa baseou-se em estudos in vitro e in vivo, em modelos celulares e animais, avaliando a atividade antifúngica, antibacteriana e anti-inflamatória do óleo de copaíba, em artigos disponíveis nas bases de dados LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde), MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) e SCIELO (Scientific Electronic Library Online). Foram utilizados os seguintes descritores combinados entre si com auxílio do operador booleano AND: Óleo de copaíba, Copaifera spp, Copaíba, antifúngico, antibacteriano e anti-inflamatório. A quantidade de artigos encontrados durante a busca em cada base de dados consta na Tabela 1.
Os critérios de inclusão para a seleção foram: estudos in vitro e in vivo, em modelos celulares e animais avaliando a atividade antifúngica, antibacteriana ou anti-inflamatória do óleo de copaíba, disponíveis eletronicamente e gratuitamente, no período estipulado de 2003 a 2023, divulgados na língua portuguesa ou inglesa, em periódicos nacionais e internacionais. Os critérios de exclusão foram artigos pagos, em duplicidade, dissertações, teses, resumos, revisões bibliográficas e qualquer outro trabalho que não respondesse à problemática desta pesquisa. O tratamento das informações foi realizado através da leitura completa dos artigos encontrados com as palavras chaves determinadas anteriormente.
Tabela 1. Quantidade de artigos encontrados em cada base de dados com cada combinação diferente de palavra-chave.
DESCRITORES | LILACS | MEDLINE | SCIELO |
Óleo de copaíba AND antifúngico | 3 | 6 | 3 |
Óleo de copaíba AND antibacteriano | 4 | 8 | 0 |
Óleo de copaíba AND anti-inflamatório | 14 | 31 | 1 |
Copaifera spp AND antifúngico | 2 | 13 | 0 |
Copaifera spp AND antibacteriano | 0 | 9 | 0 |
Copaifera spp AND anti-inflamatório | 1 | 5 | 0 |
Copaíba AND antifúngico | 4 | 10 | 3 |
Copaíba AND antibacteriano | 5 | 15 | 1 |
Copaíba AND anti-inflamatório | 16 | 46 | 1 |
Fonte: Os autores.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Nesta seção, serão apresentados os resultados do estudo sobre o óleo de copaíba, bem como a discussão das implicações desses resultados. A pesquisa teve como objetivo explorar os potenciais efeitos antifúngicos, antibacterianos e anti-inflamatórios do óleo de copaíba (Copaifera spp), analisando seus efeitos em diferentes contextos e condições. De acordo com os artigos pesquisados, os resultados e discussões foram apresentados em itens desta forma, ficando assim constituídos: Propriedades antifúngicas e antibacterianas em estudos in vitro e propriedades anti-inflamatórias em estudos in vivo.
As pesquisas realizadas nas bases de dados LILACS, MEDLINE e SCIELO retornaram um total de 201 artigos, destes apenas 8 foram selecionados. A amostra é composta por estudos experimentais, e dentre os artigos selecionados, 4 são in vitro, sendo que 2 abordam os efeitos antibacterianos e 3 os efeitos antifúngicos e 4 são in vivo, todos abordando a ação anti-inflamatória.
Para analisar os artigos selecionados, elaborou-se um quadro para a coleta e síntese dos dados obtidos, com o objetivo de organizar de forma estruturada todas as informações coletadas. Na tabela 2 foram agrupados apenas os artigos com estudos in vitro e na tabela 3 os artigos com estudos in vivo, ambos, seguindo um roteiro estruturado, com as seguintes informações: Título, autores, periódico, ano, objetivo, metodologia e resultados.
Tabela 2. Análise dos estudos in vitro de acordo com título, autores, periódico, ano, objetivo, metodologia e resultados.
TÍTULO | AUTORES | PERIÓDICO | ANO | OBJETIVO | METODOLOGIA | RESULTADOS |
In vitro studies of the antibacterial activity of Copaifera spp. oleoresins, sodium hypochlorite, and peracetic acid against clinical and environmental isolates recovered from a hemodialysis unit | Vieira, et al. | Pubmed cen | 2018 | Contribuir significativamente para pesquisas sobre o potencial uso de oleorresinas da espécie Copaifera contra cepas bacterianas envolvidas em hemodiálise. | Avaliar as atividades antibacterianas das oleorresinas de Copaifera duckei, C. Reticulata e C. Oblongifolia ; hipoclorito de sódio; e ácido peracético contra isolados clínicos e ambientais recuperados de uma Unidade de Hemodiálise. Foram determinados a Concentração Inibitória Mínima e o Índice de Concentração Inibitória Fracionada; a capacidade dos compostos/extratos testados em inibir a formação de biofilme foi avaliada pelo cálculo do MICB 50 e IC 50. | C. duckei foi a mais eficiente entre as espécies de Copaifera testadas, e sua oleorresina foi mais eficaz que o ácido peracético e o hipoclorito de sódio As oleorresinas e desinfetantes de Copaifera não atuaram sinergicamente em nenhuma das combinações testadas. Certas concentrações de oleorresina de C. duckei, ácido peracético e hipoclorito de sódio inibiram a formação de biofilme e erradicaram 50% da população de biofilme. |
Antifungal Activity of Copaifera langsdorffii Desf Oleoresin against Dermatophytes | Zimmermam-Franco, et al. | Núcleo de Pesquisa e Inovação em Ciências da Saúde (NUPICS) | 2013 | Investigar a atividade antifúngica in vitro da oleorresina de C. langsdorffii contra os principais fungos filamentosos causadores de onicomicose, ou seja, Trichophyton rubrum, T. mentagrophytes , Microsporum canis e M. gypseum | A metodologia do estudo pode ser resumida da seguinte forma: Caracterização da Amostra, Microrganismos, Triagem antifúngica e testes de suscetibilidade, Microscopia Eletrônica de Varredura: Essa metodologia foi utilizada para caracterizar a oleorresina de copaíba e avaliar sua atividade antifúngica contra os fungos dermatófitos, bem como observar as alterações nas estruturas dos fungos por microscopia eletrônica de varredura. | O estudo destacou que a atividade antifúngica da oleorresina de copaíba pode variar entre diferentes espécies do gênero Copaifera spp devido a diferenças em sua constituição química, bem como devido a fatores ambientais e genéticos. |
Avaliação do efeito antifúngico do óleo resina e do óleo essencial de copaíba (Copaifera multijuga Hayne) | Deus, Alves, Arruda | Revista Brasileira de Plantas Medicinais | 2011 | Avaliar os potenciais antifúngicos do óleo resina e do óleo essencial de copaíba, comparando-se os níveis de fungitoxicidade dos óleos naturais com o nitrato de miconazol, um fungicida comercial, frente a 5 espécies de fungos filamentosos do gênero Aspergillus e 3 espécies de leveduras do gênero Candida. | O estudo descreve o processo de coleta de óleo resina de copaíba, a obtenção de linhagens de fungos, o cultivo desses microrganismos em meio de cultura, a destilação do óleo resina para obter o óleo essencial, a preparação de inóculos, a análise do óleo por cromatografia de gás/espectrometria de massas e os testes de atividade antifúngica do oleorresina e do óleo essencial. | A oleorresina e o óleo essencial de Copaifera multijuga Hayne demonstraram atividade antifúngica, sendo o óleo essencial mais eficaz. Esses resultados sugerem o potencial desses óleos como agentes fungitóxicos, especialmente contra algumas linhagens de Aspergillus e Candida. |
Antimicrobial activity of Brazilian copaiba oils obtained from different species of the Copaifera genus | Santos, et al. | Memórias do Instituto Oswaldo Cruz | 2008 | Analisar a potencial atividade antibacteriana e antifúngica do óleo de copaíba | Em resumo, o estudo avaliou a atividade antibacteriana e antifúngica de óleos de copaíba contra várias cepas de microrganismos e investigou as alterações morfológicas das células bacterianas tratadas com um desses óleos. | Os resultados sugerem que os óleos de copaíba têm potencial atividade antibacteriana e antifúngica especialmente contra bactérias Gram-positivas, e podem afetar a integridade celular e a parede celular das bactérias tratadas. |
Fonte: Os autores.
3.1 ESTUDOS IN VITRO
3.1.1 Atividade Antifúngica
Os resultados da pesquisa realizada por Deus, Alves e Arruda (2011) indicam que o oleorresina e essencial de Copaifera multijuga Hayne possuem efeitos fungitóxicos significativos sobre uma variedade de cepas de fungos, incluindo Aspergillus flavus, Aspergillus niger, Aspergillus tamarii, Aspergillus terreus, Candida guilliermondii, Candida tropicallis e Candida parapsilosis. A formação de halos em torno dos discos de papel impregnados com esses óleos sugere a inibição do crescimento fúngico. Essa inibição foi comparada com o nitrato de miconazol, um antifúngico comumente utilizado.
As análises mostram que o oleorresina de copaíba apresentou atividade fungistática apenas para as leveduras (Candida guilliermondii, Candida tropicallis e Candida parapsilosis), com halos de inibição menores do que os observados com o nitrato de miconazol. Isso sugere que, para as leveduras, o oleorresina pode ter uma atividade antifúngica menos pronunciada em comparação com o nitrato de miconazol, além disso, a atividade antifúngica do oleorresina não foi duradoura, uma vez que, após 8 dias, o crescimento fúngico foi observado na zona inicialmente inibida, indicando que a ação do oleorresina é temporária (Deus, Alves e Arruda, 2011).
Por outro lado, o óleo essencial de copaíba demonstrou uma atividade fungistática mais eficaz, com halos de inibição maiores do que os observados com o nitrato de miconazol, principalmente contra Aspergillus flavus e Candida parapsilosis. No entanto, assim como a oleorresina, a atividade do óleo essencial de copaíba também se manteve apenas por 8 dias para todas as cepas avaliadas, o que indica que sua ação é temporária não tendo ação a longo prazo (Deus, Alves e Arruda, 2011).
Segundo o autor Santos et al., (2008) Os óleos de C. paupera e C. lucens mostraram atividade antifúngica moderada contra T. rubrum e M. canis, enquanto os de C. cearensis, C. langsdorffii e C. multijuga apresentaram atividade moderada apenas contra T. rubrum, com concentrações eficazes entre 250-500 µg/ml. Entretanto, esses óleos foram ineficazes contra T. mentagrophytes, M. gypseum e levedura.
Zimmermam-Franco et al., (2013) visam caracterizar a composição da oleorresina de Copaifera langsdorffii por meio de cromatografia gasosa, identificando a presença de ácido copálico (1,0%) como um marcador de sua autenticidade. O principal composto encontrado foi o β-cariofileno (31,4%), conhecido por sua atividade antifúngica. Além disso, outros compostos como o ácido caurenóico e o γ-muuroleno, presentes na oleorresina, têm propriedades antibacterianas e antifúngicas.
A atividade antifúngica da oleorresina foi testada contra vários fungos dermatófitos, revelando que ela inibiu o crescimento das espécies T. mentagrophytes ATCC 11481 e T. rubrum CCT 5507. A atividade antifúngica foi avaliada com base na concentração inibitória mínima (CIM), onde a oleorresina se mostrou moderadamente eficaz contra T. mentagrophytes ATCC, e fracamente eficaz contra T. rubrum CCT 5507. A oleorresina não apresentou atividade contra outras espécies de fungos testadas (Zimmermam-Franco et al., 2013).
A análise por microscopia eletrônica revelou que a oleorresina de copaíba causou alterações na estrutura dos fungos, resultando na perda da forma tubular original das hifas (Zimmermam-Franco et al., 2013).
A pesquisa destacou que a atividade antifúngica da oleorresina pode variar dependendo da espécie de Copaifera utilizada, bem como de fatores externos que afetam a composição química do óleo. Acredita-se que a ação antifúngica da oleorresina possa estar relacionada à modificação da permeabilidade das células fúngicas, levando a alterações estruturais e bioquímicas que resultam em sua morte (Zimmermam-Franco et al., 2013).
Por fim, o estudo ressaltou a importância de considerar o perfil químico total da planta, em vez de avaliar os compostos isoladamente, uma vez que a sinergia entre os componentes pode desempenhar um papel crucial na atividade farmacológica da oleorresina de copaíba (Zimmermam-Franco et al., 2013).
3.1.2 Atividade Antibacteriana
Santos et al. (2008) avaliaram a suscetibilidade antibacteriana dos óleos de copaíba contra bactérias Gram-positivas e fungos. A atividade antibacteriana foi classificada com base nas concentrações inibitórias mínimas (CIM).
Os resultados desta pesquisa indicam que os óleos de copaíba, especialmente aqueles obtidos de C. martii, C. officinalis e C. reticulata (coletados no Acre), demonstraram uma boa atividade antibacteriana contra bactérias Gram-positivas, incluindo a Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA). A Concentração Inibitória Mínima (CIM) variou na faixa de 62,5-125 µg/mL para essas bactérias. No entanto, é importante notar que todos os óleos testados foram inativos contra bactérias Gram-negativas (Santos et al., 2008).
O estudo também demonstrou a rápida ação bactericida dos óleos de copaíba, com a eliminação eficaz de S. aureus após 3 horas de tratamento a 2,0 vezes as concentrações inibitórias mínimas CIM. A análise da morfologia bacteriana revelou danos na parede celular, liberação de compostos citoplasmáticos e diminuição do volume celular em resposta ao tratamento com óleo de copaíba de C. Martii (Santos et al., 2008).
Em resumo, os resultados sugerem que os óleos de copaíba, especialmente os de C. martii, possuem potencial como agentes antimicrobianos, principalmente contra bactérias Gram-positivas, incluindo MRSA. No entanto, são necessárias mais pesquisas, tanto laboratoriais quanto clínicas, para compreender melhor os mecanismos e os princípios antibacterianos desses óleos. (Santos et al., 2008).
Vieira et al. (2018) avaliaram as atividades antibacterianas das oleorresinas de Copaifera duckei, C. Reticulata e C. Oblongifólia; hipoclorito de sódio; e ácido peracético contra isolados clínicos e ambientais recuperados de uma Unidade de Hemodiálise. De acordo com o artigo a pesquisa demonstrou que a atividade antibacteriana das oleorresinas de Copaifera pode ser devido à presença de terpenos ácidos facilmente desprotonáveis, que são encontrados nesses extratos, podendo contribuir para a atividade antibacteriana observada neste estudo.
As oleorresinas provenientes de árvores do gênero Copaifera são estudadas como fonte de possíveis medicamentos terapêuticos. Estudos não encontraram evidências de toxicidade para células de mamíferos ou efeitos prejudiciais quando tratados com esses extratos. Portanto, investigar a sensibilidade das bactérias, especialmente as Gram-positivas, à essas oleorresinas pode ser uma estratégia útil no combate a esses microrganismos (Vieira et al., 2018).
C. duckei foi a mais eficiente entre as espécies de Copaifera testadas, e sua oleorresina foi mais eficaz que o ácido peracético e o hipoclorito de sódio. As oleorresinas de Copaifera e os desinfetantes não atuaram sinergicamente em nenhuma das combinações testadas. Certas concentrações de oleorresina de C. duckei, ácido peracético e hipoclorito de sódio inibiram a formação de biofilme e erradicaram 50% da população de biofilme. Além disso, o estudo avaliou a atividade de desinfetantes, como ácido peracético e hipoclorito de sódio, que apresentaram valores de CIM variados sendo eficazes contra Pseudomonas aeruginosa, S. aureus, Escherichia coli e S. epidermidis (Vieira et al., 2018).
A combinação de oleorresina de C. duckei com desinfetantes obteve resultados mistos, com interação indiferente e antagônica em diferentes cepas de bactérias. A análise da capacidade das oleorresinas de C. duckei em inibir a formação de biofilme (MICB 50) revelou valores muito baixos para algumas cepas de S. aureus, demonstrando sua eficácia na prevenção do biofilme bacteriano, por fim, a exposição de biofilmes pré-formados aos antimicrobianos mostrou que a oleorresina de C. duckei teve valores iguais contra S. aureus, enquanto o ácido peracético e o hipoclorito de sódio tiveram valores variados de IC50 em diferentes cepas de bactérias (Vieira et al., 2018).
Em resumo, os resultados indicam que a oleorresina de C. duckei tem potencial como agente antimicrobiano e anti-biofilme, com eficácia contra várias cepas de bactérias isoladas de uma unidade de hemodiálise, com destaque para seu papel na prevenção da formação de biofilme bacteriano. (Vieira et al., 2018).
Tabela 3. Análise dos estudos in vivo de acordo com título, autores, periódico, ano, objetivo, metodologia e resultados.
TÍTULO | AUTORES | PERIÓDICO | ANO | OBJETIVO | METODOLOGIA | RESULTADOS |
Efeito do óleo de copaíba na mucosa intestinal de ratos submetidos ao choque hipovolêmico | Teixeira, et al. | Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva | 2019 | Avaliar os efeitos do óleo de copaíba na lesão da mucosa intestinal de ratos submetidos ao choque hipovolêmico. | Quinze ratos foram divididos em três grupos: operação simulada; isquemia – choque hipovolêmico; e copaíba – tiveram choque hipovolêmico previamente tratado com óleo de copaíba. | O grupo sham apresentou os valores mais baixos de lactato e PaCO2, bem como os maiores valores médios de pressão arterial, pH e bicarbonato em comparação com os outros grupos. |
Estudo comparativo da ação anti-inflamatória do oleorresina da Copaifera reticulata em modelos farmacológicos experimentais em camundongos | Miranda, Muniz, Silva | Fisioterapia Brasil | 2016 | Avaliar os efeitos da oleorresina de copaíba de Copaifera reticulata como agente anti-inflamatório em modelos experimentais de resposta inflamatória aguda. | Foram utilizados 4 grupos de 7 camundongos Swiss Webster, para serem tratados com ondas ultrassônicas e a oleorresina é extraída de Espécie Copaifera reticulata. | A atividade anti-inflamatória da oleorresina é potencialmente importante como fonte de ingredientes ativos e aplicação de ultrassom Facilita e acelera a penetração cutânea da oleorresina de copaíba, promovendo seus usos tópicos. |
Estudo de altas diluições homeopáticas do óleo de copaíba | Carvalho, et al. | International journal of high dilution research | 2009 | Este estudo foi desenhado para explorar, de forma controlada, os efeitos de altas diluições homeopáticas de óleo de copaíba em três modelos experimentais conhecidos de inflamação aguda e crônica em camundongos. | O primeiro processo utilizou o método da tintura mãe e o segundo o método da trituração. As altas diluições (6cH, 12cH e 30cH) foram preparadas por trituração com lactose, tintura-mãe e utilizando solução hidroalcoólica 30% como controle, ambas pelo método Hahnemanniano. | Com base nos resultados obtidos neste estudo, pode-se sugerir que o óleo de copaíba altamente diluído possui propriedades anti-inflamatórias, apoiando seu uso no tratamento de doenças inflamatórias. |
Influência do óleo de Copaifera langsdorffii no reparo de ferida cirúrgica em presença de corpo estranho | Vieira, et al. | Pesquisa Veterinária Brasileira | 2008 | Avaliar as atividades cicatrizantes e anti-inflamatórias do óleo de Copaifera langsdorffii, por meio dos exames macro e microscópico da pele, e também pelo perfil de migração celular para corpo estranho. | O estudo visou avaliar os efeitos do tratamento com óleo de copaíba na cicatrização de feridas cirúrgicas em camundongos, utilizando análises macroscópicas e microscópicas. | O tratamento com óleo de copaíba pareceu afetar a cicatrização, resultando em um processo mais prolongado e desorganizado, especialmente quando o óleo puro foi usado, com evidências de inflamação persistente e fibrose na fase de remodelação. |
Fonte: Os autores.
3.2 ESTUDO IN VIVO
3.2.1 Atividade Anti-inflamatória
O estudo realizado por Viera et al (2008) em camundongos investigou os efeitos do uso do óleo de Copaifera langsdorffii no tratamento como anti-inflamatório de feridas cirúrgicas de cicatrização de primeira intenção. Aqui estão as principais descobertas e conclusões.
No primeiro dia, todas as feridas apresentaram características macroscópicas semelhantes, como a presença de crostas, edema e hiperemia. Na microscopia, todas as feridas estavam cobertas por crostas serocelulares, compostas por debris celulares e fibrina. Haviam evidências de inflamação com infiltrado inflamatório na derme e panículo carnoso, principalmente com células polimorfonucleares em todos os grupos. (Viera et al., 2008).
No terceiro dia, havia sinais microscópicos da fase proliferativa, como reepitelização, fibroblastos e neovascularização. No entanto, as características da fase inflamatória persistem, incluindo infiltrado inflamatório, hemorragia e hiperemia. Grupos tratados com óleo de Copaifera langsdorffii não mostraram reepitelização adequada, enquanto os grupos controle (tratados com solução salina estéril ou com óleo mineral estéril) apresentavam reepitelização completa no terceiro dia (Viera et al., 2008).
Aos cinco e sete dias, animais tratados com óleo apresentavam edema e hiperemia mais intensos, bem como crostas persistentes. Grupos tratados com óleo também mostraram um infiltrado inflamatório mais acentuado. Após quatorze dias, os grupos de controle apresentaram cicatrização normal, enquanto os grupos tratados com óleo mostraram espessamento da pele e dobras na epiderme. O infiltrado inflamatório nos grupos tratados com óleo ainda era moderado. Todos os grupos apresentaram sinais de regeneração muscular. (Viera et al, 2008).
As conclusões do estudo indicam que o uso do óleo de Copaifera langsdorffii em feridas cirúrgicas de cicatrização de primeira intenção resultou em atraso na reepitelização, persistência de crostas, inflamação e alterações vasculares. Isso sugere que o tratamento com esse óleo pode ser prejudicial para a cicatrização de feridas cutâneas, resultando em piora no processo de reparação da pele (Viera et al, 2008).
Os resultados encontrados no estudo são consistentes com pesquisas anteriores em outras espécies de Copaifera, que também relataram atraso na cicatrização, maior inflamação e presença de crostas com o uso desse tipo de óleo. Vale ressaltar que outros estudos identificaram efeitos anti-inflamatórios desse óleo, mas os resultados podem depender da concentração, via de administração e do contexto da aplicação. Portanto, o uso do óleo de Copaifera langsdorffii em feridas cirúrgicas requer cuidados e consideração dos potenciais efeitos adversos na cicatrização cutânea. (Viera et al, 2008).
Carvalho et al. (2009) exploraram, de forma controlada, os efeitos de altas diluições homeopáticas de óleo de copaíba, realizado em três modelos experimentais de inflamação aguda e crônica em ratos. Tendo como objetivo verificar o efeito antiinflamatório do óleo de copaíba em diferentes diluições. Os efeitos das diluições foram testados utilizando o edema de pata de rato induzido por carragenina; indução de tecido granulomatoso e edema induzido pelo óleo de Croton.
Soluções altamente diluídas (6CH, 12CH e 30CH) foram preparadas, por trituração com lactose, tintura-mãe (TM) e utilizando solução hidroalcoólica 30% como controle, ambas pelo método Hahnemanniano. Os ratos foram distribuídos aleatoriamente em 5 grupos experimentais: Grupo 1: Óleo de copaíba 6CH; Grupo 2: Óleo de Copaíba 12CH; Grupo 3: Óleo de Copaíba 30CH; Grupo 4: indometacina (10 mg/kg, v.o.); Grupo 5: Controle (soro fisiológico 0,9%. 0,5 ml, v.o.). (Carvalho et al, 2009).
Para o experimento de Carvalho et al. (2009), todas as substâncias foram administradas por via oral, em diferentes intervalos de tempo, antes da aplicação do estímulo inflamatório. Altas diluições de óleo de copaíba foram administradas 3 dias antes da indução da inflamação, na dose de 0,5mL e 2 horas após o teste de granuloma. O tratamento manteve-se por 6 dias com 0,5 mL em dose única diária. A indometacina foi administrada 10 mg/kg, e o grupo controle recebeu 0,5 mL de solução salina a 0,9%, ambos por via oral.
Os diferentes tratamentos com altas diluições de óleo de copaíba, produziram efeito inibitório estatisticamente significativo do processo edematogênico em comparação ao grupo controle. Os efeitos dos grupos tratados com altas diluições (da trituração e da TM) foram dependentes da diluição. Ou seja, o efeito máximo foi observado com a diluição 30CH, onde a inibição do edema foi de 73%, enquanto com a indometacina foi de 55%. Os resultados não apresentaram diferenças significativas entre os tratamentos, mas todos os grupos foram estatisticamente significativos diferentes do grupo controle. Portanto, com base nos resultados obtidos neste estudo, pode-se sugerir que as altas diluições do óleo de copaíba possui propriedade anti-inflamatória apoiando seu uso no tratamento de doenças inflamatórias. (Carvalho et al., 2009).
Já em um estudo realizado por Teixeira et al. (2019) foram avaliados os efeitos do óleo de copaíba na lesão da mucosa intestinal de ratos submetidos ao choque hipovolêmico. Para a pesquisa, quinze ratos foram distribuídos em três grupos: Sham – operação simulada; isquemia – submissão ao choque hipovolêmico; e copaíba – submissão ao choque hipovolêmico previamente tratados com óleo de copaíba.
Nesse estudo, baseado nos parâmetros avaliados, o óleo de copaíba não apresentou efeito benéfico, pois obteve resultados semelhantes aos outros grupos. Portanto, a administração do óleo de copaíba não reduziu a lesão da mucosa intestinal de ratos submetidos ao choque hipovolêmico. (Teixeira et al., 2019).
A pesquisa realizada por Miranda, Muniz e Silva (2016) visou a comprovação científica da utilização do oleorresina de Copaíba, sendo da espécie Copaifera Reticulata como moduladora da resposta inflamatória aguda, em diferentes modelos farmacológicos inflamatórios experimentais em ratos.
Miranda, Muniz e Silva (2016) analisaram os seguintes parâmetros no modelo air pouch: número de células na cavidade, onde a inflamação foi induzida e o volume de exsudato formado. O tratamento com a oleorresina de copaíba da espécie Copaifera Reticulata in natura, com aplicação tópica na região da bolsa de ar veiculada pelo ultrassom inibiu a migração de células para o exsudato.
O ultrassom utilizado no tratamento, facilitou a aceleração da penetração transcutânea do oleorresina de copaíba, o que favorece o seu uso tópico, e proporciona um menor tempo de alcance ao pico de ação farmacológica, sendo assim, é indicada a associação do mesmo com oleorresina de copaíba, como recurso a fazer parte do arsenal terapêutico. Tudo indica que a oleorresina de copaíba da espécie Copaifera reticulata, é potencialmente importante como fonte de princípios ativos em farmacologia. (Miranda, Muniz e Silva, 2016).
Uma das principais limitações deste estudo é o tamanho da amostra relativamente pequena, que foi utilizado para demonstrar a eficácia do óleo de Copaíba como agente antifúngico, antibacteriano e anti-inflamatório. O quadro de amostra consistiu em apenas 8 artigos, o que pode não representar com precisão os resultados em geral e limitar a generalização deles. Nossa revisão da literatura se concentrou principalmente em estudos publicados nas línguas portuguesa e inglesa, em periódicos nacionais e internacionais, disponíveis eletronicamente e gratuitamente. É importante notar também que, a revisão da literatura realizada para este estudo, pode ter sido afetada pela limitação de tempo, onde o período estipulado foi de 2003 a 2023. Isso pode ter excluído pesquisas relevantes em períodos inferiores aos últimos vinte anos, outros idiomas, assim como também artigos pagos e que poderiam oferecer uma perspectiva mais abrangente sobre o tema.
4. CONCLUSÃO
Diante do exposto no estudo, nota-se que o óleo de copaíba possui várias propriedades sendo elas de grande benefício medicinal com efeitos antibacteriano e anti-inflamatório de grande importância. Porém, é importante destacar que o uso do óleo de copaíba como antifúngico não parece ser uma opção viável, considerando os resultados obtidos que indicaram efeitos temporários. Além disso, é fundamental destacar a necessidade de realizar novos estudos em seres humanos e animais para ampliar a compreensão dos efeitos antibacterianos e anti-inflamatórios do óleo de copaíba. A pesquisa em seres humanos e animais pode fornecer informações valiosas e conclusivas, permitindo a validação dessas propriedades terapêuticas em contextos mais próximos da realidade clínica. É notável que, atualmente, existem poucos estudos disponíveis sobre o tema, indicando a necessidade premente de uma investigação mais abrangente.
5. REFERÊNCIAS
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1Graduanda em Farmácia, Centro universitário São Lucas Ji-Paraná – UniSL. E-mail: nanazangarini92@gmail.com
2Professora Orientadora do Centro universitário São Lucas Ji-Paraná – UniSL.