REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10223668
Marianna Gandara Reis Ferreira1
Angela Santiago da Cunha2
Juvenal Caetano de Barcelos3
Marcos Antonio Lopes4
Pedro Henrique Ferreira Tomé5
Resumo
Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) são plantas que podem ser incluídas na alimentação humana e que não fazem parte do hábito alimentar da população. Incentivar o conhecimento sobre as PANC é importante para manter e resgatar a diversidade e riqueza dos hábitos alimentares de um povo. Além disso, a inclusão de PANC na dieta humana possibilita maior variedade de cardápio e cria novas fontes de nutrientes. O presente estudo tem o objetivo de identificar as espécies de PANC situadas no perímetro urbano da região centro-leste de Uberaba, Minas Gerais. Foi realizado um levantamento florístico conforme o método proposto por Filgueiras et al. (1994). Foram identificadas no perímetro urbano 167 espécies de PANC e 62 famílias botânicas. O levantamento florístico apresentou elevado índice de diversidade, Shannon (H’e) igual a 4,69; e revelou homogeneidade, grau de equitabilidade (J’) igual a 0,92. Estudos locais sobre as PANC possibilitam o fortalecimento de conhecimento científico e popular sobre a importância de diversas espécies de plantas na vida da população. Propõe-se que políticas públicas sejam desenvolvidas com o objetivo de estimular o conhecimento e a descoberta de PANC.
Palavras-chave: Plantas Alimentícias Não Convencionais. Espécies Espontâneas. Plantas Autóctones. Plantas Exóticas. Plantas Ruderais.
ABSTRACT
Non-conventional Food Plants (PANC) are plants which can be included in human feeding and are not a part of the population’s eating habits. It is very important to encourage knowledge about PANC in order to maintain and redeem the diversity and richness of people’s eating habits. In addition to that, including PANC in human diet allows for greater variety in human menu and creates new sources of nutrients. The present study aims to identify PANC species situated in the urban perimeter of center-east region of Uberaba, Minas Gerais. Floristic surveys according to the method proposed by Filgueiras et al. (1994) were performed. A total of 167 PANC species and 62 botanical families were identified in the urban perimeter. Results from the floristic survey presented high diversity index, Shannon (H’e) value equal to 4.69; they also revealed homogeneity, a degree of evenness (J’) of 0.92. Local studies involving PANC would enable the strengthening of scientific and popular knowledge about the importance of different plant species in people’s life. The development of public policies is proposed to stimulate awareness and findings of PANC.
Keywords: Non-conventional Food Plants. Spontaneous Species. Autochthonous plants. Exotic Plants. Ruderural Plants.
1 INTRODUÇÃO
As plantas de consumo não convencional são estudadas em todo o mundo, e são chamadas em diversos estudos de plantas silvestres comestíveis: plantas silvestres comestibles, wild food plants ou wild edible plants (DRAUSAL, 2006; NORFOLK; EICHHORN; GILBERT, 2013; NABATANZI, NAKALEMBE, 2016; SERRASOLSES, 2016; SÕUKAND, 2016; MENENDEZ-BACETA et al., 2017; SGANZERLA, 2019; PAWERA et al., 2020; NEMZER, 2020).
Todas as plantas que podem ser incluídas na alimentação humana e que não fazem parte do hábito alimentar da população são chamadas de Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC). Essa nomenclatura surgiu no trabalho de Kinupp (2007) e é o mais utilizado no Brasil para designar essas plantas (BARBOSA et al., 2021; MARIUTTI et al., 2021).
O termo PANC é o mais completo, pois consegue abarcar todas as plantas que possuem uma ou mais partes comestíveis e que não são usuais na alimentação regular de um grupo de pessoas. Além disso, devido a sua eufonia, tem despertado um interesse maior não apenas do meio acadêmico, mas também da comunidade em geral (CASEMIRO; VENDRAMIN, 2020; KINUPP; LORENZI, 2021).
Muitas PANC são consideradas como “daninhas” ou “matos”, pois nascem espontaneamente em terrenos, calçadas e em hortas convencionais. Alguns exemplos são: tansagem (Plantago major) e urtiga (Urera caracasana). Outras passaram a ser desvalorizadas, como é o caso de algumas árvores frutíferas nativas, dentre elas pode-se citar: bacupari (Garcinia brasiliensis) e fruta-pão (Artocarpus altilis). Existem aquelas que são utilizadas apenas como plantas ornamentais, exemplo: hibisco (Hibiscus rosa-sinensis) e flamboianzinho (Caesalpinia pulcherrima) (BRASIL, 2010; LIBERATO et al., 2019; BEZERRA; BRITO, 2020; KINUPP; LORENZI, 2021).
Também fazem parte das PANC plantas típicas de uma região, que podem ser convencionais para um grupo populacional, porém não as são para outro. O jambú (Acmella oleracea), por exemplo, é comum na região Norte do país (ABRAS, 2018), é essencial para o preparo do tacacá, prato típico amazonense (ROBERT; VELTHEM, 2008). mas não é comum nas outras regiões do país (BRASIL, 2011).
Pode-se englobar neste conceito algumas plantas exóticas que se adaptaram bem ao Brasil, tais como uva-do-japão (Hovenia dulcisi); almeirão-roxo (Lactuca canadensis) e iuca-elefante (Yucca guatemalensis). Outras são conhecidas como plantas medicinais, porém seu uso na alimentação não é comum: assa-peixe (Vernonanthura phosphorica); funcho (Foeniculum vulgare) e picão-preto (Bidens pilosa) (KINUPP; LORENZI, 2021; RANIERI, 2021).
Dentro deste grupo de plantas alimentícias estudadas estão os vegetais convencionais que tem Partes Alimentícias Não Convencionais (PANC), como exemplos: ramas da cenoura (Daucus carota); folhas do rabanete (Raphanus sativus); mangará e suas flores (Musa x paradisiaca); ramos foliares da amora-preta e seus frutos imaturos (Morus nigra) (BRASIL, 2015; KINUPP; LORENZI, 2021).
Todas plantas supracitadas, sejam elas silvestres, regionais, nativas, exóticas, cultivadas ou espontâneas, têm grande potencial alimentício, mas a grande maioria das pessoas desconhece ou não as reconhecem como alimentos (SERRASOLSES et al., 2016; CASEMIRO; VENDRAMIN, 2020). Elas são ricas em vitaminas, minerais e fitoquímicos e algumas espécies contêm valores significativos de carboidratos, proteínas e/ou lipídios, além de mostrarem ser alimentos com grande potencial funcional (CRUZ-GARCIA; STRUIK, 2015; PAWERA et al. 2020).
Visando outros benefícios associados ao seu consumo, as PANC podem ser incluídas à alimentação regular. A erva-de-santa-maria, por exemplo, apresenta alta atividade antioxidante em suas infusões e pode ser usada para aromatizar bebidas (BARROS et al., 2013). Estes compostos previnem o estresse oxidativo, e por consequência colaboram no funcionamento normal das células humanas saudáveis, prevenindo e retardando o surgimento de Doenças Crônico Não Transmissíveis.
A biodiversidade da flora brasileira é imensa e corresponde a cerca de 15 a 20% das espécies na Terra. Kinupp e Lorenzi (2021) relatam a existência de mais de 3000 espécies de plantas com potencial alimentício no Brasil.
Avigora-se a necessidade de educar a comunidade para o correto uso alimentar das PANC frente a diversidade de espécies que se tem disponível, pois algumas tem indicação de consumo moderado. Ocorre que certas plantas contêm elementos em que a ingestão irrestrita não é recomendada. Essa regra, porém, vale tanto para os alimentos convencionais quanto para os não convencionais, afinal a única diferença é o domínio sobre o uso de cada um deles. A julgar pelos teores de ácido oxálico presentes no cacau e em trevos (Oxalis spp.) que podem prejudicar a absorção de alguns nutrientes da dieta e deve ser evitado por pessoas com problemas renais (KINUPP; LOREZI, 2021).
Incentivar o conhecimento sobre as PANC é importante para a diversidade e riqueza dos hábitos alimentares de um povo. Valorizar o patrimônio sociocultural do povo brasileiro permite o resgate de conhecimentos sobre a fitodiversidade local. A prática (conhecimento, produção, processamento e consumo) das PANC caminham de forma síncrona com o conceito Soberania Alimentar e, consequentemente, favorece práticas emancipatórias, autônomas e autossuficientes (BRASIL, 2002; MENENDEZ-BACETA et al., 2017).
Soares (2020) relata que o conhecimento sobre essas plantas é importante para possibilitar uma fonte alternativa de alimentação. Huergo, Galeano e Lima (2020) reforçam que a presença de PANC não acontece apenas em espaços cultivados ou áreas de mata nativa, elas aparecem habitualmente em avenidas, calçadas, ruas das cidades. Estudos locais são importantes para documentar espécies com valor de uso tradicional, para preservar e estimular o uso dessas plantas (LEAL; ALVES; HANAZAKI, 2018).
Neste contexto, o presente estudo tem o objetivo avaliar a biodiversidade de PANC situadas em urbano de Uberaba, Minas Gerais.
2 METODOLOGIA
Este estudo foi realizado na região centro-leste da cidade de Uberaba. A cidade é localizada no Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, estado de Minas Gerais, região sudeste do Brasil, sob as coordenadas geográficas 19º 45’ 27’’ latitude sul e 47º 55’ 36’’ longitude oeste. Uberaba está inteiramente inserida no Bioma Cerrado, é caracterizada pelo clima Tropical, com duas estações bem definidas, sendo seca no inverno e chuvosa no verão (PENA, 2019; PELLI; PIMENTA, 2020). A precipitação média anual é em torno de 1400 milímetros, a temperatura média anual é de 22,2° C e a umidade relativa média anual oscila entre 70 e 75%. A região central da cidade é marcada pelo fenômeno de “ilhas de calor”, comum em áreas urbanas nas quais há retenção de calor e impermeabilidade do sistema (SANCHES et al., 2018).
2.1. Levantamento Florístico
O levantamento florístico foi conduzido conforme o método proposto por Filgueiras et al. (1994), que consiste em uma metodologia ativa para levantamentos florísticos qualitativos, chamada pelo autor de caminhamento. Nele é percorrido uma determinada área geográfica, em determinados intervalos de tempo, com o objetivo de se levantar as espécies de plantas, até que não sejam encontradas novas espécies naquela área de estudo.
Para isso foram realizadas investigações na área centro-leste do perímetro urbano da cidade (figura 1). A busca aconteceu pelas principais vias, ruas, avenidas e praças da área. A área demarcada abrange um total de 26,9 km² e engloba as principais avenidas da cidade. O trabalho de campo foi realizado entre dezembro de 2021 e maio de 2022. Amostras das plantas foram coletadas para identificação, foram feitos registros fotográficos e notas em caderno de campo. A identificação das espécies foi feita através de estudo, consulta à bibliografia específica e consulta a especialistas: Rapoport et al. (1998); Creasy, 1999; Kinupp (2007); Brasil (2010); Plantas para o futuro (BRASIL, 2011; 2016; 2018b); Brasil (2015); Harri; Lacerda; Bacher (2015); Ranieri (2021); Kinupp; Lorenzi (2021); além de outros estudos e artigos publicados.
Figura 1. Área demarcada para primeira etapa da metodologia.
Fonte: Google Maps. Organizado pela autora.
2.2. Análises Estatísticas
A diversidade das espécies de PANC (H’) foi obtida pela determinação do Índice de Diversidade de Shannon através da aplicação da fórmula abaixo (LUDWIG; REYNOLDS, 1988). Para o cálculo leva-se em conta o número de espécies de PANC encontradas (S); o número de vezes que cada espécie foi registrada (ni) e o logaritmo natural (ln) da proporção entre ni e a somatória do total de registros.
A dominância ecológica sobre as espécies de PANC foi obtida por meio do índice de Equabilidade de Pielou (J’) (LUDWIG; REYNOLDS, 1988), derivado do Índice de Diversidade de Shannon. Seu valor apresenta uma amplitude de 0 (uniformidade mínima) a 1 (uniformidade máxima).
A aplicação dos índices de diversidade é o modo mais comum de avaliar a variação de espécies existentes em comunidades, que de acordo com Pielou (1975), manifesta a mesma lógica da medida de variância, calculada estatisticamente em variáveis quantitativas. Os índices foram calculados com o auxílio do software Microsoft® Excel® (OFFICE 365, 2019).
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
O trabalho realizado na cidade de Uberaba mostrou que uma diversidade relevante de PANC pode ser encontrada em áreas urbanas. Foram registradas 957 plantas no perímetro percorrido, que correspondeu a 167 espécies de PANC distribuídas em 62 famílias botânicas. As famílias botânicas que tiveram maior representação das espécies encontradas foram, em ordem crescente: Asteraceae (17); Fabaceae (12); Malvaceae (9); Myrtaceae (8); Amaranthaceae (6); Cactaceae (6); Rutaceae (6).
As PANC registradas não compõem uma lista exaustiva e inalterável. O meio ambiente, seja ele urbano ou não, sofre mudanças diárias devido a ação do homem e da própria natureza (SÕUKAND, 2016).
Kinupp e Barros (2004) levantaram a ocorrência de cerca de 2.000 espécies de PANC no Brasil, abarcando cerca de 168 famílias botânicas. Contudo os autores afirmam que não há uma lista completa com todas as PANC existentes, e os registros efetuados estão em constantes alterações em virtude de trabalhos etnobotânicos e pesquisas complementares.
Outras pesquisas que utilizaram a mesma metodologia do presente estudo revelaram riqueza na biodiversidade do espaço investigado. Marasini (2018) expôs no seu trabalho 118 PANC na cidade de Urubici, Santa Catarina. Huergo, Galeano e Lima (2020) enunciaram 63 plantas alimentícias em Foz do Iguaçu, Paraná. Oliveira, Vaz e Rocha (2022) encontraram dez espécies em um Parque Municipal de São Paulo e Camargo, Yoshikawa e Duarte (2020) registraram o total de 24 em um Parque Natural da Cidade de Mogi das Cruzes (SP).
Passos (2019), com metodologia similar, identificou 177 espécies de PANC em Roraima. Ranieri e Zanirato (2021) também utilizaram métodos ativos levantamento florístico e revelaram o total de 202 plantas alimentícias e etnovariedades em São José do Barreiros e em Areias. Kinupp (2007) registrou 312 espécies de plantas com potencial alimentício, 78 famílias botânicas, na região metropolitana de Porto Alegre (RS).
O indicativo da diversidade, obtida pela determinação do Índice de Diversidade de Shannon (H’) e por meio do índice de Equabilidade de Pielou (J’), não pode ser comparado à densidade de indivíduos na população, entretanto ele pode ser relacionado com a totalidade de espécies e o número de representantes de cada uma (OLIVEIRA FILHO; SCOLFORO, 2008).
A partir da pesquisa florística realizada nesta primeira fase do estudo foi possível apontar um alto Índice de Diversidade de Shannon, H’ (base e) igual a 4,69 e H’ (base 10) igual a 2,04. O grau de equitabilidade (J’), que varia entre 0 ≤ J’ ≤ 1, caracteriza a uniformidade da distribuição dos indivíduos entre as espécies existentes. Quanto mais próximo de “1” melhor estarão distribuídas as PANC. O presente trabalho encontrou uma boa uniformidade com J’ igual a 0,92.
Ranieri e Zanirato (2021) apresentaram valores de índice de biodiversidade semelhantes a este estudo. Os autores revelaram Índice de Shannon H’ (base e) igual 4,18 e H’ (base 10) igual 1,81. Em Abaeté, no cerrado mineiro, Saporetti, Meira Neto e Almado (2003) realizaram uma busca por espécies lenhosas e registraram 1.339 indivíduos, 85 espécies, distribuídas em 44 famílias. O índice de Shannon foi de 3,59 (base e) e o grau de equabilidade foi de 0,804. Lima (2014) com ação no mesmo bioma brasileiro encontrou índices de biodiversidade parecidos; exibindo H’ (base e) total de 3,561 e J’ total de 0,861.
Em Uberaba, registrou-se espécies autóctones, exóticas e ruderais. Marasini (2018) registrou PANC típicas da região Sudeste, como é o caso do aipo-bravo (Apium sellowianum) e da goiabeira serrana (Acca sellowiana), que são mais difíceis de serem encontraram em outros estados. A vinagreira (Hibiscus acetosella) e jurubeba (Solanum paniculatum), plantas comuns na região Sudeste (KINUPP; LORENZI, 2021; PENZO; BASTOS, 2021), foram encontradas em Uberaba.
Espécies reconhecidas como exóticas também foram identificadas, como a dilênia (Dillenia indica), o noni (Morinda citrifolia) e o bilimbi (Averrhoa bilimbi)), que são de origem asiática e foram incorporadas na arborização da cidade (figura 2).
Figura 2. Imagens de PANC: a) Vinagreira (Hibiscus acetosella); b) Jurubeba, árvore c) Jurubeba, frutos (Solanum paniculatum); d) Dilênia (Dillenia indica), e) Noni (Morinda citrifolia) e f) Bilimbi (Averrhoa bilimbi).
Fonte: Registros fotográficos da própria autora.
Algumas das PANC encontradas em Uberaba não foram cultivadas e ocorreram espontaneamente. Rapoport et al. (1983) explicam esse fenômeno, pois o movimento de pessoas entre os centros urbanos e áreas adjacentes, intencionalmente ou não, cria uma distribuição de propágulos de diferentes plantas, proporcionando maior biodiversidade no ambiente urbano. Denominadas de ruderais (PENZO; BASTOS, 2021), pois elas são mais resistentes e se aprimoraram em sobreviver dentro de ambientes dominados pelo homem.
Essas plantas são facilmente encontradas em frestas de calçadas, em terrenos baldios e até mesmo nos muros, porém o seu uso alimentício é totalmente ignorado pela população. Em Uberaba pode-se citar alguns exemplos como: begônia (Begonia semperflorens); celósia (Celosia argentea); couvinha (Porophyllum ruderale); erva-de-jaboti (Peperomia pellucida); serralha (Sonchus oleraceus); tiririca (listada neste trabalho como juncinha, Cyperus esculentus); tanchagem (Plantago major); entre outras registradas neste trabalho (figura 3).
Neto, Maluf e Boscaine (2016) fizeram um levantamento similar e registraram apenas PANC ruderais na cidade de Três Lagos em Mato Grosso do Sul. Os pesquisadores puderam contar 53 espécies alimentícias.
Figura 3. Exemplos de PANC Ruderais: a) Begônia (Begonia semperflorens); b) Couvinha (Porophyllum ruderale); c) Erva-de-jaboti (Peperomia pellucida); d) Tanchagem (Plantago major); e) Major-gomes (Talinum panicularum); f) Beldroega (Portulaca oleracea).
Fonte: Registros fotográficos da própria autora.
Apesar de serem alimentícias, cuidados são necessários para o seu consumo. Madeira (2019) reforça que o primeiro passo é a correta identificação da espécie e posteriormente deve-se evitar o consumo direto desses alimentos coletados nas calçadas, pois é alto o risco de contaminação alimentar. Ranieri et al. (2017) recomendam que alimentados coletados em ambientes urbanos exigem higienização correta e consumo esporádico. Ambos autores atestam que o ideal é utilizar as PANC ruderais para produção de mudas, inclusão das espécies em hortas caseiras e jardins produtivos, garantindo seu consumo seguro.
As plantas ruderais, além de serem encontradas e cultivas com facilidade, elas são alimentos nutritivos e com aplicações positivas à saúde. Elas possuem espécies com o alto teor de minerais, como o caruru (Amatanthus viridis); a celósia (Celosia argentea); a erva-de-jaboti (Peperomia pellucida); a tanchagem (Plantago major) e a major-gomes (Talinum paniculatum). Esta última, de acordo com Kinupp e Lorezi (2021), apresentou os maiores teores de zinco e potássio quando comparada com outras 69 espécies, além de ser boa fonte de proteínas.
Dados publicados revelam que, embora mais de 6.000 espécies de plantas tenham sido cultivadas ao longo da história para a alimentação, menos de 200 contribuem substancialmente para a produção global de alimentos. Apenas nove espécies vegetais respondem por 66% da produção total de alimentos no planeta (FAO, 2019). Monoculturas provocam a padronização do paladar e a padronização do consumo. Os sistemas agroalimentares atuais são baseados em monoculturas e não oferecem alimentos diversificados.
Ações que promovam o uso das PANC, que auxiliem a comunidade na correta identificação das plantas e que eduquem nos métodos corretos de preparo e consumo são vistas como táticas para a diversificação de dietas alimentares e para a preservação de espécies nativas (TERRA; FERREIRA, 2020). As plantas encontradas podem ser utilizadas pela comunidade. As PANC incrementam pratos habituais, enriquecem nutricionalmente a dieta, inovam na produção e comercialização de produtos alimentícios, além de que a aproximação dessas práticas pela população pode colaborar em situações de insegurança alimentar.
4 CONCLUSÃO
Uberaba revelou uma significativa diversidade de PANC. Foram identificadas 167 espécies de 62 famílias botânicas no perímetro urbano de Uberaba, Minas Gerais. A pesquisa apresentou elevado Índice de Diversidade de Shannon (H’e = 4,69) e exibiu homogeneidade entre as espécies encontradas (J’ = 0,92). Propõe-se que políticas públicas – em suas diversas dimensões: ambientais, sociais, culturais, educacionais – sejam desenvolvidas com o objetivo de estimular o conhecimento e a descoberta de PANC pela comunidade.
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Marianna Gandara Reis Ferreira – Discente do Curso de Mestrado Tecnologia de Alimentos do Instituto Federal do Triangulo Mineiro – Campus Uberaba – e-mail: marianna.ferreira @estudante.iftm.edu.br1
Angela Santiago da Cunha – Discente do Curso de Mestrado Tecnologia de Alimentos do Instituto Federal do Triangulo Mineiro – Campus Uberaba – e-mail: angela.cunha @estudante.iftm.edu.br2
Juvenal Caetano de Barcelo – Docente do Curso Superior de Tecnologia de Alimentos do Instituto Federal do Triangulo Mineiro – Campus Uberlândia. Doutor em Ciências Agrárias (UNESP-JABOTICABAL) – e-mail: jcbarcelos@iftm.edu.br3
Marcos Antonio Lopes – Docente do Curso Superior de Tecnologia de Alimentos do Instituto Federal do Triangulo Mineiro – Campus Uberlândia. Doutor em Físico Química (UNESP-ARARAQUARA) – e-mail: marcosal@iftm.edu.br4
Pedro Henrique Ferreira Tomé/ orientador – Docente do Curso Superior de Tecnologia de Alimentos do Instituto Federal do Triangulo Mineiro – Campus Uberlândia. Doutor em Ciências (UFLA-MG) – e-mail: pedrotome@iftm.edu.br5