PLANETA EM DECLÍNIO: O CUSTO INVISÍVEL DO PROGRESSO DESENFREADO¹

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202508042112


Ariane Marciele Veiga Gripa Bordin2; Daniela Maria Pantaleão; Erasmo Carlos Gonçalves Saldanha; Geisibel Vargas Soares; Juliano Tonin; Leonardo Athayde de albuquerque; Neli Maria Lazzarotto; Odete Roseli de Oliveira; Pamela Georg Sisnando Leiria Júnior


RESUMO

A degradação ambiental tem se intensificado devido à exploração desenfreada dos recursos naturais, comprometendo o equilíbrio ecológico e a sustentabilidade do planeta. O avanço industrial e tecnológico, impulsionado pela demanda incessante por matéria- prima, tem acelerado o esgotamento dos ecossistemas e desencadeado consequências severas, como desmatamento, contaminação da água e mudanças climáticas. O consumo excessivo e a falta de políticas eficazes de preservação agravam ainda mais esse cenário, tornando a recuperação ambiental cada vez mais desafiadora. O impacto da exploração predatória não se restringe apenas à perda de biodiversidade, mas afeta diretamente comunidades que dependem dos recursos naturais para sobrevivência. A busca pelo crescimento econômico, muitas vezes sem critérios sustentáveis, resulta em degradação do solo, poluição atmosférica e eventos climáticos extremos. Empresas e governos têm papel fundamental na implementação de estratégias que reduzam os danos ambientais, promovendo práticas mais equilibradas entre desenvolvimento e preservação. Entretanto, a ausência de regulamentações eficazes e o desinteresse por modelos sustentáveis ampliam os riscos de colapso ambiental. Dessa maneira, torna-se essencial repensar o modelo atual de exploração, adotando medidas que garantam a conservação dos ecossistemas para as futuras gerações. A conscientização coletiva e a aplicação de políticas ambientais mais rígidas podem minimizar os danos, assegurando um futuro menos impactado pela destruição progressiva dos recursos naturais. A responsabilidade pela preservação deve ser compartilhada por todos os setores da sociedade, garantindo o equilíbrio entre progresso e sustentabilidade.

Palavras-chave: Degradação ambiental. Exploração predatória. Sustentabilidade.

ABSTRACT

Environmental degradation has intensified due to the rampant exploitation of natural resources, compromising the planet’s ecological balance and sustainability. Industrial and technological advancements, driven by the relentless demand for raw materials, have accelerated ecosystem depletion and triggered severe consequences such as deforestation, water contamination, and climate change. Excessive consumption and the lack of effective preservation policies further aggravate this scenario, making environmental recovery increasingly challenging. The impact of predatory exploitation is not limited to biodiversity loss but also directly affects communities that rely on natural resources for survival. The pursuit of economic growth, often without sustainable criteria, results in soil degradation, air pollution, and extreme weather events. Companies and governments play a crucial role in implementing strategies that mitigate environmental damage, promoting a more balanced approach between development and conservation. However, the absence of effective regulations and disinterest in sustainable models increase the risks of environmental collapse. Thus, it is essential to rethink the current exploitation model by adopting measures that ensure ecosystem conservation for future generations. Collective awareness and the enforcement of stricter environmental policies can minimize damages, ensuring a future less affected by the progressive destruction of natural resources. The responsibility for preservation must be shared across all sectors of society to maintain a balance between progress and sustainability.

Keywords: Environmental degradation. Predatory exploitation. Sustainability.

1 INTRODUÇÃO

A degradação ambiental tem se tornado um dos maiores desafios da contemporaneidade, impulsionada pela exploração descontrolada dos recursos naturais. O avanço acelerado das atividades industriais e agrícolas, aliado ao consumo excessivo e à urbanização desenfreada, compromete ecossistemas essenciais para a manutenção da vida. O modelo de crescimento econômico predominante prioriza a extração intensa de matérias-primas, ignorando os impactos ambientais e promovendo um cenário alarmante de degradação progressiva. A biodiversidade sofre as consequências dessa exploração predatória, resultando na extinção de espécies e no desequilíbrio de habitats naturais. Dessa forma, torna-se imprescindível compreender os impactos dessa destruição e discutir alternativas sustentáveis para minimizar seus efeitos.

Os danos ambientais causados pela atividade humana refletem-se em diversos setores, desde a poluição dos rios e mares até o aumento da emissão de gases de efeito estufa. A destruição de florestas para expansão agrícola e urbana reduz significativamente a capacidade do planeta de absorver dióxido de carbono, agravando os fenômenos climáticos extremos. Além disso, a contaminação do solo e dos recursos hídricos compromete a qualidade de vida das populações locais, principalmente aquelas que dependem diretamente da natureza para subsistência. Esse panorama revela um padrão de exploração que privilegia o lucro imediato em detrimento da preservação ambiental.

A busca incessante pelo progresso, sem a devida consideração pelos limites ecológicos, tem levado a um cenário de colapso ambiental iminente. A degradação da qualidade do ar, a acidificação dos oceanos e a desertificação de grandes áreas são reflexos dessa postura irresponsável em relação à natureza. A falta de regulamentações rigorosas e a negligência de setores produtivos contribuem para a intensificação dos impactos negativos sobre o meio ambiente. Assim, é necessário discutir estratégias que aliem desenvolvimento e sustentabilidade, garantindo um futuro menos impactado pela exploração excessiva dos recursos naturais.

A conscientização da sociedade e a implementação de políticas ambientais eficazes são fundamentais para reverter esse quadro de degradação contínua. A educação ambiental desempenha um papel crucial na formação de cidadãos mais engajados na preservação dos ecossistemas. Além disso, práticas empresariais sustentáveis devem ser incentivadas, promovendo uma economia que respeite os ciclos naturais e reduza os danos causados ao meio ambiente. O comprometimento das lideranças políticas e empresariais pode transformar a atual realidade, direcionando esforços para modelos de produção e consumo responsáveis.

Diante desse cenário preocupante, a urgência por mudanças estruturais no modelo econômico e produtivo é evidente. A adoção de medidas que equilibrem desenvolvimento e conservação ambiental deve ser prioridade para garantir a sobrevivência das futuras gerações. A exploração desenfreada precisa ser contida por meio de políticas rigorosas, tecnologias limpas e conscientização global. Dessa maneira, a degradação do planeta pode ser reduzida, assegurando um ambiente mais saudável e sustentável para as próximas décadas.

2. DESENVOLVIMENTO

A exploração desenfreada dos recursos naturais tem gerado impactos ambientais significativos, refletindo-se na intensificação da degradação dos ecossistemas e na crescente escassez de matéria-prima essencial para a manutenção da vida. O modelo econômico vigente prioriza o crescimento acelerado sem considerar os limites naturais, promovendo a destruição de florestas, a contaminação dos solos e a poluição de rios e oceanos. A busca incessante por lucro imediato, aliada à negligência ambiental de diversos setores produtivos, contribui para o agravamento das mudanças climáticas e para a intensificação de desastres naturais. Esse cenário evidencia a urgência de políticas que aliem desenvolvimento econômico e preservação ambiental, garantindo um equilíbrio sustentável para as próximas gerações (BORGES, 2019).

A industrialização moderna tem desempenhado um papel central no processo de degradação ambiental, uma vez que a produção em larga escala demanda a extração intensiva de recursos naturais. O avanço tecnológico, embora traga benefícios econômicos, também potencializa a emissão de poluentes, contribuindo para o aumento da temperatura global e para o desequilíbrio climático. Além disso, a utilização de combustíveis fósseis como principal fonte de energia agrava os impactos ambientais, tornando essencial a transição para alternativas mais sustentáveis. A adoção de energias renováveis e práticas produtivas mais ecológicas pode mitigar os efeitos da degradação, reduzindo a dependência de matérias-primas não renováveis e promovendo uma economia ambientalmente responsável (COSTA, 2017).

O esgotamento iminente dos recursos naturais representa uma ameaça direta à estabilidade ambiental e econômica do planeta. O consumo exacerbado, impulsionado pelo crescimento populacional e pela cultura do desperdício, acelera a escassez de elementos fundamentais como água potável, minerais e solos férteis. O desmatamento indiscriminado, por exemplo, compromete a biodiversidade e reduz a capacidade dos ecossistemas de regeneração, agravando problemas como a desertificação e a perda de habitats naturais. Medidas urgentes devem ser implementadas para reverter esse quadro, incluindo o fortalecimento da legislação ambiental, o incentivo à reciclagem e a conscientização sobre a necessidade de um consumo mais consciente e equilibrado (MORAES, 2020).

O desenvolvimento econômico e a degradação ambiental caminham frequentemente lado a lado, especialmente quando o crescimento não é pautado em princípios sustentáveis. A urbanização descontrolada, a expansão da agropecuária e a exploração indiscriminada dos oceanos comprometem seriamente a qualidade de vida das populações e a integridade dos ecossistemas. As consequências desse modelo predatório vão além do impacto ambiental direto, afetando também a segurança alimentar e a disponibilidade de recursos essenciais para a sobrevivência humana. Dessa forma, é necessário investir em políticas públicas que incentivem práticas produtivas menos agressivas ao meio ambiente e promovam um planejamento urbano mais sustentável, garantindo um equilíbrio entre progresso e preservação (NASCIMENTO, 2016).

A relação entre economia e meio ambiente tem sido alvo de amplos debates no contexto global, especialmente diante do agravamento das crises climáticas e do aumento da vulnerabilidade de diversos ecossistemas. A busca por um modelo de desenvolvimento mais sustentável exige uma mudança de paradigma, em que o crescimento econômico não seja sinônimo de destruição ambiental. A implementação de políticas voltadas para a preservação da natureza, como o incentivo ao reflorestamento e a adoção de tecnologias limpas, pode contribuir para minimizar os impactos da degradação e garantir um futuro mais equilibrado. O desafio, entretanto, reside na resistência de setores econômicos que priorizam o lucro em detrimento da conservação ambiental, dificultando a adoção de práticas mais sustentáveis a nível global (OLIVEIRA, 2021).

2.1 Planeta em Colapso: O Preço Oculto do Desenvolvimento Irrestrito

A degradação ambiental intensificada pela exploração descontrolada dos recursos naturais representa uma ameaça global, comprometendo a biodiversidade e acelerando o esgotamento dos ecossistemas. O avanço industrial e tecnológico, ao invés de ser equilibrado com práticas sustentáveis, tem levado à destruição progressiva de áreas naturais essenciais para o equilíbrio climático e para a manutenção da vida. O desmatamento em larga escala, impulsionado pela expansão da agropecuária e pela demanda incessante por matérias-primas, resulta em perdas irreparáveis, como a extinção de espécies e o aumento da emissão de gases do efeito estufa. Além disso, a mineração desordenada e o despejo de resíduos tóxicos nos oceanos comprometem a qualidade dos recursos hídricos, intensificando os impactos negativos sobre as populações que dependem desses meios para sua subsistência. A degradação ambiental, nesse contexto, não é apenas uma consequência da atividade humana, mas um reflexo do modelo econômico vigente, que privilegia o crescimento acelerado sem considerar os limites naturais da Terra. Dessa forma, a necessidade de regulamentações mais rigorosas e da adoção de práticas empresariais responsáveis se torna evidente, sendo essencial que empresas e governos reconheçam sua parcela de responsabilidade na preservação ambiental (PEREIRA, 2018).

Os impactos da degradação ambiental não se restringem apenas ao âmbito ecológico, mas também afetam diretamente a qualidade de vida das populações que vivem em áreas vulneráveis à destruição dos ecossistemas. A poluição atmosférica gerada por indústrias, veículos e queimadas contribui para o agravamento de doenças respiratórias e cardiovasculares, colocando em risco a saúde pública. Além disso, a contaminação dos lençóis freáticos e dos cursos d’água por resíduos químicos e metais pesados compromete o abastecimento de água potável, agravando ainda mais a crise hídrica em diversas regiões do mundo. A insegurança alimentar também emerge como um problema crítico decorrente da degradação ambiental, uma vez que a perda de solos férteis e a destruição de habitats naturais reduzem significativamente a capacidade produtiva da agricultura. A intensificação dos eventos climáticos extremos, como secas prolongadas e tempestades devastadoras, torna ainda mais evidente a relação entre exploração descontrolada dos recursos naturais e o agravamento das condições ambientais  globais.  Para  minimizar  esses  impactos,  torna-se  imprescindível  a implementação de políticas de conservação, aliadas a investimentos em tecnologias sustentáveis e ao fortalecimento da consciência coletiva sobre a necessidade de um consumo mais equilibrado e responsável (QUEIROZ, 2015).

O modelo econômico atual, baseado na exploração intensa dos recursos naturais para sustentar um crescimento acelerado, tem se mostrado insustentável a longo prazo. A busca incessante pelo desenvolvimento sem critérios ecológicos resulta em danos irreparáveis ao meio ambiente, gerando um ciclo vicioso de degradação que afeta tanto os ecossistemas quanto a sociedade. A expansão desordenada de atividades industriais e agrícolas, impulsionada pelo consumo exacerbado, compromete a capacidade regenerativa da natureza, dificultando a recuperação dos recursos naturais degradados. A negligência no planejamento urbano, aliada à falta de investimentos em infraestrutura sustentável, agrava ainda mais esse cenário, resultando em cidades cada vez mais poluídas e vulneráveis às mudanças climáticas. Além disso, a falta de incentivo a práticas produtivas sustentáveis torna a adaptação a um modelo econômico mais ecológico um desafio ainda maior, exigindo esforços coordenados entre setor público e privado para viabilizar soluções eficazes. Dessa forma, a transformação desse paradigma econômico é essencial para reverter a trajetória de destruição ambiental, garantindo que o desenvolvimento não comprometa as futuras gerações (QUINTANA, 2022).

A degradação dos ecossistemas não é um problema isolado, mas sim uma consequência direta das escolhas políticas e econômicas feitas ao longo das últimas décadas. A exploração indiscriminada dos recursos naturais tem sido facilitada pela ausência de regulamentações eficazes e pela negligência de setores produtivos que priorizam o lucro imediato em detrimento da preservação ambiental. Esse cenário reflete uma falha estrutural na governança ambiental global, que tem permitido a destruição progressiva de florestas, oceanos e áreas de biodiversidade sem a devida responsabilização dos agentes envolvidos. O descompasso entre crescimento econômico e conservação ambiental evidencia a necessidade de uma reformulação nas políticas públicas, que devem atuar de forma mais eficaz para conter os impactos negativos da exploração predatória. Além disso, a cooperação internacional se torna fundamental para garantir que países em diferentes estágios de desenvolvimento adotem  práticas  sustentáveis,  promovendo  um  equilíbrio  entre  progresso  e preservação. A implementação de acordos ambientais mais rigorosos, bem como a fiscalização adequada das atividades produtivas, são medidas imprescindíveis para reverter esse quadro e assegurar a proteção dos ecossistemas em escala global (ZANETTI, 2019).

A transição para um modelo econômico mais sustentável exige um esforço conjunto entre governos, empresas e sociedade civil, pois a degradação ambiental não pode mais ser tratada como um efeito colateral inevitável do desenvolvimento. A adoção de tecnologias limpas, o incentivo ao uso de energias renováveis e a promoção de um consumo mais consciente são algumas das estratégias essenciais para minimizar os impactos negativos da exploração dos recursos naturais. No entanto, essa transição ainda enfrenta resistência de setores produtivos que se beneficiam da exploração descontrolada, dificultando a implementação de mudanças estruturais necessárias para a preservação ambiental. Dessa forma, torna-se imprescindível a criação de mecanismos que incentivem a adoção de práticas sustentáveis e desencorajem atividades predatórias, garantindo que o desenvolvimento econômico ocorra de maneira equilibrada e responsável. A preservação dos recursos naturais deve ser vista como um investimento no futuro, assegurando que as próximas gerações tenham acesso a um ambiente saudável e a recursos essenciais para sua sobrevivência (ZIMMERMANN, 2020).

A industrialização moderna tem sido um dos principais vetores da degradação ambiental, impulsionando a exploração descontrolada dos recursos naturais em níveis alarmantes. A expansão da indústria, ao lado do crescimento urbano acelerado, tem gerado impactos significativos na qualidade do ar, da água e do solo, comprometendo a biodiversidade e a estabilidade climática. A poluição gerada pela queima de combustíveis fósseis, amplamente utilizada no setor industrial, contribui diretamente para o aumento da temperatura global, intensificando fenômenos climáticos extremos como furacões, secas e derretimento das calotas polares. Além disso, o descarte inadequado de resíduos industriais contamina os ecossistemas aquáticos, afetando diretamente a fauna marinha e a segurança alimentar das populações que dependem desses recursos. A falta de regulamentação eficaz e a resistência de setores produtivos em adotar práticas sustentáveis têm dificultado a mitigação desses impactos, evidenciando a necessidade de uma transformação estrutural na forma como os recursos naturais são explorados e utilizados (BORGES, 2019).

A produção em larga escala tem acelerado a degradação dos ecossistemas, levando à escassez de matérias-primas essenciais para diversas indústrias. O desmatamento em prol da obtenção de madeira, a extração excessiva de minérios e a contaminação do solo por substâncias químicas resultam em perdas irreparáveis para a biodiversidade, comprometendo o equilíbrio natural dos ecossistemas. O avanço tecnológico, embora traga inovações para diferentes setores, tem sido utilizado majoritariamente para maximizar a exploração dos recursos naturais, em vez de priorizar soluções mais sustentáveis. Dessa forma, a busca por eficiência produtiva sem responsabilidade ambiental resulta em impactos negativos que ultrapassam fronteiras, afetando não apenas o meio ambiente, mas também a qualidade de vida das populações globais. A implementação de políticas ambientais rigorosas, aliada a incentivos para práticas produtivas mais sustentáveis, pode reverter esse quadro e garantir um modelo de desenvolvimento mais equilibrado (COSTA, 2017).

A industrialização moderna, além de impulsionar o crescimento econômico, tem sido um dos principais motores da degradação ambiental, devido à exploração descontrolada dos recursos naturais. A necessidade incessante de matérias-primas para sustentar a produção em larga escala leva à devastação de ecossistemas inteiros, sem a preocupação com sua capacidade de regeneração. Esse processo tem impactos irreversíveis, como o esgotamento dos solos, a contaminação das águas subterrâneas e a poluição do ar por meio da emissão massiva de gases tóxicos. A queima de combustíveis fósseis, intensificada pelo funcionamento de fábricas e indústrias, agrava o efeito estufa e acelera o aquecimento global, resultando em eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes e intensos. Esse modelo produtivo insustentável reflete a priorização do lucro imediato em detrimento da conservação ambiental, criando um cenário alarmante para a biodiversidade e para a estabilidade dos ecossistemas (MORAES, 2020).

O crescimento econômico baseado na exploração excessiva dos recursos naturais resulta em impactos ambientais severos, comprometendo a capacidade regenerativa da natureza. A expansão agrícola, por exemplo, impulsionada pela necessidade  de atender  à  crescente  demanda  por  alimentos,  tem  levado  ao desmatamento de grandes áreas florestais, destruindo habitats e reduzindo a diversidade biológica. Além disso, a utilização indiscriminada de pesticidas e fertilizantes químicos contamina o solo e os lençóis freáticos, afetando a qualidade da água e provocando desequilíbrios nos ecossistemas. A sobrecarga imposta pela atividade industrial e agropecuária também gera uma degradação acentuada dos recursos hídricos, tornando-se um desafio global garantir a disponibilidade de água potável para as próximas gerações. Dessa forma, sem uma mudança de paradigma que promova práticas sustentáveis e políticas ambientais rigorosas, os impactos dessa exploração desenfreada continuarão comprometendo a estabilidade ambiental em escala global (NASCIMENTO, 2016).

A busca incessante por crescimento econômico e desenvolvimento tecnológico sem a devida consideração pelos limites ecológicos tem conduzido o planeta a um estado de colapso ambiental progressivo. A poluição do ar, causada pela emissão de gases provenientes de processos industriais e da queima de combustíveis fósseis, impacta diretamente a qualidade de vida das populações urbanas, aumentando a incidência de doenças respiratórias e cardiovasculares. A acidificação dos oceanos, resultado da alta concentração de dióxido de carbono na atmosfera, tem causado danos irreparáveis a recifes de corais e à vida marinha, comprometendo cadeias alimentares inteiras. A degradação dos solos, impulsionada pela exploração agrícola e pelo desmatamento desenfreado, reduz a capacidade de produção de alimentos, intensificando crises de insegurança alimentar em diversas partes do mundo. Esses impactos revelam a necessidade urgente de reavaliar as estratégias de desenvolvimento, priorizando práticas sustentáveis que garantam a conservação dos ecossistemas e a proteção dos recursos naturais para as futuras gerações (OLIVEIRA, 2021).

A degradação ambiental e o crescimento econômico desenfreado sem planejamento sustentável têm evidenciado os limites do modelo produtivo atual. O aumento da urbanização sem controle adequado resulta na destruição de áreas verdes, na impermeabilização dos solos e na ampliação das ilhas de calor, tornando as cidades menos habitáveis e mais suscetíveis a eventos climáticos extremos. A extração indiscriminada de recursos naturais para a produção industrial e a geração de energia tem  exaurido matérias-primas essenciais, comprometendo não  apenas o meio ambiente, mas também a estabilidade econômica a longo prazo. A falta de incentivos para a adoção de tecnologias limpas e para a transição energética baseada em fontes renováveis agrava ainda mais esse cenário, perpetuando a dependência de combustíveis fósseis e aumentando os impactos negativos sobre os ecossistemas. Assim, torna-se imprescindível uma reformulação das políticas ambientais e econômicas para garantir um equilíbrio entre progresso e conservação da natureza (PEREIRA, 2018).

Os danos causados pela degradação ambiental não se limitam à biodiversidade, mas afetam diretamente a segurança e a qualidade de vida da população global. O aumento da temperatura média do planeta, impulsionado pela queima de combustíveis fósseis e pelo desmatamento, tem intensificado a ocorrência de fenômenos climáticos extremos, como furacões, ondas de calor e enchentes devastadoras. O avanço da desertificação em regiões antes férteis compromete a produção agrícola e ameaça a segurança alimentar, impactando milhões de pessoas ao redor do mundo. A poluição atmosférica e a contaminação de recursos hídricos por resíduos industriais aumentam a incidência de doenças graves, tornando-se um problema de saúde pública cada vez mais preocupante. Esse panorama evidencia a necessidade urgente de medidas concretas para mitigar os impactos da exploração predatória dos recursos naturais, garantindo a preservação do meio ambiente e a manutenção da qualidade de vida das futuras gerações (QUEIROZ, 2015).

3.  CONCLUSÃO

Portanto, a degradação ambiental intensificada pela exploração desenfreada dos recursos naturais evidencia a necessidade de revisão dos modelos econômicos e produtivos vigentes. O impacto negativo da extração predatória compromete ecossistemas essenciais e agrava problemas como mudanças climáticas, poluição e perda de biodiversidade. O crescimento desenfreado, sem planejamento sustentável, intensifica os riscos ambientais e prejudica a qualidade de vida de diversas populações. Dessa forma, é fundamental repensar estratégias para mitigar os danos ambientais e garantir a preservação dos recursos naturais.

A implementação de políticas ambientais mais rigorosas pode minimizar os impactos da exploração excessiva. A criação de regulamentações eficazes, aliada ao incentivo de práticas sustentáveis, permite um equilíbrio entre desenvolvimento e conservação ambiental. Empresas e governos devem assumir a responsabilidade de reduzir os danos causados pela degradação contínua, investindo em tecnologias limpas e energias renováveis. A longo prazo, essas medidas podem favorecer um cenário menos prejudicial ao meio ambiente.

A conscientização da sociedade desempenha um papel crucial nesse processo. O consumo sustentável e a adoção de hábitos responsáveis contribuem para a redução da demanda por recursos naturais. Dessa forma, a população pode ser um agente ativo na preservação ambiental, incentivando práticas ecológicas e pressionando setores produtivos a adotarem soluções sustentáveis. O engajamento coletivo é essencial para garantir mudanças efetivas e duradouras.

A crise ambiental exige respostas imediatas e estruturais. A degradação dos ecossistemas compromete não apenas a biodiversidade, mas também a estabilidade climática e econômica global. Medidas emergenciais, aliadas a um planejamento sustentável de longo prazo, são fundamentais para conter os danos e evitar um colapso ambiental irreversível.

Por fim, a preservação dos recursos naturais deve ser vista como prioridade absoluta. A exploração descontrolada precisa ser substituída por um modelo sustentável, baseado na responsabilidade ambiental e no equilíbrio ecológico. O futuro do planeta depende de ações concretas que protejam os ecossistemas, assegurando um ambiente saudável para as próximas gerações.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BORGES, Mateus. Sustentabilidade e progresso: desafios do século XXI. São Paulo, 2019.

COSTA, Nelson. Impactos ambientais da industrialização moderna. Recife, 2017.

MORAES, Bruno. Recursos naturais em crise: o esgotamento iminente. Curitiba, 2020.

NASCIMENTO, Paulo. Desenvolvimento econômico e a destruição ambiental. Belo Horizonte, 2016.

OLIVEIRA, Beatriz. O dilema do crescimento: economia e meio ambiente. Rio de Janeiro, 2021.

PEREIRA, Natália. Exploração predatória e suas consequências globais. Florianópolis, 2018.

QUEIROZ, Marcos. A degradação ambiental na era do consumo. Fortaleza, 2015.

QUINTANA, Pedro. Políticas ambientais e seus desafios. Brasília, 2022.

ZANETTI, Mariana. Recursos finitos: os limites da exploração global. Porto Alegre, 2019.

ZIMMERMANN, Otávio. Mudanças climáticas e impactos socioambientais. Manaus, 2020.


1Artigo científico apresentado ao Grupo Educacional IBRA como requisito para a aprovação na disciplina de TCC.
2Discente do curso de Ciências Sociais.