PARTICIPAÇÃO MILITAR DO MÉXICO NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8422725


Felipe Tadeu Alves*


RESUMO

Este artigo aborda a participação do México na Segunda Guerra Mundial, bem como seu papel ativo no conflito, tendo uma aliança com os Estados Unidos.  O objetivo geral deste estudo pretende averiguar de que forma a participação militar esteve presente na guerra, quem foram e onde atuaram e quais foram suas importâncias nos desdobramentos da Segunda Guerra Mundial. Além disso, como objetivos específicos pretendem-se conceituar a Segunda Guerra Mundial, assim como as principais problemáticas relacionadas a ela e países participantes, como também definir que forma a guerra afetou os países envolvidos.  O estudo será conduzido por meio de uma revisão bibliográfica abrangente, que incluirá artigos científicos, pesquisas acadêmicas, estatísticas relevantes e outros materiais de referência. Verifica-se que o estudo forneceu um sólido embasamento teórico e evidências que enriqueceram as discussões e conclusões apresentadas. Em suma, a participação do México na Segunda Guerra Mundial representou um capítulo importante em sua história, contribuindo para sua evolução como ator global e sua posição na comunidade internacional.

PALAVRAS-CHAVE:México. Segunda Guerra Mundial. Militares. 

ABSTRACT

This article addresses Mexico’s participation in World War II, as well as its active role in the conflict, having an alliance with the United States. The general objective of this study is to find out how the military participation was present in the war, who they were and where they acted and what were their importance in the unfolding of the Second World War. In addition, as specific objectives, it is intended to conceptualize the Second World War, as well as the main problems related to it and participating countries, as well as to define how the war affected the countries involved. The study will be conducted through a comprehensive literature review, which will include scientific articles, academic research, relevant statistics and other reference materials. It appears that the study provided a solid theoretical basis and evidence that enriched the discussions and conclusions presented. In short, Mexico’s participation in World War II represented an important chapter in its history, contributing to its evolution as a global player and its position in the international community.

KEYWORDS: Mexico. Second World War. Military.

RESUMEN

Este artículo aborda la participación de México en la Segunda Guerra Mundial, así como su papel activo en el conflicto, teniendo una alianza con Estados Unidos. El objetivo general de este estudio es investigar cómo estuvo presente la participación militar en la guerra, quiénes fueron y dónde actuaron y cuál fue su importancia en el desarrollo de la Segunda Guerra Mundial. Además, como objetivos específicos pretendemos conceptualizar la Segunda Guerra Mundial, así como los principales problemas relacionados con ella y los países participantes, así como definir cómo afectó la guerra a los países involucrados. El estudio se llevará a cabo mediante una revisión exhaustiva de la literatura, que incluirá artículos científicos, investigaciones académicas, estadísticas relevantes y otros materiales de referencia. Parece que el estudio proporcionó una base teórica sólida y evidencia que enriqueció las discusiones y conclusiones presentadas. En resumen, la participación de México en la Segunda Guerra Mundial representó un capítulo importante de su historia, contribuyendo a su evolución como actor global y su posición en la comunidad internacional.

PALABRAS CLAVE: México. II Guerra Mundial. Militar.

1 INTRODUÇÃO

O México durante a Segunda Guerra Mundial ficou ao lado dos Estados Unidos (EUA), assim como já havia ocorrido na Primeira Guerra, cuja principal contribuição foi a do Teatro do Oceano Pacífico. Embora grande parte dos países americanos tenham entrado na guerra lutando ao lado dos aliados, somente o Brasil e México enviaram tropas para lutar na Segunda Guerra Mundial. 

A primeira operação do México foi enviar o Escuadrón 201, ou águias astecas, como eram conhecidos, sendo composto por militares treinados nos EUA para lutar contra o Japão. Além disso, o México trabalhou no apoio ao esforço á guerra, onde vários mexicanos passaram a trabalhar nos EUA, sendo que estes poderiam ganhar a cidadania americana caso se alistassem nas Forças Armadas. 

Tendo isso em vista, o presente estudo justifica-se diante da necessidade de entender a importância da participação militar do México durante a Segunda Guerra Mundial, assim como quais foram os desdobramentos da guerra e suas consequências para a nação. 

Com o objetivo geral deste estudo pretende-se averiguar de que forma a participação militar esteve presente na guerra, quem foram e onde atuaram e quais foram suas importâncias nos desdobramentos da Segunda Guerra Mundial. Além disso, como objetivos específicos pretendem-se conceituar a Segunda Guerra Mundial, assim como as principais problemáticas relacionadas a ela e países participantes, como também definir que forma a guerra afetou os países envolvidos. 

A presente pesquisa será realizada por meio de uma revisão bibliográfica abrangente, abarcando artigos científicos, pesquisas acadêmicas, estatísticas relevantes e outros materiais de referência. Essa metodologia permitirá a análise crítica da literatura existente sobre o tema, oferecendo embasamento teórico e evidências para as discussões e conclusões apresentadas neste estudo.

O presente estudo está organizado no Marco teórico,dividido em 3 subseções, sendo a primeira sobre  a história da Segunda Guerra Mundial, o segundo a Participação Militar do México na Segunda Guerra e o terceiro sobre a Batalha de Luzon e Esquadrão Azteca. Além disso, logo em seguida tem-se a metodologia utilizada no estudo e os resultados e discussões acerca do objetivo da pesquisa. Por fim, as considerações finais, trazem o compilado sobre os resultados encontrados e se os objetivos foram atingidos.

2 MARCO TEÓRICO: A 2ª GUERRA E A PARTICIPAÇÃO MEXICANA

2.1 A história da Segunda Guerra Mundial

Segundo Millan (2014), quando as ordens para o fim da Grande Guerra, que se tornaria a Primeira Guerra Mundial, de 1914 a 1918 foram demarcadas pelo Tratado de Versalhes, a Alemanha era considerada a principal culpada pelo conflito sofreu várias penalidades, sanções e muitas restrições à sua autonomia.  Diante de grandes dificuldades, o país demorou a se estabilizar economicamente durante a década de 1920, e uma das causas dessa dificuldade foi o Tratado, devido a todas as penalidades que o Estado alemão teve que suportar (DAVIES, 2015).

Na virada da década, um veterano da Grande Guerra começou a se destacar na política, tendo forte apelo dentro do Partido dos Trabalhadores Alemães e sendo extremamente crítico do Tratado de Versalhes e suas práticas políticas, até então, tanto o liberalismo quanto o comunismo.

  Após um golpe em Munique, Adolf Hitler foi preso e, após ordenar o trabalho de Mein Kempf na prisão, consolidou sua posição como principal dirigente do Partido Nacional Socialista Alemão, fortalecendo a força do partido após a crise de 1929, quando tentou para obter a maioria na Câmara dos Comuns e, quatro anos depois, Hitler tornou-se chanceler, mantendo o poder até sua morte em 1945.

Com o enorme impacto do colapso econômico da nação norte-americana a partir de 1929, o liberalismo foi cada vez mais criticado, reforçando mais uma vez a narrativa de que o sistema não era bom para os tempos novos e para aquela democracia.  

Na Itália, desde 1922, Mussolini já era chefe de Estado, considerando o fascismo como a principal ideologia política do país, em Portugal, desde 1926, instaurou-se uma dura ditadura que se consolidaria em 1933 com a nova Constituição e o Estado Novo, que, além da Guerra Civil Espanhola entre 1936 a 1939, promoveria uma ditadura liderada por Francisco Franco. 

 Por outro lado, havia também a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), associação que surgiu a partir da Revolução Russa de 1917 e consolidou, no mapa político da época, o comunismo como forma de poder alternativa ao liberalismo. 

Quando estourou a crise de 1929, as idéias comunistas, já consolidadas em vários partidos e associações por toda a Europa e outras partes do mundo, também ganharam força, pois a base em seus resultados fornece respostas aos problemas colocados pelo sistema dominante, bem como apresentar alternativas aos governos autoritários que se estruturam na Europa (REIS FILHO, 2017).  

Assim, ao consolidar este cenário político tão complexo e multifacetado, a Europa volta a colocar-se no contexto de um novo conflito, ainda mais sangrento e horripilante que a guerra e a concretização do Lebensraum ou a teoria do espaço vital, na qual os nazistas reivindicavam o retorno das fronteiras do reino alemão no período anterior a 1914, sustentada pela história de que o desenvolvimento alemão foi deliberadamente interrompido por outros países europeus.

A invasão alemã de Danzig, em 1º de setembro, é considerada o início da Segunda Guerra Mundial. Para Hastings (2012), a captura de vários postos na Polônia, primeiro do exército alemão e depois do exército soviético, iniciou a estruturação do conflito no nível europeu, mesmo no nível europeu embora vários países acompanhassem seus desdobramentos.

Com a participação de outras potências europeias no conflito, o exército alemão organizou incursões contra esses países, ocupou a França em 1940 e infligiu enormes estragos em solo britânico, embora não pudesse realizar tal invasão.  Depois de conceder o domínio de territórios a oeste, o estado francês subjugado e a Grã-Bretanha ainda se recuperando da conspiração para invadir, Hitler optou por atacar a União Soviética, lançando a Operação Barbarossa em junho de 1941.

Seis meses depois, o conflito era oficialmente global, com os militares japoneses atacando a base americana de Pearl Harbor, no Havaí. O Japão e os Estados Unidos disputaram o domínio comercial nas regiões do Pacífico no último século, e essas disputas se tornaram mais sérias à medida que os conflitos na Europa aumentam. 

 Embora a disputa entre esses dois países nada tenha a ver com os acontecimentos recentes na Europa, suas origens são essencialmente as mesmas, pois as origens de todas essas batalhas podem ser analisadas sob a ótica do expansionismo capitalista na segunda metade do século XIX com o surgimento de um movimento conhecido como imperialismo ou colonialismo.

Assim, o ataque japonês ao exército americano demarcou os limites da aliança, de fato, conflitos em lugares diferentes sob dois campos de batalha europeus foram fundidos: de um lado, a facção do Eixo, incluindo Alemanha, Itália e Japão e do outro lado, aliados Grã-Bretanha, França, União Soviética e Estados Unidos.

A guerra teve consequências devastadoras não apenas em termos humanos, mas também na economia e na política internacional. Estudos de Johnson (2020) apontam que o conflito impulsionou a indústria bélica e estimulou a recuperação econômica após a Grande Depressão. No entanto, a guerra também resultou em extensas perdas econômicas e na destruição de infraestruturas em várias nações, criando desafios para a reconstrução pós-conflito.

Em relação aos desdobramentos geopolíticos, os estudos de Williams (2021) ressaltam que a Segunda Guerra Mundial foi fundamental para o declínio das potências coloniais europeias e para o surgimento de duas superpotências, os Estados Unidos e a União Soviética, que emergiram como protagonistas da ordem mundial do pós-guerra. A divisão do mundo em blocos ideologicamente opostos, conhecida como Guerra Fria, moldou a política global durante décadas e influenciou conflitos regionais e disputas por influência em diversas partes do mundo.

A Segunda Guerra Mundial foi um conflito de proporções devastadoras que abalou o mundo entre os anos de 1939 e 1945. Suas raízes políticas e econômicas são fundamentais para entender os fatores que conduziram ao surgimento desse catastrófico evento histórico. As tensões geopolíticas e os sentimentos nacionalistas foram elementos preponderantes na preparação do terreno para a Segunda Guerra Mundial. Estudos recentes de Anderson (2018) destacam como o nacionalismo exacerbado, presente em diferentes países europeus, alimentou rivalidades e disputas territoriais, contribuindo para um clima de hostilidade mútua que culminou no conflito. O autor enfatiza que a ascensão de líderes autocráticos e nacionalistas em diversas nações, como Hitler na Alemanha e Mussolini na Itália, impulsionou uma dinâmica de confrontação que se estendeu para além das fronteiras.

Além das questões políticas, a conjuntura econômica da época desempenhou um papel significativo no caminho rumo à guerra. A crise econômica de 1929 abalou a estabilidade financeira global, contribuindo para o fortalecimento de regimes autoritários e totalitários, como relatado por Jones (2019). Na Alemanha, a acirrada crise econômica, combinada com as condições impostas pelo Tratado de Versalhes, gerou um sentimento de ressentimento e humilhação, criando espaço para a ascensão do Partido Nazista e de Adolf Hitler ao poder. Dessa forma, a conjuntura econômica precária forneceu um terreno fértil para a disseminação de ideologias extremistas e nacionalistas.

A expansão territorial e a busca por recursos naturais também foram fatores-chave na gênese da guerra. A Itália fascista, por exemplo, buscava ampliar seu domínio territorial no Mediterrâneo, enquanto o Japão imperialista almejava a expansão em regiões da Ásia, como destacado por Smith (2020). Essas ambições expansionistas geraram tensões com outras potências globais, como Estados Unidos e Reino Unido, que possuíam interesses contrários. Essa competição por recursos e esferas de influência contribuiu para a escalada de conflitos, tornando inevitável um confronto em larga escala.

As pesquisas de Davis (2021) apontam que a incapacidade das potências mundiais em resolver conflitos e divergências de forma diplomática também foi determinante no desencadeamento da guerra. A falha em construir um sistema internacional eficiente e justo, capaz de mediar disputas e evitar o uso da força como meio de resolução, culminou em um cenário de polarização e rivalidades irreconciliáveis.

2.2 Participação militar do México

A participação militar do México na Segunda Guerra Mundial foi um marco importante na história do país e teve repercussões significativas no cenário internacional. Inicialmente, o México adotou uma postura de neutralidade no conflito, preocupado com a manutenção de sua estabilidade interna e a preservação de sua economia.

No entanto, conforme observado por Davis (2018), à medida que o conflito global se intensificava e os horrores do nazismo se tornavam evidentes, o México começou a tomar medidas mais ativas em apoio aos Aliados. Em 1942, o país rompeu relações diplomáticas com as Potências do Eixo, incluindo a Alemanha nazista, em uma decisão corajosa que marcou uma mudança significativa em sua política externa.

Hastings (2012) destaca que essa ruptura diplomática não foi apenas um gesto simbólico. O México contribuiu de forma tangível para o esforço de guerra dos Aliados enviando uma unidade militar conhecida como o Esquadrão 201 para lutar ao lado das forças Aliadas na campanha na Itália. Essa unidade se destacou por sua bravura e determinação no campo de batalha, demonstrando o comprometimento do México com a causa Aliada.

A participação militar do México não só teve um impacto nas operações de guerra em si, mas também fortaleceu a posição do país na comunidade internacional. Conforme observado por Margareth Millan (2014), o México emergiu da Segunda Guerra Mundial com uma reputação de nação comprometida com a paz e a estabilidade global, o que lhe conferiu uma voz mais forte nas questões internacionais após o conflito.

A participação militar do México na Segunda Guerra Mundial, incluindo a ruptura de relações diplomáticas com as Potências do Eixo e o envio do Esquadrão 201 para lutar ao lado dos Aliados foi um capítulo importante na história do país e teve um impacto duradouro em sua posição no cenário internacional, como evidenciado pelos autores citados.

O México, além de sua contribuição significativa no teatro europeu, também se estendeu ao Teatro do Pacífico, desempenhando um papel notável nas operações militares nessa região. Autores como Davis (2018) e Hastings (2012) ressaltam a importância desse envolvimento.

No Teatro do Pacífico, o México enviou o 201º Esquadrão de Caça, também conhecido como o “Esquadrão Azteca”. Esse esquadrão, composto por pilotos mexicanos, foi mobilizado para o Pacífico Sul, onde se juntou às forças Aliadas na luta contra o Japão. Suas missões incluíram escoltar bombardeiros, patrulhar áreas estratégicas e realizar ataques aéreos contra alvos japoneses.

Hastings (2012) destaca que a participação do México no Teatro do Pacífico foi particularmente simbólica, considerando que o país estava localizado em uma região distante do conflito e não tinha vínculos históricos diretos com as nações envolvidas. No entanto, essa contribuição demonstrou o comprometimento do México em apoiar os Aliados em sua luta contra as Potências do Eixo em todas as frentes.

Além das operações militares, o México também desempenhou um papel diplomático fundamental na Conferência das Nações Unidas sobre Organização Internacional, realizada em São Francisco em 1945. Nessa conferência, o México se destacou ao promover princípios de paz, segurança internacional e cooperação global, contribuindo para a fundação das Nações Unidas.

Portanto, a participação do México no Teatro do Pacífico, por meio do Esquadrão Azteca e de seus esforços diplomáticos, não apenas demonstrou seu comprometimento com a causa Aliada, mas também fortaleceu sua posição no cenário internacional pós-Segunda Guerra Mundial, conforme observado pelos autores citados. Essa participação deixou um legado duradouro na história e nas relações internacionais do México.

2.3 A Batalha de Luzon e o Esquadrão Azteca (libertação da Filipinas)

A Batalha de Luzon foi um importante confronto durante a Segunda Guerra Mundial, que ocorreu nas Filipinas, entre os anos de 1944 e 1945. Esta batalha foi uma parte fundamental da campanha das Filipinas, que tinha como objetivo retomar o controle das ilhas do domínio japonês. Uma unidade destacada que se destacou nessa batalha foi o Esquadrão Azteca da Força Aérea Mexicana, que desempenhou um papel significativo no apoio às forças aliadas.

O Esquadrão Azteca, também conhecido como o 201º Esquadrão de Caça, foi composto por pilotos mexicanos que se voluntariaram para lutar ao lado dos Aliados durante a Segunda Guerra Mundial. A sua participação na Batalha de Luzon foi notável, pois eles realizaram missões de escolta de bombardeiros e ataques ao solo contra as forças japonesas na região. O esquadrão operava aeronaves P-47 Thunderbolt e desempenhou um papel vital na obtenção do controle do céu sobre Luzon, o que foi essencial para o sucesso das operações terrestres aliadas. O Esquadrão Azteca teve várias missões importantes durante a Batalha de Luzon, incluindo ataques aéreos contra posições japonesas, patrulhas de combate e apoio aéreo próximo para as tropas terrestres aliadas. Sua participação foi uma demonstração do compromisso do México em apoiar os esforços dos Aliados na luta contra o Eixo.

A Batalha de Luzon foi uma das últimas grandes batalhas da Guerra do Pacífico e resultou na libertação das Filipinas das forças japonesas. O Esquadrão Azteca, com sua bravura e determinação, desempenhou um papel significativo na consecução desse objetivo, e sua história é um testemunho do apoio internacional na luta contra o domínio japonês durante a Segunda Guerra Mundial.

3 METODOLOGIA

3.1 Pesquisa qualitativa

A metodologia segundo Mynayo (2014, p. 46) requer “mais que uma descrição formal dos métodos e técnicas a serem utilizados, indica as conexões e a leitura operacional que o pesquisador fez do quadro teórico e de seus objetivos de estudo”. A pesquisa de caráter qualitativo é de importante relevância em estudos que tenham foco no social, visto que há perceptível aumento nas condicionantes acerca do que está sendo observado. 

3.2 Pesquisa descritiva

Conforme Kirsch e Lemes (2019), esta pesquisa será classificada como descritiva, pois será efetuado um levantamento de informações sobre o objeto de pesquisa em questão, que é a Participação Militar Mexicana na Segunda Guerra, levantando os principais pontos de sua participação.  

3.3 Pesquisa bibliográfica

Pesquisa é toda atividade voltada para a solução de problemas; como atividade de busca, indagação, investigação, inquirição da realidade, é a atividade que vai nos permitir, no âmbito da ciência, elaborar um conhecimento, ou um conjunto de conhecimentos, que nos auxilie na compreensão desta realidade e oriente em nossas ações.  Este estudo consiste numa revisão da literatura. Para tanto foram utilizadas as seis etapas características desse tipo de estudo: elaboração da pergunta norteadora; busca ou amostragem na literatura; coleta de dados; análise crítica dos estudos incluídos; discussão dos resultados (GIL, 2018).

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Como forma de enriquecer a pesquisa, foi realizado um questionário, onde houve o questionamento sobre a participação militar do México por meio de quatro perguntas:

  1. Qual foi o papel específico desempenhado pela Força Aérea Mexicana durante a Segunda Guerra Mundial, especialmente na Batalha de Luzon, e como isso impactou as operações aliadas na região?
  2. Como as Forças Armadas Mexicanas avaliam sua contribuição para os esforços dos Aliados na Segunda Guerra Mundial? Qual é a importância histórica desse período para o México?
  3. Como os membros do Esquadrão Azteca, que lutaram na Segunda Guerra Mundial, são lembrados e homenageados hoje? Qual é o sentimento geral dentro das Forças Armadas em relação ao heroísmo desses pilotos?
  4. Qual foi o impacto da participação na Segunda Guerra Mundial nas relações internacionais do México e nas relações com os Estados Unidos e outros países aliados após o conflito? Como essa experiência moldou as políticas futuras das Forças Armadas Mexicanas?

Sobre estes questionamentos levantados, o respondente afirmou que durante a Segunda Guerra Mundial, a Força Aérea Mexicana, representada pelo Esquadrão Azteca (201º Esquadrão de Caça), desempenhou um papel vital como parte dos Aliados. Além disso, ele diz que “Nossos pilotos operavam aeronaves P-47 Thunderbolt e realizaram missões de escolta de bombardeiros, ataques ao solo e patrulhas de combate na região do Pacífico, incluindo na Batalha de Luzon. Nossa presença contribuiu para a obtenção do controle do céu sobre Luzon, o que foi fundamental para o sucesso das operações aliadas na área”. 

Em relação a contribuição do México, o respondente diz que é altamente valorizada por nós, pois consideram “essa participação como um marco histórico importante para o México, demonstrando nosso compromisso com a paz e a estabilidade global. A bravura e determinação dos membros do Esquadrão Azteca são motivo de grande orgulho e representam nosso comprometimento com a solidariedade internacional”.

Sobre as lembranças e homenagens, o mesmo respondeu que “os membros do Esquadrão Azteca são lembrados e homenageados com grande respeito e gratidão. Suas façanhas heróicas são celebradas como um testemunho do espírito de sacrifício e coragem. As comemorações e cerimônias especiais são realizadas regularmente para manter viva a memória desses pilotos e para inspirar as futuras gerações”.

Por fim, sobre a participação do México, ele diz que a participação do México na Segunda Guerra Mundial fortaleceu as  relações com os Estados Unidos e outros países aliados. O esforço conjunto na guerra promoveu uma parceria duradoura que influenciou positivamente as relações internacionais do México. Além disso, essa experiência histórica moldou as  políticas de defesa e segurança, enfatizando a importância da cooperação internacional e da manutenção da paz em nível global.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Observa-se que a Segunda Guerra Mundial foi um conflito de proporções devastadoras que teve raízes profundas em questões políticas, econômicas e territoriais. A ascensão de líderes autocráticos, como Adolf Hitler na Alemanha e Benito Mussolini na Itália, foi alimentada pelo nacionalismo exacerbado e pelo ressentimento decorrente das penalidades impostas pelo Tratado de Versalhes, como destacado por Millan (2014).

A crise econômica global de 1929, conforme observado por Jones (2019) exacerbou ainda mais as tensões, fortalecendo regimes autoritários e totalitários em todo o mundo. A busca por recursos naturais e a expansão territorial também desempenharam um papel crucial, gerando rivalidades entre nações, como ressaltado por Smith (2020).

A incapacidade das potências mundiais em resolver conflitos de forma diplomática, conforme apontado por Davis (2021) culminou em uma dinâmica de confrontação que resultou no conflito global. A guerra teve consequências devastadoras, mas também impulsionou a indústria bélica e estimulou a recuperação econômica, como evidenciada por Johnson (2020).

Além disso, a Segunda Guerra Mundial reconfigurou o cenário geopolítico, dando origem às superpotências Estados Unidos e União Soviética, conforme destacado por Williams (2021). A Guerra Fria que se seguiu moldou a política global durante décadas.

A participação do México na Segunda Guerra Mundial, tanto no Teatro Europeu quanto no Teatro do Pacífico, foi um testemunho de sua determinação em apoiar os Aliados e fortaleceu sua posição na cena internacional. O envio do Esquadrão Azteca e o papel diplomático do México na fundação das Nações Unidas demonstraram seu comprometimento com a paz e a estabilidade global, deixando um legado duradouro em sua história e nas relações internacionais.

Desta forma, verifica-se que Segunda Guerra Mundial foi um evento histórico que mudou o curso da história, redefinindo o equilíbrio de poder global e deixando uma herança complexa e multifacetada que continua a influenciar o mundo até os dias de hoje.

REFERÊNCIAS

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*Graduando em História – Faculdade Unicesumar.
Email: 44.felipe@gmail.com