PARKINSON E EXERCÍCIOS FÍSICOS AQUÁTICOS: UMA REVISÃO LITERÁRIA DA INFLUÊNCIA DO MÉTODO HALLIWICK EM INDIVÍDUOS COM DÉFICIT DE EQUILÍBRIO

\"\"
Jancineide de Lima Duarte
\"\"
Jeronice Souza Rodrigues

Jancineide de Lima Duarte1; Jeronice Souza Rodrigues 2

1Acadêmica Finalista do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário de Manaus – FAMETRO.

2Fisioterapeuta Especialista; Docente do Centro Universitário de Manaus – FAMETRO.


RESUMO

Parkinson é uma doença degenerativa crônica do sistema nervoso central que afeta principalmente a coordenação motora. Na fase inicial da doença, os sintomas mais óbvios são tremores, rigidez, lentidão de movimentos e dificuldade em caminhar. O tratamento fisioterapêutico atua em todas as fases para melhorar as forças musculares, coordenação motora e equilíbrio. Evidências clínicas dos efeitos do exercício físico ou reabilitação para indivíduos com esta doença são geralmente associadas às intervenções com probabilidade de exercer impacto sobre escalas clínicas ou limitações funcionais como na marcha, subir/descer escadas, levantar-se da cama/cadeira, prevenção de quedas. A hidroterapia por meio do método Halliwick proporciona o controle da respiração, do equilíbrio e a liberdade de movimentos. Objetivo: Compreender a influência dos exercícios físicos aquáticos nos déficits sensório-motores de pacientes com diagnóstico de Parkinson. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica, de análise quantitativa com finalidade básica do tipo explicativo, onde o grau e controle das variáveis do tipo não-experimental, o qual se baseou na literatura publicada em forma de livros, revistas especializadas, escritas ou eletrônicas; em jornais, em sites especializados ou de busca de artigos. Resultados: Após a procura dos artigos, identificamos o quão é benéfico a influência do método Halliwick para a melhora do déficit de equilíbrio nos pacientes com Parkinson. Conclusão: A aplicação do método Halliwick mostrou melhora no equilíbrio, aumento da mobilidade e da amplitude de movimento, proporcionou também melhora da força muscular, redução dos sinais e sintomas da doença nos pacientes com Parkinson.

Palavras-Chave: Incidência; Desequilíbrio; Senescência; Hidroterapia.

ABSTRACT

Parkinson\’s is a chronic degenerative disease of the central nervous system that mainly affects motor coordination. In the early stage of the disease, the most obvious symptoms are tremors, stiffness, slow movement and difficulty walking. Physical therapy treatment works in all phases to improve muscle strength, motor coordination and balance. Clinical evidence of the effects of physical exercise or rehabilitation for individuals with this disease are generally associated with interventions likely to have an impact on clinical scales or functional limitations such as walking, going up / down stairs, getting up from bed / chair, preventing falls . Hydrotherapy using the Halliwick method provides control of breathing, balance and freedom of movement. Objective: To understand the influence of aquatic physical exercises on sensorimotor deficits in patients diagnosed with Parkinson\’s. Methodology: It is a bibliographic review, of quantitative analysis with basic purpose of the explanatory type, where the degree and control of the variables of the non-experimental type, which was based on the literature published in the form of books, specialized magazines, written or electronic; in newspapers, on specialized sites or in search of articles. Results: After searching for the articles, we identified how beneficial the influence of the Halliwick method is for improving the balance deficit in patients with Parkinson\’s. Conclusion: The application of the Halliwick method showed improvement in balance, increased mobility and range of motion, also provided an improvement in muscle strength, reduced signs and symptoms of the disease in patients with Parkinson\’s.

Keywords: Incidence; Imbalance; Senescence; Hydrotherapy.

INTRODUÇÃO

Segundo Guyton & Hall (2017), a Doença de Parkinson (DP) se dá pela destruição da parte da substância negra que envia fibras nervosas secretoras de dopamina para o núcleo caudado e putâmen, que agem como transmissores inibitórios, com a destruição dos neurônios dopaminérgicos, permitem que os núcleos citados, fiquem de modo ativo mandando sinais excitatórios, provocando rigidez de grande parte da musculatura; tremor involuntário, dificuldade de iniciar o movimento, instabilidade postural, distúrbio na marcha e fadiga.

No estudo de Werneck (2010), relata que a DP é a segunda doença neurodegenerativa mais comum em todo o mundo, caracterizando-se por sintomas motores, entre estes bradicinesia, tremor postural e de repouso, rigidez plástica e distúrbios posturais. Sintomas sensitivos, sensoriais, mentais e autonômicos complementam esta síndrome. Seus marcadores patológicos incluem a perda de neurônios da área compacta da substância negra e o acúmulo de α-sinucleína no córtex cerebral, no tronco cerebral e na medula espinhal.

De acordo com Koerts et al., (2011), apesar de a DP ser definida por comprometimento motor, os sintomas não motores, principalmente o comprometimento da memória, funções viso espaciais e funcionamento executivo, estão frequentemente presentes tanto nos estágios iniciais como finais da doença.

Na pesquisa de Figueiredo (2016), afirma que a etiologia da doença de Parkinson, segundo as teorias mais atuais, está relacionada a múltiplos fatores, ou seja, tanto por uma pré-disposição genética, como também pela interação de fatores ambientais o que torna seu rastreamento um processo distante da nitidez esperada, no entanto, dentro do campo da fisiopatologia já é possível vislumbrar sólidos alicerces para a compreensão do Parkinson.

Para Capato, Domingos e Almeida, (2015), descrevem sobre a probabilidade da variação genética da DP, pois relatam ser maior e ter início antes dos 40 anos de idade e com histórico familiar positivo. Hoje em dia acredita-se que fatores genéticos e ambientais influenciam e aumentem o risco de um indivíduo desenvolver DP. A degeneração das células leva a níveis menores de dopamina em projeções da substância negra para o corpo estriado, lobo frontal e circuito límbico. Com o tempo, as lesões nas áreas não dopaminérgicas do cérebro desempenham um papel progressivo e por esses motivos tão variados o fenótipo da DP é complexo.

De acordo com Christofoletti et al., (2010), relata que os pacientes com DP possuem um estado delicado e progressivo sendo muito preocupante por conta da perda motora, que agrava a qualidade de vida dos pacientes e, nos estágios mais avançados, à exclusão social. O tratamento fisioterapêutico pode ser trabalhado em conjunto com estímulos motores e cognitivos potencializados, visto que irá promover melhora no equilíbrio dos indivíduos com DP.

Para Fornazari, (2012), seu estudo sobre as indicações dos exercícios aquáticos podem ser aplicadas nos indivíduos que precisam de aumento da circulação sanguínea, da força muscular, da amplitude de movimento ou da flexibilidade articular; melhora da marcha, da coordenação motora e do equilíbrio; condicionamento cardiorrespiratório, e também para redução da dor e de espasmo ou rigidez muscular. Acrescenta ainda que James McMillan criou este método a partir de 1949, na Halliwick School for Girls, Inglaterra. Sua ideologia é de caráter divertido e destaca a liberdade para nadar aos portadores da DP, para aproveitar as suas habilidades na água e não de suas dificuldades em solo.

Esta pesquisa foi relevante, por mostrar a influência dos exercícios físicos aquáticos através do método Halliwick no déficit de equilíbrio em indivíduos com Parkinson, pois irão promover o bem estar de estruturas físicas e função corporal o que melhorará o aprendizado motor e a independência funcional. Demonstrará à melhora do equilíbrio e a subsequente correção da deficiência dele, aprimorando a coordenação e força muscular, a independência e mobilidade funcional, evidenciando os benefícios da prática.

A pesquisa teve como objetivo compreender a influência dos exercícios físicos aquáticos nos déficits sensório-motores de pacientes com diagnóstico de Parkinson.

METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa que utilizou o método hipotético com objetivo descritivo explicativo. Quanto ao método, define-se de um estudo transversal de natureza quantitativa com o grau e controle das variáveis do tipo não experimental. Utilizou-se como critério de inclusão: artigos realizados nos períodos de 2010 a 2020 que fundamentem a pesquisa; artigos devidamente publicados em português e inglês;

indexados em jornal e revistas; e como critério de exclusão: artigos que não retratem sobre Parkinson; publicados por outros profissionais da saúde que não tenham relação com a fisioterapia; revisão literária. Assim, o período da busca deu-se no período de março a maio de 2020. Os descritores de pesquisa utilizados foram: Incidência; Desequilíbrio; Senescência; Hidroterapia.

Para a coleta da pesquisa, realizou-se um levantamento bibliográfico, o qual se baseou na literatura publicada em forma de livros, em revistas especializadas, escritas ou eletrônicas; em jornais, em sites como Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Physiotherapy Evidence Database (PEDro), especializados ou de busca. Outras importantes fontes de pesquisa foram utilizadas como os eventos científicos, congressos e seminários, utilizando arquivos em PDF ou no Word, e os artigos foram selecionados através do cruzamento associado dos descritores.

Para a montagem do embasamento teórico deste projeto foram consultados 45 (quarenta e cinco) artigos e 3 (três) livros voltados para a temática citada. Após procura dos artigos restaram 30 artigos com os critérios devidamente compatíveis com a pesquisa, sobre a técnica utilizada, onde foram consultados para desenvolver e embasar todo o conteúdo explorado. Após toda a busca dos materiais de consulta, foi possível elaborar todo o conteúdo do projeto de pesquisa e usá-los como embasamento dos argumentos que motivam a existência da pesquisa.

A análise dos dados realizou-se separada por meio de tabelas dinâmicas, que ajudaram a cruzar os dados da pesquisa. Os critérios de inclusão e exclusão foram escolhidos com base nas características da população ou das manifestações que venham a interferir no estudo, sendo selecionados artigos que abordassem os exercícios físicos aquáticos através do método Halliwick para a melhora de déficits sensório-motores nos pacientes com Parkinson.

Posteriormente, os textos foram categorizados em uma tabela no programa Excel que permitiram uma visualização mais clara dos dados coletados, considerando as palavras-chave e dados secundários como o resumo, após a seleção dos achados, realizamos a síntese dos dados através do fichamento. Os dados sintetizados foram documentados e analisados na revisão de literatura proposta, e para demonstrar os percentuais dos dados encontrados pelos atendimentos e protocolos que constam nos artigos utilizarão o programa Excel.

A comparação entre os artigos pesquisados foi realizada através de uma análise de dados e os resultados foram descritos por meio de texto, e por meio da montagem de tabelas no Word para facilitar e ilustrar esse processo na melhor compreensão dos dados obtidos presentes neste estudo. A montagem da tabela deu-se através dos dados levantados, por meio de uma discussão entre autores e analise a partir da interpretação dos resultados evidenciados conforme revisão, com enfoque na técnica, a forma de aplicação, as convergências e divergências entre o método aplicado.

E a conclusão da pesquisa foi descrita através de um texto, no qual utilizaram como base os resultados obtidos nas tabelas, que demonstraram o surgimento de novos tratamentos, os pontos relevantes apresentados, contradições com técnica anterior, bem como relações e efeitos novos, e mostraram os benefícios dos exercícios físicos aquáticos por meio do método Halliwick para a melhora de déficits sensório-motores nos pacientes com Parkinson.

E por fim, os aspectos éticos foram respeitados pela pesquisa bibliográfica citada, pois levaram em consideração todos os direitos autorais das obras consultadas, bem como dos artigos utilizados como fonte de pesquisa para o embasamento dos argumentos e ideias que permitem a relevância da pesquisa. Todos os autores foram citados conforme seu contexto, preceitos éticos no que tange a zelar para que as informações prestadas sejam legítimas, possibilitando assim, que os resultados apresentados possam se tornar públicos

Figura 1: Fluxograma de identificação e seleção dos artigos para revisão bibliográfica acerca da influência do método Halliwick em indivíduos com Parkinson na melhora do déficit de equilíbrio.

\"\"

Fonte: Autora, 2020.

RESULTADOS

A Tabela 1, mostra os artigos selecionados, para a realização desta revisão. O estudo resultou num total de 8 artigos, e segundo a análise de cada um obteve-se um resultado para mostrar sobre da influência do método Halliwick em indivíduos com déficit de equilíbrio portadores de DP.

Tabela 1: Principais resultados encontrados.

AnoAutorTratamentoPrincipais Resultados
2014Silva et al.1 vez ao dia com duração de 60 minutos por 40 atendimentosMelhora do equilíbrio estático e dinâmico.
2013Pompeu et. al.2 vezes por semana com duração de 30 minutos.Melhora do equilíbrio e da marcha.
2017Silva e Israel2 vezes na semana com duração de 60 minutos por 20 sessões.Melhora das alterações nas AVD’s, aspectos motores, mobilidade funcional, equilíbrio e marcha.
2017Cruz e Silva5 vezes por semana, durante 2 meses, com duração de 60 minutos, totalizando 27 sessõesMelhora do seu equilíbrio em pé, sentada e na sua deambulação.
2015Lobato e Dias2 semanas, totalizando 10 sessões, com duração de 50 minutos cada.Melhora da ADM, do equilíbrio e aumento da força muscular.
2013Zotz et al.10 sessões, 2 vezes por semana, com duração de 30 minutos cada.Melhora do déficit do equilíbrio, redução e controle dos sinais e sintomas da doença.
2012Coelho, Duarte e Freitas15 sessões, com duração de 1 hora, 2 vezes por semana, no período de 2 meses.Melhora na funcionalidade em relação à AVD´s e atividade motora.
2013Silva et al.16 sessões num período de 2 meses, 2 vezes por semana em dias não consecutivos e com duração de 1 hora.Melhora nos domínios de estigma, desconforto físico, mobilidade, equilíbrio e comunicação.

Os estudos apresentados na Tabela 1, expõe os principais resultados do efeito do método Halliwick em pessoas com Parkinson, evidenciando a importância da eficácia dos mesmos, assim como na melhora do equilíbrio, nas ABVD’s e mobilidade funcional proporcionando assim maior independência das propriedades mecânicas nos pacientes, os quais obteve resultados positivos com a aplicação do método Halliwick, visando nas melhorias na qualidade e independência funcional.

DISCUSSÃO

Para Silva et al., (2014), realizaram em seu estudo de caso, um paciente portador de Parkinson, que se submeteu a 40 atendimentos no setor de fisioterapia aquática, com frequência diária e duração média de 60 minutos. As etapas dos atendimentos foram compostas por aquecimento, alongamento de membros inferiores (MMII), Método Halliwick (baseado no programa de 10 pontos, com ênfase nas rotações transversal, sagital, longitudinal e combinada), propriocepção e relaxamento. O programa de fisioterapia aquática mostrou-se eficaz para o paciente em questão tanto na melhora do equilíbrio estático quanto no dinâmico, promovendo maior independência e consequentemente aumento das AVD’s.

De acordo com Pompeu et al., (2013), em seu estudo com 17 pacientes Parkinsonianos, foi aplicado a fisioterapia aquática através do método Halliwick, 2 vezes por semana realizado cinco minutos de aquecimento com marcha para trás, para os lados e para frente, com e sem turbulência associada a pistas externas e 10 minutos de atividade rítmica e coordenação. Também realizaram exercícios para o paciente mudar a direção do movimento, alternância de membros durante a atividade, exercícios em pé envolvendo movimentos rotacionais do tronco e função do membro superior com bolas, 10 a 15 minutos de exercícios para o tronco. Ao final do tratamento observou melhora no equilíbrio e na marcha de pacientes com DP.

Na pesquisa de Silva e Israel, (2017), foi avaliado um total de 36 indivíduos com DP e submetidos a exercícios aquáticos, a intervenção ocorreu ao longo de 20 encontros, durante 10 semanas, com frequência semanal de duas intervenções, sendo cada intervenção com duração de uma hora (20 minutos para aferição de sinais vitais iniciais e finais e 40 minutos de imersão e exercícios). Ao final dos atendimentos os exercícios promoveram melhora das alterações nas AVD’s, aspectos motores, mobilidade funcional, equilíbrio e marcha.

Para Cruz e Silva, (2014), através do estudo de caso, relataram a aplicação da fisioterapia aquática para o tratamento do equilíbrio e marcha de paciente parkinsoniano. As sessões foram individuais, 5 vezes por semana, durante 2 meses, onde cada sessão teve a duração de 60 minutos para execução do protocolo de tratamento, totalizando 27 sessões. Por fim, a paciente relatou ser eficaz, melhorando

efetivamente seu equilíbrio em pé, sentada e na sua deambulação, raramente encontrando alguma dificuldade para realização de alguns exercícios.

Segundo Lobato e Dias, (2015), em seu estudo de caso, realizado com apenas um paciente Parkinsoniano submetido à terapia aquática, o tratamento foi realizado no período de 2 semanas, totalizando 10 sessões, cada uma com duração de 50 minutos. A partir da segunda sessão até décima houve 4 fases, sendo: 1. Aquecimento; 2. Alongamento; 3. Exercícios ativos e proprioceptivos e 4. Relaxamento. Ao final dos atendimentos observou melhora no ganho na amplitude de movimento (ADM), do equilíbrio e aumento no grau de força muscular.

De acordo com Zotz et al., (2013), em seu estudo com 7 indivíduos com diagnósticos com DP, aplicaram uma intervenção hidroterapica realizada com um total de 10 sessões, 2 vezes por semana, com duração de 30 minutos cada e os métodos trifásicos de 10 pontos dos princípios de Halliwick foram usados para aquisição de habilidades motoras aquáticas. Por fim, obteve-se melhora do déficit do equilibrio, redução e controle dos sinais e sintomas da doença.

No estudo de Coelho, Duarte e Freitas, (2012), tratou-se de um estudo de casos, realizado com dois participantes com Parkinson, os quais foram submetidos a um programa de 15 sessões de hidroterapia com aplicação do método Halliwick, com duração de uma hora, duas vezes por semana, no período de dois meses, e incluiu adaptação ao meio aquático, treino de equilíbrio, marcha, coordenação, agilidade e amplitude de movimento. Após o término do tratamento houve melhora na funcionalidade dos pacientes parkinsonianos em relação à AVD´s e atividade motora. Na pesquisa de Silva et al., (2013), elaboraram protocolo de tratamento com

FA que consistiu em um aquecimento de 5 minutos, alongamento com duração de 20 minutos, exercícios ativos e proprioceptivos por 25 minutos, e por fim o relaxamento/socialização por 10 minutos. O estudo foi composto por 13 pacientes, o qual se submeteram a 16 sessões ocorridas num período de 2 meses, 2 vezes por semana em dias não consecutivos e cada sessão teve duração de 1 hora. Ao final foi possível identificar melhora na percepção da QV dos pacientes após o programa de exercícios na FA, principalmente com relação aos domínios de estigma, desconforto físico, mobilidade, equilíbrio e comunicação.

CONCLUSÃO

A aplicação da hidroterapia através do método Halliwick é de grande importância e necessária para a melhora do déficit de equilíbrio dos pacientes com DP, por se tratar de um método com exercícios divertidos tem como proposta inicial auxiliar pessoas com problemas físicos a se tornarem mais independentes. Portanto, a aplicação dos exercícios físicos aquáticos através do método Halliwick promoveu a melhora no equilíbrio, aumento da mobilidade e da amplitude de movimento, proporcionou também melhora da força muscular, redução dos sinais e sintomas da doença. Visto que a quantidade de pessoas com esse DP é muito alta, se faz necessários estudos que comprovem o quão esse método pode prevenir e auxiliar na melhora do déficit de equilíbrio.

O presente estudo analisou através dos relatos dos autores, que a fisioterapia através da aplicação do método Halliwick é um importante fator para o controle do déficit de equilíbrio nos pacientes com Parkinson, visto que oferece resistência corporal levando o estímulo sensitivo conduzindo para uma facilitação do padrão de movimento, resultando na habilidade de restauração de equilíbrio, proporcionando o aumento da força muscular em decorrência das contrações ocasionadas pelos movimentos globais. O presente artigo fica aberto a novos estudos dentro do ambiente da influência do método Halliwick na melhora do déficit de equilíbrio em indivíduos com Parkinson.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAPATO, T.T.C; DOMINGOS, J.M.M; ALMEIDA, L.R.S; Versão em português da

Diretriz Europeia de Fisioterapia para a Doença de Parkinson. 1° edição, Editora e Eventos Omnifarma, São Paulo, 2015.

COELHO, E.J.B; DUARTE, R.P; FREITAS, T.F.B; Funcionalidade de pacientes com doença de parkinson após programa de hidroterapia: um estudo de caso. NovaFisio, Revista Digital. Rio de Janeiro, Brasil, Ano 15, nº 87, Julho/Agosto de 2012.

CHRISTOFOLETTI, G; FREITAS, R.T; CÂNDIDO, E.R; CARDOSO, C.S; Eficácia de

tratamento fisioterapêutico no equilíbrio estático e dinâmico de pacientes com doença de Parkinson (Effectiveness of a physical therapy treatment on static and dynamic balance of subjects with Parkinson’s disease). Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v.17, n.3, p.259-63, jul/set. 2010.

CRUZ, B.S; SILVA, S.R; Abordagem da fisioterapia aquática no equilíbrio e marcha de paciente parkinsoniano: estudo de caso. Revista da Mostra de Trabalhos de Conclusão de Curso. ISSN 2595-3605. Urcamp Bagé – RS, vol. 1, n.1, 2017.

FIGUEIREDO, A.V; Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): Habilidades Sociais, possibilidades terapêuticas para pacientes com Parkinson na clínica escola Fisiolguaçu. Revista Sustinere, Rio de Janeiro, v.4,n.2,p.287-304,jul-dez,2016.

FORNAZARI, L.P; EBOOK: Ciências da Saúde: Fisioterapia Aquática. Universidade Estadual do Centro-Oeste – Repositório Unicentro Paraná, 2012. Disponível em: http://repositorio.unicentro.br:8080/jspui/handle/123456789/503

GUYTON & Hall.TratadodeFisiologiaMédica.Rio de Janeiro, Editora Elsevier, 13° edição, 1176 páginas, 2017.

KOERTS, J; BEILEN, .MV; TUCHA, O; LEENDRES, K.L; BROUWER, W.H; Executive

Functioning in Daily Life in Parkinson’s Disease: Initiate, Planning and Multi – Task Performance. PLoS ONE, 2011;6:e29254.

LOBATO, L.D; DIAS, J.M; A eficácia da terapia aquática em paciente com doença de Parkinson. Revista Eletrônica Estácio Saúde – Volume 4, Número 2, 2015.

POMPEU, J.E; GIMENES, R.O; PEREIRA, R.P; ROCHA, S.L; SANTOS, M.A; Effects

of aquatic physical therapy on balance and gait of patients with Parkinson\’s disease. J Health Sci Inst. 2013;31(2):201- 4.

SILVA, A.Z; ISRAEL, V.L; Doença de Parkinson: efeitos de um programa de exercícios físicos aquáticos de dupla tarefa. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas. Curitiba, 2017. 107 f.: il.

SILVA, M.A; SANTOS, A.B.P; MONIZ, A.R.I.S; OLIVEIRA, A.F.P; SEREJO, J.S;

COSTA, R.P; Efeitos da fisioterapia aquática no equilíbrio estático e dinâmico de um paciente usuário do sus portador da doença de Parkinson: estudo de caso. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, Edição Suplementar 1, São Paulo, v.8, n.46, p.362. 2014.

SILVA D.M; NUNES, M.C.O; OLIVEIRA, P.J.A.L; CORIOLANO, M.G.W.S;

BERENGUER, F.A; LINS, O.G; XIMENES, D.K.G; Fisioterapia aquática para sujeitos com doença de Parkinson. Fisioter Pesq. 2013;20(1):17-23.

WERNECK, A.L.S (2010). Doença de Parkinson: Etiopatogenia, Clínica e Terapêutica. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto. 2010; vol.9,n.1- Distúrbios do movimento.

ZOTZ, T.G.G; SOUZA, E.A; ISRAEL, VL; LOUREIRO, A.P.C; Aquatic physical therapy for Parkinson’s disease. Scientific Research An Academic Publisher, Vol.2, No.4, 102-107 (2013).