FAMILY AND SCHOOL PARTNERSHIP IN THE INCLUSION OF AUTISTIC STUDENTS IN EARLY CHILDHOOD EDUCATION
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202506121018
José Uilson da Silva¹; Maria José Santana Pereira²; Erli da Conceição Belicio Cunha³; Maria Cristina Trajano da Silva⁴; Andreia Farias dos Santos Alves⁵; Kayla Alcantara Mazzei⁶; Adevanir Rodrigues Oliveira⁷; Juliana da Silva Marques⁸; Rosa Marina Torres Maia⁹; Gilson Pereira de Sousa¹⁰.
Resumo
A educação Infantil é uma das principais fases de desenvolvimento da criança. Nesta etapa escolar as crianças vivenciam experiencias por elas antes desconhecidas e não exploradas. É um lugar onde o lúdico atua de forma a proporcionar para a criança, momentos de grandes aprendizados que envolvem o cuidar, o brincar e o educar de forma muito significativa. A inclusão escolar de crianças com deficiência é um assunto de grande relevância e engloba fatores como: dilemas éticos, judicialização, independência, aprendizado, conflitos, valores, ou seja, fatores que tornam a sua discussão e aplicação na prática bastante complexa, cheia de desafios e obstáculos. Desse modo, por meio do reconhecimento da necessidade da inclusão de crianças com deficiência no meio escolar, visando ao bem-estar e o desenvolvimento desses alunos que ocupam por direito, às vagas destinadas à Educação Especial, o preparo da escola e a estreita relação entre instituição e família é imprescindível para que o aluno tenha sucesso nesse processo, com foco nos alunos autistas que é a abordagem do presente artigo. Para tanto, vale observar que os profissionais da educação precisam ter formação para essa ação, para que sejam agentes multiplicadores de orientação e norte para uma prática de sensibilização de todos os envolvidos, comprometendo-se, cada um, com suas responsabilidades específicas. Diante do exposto, refletimos sobre a formação dos profissionais, e da própria instituição e se de fato está ocorrendo à inclusão ou apenas uma inserção. A pesquisa realizada é de caráter qualitativo de cunho bibliográfico, e baseada nos autores estudados como Silva e Oliveira (2021), Ciríaco (2020), Freire (2015), Kramer (2005) e Carvalho (1997). As Escolas precisam incluir na organização dos seus documentos a Educação Inclusiva e quais serão as ações para que não fique só no papel como um ideário. Também é importante que os professores busquem formação contínua para aprender mais e conhecer sobre as diversas deficiências e tipos de atendimento que cada aluno necessita.
Palavras-chave: Inclusão escolar; Educação Infantil; Estimulação, Individualidade; Educação Especial.
1 INTRODUÇÃO
A educação Infantil tem alcançado grandes conquistas e hoje considerada uma das principais fases de desenvolvimento da criança. Nesta etapa escolar as crianças vivenciam experiencias por elas antes desconhecidas e não exploradas. É um lugar onde o lúdico atua de forma a proporcionar para a criança, momentos de grandes aprendizados que envolvem o cuidar, o brincar e o educar de forma muito significativa. Assim, sendo a Educação infantil um espaço voltado principalmente para o desenvolvimento infantil, é primordial que a inclusão das crianças com o Transtorno do Espectro Autista se inicie o quanto antes, com o intuito de que possam vivenciar estes momentos fundamentais para seu desenvolvimento e integração na sociedade.
Entretanto, a inclusão escolar de crianças com deficiência, diante dos estudos realizados nos apresentou um grave problema existente nas escolas que é a pouca formação dos profissionais da Educação sobre o assunto, assim como a falta do conhecimento quanto às leis que amparam e asseguram direitos aos alunos com deficiência, de estudar nas escolas comuns, junto com os demais alunos. É notória a teoria apreendida na formação profissional a respeito das práticas pedagógicas, mas na prática, falta o saber como agir diante de uma situação específica, tornando a inclusão desses alunos, em dadas situações, apenas um “número de matrícula” ou estatística de atendimento, caracterizando-se o contrário do que garantem as leis para a Educação Especial na rede regular.
Observa-se também a presente dificuldade das escolas em envolver e inserir a família no processo da inclusão escolar. Essa falta de experiência foi à motivação para um despertar como profissional, à busca por conhecimentos que propiciem o objetivo da escola inclusiva, principalmente no âmbito da Educação Infantil, que é a primeira etapa da Educação Básica e importante fase do desenvolvimento do aluno, que tem o direito de receber desde o início de sua vida escolar, o atendimento adequado para seu aprendizado.
Dessa forma, o tema e o desenvolvimento deste artigo justificam-se pela importância de refletir sobre os conceitos da inclusão da criança autista na Educação Infantil e bem como, a importância da parceria entre a escola e a família diante deste contexto.
Os caminhos a serem trilhados em direção a uma inclusão de qualidade é um caminho que, segundo Mantoan (2003 p.29), “é cercado de incertezas e inseguranças, da mesma forma que também desperta a liberdade e ousadia para novas alternativas e novas formas de interpretação e conhecimento que sustente e norteia o profissional na busca pela mudança”.
O objetivo geral do artigo é apresentar caminhos que podem contribuir para o processo da inclusão nas instituições de ensino, baseadas em artigos e leis existentes. Como também discorrer sobre a Educação Especial e a inclusão desses alunos autistas na Educação Infantil, numa busca de compreender as dificuldades encontradas pelos profissionais da educação na realização de práticas pedagógicas adequadas ao tipo de necessidade exigida pelo aluno e desafios enfrentados em sua trajetória ao recepcioná-los, para que assim, por meio das reflexões levantadas por autores, entender que é por meio do conhecimento de causa, que virá a oportunidade de avaliação do seu trabalho, para que seja possível buscar novas metodologias, práticas e soluções para que o trabalho desenvolvido ocorra de modo satisfatório para que a inclusão do aluno seja uma realidade.
Assim, o artigo está organizado a partir dos tópicos: breve resgate da educação inclusiva e as leis que a amparam, em seguida discorrer sobre as ideias de autores renomados sobre como deve ser a inclusão, e suas principais dificuldades práticas. Também refletiremos sobre o papel do professor na inclusão, as questões pedagógicas, além de apresentar algumas pistas sobre o trabalho com alunos com deficiência, tendo como foco os alunos autistas.
2 METODOLOGIA
A presente pesquisa caracteriza-se como um estudo de revisão de literatura, com o objetivo de compreender a importância da parceria entre família e escola na inclusão de alunos autistas na Educação Infantil. Para a construção do referencial teórico, foram selecionados 18 materiais, sendo 12 artigos científicos e 6 documentos legais brasileiros (como leis, diretrizes e políticas públicas). Os critérios de inclusão abrangeram publicações disponíveis em português, com acesso gratuito e que tratassem diretamente da temática da inclusão de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na Educação Infantil, enfatizando a interação entre família e escola. Foram excluídos os trabalhos que não apresentavam fundamentação teórica consistente ou que abordavam níveis de ensino distintos da Educação Infantil. As buscas foram realizadas nas bases de dados Google Acadêmico e SciELO, utilizando palavras-chave como “autismo”, “educação infantil”, “inclusão escolar” e “família e escola”.
A análise dos dados foi conduzida por meio da técnica de análise temática, que possibilitou a identificação de categorias recorrentes nos textos selecionados, como estratégias colaborativas entre escola e família, desafios enfrentados no processo inclusivo e contribuições das políticas públicas. Todo o processo respeitou os princípios éticos da pesquisa acadêmica, assegurando a integridade intelectual dos autores citados e a fidedignidade das fontes utilizadas.
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
3.1 Inclusão e legislação – Marcos Legais
Na perspectiva de Ciríaco (2020), as legislações sobre a inclusão são importantes, contudo, surge assegurarmos o direito à educação inclusiva dos estudantes, segundo preconizam os arcabouços legais. Muitas leis regulamentam o sistema e a política educacional, elas enfatizam um olhar para as diferenças, a diversidade e a inclusão. A partir da análise das leis e de estudo mais aprofundado, pudemos perceber que a legislação pode estar voltada para o processo de inclusão das pessoas com deficiência, mas na prática ainda precisa avançar.
Não adianta apenas existirem leis, é necessário que se tenha uma visão ampla da realidade educacional do país; apesar de se falar em educação para todos, temos que analisar como essa educação vem acontecendo e se ela está realmente preparada para incluir a todos sem deixar lacunas no que se refere a um trabalho para a diversidade (CIRIACO, 2020, p. 2).
Ao longo dos anos, foram promulgadas legislações, portarias, decretos, resoluções e pareceres, que foram e são fundamentais na análise dos caminhos que a inclusão tem tomado e quais serão os próximos passos, a fim de colocar em prática a educação inclusiva em seus inúmeros âmbitos, com objetivo de tornar a escola um lugar para todos.
A Constituição Federal de 1988, em seu Art. 208, garante aos alunos com deficiência o direito à criação de programas de prevenção e atendimento especializado, e assistência às famílias responsáveis. No Art. 7º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), Lei 9.394/1996 expressa que “É dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade assegurar educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma de violência, negligência e discriminação” (BRASIL, 1996).
Ainda na LDBEN, em seu capítulo V, trata diretamente da Educação Especial e, especificamente no Art. 58, traz a seguinte definição: “Entende-se por Educação Especial, para os efeitos desta lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais” (BRASIL, 1996).
Prosseguindo, em seu Art. 59, reforça que para um atendimento de qualidade deve haver a capacitação do corpo docente, seja qual for à modalidade e a sua necessidade, para que os alunos possam receber a orientação e ensino adequado. A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008) é um documento onde estão de forma condensada, importantes diretrizes e informações sobre a implantação da inclusão nas escolas e a garantia de apoio necessário para que os alunos possam participar e aprender. Assim, a Educação Especial, segundo essa perspectiva: “passa a integrar a proposta pedagógica da escola regular, promovendo o atendimento aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação” (BRASIL, 2008, p. 11).
Em 2015, foi redigido o Estatuto da Pessoa com Deficiência, conhecido como a Lei Brasileira da Inclusão, onde assegura no artigo 27 a respeito de educação, que expressa:
Constitui direito da pessoa com deficiência, assegurado sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem (BRASIL, 2015).
Ao analisar o conteúdo desses documentos, acerca da inclusão, a escola passa a ser considerado lugar para todos, caracterizando uma grande conquista para inclusão e um grande passo para a educação, pois enriquece o conceito da diversidade e do respeito às diferenças o que é de grande valia para a quebra dos paradigmas voltados a tais alunos, e de grande importância para seu desenvolvimento sentir-se como parte integrante da sociedade.
Por meio da Lei n.12.764, de 27 de dezembro de 2012, tivemos o reconhecimento por meio da Lei Berenice Piana, a legalização do autismo, instituindo a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, estabelecendo diretrizes para sua consecução, encontrando uma definição do que é autismo e o reconhecendo como pessoa deficiente para que haja respeito e inclusão deles na sociedade.
Assim, por meio de experiências relacionadas à Educação Especial no conceito de Educação Inclusiva, observamos a necessidade da ampliação dos conhecimentos e práticas voltadas ao assunto, para que haja a capacitação de todos os profissionais envolvidos no processo de inclusão. É possível enxergar que apesar das grandes conquistas, quanto aos direitos desse público, diversas são as arestas encontradas na prática da inclusão de alunos com deficiência e, para a mudança desse quadro, a ação docente, a atitude da escola perante os alunos matriculados e seus familiares, é fundamental para alcançar os objetivos propostos.
3.2 Inclusão de crianças com Espectro Autista na Educação infantil
Para Silva e Almeida (2021, p. 3), o processo de inclusão envolve muitas demandas uma vez que cada aluno deve ser atendido de acordo com suas particularidades e necessidades. Porém, nem sempre os envolvidos no processo sabem como fazer com que esse processo de inclusão possa acontecer de fato, sem deixar de atender a criança na sua integralidade.
A Educação Infantil é a primeira etapa da Educação Básica, abrangendo crianças de 0 a 5 anos (BRASIL, 1996). É um segmento muitas vezes subestimado, questionado e não compreendido, afinal, o que crianças tão pequenas poderiam aprender sobre diversos assuntos, tido como tão complexo até mesmo para os mais velhos?
Por meio da Educação Infantil, muitas portas são abertas às crianças, pois é um espaço onde se oferece a oportunidade de se desenvolver, se relacionar, se conhecer, de aprender, descobrir sua identidade e alcançar objetivos e competências diversas, que serão de grande importância em sua trajetória escolar e também de vida. É o primeiro contato com o ambiente escolar, um marco que deve ser positivo e inspirador aos alunos e familiares.
Mediante a tantas possibilidades de aprendizado na Educação Infantil, a inclusão das crianças autistas nesta etapa escolar é de grande importância para seu desenvolvimento. Entretanto, esta inclusão trás desafios e requer um olhar diferenciado sobre a Educação Infantil.
De acordo com os estudos de Barbosa et al (2018) “[…] a escola que antes excluía e rejeitava crianças com deficiência, agora se vê desafiada a prover um ensino de qualidade, criando metas para enfrentar e superar as dificuldades encontradas. […]”
Conforme o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI) e: “direito de todas as crianças de uma comunidade, meninos e meninas, estudar na mesma escola, não importando as necessidades existentes” (BRASIL, 1998, p. 46).
Por ser esse espaço que todos têm o direito de frequentar e tão propenso às novas experiências, à aquisição de novos conhecimentos e lugar de desenvolvimento da criança como um todo, é imprescindível um trabalho adequado nessa primeira etapa a fim de sanar todo e qualquer comportamento considerado preconceituoso e/ou discriminatório, de forma que se reconheça que todos são seres únicos, individuais. Através da organização do currículo escolar, da preparação dos professores e da integração de toda a equipe e familiares, o trabalho escolar na perspectiva da inclusão deve ser abraçado por todos.
Para isso, entender que a Educação Inclusiva perpassa diversos caminhos é fundamental para a criação de um trabalho onde as crianças possam, por meio da interação, aprender o respeito às identidades diversas, a ajuda mútua, o não preconceito aquilo que é diferente aos seus olhos, a valorização de cada um como ser único e com características singulares.
3.3 Escola e família: Os desafios da Inclusão da criança com Transtorno do Espectro Autista na Educação Infantil
Seja em qualquer das etapas da Educação Brasileira, a inclusão é um desafio a ser superado. Mas a inclusão na Educação Infantil, com as crianças pequenas e bem pequenas é ainda um desafio maior.
Mas antes de iniciarmos este tópico é fundamental que busquemos compreender o que é o Transtorno do Espectro Autista:
O transtorno do espectro autista também é definido por padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades (conforme especificado no Critério B) que mostram uma gama de manifestações de acordo com a idade e a capacidade, intervenções e apoios atuais. Comportamentos estereotipados ou repetitivos incluem estereotipias motoras simples (p. ex., abanar as mãos, estalar os dedos), uso repetitivo de objetos (p. ex., girar moedas, enfileirar objetos) e fala repetitiva (p. ex., ecolalia, repetição atrasada ou imediata de palavras ouvidas, uso de “tu” ao referir-se a si mesmo, uso estereotipado de palavras, frases ou padrões de prosódia). Adesão excessiva a rotinas e padrões restritos de comportamento podem ser manifestados por resistência a mudanças (p. ex., sofrimento relativo a mudanças aparentemente pequenas, como embalagem de um alimento favorito; insistência em aderir a regras; rigidez de pensamento) ou por padrões ritualizados de comportamento verbal ou não verbal (p. ex., perguntas repetitivas, percorrer um perímetro). Interesses altamente limitados e fixos, no transtorno do espectro autista, tendem a ser anormais em intensidade ou foco (p. ex., criança pequena muito apegada a uma panela; criança preocupada com aspiradores de pó; adulto que gasta horas escrevendo tabelas com horário). Alguns encantamentos e rotinas podem estar relacionados a uma aparente hiper ou hiper-reatividades a estímulos sensoriais, manifestada por meio de respostas extremadas a sons e texturas específicos, cheirar ou tocar objetos de forma excessiva, encantamento por luzes ou objetos giratórios e, algumas vezes, aparente indiferença a dor, calor ou frio. Reações extremas ou rituais envolvendo gosto, cheiro, textura ou aparência da comida ou excesso de restrições alimentares são comuns, podendo constituir a forma de apresentação do transtorno do espectro autista. (APA, 2013, p.98).
Partindo desta citação, vimos que o Autismo é um espectro com inúmeras características. Nenhum Autista é igual ao outro, cada um possui suas próprias particularidades e muitas vezes, por serem assim, tão diferentes um do outro, a inclusão requer ainda mais cuidado e exige ainda mais atenção por parte da escola, dos professores e mesmo, da família.
O diagnóstico de crianças com TEA tem crescido muito nos últimos tempos, mas na verdade, o autismo sempre existiu, o que acontece, é que hoje o autismo está sendo mais conhecido e os métodos de diagnóstico ficaram mais atualizados.
Mas as características do autismo, como as relacionadas na citação anterior, como dificuldades de socialização, andar na ponta do pé, dificuldade em registrar o conteúdo, tem hiperfoco em certos assuntos, não se sentem atraídas por coisas que as crianças da mesma idade sentem, entre outras características, sempre existiram.
Assim, é recomendável que o professor primeiramente observe essa criança continuamente, recolhendo informações que faz com que essa criança se torne única. Muitas crianças com TEA tem seu hiperfoco, algo que lhe atrai muito, que chama sua atenção. Assim, o professor poderá trabalhar por meio dessas estratégias, por exemplo, tem crianças que amam dinossauros, então poderá partir desses personagens para aprender a contar, a falar, a expressarse, a brincar com os colegas, a contação de histórias.
Quando essa criança se sente pertencente ao espaço escolar, a aprendizagem e o desenvolvimento em geral serão maiores, ela se sentirá segura, e poderá aprender a socializar ao menos com o professor e alguns colegas. Ela criará vínculos com seus colegas e com os demais profissionais que fazem parte da rotina escolar.
Não existe uma receita pronta e acabada para se trabalhar a inclusão dessas crianças ou de outras que apresentem alguma deficiência, mas sim, sugestões de conhecer primeiramente a criança que receberá na escola. Faz-se necessário que todos os profissionais da escola reconheçam e respeitem as crianças autistas, de forma a incluí-la como única.
O professor precisa elaborar um plano de Educação Especial partindo das especificidades e potencialidades desse aluno, quais recursos poderá utilizar, quais atividades desenvolver, e sempre estar reavaliando suas práticas. É importante que o Plano seja elaborado pelo professor da sala juntamente com o Profissional de apoio Pedagógico, pois a inclusão precisa ser tarefa que envolve a todos.
Algumas crianças autistas possuem sensibilidade auditiva, que os tornam sensíveis ao barulho, outros não se incomodam com o barulho, porém, não gostam de toque, palmas, ou qualquer outro contato físico, não se socializam. Outros possuem seletividade alimentar, possuem outras comorbidades aliadas ao Autismo, ou mesmo, outros transtornos, como o TDH – Transtorno do déficit de Atenção e hiperatividade, o TOD – Transtorno de oposição desafiante, e outros. Existem os autistas verbais e os não verbais, porém, existem os autistas que não se importam com o barulho, interagem, olham nos olhos, enfim, como já foi dito anteriormente, o autismo é um espectro, ou seja, não se encaixa em uma categoria única e uniforme.
Assim, a inclusão da criança com TEA requer uma parceria entre família, escola e professores, todos juntos, trabalhando para que a inclusão seja alcançada. É de extrema importância que a família apresente uma cópia do diagnóstico da criança para ser colocado na pasta de documentação da criança na escola para que eles tenham a ciência. Entretanto, segundo Carvalho:
Do ponto de vista pedagógico, o diagnóstico clínico nem sempre oferece aos educadores as pistas do que devem fazer, no âmbito pedagógico. Sob esse aspecto, mais importante é avaliar os fatores que bloqueiam ou facilitam a aprendizagem, com vistas a identificar e operacionalizar as providências pedagógicas a serem adotadas pelos professores, em sala de aula. (CARVALHO, 1997).
É preciso, portanto, que o professor realize uma observação e uma avaliação com a criança, buscando conhecer suas dificuldades, suas possibilidades e busquem adequar as práticas, métodos e atividades a serem abordadas no processo de aprendizagem, buscando desempenhar um avanço intelectual e comportamental do aluno.
A participação da família é fundamental na adaptação dessas crianças autistas no ambiente escolar. Juntos com a escola, a família desempenhara um papel de mediadores de conhecimento em parceria com os professores, mas principalmente, com o Professor de apoio responsável por auxiliar a criança em sala de aula, buscando sempre trocar informações e mantendo um contato direto e amigável, contribuindo em casa na continuação do aprendizado da criança.
3.4 Práticas docentes do professor atuante em sala inclusiva
O professor em sala de aula é o gestor que direciona as atividades, conduz o educando à aprendizagem. Sendo assim, o professor tem um importante papel na inclusão dos alunos, pois todos os alunos têm suas necessidades e peculiaridades, que os torna iguais e diferentes entre si. E o professor nas aulas necessita incluir a todos e desenvolver o respeito e a aprendizagem de todos, independentemente de qualquer necessidade, afinal, todos são capazes. Para Silva e Oliveira (2021, p. 5):
A inclusão e integração dos alunos nas escolas atualmente por ser obrigatória, estão sendo maiores, as modificações do espaço escolar para fazer com que este seja acessível também está sendo respeitado em algumas escolas. Que apresentam salas de recursos bem equipadas, claro que isso não é a realidade de todas as escolas do Brasil. As empresas tomam consciência dos talentos, isso faz com que o aumento de portadores de deficiência4 trabalhando aumente. Os estabelecimentos comerciais percebem que eles são consumidores a serem conquistados, pois nas últimas décadas os deficientes saem mais de casa, tornando-se mais independentes e autônomos.
A Educação Infantil não é uma ação que deva ser confiada à intuição dos professores, mas uma necessidade prioritária reconhecida e demonstrada como tal a partir de considerações psicossociais e educacionais. Há, portanto, a necessidade de formar profissionais especializados para orientar, estimular e promover o desenvolvimento infantil (KRAMER, 2005).
Um investimento correto nos processos iniciais de educação será sempre uma resposta ao direito constitucional das crianças a terem acesso a uma educação de qualidade intencionalmente organizada. Esse investimento deve focar parte de seus esforços, na formação de educadores da primeira infância, como recurso fundamental para o desenvolvimento do país, pois são eles que canalizam e desenvolvem as enormes possibilidades que as crianças têm na idade pré-escolar para a conformação de redes neurais-cerebrais, redes que são determinantes para a obtenção de aprendizagens significativas, o desenvolvimento da criatividade, a formação de valores democráticos e a responsabilidade social (VIEIRA; CÔCO, 2017).
Em sala de aula, o professor precisa estar em constante busca de conhecimento e a escola estar preparada para atender a todas essas necessidades garantidas por lei, fazendo com que a criança assuma a sua identidade. Para tal é necessário um olhar crítico para poder passar isso em sala de aula, “é nesse sentido que ensinar não é transferir conhecimentos, conteúdos, nem formar é ação pela qual um sujeito criador dá forma, estilo ou alma a um corpo indecisoe acomodado. Não há docência sem discência” (FREIRE, 2015, p. 25). Ou seja, o professor aprende a cada prática, o ensinar sem o aprender não tem valor. A formação do professor não se dá por acumulação e sim por um ato de reflexão de ressignificação permanente de uma identidade pessoal (NÓVOA, 1991).
Quanto às práticas docentes e o currículo escolar, o RCNEI (BRASIL, 2001) define a escola inclusiva como “aquela que é ligada à modificação da estrutura, do funcionamento e da resposta educativa que se deve dar a todas as diferenças individuais, inclusive as associadas a alguma deficiência” E apresenta características relevantes para o currículo da Educação Infantil, dentre elas envolvem: adequação, coerência, flexibilidade, multiplicidade e abrangência. Assim, para o sucesso das práticas realizadas em sala de aula devem estar alinhadas com um currículo bem elaborado. De acordo com Zanata e Treviso (2016, p. 28):
O processo de inclusão escolar ainda hoje não se concretizou, existem sim leis que protegem esses indivíduos, eles estão inseridos em um contexto de ensino regular, porém a realidade é diferente, pois não se efetiva de fato a aprendizagem e o desenvolvimento de suas capacidades. É preciso que se aprimorem as necessidades tanto relacionados à prática de ensino como ao próprio sistema educacional. É importante pensar que todos são responsáveis por esse processo de inclusão e não somente as instituições escolares, mesmo sabendo que essas são as mais responsáveis e ainda precisam estar melhor preparadas para atender o indivíduo deficiente. […] Enfatiza-se, que todos são os responsáveis pela inclusão, tanto a sociedade como a escola, pois todos os cidadãos participam de uma sociedade organizada, onde há leis que devem ser seguidas. Para isso, é preciso valer os direitos do deficiente, que esses indivíduos sejam aceitos em todos os segmentos de forma que suas dificuldades sejam respeitadas. Por outro lado, a escola precisa melhor elaborar seu projeto político pedagógico para que se possam acolher adequadamente esses alunos deficientes. Os professores devem se preparar para enfrentar esses desafios que serão trazidos para dentro do ambiente escolar.
E, quanto à inclusão, é necessário compreender que matricular não é incluir, e sim proporcionar ambiente e estímulos adequados. O direito à educação de todos precisa ser garantido, somente quando tivermos assegurado o direito à inclusão se estará garantido, de fato, a educação e a cidadania. As unidades escolares precisam considerar com seriedade a inclusão, certamente não é um processo fácil, os desafios são inúmeros. Contudo, é nosso dever profissional, tanto cobrar dos gestores públicos as condições materiais, de formação continuada e de profissionais auxiliares com formação em Educação Especial, bem como, enquanto corpo docente nos comprometermos em estratégias pedagógicas para a aprendizagem.
Sobre esse ambiente escolar propício para o desenvolvimento do aluno, Mantoan (2003, p. 9) descreve:
Os ambientes humanos de convivência são plurais por natureza. Assim, a educação escolar não pode ser pensada nem realizada senão a partir da ideia de uma formação integral do aluno – segundo suas capacidades e seus talentos – e de ensino participativo, solidário, acolhedor.
Assim, por meio de novas práticas atreladas a uma rotina escolar adaptada, a parceria com a criança por meio da criação de vínculos, e o proporcionar novas possibilidades ao aluno, dentro de um planejamento que abrace a todos os estudantes considerando as individualidades e capacidade do aluno com deficiência, faz com que as aulas sejam mais produtivas e facilita o alcance das finalidades propostas.
O professor, juntamente com a instituição, além de pensar no desenvolvimento do aluno, precisa estreitar e investir na relação entre a família e escola, pois através desse relacionamento, será possível compreender e oferecer ao aluno maiores oportunidades de crescimento. Para isso, flexibilidade precisa ser a chave na elaboração de um currículo escolar inclusivo, com intuito de receber e possibilitar o desenvolvimento do aluno conforme as suas demandas e individualidades.
3.5 Tipos de deficiências e o papel do professor na inclusão
Com o passar dos tempos e o avanço da medicina têm-se cada vez mais nomeado algumas deficiências, até então não reconhecidas, ou até mesmo nomeados de outra forma. Temos como exemplo os alunos com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) que foram considerados muitas vezes como loucos, esquizofrênicos, mudos, sem desenvolvimento intelectual, sistemáticos, que não deveriam estar em turmas de ensino regular.
É claro que há várias deficiências e níveis de socialização, porém, todos os alunos têm direito a frequentar o ensino regular, com atendimento a sala de recursos, a Atendimento Educacional Especializado (AEE) e se necessário, escolas especializadas para sua deficiência, para que possa se desenvolver intelectualmente, de acordo com seu potencial, focando em si e não em sua deficiência, afinal, todos são seres humanos e merecem ser respeitados e assistidos com respeito.
Nos documentos legais temos a definição e caracterização de diversas deficiências: intelectual, auditiva, visual e os TEA. Cada tipo de deficiência tem suas necessidades específicas, sua forma de desenvolvimento, tanto na parte física, intelectual e acolhimento em sala de aula, visando sua inclusão. De acordo com Carvalho (1997, p.56-57) sobre a inclusão escolar, esboça seu pensamento em que:
Todas as escolas deveriam acomodar todas as crianças independentes de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Deveriam incluir crianças deficientes e superdotadas, crianças de rua e que trabalham, crianças de origem remota ou de população nômade, crianças pertencentes a minorias linguísticas, étnicas ou culturais e crianças de outros grupos em desvantagem ou marginalizados […] No contexto destas linhas de ação o termo “necessidades educacionais especiais” refere-se a todas aquelas crianças ou jovens cujas necessidades se originam em função de deficiências ou dificuldades de aprendizagem […] As escolas têm que encontrar a maneira de educar com êxito todas as crianças, inclusive as que têm deficiências graves” (Carvalho,1997, p.56-57).
Por meio dessas reflexões podemos afirmar que a escola, composta por profissionais com formação, têm um grande papel na sociedade, o de incluir e propiciar o desenvolvimento de cada indivíduo em seu potencial, por meio da equidade, respeitando suas especificidades. A inclusão poderá ocorrer por meio de atividades adaptadas às suas necessidades, jogos e brincadeiras, espaços e materiais em geral, de acordo com o currículo escolar, todos adaptados às suas especificidades, além é claro do acompanhamento, do olhar, da fala do educador.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Temos observado mais alunos com deficiência sendo incluídos na educação Infantil e sabemos que muitos de nós, quando fizemos um curso de Licenciatura e pós-graduação não tivemos dentre os conteúdos abordados a educação especial. Contudo, cada professor pode buscar individualmente novos conhecimentos por meio de cursos a nível básico ou mais aprofundados, oferecidos pelas Universidades. Mas também pode solicitar junto à escola e à Secretaria de Educação que sejam ofertados momentos de interação e formação que abordem temáticas que ainda tenham carência de conhecimento e também que nas escolas haja uma equipe multidisciplinar para que tenha suporte desses profissionais e orientações acerca das especificidades dos alunos inclusos.
A rotina de trabalho dos professores é intensa e nem sempre ele dispõe de tempo para estudos e pesquisas, o que é imprescindível para que ele possa se preparar, estudar para compreender como pode ressignificar sua prática. Por meio das tecnologias e educação a distância os profissionais das escolas estão tendo oportunidades de continuar aprofundando seus conhecimentos e interagir com outros profissionais para troca de experiências e novos aprendizados sobre inclusão e isso resultará em novas posturas na sua prática.
Contudo precisamos que mais cursos sejam ofertados e que os professores busquem formação, e se conscientizem que a inclusão é um direito e que não cabe a eles decidir se querem acolher alunos ou não. Isso é inerente ao compromisso e responsabilidade de cada um, enquanto profissional da educação.
Ao final desta pesquisa, concluímos portanto, que no âmbito escolar vê se ainda o estereótipo negativo e, por vezes cria uma sala de aula engessada, sem práticas adequadas e dominada pela insegurança, portanto a inserção do trabalho da diversidade desde a Educação Infantil torna-se uma ferramenta imprescindível, pois é na escola que os alunos possuem contato com o maior número de pessoas e local onde, o professor e toda equipe escolar envolvida, tem a oportunidade de crescer como profissionais, através de práticas de acessibilidades, na busca do aperfeiçoamento de suas ações.
Para que tal objetivo seja alcançado, a escola precisa se organizar para criar um ambiente acolhedor onde os alunos tenham a cada dia novas experiências quanto à diversidade cultural, um lugar onde possam se expressar, se conhecer e interagir entre si, pois o que conta no final, não são apenas as palavras, mas as atividades realizadas para que as relações e respeito ao próximo sejam estreitados ao longo de cada ano.
Dessa forma, ao elaborar um artigo que ressalta os processos que envolvem a inclusão na escola, a importância da valorização das relações dentro da sala de aula na Educação Infantil e o papel do professor em todo esse desenvolvimento, é possível concluir o quanto estamos longe de realizar um trabalho de fato satisfatório, mas a reflexão se torna um importante caminho para que a consciência seja cada vez maior, do quanto é importante viver numa sociedade plural, com respeito e qualificação.
Mesmo com as carências de estrutura e obstáculos encontrados nas escolas, é possível criar e adequar o espaço, criando um espaço acolhedor, para que os alunos inclusos tenham seus direitos, objetivos e desenvolvimento alcançados.
REFERÊNCIAS
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¹Especialista em Gestão Pública, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, joseuilsondasilva115@gmail.com;
²Mestranda em Ciências da Educação, Ivy Enber Christian University, maria.laira@hotmail.com;
³Mestranda em Ciências da Educação, Ivy Enber Christian University, erlibelicio.44@gmail.com;
⁴Mestranda em Ciências da Educação, Ivy Enber Christian University, mariacristina.trajano@gmail.com;
⁵Mestranda em Ciências da Educação, Ivy Enber Christian University, deia_moren@hotmail.com;
⁶Mestranda em Ciências da Educação, Ivy Enber Christian University, profkaylacosta@gmail.com;
⁷Mestranda em Ciências da Educação, Ivy Enber Christian University, professoraadevaniroliveira@gmail.com;
⁸Licenciada em Educação Física, Instituto Federal de Roraima, marquesjulianarr@hotmail.com;
⁹Licenciada em Pedagogia, Secretaria de Estado de Educação do Amazonas, rosatorresmaia@gmail.com;
¹⁰Licenciado em Música, Centro Universitário Internacional, madeshopline@gmail.com.