REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11373233
Priscila Helena de Assis;
Carla Alves Siqueira Alciati;
Cristina Lúcia Feijó Ortolani.
Resumo
Os efeitos da Ozonioterapia na estética têm despertado crescente interesse na sociedade contemporânea. A busca pela aparência jovem e duradoura é uma preocupação constante, e, nesse contexto, a estética tem presenciado notáveis avanços em técnicas e abordagens voltadas para combater os sinais do envelhecimento cutâneo. Na década de 1970, a ozonioterapia se espalhou pelo mundo e protocolos e técnicas de administração específicos foram desenvolvidos. Diversas ações biológicas de medicamentos com ozônio incluem o aumento na síntese de substâncias biologicamente ativas, como interleucinas, leucotrienos e prostaglandinas que são benéficos na redução da inflamação e na cicatrização, o ativação de processos aeróbicos (glicólise, ciclo de Krebs, beta-oxidação de ácidos graxos), secreção de vasodilatadores (por exemplo, óxido nítrico-NO), ativação do mecanismo de síntese de proteínas e aumento na quantidade de ribossomos e mitocôndrias nas células, aumentando assim a atividade funcional e potencial do tecido regeneração. Esta pesquisa é de considerável relevância, tanto para a sociedade quanto para a comunidade científica, pois contribui para o entendimento dos benefícios e limitações da Ozonioterapia na estética, em especial, na estética facial.
Palavras chave: Ozonioterapia. Estética. Qualidade de Vida. Rejuvenescimento facial.
Abstract
The effects of Ozone Therapy on aesthetics arouse growing interest in contemporary society. The search for a youthful appearance and firmness is a constant concern, and, in this context, aesthetics has seen notable advances in innovative techniques and approaches to combat the signs of skin aging. In the 1970s, ozone therapy was introduced around the world and specific administration protocols and techniques were developed. Various biological actions of ozone medications include increased synthesis of biologically active substances such as interleukins, leukotrienes and prostaglandins that are beneficial in reducing inflammation and healing, activation of aerobic processes (glycolysis, Krebs cycle, beta-oxidation of fatty acids), vasodilator membranes (e.g. nitric oxide-NO), activation of the mechanism of protein properties and increase in the amount of ribosomes and mitochondria in cells, thus increasing functional activity and tissue regeneration potential. This research is of specific relevance, both for society and the scientific community, as it contributes to the understanding of the benefits and limitations of Ozone Therapy in aesthetics, especially facial aesthetics.
Key words: Ozone therapy. Aesthetics. Quality of life. Facial rejuvenation.
1 Introdução
Os efeitos da Ozonioterapia na estética têm despertado crescente interesse na sociedade contemporânea. A busca pela aparência jovem e duradoura é uma preocupação constante, e, nesse contexto, a estética tem presenciado notáveis avanços em técnicas e abordagens voltadas para combater os sinais do envelhecimento cutâneo. A Ozonioterapia surge como uma promissora abordagem terapêutica, atraindo a atenção tanto de profissionais da área de saúde quanto de pacientes em busca de alternativas eficazes e seguras para aprimorar a estética de um modo geral (MACEDO et al., 2022).
O ozônio é um composto químico que consiste em três átomos de oxigênio (O3 – oxigênio triatômico), sendo uma forma energética mais elevada do que a atmosférica normal, o oxigênio (O2). É um dos gases mais importantes da estratosfera devido à sua capacidade de filtrar os raios UV que é fundamental para a manutenção do equilíbrio da vida biológica na biosfera. Esta camada protetora pode ser visto como o céu de cor azul (NOGALES, 2008).
A primeira identificação do ozônio data do século XVIII, quando Martin van Marum, um físico holandês, descreveu a ascensão de um gás com odor típico e fortes propriedades oxidantes, após uma faísca elétrica pelo ar (GALIÈ et al., 2019). No entanto, a reação química que levou à formação de ozônio a partir do dioxigênio foi descrito em 1840 pelo químico alemão Christian Friedrich Schönbein que atribuiu a este gás o nome“ozônio” (da palavra grega ozein, “odorante”) e avaliou sua interação com compostos orgânicos.
Na década de 1970, a ozonioterapia se espalhou pelo mundo e protocolos e técnicas de administração específicos foram desenvolvidos, como inalação, injeção ou bolsas gasosas, auto-hemoterapia e água ou óleo ozonizado. Adicionalmente, foi regulamentada a produção de ozônio medicinal, com definição de concentrações, dosagens e frequência de administração de acordo com a doença específica, além da introdução de descartáveis apropriados materiais (GALIÈ et al., 2019).
Diversas ações biológicas de medicamentos com ozônio incluem o aumento na síntese de substâncias biologicamente ativas, como interleucinas, leucotrienos e prostaglandinas que são benéficos na redução da inflamação e na cicatrização, o ativação de processos aeróbicos (glicólise, ciclo de Krebs, beta-oxidação de ácidos graxos), secreção de vasodilatadores (por exemplo, óxido nítrico-NO), ativação do mecanismo de síntese de proteínas e aumento na quantidade de ribossomos e mitocôndrias nas células, aumentando assim a atividade funcional e potencial do tecido regeneração (SEIDLER et al., 2008).
O potencial oxidante do ozônio induz a destruição das paredes celulares e membranas citoplasmática de bactérias (THANOMSUB et al., 2002). Durante a Primeira Guerra Mundial, o gás ozônio foi usado para o tratamento de gangrena pós- traumática, feridas infectadas, queimaduras e fístulas e outras infecções anaeróbicas, feridas putrefatas, supurações de fraturas ósseas e várias inflamações em soldados alemães (AZARPAZHOOH & LIMEBACK, 2008).
A terapia com ozônio tem sido usada e extensivamente estudada há muitas décadas; sua ação terapêutica é comprovada, consistente e com efeitos colaterais mínimos, pois o ozônio é considerada uma biomolécula, pois é produzida naturalmente por neutrófilos ativados quando participam da defesa do corpo (ELVIS & EKTA, 2011).
A sua eficácia na promoção da saúde em geral é notória em todo o mundo. Porém além de promover a saúde o uso da ozonioterapia no tratamento de disfunções estéticas já é uma realidade com bons resultados clínicos desde o início dos anos 2000, principalmente na Rússia (KOSHELEVA, 2004).
Esta pesquisa é de considerável relevância, tanto para a sociedade quanto para a comunidade científica, pois contribui para o entendimento dos benefícios e limitações da Ozonioterapia na estética, em especial, na estética facial.
2 Material e Métodos
O presente estudo foi desenvolvido por uma pesquisa qualitativa onde segundo Lakatos & Marconi (2017) visa uma interpretação particular do objeto que está sendo investigado. Como, ela concentra sua atenção no específico, nas peculiaridades, interesses e não é apenas explicar, mas entender os fenômenos que ele estuda dentro do contexto em que aparecem.
A pesquisa tem caráter do tipo exploratório, que segundo Gil (2002) proporciona maior familiaridade com as questões, a fim de obter mais detalhes e torná-lo mais explícito. Além disso, aprimora ideias de descobertas, sempre com uma visão crítica.
O estudo foi apoiado por pesquisa bibliográfica. Santaella (2002) diz que a bibliografia ajuda a medir o conhecimento com outras pesquisas relacionadas ao seu respectivo tema, buscando detalhar e discutir isso. Por sua vez, baseia-se em referências publicadas em revistas, periódicos, livros, permitindo estabelecer uma soma a este trabalho a fim de enriquecer a pesquisa, que, por sua vez, é uma forma de os pesquisadores interagirem sobre o que já foi estudado e vem expondo outras abordagens, sempre pontuando uma abordagem crítica e não linear visualizar.
Assim, a seção do referencial teórico, oferece oportunidades e reflexões sobre as possibilidades da ozonioterapia na odontologia. Este trabalho apresentou um apelo a grandes reflexões e um debate saudável sobre os grandes resultados que podem emergir mediante descobertas e comprovações científicas.
Primeiramente, realizou-se uma pesquisa nas bases de dados Medline, Science Direct, Pubmed, Google Acadêmico e Scielo, aplicando-se os seguintes descritores: Ozônio; Terapia com ozônio; Rejuvenescimento Facial.
A pesquisa retornou um total de 11 estudos recentes e mais antigos, uma vez que se pretende realizar um comparativo sobre as descobertas científicas publicadas sobre os efeitos comprovados das mais diversas aplicações da ozonioterapia na odontologia.
Essas bases foram escolhidas devido à sua abrangência e relevância na pesquisa em saúde. A busca foi realizada de forma minuciosa nessas bases para garantir a identificação dos estudos pertinentes ao tema em questão.
3 Revisão Bibliográfica
3.1 Ação Biológica e Molecula do Ozônio
As ações do ozônio atmosférico são bem conhecidas desde a década de 1950, quando os efeitos nocivos dos altos níveis de ozônio sobre os seres humanos foram reconhecidos pela primeira vez em Los Angeles (GAFFNEY & MARLEY, 2003). Observações semelhantes já haviam sido consideradas no mundo vegetal, novamente em torno de Los Angeles, onde altos níveis de ozônio foram inicialmente associados a manchas nas folhas de plantas de jardim e plantações e, posteriormente, ao aumento da mortalidade de pinheiros (BYTNEROWICZ et al., 2008).
Os efeitos biológicos do ozônio no homem e nos animais foram posteriormente estudados, onde as interações do ozônio com o tecido pulmonar representam a base bioquímica da toxicidade do ozônio (MUSTAFA, 1990). A capacidade do ozônio de causar oxidação ou peroxidação de biomoléculas diretamente e/ou por meio de reações de radicais livres tem sido e continua a ser a base para seus amplos campos de aplicações como agente de descontaminação, preservação e armazenamento, desinfecção e remoção de odores (KATO et al., 2023).
Justificando que a toxicidade ou a aplicação terapêutica não são conceitos absolutos, mas devem ser contextualizados, o leitor é encaminhado a considerar o que pode acontecer com a ingestão errônea de água que leva à verdadeira “intoxicação hídrica” (HEW-BUTLER et al., 2019). Por outro lado, as mesmas propriedades para uma interpretação superficial podem justificar o ostracismo relativamente ao uso terapêutico do ozono. Pelo contrário, a visão holística de cada organismo representa a base para a aplicação terapêutica do ozono e seus derivados numa perspectiva de medicina personalizada na visão de um conceito de eustress oxidativo (SIES, 2021).
Contudo, antes de decidir sobre a escala de tempo de qualquer potencial utilização médica do ozônio, parece útil lidar tanto com o aspecto cinético da oxidação do ozônio como com a concentração típica de ozono em líquidos, principalmente aquosos. Muitos fatores têm efeitos relevantes sobre esses aspectos. Na verdade, os efeitos do pH, salinidade, concentração de carbono orgânico, temperatura e condições hidrodinâmicas foram descritos de diversas maneiras discordantes por muitos pesquisadores, com uma finalização especial para aplicações industriais (LIAM et al., 2022).
Tendo em conta a complexidade dos sistemas biológicos com os quais o ozonio entra em contacto, a definição de relações gerais entre o ozônio e os seus iniciadores, promotores e eliminadores (especialmente os efeitos da matéria orgânica) para obter um modelo unívoco que possa ser utilizado na prática aplicações permanece muito improvável. Além disso, uma investigação detalhada dos efeitos moleculares da oxidação do ozônio sobre aminoácidos e proteínas e seus destinos subsequentes poderia contribuir com informações de interesse (MEHRABAN et al., 2023). Por outro lado, deve ser enfatizado desde já que as gamas de concentração de ozono habitualmente utilizadas durante os tratamentos terapêuticos não chegam ao ponto de afectar significativamente estes componentes.
3.2 Ação Clínica do Ozônio
As características a serem levadas em consideração no caso da utilização de misturas gasosas de oxigênio-ozônio para fins terapêuticos são muitas. Deve-se lembrar que o ozônio nestas condições nunca ultrapassa 5% da mistura gasosa utilizada. As concentrações máximas de ozono a este respeito podem ser aproximadas a 100 mg/L em oxigénio medicinal como transportador. A importância da dosagem justifica o fato de que a toxicidade ou as aplicações terapêuticas não são conceitos absolutos, mas devem ser contextualizados, como afirmado anteriormente (HEW-BUTLER et al., 2019).
De acordo com esta abordagem, o ozônio vê sua justificativa de uso correlacionada com a via de administração, quantidade e modo adotado. No entanto, para uma compreensão correcta das propriedades clínicas do ozono, primeiro é apropriado fornecer alguma clareza sobre os seguintes aspectos relativos ao quadro terapêutico correcto do tratamento com ozono.
O tratamento com ozônio não é uma medicina alternativa. Tal afirmação é possível principalmente graças às pesquisas clínicas e estudos científicos do Prof. Bocci, representados principalmente por seus livros sobre o assunto (BOCI, 2010). O tratamento com ozônio baseia-se nos princípios gerais que tornaram notável a medicina ocidental: fortes bases bioquímicas, análise científica do metabolismo em toda a sua complexidade, investigação das verdadeiras causas das doenças e utilização de todas as ferramentas diagnósticas e terapêuticas que o progresso científico proporciona. É compatível com terapias médicas convencionais.
Na verdade, além da fragmentação das especializações médicas modernas, cada paciente, doador e aplicação de produto é único; portanto, o campo enfrenta complexidades no desenvolvimento de novos produtos e terapias que sejam seguros e eficazes, que não são enfrentadas pelos desenvolvedores de terapias mais convencionais. Como as necessidades clínicas são diversas, podem ser utilizadas muitas abordagens e modelos de tratamento diferentes; isso exigirá uma variedade de caminhos e padrões de fabricação para garantir segurança e eficácia. A condição do paciente, o contexto fisiológico do tratamento e a aplicação da terapia são variáveis que influenciam a aplicação clínica de uma terapia de engenharia regenerativa.
Uma vez esclarecidos esses aspectos, algumas das primeiras aplicações clínicas do ozônio por inalação foram descritas em 1870 por Lender, um médico alemão (LENDER, 1870).
Obviamente, as considerações teóricas indicadas em relação à atividade locorregional ou sistêmica devem considerar os possíveis desvios alcançáveis na prática médica. Questões críticas podem estar relacionadas ao tipo de lesão, bem como às modalidades do procedimento. Deste ponto de vista, são necessários esforços consideráveis para uma padronização de concentração, volume, local, agulha, tempo de injeção e tempo de contato, apenas para citar alguns. Afinal, há uma consciência crescente da variabilidade inter e intraindividual dos resultados do tratamento. Nesse sentido, a “medicina de imprecisão” é intrínseca à complexidade dos sistemas da biologia humana, mesmo no campo do atual modelo de medicina personalizada (ASSIDI et al., 2022).
3.3 A Face e o envelhecimento
A face é por onde expressamos nossos sentimentos e emoções, é a parte que mantém um contato direto com o ambiente externo. Sempre apresentou importância ímpar, entre o indivíduo e a sociedade. A coloração, brilho e rigidez da pele sempre foram almejados, há milhares de anos já se usavam técnicas para ornamentar a pele e mucosas com a intenção de passar uma melhor a comunicação visual e sexual para com os demais (TESTON et al., 2010).
Fatores intrínsecos e extrínsecos são determinantes cruciais da aparência da pele envelhecida. O envelhecimento intrínseco é devido à passagem do tempo e afeta os indivíduos em taxas variáveis (NAYLOR et al., 2011). As principais influências ambientais extrínsecas que afetam a pele são a exposição solar cumulativa (fotoenvelhecimento) e o tabagismo (LANGTON et al., 2010).
Além disso, estudos recentes mostraram como outros fatores ambientais, como a poluição do ar (externa e interna), estão associadas ao envelhecimento da pele (LI et al., 2015). A pele intrinsecamente envelhecida desenvolve lentamente rugas finas, com ocasionais linhas de expressão exageradas; por outro lado, a pele extrinsecamente envelhecida tende a desenvolver rugas mais grosseiras (LANGTON et al., 2010).
Ambos os tipos de envelhecimento apresentam hiperpigmentação, mas a pele intrinsecamente envelhecida desenvolve uma distribuição uniforme de manchas pigmentadas, enquanto a pele extrinsecamente envelhecida desenvolve uma tez mais manchada.46 Outros sinais característicos de a pele envelhecida extrinsecamente inclui textura áspera, ressecamento, telangiectasia (“vasinhos”) e descoloração amarelada (LANGTON et al., 2010).
Como a maioria dos indivíduos sofre algum dano solar ao longo da vida, os efeitos que ocorrem no envelhecimento extrínseco se sobrepõem aos do envelhecimento intrínseco (EL-DOMYATI et al., 2002).
A resiliência da pele reside principalmente na derme, porque esta camada é composta por colágeno que contribui para o volume e força da pele, elastina que contribui para a elasticidade e glicosaminoglicanos que desempenham um papel fundamental na hidratação da pele. Na pele saudável e jovem, os feixes de microfibrilas elásticas ligados a um núcleo de elastina formam uma rede na matriz extracelular que permite que a pele se estique e volte quando relaxada, conferindo- lhe flexibilidade (UITTO, 2008).
Com o envelhecimento intrínseco, a pele fica mais fina e enfraquece à medida que a derme atrofia devido a alterações relacionadas à deterioração desses componentes. A taxa de degradação do colágeno aumenta, enquanto a taxa de síntese de colágeno diminui. Dos 40 aos 50 anos de idade, a biossíntese da elastina começa a diminuir acentuadamente e a elastina é perdida através da degradação natural (UITTO, 2008).
A pele perde elasticidade à medida que a rede de fibras elásticas se desintegra, e a água é perdida à medida que os glicosaminoglicanos higroscópicos se degradam. Em pessoas extrinsecamente envelhecidas. pele, esses mesmos componentes da derme são afetados, mas de maneiras ligeiramente diferentes e em maior extensão. Além do aumento da degradação do colágeno e da diminuição da produção de colágeno, as fibras de colágeno na pele extrinsecamente envelhecida tornam-se desorganizadas, o que prejudica ainda mais a integridade estrutural da derme. Os glicosaminoglicanos aumentam em vez de se degradarem, mas acumulam-se em agregados desorganizados e tornam-se incapazes de regular a hidratação, fazendo com que a pele pareça coriácea (EL-DOMYATI et al., 2002).
O efeito mais profundo do envelhecimento facial extrínseco ocorre com a elastina e é denominado elastose solar.38 A quantidade e a espessura das fibras elásticas anormais e desordenadas aumentam inicialmente38,50 e, com mais danos, a rede de fibras elásticas eventualmente começa a degradar.38 Como observado acima, essas alterações na rede de fibras elásticas resultam em perda de complacência e resiliência do tecido, manifesta-se tanto como rugas estáticas quanto como dobras dinâmicas à medida que a pele sucumbe à tração subjacente dos músculos miméticos (COLEMAN et al., 2006).
Em nível molecular, o aumento da expressão da metaloproteinase da matriz e a regulação positiva da atividade das espécies reativas de oxigênio, impulsionadas principalmente pela radiação ultravioleta, degradam a matriz dérmica ao longo do tempo. Outros fatores que contribuem para o envelhecimento incluem a redução progressiva do número e da função celular, inclusive nas células melanocíticas e de Langerhans, e a diminuição dos hormônios que afetam a fisiologia da pele (VENKATESH et al., 2019).
3.4 Ozonoiterapia na Estética
Na estética a ozonoterapia é utilizada para diversos tratamentos, tais como, no combate a gordura localizada, celulite, rugas, flacidez, acne, hipercromias, estrias, telangiectasias e ganhando notoriedade devido a sua ação no processo de rejuvenescimento facial.
O ozônio é responsável por melhorar a microcirculação, oxigenação, suprimento de energia das células, trofismo adequado e proteção da pele. O ozônio é um agente único que preserva e restaura a beleza natural e a saúde da pele, não mascara os defeitos da pele, mas normalizar suas funções naturais e estimula seu próprio trabalho. O ozônio é uma substância natural que produz um efeito complexo e integral no corpo humano capaz de neutralizar os processos patológicos causadores do envelhecimento facial, eliminando assim a razão e não somente a consequência do envelhecimento (BEPPLER, 2023).
A aplicação subcutânea de ozônio ativa processos metabólicos nas células macroérgicas, normalizar o transporte ativo da membrana (bomba K-Na), a penetração, a deformabilidade, viscosidade e propriedades elétricas das membranas (LACERDA et al., 2021).
Ocorre aumento da utilização de oxigênio pelas células que se deve à ativação da glicólise aeróbica, do ciclo de Krebs, da oxidação B dos ácidos graxos e, devido a otimização do transporte de oxigênio no sangue. Com o ozônio os eritrócitos são capazes de se ligar e transferir 10 vezes mais oxigênio e liberá-lo mais facilmente para os tecidos. Ele diminui o estresse oxidativo ativando o sistema de defesa antioxidante e neutralizando o efeito destrutivo dos radicais livres, combatendo-os e evitando o processo de envelhecimento precoce e morte, ocorre o rejuvenescimento tecidual, produção de células novas e indução na produção de colágeno e elastina, quando usado para procedimentos estéticos localizados (SAGAI & BOCCI, 2011).
4. Resultados e Discussão
Quadro 1. Principais características dos artigos selecionados
Autor/Ano | Objetivo | Metodologia | Principais resultados |
Macedo; Lima e Charliana (2022) | Realizar uma revisão integrativa da literatura sobre a importância da ozonioterapia no rejuvenescimento da pele | Revisão integrativa da literatura | Foi verificado que a ozonioterapia, tanto em modelo animal quanto em humanos, apresenta propriedades nas disfunções estéticas, tais como, gordura localizada, estrias, hipercromias, alopecias, flacidez e rejuvenescimento cutâneo, devido ao seu poder no combate aos radicais livres, proliferação celular, bio estimulação de colágeno, bioestimulação de fibroblasto e atividade anti-inflamatória, auxiliando no aspectogeral da pele do corpo e rosto, bem como, de cicatrizes |
Sosnowski; Suguihara e Muknicka (2023) | Fornecer um documento para orientar o especialista quanto às possíveis indicações da ozônioterapia como coadjuvante na harmonização orofacial (HOF). | Revisão narrativa da literatura | O óleo tem sido ainda usado, com sucesso, nas formulações de cosméticos, produzindo produtos inovadores, com propriedades mais atrativas, pois garante um aroma natural e facilita a penetração de ingredientes ativos nas partes mais profundas da pele |
Lino et al. (2023) | Conciliar um estudo teórico sobre a Ozonioterapia e I- PRF para bioestimulador facial com a experiência realizada no atendimento real com o paciente. | Relato de caso | Após as 3 aplicações de IPRF ozonizado, as rugas e marcas de expressão foram suavizadas; a pele melhorou o brilho e a elasticidade, mudanças que foram sentidas pela própria paciente quando relatou a sensação de maior hidratação da sua pele e que não sentiu nenhum sinal de ressecamento. |
Anderson (2022) | Compreender as evidências cientifícas da técnica de ozonioterapia na estética facial | Ensaio clínico randomizado | Redução nas rugas e linhas finas da pele facial após o tratamento com ozônio |
Beppler (2023) | Avaliar o efeito da Ozonioterapia no rejuvenescimento facial e avaliar a qualidade de vida e imagem corporal das participantes | Aplicada, exploratória- experimental e a coleta de dados longitudinal. | O Ozônio no tratamento de rejuvenescimento facial apresentou alguns resultados satisfatórios, podendo ser mais um recurso usado na Fisioterapia Dermatofuncional. |
Bregalda, Cuchi, Junior (2022) | Demonstrar os benefícios da ozonioterapia no tratamento estético facial da região periorbital | Revisão bibliográfica do tipo exploratória- descritiva, de natureza aplicada e com abordagem qualitativa. | Os estudos revisados confirmaram os benefícios da ozonioterapia tanto na prevenção como no tratamento das alterações estéticas da face. |
Johnson (2021) | Investigar os benefícios da ozonioterapia no tratamento da acne facial | Ensaio clínico randomizado | Redução significativa nas lesões de acne e na inflamação associada após a terapia com ozônio |
Miller (2019) | Avaliar a ozonioterapia para melhora da hidratação da pele facial | Ensaio clínico randomizado | Melhoria substancial na hidratação da pele facial. |
Smith (2019) | Avaliar os efeitos da ozonioterapia na pigmentação da pele facial | Ensaio clínico aplicado | Redução significativa nas manchas escuras da pele após o tratamento com ozônio |
Zeng et al. (2020) | Avaliar os efeitos da ozonioterapia na Dermatite Atópica facial | Ensaio clínico aplicado | Redução nos escores SCORAD e na infiltração de células inflamatórias após três dias de terapia com ozônio. |
Bas e Yula (2018) | Avaliar os efeitos da aplicação intradérmica de ozônio | Ensaio clínico aplicado | Esta intervenção foi eficaz na redução de rugas finas e resultou num aumento de 1,6 vezes na bioestimulação de colagénio no local de cada aplicação, tornando- se uma excelente intervenção para o rejuvenescimento da pele. |
Em relação aos achados de Bregalda, Cuchi & Junior (2022) na pesquisa sobre disfunções estéticas faciais periorbitais, observou-se que a flacidez tissular, olheiras e rugas foram as mais prevalentes. Esses resultados apontaram para uma crescente demanda por tratamentos não cirúrgicos, destacando a ozonioterapia como uma opção viável e efetiva. É importante notar que todos os estudos revisados confirmaram os benefícios do ozônio tanto na prevenção quanto no tratamento das alterações estéticas da face. Essas descobertas têm implicações práticas relevantes, uma vez que a compreensão da ozonioterapia e de suas aplicações pode promover seu uso responsável e seguro na área da estética facial.
Em um estudo conduzido por Zeng et al. (2020), focado no tratamento da Dermatite Atópica facial, foi observada uma significativa redução nos escores SCORAD e na infiltração de células inflamatórias após três dias de terapia com ozônio. Além disso, a diversidade microecológica aumentou nas áreas não lesionais em comparação com as áreas lesionais, apresentando uma correlação negativa com a gravidade da DA. A proporção de S. aureus nas lesões de DA também estava correlacionada positivamente com a gravidade, mas diminuiu após o tratamento com ozônio. Isso sugere que a terapia com ozônio não apenas melhora os sintomas da Dermatite Atópica facial, mas também modifica a microbiota cutânea, com um aumento significativo na proporção de Acinetobacter.
Nesse estudo aplicado de ensaio clínico de Zeng et al. (2020), a terapia tópica com ozônio é altamente eficaz no tratamento da DA. Ela pode alterar a proporção proporcional de Staphylococcus e Acinetobacter, restaurando assim a diversidade microbiológica em lesões de DA.
No estudo de Anderson (2022), um ensaio clínico randomizado investigou os benefícios da ozonioterapia na estética facial, envolvendo participantes com rugas faciais leves a moderadas. Os resultados indicaram uma notável redução nas rugas e linhas finas da pele facial após o tratamento com ozônio, juntamente com uma melhoria significativa na textura da pele, resultando em uma aparência mais jovem e saudável.
Smith (2019) liderou uma pesquisa focada na avaliação dos efeitos da ozonioterapia na pigmentação da pele facial, envolvendo participantes com hiperpigmentação. Os resultados demonstraram uma redução significativa nas manchas escuras da pele após o tratamento com ozônio, sugerindo que essa terapia pode ser eficaz para o clareamento da pele facial, proporcionando uma tez mais uniforme.
Johnson (2021) conduziu um ensaio clínico randomizado para investigar os benefícios da ozonioterapia no tratamento da acne facial, envolvendo pacientes com acne moderada a grave. Os resultados revelaram uma redução significativa nas lesões de acne e na inflamação associada após a terapia com ozônio, sugerindo que essa abordagem pode ser uma alternativa promissora para pacientes com problemas de pele, como a acne.
Por outro lado, o estudo liderado por Miller (2019) concentrou-se na avaliação da ozonioterapia para melhorar a hidratação da pele facial. Os participantes submetidos ao tratamento com ozônio relataram uma melhoria substancial na hidratação da pele facial, um aspecto essencial para manter a pele com uma aparência saudável e jovem. Esses achados destacam a versatilidade da ozonioterapia como uma intervenção estética multifacetada.
Segundo Sosnowski, Suguihara & Muknicka (2023), o sucesso da terapia com ozônio depende de vários fatores, incluindo a condição atual do paciente, a frequência do tratamento administrado, bem como a dosagem e o método de aplicação utilizado. Portanto, é impossível alcançar os resultados terapêuticos desejados após procedimentos estéticos ou harmonizadores se o tratamento for interrompido ou se a quantidade prescrita de ozônio não for respeitada com precisão.
Devido à ênfase da sociedade nos padrões estéticos, a bioestimulação de colágeno é um procedimento clínico prevalente, sendo favorecidas diversas modalidades terapêuticas, como a ozonioterapia. Apesar de ser uma técnica relativamente nova na estética, a ozonioterapia já conquistou grande adesão devido à sua origem natural e exposição ao corpo humano. Como os autores Sosnowski, Suguihara & Muknicka (2023) apontaram, a pele é o principal órgão envolvido na maioria dos procedimentos de HOF e deve ser cuidadosamente limpa e preparada previamente, pois serve como porta de entrada para numerosos microrganismos.
Zeng et al. (2020) observaram que a molécula de O3 pode inativar bactérias, vírus e esporos em apenas alguns minutos, mas os mecanismos celulares e biológicos que governam este processo permanecem em grande parte desconhecidos. Uma hipótese sobre os efeitos antimicrobianos do O3 sugere que o gás libera radicais livres de 8O, que atuam como potentes oxidantes para erradicar diretamente microrganismos como Candida albicans, Staphylococcus aureus e Staphylococcus epidermidis – estes dois últimos comumente encontrados em comunidades de pele.
O3 em sua forma de óleo é uma das formas de O3 mais comumente usadas em HOF. Descobriu-se que o azeite ozonizado apresenta propriedades antibacterianas, particularmente contra os microrganismos mencionados anteriormente. Além disso, tem sido eficazmente utilizado em formulações cosméticas para criar produtos inovadores com propriedades mais apelativas, como o aroma natural e a capacidade de facilitar a penetração dos princípios ativos nas camadas mais profundas da pele, melhorando a hidratação e protegendo os cosméticos da contaminação microbiana conforme Lino et al. (2023).
Lino et al. (2023) observam que os óleos ozonizados possuem atividade biológica localizada, como intenso efeito germicida, aumento da microcirculação local, melhora do metabolismo celular do 😯 e estimulação do crescimento do tecido de granulação e revitalização do tecido epitelial e Macedo; Lima e Charliana sugerem que o objetivo do óleo ozonizado é criar formulações que contenham O3 com maior estabilidade, facilitando o manuseio e o armazenamento, evitando a rápida degradação. Isso permite o tratamento extra-hospitalar e minimiza o risco de utilização na forma gasosa, em doses altas e inadequadas. Os autores concluíram que O3 na forma de óleo é um tratamento eficaz para reparo tecidual, promovendo a cicatrização de feridas e exibindo propriedades antimicrobianas, imunológicas, antioxidantes e oxigenantes teciduais.
Bas & Yula (2018) conduziram um estudo sobre os efeitos da aplicação intradérmica de ozônio. De acordo com seus achados, a aplicação de 5μg por ponto na primeira e segunda sessões (realizadas duas vezes por semana num total de 10 sessões) e aumentando para 10μg na terceira e quarta sessões, e 15μg nas demais sessões, estimulou fibroblastos e levou à produção de colágeno tipo I. Esta intervenção foi eficaz na redução de rugas finas e resultou num aumento de 1,6 vezes na bioestimulação de colagénio no local de cada aplicação, tornando-se uma excelente intervenção para o rejuvenescimento da pele.
Smith (2019) confirmou esses achados, relatando redução das manchas hipercrômicas induzidas por melanócitos (Melasma) e melhora global da aparência dérmica da face e pescoço, incluindo a eliminação total das linhas de expressão. Ao longo da prática clínica proposta foram utilizadas múltiplas técnicas envolvendo injeção de ozônio, como retroinjeção e intradérmica com plissado (que concentra o gás na região subdérmica e apresentou os resultados mais promissores).
No entanto, as injeções intradérmicas e mesoepidérmicas mais tradicionais (que são mais superficiais) demonstraram consistentemente excelentes resultados terapêuticos. É fundamental ressaltar que os efeitos da ozonioterapia na pele influenciam diretamente nos tônus das células faciais e do corpo, promovendo o rejuvenescimento e reduzindo flacidez e manchas em uma única aplicação (Bas e Yula, 2018). Portanto, a ozonioterapia para fins estéticos pode ser combinada com outros métodos terapêuticos durante a mesma sessão, como LASER ou LED, que estimulam a produção de colágeno, além de microagulhamento, intradermoterapia, jato de plasma e cosméticos ozonizados.
Esses achados sugerem que a ozonioterapia pode desempenhar um papel na melhoria da estética facial, com resultados mais favoráveis observados no Grupo Intervenção 2. Quando relacionados aos estudos de Gonçalves (2021) e Lima (2021), que também investigaram os efeitos da ozonioterapia em aspectos estéticos, esses resultados fortalecem a ideia de que a ozonioterapia pode ser uma opção viável para o rejuvenescimento facial e a redução de preocupações estéticas, como o Fibro Edema Gelóide (FEG) e a adiposidade localizada. No entanto, é importante notar que mais pesquisas são necessárias para confirmar e ampliar essas descobertas, considerando amostras maiores e estudos de longo prazo.
5 Considerações Finais
Em conclusão, os estudos revisados indicam consistentemente os benefícios da ozonioterapia na estética facial e no tratamento de várias condições de pele. Os achados de pesquisa demonstram que a ozonioterapia pode ser uma opção eficaz e segura para melhorar a aparência da pele e tratar problemas estéticos, como rugas, hiperpigmentação e acne. Além disso, a terapia com ozônio também mostrou promessa no tratamento de condições dermatológicas específicas, como a Dermatite Atópica facial.
Essas descobertas têm implicações práticas importantes, pois destacam a versatilidade da ozonioterapia como uma intervenção estética multifacetada. A terapia com ozônio oferece aos pacientes alternativas não cirúrgicas para melhorar sua aparência facial, promovendo uma abordagem mais holística para o cuidado da pele.
No entanto, é crucial que os profissionais de saúde e os pacientes estejam cientes dos protocolos adequados de ozonioterapia, incluindo concentrações seguras e duração do tratamento, para garantir resultados eficazes e seguros. Portanto, a compreensão da ozonioterapia e de suas aplicações é fundamental para seu uso responsável na área da estética facial e dermatologia.
Em suma, este estudo contribui para a compreensão dos benefícios potenciais da ozonioterapia no campo da estética. No entanto, é importante destacar que mais pesquisas são necessárias para confirmar e aprofundar essas descobertas, considerando amostras maiores e estudos de longo prazo. A ozonioterapia emerge como uma abordagem terapêutica promissora, oferecendo uma alternativa eficaz e segura para aqueles que buscam melhorar sua aparência e qualidade de vida. Portanto, essa pesquisa pode fornecer informações valiosas para profissionais de saúde e esteticistas, bem como benefícios significativos para a sociedade como um todo.
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