OZONIOTERAPIA NO CONTROLE DE INFECÇÃO EM CIRURGIAS ORTOPÉDICAS EM PEQUENOS ANIMAIS NA VETERINÁRIA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7051549


Autoras:
Keice Monnya Da Silva Monteiro1
Samara Silva De Souza2

1Graduanda do curso de Bacharel em Medicina Veterinária Faculdade
Metropolitana de Manaus (Fametro), Manaus, Amazonas, Brasil.
2Docente orientadora do curso de Medicina Veterinária da Faculdade
Metropolitana de Manaus (Fametro), Manaus, Amazonas, Brasil
*Autor para correspondência, E-mail: keicemonnya.vet@gmail.com


RESUMO

A ozonioterapia é uma técnica complementar que consiste na utilização do gás ozônio medicinal e tem como modalidade terapêutica potencializar a ação cicatrizante, acelerando a cicatrização das lesões. Além disso, possui propriedades viricida, fungicida e bacteriana, atuando como agente antiálgico, antisséptico e anti- inflamatório. No Brasil, a utilização da ozonoterapia como medicina alternativa ainda é muito reduzida e existem poucas informações sobre seu uso clínico na veterinária, dessa forma, este trabalho tem por objetivo avaliar a ozonioterapia no controle de infecção em cirurgias ortopédicas em pequenos animais. Além disso, relatar um caso de uma cadela da raça shittzu de 2 anos que foi atendida em uma clínica veterinária em Manaus-Am, o animal sofreu um acidente que causou fraturas de ílio bilateral, ísquio e púbis, precisando passar por uma cirurgia ortopédica; após o procedimento a cadela apresentou sepse, embora feito o tratamento com diversos antibióticos voltados para sua melhora, não se observaram resultados visíveis; visto isso a ozonioterapia foi utilizada como tratamento alternativo que trouxe uma melhora significativa. Assim, concluímos a importância da ozonioterapia no auxílio do tratamento associado a condutas terapêuticas, visto que é pouco utilizada dentro da medicina veterinária.

Palavras-chave: Fungicida. Cicatrizante. Tratamento adjuvante. Terapia integrativa.

ABSTRACT

In order to shortening the healing of lesions, ozone therapy is a complementary technique that consists of the use of medicinal ozone gas, since its therapeutic modality tends to potentiate the healing action. Moreover, there are the presence of viricidal, fungicidal and bacterial properties, acting as an anti-algic, antiseptic and anti- inflammatory agent. The action of using the ozone therapy, in Brazil, as an alternative medicine is scanty and there are not enough information about its use in veterinary clinic. Therefore, this task lines up to evaluate ozone therapy in the control of infection in veterinary orthopedic surgeries in small size animals.A 2-year-old shittzu female dog was treated at a veterinary clinic in the city of Manaus/Am; the animal suffered an accident that caused fractures, such as bilateral ilium, ischium and pubis, requiring orthopedic surgery and, after the procedure, sepsis came up with the female dog, although the animal had been treated with several antibiotics aimed at its improvement, but unfortunately no visible results were observed, in the face of the situation, ozone therapy was used as an alternative treatment that brought a significant improvement.Thereby, we conclude the importance of ozone therapy in upholding treatment associated with therapeutic approaches, since it is little used in veterinary medicine.

Keywords: Fungicide. Healing. Adjuvant treatment. Integrative therapy.

1. INTRODUÇÃO

O ozônio, é um alótropo do oxigênio, incolor com odor característico à temperatura ambiente (KIRCHHOFF, 1995). Este gás possui instabilidade e forte poder oxidante, além de propriedades bactericidas, viricidas, fungicidas e parasiticida. (CARDOSO et al., 2000; NAGAHATA, 2000; BARROS et al., 2001; ANSALONI, 2002; RIFA; MUSA, 2005; OGATA; ALMEIDA et al., 2006; PEREIRA; GARCIA, 2006; HADDAD, 2009;). Na medicina veterinária, é uma técnica de terapia integrativa, com propensão para conquistar novos seguidores e gerar novas pesquisas (MOREIRA, 2015). Portanto, o ozônio pode ser utilizado para tratar diversas doenças, tais como otites (ISCO, 2015), inflamações pós-cirúrgicas (RODRIGUEZ et al., 2018), mastite (Ogata e Nagahata 2000), além de tratar danos à pele (Xiaoqi Wang, 2018).

A ozonioterapia é considerada uma terapia integrativa que se caracteriza pela aplicação de uma mistura de gás ozônio e gás oxigênio (O2), com no máximo 5% de O3. Por possuir amplo mecanismo de ação, a ozonioterapia é eficaz em diversas doenças animais e humanas (Bocci, 2006). A quantidade de ozônio pode variar entre 1 e 100 mcg por litro de oxigênio, depende do local a ser administrado e a sua indicação clínica (Hernández; Gonzále z, 2001). A meia-vida é de aproximadamente 30 minutos quando a temperatura é de 20ºC (Hernández; Gonzále z, 2001), pois é uma molécula estável.

A inalação direta do gás ozônio (0,1 a 1ppm) pode ser tóxica para o trato respiratório superior (Nakao et al., 2009), nesse contexto, como qualquer outro tipo de droga, precisa ser utilizado com cuidado, pois são tóxicos e podem causar efeitos adversos (RODRIGUEZ et al., 2018). Ao ser injetado nos tecidos corporais, aumenta o metabolismo e a oxigenação tecidual (Travagli et al. ,2010). No que se refere seu mecanismo de ação, na sua utilização contra micro-organismos, principalmente bactérias o ozônio entra na célula bactériana, causando a oxidação de ácidos nucléicos e aminoácidos, o que leva a desintegração celular (Nakao et al., 2009).

No que se refere a sua aplicação terapêutica, o ozônio é um gás que pode ser utilizado de diversas formas tais como sistêmica (Marques & Campebell, 2017), local/tópica (Marques & Campebell, 2017), e quanto a indicação clínica da ozonoterapia pode ser utilizado na medicina humana e veterinária em associação com outros métodos terapêuticos ou de forma isolada, no qual pode ser destacado a aplicação em casos de doenças infecciosas agudas e crônicas causadas por vírus, bactérias, fungos e parasitas (GREENE,et al.,1993), infecções resistentes a antimicrobianos (Traina, 2008), como nos casos de ostiomielite (Traina, 2008), peritonite (Traina, 2008), abscesso fistuloso (Traina, 2008), úlceras diabetogênicas (Traina, 2008), picada de inseto (Traina, 2008), queimaduras (Traina, 2008), escaras de decúbito (Traina, 2008), infecções hepáticas (Traina, 2008), herpes zoster (Traina, 2008), papiloma vírus (Traina, 2008), candidíase (Traina, 2008), e coadjuvante no tratamento de infecções de Virus da imunodeficiência humana – HIV em humanos (Traina, 2008), e vírus de hepatite (Traina, 2008), além de doenças pulmonares (Traina, 2008), (enfisema, asma, doença pulmonar obstrutiva crônica e síndrome da doença respiratória aguda (Traina, 2008), câncer metastático (Traina, 2008), quimio resistente (Traina, 2008), objetivando reduzir a quimiotoxidade e visando uma melhor qualidade de vida ao paciente; doenças ortopédicas (Traina, 2008), periodontites e infecções bucais; queimaduras e sepses; em pré-operatório de transplantes e cirurgias eletivas (Traina, 2008). Nesse contexto, o estudo atual detalha como o ozônio é usado, em quais áreas pode ser aplicado e a associação quando usado em conjunto com outras terapias, de acordo com a concentração e técnica utilizada (Traina, 2008).

REVISÃO DE LITERATURA

2. OZÔNIO E A OZONIOTERAPIA

Em 1840, o químico alemão Cristian Friedrick Schönbein (considerado o pai da ozonioterapia) em uma de suas pesquisas descobriu que quando a água era submetida a uma descarga de eletricidade, um odor diferente era produzido. Tal evento chamou sua atenção e este odor, que no grego é ozein tem como significado odor, passou a ser chamado de ozônio (NOGALES et al., 2008)

O ozônio é formado por três átomos juntos, formado por uma molécula menos estável do oxigênio. Na Alemanha, a primeira documentação do uso do ozônio na medicina aconteceu entre 1915 e 1918 (AGUIAR et al., 2010). Durante a Primeira Guerra Mundial, médicos alemães e britânicos usaram ozônio para tratar feridas no corpo. Essa utilização terapêutica foi originalmente aplicada para combater bactérias e microorganismos na pele de soldados Alemães afetados durante a I Guerra Mundia (AGUIAR et al., 2010).

Nas diversas áreas da saúde, o ozônio tem sido usado como terapia curativa (Bocci, 2011), uma vez que é ativado por células imunes do corpo, que produzem citocinas interferon e interleucinas), esses mensageiros têm ações biológicas em todo o organismo.

Ao entrar no organismo, o ozônio acelera o metabolismo devido ao aumento da oxigenação e ataca a parede celular de bactérias. Além disso, ao entrar na célula oxida ácidos nucléicos e aminoácidos. O grau em que essas reações ocorrem determina quão bem a célula é lisada (KNOCH, 2012)

Bastante utilizada na medicina nas regiões da Europa, Ásia e Cuba, essa terapia está em ascensão na medicina veterinária nessas regiões. Na América Latina e Estados Unidos, é aplicada como uma alternativa eficiente e de baixo custo auxiliando no tratamento de feridas de difícil cicatrização (MARCHESINI; RIBEIRO, 2020), principalmente em pacientes diabéticos, (Pubmed, Embase e Web of Socience janeiro de 2019), e na desinfecção de feridas contaminadas (Scrollavezza, 1997; Ogata e Nagahata, 2000; Hernández e González, 2001). No Brasil, a Associação Brasileira de Ozonioterapia (ABOZ) foi criada em 2006 e tem como objetivo praticar a ozonioterapia legalmente, formatizar a profissão e formar profissionais a partir de experiências no Brasil e em outros países (Bocci, 1993).

Os métodos de aplicação de ozônio são divididos entre sistêmico e tópica/local (Bocci, V. et al., 2011). As aplicações sistêmicas são classificadas em grande auto- hemoterapia (maior), pequena auto-hemoterapia (menor), insuflação retal e solução salina ozonizada (Hensler et al., 2009; Foglieni et al., 2011; Borrelli et al., 2012; Viebahn-Hänsler et al., 2012). No que se refere as vias de aplicações locais são classificadas em intramuscular, subcutânea (analgesia), paravertebral, intra/periarticular, vaginal, insuflação de óleo ozonizado, água bidestilada ozonizada (compressa, spray ou banho), Insuflação Auricular, Cupping e bolsa (bagging) (RODRIGUEZ et al., 2018).

Os sistemas imunológico, vascular e hematológico podem ser manipulados por esta terapia devido às suas propriedades antioxidantes (Bocci, 2011). O seu uso clínico, provou ser um grande catalisador para o reparo de tecidos e contribuiu na formação de novos vasos sanguíneos (Chen et al 2013). Ele rapidamente se transforma em oxigênio quando exposto ao ar, o que o torna instável e oxidante (PENIDO; FERREIRA, 2010).

A ozonioterapia funciona como auxiliar no tratamento de doenças que, principalmente, tem sua origem em processos oxidativos (CUADROS, 2018). Nessa linha, o ozônio medicinal gera diversos ações no organismo, como: aumento na oxigenação e circulação/microcirculação sanguínea para tecidos isquêmicos, melhorando o metabolismo como um todo; melhora da angiogênese; elevação das enzimas antioxidantes celulares, como glutationa peroxidase (GSH), glutationa redutase (GSR), catalase (CAT) e superóxido desmutase (SOD); modulação do sistema imune pela ativação neutrofílica e liberação de citocinas e fatores de crescimento (pela ativação plaquetária); redução de mediadores inflamatórios, inativando substâncias algógenas através da oxidação, dentre outras. (SAGAI, BOCCI, 2011; JANI et al., 2012; SCHWARTZ, MARTÍNEZ-SÁNCHEZ, 2012) O ozônio é tão poderoso que tem sido considerado um bom microbicida, bactericida, vermicida, fungicida e até parasiticida, devido à sua ampla gama de ação. Estudos abordam que o ozônio pode eliminar diferentes tipos de bactérias, fungos, vermes e parasitas. (CARDOSO et al., 2000; BARROS et al., 2001).

O ozônio na sua forma terapêutica tem funções e propriedades curativas, imunoestimulantes, anti-hipóxia, antimicrobianas e adjuvantes em tratamentos oncologicos. Ele é responsável por oxidar materiais orgânicos, como glicoproteínas, glicopeptídeos e aminoácidos. O O3 causa a quebra da parede celular bacteriana, no qual leva a lise celular (SILVA et al., 2011; PEZZI, 2009).

Além do rompimento da parece celular, o ozônio promove a oxidação de ácidos nucléicos e aminoácidos quando a radiação UV entra na célula, de acordo com OGATA; NAGAHATA (2000) e RIFA; MUSA (2005). Alterações na cápsula, aumento da produção de anticorpos, essas mudanças ocorrem dentro da própria articulação, a própria bactéria produz uma toxina que causa essas alterações.

No processo de cicatrização tecidual, a molécula de ozônio promove o aumento da produção de colágeno e a presença de citocinas (especialmente TGF-beta1) que são responsáveis pelo processo de cicatrização, segundo AZARPAZHOOH, LIMEBACK (2008).

O O3 estimula a produção de imunoglobulinas, aumenta a capacidade dos microrganismos de serem engolfados pelos macrófagos e aumenta o fator de necrose tumoral, interferon e interleucina IL-2. (BOCCI, 2008; ORAKDOGEN et al., 2016). A propriedade de anti-hipóxia torna a cadeia respiratória mais eficiente, possivelmente aumentando a atividade da fosfofrutoquinase (MADEJ et al., 2007). O aumento da taxa de glicólise faz com que o ATP e o 2,3-difosfoglicerato (2,3-DPG) aumentem. A hemoglobina ligada ao oxigênio é liberada mais facilmente nos tecidos que precisam dela quando a célula aumenta a dissociação da oxiemoglobina (referencia).

O ozônio tem se mostrado eficaz como adjuvante no tratamento do câncer, pois apresenta propriedades anti-hipóxia. Algumas terapias, como quimioterapia e radioterapia, podem fazer com que os tumores cresçam, mesmo enquanto a pessoa está recebendo o tratamento. Certas substâncias aumentam a resistência a essas terapias. (VAUPEL, HOCKEL, MAYER, 2007). CLAVO et al., 2018, sugere que a ozonioterapia pode ser utilizada em conjunto com outras terapias, tornando-se uma alternativa ao tratamento convencional.

A terapia com ozônio tem um número muito baixo de efeitos colaterais, mas isso é algo para se estar ciente. A inalação direta do ozônio (0,1 a 1ppm) pode ser tóxica para o trato respiratório superior, Menos de 0,0007% das pessoas sentirão náuseas, vômitos ou dores de cabeça como resultado da exposição. (NOGALES et al., 2008; NAKAO et al., 2009).

O tratamento com ozônio é usado para várias doenças também na medicina humana, como infecções de longo prazo, aquelas que são incapazes de ser tratados com antibióticos, distúrbios autoimunes, doenças hepáticas e outras doenças que envolvem isquemia crônica. (BOCCI, 1999, 2004a, 2006b; BAYSAN; WHILEY; LYNCH, 2000).

Assim, pode-se dizer que o gás ozônio é barato e fácil de aplicar, e é usado em conjunto com outras terapias médicas e medicamentos. A terapia com ozônio é usada como terapia complementar nos dias de hoje e é recomendada para cada condição diagnosticada. O gás é benéfico no tratamento de condições e doenças, e é conhecido por ser útil na redução da quantidade de bactérias em feridas (PENIDO et al., 2010).

3. AÇÕES E BENEFICIOS DA OZONIOTERAPIA – TIPOS DE APLICAÇÕES

Os médicos devem considerar a condição do paciente, bem como o estágio da doença ao decidir qual via de administração usar para o ozônio medicinal. Existem muitas maneiras diferentes de administrar o ozônio. (RIBEIRO, 2019). Ainda de acordo com Gil (2002), pode ser efetivamente utilizado na maioria dos casos na forma gasosa, com as únicas exceções sendo o uso intravenoso, devido ao risco de embolia (RIBEIRO, 2019), e a via inalatória devido aos seus efeitos tóxicos (BORGES et al,2019), além de poder ser diluído em solução fisiológica 0,9%, ringer com lactato ou no sangue do paciente. Na tabela abaixo demostra os diferentes métodos de aplicação do ozônio no organismo humano e animal.

TABELA 1: VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DA OZONIOTERAPIA NA MEDICINA VETERINÁRIA

Dentre as técnicas tópicas/locais o Bagging, é utilizado em saco plástico selado ou uma câmara através da qual o ozônio flui. O ozônio é mais eficaz em feridas quando a lesão está molhada, por isso é importante que o membro a ser tratado esteja molhado antes de aplicar o ozônio. Borges (et al, 2019), realizaram tratamento em dois cães com infecção bacteriana na pele usando a técnica de Bagging juntamente com insuflação retal e obtiveram reparação tecidual completa.

A ozonização dentro do peritônio e dentro das fissuras é realizada lavando essas cavidades com um fluido ozonizado. O fluido pode ser ringer lactato, soro fisiológico ou água bidestilada (RIBEIRO, 2019). Existem vários outros locais em que os tratamentos peri-lesional podem ser aplicados, incluindo, mas não se limitando os tecidos subcutâneo, intra-articular (MARCHESINI; RIBEIRO ,2020), peri-articular (RODRIGUEZ et al., 2018), intra-discal (OLIVEIRA; LAGES, 2012), e até mesmo paravertebral (Vigliani, A., Boniperti, E., Scudo, E., 2005).

Injeção Intramuscular, coleta-se ozônio em volumes entre 1 e 1,5 mL com concentração entre 10 e 25 mg/L com uma seringa, que deve ser aplicada na região paravertebrais, bíceps femoral. Artrose e outras doenças do músculo esquelético podem ser tratadas com esta técnica, sendo utilizada com frequência (RODRIGUEZ et al., 2018).

Dentro da via local, se tem o Bagging como ora mencionado na figura 2, já o método cupping é realizada com uma ventosa de vidro, que deve ser colocada precisamente na área lesada. Usamos quando a lesão está em uma área onde o Bagging não pode ser usado, como em lesões nas regiões abdominal e craniana (BOCI, 2006).

Injeção Subcutânea, nesse método, o gás do gerador é coletado com uma seringa e aplicado subcutaneamente próximo à área lesada. Esse aplicativo é amplamente utilizado para tratar processos de artrite degenerativa para alívio da dor (RODRIGUEZ et al., 2018).

Insuflação Auricular, durante este procedimento, o ozônio é aplicado com uma seringa usando um aplicador em forma de Y (Figura 5), envolto em gaze umedecida em solução salina e inserida no ouvido, para o tratamento de otite, miosite e inflamação (ISCO, 2015).

FIGURA 5: INSUFLAÇÃO AURICULAR

Fonte: Philozon

Técnicas Sistêmicas

Outro método de introdução de ozônio no corpo é através da ozonização intracorpórea. Nesse processo, existem versões menores e maiores denominadas técnicas de auto-hemoterapia. Na qual coletasse com uma seringa um pouco de seu sangue e, em seguida, adicionar a mesma quantidade de ozônio dentro da agulha. Em seguida, a agulha é inserida no músculo, podendo ser feito por via intravenosa ou intramuscular, Na auto-hemoterapia primária, uma quantidade suficiente de sangue é retirada do indivíduo usando uma bolsa de infusão com um anticoagulante (citrato de sódio), ozônio é aplicado, homogeneizado por pelo menos 5 minutos e infundido. Em relação à auto-hemoterapia intermediária, difere da anterior apenas na quantidade e concentração utilizada (RIBEIRO, 2019).

A ozonização fluida é uma técnica simples e eficaz que requer 7 min após a ozonização da solução, administração subcutânea e/ou intravenosa (RIBEIRO, 2019). Auto-hemoterapia Maior (AHTM), são coletados de 5 a 150 mL de sangue do animal por meio de uma seringa ou bolsa de infusão cheia de anticoagulante, dependendo do peso do animal (Figura 4). Após a coleta de sangue, um certo volume de ozônio é coletado com uma seringa, adicionado lentamente ao sangue, misturado em movimentos circulares e, em seguida, A mistura deve ser injetada por via intravenosa no animal.

FIGURA 4: COLETA DE SANGUE

Fonte: FisioAnimal.

Auto-hemoterapia Menor (AHTMe), a auto-hemoterapia menor, envolve a coleta de uma pequena quantidade de sangue (2 a 5 mL) do animal, utilizando uma seringa contendo anticoagulante e ozonização, “agitando” e reinjetando-o por via intramuscular.

3.1 Mecanismos De Ação

A oxidação de fluidos orgânicos resulta em moléculas de O2 e átomos de oxigênio (O-). Essa reação interage com muitos ácidos graxos, antioxidantes e compostos. Também pode interagir com enzimas, carboidratos e material de DNA celular. (MARQUES; CAMPEBELL, 2017).

Penido et al. (2010) explica que o ozônio funciona de maneira diferente dependendo do motivo pelo qual está sendo usado. Melhorar a circulação sanguínea do paciente, bem como a oxigenação das células, é o objetivo da terapia utilizada nas lesões de pele. Chagas et al., 2019, estudou os efeitos da auto-hemoterapia em pacientes a terapia tem propriedades anti-inflamatórias e, quando utilizada na região retal, o ozônio é dissolvido diretamente na mucosa intestinal. Isso causa uma resposta antioxidante, aumenta a ação imunológica e ajuda a estabilizar a flora intestinal. Os intestinos absorvem o gás e, em seguida, ele se espalha pelo corpo aumentando a pressão no reto. Isso permite que os tecidos absorvam o gás. (Marques & Campebell, 2017).

A oxidação ocorre quando o ozônio interage com a água na pele, formando espécies reativas de oxigênio (ROS) e lipooligopeptídeos, como o peróxido de hidrogênio. Estes são reduzidos a outros antioxidantes, como glutationa, superóxido dismutase, catalase, vitamina E, vitamina C, ácido úrico e ubiquinol. O poder oxidante é a capacidade de uma substância de aumentar a oxidação de outros materiais. Algumas substâncias possuem alto poder oxidante, como o gás. Esse gás pode afetar a camada lipídica da membrana da célula eritrocitária, causando diferentes reações no corpo, boas e ruins para o organismo original. (HADDAD, 2006).

Para um melhor entendimento busca-se analisar a seguinte figura:

FIGURA 1: ADMINISTRAÇÃO DA OZONOTERAPIA


Fonte: Animal Business Brasil.

FIGURA 2: IMAGEM ILUSTRATIVA DA REALIZAÇÃO DE OZONOTERAPIA EM PACIENTE

Fonte: Arquivo Pessoal

Nas plaquetas, o H2O2 aumenta sua atividade, o que aumenta a produção de fatores de crescimento e autacoides. Nos leucócitos, aumenta a produção de citocinas e interleucinas. O H2O2 também é um imunomodulador no ambiente intracelular dos eritrócitos, promovendo a produção de ATP e o transporte de oxigênio. (MARQUES; CAMPBELL, 2017).

Estimula a produção de interferons, interleucinas e fator de necrose tumoral, possui importantes efeitos anti-inflamatórios, é utilizado como coadjuvante no tratamento de certas dores crônicas, e em baixas concentrações pode alterar e estimular respostas imunes (FREITAS, 2011).

As moléculas de O3 matam vírus, bactérias e fungos. Pode ser usado no tratamento de muitas doenças. O ozônio elimina as bactérias destruindo a integridade dos fosfolipídios e lipoproteínas da membrana citoplasmática e da parede celular, sendo as bactérias Gram negativas mais sensíveis ao ozônio devido a peroxidação desses compostos das membranas (MOREIRA, 2015). Seu efeito bactericida é mais eficiente em alta umidade (60-80%), pouca matéria orgânica e pH e temperatura baixa (FREITAS,2011).

4. PRINCIPAIS   APLICAÇÕES    CLÍNICAS   NA   MEDICINA VETERINÁRIA – PEQUENOS ANIMAIS – RELATO DE CASO

Aumentar a oxigenação e o metabolismo do corpo são alguns dos benefícios que o ozônio pode proporcionar, (Pino et al., 1999).

A oxidação dos eritrócitos é aumentada pela exposição ao ozônio, que torna as células mais flexíveis, ajudando-as a passar melhor pelos capilares, garantindo um bom suprimento de oxigênio tecidual. Reduz a aderência de plaquetas, é analgésico, anti-inflamatório e ativa o sistema retículo-endotelial.

A reação do ozônio com o sangue continua, pois reage com antioxidantes livres no plasma (incluindo ácido úrico, ácido ascórbico, glutationa reduzida (GSH), cisteína e albumina) e ácidos graxos poliinsaturados, assim, parte da quantidade de ozônio dissolvida no plasma é imediatamente neutralizada por antioxidantes livres no sangue, (Travagli et al. ,2010).

Por fim, a oxidação do ozônio com ácidos graxos nas membranas celulares produz substâncias que influenciam a forma como a oxiemoglobina interage com o oxigênio. Essa reação aumenta a vasodilatação, o que aumenta a oxigenação dos tecidos e melhora a função metabólica na célula. A terapia com ozônio também estimula a cicatrização e a formação de novos vasos sanguíneos, o que é fundamental para a recuperação do animal.

O ozônio é encontrado em quase todos os seres vivos, porque muitas das substâncias na natureza reagem rapidamente com o gás ozônio. Cunha (2010) explicou que o ozônio está presente em animais, plantas e até bactérias. O ozônio é uma molécula feita de oxigênio que não é estranho ao corpo. Pode ser administrado a pacientes sem causar reações alérgicas.

Existem vários tratamentos com ozônio na medicina veterinária, onde sempre devemos levar em consideração o estado de saúde do paciente e as características do processo patológico. (RODRIGUEZ et al.,2018).

Em um caso específico, efetuado pela própria autora, foi atendido em uma clínica veterinária em Manaus-Am, um animal de raça shittzu, sendo caracterizado por uma fêmea de 2 anos de idade. Relatou-se que o animal sofreu um acidente onde um veículo passou em cima do animal causando fraturas em Ílio bilateral, ísquio e púbis, onde a mesma precisou passar por uma cirurgia ortopédica para a correção das fraturas, após a cirurgia ortopédica o cão teve uma sepse grave, embora feito o tratamento com diversos antibióticos voltados para melhoria, não se obtinha resultado, e foi nesse momento que começou as sessões de ozônio duas vezes na semana, nas quatros semanas de tratamento foi realizado.

O método de ozonioterapia utilizado a técnica de “Bagging” associado lavagem com soro fisiológico ozonizado no local da cirurgia e à insuflação retal. A solução fisiológica foi ozonizada no próprio local de atendimento, para melhorar a absorção do gás pela via cutânea onde essa solução fisiológica passou 10 minutos ozonizando em uma concentração de 45mcg.

A técnica de “Bagging” consiste na utilização de um saco resistente ao ozônio, material não látex, para abrigar todo o corpo do animal, deixando apenas a cabeça do mesmo livre. O saco utilizado era vedado na região do pescoço, permitindo a circulação do gás. O bag é vedado para que não ocorra vazamentos e seja absorvido o máximo de ozônio no local da lesão, o gerador fica ligado durante a sessão enviando a concentração 32µg/ml durante por 10 minutos.

Na insuflação retal, foi utilizado uma sonda uretral número 10, sempre lubrificada para facilitar a entrada no reto do animal, com o uso de uma seringa de 60 ml, foi aplicado 120ml (na concentração de 20mcg) de ozônio.

Esta é a técnica mais utilizada quando falamos de aplicação sistêmica, pois o ozônio ao ser administrado no reto reage com as muco proteínas do epitélio intestinal e é absorvido pela circulação. A técnica é muito utilizada pois é indolor ao paciente e de baixo custo, e por ser fácil o manejo pode ser utilizado em animais debilitados (RIBEIRO, 2019).

FIGURA 1 – IMAGEM REPRESENTATIVA DO EXAME RADIOGRÁFICO DA CADELA NA INCIDÊNCIA VENTRO-DORSAL APÓS A CIRURGIA DE REDUÇÃO DE FRATURA DO OSSO COXAL

Figura A: No raio x mostra as
fraturas de ílio bilateral, ísquio e púbis.
Figura B: No raio x mostra as posições de placa e pino.
Figura C: Cirurgia com sepse.
Figura D: Realização de ozonioterapia em Bagging
Figura E: Mostra a cirurgia depois das sessões de ozonioterapia já sem sepse.
Figura E: Mostra o animal 100% bem depois do tratamento.

Após 8 sessões que perduraram por 4 semanas com intervalos entre uma e outra de dois dias, a ozônio terapia teve uma eficácia de 100%, na qual trouxe uma nova qualidade de vida e movimento a vida do animal: Pode-se mencionar que embora muito eficaz os inúmeros antibióticos que o animal teve acesso, infelizmente não trouxeram nenhuma melhora, na qual, antes da aplicação do ozônio se cogitava a amputação do membro, visto que a terapia convencional não obteve sucesso na reparação da septicemia. Com a aplicação do ozônio em 8 sessões, hoje o animal encontra-se restabelecido da septicemia de todos os malefícios que sofria, a aplicação do ozônio trouxe uma melhora significativa pelo seu grande potencial de ação.

Descrever aqui como foi acompanhado a evolução da cirurgia, a cicatrização e grau de lesão de acordo com os dias.

No tratamento ora mencionado, em nenhum momento a cadela demonstrou incômodo ou alteração de comportamento. O tratamento demonstrou boa taxa de retração e cicatrização total, com 8 sessões durante 4 semanas.

Está técnica ora utilizada é uma das mais aplicadas, sempre analisando o caso concreto. Além do método Bagging (local) e da insuflação retal (sistêmica) existem outras formas de administrar o ozônio.

Por fim, o ozônio é um excelente anti-inflamatório local, reduzindo a dor e o inchaço. Sua composição de neuroquímicos é neutralizada, fazendo com que os mediadores inflamatórios sejam metabolizados e excretados (FERREIRA et al., 2013). A ozonioterapia auxilia o metabolismo do animal, estimulando-o e oxigenando todo o corpo. Também ajuda a tratar lesões na pele do animal. O ozônio ajudou a reduzir a infecção e a dor na área em que é aplicado devido ao seu efeito bactericida.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo foi desencadeado, para abranger o conhecimento sobre o uso da ozonioterapia, que ainda é pouco utilizada no Brasil. Buscaram-se evidências dos benefícios e indicações do uso terapêutico do ozônio por meio da análise do discurso dos artigos científicos utilizados, além do caso trazido na prática pela autora.

A terapia com ozônio tem se mostrado eficaz no tratamento de feridas extensas e de difícil cicatrização, processos isquêmicos, alérgicos e outros; tem efeito sanitizante, onde há mais uma área a ser esclarecida. Pode-se observar que no tratamento em comento, o mesmo foi bem-sucedido em melhorar a condição da pele e outros tecidos. É de fácil execução, acessível e pode ser aplicado topicamente ou sistemicamente. A área tratada cicatriza bem e combate o novo tecido de granulação.

O ozônio vem mostrando cada vez mais sua eficiência. Originalmente, muitos pensavam que o ozônio não seria eficiente, porém mostra-se totalmente o contrário, diferentes aplicações obtiveram resultados surpreendentes, sendo assim, os profissionais devem saber tudo sobre a técnica desta terapia, para que possam usufruir de todos os seus benefícios.

REFERÊNCIAS

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AGUIAR, Lázaro Joaquín Pérez, BÁEZ, Obel García, GONZÁLEZ, Ceferino Román

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