OS PNEUS NO MEIO AMBIENTE E O DESCARTE CORRETO

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11215228


Raquel Moreira Gomes¹


RESUMO – sugestão de resumo:

Este artigo tem como tema central os impactos ambientais causados pelo descarte inadequado de pneus e a importância do descarte correto como forma de preservar o meio ambiente. Com isso, observando a cidade de Manaus – AM, onde se constatou que muitos dos pneus são descartados de forma irregular, causando ainda mais problemas ambientais.

O descarte incorreto de pneus pode ter diversas consequências negativas para o meio ambiente, como a contaminação do solo e da água, a proliferação de doenças transmitidas por mosquitos. Além disso, os pneus demoram muitos anos para se decompor naturalmente, o que aumenta ainda mais seu impacto no meio ambiente.

Diante deste quadro, é indispensável o desenvolvimento de medidas e políticas públicas que promovam o descarte correto de pneus e a gestão sustentável desses resíduos, como a instalação de pontos de coleta e a conscientização da população sobre os riscos do descarte inadequado.

Portanto, é fundamental a promoção de práticas sustentáveis no descarte de pneus. Governo, empresas e a sociedade civil podem contribuir para a redução dos impactos ambientais e para a construção de um futuro mais sustentável.

Palavras – Chave: Descarte, Meio Ambiente, Pneus, Resíduo, Contaminação.

ABSTRACT

This article addresses the central theme of the environmental impacts caused by improper tire disposal and the importance of proper disposal as a means of preserving the environment. With that, observing the city of Manaus – AM, where it was found that many tires are improperly disposed of, causing even more environmental problems.

The improper disposal of tires can have various negative consequences for the environment, such as soil and water contamination, the spread of mosquito-borne diseases, and air pollution. Additionally, tires take many years to decompose naturally, further increasing their environmental impact.

Given this scenario, it is essential to develop measures and public policies that promote proper tire disposal and sustainable waste management, such as the establishment of collection points and raising awareness among the population about the risks of improper disposal.

Therefore, promoting sustainable practices in tire disposal is fundamental. Governments, businesses, and civil society can contribute to reducing environmental impacts and building a more sustainable.

Keywords: Disposal, Environment, Tires, Waste, Contamination.

1 – INTRODUÇÃO

O homem primitivo precisava parar e pensar em como resolver problemas do cotidiano e achar soluções para amenizar seu árduo trabalho que necessitava de  muita força e com o passar do tempo, a invenção da roda foi a mais importante da humanidade. Com ela, os povos primitivos tornaram mais rápidos e fáceis os trabalhos pesados.  Mas sua criação não pode ser condicionada a um inventor somente, e sim, as diversas culturas que existiram A.C. Os primeiros registros vêm da antiga Mesopotâmia, atualmente, corresponde aos territórios do Iraque, Irã e Jordânia, no Oriente Médio e significa “terra entre rios”, referente à localização geográfica.

Os sumérios e os egípcios, por exemplo, utilizavam rodas em carros e veículos de transporte. Ela se tornou fundamental da agricultura, transporte e construção usada pelos sumérios e os egípcios. A invenção da roda foi um marco que não podemos imaginar o mundo sem ela. Antes feita de madeira passou por varias transformações até quando a borracha passou a ser utilizada revestindo e assim diminuindo os impactos.

Havea Brasiliensis nossa seringueira nativa da Amazônia chegando a 25 metros é a principal produtora de borracha natural. Antes de Colombo chegar á Americano ano de 1942, os índios brincavam com uma bola de borracha e faziam outros utensílios.

A borracha, de inicio não servia para muita coisa, mas ia circulando de mão em mão. No século XVIII, ainda mais conhecida, servia só para eliminar do papel o que havia sido escrito a lápis. Dai o nome borracha. (PECORARI 2017, 16)

O tempo passou a ser produzida pela Europa após sementes terem sido levadas da Amazônia e foram cultivadas e plantadas em outros locais como Ceilão e Malásia. 

O primeiro pneu era maciço, era todo preenchido de borracha e era usado por veículos de velocidade baixa. Segundo o site: (BIG TIRES 2021) (acessado em 20.03. 2024) O principal problema da utilização da borracha era o risco da mesma se dissolver em dias quentes ou ficar quebradiça em dias frios. Após diversos experimentos, o americano Charles Goodyear descobriu, em 1830, a vulcanização da borracha. Foi o responsável por resolver os problemas da borracha, e em 1839, após alguns experimentos, descobriu o que hoje é conhecido como processo de vulcanização que é o de cozinhar a borracha em alta temperatura, adicionando enxofre no processo.

No livro escrito por (PECORARI 2017, 20 e 21) em “Pneus da borracha ao controle”, conta-se que: Em 1839, sua fábrica cuidava de fazer 150 malotes para o correio dos Estados Unidos e certo dia, vários malotes foram encontrados com deformações. Alguns dizem que um deles foi deixado perto do forno quente e queimou de tal forma que Goodyear percebeu ter encontrado a luz, o fio da meada para solução de seu problema. Há outra versão um tanto quanto modificada, afirmando que, Charles Goodyear estava desenvolvendo um novo malote a pedido correio norte americano e ele frustrado e raivoso com diversas tentativas que não tinham dado certo, atirou um daqueles malotes no forno. Como a fumaça e o cheiro eram insuportáveis, Goodyear pegou o malote e o jogou pela janela. Na manha seguinte, percebeu do lado de fora da casa, que havia descoberto um processo.

Depois disso, fez novos experimentos e mediu a temperatura com a quantidade de enxofre para realizar o processo de vulcanização e patenteou a “invenção”. Foi ai que surgiu “nova” borracha, e os pneus de ar passaram a existir.

E em 1895, os primeiros pneus inflados com ar começaram a ser utilizados nos carros, na França, tornando-se assim, mais confortável as viagens.

No ano de1947, passaram a ter uma câmera de ar interna, que ficaram mais leves. Já na década de 50, criou-se o pneu radial, a estabilidade e economia de combustível. Hoje, temos pneus apropriados para com tecnologia de ponta.

Com o passar dos anos aconteceram diversas modificações, inclusive, a borracha sintética que se tornou um grande marco para a produção dessas peças. A borracha natural é hoje, matéria-prima escassa e com a alta demanda, não consegui dar conta do mercado de pneus para atender a frota automobilística.

O mercado produz pneus, usando 19% de borracha natural e 24% de borracha sintética, que é um polímero plástico, usa também componentes feitos de metal e outros compostos.

2 – PARA ONDE VÃO ESSES PNEUS?

Os pneus são usados em carros, caminhões, ônibus e aviões proporcionando segurança para cada veículo, quando estão novos e conforme o tempo de uso, nos carros de passeio, podem durar bastante, quando bem cuidados com uma boa manutenção, podem durar até 60 mil quilômetros. Esses são os cálculos feitos pelos fabricantes de um bom pneu. Agora, quando se trata de pneus usados em aviões, temos uma durabilidade de apenas 25 dias, mais ou menos duzentos e cinquenta voos especialmente os usados em voos mais curtos, podem fazer até dez voos por dia.

Os pneus depois do tempo de uso estabelecido pelo fabricante podem ser recapeados, o que dá uma “vida extra”, considerada boa antes do seu descarte. O pneu passa a ser usado novamente, no caso dos carros de passeio, e sua durabilidade pode chegar a 3 anos de uso. Com o pneus de aviões, acontece a mesma coisa, observando o tempo de uso.

Os dois meios de transporte citados acima, nos faz refletir sobre o tempo de cada um. Com os carros o tempo de uso é razoável e até aceitável, isso quando são usados corretamente, mas com os aviões, o tempo de uso é menor e isso acontece por ser um transporte de grande porte, que na hora do pouso, há uma sobre carga de muitas toneladas nos pneus, por isso a necessidade da troca a cada 25 dias, e se isso não ocorrer à probabilidade de danos como fissuras, rachaduras ou mesmo explosões podem acontecer se não houver inspeções constantes a cada pouso das aeronaves.

Depois de utilização e uso correto, os pneus precisam ser trocados por novos e o seu descarte é inevitável. Geralmente é deixado no local de troca ou levado para casa, não havendo mais utilidade. Muitos pneus são descartados de forma incorreta, jogados as margens de rodovias, ruas e avenidas, ou até mesmo ficando em terrenos baldios e quintais, sendo criadouros de mosquitos que causam mal a nossa saúde, como no caso do mosquito da dengue.

Porém, se os devidos cuidados forem tomados, os pneus que não servem mais para uso, são encaminhados para pontos de coleta. Depois vão para as fábricas que transformam a borracha em pó, para ser inserido na composição do asfalto.

A reciclagem, que além de preservar o meio ambiente também gera riquezas. A reciclagem contribui para a diminuição a poluição do solo, da água e do ar. No site: (BING s.d.) (acessado em 24.03.2024), fala que a reciclagem é um processo que transforma materiais descartados em novos produtos, reduzindo a extração de recursos naturais e minimizando a poluição. Ela contribui para a preservação do meio ambiente, a redução de resíduos e a economia de energia. Além disso, a reciclagem gera empregos e benefícios econômicos.

Redução no gasto de energia: A reciclagem diminui a necessidade de produzir materiais a partir de matérias-primas virgens, economizando energia no processo.

Redução dos gases de efeito estufa (GEE): Quando reciclamos, evitamos a emissão de gases poluentes associados à produção de novos materiais. Por exemplo, o uso de plástico reciclado pode reduzir pela metade as emissões de GEE em comparação com o plástico virgem.

Preservação de fontes de matéria-prima: Ao reciclar, prolongamos a vida útil dos materiais existentes, reduzindo a necessidade de extrair recursos naturais.

Diminuição do gasto com aterros sanitários: A reciclagem reduz a quantidade de resíduos que precisam ser descartados em aterros, aliviando a pressão sobre esses locais.

A reciclagem faz parte do mundo atual e é essencial para mantermos uma sociedade sustentável. O reaproveitamento do resíduo como matéria-prima, da vida a novos produtos dando sustentabilidade, gerando economia em diversos pontos e isso é muito importante para uma sociedade em desenvolvimento.

3 – PRECISAMOS MUDAR

Fonte:  (BING s.d.)

Não é fácil mudar a mente das pessoas para entender que a reciclagem é necessária. Para isso precisamos trabalhar o campo desde a mais tenra idade, com projetos de educação do meio ambiente. As crianças são seres capazes de entender o porquê da mudança. Podem propagar uma nova visão através de projetos feitos dentro das creches em parceria com as prefeituras e órgãos competentes, destinados a organizar todos os caminhos que levam a reciclagem. Esse trabalho para dar certo precisa do comprometimento de todos.

“Coopere, coopere, multiplique a forma de gerar mudanças construindo parcerias, colaborando com outros e buscando soluções ganha-ganha” (MONTEIRO, Cartas da Terra 2017)

A mudança começará quando todos acreditarem que o lixo tem destino correto e pode transformar o espaço em que vivemos.

4 – PRODUTOS RECICLÁVEIS

Quase todos os materiais são recicláveis, esse assunto é importantíssimo até mesmo para sobrevivência, mas quais são os materiais que podem ser reciclados? Quando ouvimos a palavra “reciclagem” pensamos em “lixo”. Sim é um lixo, mas um lixo renovável que produzirá novos produtos e consequentemente gerará empregos e renovação do meio ambiente.

Seja na casa, escritório, empresa, escola ou outro lugar, bem descartado pode ser reaproveitado, tornando-se resíduos que servirão de matéria prima para produção de novos produtos. Os lixos que não são reaproveitados são chamados de rejeitos e são destinados a destruição correta.

Quais são os materiais que podem ser reciclados?

A coleta seletiva no mundo inteiro é feita de modo simples usando cores para identificação do lixo reciclável. Essa organização é feita através das cores que são:

Verde vidro;

Vermelho Plástico;

Azul Papel, papelão;

Amarelo Metal.

Esses quatro elementos, vidro, plástico, papel, papelão e metal, são bem presentes e faz parte da rotina de qualquer pessoa de qualquer classe social,

As quatro cores acima são as mais usadas e para completar as dez cores, as outras seis são denominadas como resíduos. A cor marrom (orgânico) e a preta (madeira) são orgânicos e as outras cores são denominadas como rejeitos.

Laranja – Resíduos perigosos;

Branco – Resíduos hospitalar;

Roxo – Resíduos radiativos;

Cinza – Não recicláveis, contaminados, ou misturados.

Marrom – Resíduos orgânicos;

Preto – Madeira;

Os resíduos orgânicos podem se tornar adubos. Respeitando a natureza e o meio ambiente este ato pode ser realizado de maneira sustentável. Fazendo assim, nada se rejeita, tudo se aproveita.

O pneu não tem cor para identificar sua reciclagem, mas nem por isso, ele deixa de entrar para a lista dos produtos que se modificam ao ser descartado corretamente.

4.1 – TEMPO DE VIDA DOS PRODUTOS

Tempo de decomposição da natureza:

ITENSCOR DA RECICLAGEMTEMPO
Papel, papelãoAzul6 meses
PlásticosVermelho450 a 500 anos
MetalAmarelo500 anos
VidroVerdeTempo indeterminado
Pneus 600 anos

4.2 – RECICLAGEM DE PAPEL

O papel passa por diversas fases durante a reciclagem. Depois da coleta e separação do que pode ser reciclado, passa por um controle de qualidade, isso porque, grande parte da população não sabe fazer corretamente a coleta seletiva. Editoras e outras empresas conseguem fazer essa seleção de maneira mais correta. Depois ocorre uma limpeza do material. Tudo o que não for papel reciclável será retirado. Alguns tipos não podem ser reaproveitados, como fitas adesivas, papéis fotográficos, papel carbono, copos, etiquetas adesivas.

4.3 – RECICLAGEM DE PLÁSTICO

A reciclagem do plástico é composta por três fases: coleta/separação, revalorização e transformação. As matérias-primas são trazidas por associações de catadores, empresas de coleta seletiva. A separação dos plásticos é feita de acordo com o tipo. Depois é colocado em um moinho, onde também pode ocorrer sua lavagem e sua secagem. Em seguida é aquecido, aditivado e homogeneizado, que vai fundi-lo e transformá-lo em matéria-prima novamente. No processo de extrusão que a matéria-prima é transformada em pequenos pedaços, assim fica mais fácil para o transporte às fábricas de artefatos plásticos.

4.4 – RECICLAGEM DE METAL

A reciclagem recebe o material por meio de catadores. Já na fábrica, é feita a separação do metal que chega todo misturado. O material já separado é derretido e transformado em novos produtos.

E importante ressaltar que o Brasil recicla 98% por cento das latinhas feitas de alumínio que são as de refrigerantes, sucos e cervejas.

4.5 – RECICLAGEM DE VIDRO

O vidro é 100% reciclável composto por matérias-primas totalmente naturais, como: areia, barrilha e calcário. O processo de reciclagem é muito eficaz, não há perda de material, sem descarte na natureza. A reutilização é benéfica ao meio ambiente e esse é o melhor resultado dentro da reciclagem em geral.  E além do mais, sua reutilização na confecção de novas embalagens consome menos energia e reduz a emissão de CO2.

4.6 – RECICLAGEM DE PNEUS

Fazemos uso de pneus o tempo todo nos transportes que usamos para nos locomover, isso faz parte do cotidiano. No entanto, dificilmente paramos para pensar no descarte correto desse objeto indispensável nos meios de transporte.

No site: (PENSAMENTO VERDE 2018) (acessado em 30.03.2024) diz que: Mesmo que o descarte de pneus seja complicado, é possível fazê-lo de forma correta. Isso porque existem centros de descarte especializados em realizar a deterioração correta de pneus sem atingir o meio ambiente. Nesses locais, o processo de reciclagem de pneus velhos é complexo, mas todos os pneus inservíveis entram na deterioração.

Segundo site (RECICLA SAMPA 2018) (acessado em 28.03.24).

A vida útil de um veículo automotivo pode ser medida em quilômetros. Depois de certa quantidade de trechos rodados, o automóvel perde algumas de suas características originais e começa a apresentar problemas de desgaste. Entre os resíduos que o veículo produz ao ser descartado, os pneus podem ser considerados os principais – daí a importância da reciclagem desses produtos.  Não há necessidade de jogar os pneus em aterros, já que ocupam muito espaço e demoram cerca de 600 anos para se decompor. Além disso, ao ser queimado, o pneu libera uma fumaça com alguns tipos de poluentes prejudiciais à qualidade do ar, como carbono e enxofre. Se descartado em rios, o produto dificulta o fluxo da água.

No site (AGÊNCIA BRASÍLIA 2024) (acessado em 30.03.2024) “O pneu é um dos pontos mais atraentes para o mosquito. Com a chuva, ele se torna o principal depósito para a proliferação”.

Podemos constatar que descarte incorreto ocorre também em vias públicas, na maioria das cidades brasileiras. São jogados de qualquer maneira, degradando a imagem, poluindo o meio ambiente e sendo depósitos de larvas de mosquito que prejudicam nossa saúde, e em alguns casos, levando a óbito como a dengue que hoje no Brasil já atinge dois milhões de infectados.

Fotos de pneus em vias publicas: autora/2024

Por isso é importante que exista um destino correto. Desde 1999, há, inclusive, uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente que pede que as indústrias brasileiras de pneus ofereçam destinação adequada e ambientalmente correta aos pneus usados que não servem mais – ou seja, que não têm como serem reciclados. De cada 100 pneus descartados no Brasil, aproximadamente 55 são levados de volta pelos proprietários para uso como estepe o ou qualquer outro fim.

Os 45 restantes vão parar em postos de coleta por não terem mais condição de uso. Destes, 67% são utilizados como combustível alternativo em fornos do setor de cimento. Os outros 33% vão para reciclagem e dão origem a produtos como grama sintética, pisos de quadras esportivas e tapetes de automóveis.

Quando a coleta feita pelos órgãos responsáveis o pneu é destinado a separação, o aço é retirado e separado do pneu, então, triturados e destinados as  empresas que transformam a  borracha em pequenos pedaços. O produto é transformado em diversos objetos, como solas de sapato, asfalto, tijolos de concreto, e outros.

Aqui em Manaus existe uma empresa de reciclagem de pneus chamada Amera, fundada em 2023, localizada na Bola da Suframa, no Distrito Industrial de Manaus e genuinamente manauara, atua na reciclagem de pneus, transformando-os em um novo produto, proporcionando um novo destino sustentável. Segundo a (A CRÍTICA 2023) (acessado em 12.05.2024): “A Amera surgiu quando nós vimos um problema crônico que tem em Manaus que é o descarte incorreto de pneus inservíveis. A Amera vem para fazer um diferencial. A nossa ideia era fazer uma logística reversa 100% onde você pega esse produto que já não tem mais utilidade no mercado, transforma-o em matéria-prima e faz ele voltar para o mercado como um novo produto”, descreveu a diretora executiva Sueli Cossuol.

Foto da reportagem Do site: (A CRÍTICA 2023)

Existem também formas simples de reutilizar os pneus, deixando o ambiente mais agradável e organizado, assim como embelezando paisagens e sendo útil de diversas maneiras.

Fotos feita pela autora. 2024

4.7 – AS NORMAS DA RECICLAGEM

Conforme o site: (VERTOWN s.d.) (acessado em 28.03.2024) A Norma NBR 12235 da Associação Brasileira Normas Técnicas – ABNT define que armazenamento de resíduos é a contenção temporária em área autorizada pelo órgão de controle ambiental, até a reciclagem, recuperação, tratamento ou disposição final, com o objetivo de atender a uma série de condições de segurança.

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) criou uma comissão para regulamentar a Lei 14.260/21, que garante a dedução do Imposto de Renda a empresas ou pessoas físicas comprometidas em projetos de reciclagem. (UOL 2023) (acessado em 28.03.24).

 Todo processo de reciclagem começa na separação dos resíduos pelo seu produtor, usando um bom gerenciamento da limpeza urbana e terminando nas usinas de reciclagem. Depois dessa limpeza o material reaproveitado se transforma em matéria-prima preservando assim o meio ambiente e consequentemente gerando renda.

Há 4 tipos de reciclagem:

Reciclagem mecânica – Primeiro, por meio de associações de catadores, cooperativas ou pela coleta municipal. Em seguida, ocorre a separação nos lugares destinados a separação e a limpeza, para retirar restos de sujeira.

Reciclagem energética – Faz a reciclagem, no caso dos plásticos,  por meio de sua transformação em energia térmica e elétrica, através da incineração.

Reciclagem química – Transforma resíduo de maneira a serem utilizáveis em outros processos. Esta reciclagem é muito empregada em resíduos plásticos, os polímeros são quebrados se transformando em monômeros.

Coleta seletiva – A coleta seletiva é feita através de cores selecionando cada produto a ser coletado e reciclado: azul (papéis e papelões); verde (vidros); vermelho (plásticos); amarelo (metal) e marrom (resíduos orgânicos).

A responsabilidade da reciclagem cabe ao governo regular a exploração do meio ambiente, fabricação e descarte destes produtos.

5 – OS 5 RS + DT

 No Brasil, 1 bilhão e trezentos milhões de toneladas de lixo por ano. Isso mesmo, um bilhão… Ou em média um quilo e duzentos gramas por dia para cada habitante (MONTEIRO, É tempo de reciclar 2017, 1 e 10).

As regras básicas para uma reciclagem correta começam pelo cumprimento de atitudes corretas, fáceis de realizar, em relação ao problema. Podemos utilizar os 5 Rs + DT que são:

  • Reduzir
  • Repensar
  • Reaproveitar
  • Reciclar
  • Recusar

+

  • Doar
  • Trocar

5.1 – Os 3 R’S

Mas, para iniciar o processo de conscientização de reciclagem, podemos reduzir os 5 Rs + DT para os 3Rs. Assim será mais fácil a mudança na educação ambiental

Os 3 conceitos da reciclagem são:

RECICLAR – Transformar objetos usados por meio artesanal ou industrial em um novo objeto de consumo.

REUTILIZAR – é o reaproveitamento do objeto em outra função.

REDUZIR – Revisar seus hábitos de consumo e preferir produtos que tenham refil

Reduzir o consumo, reutilizar, reciclar materiais e dar destinação adequada aos resíduos é outros dos concelhos, assim como não desperdiçar energia e buscar gerá-la a partir de fontes renováveis. (MONTEIRO, Cartas da Terra 2017).

5.2 – Educação ambiental

Conforme o site: (ICMBIO s.d.) (acesso dia 28.03.2024). Política Nacional de Educação Ambiental – Conheça a Lei 9.795 / 1999, que dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. A Educação Ambiental compreende os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal.

A Educação Ambiental começa em qualquer espaço, para isso é necessário que todos os seguimentos possam interiorizar a importância dessa prática, seja em empresas, parques, avenidas, escolas e outros. Todo lugar é digno de uma educação e transformação coletiva.

CONCLUSÃO

Em observação as consequências do descarte incorreto dos pneus, em lugares inadequados, poluindo e transformando paisagens, concluiu-se que a importância e um olhar mais atento dos órgãos responsáveis, para o problema existente. Transformar e resolver o descarte dos resíduos de pneus inservíveis é também, tarefa de todos que utilizam meios de transporte individual e dos que tem empresas. Jogar pneus em qualquer lugar não é uma prática saudável

A mudança começará quando todos acreditarem que o lixo tem destino correto e pode transformar o espaço em que vivemos.

Esta pesquisa teve como meta principal, promover a mudança de hábitos em relação ao descarte inadequado de pneus e reduzir assim, seus impactos e consequências. Devemos ter uma postura mais educativa cuidando da natureza. Ter consciência em relação aos impactos na saúde e no meio ambiente causado através da nossa mudança de habito. A reciclagem é uma das formas mais atrativas para que o meio em que vivemos possa se transformar, afinal, nada se joga fora, tudo se transforma.

REFERÊNCIAS

BIG TIRES. 17 de maio de 2021. https://www.bigtires.com.br/blog/post/a-historia-dos-pneus (acesso em 20 de março de 2024).

BING. s.d. https://www.bing.com/search?q=No+processo+de+reciclagem%2C+que+al%C3%A9m+de+preservar (acesso em 24 de Março de 2024).

ICMBIO. s.d. https://www.icmbio.gov.br/educacaoambiental/politicas/pnea (acesso em 28 de março de 2024).

MIRANDA, THAÍS. AGÊNCIA BRASÍLIA. 23 de Janeiro de 2024. https://www.agenciabrasilia.df.gov.br/2024/01/23/forca-tarefa-contra-a-dengue-recolhe-milhares-de-pneus-no-riacho-fundo-ii/ (acesso em 30 de Março de 2024).

MONTEIRO, BIA. Cartas da Terra. São Paulo: Evoluir, 2017.

—. É tempo de reciclar. São Paulo: Evoluir, 2017.

PECORARI, Paulo Mantelatto. PNEUS da borracha ao controle. São Paulo: Novas Edicoes Academicas, 2017.

PENSAMENTO VERDE. 28 de Fevereiro de 2018. https://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/as-principais-consequencias-do-descarte-de-pneus-no-meio-ambiente/ (acesso em 30 de Março de 2024).

RECICLA SAMPA. 08 de Maio de 2018. https://www.reciclasampa.com.br/artigo/entenda-como-funciona-a-reciclagem-de-pneus (acesso em 28 de Março de 2024).

SARDINHA, EDSON. UOL. 25 de Junho de 2023. https://congressoemfoco.uol.com.br/area/governo/meio-ambiente-comeca-a-regulamentar-lei-de-incentivo-a-reciclagem (acesso em 28 de Março de 2024).

VASCONCELOS, LUCAS. A CRÍTICA. 16 de Julho de 2023. https://www.acritica.com/amazonia/empresa-manauara-da-novo-destino-aos-pneus-velhos-1.311695 (acesso em 12 de Maio de 2024).

VERTOWN. s.d. https://www.vertown.com/blog/conheca-as-normas-aplicaveis-ao-armazenamento-de-residuos-por-terceiros/#:~:text=A%20Norma%20NBR%2012235%20da,s%C3%A9rie%20de%20condi%C3%A7%C3%B5es%20de%20seguran%C3%A7a. (acesso em 28 de Março de 2024).


¹Licenciada em Pedagogia pela Universidade Católica Dom Bosco / Campo Grande – MT no ano de1997. Licenciada em Artes Visuais pela Universidade Federal de Mato Grosso / Campo Grande – MT no ano de 2004. Pós – Graduação em Metodologia do Ensino Superior – Manaus / AM no ano de 2006. Mestrado em Ciências da Educação – 2020. E-mail: raquelpos_7@hotmail.com