OS EXCLUÍDOS DA ESCOLA; QUEM É O “OUTRO” NO CONTEXTO CULTURAL?

Those excluded from the school; who is the “other” in the cultural context?

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7646738


CARLOS, Lucas1


RESUMO

Os excluídos da escola; quem é o “outro” no contexto cultural? Analisando nossa sociedade, muitas vezes nos perguntando? Quem são os excluídos? Quem é o outro? Em qual contexto poderíamos ser o outro? Ao longo dessa pesquisa, buscou-se conhecer leis e pressupostos teóricos, fundamentando assim a inclusão no âmbito escolar. Para analisar o problema da inclusão, ora na perspectiva da classe, ora na perspectiva de relação, podemos refletir um avanço muito importante para nossa sociedade. Quando falamos de inclusão, talvez o que vem em nossos pensamentos está relacionado às pessoas que possuem algum tipo de deficiência, porém percebemos que podemos ir muito além, refletindo no campo das adversidades, uma evolução muito rica para o nosso crescimento. Para uma escola ser inclusiva, é preciso acreditar que todas as crianças podem aprender, o papel da escola é proporcionar a todos, acesso igualitário a um currículo básico, rico e uma instrução de qualidade abrangendo a todos os alunos, para então crescer no campo das ideias e pensamentos. É por meio das adversidades que ampliamos nossa cultura, nossa forma de pensar, buscando mais equidade, onde aprendemos a se colocar no lugar do outro, formando pessoas pensantes em defesa de uma massa crítica, capaz de refletir o caos vivido pela nossa sociedade, e transformar nossa realidade ao caminho de uma grande mudança social. Presume-se assim que o “outro” em determinado contexto e classe social, pode ser qualquer um de nós, mesmo as pessoas que lá estiveram grande êxito, e em determinado momento não renderem mais em suas competências, podem vir a ser o “outro”, onde é excluído, precisamos desenvolver um novo olhar, mais humano e empático, só assim podemos acreditar num mundo mais acolhedor. 

Palavras-chave: Inclusão-Equidade-Empatia. 

Summary

Those excluded from school; who is the “other” in the cultural context? Analyzing our society, often asking ourselves? Who are the excluded? Who’s the other one? In what context could we be the other? Throughout this research, we sought to know laws and theoretical assumptions, thus substantiating inclusion in the school environment. To analyze the problem of inclusion, sometimes from the perspective of class, sometimes from the perspective of relationships, we can reflect a very important advance for our society. When we talk about inclusion, maybe what comes to our minds is related to people who have some kind of disability, but we realize that we can go much further, reflecting in the field of adversity, a very rich evolution for our growth. For a school to be inclusive, it is necessary to believe that all children can learn, the role of the school is to provide everyone with equal access to a basic curriculum, rich and quality instruction covering all students, to then grow in the field of ideals and thoughts. It is through adversities that we expand our culture, our way of thinking, seeking more equity, where we learn to put ourselves in the other’s shoes, forming thinking people in defense of a critical mass, capable of reflecting the chaos experienced by our society, and transform our reality to the path of a great social change. It is thus presumed that the “other” in a given context and social class, can be any of us, even people who were very successful there, and at a given moment no longer yield in their skills, can become the “other” ”, where it is excluded, we need to develop a new look, more humane and empathetic, only then can we believe in a more welcoming world.

Keywords: Inclusion-Equity-Empathy.

1. Introdução 

A Educação Inclusiva se espalha pelo mundo, tem assumido um papel de destaque no panorama das políticas governamentais brasileiras, principalmente, a partir da década de 1990, em que se pode verificar o fortalecimento do discurso e de propostas que revelam a intenção de garantir educação para todos. Nesta perspectiva, entende-se que todos possuem o direito de uma boa educação, e as pessoas com algum tipo de comprometimento devem fazer parte do ensino regular, as quais devem modificar seu funcionamento para incluir todos os alunos. Esta é a mensagem que é proposta pela Declaração de Salamanca/Espanha (1994).

O embasamento teórico, em que este estudo está debruçado, se refere às pedagogias de ensino sobre os alunos incluídos, apontando as dificuldades em buscar uma metodologia. As estruturas que em muitas escolas ainda estão no processo de transformação, leis e pressupostos teóricos que sustentam a inclusão no ensino regular, dando a ênfase a sua grande importância para nossa sociedade, tendo a consciência que incluir é aceitar as pessoas em nosso meio, aprender conviver e se relacionar. Através desses paradigmas construímos uma sociedade acolhedora capaz de desenvolver possibilidades, num processo que são todos beneficiados, exclusão não é só pra quem deficiência física, mental etc., mas pra todos que de alguma forma se sentem excluídos.   

A compreensão de entender o “outro”, num sistema capitalista, onde precisamos dar respostas, tudo muda muito rápido, é importante desenvolvermos políticas públicas, um novo olhar para os excluídos de nossa sociedade, além das leis e pressupostos teóricos precisamos transformar nossa compreensão de quem é o “outro”, que muitas vezes podemos ser compreendidos como o outro, como não?, Basta não correspondermos às necessidades por meio de nossas ações corporais e não chegarmos numa determinada finalidade pode perder o emprego, diminuir o padrão de vida e sermos classificados como fora de uma determinada classe social, onde é preciso ter o capital econômico de acordo com as necessidades e seus objetivos, ou seja, a reflexão desse artigo é para ampliarmos a compreensão do outro em nosso contexto social. 

2. Metodologia

Neste capítulo estudaremos a Pesquisa Bibliográfica, buscando a analisar a fundamentação teórica, assim como políticas públicas em prol de uma transformação social, na perspectiva de despertar nas pessoas um novo olhar, com mais empatia e solidariedade. 

3. Contextualização Histórica

Conforme Silva (2009), alguns eventos históricos dos séculos XVIII e XIX, como o advento da modernidade e o desenvolvimento dos centros urbanos, a Revolução Francesa e a Revolução Industrial, estão intrinsecamente relacionados ao surgimento da sociologia. O cenário formado no continente europeu nesse período, graças a essas duas grandes revoluções e ao adensamento desordenado dos centros urbanos fez surgir vários conflitos. Como consequência, a sociedade passou a ser entendida como um problema a ser estudado e resolvido. Nesse momento histórico de grandes transformações, aqueles que se preocupavam em refletir sobre a sociedade sentiram-se convocados a dar respostas e a promover reformas sociais em meio à sensação de um colapso. 

[…] A sociedade sofreu uma transformação estrutural, deixando o modelo feudal do medievo, essencialmente agrário, para adotar o modelo de produção industrializado. Tal fato gerou um rápido crescimento populacional. A população da Inglaterra, por exemplo, passou de 4 milhões de habitantes no início do século XVIII para 9 milhões no começo do século seguinte. Na França, a população passou de 17 milhões, no século XVII, para 26 milhões, no século XVIII (Cavalcante; Silva, 2011 apud PESCAROLO, 2017 p.27).

É importante ressaltar, parafraseando o pensamento do autor, que com a revolução industrial, houve um grande êxodo do campo para a cidade, onde a mesma não estava preparada para receber tantas pessoas, não existia moradia para todas as pessoas, empregos etc. Dessa forma começou a surgir os grandes problemas sociais, a sociologia nasce nesse intuito de estudar o comportamento humano, assim como buscar meios para sanar os problemas sociais, nesse contexto observou-se que não haveria emprego para todas as pessoas, então já se começa a dividir a sociedade em classes, mesmo que sempre existiu a classe dos opressores, aqui por meio da revolução industrial podemos analisar na relação do trabalho, opressores e oprimidos, na relação de poder e força de trabalho, buscando no trabalho a busca do capital econômico para suprir as necessidades da família, podemos perceber que o “outro” nesse cenário vai ser quem faz os piores trabalhos, além da exploração da carga horária e jornada de trabalho. 

O nascimento da indústria alterou radicalmente o modo de produção de mercadorias, que até então era artesanal. Equivoca-se quem pensa que o capitalismo surgiu apenas com o advento das indústrias; esse sistema econômico já fazia parte da organização social anterior à Revolução Industrial […] Caracterizado pelas relações servis de produção, o feudalismo europeu marcou a história medieval por mais de mil anos. Nesse sistema, a produção era majoritariamente agrícola e orientada para o consumo, e a agricultura era basicamente de subsistência. A sociedade era estamental e de reduzidíssima mobilidade, já que a terra era a principal fonte de renda. Havia também uma forte polarização entre senhores e servos. (Pescarolo, 217 p.29.)

A sociedade nessa nova forma de produção, busca a produção não só para o próprio sustento, mas para armazenar e vender, então pode compreender que os camponeses tinham no campo os Senhores Feudal que eram os patrões, agora as indústrias toma a frente, nessa emancipação da burguesia do sistema Feudal. É importante salientar que no início dessa revolução industrial, percebemos um grande caos, não existia moradia, emprego para todos, além de surgir muitas doenças.

As principais mudanças então com a Revolução Industrial são de novas tecnologias; mudanças nas formas de organizar o trabalho; industrialização; êxodo rural e urbanização; surgimento do proletariado e sérias condições de vida para os trabalhadores. Se buscarmos analisar no setor educacional, percebemos também que as classes mais baixas não tinham incentivo aos estudos, e sim para o trabalho, reprodução de um sistema que precisa da mão de obra para manter e aumentar suas riquezas. 

O trabalho sendo a própria atividade do homem consiste na fabricação de seu próprio instrumento, sendo uma ferramenta usada numa relação não só com a natureza, mas com outros homens em relação com a natureza. Essa atividade na relação com o homem e natureza, na fabricação de seu instrumento para o trabalho, o homem desenvolve sua consciência coletiva, diferente do animal que anda em grupos, mas de forma gregária, agem pelos extintos, já o homem se desenvolve coletivamente, existe uma cooperação social, divisão do trabalho, onde cada membro é responsável de determinada atividade social. Essa relação mesma que se perceba uma divisão, onde cada mesmo faz uma atividade, esta socialmente organizada, por meio das necessidades em meio às necessidades em abater a caça, o homem se organiza socialmente em funções: fabrica seu próprio instrumento, outro espanta a caça para a mesma ser abatida. Podemos dizer que são ações totalmente diferentes, porém existe uma conexão, um espírito coletivo com o mesmo objetivo que é se nutrir, se alimentar, ou seja, o homem que apenas fabrica seu instrumento de trabalho, a lança, pode em determinado momento não ir com o grupo caçar, e ficar apenas fazendo lanças e participar da mesma forma nas refeições, isso mostra como a ação é conscientemente coletiva, existe essa carência que é a fome, o homem tem um motivo que faz com que suas ações corporais, se classifiquem em operações, trabalho, sendo a própria atividade com significações sociais, onde o homem se desenvolve num meio social e se constitui sua consciência por meio do coletivo na sua própria existência. (LEONTIEV, 2004). 

É importante salientar fazendo essa analogia na própria gênese do ser humano, e sua relação de trabalho e sua própria necessidade, sendo que era a carne, seu alimento para sua própria existência, o desenvolvimento das relações sócias e seus significados, nos faz compreender e pensar, que nossa sociedade hoje, não consegue atender a carência da fome para todos os seres humanos, aproximadamente 870 milhões sofrem de subnutrição, segundo a Organização das Nações Unidas. Como podemos combater as desigualdades sociais? Que irão refletir em todo contexto social, ou seja, desigualdades escolares, cultural, social etc. 

Conforme Valle (2014, p. 23) 

                   […] A compreensão das desigualdades escolares; hoje, tanto quanto a 50 anos, se aposta no ideal meritocrático porque se acredita que são os dons e a desempenho escolar que possibilitam a cada um melhorar sua situação social; hoje, mais do que há meio século, apesar da paisagem educacional ter modificado consideravelmente, esta obra figura como leitura imprescindível quando se trata de desvelar lógicas de reprodução social, historicamente dissimuladas pelo poder simbólico exercido pela escola.

É importante ressaltar, parafraseando com a autora, percebemos que ao longo dos anos, apenas reproduzimos, quando falamos em democracia, estamos dizendo que cada pessoa é responsável de melhorar sua situação social, porém existem as desigualdades escolares, os dominantes possuem as melhores escolas no ensino privado, mesmo que as classes mais inferiores tenham direito a escola, não funciona como regra, precisamos políticas públicas eficazes, capazes de trazer uma maior equidade social para realmente falarmos em democracia. 

O texto descrito a seguir será de acordo com Luckesi (1990).

Para entendermos melhor o significado de educação, iremos estudar três tendências filosófico-políticas: educação como redenção; educação como reprodução; e educação como um meio de transformação da sociedade.

 A educação como redenção defende que a sociedade é formada por seres humanos que vivem num todo de maneira orgânica e harmoniosa. Com isso, objetiva a conservação social, em busca de uma integração em todo seu contexto. Prioriza a personalidade do indivíduo, assim como, o desenvolvimento de suas habilidades e de suas virtudes (valores) necessárias para convivência no cotidiano. Ela é otimista se tratando do poder da educação sobre a sociedade. A educação tem por finalidade a adaptação da pessoa ao meio em que vive. Essa tendência redentora da educação ainda encontra-se presente.

A educação como reprodução considera a educação como elemento da própria sociedade, dessa forma, à reproduz, sendo determinada pelos seus condicionantes econômicos, sociais e políticos. Essa tendência é crítica e ao mesmo tempo reprodutivista. Ela não estabelece um modo de agir para a educação, ela apenas demonstra como atua a educação dentro da sociedade e não como ela deveria atuar. A tendência “crítico-reprodutivista” analisa a prática pedagógica do momento e a projeta para o futuro. Ela é pessimista em relação às mudanças contra a classe dominante, pois no seu entendimento, essas transformações nunca ocorrerão.

A escola, segundo a análise de Althusser – um dos autores que apoiam essa concepção – é o instrumento criado para, otimizar o sistema produtivo e a sociedade a que ele serve, pois ela não só qualifica para o trabalho, mas também concebe valores, que garantem a reprodução comportamental compatível com a ideologia dominante. Tornar um aluno mais competente tecnicamente não é suficiente. Ele deve tornar-se mais competente para manter uma sociedade determinada. A escola por valores aproveita o máximo o sistema dentro do qual faz parte. Para Althusser o poder dominante é tão forte na sociedade, que não há maneira de mudar e transformar esse sistema capitalista, ou seja, os professores podem fazer de tudo contra a teoria dominante que não irão conseguir combatê-la.

 A educação como meio de transformação, tem como objetivo compreender a educação como mediação de um projeto social, pretendendo demonstrar que é possível entender a educação dentro da sociedade, trabalhando sempre na perspectiva de democratização. Essa tendência considera como “crítica”, julga a possibilidades de agir a partir dos próprios condicionantes históricos. Ela entende a educação dentro dos determinantes sociais, agindo estrategicamente e lutando pelas transformações, na perspectiva de sua democratização efetiva e concreta, atingindo os aspectos políticos, sociais e econômicos. (LUCKESI, 1990). 

É importante salientar que essa transformação de sociedade não é tão simples assim, pois estamos “dentro” do sistema capitalista, sendo que este possui vários subsídios pelos quais se recompõem.

Conforme Nogueira/Catani (2015, p.9).

Os educandos provenientes de famílias desprovidas de capital cultural apresentaram uma relação com obras de cultura veiculadas pela escola que tende a ser interessada, laboriosa, tensa, esforçada, enquanto para os indivíduos originários de meios culturalmente privilegiados essa relação está marcada pelo diletantismo, desenvoltura, elegância, facilidade verbal “natural”. Ocorre que, ao avaliar o desempenho dos alunos, a escola leva em conta, sobretudo – consciente ou inconscientemente – esse modo de aquisição (e uso) do saber ou, em outras palavras, essa relação com o saber. 

Podemos fazer uma analogia com o pensamento do autor, e compreender que a classe dominante vai valorizaR os alunos com o maior capital cultural, no sentido que a escola entende por capital cultural, os alunos que não vivenciaram por meio das relações sociais, serão classificados com o “outro”, podemos dar ênfase pela forma de falar, se vestir assim como os ambientes que frequentam. A sociedade em si pode jogar a responsabilidade para a meritocracia, um termo delicado quando fazemos uma contextualização histórica e conhecemos os interesses de classe. 

4  Inclusão e Integração Escolar

Analisando num contexto mundial, podemos perceber o interesse de pesquisadores e educadores na discussão sobre a integração de alunos com deficiência no ensino regular. Atualmente a proposta mais moderna onde esta sendo discutida é a da escola inclusiva, onde se discute as diferentes concepções de deficiência, ou seja, quem poderá ser considerado uma pessoa com deficiência? Até que ponto pode determinar-se um prognóstico de desenvolvimento? Qual o melhor sistema de ensino para a educação de pessoas com deficiência? (FERREIRA; GUIMARÃES, 2003). 

Percebe-se que a escola pública, assume o papel de veículo de inclusão e ascensão social, porém em contrapartida o que se reflete nas escolas através de inúmeras pesquisas, são os problemas de aprendizagem. 

Para Ferreira e Guimarães (2003), a meta da inclusão é desde seu inicio, não deixar ninguém fora do sistema escolar, independentemente de seu talento ou sua deficiência, reverte-se em benefícios para os alunos, para os professores e para a sociedade em geral. O contato das crianças entre si reforça atitudes positivas, ajudando-as a aprender a ser sensíveis, a compreender, a respeitar e a crescer, convivendo com diferenças e as semelhanças individuais entre seus pares. Desta forma, todos serão beneficiados através dessas experiências obtidas no ambiente educacional. Os alunos com deficiência, em especial, quando em ambientes inclusivos, podem apresentar melhor desempenho no âmbito educacional, social e ocupacional. As crianças aprendem como atuar e interagir com seus pares no mundo “real”. Mantoan (1998 apud FERREIRA; GUIMARÃES, 2003, p. 119) afirma:

O aprimoramento da qualidade do ensino regular e a adoção de princípios educacionais válidos para todos os alunos resultarão naturalmente na inclusão escolar dos portadores de deficiência. Em consequência, a educação especial adquire uma nova significação. Tornar-se-á uma modalidade de ensino destinada não apenas a um grupo exclusivo de alunos – o dos portadores deficiência -, mas modalidade de ensino especializada no aluno e dedicada à pesquisa e ao desenvolvimento de novas maneiras de ensinar, adequadas à heterogeneidade dos aprendizes e compatíveis com os ideais democráticos.

É importante ressaltar, que uma educação mais humanitária e mais justa, em que busca uma pedagogia centrada a criança, baseadas em suas possibilidades de aprender, e não em suas deficiências, e que o docente possa incorporar conceitos, como interdisciplinaridade, individualização, sensibilização, facilitando assim a inserção dos alunos que apresentem necessidades especiais na escola, fazendo dessa “inclusão uma experiência positiva para todos”.

A educação inclusiva busca focar atualmente no coração da política educacional e da política social. No campo da educação, a inclusão busca uma mudança, ou seja, uma reestruturação das escolas como um todo, na perspectiva que todos os alunos possam ter os mesmos acessos oferecidos pela escola. Isto inclui o currículo corrente, onde a criança incluída tenha os mesmos benefícios fazendo todas as atividades proporcionadas pela escola, principalmente nas aulas práticas, como aulas de dança, Educação Física. Nestas aulas o diferencial vai ser o professor onde proporcionará meios para que todos possam gozar da mesma atividade. (MITTLER, 2003)

O objetivo de tal reforma, de acordo com Hinz e Boban (2005) é assegurar uma aprendizagem comum e um sistema abrangente para todas as crianças na escola, ou seja, ensino comum e individual para todos os alunos. Esta política tem como foco, beneficiar todos os alunos, que de uma forma ou de outra se sintam excluídos, e evitar o risco de exclusão de qualquer aluno.

Na integração envolve a inserção das crianças com necessidades especiais na escola comum, o que implica um conceito de “prontidão” para transferir o aluno da escola especial para a escola regular. Como diz Blamires (1999 apud MITTLER, 2003, p. 75): a escola deve adaptar-se ao aluno, as escolas regulares vão aos poucos se tornando escola especial, através do aprimoramento de sua estrutura, assim como a capacitação dos professores desenvolvendo melhores práticas de ensino.

A inclusão já implica de uma forma radical nas escolas, em termos de currículo, avaliação, pedagogia e formas de agrupamento dos alunos nas atividades de sala de aula, ou seja, ela é baseada na consideração dos níveis emocional, social e do ensino. (HINZ e BOBAN, 2005).

Booth (1999 apud MITTLER 2003, p. 78) argumenta que a inclusão não pode ser considerada de modo isolado da exclusão: a inclusão é definida em termos de dois processos vinculados. É o processo de aumentar a participação dos aprendizes na escola e de reduzir a sua exclusão com relação ao currículo, à cultura e às comunidades das instituições educacionais regulares existentes na vizinhança. De forma equivalente Ainscow (1999 apud MITTLER, 2003, p. 35) caracteriza a inclusão deste modo:

A agenda da educação inclusiva refere-se à superação de barreiras, à participação que pode ser experimentada por quaisquer alunos. A tendência ainda é pensar em “política de inclusão” ou educação inclusiva como dizendo respeito aos alunos com deficiência e a outros caracterizados como tendo necessidades educacionais “especiais”. Além disso, a inclusão é frequentemente vista apenas como envolvendo o movimento de alunos das escolas especiais para os contextos das escolas regulares, com a implicação de que eles estão “incluídos”, uma vez que fazem parte daquele contexto. Em contrapartida, eu vejo inclusão como um processo que nunca termina, pois é mais do que um simples estado de mudança, e como dependente de um desenvolvimento organizacional e pedagógico contínuo no sistema regular de ensino.

O autor supracitado salienta muito bem, ou seja, estamos num processo de incluir o que já é da sociedade, já fazem parte deste contexto histórico. A inclusão implica que todos os professores têm o direito de esperar e de receber preparação apropriada na formação inicial em educação e desenvolvimento profissional contínuo durante sua vida profissional. O professor vai se capacitando conforme a gravidade do problema, em sua formação continuada, assim como vale ressaltar em colocar estas questões no Projeto Político Pedagógico da escola, a fim de que os diretores e professores possam estar cientes do problema, e possam estar formando subsídios para soluções de problemas futuros assim como ser uma prioridade da escola em atender da melhor forma possível esses alunos. 

Conforme Freitas (2005) a inclusão como política social está relacionada às suas adversidades, a diferença e seus preconceitos culturais. Analisar estas diferenças num patamar político exige pensar na inclusão. Na década de 1990 começa a ter por meio de acordos e políticas internacionais – por exemplo, a Conferência de Jomtien, na Tailândia (1990) – em que amparam e fortalecem os movimentos de estruturação de escolas inclusivas de vários países, dentre eles o Brasil.

Declaração de Salamanca (1994) O direito à educação de todos os indivíduos, tal como está escrito na Declaração Universal dos Direitos do Homem de 1948, e renovando a garantia dada pela comunidade mundial na conferência Mundial sobre educação para todos de 1990 de assegurar esse direito, independentemente das diferenças individuais. As diversas declarações das nações unidas sobre a Igualdade de Oportunidades para as Pessoas com Deficiência, as quais exortam os Estados a assegurar que a educação das pessoas com deficiência faça parte integrante do sistema educativo.

Segundo Prieto (2002), o trato do atendimento escolar de alunos com necessidades educacionais especiais, origina-se de movimentos de pais e de outros representantes da sociedade civil (organizada ou não) pelo atendimento ao princípio da igualdade de direitos e, portanto, de oportunidade de escolarização junto aos demais alunos.

No Brasil, desde a Constituição Federal de 1988, os documentos oficiais legais e complementares, de normatização ou de orientação à política educacional, preveem que, aos alunos com necessidades educacionais especiais, sejam garantidos a educação e o atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB de 93/94/1996 embora priorizando o atendimento integrado às classes comuns de ensino regular, “(…) prevê a manutenção das classes, escolas ou serviços especializados para atender aos alunos que deles necessitarem, em complementação ou substituição ao atendimento educacional nas classes comuns.” (art. 58, 1°). 

É importante salientar que, integrar reconhecer-se relacionar-se com crianças (e pessoas de um modo geral) com necessidades especiais e que, por isso, diferenciam-se ou utilizam recursos diferentes dos normalmente conhecidos ou utilizados, sempre foi um problema social e institucional. Essa tarefa estava, antes, restrita à família ou alguma pessoa que, por alguma razão, assumisse esse papel, bem como às instituições públicas (hospitais, asilos, escolas especiais etc.), especialmente dedicadas ao problema. Agora, espera-se que as escolas fundamentais incluam crianças que apresentam limitações. Nesta perspectiva, observa-se que a educação inclusiva, está presente em nossas vidas, em nosso dia a dia, é fundamental refletir sobre estas questões, procurar saber e tomar uma posição sobre o que pode estar definindo as características de nosso trabalho. 

Conforme (Skliar, 2003) a mudança nos olha e, ao nos olhar, encontra somente uma reprodução infinita de leis e textos, de currículos e de didáticas. Mas nenhuma palavra sobre a necessidade de uma metamorfose nas nossas identidades. 

É importante salientar, fazendo um diálogo com o autor supracitado, que além das leis e diretrizes, precisamos mudar nosso olhar do “outro”, isso nos faz refletir que a sociedade já cria um estereótipo em relação ao diferente no padrão da classe dominante, precisamos mudar nosso olhar, compreender que o “outro” pode ser qualquer um de nós em determinado momento social, se vivemos num país capitalista, sabemos que precisamos apresentar rendimento, onde é impossível durante toda a nossa carreira, se pegarmos um jogador de futebol, por exemplo, que sofre um acidente e tem um membro inferior amputado, qual o olhar para com ele?  Vai poder continuar jogando? Provavelmente vai ser o “outro”, e excluído do time. Essa consciência precisa ser trabalhada no âmbito escolar, para contextualizarmos nossas necessidades, finalidades, ações, aptidões numa dinâmica que a força do coletivo vai sustentar uma inclusão literalmente para todos. 

A Inclusão e Integração Escolar pressupõem que todas as crianças de determinada comunidade devem aprender juntas, independentemente de suas condições pessoais, sociais, culturais ou habilidades e potenciais diferenciados, abrangendo aqueles com algum tipo de deficiência. Neste sentido, a promoção da inclusão implica na identificação e minimização de barreiras à aprendizagem e participação, e na maximização dos recursos que apoiam os processos. 

Analisando num contexto mundial, podemos perceber o interesse de pesquisadores e educadores na discussão sobre a integração de alunos com deficiência no ensino regular. Atualmente a proposta mais moderna onde está sendo discutida é a da escola inclusiva, onde se discute as diferentes concepções de deficiência, ou seja, quem poderá ser considerado uma pessoa com deficiência? Até que ponto pode determinar-se um prognóstico de desenvolvimento? Qual o melhor sistema de ensino para a educação de pessoas com deficiência? (FERREIRA; GUIMARÃES, 2003). 

Percebe-se que a escola pública, assume o papel de veículo de inclusão e ascensão social, porém em contrapartida o que se reflete nas escolas através de inúmeras pesquisas, são os problemas de aprendizagem. 

De acordo com Mantoan (1998 apud FERREIRA e GUIMARÃES, 2003 p. 116), a noção de inclusão “não é compatível com a de integração”, porque institui a inserção de uma forma mais radical, completa e sistemática.

O conceito se refere à vida social e educativa, e todos os alunos devem ser incluídos nas escolas regulares e não somente colocados na “corrente principal”. O vocábulo “integração” é abandonado, uma vez que o objetivo é incluir um aluno ou um grupo de alunos que já foi anteriormente excluído; a meta primordial da inclusão é de não deixar ninguém no exterior do ensino regular, desde o começo. As escolas inclusivas propõem um modo de construir o sistema educacional que considera as necessidades de todos os alunos e que é estruturado em função dessas necessidades. A inclusão causa uma mudança de perspectiva educacional, pois não se limita a ajudar os alunos que apresentam dificuldades na escola, mas apoiam a todos – professores, alunos, pessoal administrativo – para que obtenham sucesso na corrente educativa geral. (MANTOAN 1998 apud FERREIRA e GUIMARÃES, 2003, p. 116).

É interessante salientar, refletindo o pensamento do autor, em que consiste que o aluno possa estar interagindo desde o começo de seus estudos, não deixando ninguém fora do ensino regular, ou seja, a criança vai perceber que tem os mesmos direitos de qualquer cidadão. Nesta perspectiva evitando futuras mudanças de habitat, em que consistem os maiores problemas, pela aceitação de uma nova turma, passando por todo aquele processo de se integrar.

Para Mazzota (2005), o direito da educação de alunos com necessidades é um gesto recente em nossa sociedade. Foi através de pequenas manifestações de alguns grupos, a conquista e o reconhecimento de alguns direitos dos alunos com necessidades especiais, sendo através de políticas sociais, a partir de meados deste século.

Analisando a história na educação, relatam-se informações significativas sobre o atendimento educacional aos alunos com necessidades. Observa-se que até no século XVIII, os estudos relacionados à deficiência eram entendidos como misticismo e ocultismo, não havendo base científica para o seu próprio desenvolvimento.  A falta de conhecimento sobre as deficiências fez com que as pessoas tivessem preconceitos sobre os mesmos, a própria religião, com toda sua força cultural, colocando o homem a “imagem e semelhança de Deus”, um ser perfeito, também discriminava essas pessoas, por não serem parecidos com Deus, os portadores de deficiência (ou imperfeitos) eram postos à margem da condição humana. (MAZZOTA, 2005). 

Nesta perspectiva, é importante ressaltar que a própria sociedade, toma a ideia que o deficiente é um ser “incapacitado”, “inválido”, o que levou o desinteresse em atender as necessidades dessa população. Sendo assim, o processo de mudança só foi ter uma nova diretriz, a partir do momento que as condições ficaram mais favoráveis, e as próprias pessoas portadoras de alguma deficiência despontaram como líderes da sociedade em que viviam, sensibilizando, propondo medidas para o atendimento às com necessidades especiais.

Foi na Europa que surgiram os primeiros movimentos pelo atendimento aos deficientes, questionando as mudanças de atitudes nos grupos sociais, concretizando em medidas educacionais. Tais medidas educacionais foram se expandindo, tendo sido primeiramente levadas para os Estados Unidos e Canadá e posteriormente para outros países, inclusive o Brasil. (MAZZOTA, 2005). 

É importante salientar sobre essas medidas, onde mostra que até no final do século XIX diversas expressões eram utilizadas para referir-se ao atendimento educacional aos portadores de deficiência: Pedagogia de Anormais, Pedagogia Teratológica, Pedagogia Curativa ou Terapêutica, etc. 

Motivados pelas experiências concretizadas na Europa e Estados Unidos da América do Norte, alguns brasileiros iniciaram, já no século XIX, a organização de serviços para atendimento a cegos, surdos, deficientes mentais e deficientes físicos. Durante um século, tais medidas caracterizaram-se como iniciativas oficiais e particulares restritas, onde estudavam o interesse pelo atendimento educacional dos portadores de deficiência. A inclusão de educação de deficientes, da educação dos excepcionais ou da “e educação especial” na política educacional brasileira vem a ocorrer somente no final dos anos cinquenta e início da década de sessenta do século XX. (MAZZOTA, 2005).  

Segundo Stainback (1999), as adaptações curriculares constituem em possibilidades educacionais de atuar frente às dificuldades de aprendizagem dos alunos e tem como objetivo subsidiar a ação dos professores. Constitui um conjunto de modificações que se realizam nos objetivos, conteúdos, critérios, procedimentos de avaliações, atividades, metodologias para atender às diferenças individuais dos alunos.

Essas adaptações visam promover o desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, tendo como referência a elaboração do projeto pedagógico e a implementação de práticas inclusivas no sistema escolar e essas adaptações pressupõem que se realizem quando necessário, para torná-lo apropriado às peculiaridades dos alunos com necessidades especiais. Nessas circunstâncias, as adaptações curriculares implicam a planificação pedagógica e a ações docentes fundamentadas em critérios que definem, como e quando aprender; que o aluno deve aprender; que formas de organização do ensino são mais eficientes para o processo de aprendizagem, e como e quando avaliar o aluno. (STAINBACK, 1999). 

Ressaltando o autor supracitado, podemos entender que as mudanças são necessárias, para que o aluno possa se desenvolver em sua aprendizagem. A diversidade traz uma rica sabedoria, em buscar possibilidades, maneiras diferentes para então trazer para o aluno o que de melhor podemos oferecer. Nas aulas de Educação Física, por exemplo, incluir alunos com necessidades especiais, pode perceber que a aula vai muito além, percebemos alunos ditos normais também são excluídos por não possuírem uma boa técnica, nesta linha de pensamento buscando possibilidades alternativas para alunos com necessidades, observa-se um progresso muito maior, além de fazer com que os alunos discutem as diferenças possuindo assim um pensamento mais entendedor em relação às diversidades.

As adaptações relativas aos objetos e conteúdos, que garantam funcionalidades e que sejam essenciais e instrumentais para as aprendizagens posteriores, como por exemplo: habilidades de leitura e escrita, cálculos etc. Os objetos enfatizam as capacidades e habilidades básicas de atenção, participação e adaptabilidade do aluno, sendo no desenvolvimento de habilidades sociais, de trabalho em equipe, de persistência na tarefa. A sequenciação pormenorizada de conteúdos que requeiram processos gradativos de à maior complexidade de tarefas, atendendo à sequência de passos, à ordenação da aprendizagem, a retomada de determinados conteúdos para garantir o seu domínio e a sua consolidação. (STAINBACK, 1999). 

5. Considerações finais

Ao longo dessa pesquisa, buscou-se conhecer leis e pressupostos teóricos, fundamentando assim a inclusão no âmbito escolar. Para analisar o problema da inclusão, ora na perspectiva da classe, ora na perspectiva de relação, podemos assim refletir um avanço muito importante para nossa sociedade. Quando falamos de inclusão, talvez o que vem em nossos pensamentos, esta relacionado às pessoas que possuem algum tipo de deficiência, porém percebemos que podemos ir muito além, refletindo assim no campo das adversidades, uma evolução muito rica para o nosso crescimento.

A educação inclusiva supõe, sobretudo, uma mudança em nós, em nosso trabalho, das estratégias que utilizamos dos objetos e do modo como organizamos o espaço e o tempo na sala de aula. Temos que rever a grade curricular, os critérios de avaliação. Incluir significa aprender, organizar grupos, classes, buscando assim a interação entre crianças de outro modo.

A educação na perspectiva escolar é uma questão de direitos humanos, e os indivíduos com deficiências devem fazer parte das escolas, as quais devem modificar seu funcionamento para incluir todos os alunos. Esta é a mensagem que foi claramente transmitida pela Declaração de Salamanca/Espanha (1994, conferência Mundial sobre Educação Especial, UNESCO) em defesa de uma sociedade para todos, partindo do princípio fundamental de que todas as pessoas devem aprender juntos, independente de quaisquer dificuldades ou diferenças que possam ter.     

A escola inclusiva é aquela que acomoda todos os alunos independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais ou outras, sendo o principal desafio desenvolver uma pedagogia centrada no aluno, uma pedagogia capaz de educar e incluir além dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, aqueles que apresentam dificuldades temporárias ou permanência na escola (indígenas, crianças de circo, etc.), que estejam repetindo anos escolares, as que sejam forçadas a trabalhar, as que vivem em extrema pobreza, as que são vítimas de abusos, as que estão fora da escola; os excluídos da escola; quem é o “outro” no contexto cultural.

Para uma escola ser inclusiva, é preciso acreditar que todas as crianças podem aprender, a função da escola é proporcionar a todas as crianças acesso igualitário a um currículo básico, rico e uma instrução de qualidade abrangendo assim a todos os alunos, para então crescer no campo das ideias e pensamentos. É  por meio das adversidades que ampliamos nossa cultura, nossa forma de pensar, formando assim pessoas pensantes em prol de uma massa crítica capaz de refletir, o caos vivido pela nossa sociedade e transformar nossa realidade ao caminho de uma grande mudança social.

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1Graduado em Educação Física (UNESC/2009), Pós-graduação em Especialização em Práticas Pedagógicas Interdisciplinares (Dom Bosco, 2011), Graduado em Sociologia (UNINTER, 2022). Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). Integrante do grupo de pesquisa GEPEFE.