OS EFEITOS DA CINESIOTERAPIA NA REABILITAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DO PACIENTE ACOMETIDO POR ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL: UMA REVISÃO DE LITERATURA 

THE EFFECTS OF KINESIOTHERAPY IN THE PHYSIOTHERAPEUTIC REHABILITATION OF PATIENTS ATTACKED BY A CEREBRAL STROKE: A  LITERATURE REVIEW

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10169969


Ian Reis de Araújo1
Adonias da Silva Ferreira1
Endryl Lucas Alves da Silva1
Leonardo da Silva Rocha1
Natália Gonçalves2


Resumo 

Introdução: O acidente vascular cerebral é caracterizado como uma obstrução ou  extravasamento de sangue em determinadas áreas do encéfalo, resultando em perda  neurológica e/ou motora. Objetivo: O objetivo deste estudo foi verificar a utilização de  exercícios cinesioterapêuticas na reabilitação fisioterapêutica em pacientes acometidos com  acidente vascular cerebral, especificamente descrevendo as limitações funcionais nesses  pacientes, identificando quais exercícios cinesioterapêuticas são utilizados na reabilitação e  demostrar os exercícios utilizados. Materiais e método: Trata-se de uma pesquisa que  possui abordagem qualitativa, a partir de uma revisão de literatura. O estudo foi realizado por  meio da pesquisa em bancos de dados eletrônicos como LILACS, PUBMED, SCIELO  (Scientific Eletronic Libray Online). Para cumprimento desta pesquisa foram selecionados  literaturas e artigos em português e inglês publicados no período de 2018 a 2023, que  oferecessem informações sobre o tema do trabalho, os critérios utilizados para inclusão dos  artigos foram: Artigos no idioma inglês, artigos originais do tipo ensaio clínico e randomizado.  Foi realizada nos meses de agosto a outubro de 2023 através de levantamento de obras  literárias já publicadas, destacando a ideologia deles. Resultados: A cinesioterapia  apresentou resultados promissores na reabilitação de pacientes acometidos com acidente  vascular cerebral, através da associação ou não da cinesioterapia com outras ferramentas é  possível identificar resultados positivos quanto a sua utilização. Dentre os tratamentos  utilizados encontra-se desde a estimulação elétrica a cinesioterapia clássica. Conclusão: Através deste estudo evidenciou-se os efeitos positivos da cinesioterapia obtidos no  tratamento de pacientes com sequelas de acidente vascular cerebral, identificando as  principais limitações acometidas aos pacientes dessa condição e os exercícios utilizados para  ajudar na reabilitação desses pacientes. 

Palavras-chave: Acidente Vascular Cerebral. Cinesioterapia. Fisioterapia. Tratamento. Métodos. 

Abstract 

Background: A stroke is characterized as an obstruction or extravasation of blood in  certain areas of the brain, resulting in neurological and/or motor loss. Pourpose: The objective of this study was to verify the use of kinesiotherapy exercises in  physiotherapeutic rehabilitation in patients suffering from stroke, specifically describing  the functional limitations in these patients, identifying which kinesiotherapy exercises  are used in rehabilitation and demonstrating the exercises used. Methods: This is  research that has a qualitative approach, based on a literature review. The study was  carried out through research in electronic databases such as LILACS, PUBMED,  SCIELO (Scientific Electronic Library Online). To fulfill this research, literature and  articles in Portuguese and English published between 2018 and 2023 were selected,  which offered information on the topic of the work. The criteria used to include the  articles were: Articles in the English language, original articles of the clinical trial type  and randomized. It was carried out from August to October 2023 through a survey of  literary works already published, highlighting their ideology. Results: Kinesiotherapy  has shown promising results in the rehabilitation of patients suffering from stroke.  Through the association or not of kinesiotherapy with other tools, it is possible to  identify positive results regarding its use. The treatments used range from electrical  stimulation to classic kinesiotherapy. Conclusion: This study highlighted the positive  effects of kinesiotherapy obtained in the treatment of patients with stroke sequelae,  identifying the main limitations suffered by patients with this condition and the  exercises used to help in the rehabilitation of these patients. 

Keywords: Brain Stroke. Kinesiotherapy. Physiotherapy. Treatment. Methods. 

1 INTRODUÇÃO 

O acidente vascular cerebral é caracterizado como uma obstrução ou  extravasamento de sangue em determinadas áreas do encéfalo, resultando em perda  neurológica e/ou motora. Existem dois tipos principais de acidente vascular cerebral:  o isquêmico e o hemorrágico. O acidente vascular cerebral isquêmico ocorre quando  há uma falta de suprimento sanguíneo para o cérebro devido a uma obstrução em  uma artéria cerebral. Já o acidente vascular cerebral hemorrágico ocorre quando há  um rompimento de um vaso sanguíneo no cérebro, resultando em sangramento na  área afetada (Miranda, 2023). 

Os fatores de risco para o acidente vascular cerebral incluem hipertensão  arterial, diabetes, obesidade, tabagismo, sedentarismo e histórico familiar da doença.  Além disso, idade avançada e sexo masculino também são fatores de risco. Os  sintomas do acidente vascular cerebral podem variar de acordo com a área do cérebro  afetada, mas geralmente incluem fraqueza ou dormência em um lado do corpo,  dificuldade para falar, problemas de visão, tonturas e desequilíbrio (Sociedade  Brasileira de Acidente Vascular Cerebral, 2023). 

Além disso, as limitações podem estar relacionadas a problemas cognitivos,  como dificuldade de memória, atenção, concentração e raciocínio, o que afeta a capacidade de realizar tarefas complexas. A fraqueza da musculatura é um dos  principais problemas enfrentados pelos pacientes que sofreram um acidente vascular  cerebral. Isso ocorre porque o cérebro é responsável por enviar os comandos para os  músculos se contraírem corretamente, mas a lesão cerebral causada pelo acidente  vascular encefálico pode afetar esse processo, resultando em fraqueza muscular. As  alterações do controle motor também são comuns após um acidente vascular  cerebral. O controle motor envolve a habilidade de coordenar os movimentos e  executar tarefas motoras de forma precisa. As áreas do cérebro responsáveis por  esse controle podem ser afetadas pelo acidente vascular cerebral, causando  dificuldades na execução de atividades simples, como segurar um objeto ou andar (Meireles et al., 2022). 

Na prática fisioterapêutica, há possibilidade de executar treinos de alcance  unimanuais e bimanuais. O treino de alcance unimanual pode promover  neuroplasticidade no hemisfério afetado e uma ativação cortical bilateral das áreas  motoras, sugerindo que o trajeto córtico-espinhal anterior, ipsilateral ao hemicorpo  afetado, pode contribuir para o controle dos movimentos pós- acidente vascular  cerebral, dessa forma melhorando o aprendizado motor. O treino unimanual é focado  no fortalecimento e coordenação dos movimentos do membro superior parético  individualmente, enquanto o treino bimanual envolve simultaneamente o uso dos membros superiores paréticos e não paréticos. Ambos os tipos de treinamento têm  como objetivo melhorar a função motora do membro superior parético (Carvalho et al.,  2019). 

A fisioterapia, por sua vez, visa melhorar o controle muscular, a amplitude de  movimento e a força do membro afetado. Os fisioterapeutas podem realizar exercícios  específicos e alongamentos para fortalecer os músculos do braço, ombro e mão, e  podem usar técnicas de facilitação neuromuscular para melhorar a coordenação dos  movimentos. (Carvalho et al., 2019). 

São utilizadas os exercícios terapêuticos, mobilizações articulares, estimulação  elétrica, terapia manual, entre outras. É importante ressaltar que o acompanhamento  da fisioterapia deve ser individualizado, levando em consideração as particularidades  de cada paciente, como o grau de comprometimento motor, a presença de  comorbidades e as limitações pessoais. Além disso, a fisioterapia pode ser realizada  tanto na fase aguda, logo após o acidente vascular cerebral, quanto na fase crônica,  buscando a manutenção e o aprimoramento dos ganhos funcionais alcançados. Portanto, o acompanhamento da fisioterapia respiratória e motora é fundamental para  o tratamento completo e adequado dos pacientes acometidos pelo acidente vascular  cerebral, contribuindo para o alcance de uma boa funcionalidade e melhora da  qualidade de vida (Siqueira; Schneiders; Silva, 2021). 

O acidente vascular cerebral deixa sequelas que afetam diretamente a vida do  paciente, diante dos estudos e métodos aplicados, observa-se a importância de se  realizar essa pesquisa na necessidade de buscar técnicas fisioterapêuticas que  possam melhorar a capacidade de reabilitação de pacientes com sequela de acidente  vascular cerebral, podendo proporcionar o retorno às atividades da vida diária.  

O objetivo deste estudo foi verificar a utilização de exercícios  cinesioterapêuticas na reabilitação fisioterapêutica em pacientes acometidos com  acidente vascular cerebral, especificamente descrevendo as limitações funcionais nesses pacientes, identificando quais exercícios cinesioterapêuticas são utilizados na reabilitação e demostrar os exercícios utilizados. 

2 MATERIAIS E MÉTODOS 

Trata-se de uma pesquisa que possui abordagem qualitativa, a partir de uma  revisão de literatura. O estudo foi realizado por meio da pesquisa em bancos de dados eletrônicos como LILACS, PUBMED, SCIELO (Scientific Eletronic Libray Online). Para  a pesquisa dos artigos foram utilizadas as palavras-chaves: acidente vascular  encefálico, cinesioterapia, fisioterapia, nos idiomas português e inglês. 

Para cumprimento desta pesquisa foram selecionados literaturas e artigos em  português e inglês publicados no período de 2018 a 2023, que oferecessem  informações sobre o tema do trabalho, os critérios utilizados para inclusão dos artigos  foram: Artigos no idioma inglês e português, artigos originais do tipo ensaio clínico e  randomizado e foram excluídos artigos que não estavam disponíveis na íntegra,  artigos que não mostraram a eficácia dos efeitos da cinesioterapia na reabilitação  fisioterapêutica do paciente acometido por acidente vascular cerebral. Foi realizada  nos meses de agosto a outubro de 2023 através de levantamento de obras literárias  já publicadas, destacando a ideologia deles. Após a etapa de identificação das fontes,  foi necessário analisar o material a ser descrito neste artigo, ocasionando uma seleção  de ideias autorais, como também, observando e destacando o material necessário. 

Para proceder à pesquisa, primeiramente foram identificadas as palavras chaves, sendo colocadas nas bases de dados e em seguida foram aplicados os critérios de inclusão e exclusão. Os artigos foram filtrados, lidos, analisados e  selecionados, apenas o que atendiam todos os critérios.  

3 RESULTADO  

Encontrou-se 18 artigos nas bases de dados PUBMED e LILACS, na base de  dados SCIELO não foi encontrado nenhum artigo dentro dos critérios de inclusão,  sendo eliminados todos os artigos que não correspondiam com o propósito desse  estudo. Completado o processo de busca dos artigos, foram encontrados 18 estudos  com as palavras-chave selecionadas, e destes foram mantidos 10 estudos para leitura  completa. Contudo, 4 artigos foram excluídos após a leitura completa por não  condizerem com o objetivo deste estudo. Sendo assim, 6 artigos foram selecionados (Figura 1). 

Figura 1 – Critérios de Inclusão e Exclusão adotados para este estudo.

Fonte: Autores, 2023.

*Após a leitura foi constado que os artigos não condiziam com o tema proposto; 

**Artigos fora dos anos estabelecidos, nos idiomas inglês e português, originais, disponíveis na integra e que não  mostraram a eficácia da cinesioterapia na reabilitação de pacientes com acidente vascular cerebral.

Quadro 1 – Principais características dos estudos selecionados.

Autor/AnoTipo de EstudoObjetivo do Estudo Instrumento da coleta de dados/IntervençãoResultados
Juliusz Huber, Katarzyna Kaczmarek, Katarzyna Leszczyńska, Przemysław Daroszewski/  2022Estudos Clínicos e  NeurofisiológicosO objetivo deste estudo foi  determinar a influência  sustentada da estimulação  elétrica funcional  neuromuscular  personalizada (NMFES)  combinada com  cinesioterapia  (principalmente, facilitação  neuromuscular  proprioceptiva (FNP)) na atividade de unidades  motoras musculares que atuam antagonicamente no  punho e no tornozelo em uma grande população de pacientes pós-AVC.Recrutamento de 145 pessoas após  acidente vascular cerebral isquêmico,  clinicamente confirmado, e 60  voluntários saudáveis. Ao final,  utilizamos os dados de 120 pacientes  divididos em dois grupos – um que foi  tratado apenas com cinesioterapia  (principalmente FNP) realizada e  supervisionada pela equipe composta  por um médico de medicina física e de  reabilitação e um fisioterapeuta, o grupo K, e outro que recebeu não só o mesmo  programa de cinesioterapia, mas também de eletroterapia, o grupo  NMFES+K. Entre esses pacientes, em  65% encontramos sintomas de paresia  nos músculos mais das extremidades  superiores do que inferiores do lado  direito. Ambos os grupos de pacientes e voluntários saudáveis não diferiram nas  características demográficas e  antropométricas; todos os pacientes  foram tratados com os mesmos  períodos.Considerando os resultados de  estudos clínicos e  neurofisiológicos, supomos que a  NMFES dos grupos musculares  antagonistas que atuam no punho  e no tornozelo possa evocar seus  efeitos positivos em pacientes  pós-AVC pela modulação da  atividade mais nos centros  motores espinhais, incluindo o  nível de neurônios inibitórios Ia,  do que apenas no nível muscular.
Katarzyna  Kaczmarek, Juliusz Huber, Katarzyna  Leszczyńska, Przemysław  Daroszewski/ 2022Estudo Clínico Comparar a eficácia de um  NMFES de grupos  musculares antagonistas no punho e tornozelo e  cinesioterapia baseada  principalmente na  facilitação neuromuscular  proprioceptiva (FNP).A ENG foi realizada uma vez em um  grupo de 60 voluntários saudáveis e três  vezes em 120 pacientes após AVC (T0, até 7 dias após o incidente; T1, após 21  dias de tratamento; e T2, após 60 dias  de tratamento); 60 indivíduos receberam  tratamento NMFES e FNP  personalizado (NMFES+K), enquanto os  outros 60 receberam apenas FNP  (K). Um ENG estudou a transmissão do  impulso neural periférico (gravações de  onda M), raiz ventral C8 e L5 (gravações  de onda F) nos nervos fibular e ulnar no  lado hemiparético.Ambos os grupos diferiram  estatisticamente nas amplitudes  dos parâmetros de registro da onda M após estimulação do  nervo fibular realizada em T0 e T2  em comparação com o grupo  controle. Após 60 dias de  tratamento, apenas os pacientes  do grupo NMFES+K  apresentaram melhora  significativa nos registros da onda  M. A aplicação do algoritmo de  eletroestimulação NMFES proposto combinado com FNP  melhorou a transmissão neural  periférica nas fibras nervosas  motoras fibulares, mas não  ulnares, em pacientes após  acidente vascular cerebral  isquêmico. A cinesioterapia  combinada e a eletroterapia  segura, personalizada e  controlada após AVC  proporcionam melhor resultados  do que a cinesioterapia  isoladamente.
Małgorzata  Paprocka Borowicz, Mona Wiatr, Maria Cialowicz, Wojciech  Borowicz, Agnieszka  Kaczmarek Adilson  Marques, Eugenia  Murawska Ciałowicz/ 2021Estudo Clínico O estudo teve como objetivo  avaliar o impacto da  atividade física e do status  socioeconômico do  paciente na eficácia da  recuperação da depressão  e na gravidade dos  sintomas de depressão.O estudo foi realizado com 40 pacientes  pós-AVC com idades entre 42 e 82 anos,  e incluiu 10 mulheres e 30 homens que  ficaram hospitalizados por duas  semanas. A gravidade dos sintomas de  depressão/ansiedade (D/A) foi avaliada  duas vezes; na admissão e após duas  semanas de fisioterapia. O questionário  da escala hospitalar de ansiedade e depressão (HADS) foi utilizado para  esse fim. O estatuto socioeconómico foi  avaliado através de várias perguntas  simples.Foi revelado que a fisioterapia  tem uma influência positiva no  estado mental. A gravidade dos  sintomas de D/A após AVC está  relacionada à situação financeira  dos pacientes (χ 2 = 11,198, p =  0,024). O estado de saúde (χ 2 =  20,57, p = 0,022) e a aptidão  física (χ 2 = 12,95, p = 0,044) alteraram a gravidade dos  sintomas de ansiedade e  transtornos depressivos. A  cinesioterapia no grupo de  pacientes com depressão pós AVC teve efeitos positivos; no  entanto, as condições  económicas e de saúde podem  influenciar o prognóstico da  doença.
De Souza Filho,  Marcio Ribeiro; Ribeiro, Nildo  Manoel da Silva; Souza, Daniele  Costa Borges; Sales, Matheus; Melo, Ailton/  2020Estudo ClínicoO objetivo deste estudo é  analisar a eficácia da  combinação da realidade  virtual não imersiva através  do console Nintendo Wii® e  cinesioterapia  na independência  funcional de indivíduos  hemiparéticos pós acidente  vascular cerebral.Trata-se de um ensaio  clínico randomizado cego. 48 sujeitos  foram randomizados, sendo 57,5 %  do sexo masculino com idade média de  55,6 anos, alocados em três grupos  de tratamento grupo Realidade  Virtual (GRV), grupo Cinesioterapia  (GCT) e grupo Realidade Virtual e  Cinesioterapia (GRVCT). Cada grupo  com 16 participantes realizaram 16  sessões com duração de 50 minutos  cada, duas vezes por semana, durante 8  semanas. A avaliação da independência  funcional foi realizada pelo Índice de  Barthel Modificado pré e pós tratamento.Não foram encontradas  diferenças significativas entre os  grupos com relação à  idade, gênero, tempo de acidente  vascular cerebral e hemicorpo  afetado; os grupos foram  homogêneos com relação a  essas variáveis. Não foram  encontradas diferenças  estatisticamente significantes  entre nenhum dos três grupos  (intergrupo) antes  do tratamento em comparação  com o pós-tratamento nas  variáveis do Índice de Barthel  Modificado. Na comparação  intragrupo, em alguns domínios  do Índice de Barthel Modificado  foram observadas alterações  positivas consideráveis,  principalmente no grupo que  realizou apenas realidade  virtual não imersiva.
Tong, SUN; Zi-shan, JIA; Han-xiao, GE; Zeng-zhi, YU /  2019Revisão de  LiteraturaLevantamento bibliográfico Este artigo revisou as literaturas  relevantes sobre fisioterapia para  espasticidade de membros pós-AVC do  Banco de Dados de Conhecimento  Hospitalar Chinês (CHKD) e PubMed  desde 2011, e resumiu a patologia,  exame, estratégias de fisioterapia e  vários métodos de fisioterapiaA fisioterapia incluiu  principalmente terapia de fator  físico, cinesioterapia e terapia de  manipulação. É necessário  otimizar a seleção de estratégias  fisioterapêuticas na prática clínica  para melhorar a eficiência da  reabilitação.
Paulina Klimkiewicz, Robert Klimkiewicz, Agnieszka Jankowska, Anna Kubsik, Patrycja Widłak, Adão Łukasiak, Katarzyna Janczewska, Natália Kociuga, Tomasz Nowakowski, Marta Woldańska OkońskaEstudo Clínico O objetivo do estudo foi  avaliar e comparar o estado  funcional de pacientes após  acidente vascular cerebral isquêmico com melhora da cinesioterapia clássica, cinesioterapia clássica e NDT-Bobath e cinesioterapia clássica e FNP.O estudo envolveu 120 pacientes após  acidente vascular cerebral isquêmico.  Os pacientes foram tratados no  Departamento de Reabilitação e  Medicina Física USK da Universidade  de Medicina em Lodz. Os pacientes  foram divididos em 3 grupos de 40  pessoas. O grupo 1 foi reabilitado por  cinesioterapia clássica. O grupo 2 foi  reabilitado por cinesioterapia clássica e  DTN-Bobath. O grupo 3 foi reabilitado  por cinesioterapia clássica e FNP. Em  todos os grupos de pacientes, a  magnetoestimulação foi realizada  utilizando o sistema Viofor JPS. O  estudo foi realizado duas vezes: antes  do tratamento e imediatamente após 5  semanas após a terapia. Os efeitos dos  métodos de neurorreabilitação aplicados  foram avaliados com base na Avaliação  Motora Rivermead (RMA).Nos três grupos de pacientes,  houve melhora funcional. No  entanto, uma melhora  significativamente maior foi  observada nos pacientes do  segundo grupo, realçada com  cinesioterapia clássica e NDT Bobath.

Fonte: Autores, 2023.

As abordagens apresentadas pelos estudos apresentam resultados positivos  quanto aos efeitos causados na reabilitação de pacientes acometidos com acidente  vascular cerebral quando utilizada a cinesioterapia. Dentre os recursos  cinesioterapêuticas utilizados podem ser encontrados desde estimulação elétrica  como foi verificado por Juliosz et al. (2022) e a cinesioterapia clássica abordado por  Klimkiewicz et al. (2018), Paprocka-Borowicz et al. (2021), Kaczmarek et al. (2021),  Kaczmarek et al. (2022) e Souza et al. (2020). Segundo Pereira et al. (2021), a  cinesioterapia é um recurso extremamente utilizado na fisioterapia para o tratamento  de pacientes com acidente vascular cerebral. Ela consiste na aplicação de exercícios  terapêuticos com o objetivo de melhorar a função neuromuscular, promover a  reeducação neuro motora e prevenir ou corrigir deformidades. 

4 DISCUSSÃO 

A fisioterapia desempenha um papel crucial na recuperação pós acidente  vascular cerebral, ajudando os pacientes a melhorarem a força muscular, a  progressão motora e a mobilidade. Além disso, ela ajuda a reduzir a espasticidade,  melhorar a função respiratória e auxiliar na reabilitação da fala. No entanto, é  fundamental que o programa de tratamento seja personalizado para atender às  necessidades individuais de cada paciente e atender às suas limitações de acordo  com Sun et al. (2019). O fisioterapeuta responsável pela avaliação do paciente deve  desenvolver um plano de tratamento atraente e adequado, estabelecendo metas  realistas que possam ser alcançadas com comprometimento e dedicação (Arrais;  Lima; Silva, 2016). 

De acordo com os estudos analisados, os pacientes possuem limitações  relacionadas a paresia nos músculos mais das extremidades superiores do que  inferiores do lado direito, limitação de movimentos musculares nos punhos e  tornozelos, dependência funcional e espasticidade. Para Figueiredo et al. (2021), em  ambas as formas conhecidas de acidente vascular cerebral provocará diversas  limitações funcionais para o paciente pela perda de autonomia desencadeada pelas  incapacidades físicas e motoras. Dentre essas limitações se encontram as descritas  pelos estudos analisados. 

Em pacientes com sequelas de acidente vascular cerebral, a fisioterapia possui  dois objetivos que são adequar o tônus muscular e fortalecer os músculos espásticos e seus antagonistas no domínio acometido. Baseado nos dados obtidos, a facilitação  neuromuscular proprioceptiva (FNP) abordada em todos os estudos encontrados, aparece como uma alternativa para reabilitação com sequelas de acidente vascular  cerebral, pois o FNP favorece a inibição, facilitação, fortalecimento e relaxamento de grupos musculares promove o movimento funcional (Santos et al., 2020).

Além da FNP, a cinesioterapia clássica também foi encontrada como alternativa  para a reabilitação de pacientes acometidos com acidente vascular cerebral, agregado  a outros métodos, a cinesioterapia clássica apresentou resultados positivos nesses  tratamentos, bem como sua utilização individual de acordo com os dados dos artigos.  Rodrigues (2023), menciona que: 

As técnicas de cinesioterapia clássica e FNP e os recursos da eletroestimulação funcional, da toxina botulínica e da bandagem funcional foram os elementos mais utilizados no processo reabilitação do ombro hemiplégico, tendo evidenciado a relevância e importância deles na condução do tratamento de pacientes acometidos com acidente vascular. 

A partir dos dados obtidos, é possível observar a importância que a fisioterapia  tem para a reabilitação de pacientes acometidos com acidente vascular cerebral, onde  a cinesioterapia tem se tornado cada vez mais promissora nesse tipo de tratamento.  De acordo com o levantamento, é possível perceber que a cinesioterapia associada  com outras ferramentas auxilia no desenvolvimento desses pacientes, um modo eficaz  que se bem desenvolvido de acordo com a especificidade de cada paciente se torna  de fácil entendimento do paciente e de baixo custo. 

Sun et al. (2019) sugere que outros estudos sejam realizados para melhor  adequação dos tratamentos fisioterapêuticos e a obtenção de resultados promissores  para a reabilitação de pacientes acometidos a essa condição. 

5 CONCLUSÃO 

O estudo evidenciou que a cinesioterapia associada as técnicas de facilitação  neuromuscular proprioceptiva são benéficas no tratamento de pacientes com  sequelas de acidente vascular cerebral, sendo utilizados para a recuperação funcional  do paciente, visando a melhora da força muscular com aumento da progressão motora  e promover a mobilidade. Associado a cinesioterapia o método de Facilitação  Proprioceptiva Neuromuscular utiliza técnicas para facilitar a execução de movimentos  com exercícios que são direcionadas a um objetivo funcional e o mais eficiente  possível, utiliza princípios e procedimentos básicos e associa à técnicas específicas, como a irradiação de força ou educação cruzada, cuja função é estimular a  musculatura fraca, por meio da movimentação ativa do cliente contra uma resistência adequada visando a recuperação funcional do paciente, promovendo a independência e a aumentando a qualidade de vida. 

Sugerimos novas pesquisas na área para aumentar a confiabilidade das  técnicas no tratamento fisioterapêutico.

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