OS EFEITOS DA CINESIOTERAPIA EM PACIENTES IDOSOS COM DEPRESSÃO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

André Medeiros1, Douglas da Silva Ataíde2, Jeffson Pereira Cavalcante³, Celciane Gama da Costa4

1Discente do Curso de Bacharel em Fisioterapia no Ceuni-FAMETRO
2Docente e orientador do TCC, do curso de fisioterapia na Ceuni-FAMETRO


RESUMO

A depressão é uma doença de ordem psíquica muito frequente atualmente, podendo acometer qualquer faixa etária, classe social ou cultural. A depressão afeta um número cada vez maior de pessoas, tendo status de uma das doenças mais frequentes na atualidade, trazendo dor, sofrimento tanto ao paciente, como suas respectivas famílias, gerando um desequilíbrio na estrutura familiar e nas relações interpessoais. Objetivo: o objetivo deste trabalho foi identificar os efeitos da cinesioterapia para indivíduos idosos portadores de depressão através de levantamento bibliográfico acerca dos benefícios da atividade física e sua intervenção junto a depressão. Metodologia: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura com método hipotético-dedutivo e objetivo descritivo explicativo. Onde foi feita uma busca eletrônica de artigos nas bases de dados Scielo e PUBMED, publicados até 2020 e em idiomas português e inglês, Foram considerados os critérios de inclusão os artigos publicados até o ano atual, publicação na língua portuguesa e inglesa e que abordem o tema, além de artigos publicados apenas por fisioterapeutas, e artigos indexados em revistas. Já para exclusão do projeto, foi necessária uma revisão literária, mediante o cruzamento do vocabulário dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): Fisioterapia; Idosos; depressão e prevenção, onde foram excluídos artigos relacionados a outros temas e artigos que não estejam disponíveis na íntegra. Resultados: e um modo abrangente, através da prática de atividade regular de exercícios físicos é possível perceber uma melhora significativa dos sintomas de depressão, humor, imagem corporal, autoconfiança, autoestima, ansiedade e consequentemente melhora a qualidade de vida desses .Conclusão: A cinesioterapia pode reduzir a quantidade de sintomas depressivos em idoso.

Palavras-chave: Fisioterapia; Idosos; depressão e prevenção.

ABSTRACT

Depression is a very common mental illness nowadays, and it can affect any age group, social or cultural class. Depression affects an increasing number of people, having the status of one of the most frequent diseases today, bringing pain and suffering to both the patient and their respective families, generating an imbalance in the family structure and interpersonal relationships. Objective: the objective of this study was to identify the effects of kinesiotherapy for elderly individuals with depression through a bibliographic survey about the benefits of physical activity and its intervention with depression. Methodology: An integrative literature review was carried out using a hypothetical-deductive method and an explanatory descriptive objective. Where an electronic search for articles was carried out in the Scielo and PUBMED databases, published until 2020 and in Portuguese and English languages, the inclusion criteria were articles published up to the current year, publication in Portuguese and English and addressing the theme, in addition to articles published only by physiotherapists, and articles indexed in magazines. In order to exclude the project, a literary review was necessary, by crossing the vocabulary of the Health Sciences Descriptors (DeCS): Physiotherapy; Seniors; depression and prevention, where articles related to other topics and articles that are not available in full were excluded. Results: and in a comprehensive way, through the practice of regular physical exercise it is possible to notice a significant improvement in the symptoms of depression, mood, body image, self-confidence, self-esteem, anxiety and consequently improves the quality of life of these. Conclusion: Kinesiotherapy can reduce the amount of depressive symptoms in the elderly.

Keywords: Physiotherapy; Seniors; depression and prevention.

INTRODUÇÃO

Segundo a American Psychiatric Association (2019), a depressão é uma doença séria e comum, que afeta negativamente a forma como o indivíduo se sente, pensa e age, no qual resulta em sentimento de tristeza ou perda de interesse em atividades que antes lhe causavam prazer. Podendo levar a uma variedade de problemas emocionais e físicos e ocasionar um declínio nas habilidades pessoais para função ou trabalho domésticas.

De acordo com Carreira et al., (2011), a depressão caracteriza-se como um distúrbio de natureza multifatorial da área afetiva ou do humor, que exerce forte impacto funcional e envolve inúmeros aspectos de ordem biológica, psicológica e social, tendo como principais sintomas o humor deprimido e a perda de interesse ou prazer em quase todas as atividades.

Na depressão são encontradas diversas alterações nas regiões do encéfalo, conforme relata Lage (2010), onde essas alterações poderão mediar a expressão da doença no córtex pré-frontal, na amígdala, no córtex anterior do cíngulo e no hipocampo, desencadeando alterações volumétricas e da atividade.

No Brasil, Segundo Cruz, Caetano e Leite (2010), o alto crescimento da população idosa resulta da combinação de variáveis estritamente demográficas com as profundas alterações sociais e culturais ocorridas, que simultaneamente configuram-se como causa e consequência. Epidemiologicamente estima-se que aproximadamente 15% dos idosos apresentam sintomas de depressão, sendo essa prevalência maior nas populações institucionalizadas.

Dentre os métodos de tratamento para a depressão pode-se destacar a fisioterapia em conjunto com a prática de exercícios físicos, no qual a mesma tem como objetivo o estudo do movimento humano em todas as suas formas de expressão e potencialidades, tanto nas repercussões psíquicas e orgânicas, quanto nas suas alterações patológicas, preservando, mantendo, desenvolvendo ou restaurando a integridade de órgão, sistema ou função. Tornando a vida de portadores de depressão mais prazerosa e com uma enorme qualidade de vida. O presente estudo teve como objetivo identificar o papel da fisioterapia junto aos pacientes com depressão tendo como justificativa a redução do quadro a partir da cinesioterapia.

METODOLOGIA

Este estudo foi desenvolvido por meio uma revisão bibliográfica, de método com método hipotético e objetivo descritivo, que visa identificar o conhecimento produzido sobre o tema abordado. A busca foi feita por títulos disponíveis na “internet” no período de setembro a novembro de 2020 nas seguintes bases de dados: Scopus (Elsevier), Scientific Electronic Library Online (Scielo), PUBMED (National Library of Medicine) e outras revistas. Foram considerados os critérios de inclusão os artigos publicados até o ano atual, publicação na língua portuguesa e inglesa e que abordem o tema, além de artigos publicados apenas por fisioterapeutas, e artigos indexados em revistas.

Já para exclusão do projeto, foi necessária uma revisão literária, mediante o cruzamento do vocabulário dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): Fisioterapia; Idosos; depressão e prevenção, onde foram excluídos artigos relacionados a outros temas e artigos que não estejam disponíveis na íntegra. A busca foi realizada de setembro a novembro onde foram encontrados 65 artigos que referiam a fatores associados à temática em questão.

Após buscar as informações dos artigos restaram 10 artigos com os critérios devidamente compatíveis com a pesquisa, sobre o método utilizado, onde foram consultados para desenvolver e embasar todo o conteúdo explorado, que estão relacionando ao embasamento teórico e o resultado sobre o tema escolhido “Os efeitos da cinesioterapia em pacientes idosos com depressão: Uma revisão integrativa da literatura”.

Posteriormente para a análise quantitativa do levantamento literário os resultados dos artigos em comparação dos estudos da própria literatura, para obtenção de dados foi utilizado o programa do Word no qual foi abordado o resultado do estudo, e os artigos foram pesquisados através da junção associado dos descritores escolhidos para garantir que todos os artigos incluídos abordassem o tema proposto, o qual se utilizou para facilitar a busca na internet das informações para pesquisa. Assim feita análise dos dados da seguinte forma: leitura, descrição dos dados e construção do quadro sinóptico, por conseguinte, seguirá a leitura detalhada das publicações e análise do conteúdo dos artigos para a realização da discussão e acrescentando ao referencial teórico. Também atentando para possíveis lacunas do conhecimento e evidenciando pontos essenciais para estudos futuros.

A pesquisa está dentro dos termos éticos de acordo com a lei196/12, da qual utilizamos literaturas atualizadas respeitando sempre os direitos autorais dos seus respectivos autores, seguindo as normas da ABNT.

Fluxograma 1- Fluxograma de seleção (inclusão e exclusão) dos artigos no estudo de revisão nas bases de dados.

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RESULTADOS

Foram selecionados 10 artigos científicos para compor essa pesquisa. A maioria dos autores alegou correlação positiva entre atividades terapêuticas como a cinesioterapia na redução dos níveis de depressão. A tabela 01 lista esses trabalhos, apresentando suas características com relação a cinesioterapia no tratamento de idosos com depressão.

Tabela 01: efeitos da cinesioterapia em idosos com depressão.

AUTOR/ ANOMETODOLOGIARESULTADO
Antunes et al., 2005O estudo envolveu 46 idosos sedentários com idades entre 60 e 75 que foram alocados aleatoriamente em dois grupos: (1) grupo controle, que não foi solicitado a variar suas atividades diárias nem a participar de um programa regular de aptidão física, e (2) grupo experimental, cujos integrantes participaram de um programa de condicionamento aeróbio composto por sessões de ciclo ergométrico 3 vezes por semana em dias alternados, durante seis meses.Melhora na qualidade de vida
Bouaziz et al., 2018Neste ensaio clinico randomizado, 60 voluntários sedentários com idade ≥70 anos foram aleatoriamente designados para programa de treinamento aeróbico com intervalo de curto prazo com sessões de recuperação ativa (PTA -R), e o outro grupo manteve o estilo de vida sedentário por 9 semanas. O (PTA-R) consistia em 30 minutos de ciclagem (6 × 4 minutos no primeiro limiar ventilatório intensidade + 1 minuto a 40% do limiar ventilatório duas vezes por semana. Melhorar do desempenho funcional e cognitivo.
Choi etal., 201877 participantes designados a um grupo de exercícios (n = 39 em três grupos) ou grupo de controle (n = 38 em três grupos) em seis centros comunitários de idosos. A amostra final incluiu 33 participantes que completaram o programa de exercícios sentados no chão (PESC) por 12 semanas e 30 participantes de controle. O grupo de exercícios participou do FSEP quatro dias por semana; eles receberam instruções diretas e gravadas em vídeo, respectivamente, durante dois dias cada, por um colega voluntário no centro comunitário de idoso.Aumento da força muscular e flexibilidade do ombro. Além disso, aumento do desempenho cognitivo.
Chen et al., 2015127 idosos de 10 lares de idosos participaram deste ensaio clínico controlado randomizado, e 114 completaram o estudo. Os participantes foram divididos aleatoriamente em dois grupos: grupo experimental (5 lares de idosos, n = 59) e grupo controle (5 lares de idosos,n=55). Um programa de exercícios de banda elástica para idosos em cadeira de rodas de 40 minutos foi implementado 3 vezes por semana durante 6 meses. Melhor eficiência do sono habitual e menos depressão.
Hernandez et al., 2018Neste ensaio clínico randomizado foi incluído idosos com idade média de 60 anos participando de uma intervenção de exercício em 27 centros de idosos (N = 572). Todos os participantes receberam 4 aulas semanais de exercícios em grupo de 1 hora visando treinamento de força, resistência, equilíbrio eflexibilidade. Além disso, eles foram atribuídos aleatoriamente a uma das duas condições: a) grupo de tratamento – uma sessão de reciclagem de atribuição de 1 hora em que os participantes foram ensinados que envelhecer não significa que alguém se torna inevitavelmente sedentário, ou b) grupo controle –Em análises prospectivas, os participantes em ambos os braços do ensaio exibiram pontuações mais baixas para sintomas depressivos em 12 e 24 meses quando comparados aos valores basais, logo a estratégia se mostrapromissora na promoção de uma saúde mental dessa população
Jacquart et al ., 2014Esse ensaio clinico randomizado, contou com 78 pacientes internados, com idades entre 50-89 anos, e teve como objetivo investigar a eficácia da combinação de exercícios e psicoterapia na melhora dos sintomas depressivos agudos entre idosos que estavam recebendo tratamento em uma unidade de internação psiquiátrica.Um programa de exercícios de curta duração que consiste em 30 minutos de caminhada em conjunto com psicoterapia individual foi uma intervenção eficaz para depressão entre idosos em unidades psiquiátricas de internação.
Murri et al., 2015Nesse ensaio clinico randomizado foi incluído 121 pacientes com depressão, uma parte maior foi randomizado para 24 semanas de exercícios aeróbicos progressivos de alta intensidade mais sertralina (S + EAP), exercícios de baixa intensidade, não progressivos mais sertralina (S + ENP) e sertralina sozinho.No final do estudo, 45% dos participantes no grupo da sertralina, 73% daqueles no grupo S + ENP e 81% daqueles no grupo S + EAP alcançaram remissão. Um tempo mais curto para a remissão foi observado no grupo S + EAP do que no grupo apenas com sertralina.
Martins et al., 2011Neste ensaio clinico randomizado, 78 participantes (idades de 65 a 95 anos) foram aleatoriamente designados para um grupo de controle, treinamento aeróbio (TA) ou grupo de treinamento de força (TF) com o objetivo de analisar os efeitos de programas de treinamento aeróbio e de força sobre a aptidão funcional, níveis de depressão e humor em idosos.Ambos os grupos TA e TF melhoraram sua aptidão funcional após o treinamento de 16 semanas. O índice de massa corporal foi positivamente associado com tensão, fadiga e confusão. Na avaliação de 16 semanas, o grupo controle relatou níveis aumentados de confusão, e o grupo TF relatou aumentos no vigor e diminuição dos níveis de depressão.
Manferdeli et al., 2019Foi realizada uma revisão sistemática com foco nos efeitos dos exercícios ao ar livre regulares em todas as idades para melhora na capacidade cognitiva nessa população.. A prática de exercícios ao ar livre e atividades físicas pode trazer benefícios sociais, psicológicos e fisiológicos
Vankovva et al., 2014Exercício de dança para idosos (EXDASE) Programa projetado para uso em ambientes de cuidados de longo prazo realizado uma vez por semana durante 60 minutos durante 3 meses.Este estudo fornece evidências de que exercícios baseados em dança podem reduzir a quantidade de sintomas depressivos em idosos.

DISCUSSÃO

Os idosos compõem uma faixa etária facilmente acometida por diversas doenças, incluindo os distúrbios mentais e, especialmente, a depressão. O presente artigo retrata os efeitos benéficos da cinesioterapia em suas mais variadas vertentes (dança, jogos, esportes) corroborando para uma eficácia maior na redução dos sintomas da depressão, além de ressaltar que pesquisas relacionadas à depressão têm revelado que é de fundamental importância a pratica de exercício físico à saúde mental.

De acordo com Antunes et al., (2005), realizou um estudo que envolveu 46 idosos sedentários com idades entre 60 e 75 que foram alocados aleatoriamente em dois grupos cujos integrantes participaram de um programa de condicionamento aeróbio composto por sessões de ciclo ergométrico 3 vezes por semana em dias alternados, durante seis meses. Comparando os grupos após o período de estudo, encontramos uma diminuição significativa nos escores de depressão e ansiedade e uma melhora na qualidade de vida no grupo experimental, mas nenhuma mudança significativa no grupo controle. 

Já Bouaziz et al., (2018}), após um estudo do tipo ensaio clinico randomizado, onde conteve 60 voluntários sedentários com idade ≥70 anos foram aleatoriamente designados para programa de treinamento aeróbico com intervalo de curto prazo com sessões de recuperação ativa (PTA -R), e o outro grupo manteve o estilo de vida sedentário por 9 semanas. O (PTA-R) consistia em 30 minutos de ciclagem (6 × 4 minutos no primeiro limiar ventilatório intensidade + 1 minuto a 40% do limiar ventilatório duas vezes por semana.  O PTA-R se mostrou ser um programa de treinamento eficaz para melhorar o desempenho funcional e cognitivo, a saúde mental e o bem-estar em idosos sedentários.

Choietal, (2018), fez uma pesquisa com, 77 participantes designados a um grupo de exercícios (n = 39 em três grupos) ou grupo de controle (n = 38 em três grupos) em seis centros comunitários de idosos. A amostra final incluiu 33 participantes que completaram o programa de exercícios sentados no chão (PESC) por 12 semanas e 30 participantes de controle. A análise ajustada revelou que o PESC de 12 semanas foi significativamente eficaz no aumento da força muscular (p <0,005) e flexibilidade do ombro (p = 0,001), exceto na força muscular do punho do lado não dominante e flexibilidade do ombro. Além disso, reduziu a depressão, mas não teve efeito significativo na qualidade do sono.

Conforme Chen et al., (2015), após seu estudo, onde 127 idosos de 10 lares de idosos participaram deste ensaio clínico controlado randomizado, e 114 completaram o estudo. Os participantes foram divididos aleatoriamente em dois grupos: grupo experimental (5 lares de idosos, n = 59) e grupo controle (5 lares de idosos,n=55). Um programa de exercícios de banda elástica para idosos em cadeira de rodas de 40 minutos foi implementado. Os participantes do grupo experimental tiveram durações de sono mais longas, melhor eficiência do sono habitual e menos depressão do que o grupo controle em 3 meses do estudo e os mantiveram durante o resto do estudo de 6 meses.

De acordo com Hernandez et al., (2018), no seu ensaio clínico randomizado foi incluído idosos com idade média de 60 anos participando de uma intervenção de exercício em 27 centros de idosos (N = 572), todos os participantes receberam 4 aulas semanais de exercícios em grupo de 1 hora visando treinamento de força, resistência, equilíbrio e flexibilidade. Em análises prospectivas, os participantes em ambos os braços do ensaio exibiram pontuações mais baixas para sintomas depressivos em 12 e 24 meses quando comparados aos valores basais logo a estratégia se mostra promissora na promoção de uma saúde mental dessa população.

De acordo com Jacquart et al ., (2014), após realiza um ensaio clinico randomizado, onde contou com 78 pacientes internados, com idades entre 50-89 anos, e teve como objetivo investigar a eficácia da combinação de exercícios e psicoterapia na melhora dos sintomas depressivos agudos entre idosos que estavam recebendo tratamento em uma unidade de internação psiquiátrica.. Um programa de exercícios de curta duração que consiste em 30 minutos de caminhada em conjunto com psicoterapia individual foi uma intervenção eficaz para depressão entre idosos em unidades psiquiátricas de internação.

Conforme Murri et al., (2015), fez uma pesquisa com 121 pacientes com depressão, uma parte maior foi randomizado para 24 semanas de exercícios aeróbicos progressivos de alta intensidade mais sertralina (S + EAP), exercícios de baixa intensidade, não progressivos mais sertralina (S + ENP) e sertralina sozinho.

Segundo Martins et al., (2011), em sua pesquisa com 78 participantes (idades de 65 a 95 anos) foram aleatoriamente designados para um grupo de controle, treinamento aeróbio (TA) ou grupo de treinamento de força (TF) com o objetivo de analisar os efeitos de programas de treinamento aeróbio e de força sobre a aptidão funcional, níveis de depressão e humor em idosos. Ambos os grupos TA e TF melhoraram sua aptidão funcional após o treinamento de 16 semanas. O índice de massa corporal foi positivamente associado com tensão, fadiga e confusão. Na avaliação de 16 semanas, o grupo controle relatou níveis aumentados de confusão, e o grupo TF relatou aumentos no vigor e diminuição dos níveis de depressão.

Entretanto Vankovva et al., (2014), em seu estudo com exercício de dança para idosos (EXDASE) Programa projetado para uso em ambientes de cuidados de longo prazo realizado uma vez por semana durante 60 minutos durante 3 meses. Este estudo fornece evidências de que exercícios baseados em dança podem reduzir a quantidade de sintomas depressivos em idosos.

CONCLUSÃO

A cinesioterapia é eficaz no tratamento de idosos com essa doença, podendo desempenhar um importante papel na terapia complementar para depressão e ansiedade. Através da Fisioterapia, é possível proporcionar aos pacientes depressivos ações que promovem saúde, previne doenças, contribuindo de forma significativa com o tratamento alternativo para esses pacientes.

O exercício físico contribui com a integração dos pacientes com o meio, proporcionando uma visão geral do ser humano, refletindo diretamente na qualidade de vida destes pacientes.

A partir dos estudos encontrados, a fisioterapia pode ser usada no tratamento de diversas patologias atendidas nos serviços de saúde mental, pois o profissional dessa área é capacitado para tratar as repercussões psíquicas e orgânicas provenientes das alterações patológicas do indivíduo utilizando recursos terapêuticos. Também foi possível observar que apesar de verificarem-se vantagens quanto ao uso da fisioterapia no tratamento de pacientes com depressão, ainda trata-se de um campo a ser descoberto, sugere-se mais estudos sobre a temática.

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CENTRO UNIVERSITÁRIO- FAMETRO

CURSO DE BACHARELADO EM FISIOTERAPIA

APÊNDICE A- Carta Aceite do (a) Orientador para Trabalho de Conclusão de Curso

Eu, Douglas Ataíde, pelo presente, informo à coordenação e ao professor responsável pela disciplina de Trabalho de Conclusão de curso, do Curso de Fisioterapia que aceito orientar o (a) acadêmico (a) André Pereira Medeiros, na elaboração do seu TCC: OS EFEITOS DA CINESIOTERAPIA EM PACIENTES IDOSOS COM DEPRESSÃO: UMAREVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Manaus, 20 de Agosto de 2020.

Assinatura do (a) Orientador (a): ____________________________________